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Guias e Dicas
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Breve introdução aos conceitos da anatomia, Notas de estudo de Anatomia

Apostila usada na disciplina de Anatomia humana ministrada para os cursos de Ed. Física, Biologia, Dança e enfermagem da UFV

Tipologia: Notas de estudo

2010
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Compartilhado em 17/05/2010

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everton-de-a-a-barbosa-8 🇧🇷

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Baixe Breve introdução aos conceitos da anatomia e outras Notas de estudo em PDF para Anatomia, somente na Docsity! CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA No conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados. Especificamente, a anatomia (Ana = em partes; Tomein = cortar) macroscópica é estudada pela dissecação de peças previamente fixadas por soluções apropriadas. • Conceito de variação anatômica e normal Uma vez que a Anatomia Humana utiliza como material de estudo o corpo do homem, torna-se necessário fazer alguns comentários sobre este material. A simples observação de um grupamento humano evidencia de imediato diferenças morfológicas entre os elementos que compõe o grupo. Estas diferenças morfológicas são denominadas de variações anatômicas e podem apresentar-se externamente (variação anatômica externa) ou em qualquer dos sistemas do organismo (variação anatômica interna), sem que isto traga prejuízo funcional para o indivíduo. As descrições anatômicas contidas no Atlas ou nos livros textos obedecem a um padrão que não inclui a possibilidade das variações. Este padrão corresponde ao que na maioria dos casos, ao que é mais freqüente; para o anatomista o padrão é normal, numa conceituação, portanto, puramente estatística. • Anomalia e monstruosidade Variações morfológicas que determinam perturbação funcional, como por exemplo, o indivíduo que possui um dedo a menos na mão direita, diz-se que se trata de anomalia e não de uma variação. Se a anomalia for tão acentuada de modo a deformar profundamente a construção do corpo do indivíduo, sendo, em geral, incompatível com a vida, denomina- se monstruosidade (por exemplo, a agenesia - a não formação do encéfalo) • Fatores gerais de variação Além das variações anatômicas ditas individuais, devem-se acrescentar aquelas decorrentes da idade, do sexo, da raça, do tipo constitucional e da evolução. • Nomenclatura anatômica PAGE 131 Como toda ciência, a anatomia tem sua linguagem própria. Ao conjunto de termos empregados para designar e descrever o organismo ou suas partes dá-se o nome de Nomenclatura Anatômica. A nomenclatura Anatômica tem caráter dinâmico, podendo ser sempre criticada e modificada, desde que haja razões suficientes para as modificações e que estas sejam aprovadas em Congressos Internacionais de Anatomia. A língua oficialmente adotada é o latim (por ser “língua morta”), porém cada país pode traduzí-la para seu próprio vernáculo. Foram abolidos os epônimos (nome de pessoas para designar coisas). Ao designar uma estrutura do organismo, a nomenclatura procura adotar termos que não sejam apenas sinais para a memória, mas tragam também alguma informação ou descrições sobre a referida estrutura (como a forma, a sua posição, seu trajeto, sua função, etc.). • Divisão do corpo humano O corpo humano é dividido em cabeça, pescoço, tronco e membros. Figura 1.1: Divisão do corpo humano. • Posição anatômica Para evitar o uso de termos diferentes nas descrições anatômica, considerando que a posição pode ser variável, optou-se por uma posição padrão, denominada posição de descrição anatômica (posição anatômica). Descrição da posição anatômica: indivíduo em posição ereta (em pé, posição ortostática ou bípede), com a face voltada pra frente, olhar dirigido para o horizonte, membros superiores estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas voltadas para frente, membros inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente. Não importa, portanto, que o cadáver esteje sobre a mesa em decúbito ventral decúbito dorsal ou decúbito lateral, as descrições anatômicas são feitas considerando o indivíduo em posição anatômica. PAGE 131 - As estruturas (d, e , f) são ditas, respectivamente, medial, intermédia e lateral. Exemplo: o V dedo( mínimo) é medial em relação ao polegar, enquanto este é lateral em relação ao V dedo. - As estruturas (g, h, i) são ditas, respectivamente, dorsal (posterior), média e ventral (anterior). - As estruturas (1 e 2) representam a face externa e a face interna da costela. - Nos membros empregam-se termos especializados de posição. Por exemplo, a mão é distal, o antebraço é médio e o braço é proximal em relação ao corpo. Figura 1.5: termos de posição e direção. • Princípios gerais de construção corpórea nos vertebrados -Antimeria: o plano mediano divide o corpo do indivíduo em duas metades, direita e esquerda. Estas metades são denominadas antímeros e são semelhantes, morfológica e funcionalmente, sendo possível dizer que o homem é construído segundo o princípio da simetria bilateral. -Metameria: superposição, no sentido longitudinal, de segmentos semelhantes, cada segmento correspondendo a um metâmero. Exemplo: coluna vertebral (superposição das vértebras), caixa torácica (superposição de costelas). -Paquimeria: é o princípio segundo o qual o segmento axial do corpo do indivíduo é constituído, esquematicamente,por dois tubos. Os tubos, denominados paquímeros, são respectivamente, ventral e dorsal. O paquímero ventral, maior, contém a maioria das vísceras e, por esta razão é também denominado paquímero visceral. O paquímero dorsal compreende a cavidade craniana e o canal vertebral e aloja o sistema nervoso central; por esta razão, também é chamada de paquímero neural. -Estratificação: o corpo seria formado por uma série de camadas, (estratos) superpostas umas as outras. Exemplo: pele, tecido celular subcutânio, aponeurose, músculos, peritônio. • Planos dos movimentos Há 3 planos específicos de movimento nos quais os vários movimentos articulares podem ser classificados. Quando o movimento ocorre em um plano, a articulação move-se ou gira em torno de um eixo que tem uma relação de 90º com esse plano. PAGE 131 -Plano antero-posterior ou sagital: esse plano bisseciona o corpo da frente para trás, dividindo-o em metades simétricas direita e esquerda. De modo geral, os movimentos de flexão e extensão tais como rosca bíceps, extensões de joelhos e elevações de deitado a sentado (abdominais) ocorrem neste plano. -Plano lateral, frontal ou coronal: ele bisseciona o corpo lateralmente de lado a lado, dividindo-o em metades da frente e de trás. Os movimentos de abdução e adução tais como abdução de quadril e de ombro e flexão lateral espinhal ocorrem neste plano. -Plano transverso ou horizontal: divide o corpo horizontalmente em metade superior e inferior. De maneira geral, os movimentos rotacionais tais como pronação, supinação e rotação espinhal ocorrem neste plano. Figura 1.6: planos de movimentos. CAPÍTULO 2 SISTEMA ESQUELÉTICO Os ossos são peças rijas, de número, coloração e forma variáveis. O estudo dos ossos inclui, no sentido mais amplo, o estudo do esqueleto. O esqueleto é o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo do animal e desempenhar várias funções. Como funções importantes podemos apontar: proteção (para o coração, pulmões e sistema nervoso central), sustentação e conformação do corpo, local de armazenamento de íons Ca e P, sistema de alavancas que movimentadas pelos músculos permitem os deslocamentos do corpo e produção de certas células sanguíneas. Duzentos e seis ossos constituem o sistema esquelético, o qual fornece suporte e proteção aos demais sistemas do corpo e proporciona as fixações, nos ossos, nos músculos pelos quais o movimento é produzido. • Tipos de esqueletos O esqueleto pode-se apresentar como: PAGE 131 - Esqueleto articulado: com todas as peças; - Esqueleto desarticulado: com os ossos isolados inteiramente uns aos outros; • Divisão do esqueleto O esqueleto pode ser dividido em duas grandes porções: - Esqueleto axial: porção mediana, formando o eixo do corpo, e composta pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco (tórax e abdome). - Esqueleto apendicular: são os osso que se unem aos esqueleto axial, por exemplo, os osso que formam os membros. A união entre estas duas porções se faz por meio de cinturas: escapular (ou torácica, constituída pela escápula clavícula) e pélvica (constituída pelos ossos do quadril). • Número de ossos No indivíduo adulto o número de ossos é de 206. Este número, todavia, varia, se levarmos em consideração os seguintes fatores: etários (nos adultos ocorrem sinastose- soldadura dos ossos do crânio), individuais e critérios de contagem. • Classificação dos ossos Há várias formas de classificar os ossos. Entretanto, a classificação mais difundida é aquela que leva em consideração a forma dos ossos (em relação ao comprimento, largura ou espessura). Assim, temos: - Osso longo: possui um comprimento consideravelmente maior que a largura e a espessura. Ex.: ossos do esqueleto apendicular (fêmur, rádio, ulna, falanges, tíbia). O osso longo apresenta duas extremidades, denominadas epífises e um corpo, a diáfise. Esta possui, no seu interior, uma cavidade- canal medular, que aloja a medula óssea. - Osso laminar: apresenta comprimento e largura equivalentes, predominando sobre a espessura. Ex: Ossos do crânio, escápula, ossos do quadril. - Osso curto: Apresenta equivalência das três dimensões. Ex: ossos do carpo e ossos do tarso. PAGE 131 OBS.: Características das vértebras cervicais: processo espinhoso bifurcado, forame transverso por onde passa a artéria vertebral e veias vertebrais e plexo simpático, exceto na 7ª vértebra cervical, corpo pequeno e forame vertebral triangular. Figura 2.12: Vértebras torácicas. OBS.: Características das vértebras torácicas: corpo médio, forame vertebral circular, processo espinhoso alongado (pontiagudo), presença de faceta costal ou fóvea costal onde as costelas articulam-se. Figura 2.13: Vértebras lombares. OBS.: Características das vértebras lombares: processo espinhoso curto e quadriláteros, corpo grande e forame vertebral triangular. • Esqueleto apendicular - membros superiores. Figura 2.14: Clavícula Figura 2.15: Escápula em vista anterior Figura 2.16: Escápula em vista posterior e lateral. Figura 2.17: Úmero em vista anterior e posterior. Figura 2.18: Rádio em vista anterior e medial. Figura 2.19: Ulna em vista lateral e anterior. PAGE 131 Figura 2.20: Esqueleto da mão (ossos do carpo e metacarpo). • Esqueleto apendicular - membros inferiores. Figura 2.21: Ossos do quadril. Figura 2.22: Ossos do quadril. Figura 2.23: Fêmur em vista anterior e posterior. Figura 2.24: Patela (osso sesamóide) Figura 2.25: Tíbia em vista anterior e posterior. Figura 2.26: Fíbula em vista anterior e posterior. Figura 2.27: Esqueleto do pé (ossos do tarso e metatarso). Tabela 2.1: Resumo do metabolismo CAPÍTULO 3 JUNTURAS Juntura ou articulação é a conexão existente entre quaisquer partes rígidas do esqueleto, quer sejam ossos ou cartilagens. Possibilitam movimentos em numerosas partes do esqueleto. Algumas fazem união imóvel, mas a maioria permite flexibilidade. PAGE 131 • Classificação das junturas O critério utilizado para a classificação das junturas é a natureza do elemento que se interpõe ás peças que se articulam, podendo ser classificadas como fibrosas, cartilaginosas e sinoviais. a) Junturas Fibrosas O elemento que se interpõe ás peças que se articulam é o tecido conjuntivo fibroso, e a maioria delas se apresentam no crânio. É evidente que a mobilidade nestas junturas é extremamente reduzida, embora o tecido conjuntivo interposto confira uma certa elasticidade. Há três tipos de junturas fibrosas: • Suturas São encontradas entre os ossos do crânio. Figura 3.1: Suturas no crânio de recém-nascido. A maneira pela qual as bordas dos ossos articulados entram em contato é variável, reconhecendo-se: - Sutura plana: União linear retilínea. Ex.: entre o parietal e o temporal. - Sutura escamosa: União em bisel. Ex.: entre o parietal e o temporal. - Sutura serreadas: União em linha denteada. Ex.: entre os parietais. No crânio do feto e recém- nascido, onde a ossificação ainda é incompleta, a quantidade de tecido conjuntivo fibroso interposto é muito maior. Há alguns pontos onde a separação dos ossos é ainda maior pela presença de maior quantidade de tecido conjuntivo fibroso. Estes são pontos fracos na estrutura do crânio, denominadas fontonelas ou fontículos e vulgarmente chamados de “moleiras”. Na idade avançada pode ocorrer ossificação do tecido interposto (sinostose), fazendo com que as suturas, pouco a pouco, desapareçam. • Sindesmose Não ocorre entre os ossos do crânio, e só registra um exemplo: sindesmose tíbio-fibular distal. PAGE 131 - Circundução: em alguns segmentos do corpo, especialmente nos membros, o movimento combinatório que inclui a adução, extensão, abdução e flexão resulta na circundução. • Classificação funcional das junturas sinoviais O movimento das articulações depende, essencialmente, da forma das superfícies que entram em contato e dos meios de união que podem limita-lo. As articulações podem realizar movimentos em torno de um, dois ou três eixos. Assim temos: - Mono-axial: realiza movimentos apenas em torno de um eixo ou que possui um grau de liberdade. - Bi-axial: realiza movimentos em torno de dois eixos (dois graus de liberdade). - Tri-axial: realiza movimentos em torno de três eixos (três graus de liberdade). Articulações que só permitem flexão e extensão, adução e abdução, como a rádio-cárpica (articulação do punho), são bi-axiais. Aquelas que realizam além da flexão, extensão, adução e abdução, também a rotação, são ditas tri-axiais, como as articulações do ombro e do quadril. • Classificação morfológica das junturas sinoviais O critério de base para a classificação morfológica das junturas sinoviais é a forma das superfícies articulares (“encaixe ósseo). Assim, temos: - Plana: as superfícies articulares são planas ou ligeiramente curvas, permitindo deslizamento de uma superfície sobre a outra em qualquer direção. O deslizamento existente nas articulações planas é discreto. Ex: articulação sacro-ilíaca, entre os ossos curtos do carpo, tarso e entre os corpos das vértebras. - Gínglimo: este tipo de articulação é também denominado de dobradiça (devido ao movimento de flexão e extensão que ela realiza). PAGE 131 Realizando apenas flexão e extensão, as junturas sinoviais do tipo gínglimo são mono-axiais. Ex: articulação do cotovelo e entre as falanges. - Trocóide: neste tipo as superfícies articulares são segmentos de cilindros. Essas junturas permitem rotação e seu eixo de movimento é único, é vertical sendo portanto, mono-axial. Ex: articulação rádio-ulnar proximal responsáveis pelos movimentos de pronação e supinação do antebraço. - Condilar: as superfícies articulares são de forma elíptica. Estas junturas permitem flexão, extensão, abdução e adução, mas não rotação. Possuem dois eixos de movimento, sendo portanto bi-axiais. Ex: articulação rádio-cárpica (ou do punho), articulação temporomandibular (entro o osso temporal e a mandíbula). - Em sela: nesse tipo de articulação a superfície articular de uma peça esquelética tem a forma de sela, apresentando concavidade num sentido e convexidade em outro e se encaixa numa segunda peça onde convexidade e concavidade apresentam-se no sentido inverso da primeira. Esta articulação permite flexão, extensão, abdução e adução (conseqüentemente também circundução), mas é classificada como bi-axial. O fato é justificado porque a rotação isolada não pode ser realizada pelo polegar (só é possível com a combinação dos outros movimentos). Ex: articulação carpo-metacárpica do polegar. - Esferóide: apresentam superfícies articulares que são segmentos de esferas e se encaixam em receptáculos ocos. Este tipo de juntura permite movimentos em torno de três eixos de movimento, sendo portanto, tri-axial (permitem movimentos de flexão, extensão, abdução e circundução). Ex: articulação do ombro e do quadril. • Junturas sinoviais simples e composta - Simples: quando apenas dois ossos entram em contato numa juntura sinovial. Ex: articulação do ombro. - Composta:quando três ou mais ossos participam da juntura sinovial. Ex: articulação do cotovelo (úmero, rádio e ulna). PAGE 131 Figura 3.2: Corte frontal de uma juntura sinovial. Figura 3.3:Cápsula articular da articulação do quadril. Figura 3.4: Articulação esternoclavicular , com um corte feito para evidenciar o disco intra-articular. Figura 3.5: Articulação do joelho, vista posteriormente. Figura 3.6: Corte frontal da articulação do ombro. CAPÍTULO 4 SISTEMA MUSCULAR As células musculares são especializadas em contração e relaxamento. Estas células grupam-se em feixes para formar massas macroscópicas denominadas músculos, os quais acham-se fixados pelas suas extremidades. Assim, músculos são estruturas que movem os PAGE 131 Pode ser encontrado em músculos onde predomina o comprimento - músculo longo (ex: m. esternocleidomastóideo), quanto em músculos nos quais largura e comprimento se equivalem – músculos largos (ex: m. glúteo máximo). Nos músculos longos é comum notar-se uma convergência das fibras musculares em direção aos tendões de origem e inserção, de tal modo que na parte média o músculo tem maior diâmetro que nas extremidades e por seu aspecto característico é denominado fusiforme (ex: bíceps braquial). Nos músculos largos, as fibras podem convergir para um tendão em uma das extremidades, tomando um aspecto de leque (ex: m. peitoral maior). • Disposição oblíqua das fibras Músculos cujas fibras são obliquas em relação aos tendões são denominados peniformes. Se os feixes musculares se prendem numa só borda do tendão falamos em músculo unipenado (ex.: m. extensor longo dos dedos do pé); se os feixes se prendem nas duas bordas do tendão, será bipenado (ex.: m. reto da coxa). • Quanto à origem Quando os músculos se originam por mais de um tendão, diz-se que apresentam mais de uma cabeça de origem. São então classificados como músculos bíceps, tríceps, quadríceps, conforme apresentam 2, 3 ou 4 cabeças de origem. • Quanto à inserção Do mesmo modo os músculos podem se inserir por mais de um tendão. Quando há dois tendões são bicaudados; três ou mais, policaudados (ex.: m. flexor longo dos dedos do pé). • Quanto ao ventre muscular Alguns músculos apresentam mais de um ventre muscular, com tendões intermediários situados entre eles, são digástricos os músculos que apresentam dois ventres (ex.: m. digástrico) e poligástrico o músculo que apresenta número maior (ex.: m. reto do abdome). PAGE 131 • Quanto à ação Dependendo da ação principal resultante da contração, o músculo pode ser classificado como flexor, extensor, abdutor, adutor, rotador medial, rotador lateral, supinador e pronador. • Classificação funcional dos músculos Quando um músculo é o agente principal na execução de um movimento ele é um agonista. Quando um músculo se opõe ao trabalho de um agonista, ele é denominado antagonista. Quando algum músculo atua no sentido de eliminar algum movimento indesejado ele é dito sinergista. Figura 4.5: m. longo esternocleidomastóideo Figura 4.6: m. largo glúteo máximo Figura 4.7:m. bipenado reto da coxa Figura 4.8:m. bíceps braquial Figura 4.9: m. poligástrico (reto do abdome) Tabela 4.1: Classificação dos músculos. PRINCIPAIS MÚSCULOS REGIÃO LATERAL DO PESCOÇO ESTERNOCLEIDOMASTOÍDEO PAGE 131 Origem: manúbrio do esterno e terço medial da clavícula. Inserção: processo mastóide. Ação: flexão lateral e rotação da cabeça. Inervação: motor: nervo acessório. Sensorial: plexo cervical. Irrigação:artéria occipital e artéria tireóidea superior. MEMBRO SUPERIOR PEITORAL MAIOR Origem: metade medial da clavícula, esterno e seis primeiras cartilagens costais, aponeurose do m. oblíquo externo do abdome. Inserção: crista do tubérculo maior do úmero. Ação: adução e flexão do braço. Inervação: recebe inervação do plexo braquial Irrigação: ramos das artérias torácica interna e toracoacromial. PEITORAL MENOR Origem: da 2ª à 5ª costela, próximo à união da cartilagem costal com a costela. Inserção: borda medial do processo coracóide. Ação: estabiliza a escápula. Inervação: n. peitoral medial. Irrigação: ramos da artéria axilar. DELTÓIDE Origem: espinha da escápula, acrômio e terço lateral da clavícula. Inserção: espinha da escápula, acrômio e terço lateral da clavícula. Ação: flexão, abdução e extensão do braço. Inervação: n. axilar. Irrigação: artéria circunflexa posterior do úmero. MANGUITO ROTADOR Este grupamento muscular é composto pelos músculos: supra-espinhal, infra-espinhal, redondo menor e subescapular. PAGE 131 MÚSCULO DO DORSO TRAPÉZIO Origem: linha nucal superior, protuberância occipital externa, ligamento nucal, processos espinhosos de todas as vértebras torácicas. Inserção: terço lateral da clavícula, acrômio e espinha da escápula. Ação: eleva, abaixa e retrai a escápula. Inervação: ramos do nervo acessório e do plexo cervical. Irrigação: ramos da artéria cervical transversa. ROMBÓIDE MENOR Origem: ligamentos nucais e processos espinhosos das vértebras cervical à 1ª torácica. Inserção:borda medial da escápula, parte superior à da inserção do músculo rombóide maior. Ação: retrai a escápula, a fixa junto à parede torácica, e inclina seu ângulo lateral para baixo. Inervação: n. escapular dorsal. Irrigação: artéria escapular dorsal. Músculos conectando a extremidade superior à coluna vertebral. (O Rombóide menor é visível na parte central superior direita, perto do ombro) ROMBÓIDE MAIOR Origem: processos espinhosos da T2 até T5. Inserção:borda medial da escápula (da raiz da escápula até o ângulo inferior). Ação: retração e elevação da escápula. Inervação: n. escapular dorsal e ramos do plexo braquial. PAGE 131 SERRÁTIL ANTERIOR Origem: 9 primeiras costelas. Inserção: borda medial da escápula. Ação: protrai e estabiliza a escápula, auxilia na inspiração elevando as costelas. Inervação: pelo nervo torácico longo. Irrigação: torácica lateral, subescapular e dorsal da escapula. GRANDE DORSAL Origem: processo espinhosos das 6 últimas vértebras torácicas, crista ilíaca e fáscia tóracolombar. Inserção:crista do tubérculo menor e assoalho do sulco intertubercular. Ação: extensão, adução e rotação medial do braço. Inervação: n. toracodorsal do plexo braquial. MÚSCULOS DO ABDOMEM RETO DO ABDOME Origem: cartilagem costal das costelas V e VII, processo xifóide do esterno. Inserção: púbis. Ação: Ao contrair-se, flexiona o tórax ou levanta a pelve ao mesmo tempo que comprime as vísceras abdominais, desempenhando importante função na defecação e no parto. Precisamente esta ação de compressão abdominal o faz intervir na expiração, já que empurra o diafragma para cima e diminui o volume da caixa torácica. Inervação: recebe inervação dos nervos toracoabdominais. Irrigação: artérias epigástricas e torácica interna. OBLÍQUO EXTERNO Origem: face externa das 7 últimas costelas Inserção: ½ anterior da crista ilíaca, EIAS, tubérculo do púbis e linha alba. Ação: Contração Unilateral: Rotação com tórax girando para o lado oposto Contração Bilateral: Flexão do tronco e aumento da pressão intra-abdominal Inervação: ramos toracoabdominais de V a XII. Irrigação: artérias intercostais e lombares. PAGE 131 OBLÍQUO INTERNO Origem: 3 últimas cartilagens costais, crista do púbis e linha alba. Inserção: Crista ilíaca, EIAS e ligamento inguinal. Ação: idem ao Oblíquo Externo, porém realiza rotação do tórax para o mesmo lado. Inervação: nervos toracoabdominais. Irrigação: artérias lombares, epigástricas, intercostais e circunflexa ilíaca. TRANSVERSO DO ABDOME Origem: face interna das 6 últimas cartilagens costais, fascia toracolombar dos processos transversos das vértebras lombares, lábio exerno da crista ilíaca e ligamento inguinal. Inserção: linha Alba nos três quartos superiores. Ação: aumento da pressão intra-abdominal e estabilização da coluna lombar. Inervação: 5 últimos intercostais, nervo ílio-hipogástrico e ílio-inguinal. Irrigação: ramos das artérias torácicas interna e circunflexa. MÚSCULOS DO MEMBRO INFERIOR Os músculos do membro inferior podem ser divididos em músculos do quadril, músculos da região glútea, músculos da coxa, músculos da perna e músculos do pé. MÚSCULOS DO QUADRIL • Ilíaco É um músculo plano e triangular que esta situado na fossa ilíaca e é recoberto parcialmente pelo m. psoas. Origem: fossa ilíaca e espinha ilíaca ântero-inferior. Inserção: trocanter menor e linha áspera. Ação: flexão do quadril. Inervação: ramos musculares do plexo lombar. • Psoas É um músculo volumoso e fusiforme. Esta situado ao lado da coluna lombar, na face posterior da cavidade abdominal. É composto por duas porções que também podem ser consideradas como músculos individuais. A maior porção dá-se o nome de psoas maior e à menor de psoas menor, está porção menor geralmente esta ausente. Origem: corpos vertebrais de T12 á L4 e processos costais de L1 á L4. Inserção: trocanter menor. Ação: flexão e extensão da coluna lombar; flexão e rotação do quadril. Inervação: ramos musculares do plexo lombar. Irrigação: o psoas maior é irrigado pelas artérias lombares, iliolombares, ilíaca externa e femoral. PAGE 131 PECTÍNEO É quadrangular curto e achatado. Esta situado entre o músculo iliopsoas e músculo adutor longo. Origem: linha péctinea do púbis. Inserção: linha péctinea do fêmur. Ação: flexão, adução e rotação lateral do quadril. Inervação: N. femoral e obturatório. Irrigação: compartilha a irrigação com os músculos adutores. Coxa após remoção dos Músculos do Quadril Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. ADUTOR CURTO Tem formato triangular e é bastante grosso. Esta situado medialmente ao m. pectíneo e lateralmente ao m. adutor magno. Origem: ramo inferior do púbis. Inserção: lábio medial da linha áspera. Ação: adução, flexão e rotação lateral do coxa. Inervação: N. obturatório. ADUTOR LONGO É o músculo mais superficial do grupo dos adutores. É triangular, plano e robusto. Fica situado entre o m.pectíneo e o m. grácil. Origem: púbis. Inserção: lábio medial da linha áspera. Ação: adução, flexão e rotação lateral da coxa. Inervação: N. obturatório. PAGE 131 Irrigação: artéria circunflexa femoral medial, ramo da femoral profunda e pela artéria femoral. ADUTOR MAGNO É um amplo músculo triangular que se estende por toda a região medial da coxa. Possui uma grande porção muscular e uma aponeurótica que se insere quase que em toda a extensão do lábio medial da linha áspera do fêmur.Essa porção aponeurótica possui um hiato por onde os vasos femorais (artéria e veia femoral) ganham a fossa poplítea. Esse hiato recebe o nome de hiato dos adutores. Origem:ramo inferior do púbis e na tuberosidade isquiática. Inserção: lábio medial da linha áspera. Ação: adução, flexão e rotação lateral. Inervação: N. obturatório. Irrigação: artéria dos adutores e das artérias obturatória, femoral, circunflexa femoral medial e poplítea. MÚSCULOS ADUTORES - Visão anterior da Coxa Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA GLÚTEO MÁXIMO É um músculo plano, quadrangular e muito robusto. É o mais volumoso e o mais potente dessa região. É responsável pela manutenção da postura ereta. Origem: no ílio, posteriormente, à linha glútea posterior, face posterior do sacro e ligamento sacro tuberal. Inserção: tuberosidade glútea. Ação: extensão, rotação lateral e abdução no quadril e auxilia na extensão do joelho. Inervação: N. glúteo inferior (plexo sacral). Irrigação: artérias glútea, isquiática, primeira perfurante e circunflexa posterior. GLÚTEO MÉDIO É plano e triangular, esta situado abaixo do glúteo máximo. Possui radiações que convergem para formar um forte tendão que o insere no trocanter maior do fêmur. PAGE 131 Origem: face glútea da asa do ílio. Inserção: trocanter maior. Ação: flexão,abdução e rotação medial. Inervação: N. glúteo superior. Irrigação: ramo da artéria glútea. GLÚTEO MÍNIMO É o menor dos músculos glúteos e também o mais profundo. É grosso e triangular,esta situado na fossa ilíaca externa. Origem: no ílio, entre as linhas glúteas posterior e anterior. Inserção: trocanter maior. Ação: abdução e rotação medial da coxa . As fibras anteriores realizam flexão do quadril. Inervação: N. glúteo superior (L4 - S1). Irrigação: ramos arteriais da artéria glútea. Músculos do Glúteo e Posteriores da Coxa Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. PIRIFORME É um músculo plano e achatado, possui formato piramidal. Fica situado entre o músculo glúteo mínimo e o m. gêmio superior. Origem: fase pélvica do sacro (2ª à 4ª vértebras sacrais). Inserção: trocanter maior. Ação: abdução e rotação lateral da coxa . Inervação: N. para músculo piriforme (S2). Irrigação: artérias sacral, isquiática, glútea e pudenda interna. GÊMIO SUPERIOR É o menor dos gêmeos. Origem: espinha isquiática. Inserção: tendão do m. obturatório interno. Ação: rotação lateral da coxa. Inervação: ramos do plexo sacral. Irrigação: ramos arteriais da pudenda interna. GÊMIO INFERIOR Ele se funde ao tendão do m. obturador interno, tem formato fusiforme e é um pouco achatado. PAGE 131 Origem: côndilo lateral e 2/3 proximais da tíbia. Inserção: base do 1° metatársico e fase medial do cuneiforme medial. Ação: dorsiflexão e supinação do pé. Inervação: N. fibular profundo. EXTENSOR LONGO DO HÁLUX Origem: fíbula. Inserção: falanges do hálux. Ação: extensão, dorsiflexão e supinação do pé. Inervação: N. fibular profundo. EXTENSOR LONGO DOS DEDOS Origem: extremidade proximal da tíbia. Inserção: aponeurose do 4° dedo. Ação: dorsiflexão e pronação. Inervação: N. fibular profundo. Irrigação: irrigado pela artéria tibial anterior. MÚSCULOS LATERIAS DA PERNA FIBULAR LONGO Origem: fíbula. Inserção: 1° metatarsiano. Ação: pronação e flexão plantar. Inervação: N. fibular profundo. Irrigação: ramos arteriais da tibial anterior. PAGE 131 FIBULAR CURTO Origem: fíbula. Inserção: 5° metatarsiano. Ação: pronação e flexão plantar. Inervação: N. fibular profundo. Irrigação: ramos das artérias tibial anterior e fibular. MÚSCULOS DORSAIS DA PERNA TRÍCEPS SURAL É composto por 3 porções: gastrocnêmio medial , gastrocnêmio lateral e pelo músculo sóleo. • GASTROCNÊMIO Origem: ventre lateral: côndilo lateral do fêmur. ventre medial: logo acima do côndilo medial do fêmur. Inserção: ambos se inserem em um tendão único, tendão do calcâneo (tuberosidade do calcâneo). Ação: ao se contraírem esses músculos, o pé se estende (flexão plantar) sobre a perna e, se estiver apoiado no solo , eleva o calcanhar, ao mesmo tempo que flexiona a perna sobre a coxa. Inervação: nervo tibial. Irrigação: ramos arteriais da poplítea. • SÓLEO Origem: parte proximal e posterior da fíbula, linha do sóleo. Inserção: tendão do calcâneo. Ação: estende o pé (flexão plantar) sobre a perna, flexiona a perna sobre a coxa e eleva o calcanhar, o que o torna imprescindível para andar. Inervação:nervo tibial. Irrigação: ramos arteriais da tibial posterior e fibular. RESUMO MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO INERVAÇÃO Esternocleidomastóideo Manúbrio do esterno e terço medial da clavícula Processo mastóide flexão lateral e rotação da cabeça. Motor: n. acessório Sensorial: plexo cervical PAGE 131 Peitoral maior Metade medial da clavícula, esterno e seis primeiras cartilagens costais, aponeurose do m. oblíquo externo do abdome. Crista do tubérculo maior do úmero. Adução e flexão do braço. recebe inervação do plexo braquial Bíceps braquial Porção longa: tubérculo supra glenoidal. Porção curta: processo coracóide da escápula. tuberosidade do rádio e, através da aponeurose do bíceps na fáscia do antebraço. flexiona a articulação do cotovelo e supina o antebraço. nervo musculocutâneo (C5 -C7). Braquial 2/3 distais da face anterior do úmero. tuberosidade da ulna. flexão do antebraço. n. musculocutâneo. Braquioradial crista supracondilar lateral do úmero. face lateral do rádio logo acima do processo estilóide. flexão do antebraço. n. radial. Tríceps braquial porção longa: tubérculo infraglenoidal da escápula. porção lateral:face posterior do úmero acima do sulco para o n. radial. porção medial:face posterior do úmero abaixo do sulco para o n. radial face posterior do olecrano da ulna. extensão do antebraço. n.radial do plexo braquial. Peitoral menor da 2ª à 5ª costela, próximo à união da cartilagem costal com a costela. borda medial do processo coracóide. estabiliza a escápula. n. peitoral medial. Trapézio Linha nucal superior, protuberância occipital externa, ligamento nucal, processos espinhosos de todas as vértebras torácicas. terço lateral da clavícula, acrômio e espinha da escápula. eleva, abaixa e retrai a escápula. ramos do nervo acessório e do plexo cervical. Rombóide menor ligamentos nucais e processos espinhosos das vértebras cervical à 1ª torácica. borda medial da escápula, parte superior à da inserção do músculo rombóide maior. retrai a escápula, a fixa junto à parede torácica, e inclina seu ângulo lateral para baixo. n. escapular dorsal. RESUMO MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO INERVAÇÃO Grande dorsal processo espinhosos das 6 últimas vértebras torácicas, crista ilíaca e fáscia tóracolombar. crista do tubérculo menor e assoalho do sulco intertubercular. extensão, adução e rotação medial do braço. n. toracodorsal do plexo braquial. Deltóide espinha da escápula, acrômio e terço lateral da clavícula. espinha da escápula, acrômio e terço lateral da clavícula. flexão, abdução e extensão do braço. n. axilar. PAGE 131 articular do joelho. Sartório espinha ilíaca ântero-superior. tuberosidade da tíbia, formando a pata de ganso. flexão, rotação lateral e abdução do quadril, flexão e rotação medial do joelho. N. femoral. Tensor da fáscia lata espinha ilíaca ântero-superior. extremidade lateral da tíbia, abaixo do côndilo lateral através do trato íliotibial. flexão, abdução e rotação medial do quadril e estabilização do joelho. N. glúteo superior. Pectíneo linha péctinea do púbis. linha péctinea do fêmur. flexão, adução e rotação lateral do quadril. N. femoral e obturatório. RESUMO MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO INERVAÇÃO Grácil sínfise púbica. extremidade proximal da tíbia, formando a pata de ganso. adução, flexão e rotação lateral do quadril; flexão e rotação medial do joelho. N. obturatório. Adutor curto ramo inferior do púbis. lábio medial da linha áspera. adução, flexão e rotação lateral do coxa. N. obturatório. Adutor longo púbis. lábio medial da linha áspera. adução, flexão e rotação lateral da coxa. N. obturatório. Adutor magno ramo inferior do púbis e na tuberosidade isquiática. lábio medial da linha áspera. adução, flexão e rotação lateral. N. obturatório. Glúteo máximo no ílio, posteriormente, à linha glútea posterior, face posterior do sacro e ligamento sacro tuberal. tuberosidade glútea. extensão, rotação lateral e abdução no quadril e N. glúteo inferior (plexo sacral). PAGE 131 auxilia na extensão do joelho. Glúteo médio face glútea da asa do ílio. trocanter maior. flexão,abduç ão e rotação medial. N. glúteo superior. Glúteo mínimo no ílio, entre as linhas glúteas posterior e anterior. trocanter maior. abdução e rotação medial da coxa . As fibras anteriores realizam flexão do quadril. N. glúteo superior (L4 - S1). Piriforme fase pélvica do sacro (2ª à 4ª vértebras sacrais). trocanter maior. abdução e rotação lateral da coxa . N. para músculo piriforme (S2). RESUMO MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO INERVAÇÃO Gêmio superior espinha isquiática. tendão do m. obturatório interno. rotação lateral da coxa. ramos do plexo sacral. Gêmio inferior tuberosidade isquiática. tendão do m. obturatório interno. rotação lateral da coxa. ramo do plexo sacral. Obturador interno contorno interno do forame obturado e membrana obturatória. face medial do trocânter maior do fêmur; as fibras convergem para um tendão único que deixa a pelve através do forme isquiático menor. rotação lateral da coxa. ramos do plexo sacral. Obturador externo contorno externo do forame obturado e membrana obturatória. fossa trocantérica. rotação lateral da coxa. N. obturatório Quadrado femoral borda lateral da tuberosidade isquiática. crista intertrocantérica. rotação lateral e adução da coxa. ramo do plexo sacral. Bíceps femoral Porção longa: tuberosidade isquiática. Porção curta: linha áspera do fêmur. Porção longa: cabeça da fíbula. Porção curta: cabeça da fíbula. extensão, adução e rotação lateral da coxa e flexão e rotação lateral da perna. N. isquiático. semitendíneo tuberosidade isquiática. face medial do corpo da tíbia, proximalmente. rotação medial, extensão e adução da N. isquiático. PAGE 131 coxa e flexão e rotação medial da perna. semimembranáceo tuberosidade isquiática. côndilo medial da tíbia, postero-medialmente. rotação medial, extensão e adução da coxa e flexão e rotação medial da perna. N. isquiático. RESUMO MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO INERVAÇÃO Tibial anterior côndilo lateral e 2/3 proximais da tíbia. base do 1° metatársico e fase medial do cuneiforme medial. dorsiflexão e supinação do pé. N. fibular profundo. Extensor longo do hálux Fíbula. falanges do hálux. extensão, dorsiflexão e supinação do pé. N. fibular profundo. Extensor longo dos dedos extremidade proximal da tíbia. aponeurose do 4° dedo. dorsiflexão e pronação. N. fibular profundo. Fibular longo fíbula. 1° metatarsiano. pronação e flexão plantar. N. fibular profundo. Fibular curto fíbula. 5° metatarsiano. pronação e flexão plantar. N. fibular profundo. Gastrocnêmio ventre lateral: côndilo lateral do fêmur. ventre medial: logo acima do côndilo medial do fêmur. ambos se inserem em um tendão único, tendão do calcâneo (tuberosidade do calcâneo). ao se contraírem esses músculos, o pé se estende (flexão plantar) sobre a perna e, se estiver apoiado no solo , eleva o calcanhar, ao mesmo tempo que flexiona a perna sobre a coxa. nervo tibial. Sóleo parte proximal e posterior da fíbula, linha do sóleo. tendão do calcâneo. estende o pé (flexão plantar) sobre a perna, flexiona a perna sobre a coxa e eleva o calcanhar, o que o torna imprescindível para andar. nervo tibial. PAGE 131 - Corpo caloso: são fibras comissurais que conectam áreas corticais simétricas dos dois hemisférios. Abaixo do corpo caloso existe o fórnix (tracto arqueado de fibras), e entre eles o septo pelúcido, que separa os dois ventrículos laterais (o ventrículo lateral estende-se a todos os lobos do cérebro). - Diencéfalo: encontra-se escondido pelos hemisférios cerebrais, podendo ser visualizado em um corte sagital do cérebro. No corte sagital, pode-se observar um sulco sinuoso que é denominado de sulco hipotalâmico e que separa duas regiões do diencéfalo: o tálamo, situado superiormente ao sulco, e o hipotálamo, situado inferiormente a ele. Na parte inferior do hipotálamo fica a hipófise, uma importante glândula endócrina. Importante salientar que a luz do diencéfalo corresponde ao III ventrículo. - Mesencéfalo: faz parte do tronco encefálico. É um grosso feixe de fibras corticais descendentes, e sua cavidade é um estreito e longo canal denominado aqueduto cerebral, que comunica o III e IV ventrículos. - Ponte: também faz parte do tronco encefálico. Situa-se logo abaixo do mesencéfalo, e é constituído por feixes de fibras horizontais que se lateralizam para os hemisférios do cerebelo. Sua porção dorsal forma o assoalho do amplo IV ventrículo, e seu limite inferior é o sulco bulbo pontino. - Bulbo: situa-se entre a ponte e a medula espinhal, tendo com esta, limite impreciso. Na sua face anterior pode-se observar a fissura mediana (continua com a medula), pirâmides (correspondem aos reagrupamento das fibras de base do pedúnculo cerebral, dispersos na porção ventral da ponte), decussação das pirâmides (as fibras se cruzam para o lado oposto), sulco lateral anterior, suco lateral posterior, olivas (eminência oval formada por uma grande massa de substancia cinzenta). - Cerebelo: cresce em massa finamente pregueada (como o telencéfalo), dividida em lobos por fissuras com finas folhas cerebelares. Apresenta dois grandes hemisférios ligados por uma estreita parte mediana, o vérmis. - Medula espinhal: localiza-se centralmente ao canal vertebral, continuando com o tronco encefálico no plano do forame magno. É envolta pelas meninges até a altura dos discos entre as vértebras L1 e L2. Na vida fetal, a medula ocupa todo o comprimento do canal vertebral. Porém, como a coluna cresce mais do que a medula, esta ocupa apenas os 2/3 superiores do canal, ao fim do crescimento do indivíduo. No 1/3 inferiores PAGE 131 encontram-se: raízes e nervos lombares, sacrais e coccígeas, formando a cauda eqüina, filamento terminal(continuação não nervosa da medula) e meninges. • Distribuição da substância branca e cinzenta no SNC A observação de um corte de encéfalo ou de medula permite reconhecer áreas claras e áreas escuras que representam, respectivamente, o que se chama de substância branca e cinzenta. A primeira é constituída de fibras nervosas mielínicas e a segunda por corpos de neurônio. Na medula, a substância forma um eixo central contínuo envolvido por substância branca. Em corte transversal vê-se que a substância cinzenta apresenta a forma de H ou de borboleta, onde se reconhecem as colunas anterior e posterior, substância intermédia central e dorsal e coluna lateral. No tronco encefálico, a substância cinzenta apresenta-se fragmentada no sentido longitudinal. Formam-se, assim, massas isoladas de substâncias cinzenta (núcleos de nervos cranianos e outros núcleos próprios do tronco encefálico). O cérebro e o cerebelo são formados por um córtex de substância cinzenta e um centro branco. Massas de substância cinzenta são encontradas no centro e constituem os núcleos da base (no cérebro) e núcleos centrais (no cerebelo). • Sistema nervoso periférico Fazem parte do SNP, as terminações nervosas, gânglios e nervos (nervos cranianos e espinhais). As fibras de um nervo são classificados de acordo com as estruturas que inervam, isto é, conforme sua função. Por esta razão, uma fibra que estimula ou ativa a musculatura é chamada motora (ou eferentes -que saem do SNC) e a que conduz estímulos para SNC é sensitiva (ou aferentes - que chegam ao SNC). 1. Terminações nervosas: existem na extremidade das fibras sensitivas e motoras. Nas sensitivas, são estruturas especializadas para receber estímulos físicos e químicos na superfície ou no interior do corpo. Já nas motoras, o exemplo mais típico é a placa motora. 2. Gânglios: acúmulos de corpos de neurônio fora do SNC. 3. Nervos: São cordões esbranquiçados formados por fibras nervosas unidas por tecido conjuntivo e que levam ou trazem impulsos ao/do SNC. São ele: PAGE 131 - Nervos cranianos: são 12 pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo. Dez origina-se do tronco encefálico. Além do seu nome, os nervos cranianos são denominados por números em seqüência crânia-caudal. São eles: Nervo Nome Tipo Função I Olfatório Sensitivo Olfação II Óptico Sensitivo Visão III Oculomotor Motor Motor músculos do olho IV Troclear Motor Motor do mm. Obliquo superior do olho V Trigêmeo Misto Sensib. Motric. Gde parte cabeça e língua VI Abducente Motor Motor do mm. Reto lateral do olho VII Facial Misto Gustação, sensib ouvido, glândulas e mm. VIII Vestíbulo-coclear Sensitivo Equilíbrio (vestíbulo) e Audição (coclear) IX Glossofaríngeo Misto Gustação, sensib. ouvido e mm. X Vago Misto Gustação, sensib. Vísceras, ouvido e mm. XI Acessório Misto Inervação dos mm., Laringe e vísceras torácicas XII Hipoglosso Motor Motricidade da língua Tabela 5.1: Nervos cranianos (Quadro Geral). - Nervos espinhais: os 31 pares de nervos espinhais mantêm conexão com a medula e abandonam a coluna vertebral através de forames intervertebrais. O nervo espinhal é formado pela fusão de duas raízes: uma ventral e outra dorsal. A raiz ventral possui apenas fibras motoras (eferentes), cujos corpos celulares estão situados na coluna anterior da substância cinzenta da medula. A raiz dorsal possui fibras sensitivas (aferentes) cujos corpos celulares estão situados no gânglio sensitivo da raiz dorsal, que se apresenta como uma porção dilatada da própria raiz. PAGE 131 • Pericárdio seroso é subdividido em lâmina parietal (aderente ao pericárdio fibroso) e lâmina visceral ou epicárdio (camada interna serosa aderida ao miocárdio). Entre as duas lâminas do pericárdio seroso existe uma cavidade – cavidade pericárdica ocupada por uma camada líquida, que permite o deslizamento de uma lâmina contra a outra durante as mudanças de volume. – Morfologia interna: possui quatro câmaras (tetracavitário), sendo dois átrios (direito/ esquerdo), separados pelo septo inter-atrial (septo sagital superior) e , dois ventrículos (direito/esquerdo), separados pelo septo inter-ventricular (septo sagital inferor). O septo átrio-ventricular (septo horizontal) divide o coração em duas porções, superior e inferior; este septo possui dois orifícios: • Óstio átrio-ventricular direito: onde está localizada a valva tricúspide (comunicação entre átrio e ventrículo direitos). • Óstio átrio-ventricular esquerdo: onde está localizada a valva bicúspide/mitral (comunicação entre átrio e ventrículo esquerdos). As valvas são lâminas de tecido conjutivo denso recobertas pelo endocárdio, e que apresenta subdivisão incompletas, as válvulas ou cúspides, que orientam e controlam o fluxo sangüíneo nos óstios, além de impedir o refluxo sangüíneo. Portanto , válvula é a unidade e valva é o conjunto. Quando ocorre a sístole (contração) ventricular, a tensão nesta câmara aumenta consideravelmente, o que poderia provocar a eversão da valva para o átrio e consequentemente refluxo de sangue para esta câmara. Isso não ocorre porque cordas tendíneas prendem a valva a músculos papilares, os quais são projeções do miocárdio nas paredes internas do ventrículo. • Vasos da base: correspondem aos vasos pelo qual o sangue entra e sai do coração, tendo suas raízes situadas na base deste órgão. São eles: • Veia cava superior e inferior: desembocam no átrio direito, trazendo sangue rico em gás carbônico. • Veias pulmonares: são em número de quatro (duas de cada pulmão) e, desembocam no átrio esquerdo trazendo sangue oxigenado dos pulmões. PAGE 131 • Artéria tronco pulmonar: sai do ventrículo direito e bifurca-se em artérias pulmonares direita e esquerda, levando sangue com alta concentração de gás carbônico para os pulmões; é a primeira artéria a ser vista na posição anatômica do coração. • Artéria aorta: sai do ventrículo esquerdo levando sangue oxigenado para o corpo. Sai do ventrículo como aorta ascendente, forma o arco aórtico e, então a aorta descendente. O arco áortico subdivide-se em: • Tronco braqui-cefálico, que por sua vez se subdivide em Artéria subclávia direita e Artéria carótida comum direita. • Artéria carótida comum esquerda • Artéria subclávia esquerda • Valvas da base: ao nível dos orifícios de saída do tronco pulmonar e da aorta, respectivamente no ventrículo direito e esquerdo, existem um dispositivo valvar para impedir o retorno do sangue, sendo a valva tronco pulmonar e a valva aórtica, respectivamente. Cada uma destas valvas é constituída por três válvulas semilunares. • Tipos de circulação • Circulação pulmonar: é a circulação coração – pulmão – coração (ventrículo direito – artéria tronco pulmonar – pulmão – veias pulmonares – átrio esquerdo). • Circulação sistêmica: é a circulação coração – tecidos – coração (ventrículo esquerdo – artéria aorta – tecidos – veias cavas superior e inferior – átrio direto). • Circulação colateral: normalmente, existem anastomoses (comunicações) entre ramos da artérias ou de veias entre si. Em condições normais, não há tanta passagem de sangue através destas comunicações, mas no caso de haver obstrução, o sangue passa a circular ativamente por estas variantes. • Circulação portal: uma veia interpõe-se entre duas redes de capilares (exemplos: circulação portal – hepática e sistema portal na hipófise). PAGE 131 • Sistema de condução O controle da atividade cardíaca é feito através do vago (atua inibindo) e do simpático (atua estimulando). Atuam no nó sinu-atrial ( formação situada na parede da átrio direito), considerado como o “marcapassos” do coração. Daí, ritmicamente, o impulso espalha-se ao miocárdio, resultando na contração. Este impulso chega ao nó átrio-ventricular, localizado na porção inferior do septo inter-atrial e se propaga aos ventrículos através do feixe átrio- ventricular. Figura 6.1: Coração. Figura 6.2: Esquema das câmaras cardíacas. Figura 6.3: Esqueleto cardíaco. Figura 6.4: Esquema da circulação portal. PAGE 131 A veia safena parva: origina-se na região de vênulas na margem lateral da região dorsal do pé, passa por trás do maléolo lateral e sobe pela linha mediana da face posterior da perna até as proximidades da prega de flexão do joelho, onde se aprofunda para ir desembocar em uma das veias poplíteas. A veia safena parva comunica-se com a veia safena magna por intermédio de vários ramos anastomósticos. CAPÍTULO 7 SISTEMA RESPIRATÓRIO • Divisão O sistema respiratório é dividido em duas partes: • Porção de condução, constituído por órgãos tubulares aeríferos, como os brônquios e traquéia (que são apenas condutores aeríferos), a laringe (também órgão da fonação), faringe (relacionado também com o sistema digestivo) e o nariz (que também cumpre com a função de olfação). • Porção de respiração: representada pelos pulmões direito e esquerdo. • Nariz PAGE 131 No estudo do nariz incluem-se: nariz externo, cavidade nasal e seios paranasais. • Nariz externo: tem função de captar oxigênio e expelir gás carbônico, além da função olfatória. Situa-se no plano mediano da face, apresentando-se, no homem, como uma pirâmide triangular em que a extremidade superior é denominada raiz, e a inferior, base. Na base encontram-se as narinas (aberturas em fenda), separadas por um septo. O ponto mais projetado da base recebe o nome de ápice, e entre ele e a raiz estende-se o dorso do nariz. • Cavidade nasal: localiza-se superiormente à cavidade bucal, separada dela pelo palato mole (muscular) e pelo palato duro (ósseo). A cavidade nasal é dividida por um septo osteocartilagíneo em metade direita e metade esquerda. Este septo é constituído por cartilagem do septo nasal e lâmina perpendicular do osso etmóide e osso vômer. Comunica-se com o meio externo através das narinas e com a porção nasal da faringe através das coanas. As coanas marcam o limite entre cavidade nasal e a porção nasal da faringe. Esta cavidade é bastante vascularizada (na porção anterior principalmente), sendo freqüentemente sede de hemorragias. A cavidade nasal apresenta projeções ósseas sobre ela, recobertas por muco (camada mucosa), denominada de conchas nasais. As conchas delimitam meatos que são espaços entre e sob as conchas nasais. São eles: Concha nasal superior; Concha nasal média; Concha nasal inferior; Meato superior (entre a concha superior e média); Meato médio (entre a concha média e inferior); Meato inferior (sob a concha inferior) • Seios paranasais: lacalizam-se nos ossos frontal, maxilar, esfenóide e etmóide, e não possuem funções bem definidas. O seio frontal localiza-se acima da fossa nasal e comunica-se com o seio etmóide. O seio maxilar localiza-se lateralmente a cavidade nasal e comunica-se com o seio etmóide. O seio esfenóide desemboca acima da PAGE 131 concha superior e é posterior a fossa nasal. Já o seio etmóide localiza-se lateralmente a cavidade nasal, desemboca nos meatos superior e médio e comunica- se com o os seios frontal e maxilar. • Faringe Tubo muscular que faz parte dos sistemas digestivo e respiratório. Localiza-se posteriormente à faringe, cavidade nasal e bucal, reconhecendo-se nela, três partes: parte nasal (nasofaringe), superior, que se comunica com a cavidade nasal via coanas; parte bucal (orofaringe), média, que se comunica com a cavidade bucal pelo istmo das fauces (ou da garganta); e parte laríngica (laringofaringe), inferior, que se comunica coma laringe através do ádito da laringe e localiza-se posterior a ela. Não existem limites precisos entre as três partes da faringe. Na parede lateral da parte nasal da faringe apresenta-se o óstio faríngico da tuba auditiva, que marca a desembocadura da tuba auditiva (que comunica a parte nasal da faringe com a cavidade timpânica do ouvido médio) nesta porção da faringe. O óstio faríngico da tuba auditiva está limitado, superiormente, por uma elevação em forma da meia lua, denominada tórus tubal. • Laringe É um órgão tubular que atua como via aerífera e órgão da fonação (produção de som). Localiza-se no plano mediano, anterior a faringe e é continuada diretamente pela traquéia. • Esqueleto da laringe: apresenta um esqueleto cartilaginoso, formado por quatro cartilagens, sendo a cartilagem tireóide a maior de todas e em forma de V. A cartilagem cricóide é ímpar e inferior a cartilagem tireóide, enquanto que a cartilagem aritenóide é uma da cada lado, semelhante a uma pirâmide com o ápice superior, com a base articulando com a cartilagem cricóide. Estas cartilagens são do tipo hialina. Já a cartilagem epiglótica é ímpar, mediana, posterior a cartilagem tireóide e a raiz da língua, sendo uma cartilagem elástica. Existem outras cartilagens na laringe, porém sem maior importância, e estão interligadas por ligamentos e músculos. • Cavidade da laringe: em um corte sagital pode-se observar várias estruturas. São elas: ventrículo da laringe, que são pequenas invaginações da laringe, limitado por PAGE 131 Figura 7.5: Esqueleto cartilaginoso da laringe. A, visto anteriormente e B, visto posteriormente. Figura 7.6: Cavidade da laringe, num corte sagital. Figura 7.7: Esquema das pleuras e mediastino, corte frontal. CAPÍTULO 8 SISTEMA DIGESTIVO • Divisão do sistema digestivo Reconhecemos no sistema digestivo um canal e órgãos anexo. Do primeiro fazem parte órgãos situados na cabeça, pescoço, tórax, abdome e pelve. O canal alimentar inicia-se na cavidade bucal, continuando-se na faringe, esôfago, estômago, intestinos (delgado e grosso), para terminar no reto, que se abre no meio externo através do ânus. PAGE 131 • Boca e cavidade bucal A boca é a primeira porção do canal alimentar. Comunica-se com o exterior através de uma fenda limitada pelos lábios (rima bucal), e, posteriormente, com a parte da faringe (orofaringe), através do istmo das fauces (dorso as língua + arco palatoglosso + úvula). Está limitada lateralmente pelas bochechas e , superiormente, pelo palato duro e mole e, inferiormente, por músculos. A cavidade bucal é dividida em duas porções: - Vestíbulo da boca espaço limitado pelos lábios, pelas bochechas, pelas gengivas e dentes. - Cavidade bucal propriamente dita é o restante. - Palato É o teto da cavidade bocal. Temos palato duro, anterior, ósseo, e o palato mole, posterior e muscular. O palato separa a cavidade nasal da bucal. Do palato mole projeta- se, no plano mediano, uma saliência cônica, a úvula e, lateralmente duas pregas denominadas arco palatoglosso (mais anterior) e arco palatofaríngico (mais posterior). Entre as pregas existe um espaço, a fossa tonsilar, ocupada ela tonsila palatina (antiga amígdala). - Língua É um órgão muscular revestido por mucosa e exerce importante funções na mastigação, na deglutição, como órgãos gustativos e na articulação da palavra. Sua face superior é denominada dorso da língua, onde nota-se o sulco terminal que divide a língua em duas porções: o corpo (anterior) e a raiz da língua (posterior). A partir da observação da mucosa que reveste o dorso da língua, é possível identificar papilas linguais (gustativas), que são de vários tipos: papilas filiformes, fungiformes, foliares e as papilas valadas (logo adiante do sulco terminal). - Dentes PAGE 131 São estruturas rijas, esbranquiçadas, implantadas em cavidades da maxila e da mandíbula (alvéolos dentários). - Glândulas salivares São consideradas anexos do sistema digestivo. São responsáveis pela secreção da saliva. As mais importantes são as chamadas extraparietais, que compreendem as parótidas, submandibulares e sublinguais. • Faringe A parte nasal da faringe comunica-se com a cavidade nasal (através da coana). A parte bucal da faringe comunica-se com a cavidade bucal através do istmo das fauces (dorso da língua + arco palatoglosso + úvula), e a parte laríngica comunica-se anteriormente com o ádito da laringe e, posteriormente, é continuada pelo esôfago. Durante a deglutição, o palato mole é elevado, impedindo que o alimento passe a nasofaringe e, eventualmente, penetre na cavidade nasal. Por outro lado, a cartilagem epiglótica fecha o ádito da laringe, evitando que o alimento penetre no trato respiratório. • Esôfago É um tubo muscular que continua a faringe e é continuado pelo estômago. Pode-se distinguir três porções no esôfago: cervical, torácica e abdominal. No tórax, o esôfago situa-se anteriormente a coluna vertebral e posteriormente à traquéia. A luz do esôfago aumenta durante a passagem do bolo alimentar, o qual é impulsionado por contrações da musculatura de sua parede (movimentos peristálticos). • Abdome Até agora, os órgãos descritos estão situados na cabeça, pescoço e tórax, com exceção da porção mais caudal do esôfago. O restante do canal alimentar localiza-se no abdome. - Diafragma Septo muscular que separa o abdome do tórax. A aorta, a veia cava inferior e o esôfago atravessam o diafragma passando pelo hiato aórtico, forame da veia cava e hiato esofágico, respectivamente. PAGE 131 • Anexos do canal alimentar Correspondem as glândulas salivares (já descritas), fígado e pâncreas. • Fígado Órgão mais volumoso, localizando-se abaixo do diafragma e a direita, embora uma pequena porção ocupe também a metade esquerda do abdome. Desempenha importante papel nas atividades vitais dos organismos, seja secretando a bile e participando de mecanismos de defesa. O fígado possui duas faces: diafragmática (em contato com o diafragma) e visceral (em contato com as vísceras). Na face visceral distinguem-se quatro lobos o direito, o esquerdo, o caudado e o quadrado. Na face diafragmática os lobos direito e esquerdo são separados por uma prega do peritônio, o ligamento falciforme. Entre o lobo direito e o quadrado se situa a vesícula biliar; entre o direito e o caudado há um sulco que aloja a veia cava inferior; entre o caudado e o quadrado encontramos a veia porta do fígado, a artéria hepática, ducto hepático comum, além de nervos e linfáticos. A bile, produzida no fígado, é armazenada na vesícula biliar. Esta sai do fígado pelo ducto hepático comum, e da vesícula biliar pelo cístico; estes ductos se confluem, formando o ducto colédoco, que se abre no duodeno, quase sempre junto com o ducto pancreático. • Pâncreas Situa-se posteriormente ao estômago, em posição retroperitoneal, estando fixado à parede abdominal posterior. No órgão reconhecem-se três partes: cabeça, corpo e cauda. O pâncreas é uma glândula mista (endócrina e exócrina). A secreção endócrina é a insulina e a exócrina é o suco pancreático. PAGE 131 . Figura 8.2: Duodeno, pâncreas e vias biliares. Figura 8.3: Face visceral do fígado. Figura 8.4: Face diafragmática do fígado. Figura 8.5: Vias biliares e ducto pancreático - (esquemático). Figura 8.7: Esquema geral do comportamento do peritônio. Figura 8.8: Intestino Grosso CAPÍTULO 9 SISTEMA URINÁRIO PAGE 131 O sistema urinário compreende os órgãos responsáveis pela formação da urina, os rins, os outros, a eles associados, destinados a eliminação da urina: ureteres, bexiga urinária e uretra. • Órgãos do sistema urinário • Rim É um órgão par, abdominal, localizado posteriormente ao paritôneo parietal, o que o identifica como retroperitoneal. Estão situados a direita e a esquerda da coluna vertebral, ocupando o direito uma posição inferior em relação ao esuquerdo, devido à presença do fígado à direita. O rim apresenta duas faces, uma anterior e uma posterior, e duas bordas, medial e lateral. Suas duas extremidades, superior e inferior, são denominadas pólos e , sobre o pólo superior situa-se a glândula supra-renal, pertencente ao sistema endócrino. Os rins estão envolvidos por uma cápsula fibrosa e, quase sempre, é abundante o tecido adiposo perirenal constituindo a cápsula adiposa. A borda medial do rim apresenta uma fissura vertical, o hilo, por onde passam o ureter, artérias e veias renais, linfáticos e nervos. Estes elementos constituem, em conjunto, o pedículo renal. Dentro do rim o hilo se expande em uma cavidade central denominada seio renal que aloja a pelve renal, que é a extremidade dilatada do ureter. • Corte macroscópico do rim Em um corte frontal (que divide em metades anterior e posterior), é fácil de reconhecer ao longo da periferia do órgão uma porção mais pálida, o cortéx renal, que se projeta numa Segunda porção, mais escura, a medula renal. Estas projeções do cortéx têm a forma de colunas, as colunas renais, e separam porções cônicas da medula denominadas pirâmides. As pirâmides têm ápices voltados para a pelve renal, enquanto suas bases olham para a superfície do órgão. A pelve renal, por sua vez, está dividida em dois ou três tubos curtos e largos, os cálices renais maiores que se subdividem em um número variável de cálices renais menores. Este oferecem em encaixe, em forma de taça, para receber o ápice das pirâmides renais, denominado papila renal. • Ureter É um tubo muscular que une o rim à bexiga. Partindo da pelve renal, que constitui sua extremidade dilatada, o ureter, com trajeto descendente (em virtude do seu trajeto, PAGE 131 assoalho da pelve) e a parte peniana ou esponjosa ( localizada no corpo esponjoso do pênis). A uretra possui duas dilatações: fossa navicular, adjacente ao óstio externo da uretra, e fossa bulbar, adjacente ao bulbo do pênis (dilatação do corpo esponjoso). • Vesículas seminais Estão situadas na parte póstero-inferior da bexiga, e em sua extremidade inferior encontra-se o ducto da vesícula seminal, que se junta ao ducto deferente para constituir o ducto ejaculatório. A secreção das vesículas seminais faz parte do líquido seminal, e tem papel de ativação dos espermatozóides e facilita a progressão dos mesmos através de suas vias de passagens. • Próstata É um órgão pélvico, ímpar, situado inferiormente à bexiga e atravessado em toda a sua extensão pela uretra. Sua secreção junta-se à das vesículas seminais para constituir o volume do líquido seminal. A secreção das duas glândulas prostáticas é lançadas diretamente na porção prostática da uretra através de ductulos prostáticos e conferem odor característico ao sêmen. • Glândulas bulbo-uretrais São pequenas e estão situadas nas proximidades da parte membranosa da uretra. Seus ductos desembocam na uretra esponjosa e sua secreção é mucosa. • Pênis Órgão masculino da cópula, é normalmente flácido, mas quando seus tecidos lacunares se enchem de sangue, torna-se rígido e com sensível aumento de tamanho, ao que se dá o nome de ereção. O pênis é formado por três cilindros de tecido erétil: os corpos cavernosos e o corpo esponjoso. O corpo esponjoso apresenta duas dilatações, a glande do pênis (anterior) e o bulbo do pênis (posterior), sendo que este se prende as estruturas do assoalho da pelve. A glande está recoberta por uma dupla camada de pele, o prepúcio. PAGE 131 • Escroto É uma bola situada atrás do pênis e abaixo da sínfese púbica. É dividido por um septo em dois compartimentos, cada um contendo um testículo. Propicia uma temperatura favorável a espermetogênese. CAPÍTULO 11 SISTEMA GENITAL FEMININO Fazem parte do sistema reprodutor feminino os ovários (produzem os óvulos), as tubas uterinas (vias condutoras dos gametas), o útero (órgão que abriga o novo ser), a vagina (órgão da cópula), as estruturas eréteis (clitóris e bulbo do vestíbulo), glândulas anexas ( glândulas vestibulares maiores e menores) e órgão genitais externos (monte púbico, lábios maiores, lábios menores, clitóris, bulbo do vestíbulo e glândulas vestibulares). • Comportamento do peritônio na cavidade pélvica Os ovários, as tubas e o útero estão situados na cavidade pélvica entre a bexiga (que é anterior a eles) e o reto (posterior a eles). O peritônio, após recobrir a bexiga, reflete-se do assoalho e paredes laterais da pelve sobre o útero, formando uma ampla prega PAGE 131 transversal denominada ligamento largo do útero. Após recobrir quase todo o útero, o peritônio reflete-se sobre o reto. O ligamento largo divide a cavidade pélvica em compartimento anterior e outro posterior. A anterior é a escavação vésico-uterina (entre a bexiga e o útero) e a posterior é a escavação reto-uterina (entre o reto e o útero). Já os ovários estão fixados pelo ligamento mesovário à face posterior do ligamento largo do útero, mas não são revestidos pelo peritônio. O ligamento largo do útero e o ligamento redondo do útero são os principais meios de fixação do útero. • Ovários Produzem os gametas femininos ao final da puberdade. Além disso produzem também hormônios, os quais controlam o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e atuam sobre o útero nos mecanismos de implantação do óvulo fecundado e início do desenvolvimento do embrião. Os ovários estão fixados pelo ligamento mesovário à face posterior do ligamento largo do útero, mas não são revestidos pelo peritônio. • Tubas uterinas Transportam os óvulos que romperam a superfície do ovário para a cavidade do útero. Por elas passam, em direção oposta, os espermatozóides, e a fecundação ocorre habitualmente dentro da tuba. A tuba está incluída na borda superior do ligamento largo do útero, é um tubo de luz estreita cuja extremidade medial (óstio uterino da tuba) se comunica com a cavidade uterina e cuja extremidade lateral (óstio abdominal da tuba) se comunica com a cavidade peritonial. É subdividida em quatro partes, que indo do útero para o ovário, são: uterina (na parede do útero), istmo, ampola e infundíbulo. • Útero É o órgão que aloja o embrião e no qual este se desenvolve até o nascimento. Envolvido pelo ligamento largo, nele se distinguem quatro partes: fundo, corpo, istmo e cérvix (ou colo). O corpo comunica-se da cada lado com as tubas uterinas. O útero apresenta três camadas: endométrio (mais interna), miométrio (média) e perimétrio (a mais externa, representada pelo peritônio). • Vagina PAGE 131 CAPÍTULO 12 SISTEMA AUDITIVO O órgão responsável pela audição é a orelha (antigamente denominado ouvido), também chamada órgão vestíbulo-coclear ou estato-acústico. A maior parte da orelha fica no osso temporal, que se localiza na caixa craniana. Além da função de ouvir, o ouvido também e responsável pelo equilíbrio. A orelha está dividida em três partes: orelhas externa, média e interna (antigamente denominadas ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno). • ORELHA EXTERNA A orelha externa é formada pelo pavilhão auditivo (antigamente denominado orelha) e pelo canal auditivo externo ou meato auditivo. Todo o pavilhão auditivo (exceto o lobo ou lóbulo) é constituído por tecido cartilaginoso recoberto por pele, tendo como função captar e canalizar os sons para a orelha média. PAGE 131 O canal auditivo externo estabelece a comunicação entre a orelha média e o meio externo, tem cerca de três centímetros de comprimento e está escavado em nosso osso temporal. É revestido internamente por pêlos e glândulas, que fabricam uma substância gordurosa e amarelada, denominada cerume ou cera. Tanto os pêlos como o cerume retêm poeira e micróbios que normalmente existem no ar e eventualmente entram nos ouvidos. O canal auditivo externo termina numa delicada membrana - tímpano ou membrana timpânica - firmemente fixada ao conduto auditivo externo por um anel de tecido fibroso, chamado anel timpânico • ORELHA MÉDIA A orelha média começa na membrana timpânica e consiste, em sua totalidade, de um espaço aéreo – a cavidade timpânica – no osso temporal. Dentro dela estão três ossículos articulados entre si, cujos nomes descrevem sua forma: martelo, bigorna e estribo. Esses ossículos encontram-se suspensos na orelha média, através de ligamentos. O cabo do martelo está encostado no tímpano; o estribo apóia-se na janela oval, um dos orifícios dotados de membrana da orelha interna que estabelecem comunicação com a orelha média. O outro orifício é a janela redonda. A orelha média comunica-se também com a faringe, através de um canal denominado tuba auditiva (antigamente denominada trompa de Eustáquio). Esse canal permite que o ar penetre no ouvido médio. Dessa forma, de um lado e de outro do tímpano, a pressão do ar atmosférico é igual. Quando essas pressões ficam diferentes, não ouvimos bem, até que o equilíbrio seja restabelecido. • ORELHA INTERNA PAGE 131 A orelha interna, chamada labirinto, é formada por escavações no osso temporal, revestidas por membrana e preenchidas por líquido. Limita-se com a orelha média pelas janelas oval e a redonda. O labirinto apresenta uma parte anterior, a cóclea ou caracol - relacionada com a audição, e uma parte posterior - relacionada com o equilíbrio e constituída pelo vestíbulo e pelos canais semicirculares. O ouvido interno ou caracol parece a casa de um caracol, e contém um tubo espiral ósseo preenchido com fluido aquoso (linfa). À medida em que o som passa pela janela oval, esse fluido vai transmitindo o som, colocand Labirinto ósseo COMO FUNCIONA O SISTEMA AUDITIVO O sistema auditivo é um autentico mecanismo de precisão, cuja finalidade é captar os sons que nos rodeiam, enviando-os ao cérebro. A anatomia do ouvido é dividida em três partes: orelha externa, orelha média, e orelha interna. Cada parte possui seus órgãos específicos, compondo um complexo sistema de amplificação do som. A onda sonora produzida pelo ruído é captada pelo pavilhão auricular (orelha) passa pelo meato acústico externo (canal auditivo) chega a membrana timpânica que vibra e faz vibrar os ossículos (martelo, bigorna, e estribo). As vibrações chegam na parte interna da orelha, onde existe um líquido que as propagam. Este líquido transmite seus movimentos em formas de ondas às células ciliadas que transformam as vibrações em impulsos nervosos. O nervo auditivo capta este impulso nervoso e o dirige ao cérebro, onde a mensagem é decodificada em forma de onda sonora e interpretada. PAGE 131 Nos bastonetes existe uma substância sensível à luz – a rodopsina – produzida a partir da vitamina A. A deficiência alimentar dessa vitamina leva à cegueira noturna e à xeroftalmia (provoca ressecamento da córnea, que fica opaca e espessa, podendo levar à cegueira irreversível). Há duas regiões especiais na retina: a fovea centralis (ou fóvea ou mancha amarela) e o ponto cego. A fóvea está no eixo óptico do olho, em que se projeta a imagem do objeto focalizado, e a imagem que nela se forma tem grande nitidez. É a região da retina mais altamente especializada para a visão de alta resolução. A fóvea contém apenas cones e permite que a luz atinja os fotorreceptores sem passar pelas demais camadas da retina, maximizando a acuidade visual. ACUIDADE VISUAL: A capacidade do olho de distinguir entre dois pontos próximos é chamada acuidade visual, a qual depende de diversos fatores, em especial do espaçamento dos fotorreceptores na retina e da precisão da refração do olho. Os cones são encontrados principalmente na retina central, em um raio de 10 graus a partir da fóvea. Os bastonetes, ausentes na fóvea, são encontrados principalmente na retina periférica, porém transmitem informação diretamente para as células ganglionares. No fundo do olho está o ponto cego, insensível a luz. No ponto cego não há cones nem bastonetes. Do ponto cego, emergem o nervo óptico e os vasos sangüíneos da retina. MEIOS TRANSPARENTES: • Córnea: porção transparente da túnica externa (esclerótica); é circular no seu contorno e de espessura uniforme. Sua superfície é lubrificada pela lágrima, secretada pelas glândulas lacrimais e drenada para a cavidade nasal através de um orifício existente no canto interno do olho. PAGE 131 • Humor aquoso: fluido aquoso que se situa entre a córnea e o cristalino, preenchendo a câmara anterior do olho. • Cristalino: lente biconvexa coberta por uma membrana transparente. Situa-se atrás da pupila e orienta a passagem da luz até a retina. Também divide o interior do olho em dois compartimentos contendo fluidos ligeiramente diferentes: (1) a câmara anterior, preenchida pelo humor aquoso e (2) a câmara posterior, preenchida pelo humor vítreo. Pode ficar mais delgado ou mais espesso, porque é preso ao músculo ciliar, que pode torna-lo mais delgado ou mais curvo. Essas mudanças de forma ocorrem para desviar os raios luminosos na direção da mancha amarela. O cristalino fica mais espesso para a visão de objetos próximos e, mais delgado para a visão de objetos mais distantes, permitindo que nossos olhos ajustem o foco para diferentes distâncias visuais. A essa propriedade do cristalino dá-se o nome de acomodação visual. Com o envelhecimento, o cristalino pode perder a transparência normal, tornando-se opaco, ao que chamamos catarata. • Humor Vítreo: fluido mais viscoso e gelatinoso que se situa entre o cristalino e a retina, preenchendo a câmara posterior do olho. Sua pressão mantém o globo ocular esférico. Como já mencionado anteriormente, o globo ocular apresenta, ainda, anexos: as pálpebras, os cílios, as sobrancelhas ou supercílios, as glândulas lacrimais e os músculos oculares. As pálpebras são duas dobras de pele revestidas internamente por uma membrana chamada conjuntiva. Servem para proteger os olhos e espalhar sobre eles o líquido que conhecemos como lágrima. Os cílios ou pestanas impedem a entrada de poeira e de excesso de luz nos olhos, e as sobrancelhas impedem que o suor da testa entre neles. As glândulas lacrimais produzem lágrimas continuamente. Esse líquido, espalhado pelos movimentos das pálpebras, lava e lubrifica o olho. Quando choramos, o excesso de líquido desce pelo canal lacrimal e é despejado nas fossas nasais, em direção ao exterior do nariz. PAGE 131 CAPÍTULO 14 SISTEMA ENDÓCRINO Referências bibliográficas: DANGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo Américo. Anatomia básica dos sistemas orgânicos: com a descrição de ossos, junturas, músculos,vasos e nervos, São Paulo, editora Atheneu,2004. http: www.icb.ufmg.br/mor/anafto/introdução _Anatomia.htm VIGUÉ, Jordi. Grande atlas do corpo humano: anatomia, histologia, PATOLOGIAS, São Paulo, editora Manole, 2007 DALEY, Arthur F.; MYERS, j. Hurley. Atlas interativo de anatomia humana. II Ilustrações de Frank H. Netter, MD, 1999. PAGE 131
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