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Guias e Dicas
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Revista BrOffice, Provas de Cultura

BrOffice.org para CONCURSOS

Tipologia: Provas

2010

Compartilhado em 01/09/2010

daniel-palin-2
daniel-palin-2 🇧🇷

4.8

(43)

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Baixe Revista BrOffice e outras Provas em PDF para Cultura, somente na Docsity! | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 1 Agosto | 2010Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Diagramado no BrOffice.org Draw Ano 4 | N° 14 |Agosto 2010 Revista Artigos | Dicas | Tutoriais | e muito mais... Escritório aberto Modelos de documentos para fazer bonito na hora de conseguir um emprego SpechOO Não é ficção científica! Extensão em desenvolvimento permitirá digitar textos por comando de voz BrOffice.org mais rápido Saiba o que fazer para abrir e fechar o aplicativo com mais agilidade Organize-se! Aprenda a usar o Base para armazenar a sua agenda de contatos Fique ligado! O sonho da construção de uma carreira no setor público pode passar pelo conhecimento no aplicativo. Veja como se preparar! Entrevista Revista BrOffice.org inspira criadores do site PASL, portal gratuito de oferta e busca de suporte em software livre | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 2 Agosto | 2010 n a th a n c o lq u h o u n | carta do leitor Carta do leitor 04 | como nós ... … fazemos a tradução da Revista BrOffice.org 06 | reportagem 10 anos de projeto - Comemorações começam no OOoCon, em Budapeste 09 | artigo A co-autoria na era das redes informacionais 11 | entrevista 26As páginas amarelas do Software Livre | cultura Redblade Episódio 05 - Quatro num carro 46 Dica de filme - Invasor de Mentes 48 | dica Abrir e salvar documentos BrOffice.org mais rápido 32 Edição de duas ou mais seções de um documento 33 | tutorial Agenda de contatos usando assistente de banco de dados 35 Gerenciamento Eletrônico de Documentos Integração do BrOffice.org 41 | resumo do mês Resumo do mês 49 | dica rápida 31Dica rápida índice | BrOffice.org em Concursos Públicos 14 | escritório aberto 20Concurso Público Fisl11: Evento Comunitário BrOffice.org 21 | novas tecnologias 23Reconhecimento de voz para BrOffice.org HostGator Brasil O melhor Suporte do Mercado ES ETA Planos de Revenda Servidores Dedicados Acesse agora mesmo www.hostgator.com.br E SS (SR » a st Ga ! po q , À | dj 4 ) Va | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 6 Agosto | 2010 n a th a n c o lq u h o u n como nós ... | desafio como sempre foi o tempo. Colocamos como meta deixar pelo menos duas edições pron- tas antes da Conferência Internacional do OpenOffice.org que acontece em Budapeste de 31 de agosto a 03 de setembro. Paralelamente, havia a produ- ção desta edição e o planejamento de edições especiais; um presente que queremos oferecer ao nosso público lei- tor que em breve vai saber mais detalhes. Voltando ao assunto, o projeto de tradução já existia; equipes já haviam sido formadas. Há projetos de tradução em andamento para o Galego, Francês, Inglês e Caste- lhano. Também há pessoas interessadas em traduzir a Revista para o Japonês, Alemão e Hindi. Entretanto, a Zine 01 e a Zine 09 são as primeiras traduções a saírem. Textos traduzidos por equipes anteriores e disponíveis em nosso Wiki foram aproveitados. Daí a importância do tra- balho coletivo. E quanto aos novos desafios? A ideia é traduzir todas as edições anteriores para o Inglês até chegarmos ao ponto de termos edições bilíngues saindo simultaneamente. E se você quiser integrar a equipe de tradução mande-nos um email: revista@broffice.org. ...fazemos a tradução da Revista BrOffice.orghttp:/ /w w w .o p en cl ip ar t. o rg /d e ta il /1 3 03 9 A ideia é traduzir todas as edições para o inglês. O ” “ Por Luiz Oliveira | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 7 Agosto | 2010 como nós ... | ...fazemos a tradução da Revista BrOffice.org | Por Luiz Oliveira “Quando me juntei ao grupo da Revista BrOffice.org, em novembro de 2009, fui muito bem recebido. Algum tempo depois soube da in- tenção de se fazer edições em In- glês da revista, que já contava com projetos semelhantes para Francês, Galego e Castelhano. Mas foi no IV Encontro Nacional BrOffice.org que o desafio de lan- çarmos a revista em Inglês, em de- finitivo ganhou corpo. A forma de se fazer isso ficou para o time de tradução decidir. Após algumas conversas preliminares surgiu a principal dúvida: “O que precisarí- amos para viabilizar o projeto? Na minha opinião um revisor, de pre- ferência nativo no idioma, pois tra- duzir do inglês para o português é uma coisa. O contrário é mais difí- cil para quem não tem um conhe- cimento muito íntimo do idioma. Curiosamente, no mesmo dia em que disse isso, o Rogério Luz se dispôs a começar como tradutor na revista, mas ele foi escalado para ser revisor já que estudou e viveu fora do Brasil muitos anos. A partir daí começamos a traduzir. Levamos algum tempo para aparar algumas arestas. Mas, devagar fomos prosseguindo. No início do mês de Agosto, tínhamos traduzi- do metade da edição 9, mas ainda faltava muito. O objetivo era tradu- zir a edição 9 e a 1 totalmente, além de produzir uma edição es- pecial bilíngue. Isso coincidiu com vários contratempos. Mas, logo o Clóvis deu um gás que eu não acreditei. Em uma semana tradu- zimos a edição 9, na semana se- guinte a 1. Combinamos de eu re- visar os textos do Clóvis e ele os meus. Em seguida, o Rogério co- meçou o trabalho para tornar os textos inteligíveis para "los grin- gos". Pareceu uma coisa muito desor- ganizada e mal feita, mas as coi- sas fluíram de uma maneira tão natural que me fez crer que o tal modelo "bazar" funciona de manei- ras muito além da nossa imagina- ção. É um grande prazer e um pri- vilégio fazer parte desse time.” A seguir, três depoimentos sobre o trabalho de tradução da Revista BrOffice.org pelos próprios tradutores, Paulo S. Lima, Rogério Luz e Clóvis Tristão: “Não tardou para eu ter não uma, mas duas revistas inteiras para fazer revisão.” (Rogério Luz) Eu pensei: "tudo bem, eu já nem estou atolado de trabalho, mas como as coisas devem ir num ritmo lento eu topo". Obviamente eu não sabia que existia um complô contra a minha vida, o Clóvis e o Paulo decidiram que seriam duas metralhadoras de traduções e não tardou eles tinham a tradução não de uma, mas de duas revistas in- teiras para eu revisar ... é claro, amigo leitor que me vi em apuros. Mas dei uma olhada nas traduções, uma correçãozinha aqui e ali, e toca a lenha. Ambas as traduções estão decentes, e se gringo não entender é porque não quer se esforçar (brincadeirinha). Eles vivem tentando me dar crédito por algum processo de revisão que eu tenha feito (acho que eles têm medo de me assustar com a quantidade e velocidade da tradução que são capazes) mas a verdade é que tanto a RB09 quanto a Zine1 não tem quase um dedo sequer meu. Esses dois e sua fábrica de traduções são a alma do projeto do qual me orgulho de poder participar de vez em quando. Parabéns ao Clóvis e ao Paulo e a equipe da Revista BrOffice.org por mais essa iniciativa. Eu me envolvi com a Revista BrOf- fice.org quando fui convidado a fa- zer um artigo com base em um post que fiz no Grupo de usuários. Fiz o artigo, foi publicado e achei a experiência toda o máximo! Em 15 dias me convidaram para ver como organizaríamos um grupo de tra- dução bilíngue inglês/português. “É um grande prazer e um privilégio fazer parte desse time” (Paulo S. Lima) Você na Revista E Fr Offi Ceo rg do BrOffice.org. http:!!broffice.orgirevista revistaQbroffice.org Aversão impressa da Revista BrOffice.org pode chegar até a sua casa! Neste momento, estamos apenas fazendo um levantamento, verificando as intenções. Se você gostaria de receber a Revista BrOffice.org no seu endereço residencial pagando apenas a taxa de postagem, responda a pesquisa. RESSALTAMOS QUE ISTO É APENAS UM CADASTRO PRÉVIO. Dn DR | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 11 Agosto | 2010 Por Wilkens Lenon Silva de Andrade artigo | h tt p :/ /w w w .1 2 3r f. c o m /p h o to _6 8 81 3 87 _c o n c e p t- fo r- cy b er -s p ac e- 3d -c o m p u te r- re n d er .h tm l Por isso mesmo que Pierre Levy, após ter captado bem o espírito do nosso tempo, disse que: “O ser cognoscente é uma rede complexa na qual os nós biológicos são redefinidos e interfaceados por nós técni- cos, semióticos, institucionais, culturais (…) É preciso pensar em efeitos de subjetividade nas redes de interfa- ces e mundos emergindo provisoriamente de condições ecológicas locais” (Levy, 1993, p. 161). Na citação acima Levy (1993) faz referência ao conceito de Ecologia Cognitiva, onde deixa claro que o conheci- mento é o resultado das complexas interações entre os sujeitos que pensam e articulam ideias, portanto, sujeitos cognoscentes com e o meio, cuja pluralidade se compõe de natureza, instituições humanas, artefatos culturais, signos e símbolos semióticos e culturas diversas. Nessa perspetiva, podemos afirmar, junto com Levy, que o co- nhecimento e, por conseguinte a autoria, é o resultado das relações interativas na coletividade. Sobre isso ele ainda afirma o seguinte: “Já vimos que um grande número de processos e de elementos interveem em um pensamento. Mais uma vez não há mais paradoxo em pensar que um grupo, uma instituição, uma rede social ou uma cultura, em seu conjunto “pensem” ou conheçam. O pensamento já é sempre a realização de um coletivo. (Levy, 1993, p. 161).” A co-autoria informacionais ma obra cultural, seja lite- rária, artística, tecnológica ou de qualquer outro tipo é sem- pre o resultado do trabalho com ideias que já existem. Não há au- toria como algo sui generis, ori- ginada de conhecimento real- mente novo, pensado por um su- jeito sem a interação com a reali- dade. Pelo contrário, a realidade e as relações são as fontes pri- márias das ideias e, portanto, dos conceitos, das definições e dos valores humanos que deram e darão origem a todas as produ- ções culturais existentes e que ainda virão do exercício criativo dos/as autores/as. As produções culturais são sempre resultado da interatividade. na era das redes U | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 12 Agosto | 2010 A rq ui vo p es so al Se o pensamento, suporte de todas as formas de saber, surge como resultado desse conexionismo, podemos concluir que o desenvolvimento da cultura e a sua diver- sidade se dá dentro de um contexto colaborativo propor- cionado pela teia de relações que é estabelecida entre su- jeitos individuais, grupos sociais, somados a outros ele- mentos presentes na cultura, tornando-se significativo, possibilitando avanços, transformações individuais e cole- tivas. E, com isso, criando no tempo e no espaço, mas especialmente no ciberespaço, terrenos férteis a autoria e co-autorias de obras diversificadas com base no comparti- lhamento das ideias. Nesse sentido, Levy diz que: “O conjunto das mensagens e das representações que circulam em uma sociedade pode ser considerado como um grande hipertexto móvel, labiríntico, com cem forma- tos, mil vias e canais. Os membros da mesma cidade compartilham de grande número de elementos e cone- xões da megarrede comum. Entretanto, cada um tem apenas uma visão pessoal dele, terrivelmente parcial, de- formada por inúmeras traduções e interpretações. São justamente estas associações indevidas, estas metamor- foses, estas torções operadas por máquinas locais, singu- lares, subjetivas, conectadas a um exterior que reinjetam movimento, vida no grande hipertexto social: na 'cultura'” (LEVY – 1993, p. 185). O texto acima é uma síntese do pensamento de Levy em relação à grande teia de relações que dão forma à cultura e, consequentemente, aos diversos saberes existentes e criações culturais. O autor insiste em afirmar que todo co- nhecimento é resultado de uma megarrede colaborativa formada por “mil vias e canais”. Nesse aspecto, concor- damos com ele pois, se “as nossas mentes pensam por associação, não seria estranho supor que nossa cultura realiza-se também por conexão, por constantes recombi- nações.” (SILVEIRA et. al. apud BUSH, 2007). Justamen- te por essas razões e por muitas outras é que digo que o direito autoral não pode cercear o acesso ao conhecimen- to de quem quer que seja. Muito pelo contrário, o com- partilhamento é necessário para retroalimentar a autoria. É o compartilhamento das ideias que possibilita a criativi- dade porque sem isso não há fontes onde se possa bus- car o material necessário para as produções culturais. A música é um exemplo fantástico do que estou afirmando. A harmonia e os acordes musicais é o resultado das mis- turas de diferentes notas. As músicas mais belas são compostos harmônicos de sons que sozinhos não fazem sentido. Outra belíssima metáfora da pluralidade que faz emergir de si beleza e sentido é a natureza cheia de cores, tonalidades e biodiversidade. A diversidade é fonte de inspiração para quem cria, mas também para quem cria em cima da criatividade dos ou- tros. É fonte de remixagem. É a pluralidade e o comparti- lhamento dentro desse contexto cultural que geram as re- combinações e o reaproveitamento das ideias para au- mentar e melhorar o conhecimento existente. É da plura- lidade que se alimentam as produções culturais. No meio desse caos de diversidade, há um complexo mundo de autores compartilhando conhecimento, cultura e arte. Não há linearidade nem algo pronto e acabado, mas existe uma maravilhosa organização de mentes e co- rações interfaceados pela lógica da generosidade. As re- des sociais e as Comunidades de software livre são exemplos vivos da megarrede de interatividade e colabo- ratividade articulada em nosso tempo. O resultado disso é a produção de saberes comunitários que têm como semente o desejo de contribuir, de perten- cimento, de reconhecimento mútuo, de autoria que é re- conhecida produção e desenvolvimento em conjunto. O nome disso é meritocracia. No interior das redes informa- cionais, já não há mais espaço para o meu conhecimento, mas para a colaboração. A rede é feita de comunidades e essas de autores e coautores. Por isso, o absurdo da leis contemporâneas dos direitos autorais e da indústria de patentes que, além de tentarem retirar do autor o direito sobre sua obra tentam acabar com as fontes primárias de produção desses saberes. O que seria da ciência se as fórmulas de Aristóteles esti- vessem sob patentes ou fossem distribuídas sob copy- right? Se as descobertas de Newton pertencessem a uma pessoa ou a um grupo? Que tipo de avanço científico co- nheceríamos se o método científico fosse privativo? Se a ciência não fosse livre? Se o conhecimento dos antigos A rq u iv o p e ss o a l A co-autoria na era das redes informacionais | Por Wilkens Lenon artigo | O direito autoral não pode cercear o acesso ao conhecimento de quem quer que seja. Muito pelo contrário, o compartilhamento é necessário para retroalimentar a autoria “ ” | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 15 Agosto | 2010 A rq ui vo p es so al de concurso é muito importante para o andamento do tra- balho de candidatos aprovados. “É perceptível o conhe- cimento que alguns concursados têm em relação aos mais antigos ou comissionados que não se interessam tanto por novas tecnologias”, diz. Conforme relata, os alunos chegam aos cursos geralmen- te com pouca noção sobre a ferramenta, quando o foco é concurso público. As pessoas que já têm experiência no serviço público, explica, costumam estar mais familiariza- das à ferramenta. Evidentemente, um assunto a mais para conhecer nem sempre deixa feliz quem pretende su- perar os concorrentes. Mas o quesito BrOffice.org não é visto pelos alunos como um obstáculo, e sim um aliado: “No início, muitos alunos reclamavam por terem que estu- dar mais um pacote de aplicativos, porém hoje eles veem isso como um diferencial na preparação”, afirma Áriston. O Diretor de Relações Trabalhistas da Associação Brasi- leira de Recursos Humanos do Rio Grande do Sul (ABRH), Paulo Delfino, explica que o questionamento sobre custos é uma realidade de empresas privadas e ór- gãos públicos. Nesse contexto, o uso de software livre é uma tendência. “O domínio completo de software livre co- loca o candidato na posição de competitividade, seja na prova objetiva, seja no teste prático”, afirma. Delfino lem- bra que muitos concursos realizam, além de testes objeti- vos, exames práticos para admitir o candidato. “Só isso já te coloca em posição de vantagem”, fala ao enfatizar que os profissionais devem se atualizar. A rq u iv o p e ss o a l BrOffice.org em Concursos Públicos | Por Rochele Prass reportagem | No início, muitos alunos reclamavam por terem que estudar mais um pacote de aplicativos, porém hoje eles veem isso como um diferencial na preparação “ ” Como se preparar atento a essas falhas. A dica que o professor deixa para quem está se preparando para prestar concurso público é estudar através da resolução de provas já aplicadas. Em caso de dúvidas, diz, consultar a ajuda do software e parti- cipar de grupos de discussão também são recomendáveis. Para o Diretor da ABRH, Paulo Delfino, o processo de aprendizagem deve ser constante, e não apenas visando a um concurso específico. Para tornar-se competitivo no mer- cado de trabalho, é preciso transformar essa questão numa tarefa diária. O Diretor ressalta que os concursos são ela- borados com o objetivo de selecionar os melhores inscritos. “Se estou concorrendo com melhores, tenho que treinar di- ariamente”, afirma. Outro ponto que salienta é que o nível dos concorrentes de concursos públicos costuma ser alto, reunindo pessoas com bom nível de instrução e bem prepa- radas. A postura de alguém que almeja essa conquista deve pas- sar por uma disciplina séria e de dedicação. Além disso, Delfino também aconselha os concurseiros a realizarem simulados, pesquisar provas de concursos anteriores e trei- nar, repetindo as condições do processo de seleção com o número de questões e tempo disponível para completar a prova. Apesar de as questões mudarem, abrangem os mesmos tipos de conhecimentos. “Não é possível decorar o caminho, mas é possível treinar para se submeter a uma si- tuação semelhante”, explica. O presidente da Associação Brasileira de Candidatos a Concurso Público, José Vânio Sena, também salienta a im- portância de o candidato conhecer a forma como as ques- tões são elaboradas. Mas aconselha os estudantes a fica- rem atentos à teoria. “O candidato pode perfeitamente do- minar o manuseio prático, em um computador, e, na teoria, se enrolar com os termos técnicos de informática”, diz. As dificuldades que os alunos têm em relação ao BrOf- fice.org, explica o professor Áriston Jorge Meireles, são praticamente as mesmas em relação a suítes seme- lhantes. Os pontos que geram mais dúvidas são as fórmulas e funções do Calc. Para auxiliar os concursei- ros, ele procura focar em questões que já caíram em outros concursos. Quando um edital aponta necessida- de de conhecimentos em duas suítes, o professor adota a prática de comparar as duas ferramentas, mostrando as diferenças. “Os alunos que dedicam um tempo para a re- solução de provas anteriores e, a partir delas aprendam novas funções, não acham difíceis as questões”, diz. Segundo Áriston, o problema está, muitas vezes, em questões mal elaboradas pelos organizadores dos concursos. Para os concurseiros, a melhor saída é estar Áriston Jorge Meireles, professor de cursos preparatórios para concursos. A rq u iv o P e ss oa l | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 16 Agosto | 2010 A rq ui vo p es so al A estabilidade e a garantia de uma aposentadoria es- tável atraíram a atenção do jornalista Luis Henrique Silveira. Ele é um dos inscritos para o concurso do MPU e conta que pretende se preparar para a prova por conta própria. Como estratégia, está montando um plano de estudos a partir de conteúdos listados no edi- tal do concurso, além de analisar outras provas. “Quando eu li o programa, achei muito interessante porque a parte de informática contempla software livre”, diz. Usuário de BrOffice.org, Luis conta que sua maior preocupação é com questões relativas à outra suíte de escritórios. Além disso, pretende dar maior atenção às planilhas, já que as usa esporadicamente no seu dia a dia. “Nestes casos terei que estudar ambos”, conta. BrOffice.org em Concursos Públicos | Por Rochele Prass reportagem | Em busca de uma vaga... Na opinião de Luis Henrique, muitas das questões de concurso sobre informática são até fáceis para quem usa a ferramenta. “São perguntas do tipo, para você fazer tal coisa precisa fazer quais passos?”, analisa. Entretanto, pondera que muitas perguntas são do tipo verdadeiro ou falso, o que pode gerar confusão na hora da prova. Um cargo no setor público é o sonho de muitos brasilei- ros. Isso porque o mercado de trabalho atual é mutante e flexível, conforme a análise de Delfino. Muitos trabalha- dores de gerações passadas conseguiram fazer uma boa carreira em empresas privadas, “mas isso nem sempre é possível”, lembra Delfino. A carreira no serviço público, entretanto, é também uma questão de perfil. “Tem pessoas que não se acostumam com o processo que deve ser seguido no setor, mas ra- ramente fazem concurso”, diz. Porém, essa estabilidade no emprego não significa falta de espaço para realização pessoal e construção de uma carreira promissora. “É uma questão de personalidade. O jovem que entra em concur- so está sendo desafiado e isso coloca uma pressão sobre os órgãos para que lidem com a necessidade de reco- nhecimento mais imediata dos jovens”, explica. Conforme analisa o diretor, as gerações que estão se co- locando no mercado de trabalho procuram concurso pú- blico também por reconhecer que os órgãos estão mais sérios e vêm se estruturando melhor. A partir da década de 60, as empresas privadas passaram a ser modelo de organização. “Existe a 'recuperação' da qualidade do ser- viço público que foi modelo nos anos 50”, explica. A bus- ca pelos melhores profissionais, regras de crescimento e de desempenho também estão atraindo as melhores pes- soas. “Se acomodam os que querem se acomodar”, diz. E, diante desse contexto, chegar a um ambiente de traba- lho sabendo como lidar com tarefas da rotina é muito im- portante para a integração do novo profissional ao grupo. O mercado de trabalho O jovem que entra em concurso está sendo desafiado e isso coloca uma pressão sobre os órgãos para que lidem com a necessidade de reconhe- cimento mais imediata ” “ Paulo Delfino, Diretor de Relações Trabalhistas da ABRH - RS. F o to : D an ie l H a m m e s A rq ui vo P e ss oa l Luis Henrique Silveira dedica manhãs e tardes aos estudos, para o concurso do Ministério Público da União. | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 17 Agosto | 2010 Questão 2: Com relação ao BrOffice.org Writer 3.2.0 (configuração padrão do fabricante), as opções de recortar um objeto selecionado qualquer no documento (imagem ou um trecho do texto) e colar esse objeto em um local espe- cífico no texto, podem ser realizadas a partir do tecla- do, utilizando, respectivamente, as teclas de atalho: a) CTRL + Y e ALT + V. b) ALT + C e ALT + V. c) CTRL + T e CTRL + X. d) CTRL + X e CTRL + V. e) CTRL + C e CTRL + V. A rq ui vo p es so al reportagem | Análi e: questões BrOffice.org em concursos públicos Prepare-se! Veja algumas perguntas que já caíram em provas de seleção Pesquisa e comentários | Por Cícero Rocha Questão 1: Considere a figura a seguir, extraída do BrOffice.org Calc 3.2.0 (configuração padrão do fabricante): Considerando que na célula C3 o usuário digita a fórmula =MÉDIA(A1/B1;A2*B2), o valor resultante nesta célula (C3) será de: a) 2,25. b) 2,5. c) 3,0. d) 3,25. e) 3,5. Comentário: Como padrão da informática, e também dos processadores de textos atuais, os atalhos das funções recortar/colar é, respectivamente, CTRL + X e CTRL + V, e no BrOffice.org Writer 3.2.0, não seria diferente. Portan- to, a resposta correta é letra D. *Prova organizada pela Coordenadoria Permanente de Seleção da Universidade Federal do Piauí (COPESE/UFPI). Edital 05/2010 – Cargo: Agente Ad- ministrativo. Data de realização: 11/07/2010. Comentário: Com os dados da questão, podemos ob- servar que a função MÉDIA, primeiro irá resolver a divisão e multiplicação, para depois realizar a média que neste caso será 3. Portanto, a resposta correta é letra C. *Prova organizada pela Coordenadoria Permanente de Seleção da Universidade Federal do Piauí (COPESE/UFPI). Edital 05/2010 – Cargo: Agente Ad- ministrativo. Data de realização: 11/07/2010. Integrante do Grupo de Usuários BrOffice.org - CE, Cícero Pinho Rocha é colaborador da Revista BrOffice.org. Possui gra- duação em Licenciatura Plena em Computação pela Universidade Esta- dual do Piauí (2005). Atualmente, é professor da Escola Estadual de Educação Profissional Monsenhor Expedito da Silveira de Sousa. Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Informática Educativa e em Matemática e Física. | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 20 Agosto | 2010 O ingresso no mercado de trabalho através de concurso público é atualmente o sonho de milhares de pessoas no Brasil. O BrOffice.org está sendo cada vez mais exigido nesse tipo de provas. Porém o que alguns não sabem é que o Escritório Aberto, projeto da comunidade BrOffice.org, dá uma força extra aos “concurseiros” com esses modelos: escritório aberto | O Projeto Escritório Aberto tem como objetivo fornecer modelos de arquivos para o BrOffice.org total- mente gratuitos, prontos para usar e excelentes para o aprendizado. Assim, futuros usuários conta- rão com aplicações práticas para demonstração dos diversos usos do BrOffice.org por meio de exemplos utilizáveis. Trata-se de arquivos de uso diário, enviados por colaboradores e que servem perfeitamente às nossas necessidades, todos licenciados pela GPL. Por Pedro Ciríaco Por Pedro Ciríaco Quando for nomeado e começar a desfrutar de um bom salário, é uma boa ideia controlá-lo com o Orçamento familiar para assalariado. Download: Orçamento Familiar Assalariado Um bom cartão de visitas valoriza o seu relacionamento interpessoal. Download: Cartão de Visitas O primeiro passo é fazer a inscrição no concurso público, que poderá ser realizada com este modelo de procuração. Download: Procuração Agora, se você ainda não passou em um concurso público, poderá arrumar um emprego na iniciativa privada através de um Currículo elegante. Download: Currículo Elegante A o V iv o B r | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 21 Agosto | 2010 órgão usa o BrOffice.org para uma das missões mais importantes diante da população: o controle externo de recursos públicos. São cerca de 120 auditores e 180 técnicos de fiscalização que usam o apli- cativo na tarefa de analisar o fluxo de recursos de 667 unidades gestoras no estado, por onde circula anualmen- te uma média de R$ 13 bilhões. A suíte já está presente em 90% das 700 estações de trabalho, meta projetada para 2011, mas que foi atingida ainda no primeiro semes- tre deste ano. Anualmente, os auditores do TCE/MT ge- ram aproximadamente 20 mil documentos. Conforme o coordenador, o motivo predominante para a implantação do BrOffice.org foi econômico, o que significa redução de custos para os cofres públicos. A entidade calcula poupar até R$ 800.000,00 por ano com pagamen- to de licenças proprietárias de suítes de escritórios. Mas também já chamava a atenção da equipe as questões sobre interoperabilidade e o formato ODF, padrão de ar- mazenamento de documentos do BrOffice.org. Por Rochele Prass A rq u iv o p es s o al reportagem | fisl11: R o ch e le P ra s s Para conseguir o respaldo necessário para a migração, a en- tidade procurou auxílio externo. A estratégia foi buscar no mercado quem conhecesse o assunto. “Obviamente, a esco- lha foi pela Associação BrOffice.org”, explica Maragon. Con- forme ressalta, a contratação da entidade pelo TCE/MT foi por meio de inexigibilidade de licitação. De acordo com a Lei, explica, quando uma instituição é notória na sua área de atuação, o procedimento administrativo para a contratação de seus serviços é dispensado. A partir dessa parceria, técnicos da entidade iniciaram uma capacitação pela própria Associação BrOffice.org, tornando- se multiplicadores de conhecimento para outros usuários da entidade. Os treinamentos duravam cerca de três horas uma vez por semana e cumpriam um papel a mais: a cada pro- blema identificado, a equipe de multiplicadores era aciona- da. “Com a contratação da BrOffice.org, nós conseguimos o apoio qualificado para resolução de problemas”, afirma Ma- ragon. Em 2006, o TCE/MT instituiu o BrOffice.org como fer- ramenta corporativa, por meio de decreto administrativo. Um dos maiores cases de migração para BrOffice.org foi o tema principal do even- to comunitário do BrOffice.org, realizado durante o fisl11. Segundo o Coordenador Técnico de Tecnologia da Informação do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, Edmar Maragon, e o analista técnico responsável pelo BrOffice.org na entidade, Claudio Ferraz, que apresenta- ram parte do evento, o planejamento de implantação da suíte de escritório iniciou em 2002, quando os auditores do TCE/MT ainda precisavam extrair manu- almente informações dos bancos de da- dos para composição de relatórios. BrOffice.org discute sustentabilidade de projetos de migração em evento comunitário TCE/MT apresenta caso de migração e aponta caminhos para sustentabilidade dos projetos de implantação O Evento Comunitário BrOffice.org | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 22 Agosto | 2010 A rq ui vo p es so al Evidentemente, houve resistências iniciais, conta Mara- gon, principalmente entre os que já conheciam outras fer- ramentas. “É aqui que o gestor tem que se preocupar”, enfatiza. Conforme aponta, o caminho deve ser o de quebra de paradigmas, tratando de mudar a cultura das pessoas, os usuários. “E foi neste ponto que o TCE/MT teve êxito”, afirma. Ele explica que o processo é contínuo e todo o esforço se repete cada vez que um novo colabo- rador passa a integrar o quadro. Muitos usuários que re- clamam não se dão conta de que as dificuldades de aprendizagem são idênticas as que teriam com uma suíte proprietária, constata. “Mas não são só problemas que a gente encontra. Tem benefícios também”, declara. Conforme ressalta Claudio Ferraz, que é o especialista em BrOffice.org no TCE/MT, o sucesso na adoção do BrOffice.org está também na integração do BrOffice.org com os principais sistemas legados no TCE/MT, respon- sável pelo controle de processos. Uma das dificuldades técnicas foi quanto à inserção de imagens em lote no editor de texto para geração de rela- tórios. O caminho encontrado esteve novamente na par- ceria com a BrOffice.org: foi desenvolvida uma extensão que permite inserir em um documento imagens a partir de um diretório determinado. Depois de testada e aprovada, a extensão foi disponibilizada para todos os usuários do BrOffice.org como uma contribuição do Tribunal ao traba- lho colaborativo do projeto. A AddPics está disponível para download no repositório do de extensões do OpenOffice.org. Conforme Claudio Ferraz, uma outra vantagem de estar em permanente contato com a Associação BrOffice.org é a possibilidade de sugerir melhorias no aplicativo na me- dida em que necessidades são identificadas na rotina de trabalho dos usuários. Uma das questões foi com os grá- ficos gerados no Calc. Quando as imagens eram coladas no editor de texto, o Writer, os dados desapareciam. O problema estará solucionado a partir da versão 3.3 do BrOffice.org. O Conselheiro e sócio fundador da OSCIP BrOffice.org Gustavo Pacheco, que prestou consultoria à entidade du- rante o processo de implantação, ressaltou que o caso do TCE/MT é importante porque representa um dos grandes desafios pós migração: a sustentabilidade desses proje- tos. “O TCE/MT tem um histórico de sucesso na migração e de suporte de apoio de desenvolvimento do aplicativo, dando contribuições ao projeto internacional”, diz. Referente às dificuldades técnicas encontradas ao longo do processo de migração e no dia a dia dos usuários, Pacheco Outra palestra realizada no Encontro Comunitário BrOffice.org foi sobre técnicas de conversão de do- cumentos, ministrada pelo diretor da Oscip e respon- sável pela tradução do aplicativo para português, Oli- vier Hallot. Conforme explica, uma das maiores difi- culdades para empresas e entidades que migram para BrOffice.org é a conversão de documentos. Hal- lot demonstrou, na prática, formas que facilitam o pro- cesso. Leonardo Cezar, integrante das comunidades BrOffi- ce.org e PostgreSQL, que é administrador de bancos de dados, apresentou ao público maneiras possíveis de acessar informações armazenadas num banco de dados PostgreSQL através do Base. De acordo com ele, essa integração é uma solução que facilita o acesso a dados, aproveitando recursos disponíveis da suíte de escritório. A rq u iv o p e ss o a l fisl11: Evento Comunitário BrOffice.org | Por Rochele Prass reportagem | http://extensions.services.openoffice.org/pt-br/project/AddPics esclarece a importância de discuti-las e até mesmo prevê- las durante o planejamento de uma migração. “A tendên- cia, com esse tipo de planejamento, registro e acompa- nhamento é que os resultados efetivos sejam cada vez mais rápidos, pela proximidade que o BrOffice.org propor- ciona entre usuário e desenvolvedor”, diz. A OSCIP BrOffice.org mantém com o TCE/MT um contra- to que prevê prestação de consultoria e parte de desen- volvimento. Além disso, a organização atua como inter- mediária junto à comunidade internacional OpenOffice.org. Baixe a extensão: R o ch e le P ra s s TCE/MT destaca ao público que apoio aos usuários é contínuo WANTED + +— TRANSLATOR FOR BrOffice.org z RS A equipe de documentação da comunidade BrOffice.org está reunindo colaboradores para o trabalho de tradução do wiki do projeto internacional OpenOffice.org para português. A tarefa tem como objetivo a criação, tradução e manutenção da documentação para o idioma português, incluindo manuais de utilização, perguntas frequentes, exemplos de uso e modelos de documentos. Inscreva - se em broffice.orgitraducao a | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 26 Agosto | 2010 Por Rochele Prass A rq u iv o p es s o al entrevista | o ar há menos de um mês, o site PASL - Páginas Amarelas do Software Livre – chegou para unir duas pontas. Trata-se de um local de acesso público, em que tanto a busca, quanto a oferta de serviços em Software Livre são gratuitos. O projeto foi idealizado pelo técnico em ele- trônica, Paulo Souza Lima, a partir de reportagem publicada na edição 9 da Revista BrOffi- ce.org. “A reportagem sobre BrOffice.org nos municípios brasileiros deu a base de sus- tentação para o que eu já des- confiava, mas ainda não tinha muito claro na mente”, diz ao ci- tar que a matéria levanta a dis- cussão sobre a importância do suporte continuado nos projetos de migração. “Não adianta apenas instalar o novo software, precisa dar treinamento. E depois do treinamento, suporte e acompanhamento”, lembra. Paulo compartilhou a ideia com Carlos Alberto Vega Loyola Junior, administrador do fórum Tuto- linux, que ofereceu um espaço em servidor para a iniciativa e trabalhou no desenvolvimento da inter- face. Recentemente, duas pessoas passaram a ajudar no desenvolvimento do site, Marco Aurélio Fonseca de Almeida (lelocrow), programador e suporte técnico em software, de São Paulo/SP e o professor Dyego Garcia, de Pernambuco. Nos primeiros dias após as primeiras divulgações em algumas listas de discussão e redes sociais, o volume de acessos aumentou. O número de ca- dastros e de pessoas oferecendo serviços de su- porte, gratuitos ou pagos, conta Paulo, chegou a 60, reunindo profissionais de todo o Brasil. Já fo- ram registrados picos de 80 pessoas online. Em cada estado, o site registrou uma média de 200 acessos. Paulo e Carlos contam os detalhes do projeto em entrevista a seguir: NNão adian- ta apenas ins- talar o novo software, pre- cisa dar trei- namento. E depois do treinamento, suporte e acompanha- mento “ ” do Software Livre As páginas amarelas | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 27 Agosto | 2010 O que essa iniciativa pretende gerar em se tratando de difusão e uso pleno do software livre? Muito se fala da tal sustentabilidade dos negócios com software livre. Iniciativas como o projeto Cauã de John “Maddog” Hall, visam oferecer qualificação para pessoas carentes de modo que possam gerar renda com o software livre, mas onde está a demanda? Onde estão as pessoas que precisam dos serviços desses novos técnicos? O software livre já possui uma base de sustentação nas em- presas e no governo, mas não nos usuários domésticos. A demanda doméstica é tão importante quanto a demanda corporativa, se não mais. Recentemente houve uma dis- cussão sobre o suporte. Chegamos à conclusão de que o suporte presencial é muito importante, porque as pessoas não têm tempo nem disposição para buscar ajuda em fó- runs. A maioria das pessoas gosta e precisa de suporte presencial. Então nos ocorreu a questão: porque não juntar num só local, quem busca suporte presencial e quem o oferece? Por que a demanda doméstica pode ser mais importan- te que a demanda corporativa? Quando falamos de “inclusão digital” estamos necessaria- mente falando de pessoas e de computadores domésti- cos. O governo e as empresas já estão digitalmente incluí- dos. Quem necessita ser incluído, neste momento, são as pessoas que ainda não têm acesso a todos os serviços e informações disponíveis na grande rede. A rq u iv o p e ss o a l As páginas Amarelas do Software Livre | Por Rochele Prass entrevista | Gerar renda com o software livre, mas onde está a demanda? Onde estão as pessoas que precisam dos serviços desses novos técnicos? “ ”Paulo Souza Lima é técnico em eletrônica e administrador. Tra-balha no Instituto de Tecnologia do Paraná como metrologista. A rq ui vo p es so al Por isso, a demanda doméstica tende a ser mais importante do que a empresarial e gover- namental. Além disso, mesmo na situação atual, a pirataria é muito mais disseminada no âmbito da computação doméstica do que na corporati- va, o que pode ser um nicho interessante para o software livre. O software proprietário não é predominante apenas porque as empresas o uti- lizam. Ele é predominante porque conquistou o âmbito doméstico na forma do pirata. Redes so- ciais e sites de relacionamento foram criados para pessoas, não para empresas. Então por que insistimos em dizer que o sucesso está nas empresas e no governo, se ambos são feitos de pessoas? O sucesso está nas pessoas, onde quer que elas estejam. O SL já está bastante presente no governo e nas empresas. É hora de o colocarmos nas residências. Quais são as maiores dificuldades que vocês identificam para que os usuários sigam usando software livre após terem o primeiro contato com ferramentas e sistemas opera- cionais open source? Com o software livre, a maior dificuldade que enfrentamos é, justamente, a de manter as pessoas usando o SL depois da instalação. Todas as vezes que esse acompanhamento não foi feito, a pessoa abandonou o SL e vol- tou para o pirata. Em muitos casos, frustrada. Na maioria dos fóruns, blogs e listas de dis- cussão, fala-se muito da "preguiça do usuário" em aprender coisas novas. Todo suporte gra- tuito para SL, passa necessariamente pelos fó- runs e listas. Os suportes pagos são raros e caros. Nas listas de discussão, sempre falam para os iniciantes serem específicos e claros nas suas perguntas, mas esquecem que essas pessoas sequer têm ideia do que perguntar. Resumindo: a dificuldade do iniciante é muito maior do que apenas técnica. Para o usuário final vem a pergunta: porque vou utilizar Linux se o que as empresas precisam é de profissio- nais para sistemas proprietários, que são maio- ria nas empresas? Consequentemente, esses usuários não têm um estímulo para aprender o sistema Linux. 5º SoLiSC congresso catarinense de software livre solisc.org.br Venha para o maior evento de software livre de santa Catarina! Mostra de soluções - Palestras - Espaço para grupo de usuários Caravanas (organize e concorra a brindes) Trilhas Hardware e Sistemas Embarcados Infraestrutura e Desenvolvimento Software Livre em Desktop Negócios e Casos de Uso Software Livre em Geral Telecomunicações WwWww.. SOlISC. “o 22 e 23 Outubro 2010 Pensamento livre, Conhecimento livre, Software livre. Chamada de Trabalhos período para submissão: 01/07 a 15/08 org.br Realização <= mai Software Livre anta Catarina | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 31 Agosto | 2010 Por Cícero Pinho Rocha dica rápida | Congelando Células no Calc. Como fazer isso? Simples! 1 - Digite os dados como na figura acima; 2 - Selecione as linhas de 1 a 3, clicando em cima dos cabe- çalhos de linhas e arrastando até a 3; 3 - Em seguida, vá ao menu Janela e clique em dividir; 4 - Arraste a linha que surgir até abaixo da linha 3; 5 - Feito isso, clique novamente no menu janela em seguida congelar; Pronto! As células estão congeladas e você pode digitar to- das as informações e o cabeçalho da sua tabela não “sumirá”. Figura 1 : Visualizando os 20 primeiros alunos. Figura 2 : Cabeçalho congelado - Páginas posteriores. Imagine a seguinte situação: um professor precisa fazer uma tabela de notas de 41 alunos. No entanto, ele só consegue visualizar 20 alunos (com fonte legível), como mostra a figura abaixo(Figura 1). Quando chegar no aluno 23, ele não terá mais acesso ao cabeçalho da tabela (em negrito). Então, fica difícil saber o que digitar. Para resolver este problema, é necessário congelar as li- nhas que possuem o cabeçalho. Formatação condicional de células no Calc. Por Paulo de Souza Lima Se você quiser que uma determinada célula se comporte de maneiras diferentes, de acordo com os dados inseridos nela, a dica é usar a formatação condicional. Para isso, selecione a célula que você quer configurar e clique no menu Formatar > Formatação condicional. É possível configurar até três parâmetros para a célula. Su- pondo que você queira, por exemplo, que o fundo da célula apareça em azul com letras brancas, se o valor da célula for positivo, fundo vermelho com letras brancas em negrito, se o valor for negativo, e preto com letras pretas se o valor for zero, para isto basta seguir os passos abaixo: 1 - Habilite as três condições nas caixas de verifica- ção à esquerda do menu de Formatação condicional. 2 - Para cada condição, clique em “Novo estilo” para editar as configurações da célula. 3 - Não esqueça de dar um nome para o estilo antes de incluí-lo na lista de estilos. Figura 1 : Procedimento da formatação condicional. | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 32 Agosto | 2010 Por Raul Pacheco da Silva A rq u iv o p es s o al dica | Abrir e Salvar documentos h tt p :/ /w w w .i m o ti o n .c o m .b r/ im a g e n s/ d et a il s. p h p ? im a g e _i d = 5 4 00 m dos motivos para o BrOffice.org demorar para ab- rir e salvar documentos é o fato de ele salvar imagens, texto e formatação do documento em uma forma compactada, resultando em arquivos menores. Em contra- partida, exige muito mais processamento para serem criados e abertos. Uma forma de reduzir o tempo de carregamento dos ar- quivos e evitar pausas durante a edição é aumentar o ta- manho do Cache de figuras, no menu "BrOffice.org > Fer- ramentas > Opções > Memória". Usar um cache maior faz com que o BrOffice.org consuma mais memória RAM, mas fique perceptivelmente mais rápido. Em um PC com 1 GB de RAM (ou mais), se terá bons resul- tados aumentando o "Número de etapas" para 100, se na op- ção "Utilizar para o BrOffice.org" reservando 196 MB, e ao aumentar a "Memória por objeto" para 20 MB. Isso fará com que as imagens e outros elementos incluídos nos documentos BrOffice.org mantenham-se carregados na memória, ao invés de serem lidos a todo instante do arquivo origem, salvo no HD. Logicamente, 196 MB de memória é apenas um limite, atingido somente na edição de documentos muito pesados. A opção "Remover da memória após" indica por quanto tempo os arquivos serão mantidos no Cache. Se o BrOffice.org fica aberto o tempo todo, editando os mesmos documentos na maior parte do tempo, use um valor alto (como algo em torno de 6 horas) para evitar que o cache para os documentos que estão abertos fiquem se atualizando constantemente. Entretanto, se você tem um micro com 256 MB ou menos, terá melhores resultados colocando no "Número de eta- pas" 20, "Utilizar para o BrOffice.org" 32 MB (ou até me- nos, dependendo da memória disponível), "Memória por objetos" para 16 MB (para o BrOffice.org manter na me- mória apenas os objetos do trecho que estiver editando). Nos PCs atuais, os ajustes acima farão com que o BrOffi- ce.org fique, na verdade, mais lento, já que não poderá manter muitos elementos na memória. Entretanto, em PCs antigos a redução no uso de memória acaba supe- rando o impacto devido à redução nos caches. Como pode imaginar, o "Carregar o BrOffice.org na inicializa- ção do sistema" ativa o pré-carregador, fazendo com que ele mantenha parte das bibliotecas carregadas na memória para início rápido. Essa opção é interessante apenas para quem tem o hábito de abrir e fechar os aplicativos com frequência. BrOffice.org mais rápido Fonte: http://www.gdhpress.com.br/blog/mais-dicas-openoffice/ U | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 35 Agosto | 2010 Por Wilkens Lenon A rq u iv o p es s o al tutorial | Que tal organizar todos os seus contatos, para localizá-los facilmente? O BrOffice.org Base é uma ferramenta que pode ser usada para criação de pequenos aplicativos de entrada e saída de dados e tem funcionalidades que atendem a várias necessidades. Neste tutorial, vamos mostrar como utilizar o Assistente de banco de dados para, rapidamente e sem complicações, fazer uma Agenda de contatos. Mãos à obra! Agenda de contatos usando assistente de banco de dados Abra o BrOffice.org Base e clique em: Aplicativos > Escritório > Banco de Dados Em seguida, aparecerá uma tela conforme mostra a figura ao lado. Deixe marcada a opção Criar novo banco de dados e clique em Próximo. | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 36 Agosto | 2010 A rq ui vo p es so al No próximo passo, observe a tela de Criação do Banco de Dados, ao lado: Deixe marcadas as opções Sim, registre o banco de dados para mim e marque também a opção Criar ta- belas utilizando o assistente de tabelas. Clique em concluir. A rq u iv o p e ss o a l Agenda de Contatos usando assistente de Banco de Dados | Por Wilkens Lenon tutorial | Digite um nome para o seu banco de dados, escolha uma pasta para armazená-lo e clique no botão Salvar e em Próximo. Conforme Figura abaixo, você escolherá a Categoria (negócios ou Pessoal), e a Tabela que será usada para guardar as informações dos contatos e os Campos da tabela escolhida que serão usados para editar informações dos seus contatos como nome, endereço, telefone, etc. Dessa maneira deixe marcada a opção Pessoal em Categoria, escolha a Tabela Endereços em Exemplos de tabelas. | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 37 Agosto | 2010 A seguir, selecione os campos que desejar inserir na Tabela Endereços. Isso pode ser feito campo a campo, individualmen- te, selecionando o campo desejado e clicando no botão ou clicando no botão para selecionar todos os campos de uma única vez, conforme abaixo: Agenda de Contatos usando assistente de Banco de Dados | Por Wilkens Lenon tutorial | > >> Na sequência, você definirá os tipos de dados (formatos), item 2 em Etapas para cada Campo da sua Tabela, conforme Figura ao lado. Neste tutorial vamos usar o mesmo formato (tipo de dado para todos os campos, ou seja, Text [VAR CHAR]. Todos os campos terão o forma- to texto, serão manipulados como texto. Mesmo aqueles que, normalmente, são tratados como números. Em um tutorial futuro, explicaremos a diferença entre esses tipos de dados ou forma- tos. | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 40 Agosto | 2010 Agenda de Contatos usando assistente de Banco de Dados | Por Wilkens Lenon A seguir, escolha o estilo (o design do seu formulário). Nós escolhemos, para esta demonstração, a cor azul como fundo (op- ção Aplicar estilos) e Visual 3D na opção Borda do campo. Fique à vontade para escolher o design que achar melhor. Perce- ba que a medida que você vai clicando nos estilos e tipos de bordas verá, por detrás da janela, que as suas escolhas são aplicadas imediatamente. Podemos visualizar essas mudanças na figura ao lado. Após, clique em Avançar. Na próxima tela, digite o nome o seu formu- lário e deixe Marcada a opção Trabalhar com o formulário como na figura abaixo: Clique em Concluir. Voilá. Aí está o seu formulário. Com ele, você pode Inserir, Excluir, Modificar, imprimir e até exportar seus dados para um arquivo PDF. No entanto, o grande benefício de poder criar um pequeno aplicativo como este usando o BrOffice.org Base é a possibilidade de poder manipular suas informações rapidamente. | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 41 Agosto | 2010 Por Edgard Costa A rq u iv o p es s o al n a th a n c o lq u h o u n tutorial | momento que o Brasil está começando a viver é o de não trabalhar com papel. Desde a criação do ITI-ICP (Instituto Nacional de Tecnologia da In- formação), a digitalização de grandes acervos está possi- bilitando a transformação dos arquivos de papel em ar- quivos digitais mesmo que ainda existam discussões nas instâncias superiores da Justiça Brasileira sobre a materi- alidade ou imaterialidade do arquivo eletrônico. Precisamos nos acostumar com alguns termos que são importantes neste mundo dos documentos. O primeiro é ECM - Enterprise Content Management ou Gestão de conteúdo empresarial – que é o conjunto de normas que regem a digitalização de documentos, sua guarda e inde- xação em local específico. Muitos documentos têm vida de armazenamento diferen- tes. Alguns são para trinta anos. Outros para um ano apenas. Já temos normas que permitem que os acervos sejam totalmente digitalizados e desmaterializados. Ou seja, todo o conteúdo permaneça somente, digital. Para que a desmaterialização seja efetiva, deve-se cumprir normas estabelecidas pelo Conarq, órgão que regulamen- ta todos os critérios para que a operação tenha total con- trole. O segundo termo com o qual precisamos nos familiarizar é o GED – Gerenciamento Eletrônico de Documentos. Trata-se de uma tecnologia que provê um meio de faci- mente gerar, controlar, armazenar, compartilhar e recupe- rar informações existentes em documentos. Os sistemas GED permitem aos usuários acessar os documentos de forma ágil e segura, normalmente via navegador Web por meio de uma intranet corporativa acessada interna ou externamente, sendo esta última forma mais presente nos dias de hoje. A capacidade de gerenciar documentos é uma característica indispensável para a gestão do co- nhecimento. Definição encontrada em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gerenciamento_eletrônico_de_documentos O terceiro conceito do mundo dos documentos, é work- flow – fluxo de trabalho – que em conjunto com o GED determina a fluidez dos documentos entre departamentos e mesmo entre o ciclo completo de produção, incluindo clientes, fornecedores e entidades governamentais. Integração do BrOffice.org Gerenciamento Eletrônico de Documentos r i t l tr i e e c a e e c te e h tt p :/ /w w w .f li c kr .c o m /p h o to s/ es th er a se /5 2 17 2 82 3/ s iz es /l /in /p h o to s tr e am / O Já temos normas que permitem que os acervos sejam totalmente digitalizados e desmaterializados. Ou seja, todo o conteúdo permaneça somente, digital “ ” | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 42 Agosto | 2010 A rq u iv o p e ss o a l Integração do BrOffice.org com softwares de Gerenciamento Eletrônico de Documento | Por Edgard Costa tutorial | BrOffice.org e Alfresco O BrOffice.org é uma suíte de escritórios completa e se encaixa perfeitamente no contexto de GED e Workflow com uma plataforma denominada Alfresco, que tem duas versões. Uma de código fechado, Enterprise; e uma de código aberto Community. A versão Community é encontrada para sistemas opera- cionais Windows, Linux e Mac e pode ser obtida em: http://wiki.alfresco.com/wiki/Download_Community_Edition O Alfresco trabalha muito bem com os banco de dados MySQL ou PostgreSQL e existem versões para trabalhar em conjunto com Jboss e Tomcat. Para que as estações de trabalho consigam trabalhar com o Alfresco é necessário baixar e instalar uma extensão denominada Conector para Alfresco CMS. Tal extensão pode ser encontrada no repositório de extensões do OpenOffice.org, acessível no endereço: http://extensions.services.openoffice.org/project/alfrescoconnector Sua instalação é fácil e tranquila. Depois de configurado o Alfresco, duas interfaces estarão à disposição dos usuários. Uma de gerenciamento de do- cumentos e outra de compartilhamento denominada Sha- red. Pode-se trabalhar com o Gerenciador de documentos de duas formas: a) Via Browser Visão Geral do Alfresco para gerenciamento de documentos Tela de login Tela de trabalho inicial | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 45 Agosto | 2010 tutorial | Alfreco Share é uma plataforma colaborativa via internet local (lan). É muito eficiente para colaboração de projetos. Tem wiki, reconhece e adiciona usuários da mesma rede ou de rede externas, desde que devidamente autorizados pelo admi- nistrador. Uma vez logado a interface de trabalho é a seguinte: Ambiente colaborativo. A tradução para pt-br já está pronta Numa breve exposição, mostramos que um ambiente co- laborativo e de produção não tem mais a necessidade de trabalhar com uma folha de papel sequer. Todos os do- cumentos podem ser guardados, enviados e trabalhados por qualquer instância do mundo produtivo e permanecer intacto livre de intempéries, fungos, traças, desastres naturais, por tempo indeterminado e em pe- quenos espaços físicos. Uma conjunção da suíte de escritórios BrOffice.org com o Alfresco consegue aumentar a produtividade com enorme redução de custos. Agora é só tomar a decisão e imple- mentar. Alfresco Share Integração do BrOffice.org com softwares de Gerenciamento Eletrônico de Documento | Por Edgard Costa | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 46 Agosto | 2010 Por Cárlisson Galdino n a th a n c o lq u h o u n cultura | imagem Enfim, estamos aqui saindo do hotel com a bagagem. Há mortos por aqui também, mortos andantes por todo canto. Permanecemos por alguns longos minutos no quarto, fa- zendo um lanche preparatório e definindo nosso futuro. Foi consenso – exceto talvez por Richard, mas ele sim- plesmente não se pronunciou a este respeito – que nós deveríamos partir imediatamente para Paris, para che- garmos lá o quanto antes. Sem luz, sem rádio, televisão ou telefone não temos a menor ideia do que está aconte- cendo em nível maior. Essa praga digna de filmes trash afetou Le Mans apenas? Cidades vizinhas? Toda a Fran- ça? Toda a Europa? O mundo? Simplesmente não temos resposta para esta pergunta, mas temos esperança de que o caos habite apenas aqui e, se for este o caso, ado- raríamos estar em um lugar seguro ao anoitecer. Um lu- gar com mais eletricidade, comida e conforto, e com me- nos mortos andantes... Agora todos no carro. O Professor Álvaro dirigindo, eu ao seu lado. No banco de trás, Jörg e Richard, já com armas próximas. - Sabe, Fábio, é realmente algo assustador tudo isto! Mas estamos presenciando um momento histórico. Le Mans tem sua importância no mundo. - E que cidade não tem sua história... - Aqui ocorre todo ano a corrida de 24 horas. - Nunca ouvi falar... Década de 1990, quando a Magia volta à Terra, trazendo caos. Redblade narra a jornada de um grupo de aventureiros por países devastados. A história acontece no mesmo mundo que Marfim Cobra e Jasmim, romances do mesmo autor, mas tem uma abordagem diferente... Episódio 05: Quatro num carro Quatro estranhos num carro E o caminho se forma É estranho e bizarro Mas é o que acontece Por quem foi, uma prece Mesmo que ir não queira Buscamos o horizonte Não há outra maneira | Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 47 Agosto | 2010 A rq ui vo p es so al - É uma corrida de resistência, uma competição que ocorre desde a década de 1920. Imaginas o que seja!? É mundialmente conhecida. - E como será que estarão os outros participantes do nosso evento? - Creio que a esta altura mortos. - Cuidado! O carro atropela alguém, que cambaleava na rua. A rua está cheia de mortos. Não é fácil conseguir passagem. Sorte temos que tem sido possível. O professor começa a falar com a galera do banco de trás, em Inglês. Pelo que entendo, praticamente está fa- lando do mesmo que falou a mim em Português. Dessa corrida de 24 horas de Le Mans... - Estás vendo, Fábio? Todos conhecem a corrida de Le Mans, só tu que nunca ouvistes falar a respeito. - É, não há como a gente conhecer tudo... - Não há... Mas é como bem dissestes. Na Europa que ci- dade não tem sua importância? A rq u iv o p e ss o a l Redblade - Episódio 05: Quatro num carro | Por Cárlisson Galdino cultura | Bacharel em Ciência da Computação e pós-graduado em Produção de Software com Ênfase em Software Livre. Membro da Academia Arapiraquense de Letras e Artes, é autor do Cordel do Software Livre, do Cordel do GNU/Linux, do Cordel do BrOffice.org e do Cordel da Pirataria. Líder, vocalista e baixista da banda Infinnita. http://bardo.cyaneus.netCárlisson Galdino O ri g in al i lc o Que cidade não tem histórias para contar? Espero que esta seja apenas mais uma história que Le Mans possa contar daqui a uns anos, ainda que por meio de seus descendentes ora ausentes... - Também espero... “Cidade fantasma” é uma expressão que assusta. Imagi- ne uma cidade totalmente vazia... A expressão não assus- ta por haver fantasmas, mas porque cidades vazias não são uma boa coisa. E o que se pode dizer de uma cidade cheia de zumbis? É como se não tivesse caído a ficha ainda que estamos lidando com pessoas. Pessoas como nós quatro, como você. Pessoas que morreram e, não se sabe porque, con- tinuam se movendo. Tenho a impressão de que estamos em um pesadelo, anestesiados pela surpresa e que a rea- lidade guarda um golpe severo para nós, esperando ape- nas essa ficha cair. Temos que sair daqui urgentemente, antes que a ficha caia. De um jeito ou de outro. Vamos em frente torcendo que Paris não seja Le Mans.
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