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17569502 - Atividades - de - Psicomotricidade - I, Notas de estudo de Educação Física

psicomotricidade -atividades

Tipologia: Notas de estudo

2010
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Compartilhado em 09/09/2010

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mario-silva-30 🇧🇷

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Baixe 17569502 - Atividades - de - Psicomotricidade - I e outras Notas de estudo em PDF para Educação Física, somente na Docsity! DESENVOLVIMENTO MOTOR O desenvolvimento motor é o resultado da maturação de certos tecidos nervosos, aumento em tamanho e complexidade do sistema nervoso central, crescimento dos ossos e músculos. São portanto comportamentos não aprendidos que surgem espontaneamente desde que a criança tenha condições adequadas para exercitar-se. Esses comportamentos não se desenvolverão caso haja algum tipo de distúrbio ou doença. Podemos notar que crianças que vivem em creches e que ficam presas em seus berços sem qualquer estimulação não desenvolverão o comportamento de sentar, andar na época adequada que futuramente apresentarão problemas de coordenação e motricidade As principais funções psicomotoras é um bom desenvolvimento da estruturação do esquema corporal que mostre a evolução da apresentação da imagem do corpo e o reconhecimento do próprio corpo, evolução de preensão e da coordenação óculo-manual que nos proporciona a fixação ocular e prensão e olhar e desenvolvimento da função tônico e da postura em pé e reflexos arcaicos da estruturação espaço-temporal (tempo, espaço, distância e retina) Um perfeito desenvolvimento de nosso corpo ocorre não somente mecanicamente, mas sim que são aprendidos e vivenciados junto a família, onde a criança aprende a formar a base da noção de seu 'eu corporal'. Não podemos esquecer de citar a importância dos sentimentos da criança na fase do conhecimento de seu próprio corpo, pois um esquema corporal mal estruturado pode determinar na criança um certo desajeitamento e falta de coordenação, se sentindo insegura e isso poderá desencadear uma série de reações negativas como: agressividade, mal humor, apatia que às vezes parece ser algo tão simples poderá originar sérios problemas de motricidade que serão manifestados através do comportamento. O QUE É PSICOMOTRICIDADE? A Psicomotricidade se preocupa com o desenvolvimento neuro- muscular, que mais tarde a inteligência e a motricidade se tornam independentes rompendo sua simbiose, que só reaparecerá nos casos de retardo mental.Esquema corporal é estudado pela Psicomotricidade a onde representa ser a imagem do corpo um intuitivo que a criança tem de seu próprio corpo. Dentro do esquema corporal a psicomotricidade estuda o surgimento de alguns distúrbios como a asquematia que é a perda da percepção topologica do corpo; parasquematia é a confusão de diferentes r desenvolvimento neuro- muscular que mais tarde a inteligência e a motricidade se tornam independentes rompendo sua simbiose, que só reaparecerá nos casos de retardo mental. Esquema corporal é estudado pela Psicomotricidade a onde representa ser a imagem do corpo um intuitivo que a criança tem de seu próprio corpo. Dentro do esquema corporal a psicomotricidade estuda o surgimento de alguns distúrbios como a asquematia que é a perda da percepção topologica do corpo; parasquematia é a confusão de diferentes regiões do corpo ou a representação de partes do corpo que não existem. O esquema postural para a psicomotricidade é a imagem tridimensional do nosso corpo e a imagem do corpo humano é a imagem do nosso próprio corpo que formamos em nosso espírito, que por outras palavras é o modo como o nosso corpo se apresenta a nós mesmos. A psicomotricidade interessa-se pelo movimento que certo comportamento tônico subentende, quanto pela relação, a diminuição do tono trará a descontração muscular. As manifestações emocionais que implicam a problemática da emoção pertencem a uma ordem de preocupações muito antiga da Psicologia Clássica. Toda e qualquer emoção tem sua origem no domínio postural "exemplo": como para uma criança de 6 anos receber um grito de um adulto, fará com que ocorra um aumento da tensão, por conseguinte desencadeará reações emocionais que são traduzidas como mal-estar ou com sentir-se meio mole, sem coordenação nas pernas. A comunicação é uma função essencial na reeducação psicomotora, uma vez que a psicomotricidade leva em conta o aspecto comunicativo do ser humano, do corpo, da gestualidade ela resiste a ser uma educação mecânica do corpo. Assim graças a língua, o homem vive num mundo de significações, os gestos querem dizer alguma coisa, o corpo tem um sentido que ele pode sempre interpretar e traduzir. Existem os comportamentos inatos que a criança manifesta, pois variadas formas desde o seu nascimento por exemplo, o grito pode ser interpretado como dor que pode também não ser de sofrimento. Exemplo bocejo, espirro, salivação que são manifestações primitivas, também de emoções que devem ser orientadas e educadas no sentido de controle das próprias modalidades do meio-familiar e social da criança. Comportamentos aprendidos são comportamentos que aprendemos no decurso das aprendizagens básicas como higiene pessoal, alimentação, essa aquisição formará toda a nossa personalidade. O corpo dá a ler, coloca em cena tanto a personalidade como o meio que ela foi educada. ação simultânea, com vistas à execução de movimentos voluntários mais ou menos complexos". A coordenação visomanual engloba movimentos dos pequenos músculos em harmonia, na execução de atividades utilizando dedos, mãos e pulsos. A coordenação visual refere-se a movimentos específicos com os olhos nas mais variadas direções. As atividades psicomotoras propostas para a área de coordenação estão subdivididas nessas três áreas. ORIENTAÇÃO A orientação ou estruturação espacial/temporal é importante no processo de adaptação do indivíduo ao ambiente, já que todo corpo, animado ou inanimado, ocupa necessariamente um espaço em um dado momento. A orientação espacial e temporal corresponde à organização intelectual do meio e está ligada à consciência, à memória a às experiências vivenciadas pelo indivíduo. CONHECIMENTO CORPORAL E LATERALIDADE A criança percebe seu próprio corpo por meio de todos os sentidos. Seu corpo ocupa um espaço no ambiente em função do tempo, capta imagens, recebe sons, sente cheiros e sabores, dor e calor, movimenta-se. A entidade corpo é centro, o referencial. A noção do corpo está no centro do sentimento de mais ou menos disponibilidade e adaptação que temos de nosso corpo e está no centro da relação entre o vivido e o universo. É nosso espelho afetivo-somático ante uma imagem de nós mesmos, do outro e dos objetos. O esquema corporal, da maneira como se constrói e se elabora no decorrer da evolução da criança, não tem nada a ver com uma tomada de consciência sucessiva de elementos distintos, os quais, como num quebra-cabeça, iriam pouco a pouco encaixar-se uns aos outros para compor um corpo completo a partir de um corpo desmembrado. O esquema corporal revela-se gradativamente à criança da mesma forma que uma fotografia revelada na câmara escura mostra-se pouco a pouco para o observador, tomando contorno, forma e coloração cada vez mais nítidos. A elaboração e o estabelecimento deste esquema parecem ocorrer relativamente cedo, uma vez que a evolução está praticamente terminada por volta dos quatro ou cinco anos. Isto é, ao lado da construção de um corpo 'objetivo', estruturado e representado como um objeto físico, cujos limites podem ser traçados a qualquer momento, existe uma experiência precoce, global e inconsciente do esquema corporal, que vai pesar muito no desenvolvimento ulterior da imagem e da representação de si. O conceito corporal, que é o conhecimento intelectual sobre partes e funções; e o esquema corporal, que em nossa mente regula a posição dos músculos e partes do corpo. O esquema corporal é inconsciente e se modifica com o tempo. Quando tratamos de conhecimento corporal, inserimos a lateralidade, já que é a bússola de nosso corpo e assim possibilita nossa situação no ambiente. A lateralidade diz respeito à percepção dos lados direito e esquerdo e da atividade desigual de cada um desses lados visto que sua distinção será manifestada ao longo do desenvolvimento da experiência. Perceber que o corpo possui dois lados e que um é mais utilizado do que o outro é o início da discriminação entre a esquerda e direita. De início, a criança não distingue os dois lados do corpo; num segundo momento, ela compreende que os dois braços encontram-se um em cada lado de seu corpo, embora ignore que sejam "direito" e "esquerdo". Aos cinco anos, aprende a diferenciar uma mão da outra e um pé do outro. Em seguida, passa a distinguir um olho do outro. Aos seis anos, a criança tem noção de suas extremidades direita e esquerda e noção dos órgãos pares, apontando sua localização em cada lado de seu corpo (ouvidos, sobrancelhas, mamilos, etc.). Aos sete anos, sabe com precisão quais são as partes direita e esquerda de seu corpo. As atividades psicomotoras auxiliam a criança a adquirir boa noção de espaço e lateralidade e boa orientação com relação a seu corpo, aos objetos, às pessoas e aos sinais gráficos. Alguns estudiosos preferem tratar a questão da lateralidade como parte da orientação espacial e não como parte do conhecimento corporal. HABILIDADES CONCEITUAIS A matemática pode ser considerada uma linguagem cuja função é expressar relações de quantidade, espaço, tamanho, ordem, distância, etc. A medida em que brinca com formas, quebra-cabeças, caixas ou panelas, a criança adquire uma visão dos conceitos pré-simbólicos de tamanho, número e forma. Ela enfia contas no barbante ou coloca figuras em quadros e aprende sobre seqüência e ordem; aprende frases: acabou, não mais, muito, o que amplia suas idéias de quantidade. A criança progride na medida do conhecimento lógico-matemático, pela coordenação das relações que anteriormente estabeleceu entre os objetos. Para que se construa o conhecimento físico (referente a cor, peso, etc.), a criança necessita ter um sistema de referência lógico-matemático que lhe possibilite relacionar novas observações com o conhecimento já existente; por exemplo: para perceber que um peixe é vermelho, ela necessita um esquema classificatório para distinguir o vermelho de todas as outras cores e outro esquema classificatório para distinguir o peixe de todos os demais objetos que conhece. HABILIDADES PSICOMOTORAS E PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO As habilidades psicomotoras são essenciais ao bom desempenho no processo de alfabetização. A aprendizagem da leitura e da escrita exige habilidades tais como: • dominância manual já estabelecida (área de lateralidade); • conhecimento numérico suficiente para saber, por exemplo, quantas voltas existem nas letras m e n, ou quantas sílabas formam uma palavra (área de habilidades conceituais); • movimentação dos olhos da esquerda para a direita, domínio de movimentos delicados adequados à escrita, acompanhamento das linhas de uma página com os olhos ou os dedos, preensão adequada para segurar lápis e papel e para folhear (área de coordenação visual e manual); • discriminação de sons (área de percepção auditiva); • adequação da escrita às dimensões do papel, reconhecimento das diferenças dos pares b/d, q/d, p/q etc., orientação da leitura e da escrita da esquerda para a direita, manutenção da proporção de altura e largura das letras, manutenção de espaço entre as palavras e escrita orientada pelas pautas (áreas de percepção visual, orientação espacial, lateralidade, habilidades conceituais); • pronúncia adequada de vogais, consoantes, sílabas, palavras (área de comunicação e expressão); • noção de linearidade da disposição sucessiva de letras, sílabas e palavras (área de orientação têmporo-espacial); • capacidade de decompor palavras em sílabas e letras (análise); • possibilidade de reunir letras e sílabas para formar novas palavras (síntese). Todas as informações relacionadas à Psicomotricidade contidas nas páginas seguintes fazem parte de uma pesquisa realizada por Alexssandra Godoy, Ronaldo de Oliveira Pierre, Fabiana Lopes Monteiro, Eliana Stodolnik dos Santos, Adriana Madalena dos Santos e Andréia Costa, em 1996, então alunos do 4º semestre do curso de Psicologia na Universidade Guarulhos. Teorias e Exercícios em Psicomotricidade ESQUEMA CORPORAL lápis, uma bola ) a criança deverá saltar para alcança-lo . Inicialmente fazer o exercício em pé, depois de cócoras. MOTRICIDADE FINA DAS MÃOS E DOS DEDOS Os exercícios de motricidade fina são muito importantes para a criança, na medida em que educam é gesto requerido para a escrita, evitando a apreensão e a prisão inadequados que tanto prejudicam o grafismo, tornando o ato de escrever uma experiência aversiva a criança. CUIDANDO DAS MÃOS Exercício de Motricidade Fina : Trabalhando só com os braços - Este exercício tem como objetivo desenvolver a independência segmentar do braço em relação ao tronco, o que beneficia e facilita o trabalho da mão no ato de escrever. Apresentamos uma série de gráficos (traçados) que o professor deverá reproduzir em tamanho grande no quadro de giz ou programá-los em cartões. As crianças por sua vez deverão reproduzí- los com gestos executados no ar. AMASSANDO A MASSA Fazendo Bolas de Massa - O professor distribui a classe bolas de massa de tamanhos variados (usar massa para modelar) sentada, com o cotovelo apoiado sobre a carteira, a mão para o alto, a criança aperta as bolas de massa com força, amassando-as. Orientar a criança para que trabalhe com dois dedos por vez. Trabalhar primeiro uma das mãos, depois com a outra e, finalmente, com as duas juntas. Fazendo as bolas de massa - Realizar o mesmo trabalho do exercício anterior, neste caso, porém a massa é apresentada em forma de disco, com a qual a criança deverá fazer uma bola. ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO TEMPORAL Esse mediador trabalha com noções importantes para o aprendizado da escrita e particularmente da leitura, favorecem o desenvolvimento da atuação da memória. A estruturação temporal fornecerá as possibilidades de alfabetizar-se. Exercício: Reproduzindo ritmos com as mãos. O professor executa um determinado ritmo, seguindo algumas estruturas rítmicas (.. ... ...) por exemplo, batendo a mão sobre a carteira, durante um certo tempo, a criança apenas escuta, depois reproduz o rítmico executado pelo professor, batendo a mão sobre a carteira também. Variar o ritmo. Lento, normal e rápido. Fazer o exercício inicialmente com os olhos abertos e em seguida, de olhos fechados. EXERCÍCIO DE ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO ESPACIAL Deslocando um objeto no espaço, a criança coloca um objeto qualquer ora a sua frente, ora atrás, ora a direita, ora a esquerda, segundo o comando do professor. DADOS IMPORTANTES PARA APLICAÇÃO DE EXERCÍCIOS DE PSICOMOTRICIDADE Para aplicação desses mediadores através de exercícios psicocinéticos é preciso que o profissional lembre-se que as crianças não conseguem trabalhar no início com excesso de informações e explicações, deixe a criança buscar seus próprios recursos buscando soluções a seu nível, permitindo que a criança descubra e sinta-se satisfeita com suas próprias descobertas. Dê a criança apenas o modelo de como se executa. Conversar sempre com a criança sobre o que foi sentido, sobre as suas impressões a respeito dos movimentos executados, sempre que o exercício permitir orientar a criança a fazê-lo de olhos fechados, favorecendo assim a interiorização do que foi vivido, exigindo maior atenção e concentração. Quando realizado um exercício, elogiar a todas as crianças igualmente, pois aquelas que não atingiram o objetivo do exercício e que não foi elogiada pode levá-la a um estado de ansiedade e frustração. . Distúrbios Psicomotores "O que não percebeu, negais que exista; o que não calculastes, é mentira; o que vós não pensastes, não tem peso, metal que não cunhais, dizeis que é falso." (Goethe) Que há com ela? O que acontece com essa criança desajeitada? Porque, apesar de sua aparência cheia de torpor e inabilidade, quando consegue aproximar-se, mostra-se com encanto e interesse? O que há com ela? Andou tarde, caiu quantas vezes... precipitava-se pelas escadas ao invés de desce-las, ou morria de medo como se fosse um grande empreendimento... escalá-las e não apenas subi-las. E vestir-se... O que seria a manga, onde estariam os braços, as pernas das calças? Enfiam-se pela cabeça? Por que existem laços de sapato? Para atormentar crianças? Ou talvez, a sua mãe que, desoladamente, contempla sua dificuldade? E um caderno? Começa-se de que lado? Por que as coisas são assim? Que estranho é este mundo de lados que não tem lados... O que há com esta criança? Seus movimentos são desajeitados, lentos e pesados. Quando andam, apoiam duramente o calcanhar no solo. Quando crianças custam a aprender a subir e descer escadas, nas escolas, evitam participar de jogos, nas quais geralmente são ridicularizadas e afastadas: tê-las como parceiras é perder na certa. Tal ser é uma questão e uma dificuldade para seus pais, para seus mestres, para todos nós. Como entendê-lo. Como ajudá-lo? DEFINIÇÃO DE DISTÚRBIO PSICOMOTOR A criança descrita na história acima apresenta um distúrbio de motricidade: uma dispraxia. Praxias: São sistemas de movimentos coordenados em função de um resultado ou de uma intenção. Não são nem reflexos, nem automatismos, nem movimentos involuntários. O estudo sobre os distúrbios das praxias foram primeiramente, sistematizados em adultos. Estas perturbações consistiam em perda ou alterações do ato voluntário, como de lesão no sistema nervoso central. São as apraxias. Pesquisas foram desenvolvidas com crianças que mostraram serem algumas delas portadoras de um determinado distúrbio cujos sintomas assemelhavam-se aos adultos. Por outro lado mesmo existindo a lesão, ela incidia sobre um cérebro ainda em desenvolvimento e portanto em condições diferentes a dos adultos. A partir destas considerações e da preocupação em estabelecer-se uma psicopatologia diferencial da criança e do adulto passa-se a encontrar, na literatura, a denominação de dispraxia ou apraxia de evolução quando se trata de distúrbios das praxias na criança. Apraxia aparece referindo-se ao distúrbio infantil. Classificação das apraxias. Distinguem três variedades: a) Apraxia sensório-cinética - que se caracteriza pela alteração da síntese sensório-motora como a desautomatização do gesto. Não há nela distúrbios de representação do ato. b) Apracto-somato-gnosia espacial - caracterizada por uma desorganização do esquema corporal e do espaço. c) Apraxia de formulação simbólica que se caracteriza por uma desorganização da atividade simbólica e da compreensão da linguagem. A finalidade é de estabelecer os diferentes tipos de distúrbios. ESTUDOS INICIAIS SOBRE O DISTÚRBIO PSICOMOTOR Debilidade Motora é uma condição patológica da mobilidade, às vezes hereditária e familiar, caracterizada pela exageração dos reflexos tendinosos, uma perturbação do reflexo plantar, um desajeito dos movimentos voluntários intencionais que levam a impossibilidade de realizar voluntariamente a ação muscular. Distúrbio Psicomotor: significa um transtorno que atinge a unidade indissociável, formada pela inteligência, pela afetividade e pela motricidade. Paratonia: É a possibilidade que apresentam certas crianças de relaxar voluntariamente um músculo. escolar. Uma criança nesta faixa etária pode ter o domínio máximo de uma habilidade, porém se ela apresentar um alto nível de desenvolvimento motor básico nos quatro níveis do domínio motor pode, entretanto, estar sujeita a ser destituída da maturidade total do comportamento motor em habilidades complexas, quando solicitada. MOVIMENTOS CRIATIVOS A comunicação por meio de movimento dá origem a essa categoria de desenvolvimento motor. Ocorre nessa área o desenvolvimento motor expressivo e interpretativo. Ao planejar movimentos criativos para crianças em idade pré-escolar, podem ser aplicados estímulos ambientais como o desenho, a arte e a música por serem motivadores e obterem bons resultados em crianças nessa faixa etária. A arte utilizada como forma de linguagem e comunicação motiva o desenvolvimento de respostas motoras criativas. . Evolução Psicomotora dos 3 aos 6 anos O estágio dos 3 aos 6 anos é um período de mudanças tanto na estruturação espaço-temporal quanto do esquema corporal. A evolução psicomotora deve iniciar a criança no universo onde reina uma organização e estrutura sem ter uma ruptura com o mundo mágico no qual se projeta sua subjetividade. O jogo da função de ajustamento acontece por dois lados: o primeiro está submetido a uma intencionalidade prática que permite à criança resolver problemas motores e o segundo ligado à expressão corporal que nos mostra experiências emocionais e afetivas conscientes ou não. O jogo simbólico é importante quando agindo num outro mundo, imaginário, a criança satisfaz seus desejos. Para afirmar sua personalidade como o confronto como o real usa-se o desenvolvimento das funções gnósicas. Aos 3 (três) anos a criança tem necessidade de interiorização, então começa a reconhecer o próprio "eu", que irá permitir deslocar sua atenção para seu próprio corpo e descobrir sua respectivas características. Começa o período de estruturação do esquema corporal, etapa importante na evolução da imagem do corpo, sendo este o instrumento de inserção na realidade. Este período pré-escolar é formado por dois meios paralelos do plano afetivo: 1 - A estruturação do espaço que permite a passagem do espaço topológico para o espaço euclidiano; 2 - Percepção das diferentes partes do corpo e estruturação do esquema corporal. O fim deste período será mostrado pela possibilidade de uma relação coerente entre as estruturas perceptivas, graças a representação mental. O DESENVOLVIMENTO MOTOR DA CRIANÇA DE 3 ANOS A criança de 3 (três) anos deve ter um ambiente humano beneficiado, e graças a este tem-se confrontado com objetos com sucesso pois não é superprotegido, ao contrário bem livre e sua motricidade espontânea e harmoniosa. Seus deslocamentos (braços e pernas) tem-se adquirido, o equilíbrio está assegurado e a motricidade é perfeita e ritimica, e além disso, adquire muitas habilidades. ESPONTANEIDADE E MOVIMENTO Nessa idade a criança tem espontaneidade e naturalidade, todo gesto contrário: inibição, rigidez, tensões desnecessárias, incoordenação, arritimia, sincinesias são expressões de dificuldade de organização de personalidade. Espontâneo não quer dizer cego. Já tem certo controle cortical sobre seus movimentos, não sendo impulsivos. O equilíbrio entre o nível energético e a inibição ativa é função da ajuda que o meio familiar tem dado a criança, em particular na forma de propor e mantendo um certo número de interdições. EXPRESSÃO E MOVIMENTO Salienta-se o jogo simbólico através do qual se observa o papel expressivo do movimento. Tornando-se consciente, a expressão perde a espontaneidade quando a criança percebe o que provoca no outro. E aos quatro anos ela tem consciência sobre suas atividades e chega a multiplicar sua fisionomia, sorriso através dos quais ela se mostra interessante. A possibilidade de fazer e compreender diversas atitudes permitem o intercâmbio com outra pessoa, o que podemos chamar de sinal de socialização. A EVOLUÇÃO DAS PRAXIAS Neste momento não há mudanças significativas o aprendizado por insight é dominante. A evolução dos seus gestos incide no ajustamento de sua postura, beneficiando-se de uma regulação tônica muito mais precisa. A evolução do controle tônico, graças a inibição cortical, permite eliminar movimentos parasitas e sincinesias , sobre tudo se a criança não é exigida pelo adulto. A EVOLUÇÃO DA MOTRICIDADE GRÁFICA O desenho é importante no desenvolvimento da criança e necessita de estudo. A evolução de seus desenhos depende de sua percepção; os dois desenvolvem-se paralelamente. É importante que os esquemas visuais postos em jogo no desejo estejam coordenados pela conduta motora e as propriedades do campo visual. Neste campo, são evidentes os problemas encontrados no motor e no perceptivo. Estes dois planos não podem estar separados, mas podem seguir em ritmos diferentes, prevalecendo em determinada hora da evolução da capacidade de estruturação. No começo, a dificuldade de expressão gráfica predomina mais na área motora que na percepção, dando a impressão que a execução trai a intenção. GRAFISMO E TONO O grafismo está impregnado de elementos posturais, na sua origem e traduz as características tônicas que representam indícios de dominância lateral. "A expressão mais elementar do grafismo da criança é o resultado do vaivém contínuo sobre o papel e este jogo rítmico de movimento diferencia as primeiras formas", dizia Piaget. O CONTROLE ANESTÉSICO E VISUAL O grafismo primeiramente é um ato impulsivo, porém a partir dos dois anos e meio o controle visual vai exercer mais precisamente o progresso do grafismo na medida em que as coordenações motoras se desenvolvem paralelamente. E aí que o controle distal se torna proximal e permite a miniteirização de traçados. DOMINÂNCIA LATERAL Laterização traduz a assimetria funcional. Os espaços motores direito e esquerdo não são homogêneos. Esta desigualdade vai se tornar mais precisa durante o desenvolvimento e vai manifestar-se durante os reajustamentos práxicos de natureza intencional. DOMINÂNCIA HEMISFÉRICA E PREVALÊNCIA SEGMENTÁRIA A prevalência suporta anatomicamente a dominância hemisférica. Trabalhos sobre afasia tem permitido concluir que o hemisfério esquerdo domina a função simbólica na pessoa destra. Paralelamente se confirma que a assimetria cerebral, coloca em evidência a importância deste hemisfério como a apraxia. estágio, a atividade motora, em relação com o adulto ou com outras crianças, traduz a expressão de uma necessidade fundamental do movimento, de investigação e de expressão que deve ser satisfeita. Esta experiência expressiva do corpo vivido, carregada de todo um conteúdo emocional, organiza-se a um nível de comportamento sensório-motor global favorável à emergência da função de ajustamento. Esta concepção confere uma importância capital ao equilíbrio da pessoa, do exercício de uma motricidade espontânea de domínio subcortical. A espontaneidade criadora e a disponibilidade traduzem a possibilidade que o organismo assim educado tem de reagir globalmente a uma situação de urgência em função de sua vivência anterior. Se esta criatividade se expressa inicialmente a um nível dos comportamentos motores e afetivos, ela se traduzirá mais tarde pela afetividade do organismo de efetuar sínteses novas e explorar no plano mental o que tem experimentado na vivência corporal. DA EXPRESSÃO NO GESTO À EXPRESSÃO VERBAL A necessidade de expressar-se e de comunicar-se, isto é, de intercâmbios com o ambiente, manifesta-se precocemente no recém nascido. Se o ambiente favorece a expressão desta necessidade, ele vai desenvolver-se no plano da comunicação gestual, aparecendo gritos, onomatopéias e depois a linguagem. A linguagem aparece e desenvolve-se sob o efeito de um dinamismo afetivo ligado à necessidade do intercâmbio com a outra pessoa. Este intercâmbio, primeiro, é corporal e progressivamente se transforma em corporal e verbal, mostrando as relações estreitas entre linguagem e motricidade. A qualidade expressiva e a afetiva da linguagem antes de ser o vetor de uma mensagem racional, põe em evidência o desejo que a criança tem de "falar" antes de ter assimilado os rudimentos de uma língua que é exterior. Através de uma situação real de intercâmbio é que a criança fala e tem vontade de falar. As crianças mais inibidas, que não tiveram uma experiência corporal eficaz, apresentam prejuízo na linguagem. Uma comunicação gestual e verbal estabelece-se entre as crianças e entre elas e a professora. Isto constitui uma atividade normal da criança ; no plano da linguagem tem o mesmo significado que o desempenho motor nas praxias. Confrontando-se com o desejo e a necessidade de expressar-se para poder participar da vida em grupo, a criança vai pôr em prática e improvisar suas próprias formas de expressão verbal. Trata-se da função de ajustamento que tem sido primeiro experimentada no plano motor e que é necessário transportar ao plano da linguagem expressiva. DO JOGO DA FUNÇÃO DE AJUSTAMENTO À LATERALIZAÇÃO Os problemas reais ou aparentes decorrente da lateralização são, com freqüência, fonte de ansiedade nos pais e em muitos professores da escola maternal. Se é verdade que um certo número de dificuldades escolares estão relacionadas a problemas na lateralidade, a atitude mais correta a este respeito, a fim de ajudar a criança a conquistar e consolidar sua lateralidade, é uma ação educativa facilitadora permitindo-lhe exercer sua motricidade global. A lateralidade é antes de tudo uma assimetria funcional que incide na prevalência motora de um lado do corpo. O suporte anatômico desta prevalência é a dominância hemisférica. Os trabalhos sobre a afasia têm permitido concluir que o hemisfério esquerdo é dominante para as funções simbólicas na pessoa destra. Até o fim do período que descrevemos, é desejável que as pressões sociais ou educativas sejam exercidas ao mínimo. É preciso que o adulto ajude a criança a afirmar sua própria lateralidade, permitindo- lhe realizar livremente suas experiências motoras. Em particular, nas primeiras atividades gráficas é fundamental não exercer nenhuma pressão na criança no sentido de incitá-la a usar a mão direita, a fim de que a coordenação óculo manual - aspecto particular do ajustamento motor global - corresponda, verdadeiramente, a uma auto organização . Toda intervenção intempestiva exterior só acarretará dificuldades à criança, constituindo uma agressão a seu esquema corporal. Do mesmo modo, é precipitado associar a dominância lateral com a verbalização das noções "direita" e "esquerda" . Essa etapa só poderá ser alcançada no momento que a estabilização da dominância lateral tenha sido adquirida. As ações reeducativas específicas neste domínio devem exercer-se no fim deste período, depois que a própria criança tenha suas experiências em um bom clima afetivo. A melhor ação preventiva para eventuais problemas de escolarização será garantida através de uma educação psicomotora seguindo passo a passo as leis do desenvolvimento. IMPORTÂNCIA DE UMA EDUCAÇÃO PERCEPTIVA METÓDICA NA ESCOLA MATERNAL A passagem da atividade espontânea à atividade controlada. Quando nos encontramos frente a uma criança com dificuldades escolares, o fato de evidenciar o que vagamente se domina de transtornos espaço-temporais associados a transtornos do esquema corporal faz com que se corra o risco de submetê-la a uma reeducação psicomotora de tipo sintomática. Esta reeducação é feita através de exercícios finos e minuciosos trabalhando nas diferentes formas perceptivas e ignorando, na maioria dos casos, o trabalho motor. Os erros desta atividade psicomotora analítica e sofisticada têm revivido um corrente globalista, a qual trabalha a atividade motora global, a fim de chegar a um desenvolvimento psicomotor compatível com desempenho escolar. O desenvolvimento que precede nos tem permitido pôr em evidência o caráter indispensável e prioritário da atividade motora intencional global da criança. É a pedra fundamental da primeira organização do Ego, da qual depende o equilíbrio ulterior da evolução da criança. Este primeiro Ego representa essencialmente uma estabilização tônico-emocional, propiciando em bem estar global e uma espontaneidade motora que terá continuidade com a linguagem expressiva. Se a relação da criança com seu meio familiar ou educativo tem permitido um intercâmbio confiante e rico no plano afetivo, as frustrações que inevitavelmente a criança sofrerá pelas proibições impostas serão facilmente aceitáveis. Na medida em que a criança age plenamente no ambiente e que lhe facilita experiências gratificantes, as limitações parciais são vivenciadas positivamente. Saber adiar passageiramente sua atividade permite à criança passar de uma expressão predominantemente corporal e motora a uma expressão verbal, favorável a função simbólica. Nós temos colocado em evidência que a linguagem se desenvolve a partir da ação e acompanha a ação. Trata-se, portanto, de uma linguagem de tipo expressivo carregada de afeto. O processo da linguagem e sua evolução em direção a uma forma de comunicação mais elaborada implica a continuação do discurso em um outro nível. A significação que é necessário atribuir à verbalização que segue uma atividade e que se apoia na representação mental permite evocar tal ou qual particularidade, vivenciada na ação anterior. É necessário preparar a criança progressivamente a este tipo de intercâmbio, o que implica uma calma e uma diminuição da tensão que não é sempre fácil nem sempre possível de obter. Este equilíbrio entre a atividade dinâmica e a exploração verbal da experiência vivida é fundamental para a instalação de um bom equilíbrio psicomotor. A EDUCAÇÃO METÓDICA DA ATENÇÃO PERCEPTIVA Graças à solicitação de um meio rico mobilizado sua vigilância difusa, a criança pode satisfazer plenamente sua necessidade de movimento e investir na atividade de exploração. A passagem da necessidade do prazer provocado pela satisfação a faz oscilar entre um estado de tensão orgânica e um estado de relaxação, sendo necessário para uma forma de atenção eficaz. A capacidade de inibir permite a criança diferir momentaneamente seu desejo de apropriação, pondo em jogo uma forma de exploração mais centrada nas qualidades do objeto. Esta forma de atenção perceptiva exerce-se, primeiro, definindo melhor as condições exteriores do espaço nas quais se desenvolve a ação. Ela permite a criança passar de uma geometria topológica acolada à ação, a uma geometria projetiva que lhe permite estabelecer uma coerência no universo vivido e ter acesso progressivamente ao espaço euclidiano das formas e das dimensões. Este trabalho de "estruturação do espaço" põe em jogo uma forma de atenção exterior, que se alterna com a "estruturação do esquema desenvolver a destreza e a coordenação fina; através da prática da expressão gráfica e do desenho, se desenvolve, ao mesmo tempo, a função simbólica. Solicitação e uso da função de interiorização. Em torno dos três anos, logo que a criança tenha descoberto sua própria personalidade e teve acesso ao conhecimento de seu Ego, vai entrar no período narcisista, no qual, além de se interessar pelos objetos e o mundo exterior, vai, também interessar-se pelo seu próprio corpo. É importante aproveitar este período a fim de passar da experiência vivida do corpo à tomada de consciência global e segmentar do corpo, associada à verbalização. O adulto muito pragmático, fixando a atenção da criança exclusivamente no resultado objetivo de uma ação, pode prejudicar o exercício da função de interiorização. O ideal é procurar o equilíbrio entre a forma de atenção relacionada com o objeto, resultado de uma ação, e a atenção ligada a seu "corpo próprio". As atividades lúdicas feitas pelo prazer e não pela eficiência representam uma situação favorável para pôr em jogo a atenção interiorizada. O "trabalho de rítmo" como suporte do ajustamento ao tempo e a percepção temporal. O exercício da motricidade espontânea da criança , não comprometida por um excesso de constrangimento e que se desenvolve num clima de segurança afetiva, traduz-se por uma motricidade harmoniosa e rítmica. O que se chama correntemente de um "gesto coordenado" é, na realidade, um gesto rítmico, isto é, uma boa estruturação temporal, conferindo-lhe uma certa harmonia. É através do ritmo dos movimentos registrados no seu corpo que a criança tem acesso à organização temporal. • O primeiro trabalho de rítmico consiste em deixar expressar o próprio tempo da criança nos seus movimentos globais durante os jogos espontâneos e as atividades de expressão livre. • Mas o ajustamento ao tempo implica que o tempo pessoal possa estar de acordo com os rítmos exteriores à criança: o tempo das outras crianças ou o tempo de um tema musical. As rodas infantis acompanhadas de cantos e o trabalho global de música representam bons suportes para favorecer a plasticidade de ajustamento contrária à fixação dos movimentos em tempos estereotipados. • A percepção temporal permite, além da consciência e da interiorização dos ritmos motores corporais, a percepção dos ritmos exteriores. Esta passagem constitui uma estado indispensável para que a criança possa em seguida, tomar conta de seus próprios movimentos e organizá-los a partir da representação mental. Esta última possibilidade só se realizará no estágio seguinte do desenvolvimento psicomotor. Percepção e representação mental do espaço. Durante as atividades de exploração, a criança ajusta-se ao espaço de forma global e organiza este espaço em relação aos objetos que ela descobre e nos quais ela exerce sua função práxica. O uso da linguagem permitirá à criança fixar suas referências e relacioná-las em um espaço topológico, processo que ela pode fazer em torno dos três anos de idade. Durante o período pré-escolar, deverá: • Passar do espaço topológico ao espaço euclidiano através da descoberta das formas e das dimensões, primeiro no plano do reconhecimento perceptivo; no fim da escola maternal, a representação mental das formas e dos eixos permitirá à criança ter uma estrutura de referência, tornando mais ricas suas possibilidades perceptivas. • Ter acesso à orientação do espaço utilizando seu próprio corpo como sistema de referência. Esta passagem do objeto exterior ao "corpo próprio" como referência implica uma evolução do esquema corporal, tributária da função de interiorização. Este estágio de discriminação perceptiva é um estágio que corresponde à etapa de preparação das operações concretas de Piaget. A criança vai desenvolver progressivamente um tipo de representação figurativa para entrar no pensamento operatório, etapa que começa em torno dos sete anos. Ela vai descobrir seu corpo e seu mundo exterior graças ao aperfeiçoamento perceptivo, mas esta descoberta ainda não é suficiente para permitir-lhe introduzir-se no universo objetivo dos adultos. Permanece, ainda, encerrada dentro de sua objetividade. Salientamos de novo a importância que reveste para a criança a realização de suas experiências em um clima de segurança e de permissividade criado pela atitude compreensiva do adulto, que tem que agir com certa firmeza para impor certos limites às atividades da criança. O EXERCÍCIO GLOBAL DA MOTRICIDADE NA IDADE PRÉ-ESCOLAR JOGOS E EXPRESSÃO LIVRE "Permitir brincar às crianças é uma tarefa essencial do educador". As atividades tomam a forma de jogos funcionais - exercendo a função de ajustamento e ajustamento global ao espaço - ou de jogos de imaginação, permitindo a confrontação das fantasias com a realidade material em contato com as outras crianças. É importante ver na atividade lúdica da criança de 3 a 7 anos o tipo de atividade criadora necessária para a expressão da personalidade e a evolução da imagem do corpo. Adquire um valor catártico na medida em que esse suporte permite à criança liberar-se de certas tensões. Esta experiência corporal da criança através do jogo não deve ser desvalorizada pelo adulto e também não pode tornar-se uma atividade regressiva que repercuta no seu desenvolvimento. O jogo das crianças não pode ser avaliado com o critério dos adultos. O adulto deve evitar a escolha do jogo, já que se corre o risco de transformar o jogo inventivo em jogo imitativo. É o erro de certas atividades chamadas "de expressão musical", onde o adulto, sob o pretexto de ajudar a criança, induz as "boas respostas". O educador, mediante uma "atitude não diretiva", garantindo uma certa liberdade no jogo espontâneo, permite à criança realizar sua experiência do corpo indispensável no desenvolvimento das funções mentais e social. A não-intervenção do adulto só está limitada por medidas de segurança. Entretanto, a intervenção não deve ser automática, quando manifestações agressivas se desenvolvem entre as crianças. Em outros termos, a agressividade não deve ser controlada imediatamente pelo adulto; é necessário que a criança agredida por outra tenha a possibilidade de assumir ela mesma o problema. Contudo, uma proteção discreta deve ser exercida para aqueles casos que têm dificuldades psicomotoras, traduzindo-se por insegurança e medo. Resultado deste tipo de atividade: a criança vai adquirir pouco a pouco confiança nela, e melhor conhecimento de suas possibilidades e limites, com freqüência impostos pela presença da outra criança com quem ela deverá aprender a cooperar durante o jogo. Resumindo, a atividade lúdica incide na autonomia e na socialização, condição de uma boa relação com o mundo. CONDIÇÕES MATERIAIS E ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE EXPRESSÃO LIVRE Para brincar, seja só, ou com várias crianças, de forma espontânea ou organizada, é preciso espaço. No apartamento, na cidade, na escola, a criança cada vez mais é limitada nos seus movimentos; é difícil encontrar um lugar para brincar. A primeira necessidade é criar espaços mais numerosos para o jogo das crianças. O espaço reservado ao brinquedo - sala de jogo, canto das crianças - é tão necessário quanto o dormitório ou a sala de jantar. Estes espaços devem permitir às crianças ter um máximo de liberdade nos seus movimentos e possibilidades variadas de "fazer de tudo" e pintar. As áreas de jogos exteriores. Devem ser anexadas ao apartamento ou a salas de atividade na escola maternal. O espaço de vida da criança deve obedecer a dois critérios. Por um lado, uma organização funcional dos locais, impondo uma certa estrutura geométrica, favorecendo a passagem da criança no universo topológico ao universo euclidiano do adulto; este aspecto não deve descuidar a criação de um espaço estético que influenciará favoravelmente a sensibilidade da criança. Por outro lado é preciso que as crianças disponham de espaços pouco estruturados, arrumados de forma sumária, ocupados por espaços brutos, a fim de permitir alcançar uma organização de seu próprio espaço e criar seus instrumentos de jogo. Este tipo de espaço é necessário para o desenvolvimento dos jogos livres. Os espaços livres das escolas : áreas de jogo, pátio de recreação podem ser organizados tendo em conta este conceito. Sua disposição Exercícios de Percepção Olfativa: • Experimentar coisas que têm e que não têm cheiro. • Experimentar odores fortes e fracos, agradáveis e desagradáveis em materiais como: vinagre, álcool, café, perfumes. Exercícios de Percepção Auditiva: • Identificar e imitar sons e ruídos produzidos por animais e fenômenos da natureza. • Procurar a fonte de onde se origina determinado som. • Brincar de cobra cega. • Tocar instrumentos musicais. • Fazer rimas com palavras. Exercícios de Percepção Visual: • Identificar o branco e o preto. • Reconhecer, entre muitos, objetos que têm as cores primárias - vermelho, azul e amarelo. • Agrupar objetos de acordo com suas cores. • Agrupar objetos de acordo com suas formas. • Montar quebra-cabeças simples. . Atividades na Área da Coordenação Exercícios de Coordenação Dinâmica Global: • Sentar-se no chão como alguns índios, com as pernas e braços cruzados. • Engatinhar bem rápido. • Correr imitando animais. • Correr segurando uma bola. • Arremessar bolas para um colega. Exercícios de Coordenação VisoManual ou Fina: Exercícios Gerais: • Modelar com massa e barro. • Grampear com grampeador. • Folhear livros e revistas, folha por folha. • Brincar com iô-iô. • Martelar, parafusar. Exercícios Específicos: • Rasgar papel livremente utilizando, de início, papéis que não ofereçam muita resistência ao serem rasgados. • Rasgar papel em pedaços grandes, em tiras, em pedaços pequenos. Recortar com tesoura: • Treinar o modo de segurar a tesoura e seu manuseio, cortando o ar, sem papel. • Recortar vários tipos de papel com a tesoura livremente. • Recortar tiras de papel largas e compridas. • Recortar formas geométricas e figuras simples desenhadas em papel dobrado. Colar: • Colar recortes em folha de papel, livremente. • Colar recortes em folha de papel, apenas numa área determinada. • Colar recortes sobre apenas uma linha vertical. • Colar recortes sobre apenas uma linha horizontal. • Colar recortes sobre apenas uma linha diagonal. Modelar: • Modelar com massa e argila e formas circulares, esféricas, achatadas nos pólos (como tomate), ovais, cônicas (como cenoura), cilíndricas (como pau de vassoura), quadrangulares (como tijolo), etc. Perfurar: • Perfurar livremente uma folha de isopor com agulha de tricô ou caneta de ponta fina sem carga. • Perfurar folha de cartolina em seqüência semelhante à proposta para o trabalho com isopor. • Perfurar o contorno de figuras desenhadas em cartolina e procurar recortá-las apenas perfurando. Bordar: • Enfiar macarrão e contas em fio de náilon ou de plástico. • De início as contas e o macarrão terão orifícios graúdos e o fio será bem grosso e firme. Numa segunda etapa, o material deverá ter orifícios menores e os fios deverão ser mais finos e flexíveis. • Bordar em talagarça. • Alinhavar em cartões de cartolina. • Pregar botões. Manchar e traçar: • Fazer os quatro exercícios seguintes usando inicialmente giz de cera e depois pincel e tinta, lápis de cor e lápis preto. • Fazer manchas em folha de papel, livremente. • Fazer manchas dentro de figuras grandes. • Fazer manchas sobre uma linha. • Fazer manchas entre linhas paralelas, de início distantes e depois mais próximas. • Passar andando por dentro de caminhos feitos com cordas estendidas no chão, como pré-requisito para realizar os exercícios que se seguem. • Com caneta hidrográfica passar um traço entre duas linhas paralelas. • No papel sulfite, entre as linhas paralelas, traçar várias linhas com lápis de cor, cada uma de uma cor (traço do arco-íris). • Traçar linhas sobre desenhos e letras pontilhadas em papel sulfite. Pintar: • Pintar áreas delimitadas por formas geométricas e partes de desenhos de objetos. Dobrar: • Dobrar folha de papel ao meio, na altura de linhas pontilhadas (horizontais e verticais) marcadas na folha. • Dobrar guardanapos de papel e de pano em retas perpendiculares e diagonais em relação às bordas. • Dobrar papel e montar figuras (cachorro, chapéu, sapo, flor, etc.) Exercícios Grafomotores: • Passar o dedo indicador da mão dominante sobre uma reta horizontal traçada pelo educador, com giz, no quadro. Seguir a orientação da esquerda para a direita. • Com o dedo indicador, traçar uma mesma reta no ar, de olhos abertos. Repetir o exercício de olhos fechados. • Passar giz sobre o traço feito pelo educador. Fazer outros traços iguais ao lado. • Pintar o mesmo traço em papel, com pincel grosso e tinta. Exercícios de Coordenação Visual: • Seguir com os olhos e a cabeça o movimento de um objeto manipulado pelo educador. • Andar ao redor de um objeto, sem desviar os olhos dele. • Fixar os olhos sobre um objeto imóvel, por alguns segundos. • Seguir apenas com os olhos movimentos de objetos: de baixo para cima, da direita para a esquerda, etc. .
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