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Guias e Dicas
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Revista CRTR-SP nº43, Notas de estudo de Radiologia

Formação

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 09/11/2010

daniel-palin-2
daniel-palin-2 🇧🇷

4.8

(43)

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Baixe Revista CRTR-SP nº43 e outras Notas de estudo em PDF para Radiologia, somente na Docsity! Cuide bem das suas mãos 43ª Edição - Setembro 2009 Conselho Regional de Técnicos em Radiologia - 5ª REGIÃO - SP Revista veja também CRTR-SP Avanços da Medicina Nuclear na Era da Imagem Molecular página 9 página 6 página 12 Eleito o 4º Corpo de Conselheiros do CRTR-SP i i CRTR Revista 43.indd 1 29/9/2009 18:14:08 CRTR-SP - 43ª edição - Set. 092 Palavra do Presidente Expediente Diretoria Executiva: Presidente José Paixão de Novaes Diretor Secretário Gabriel Gonçalo Copque Daltro Diretor Tesoureiro Rubens Sant ána Conselheiros Efetivos Cássio Valendorf Xavier Monteiro João Lucas de França Filho Lázaro Domingos Sobrinho Marcelino Silvestre dos Santos Tereza Travagin Vânia Regina da Silva Lopes Conselheiros Suplentes Arnaldo Honorato de Amorim Fábio Barbieri Franciele Cristina Gomes Silveira Jailton Coutinho dos Santos Jerre Carlos de Oliveira José Carlos Ferraz Luiz Carlos Frezza Silvana Aparecida Marquezi Delegado Regional de Campinas Lázaro Domingos Sobrinho Delegado Regional de Ribeirão Preto Marcelino Silvestre dos Santos Delegado Regional de Bauru Rubens José Grandi Delegado Regional de Taubaté Francisco Paulo Galcez Delegada Regional de Santos Maria Cilene Tessarolo Jornalista Responsável Adriana Teodoro MTB: 31237 - SP imprensa@crtrsp.org.br Tel.: (11) 2189-5429 Publicidade Marcelo Alves diretoria@crtrsp.org.br Tel.: (11) 2189-5412 Fotografi as Adriana Teodoro Impressão Tel.: (11) 3277-5357 Projeto Gráfi co e Diagramação Moai Comunicação www.moaicom.com.br CRTR-5ª Região - SP Conselho Regional de Técnicos em Radiologia de São Paulo R. Herculano, 169 - Sumaré - São Paulo - SP CEP: 01257-030 Tel.: (11) 2189-5400 www.crtrsp.org.br - crtrsp@terra.com.br Disque-Denúncia: 0800-7027875 Revista CRTR-5ª Região - SP, dos profi ssionais das técnicas radiológicas. É uma publicação do Conselho Regional dos Técnicos em Radiologia de São Paulo, distribuída gratuitamente aos profi ssionais com registro no Conselho. O CRTR-5ª Região - SP, não se responsabiliza por opiniões emitidas pelos entrevistados e por artigos assinados. Revista CRTR-5ª Região - SP, 43ª edição - Setembro 2009 - Tiragem: 24.500 exemplares - 160 cds em áudio Veja nesta edição: Ouvidoria / Cartas .................................................................................................................................................... 3 Info. Gerais .................................................................................................................................................................... 4 Científi co: Cuide bem das suas mãos e Avanços da Medicina Nuclear na Era da Imagem Molecular ................................ 6 Segundo Encarte sobre Posicionamento Radiológico Capa: ELEITO O 4º CORPO DE CONSELHEIROS DO CRTR-SP ..................................................................................................12 Entrevista: Direito de Resposta do Senac ........................................................................................................................15 Jurídico ............................................................................................................................................................................16 Sindical ............................................................................................................................................................................17 Eventos e Notas ..........................................................................................................................................................18 editorial Caros colegas de profi ssão, o nosso regional encerrou o processo eleitoral que escolheu o 4º Corpo de Con-selheiros, tendo sido vencedora a Chapa por mim en- cabeçada. No sistema CONTER/CRTR ś, pouco acostumado às regras democráticas – fruto de seguidas intervenções, que, esperamos, sejam cada vez mais raras - realizamos o maior processo eleitoral da história, com cinco chapas ins- critas. Quero agradecer, em nome da Chapa 1 – Unidade, participação e compromisso, a confi ança depositada pelos profi ssionais nas urnas e reafi rmar nosso compromisso de honrar esses votos, trabalhando com seriedade e compe- tência para cada vez mais, valorizar as Técnicas Radiológi- cas em nosso Estado. Também quero agradecer aos que votaram nas outras cha- pas, pois isso demonstra a maturidade de nossa categoria, que discute os rumos de seus órgãos representativos e demonstra suas críticas. Não queremos ser unânimes, pois a unanimidade – como dizia Nelson Rodrigues – é burra. A crítica construtiva é bem-vinda, pois nos faz fi car alertas, trabalhando mais para atender as legítimas reivindicações dos pro- fi ssionais e corrigindo rumos, se necessário for. Não houve mácula no processo, como alguns que não se sujeitam à escolha soberana da categoria - infelizmente – querem fazer crer. Por isso também quero agradecer a Comissão Eleitoral, presidida pelo colega TR. Eroni Nunes Ferreira, presidente do CRTR – 6ª região e composta por colegas idôneos e capazes, que conduziu brilhantemente o processo e atendeu com civilidade a todas as chapas concorrentes. Resta agora colocarmos a mão na massa e trabalharmos. Quero me dirigir aos profi ssionais das Técnicas Radiológicas no estado de São Paulo para abrir outro debate: Numa sociedade democrática é legítimo que grupos organizados busquem formas de representação que defendam seus interesses. Além de elegermos o Corpo de Conselheiros, devemos construir a representação de nossa categoria em outras frentes, como o Congresso Nacional. Nossa profi ssão é regida por Lei Federal e os problemas que nos afl igem devem ser discutidos em âmbito Federal. Ruralistas, banqueiros, evangélicos, médicos, advogados e até biomédicos têm seus representantes na Câmara dos De- putados. Nós não temos, mas podemos e devemos construir formas de alcançarmos isso. Participe e ajude-nos a construir essa idéia. É a maneira de você defender sua profi ssão. Um abraço e boa leitura. José Paixão de Novaes CRTR Revista 43.indd 2 29/9/2009 18:14:44 acesse: www.crtrsp.org.br 5 informações gerais A sede do Regional está localizada na Rua Herculano, 169, próximo ao metrô Vila Madalena (consulte o mapa de localização no site: www.crtrsp.org.br). Os pro- fi ssionais que residem nas regiões de Bauru, Campinas, Ribeirão Preto, Santos ou Taubaté devem procurar a Delegacia Regional do CRTR-5ª Região-SP, mais próxi- ma de sua cidade para tratar de seus assuntos junto ao Conselho (veja a localização e o horário de atendimen- to no site www.crtrsp.org.br). 5. Atualização de endereço e débitos de anuidades É de responsabilidade do (a) profissional manter o endereço atualizado e o fato do mesmo estar desatualizado não o (a) isentará da cobrança das anuidades vencidas. Com isso o (a) profi ssional perde deixando de receber o carnê de anuidade na época devida e de aproveitar a opção de pagamento antecipado com desconto. Também deixa de receber as Revistas e outras corres- pondências de seu interesse, além de se tornar inadim- plente e irregular junto ao Conselho. O Regional agradece a sua colaboração no sentido de orientar os colegas de trabalho ou parentes que even- tualmente estejam nessa situação, informando-os so- bre a necessidade de se manter regular para o exercício profi ssional. Mais informações: Cadastro, telefone (11) 2189-5426, com Fábio, e-mail: cadastro@crtrsp.org.br. Os débitos de anuidades vencidas, poderão ser parcela- dos e/ou renegociados diretamente com a área de Co- brança (telefone (11) 2189-5416 e 5421, com Adriano ou Adriana), e-mail: cobrança@crtrsp.org.br. Informamos a TODOS os inscritos no CRTR-5ª Região - SP, tanto os profi ssionais quanto as empresas, que se encontram inadimplentes, referentes às anuidades de pessoa física ou jurídica, de 2004 a 2008, que seus débitos estão sendo inscritos em Dívida Ativa da União e os que não vierem a fi rmar Acordo Administrativo (parcelamento de dívida), terão tais débitos cobrados judicialmente, por meio de ação de execução fi scal. Igualmente, os que já foram inscritos e/ou executados devem entrar em contato com o Setor Jurídico, com a máxima urgência (e-mail: juridico@crtrsp.org.br). AVISO GERAL: NOTA DE FALECIMENTO: A Diretoria Executiva e os membros do 3º Corpo de Conselheiros do CRTR-5ª Região-SP, anunciam, com muito pesar, a perda (05/07/2009) do colega Edson Taddao Arashiro, aos 57 anos, Técnico em Radiologia deste 15/10/76, regis- trado no Conselho sob nº 004, atuava na região de Santo André, era Supervisor das Técnicas Ra- diológicas e muito contribuiu para a valorização da profi ssão. CRTR Revista 43.indd 5 29/9/2009 18:15:05 CRTR-SP - 43ª edição - Set. 096 científi co Cuide bem das suas mãos por Dr. Mateus Saito As nossas mãos sãos as mais incríveis ferramentas já desenvolvidas. Elas nos permitem trabalhar, cuidar de nós mesmos, criar, cuidar de quem amamos e até nos defender. Cada uma delas é um con- juntos de ossos, ligamentos, tendões, nervos e artérias que, agindo em conjunto, podem assumir a forma de uma pinça, um martelo, uma concha ou qualquer outro utensílio que precisamos. Só para ter uma idéia, cerca de um terço da região do cérebro responsável pela motricidade é dedicada intei- ramente para o controle das mãos e há até quem diga que foi a capacidade de manipular os objetos que im- pulsionou o desenvolvimento do cérebro humano para a complexidade que tem hoje. Essas maravilhosas estruturas também estão expostas às lesões. Neste texto, conheceremos as lesões mais comuns, suas causas, seu diagnóstico o tratamento e as maneiras de preveni-las. As mãos são tão importantes que existe até um profi ssional médico especializado em tratá-las. É o cirurgião da mão. Ele faz o diagnóstico preciso, indica o tratamento adequado, seja com medicamentos, fi sioterapia ou terapia ocupacio- nal e, quando necessário, indica e realiza a cirurgia. Quanto às alterações que podem acometer as mãos, elas são divididas em grandes grupos: traumáticas, quando são decorrentes de acidentes e as degenerativas, decor- rentes do desgaste ou dos processos infl amatórios. As lesões degenerativas mais comuns são a síndrome do túnel do carpo, o dedo em gatilho e a tenossinovite de De Quervain e a rizartrose. As lesões traumáticas mais comuns são as fraturas, en- torses e lesões ligamentares e as contusões. Lesões Traumáticas As lesões traumáticas do punho e das mãos têm sinto- mas muito parecidos e são popularmente chamadas de “pulso aberto”. Esse “diagnóstico” inclui lesões diferen- tes, como as entorses e as contusões do punho, a fratura do osso escafóide, e as lesões ligamentares do carpo. A fi gura ilustra as regiões que vou mencionar, para me- lhorar o entendimento. Entorses As entorses ocorrem quando há um movimento tor- cional do punho ou da mão (por isso, também são co- nhecidos como torções). Nesse trauma, os ligamentos são esticados, porém não se rompem completamente, mantendo os ossos no lugar. São lesões relativamen- te comuns após quedas ou ao tentar parar alguém ou algum objeto com as mãos. O diagnóstico é confi r- mado com o médico examinando minuciosamente e, geralmente, solicitando um exame de raios-X, que não mostra nenhum sinal de fratura nem desvio dos ossos do carpo. O tratamento geralmente é feito com imobi- lização da área afetada por uma a três semanas, com o uso de medicamentos antiinfl amatórios e com meios físicos e exercícios, supervisionados pelo terapeuta da mão. O terapeuta da mão é um terapeuta ocupacional ou um fi sioterapeuta que, depois de concluída a facul- dade, faz especialização nesta área. Contusões As contusões são conseqüência dos traumas diretos (pancadas), que atingem a mão e o punho, lesando as partes moles, porém, preservando os ossos intactos. Assim como as entorses, o diagnóstico é realizado com o exame clínico e radiografi a e o tratamento inclui a imobilização os antiinfl amatórios e a reabilitação. Ape- sar de dolorosa no início, geralmente a recuperação é rápida. Uma característica comum das contusões é a formação das equimoses e hematomas. Elas podem surgir como manchas roxas no local do trauma. Com o passar dos dias, a hemoglobina do sangue de degrada em outro componente, a hemossiderina que, a medida que é metabolizada pelo organismo, vai mudando de cor para verde, marrom, amarelo, desaparecendo. Quando o hematoma não é reabsorvido, ele pode in- fectar ou criar depósitos de cálcio no seu interior, mui- tas vezes, necessitando da drenagem cirúrgica. Fratura do Escafóide A fratura do osso escafóide é uma lesão grave do punho que, muitas vezes passa despercebida. O osso é respon- sável pela transmissão da força do polegar para o resto do corpo e pode ser lesionado em uma queda sobre a mão espalmada. Como o osso é relativamente pequeno e tem o formato irregular (navicular quer dizer “peque- no barco”), o exame inicial de raios-X pode não detec- tar a lesão. Caso não seja imobilizado corretamente, a fratura não consolida e pode gerar artrose (desgaste) no resto dos ossos do carpo, com dor e limitação do mo- vimento. Mesmo imobilizado corretamente com gesso, o osso pode não consolidar e uma cirurgia é necessária para o tratamento da lesão. Por esse motivo, alguns médicos preferem indicar o tratamento cirúrgico, com fi xação do osso desde o início do tratamento. Outra complicação da fratura desse osso é a necrose avascular do pólo proximal, ou seja, a fratura leva a ruptura dos vasos que nutrem uma parte desse osso. Essa parte sem irrigação entra em necrose, ou seja “morre” e acaba sendo parcialmente reabsorvida, de- formando o osso e causando dor no punho. Quando da fratura tem desvio, por menor que seja, o tratamento de escolha é cirúrgico, com o correto po- sicionamento dos fragmentos e sua fi xação adequada. Muitas vezes, um pequeno fragmento de enxerto ósseo tem que ser tirado da bacia ou do rádio distal. Nos casos muito tardios, quando não há mais possibi- lidade de salvação do osso, faz-se a retirada do mes- mo o que pode acontecer junto com toda a sua fi leira (carpectomia proximal) ou mantendo o restante dos ossos e fi xando-os uns nos outros (artrodese dos qua- tro cantos). Faz parte do tratamento, tanto cirúrgico quanto no gesso, a reabilitação com o terapeuta da mão para re- cuperar a força e a amplitude de movimento. Lesões Ligamentares As lesões ligamentares do carpo são um estágio mais grave das entorses. Nelas, ocorre a ruptura completa dos ligamentos que unem os ossos. Como não há fra- tura, o diagnóstico é mais difícil e somente os olhos treinados percebem que a posição dos ossos não está correta. A gravidade dessas lesões está no fato de quebrarem a harmonia do movimento dos ossos do carpo, gerando impactos que desgastam a cartilagem e geram dor e limitação do movimento. O diagnóstico deve ser feito precocemente, pois ainda não existem métodos efi cazes de recuperação completa da cartila- gem lesionada. Quando o diagnóstico é feito, com os exames de raios-X CRTR Revista 43.indd 6 29/9/2009 18:15:10 acesse: www.crtrsp.org.br 7 científi co e, geralmente, ressonância magnética, existe a neces- sidade do tratamento cirúrgico, com reconstrução dos ligamentos. A técnica da artroscopia, onde uma mini- câmera entra no punho e permite a visualização direta da lesão, é de grande valia, dando maior precisão para o tratamento e uma recuperação mais rápida. As lesões menores podem ser tratadas através da ar- troscopia, com o restabelecimento da relação entre os ossos. Nas lesões mais graves, o ligamento é reconstru- ído com o uso de estruturas próximas, como tendões e partes de outros ligamentos, de acordo com a prefe- rência e experiência do cirurgião. O punho fi ca imobilizado por um período até que o ligamento cicatrize e, em seguida, é iniciada a reabili- tação com ganho de amplitude de movimento e forta- lecimento do punho. Lesões Degenerativas Síndrome do Túnel do Carpo É o sintoma decorrente da compressão do nervo media- no no punho. Ela se manifesta com dor e formigamento ou queimação na mão e nos dedos, especialmente o po- legar, indicador e médio. Muitas vezes aparece no meio da noite ou após uma atividade intensa nas mãos. Para entender a síndrome, é necessário entender o que é o túnel do carpo. Esta é uma passagem que existe na parte anterior do punho (ou “pulso”, como é conheci- do popularmente), por onde passam os tendões que vão controlar o movimento dos dedos. Esses tendões atuam como verdadeiros cabos de aço, com origem próxima ao cotovelo e inserção nos dedos. No mesmo espaço, passam 9 tendões e o nervo mediano, estru- tura delicada responsável pela precisão do movimento do polegar e pela sensibilidade da região dos dedos polegar, indicador, médio e parte do dedo anular. Qualquer situação que leve ao aumento do nervo ou diminuição do espaço dentro do túnel pode causar a compressão do nervo mediano e prejudicar a sua fun- ção. Esse processo de diminuição do espaço dentro do túnel pode acontecer simplesmente pela artrose (desgaste da cartilagem) do punho que leva ao alar- gamento dos ossos através da formação de espículas, os osteofi tos, também conhecidos como bico de pa- pagaio. Dessa maneira, o sintoma pode aparecer com o decorrer da idade. Ela também surge nas mulheres grávidas pelo acú- mulo de líquidos no corpo. Da mesma maneira, o sintoma tende a ser pior à noite devido a redistri- buição dos líquidos, que durante o dia tendem a se concentrar nas pernas. Outras causas metabólicas são o hipotiroidismo e o diabetes, respectivamente pelo acúmulo de substâncias nos tecidos e pela disfunção dos nervos periféricos causada pelo excesso de açúcar no sangue. O diagnóstico é feito pelo exame físico e pode ser do- cumentado pela eletroneuromiografi a. O exame não é obrigatório para que seja feito o diagnóstico. Even- tualmente podem ser solicitados exames de imagem, como radiografi a, ultrassonografi a ou até ressonân- cia magnética para elucidar a causa da compressão do nervo. O tratamento inclui diversas medidas, como o con- trole da doença de base, se houver e o uso de anti- infl amatórios e meios físicos para o controle da infl a- mação. Um imobilizador de punho pode mantê-lo em repouso até que o processo infl amatório diminua e os exercícios para deslizamento dos tendões possam ser introduzidos. Pessoas com defi ciência de minerais e vitaminas po- dem ser predispostas à doença, e a suplementação pode ser necessária. Caso haja evidências de um fator mecânico, como má postura ou sobrecarga mecânica no punho, orienta- ções de ergonomia também podem surtir efeito. O tratamento conservador (sem cirurgia) normal- mente é feito por até seis semanas. Quanto atinge-se este período sem a melhora, a cirurgia pode ser uma boa alternativa. Na cirurgia, o ligamento transverso do carpo, responsável pela compressão do nervo, é cortado e deixa de comprimi-lo. Uma cicatriz acaba por se formar e o resultado fi nal é como se o liga- mento fosse alongado. Esta cirurgia pode ser feita de maneira convencional, com incisão aberta ou através da vídeo-endoscopia. Geralmente é um procedimen- to de baixo risco, com encaminhamento do paciente para casa após algumas horas. Os principais riscos do procedimento são a infecção, a liberação incompleta e a distrofia simpático-re- flexa, que é uma reação exagerada do organismo ao trauma cirúrgico local, com dor, calor e vermelhidão persistentes. Tendinites e Tenossinovites Tendinite é a infl amação dos tendões que realizam o movimento do punho e dos dedos. Esses verdadeiros cabos de aço passam, cada um, por um trajeto estreito no punho, o que lhes confere precisão nos movimen- tos. Esses trajetos são chamados de túneis e são preen- chidos por uma camada fi na de lubrifi cante, o líquido sinovial, responsável pelo deslizamento dos tendões. Quando existe infl amação também nos túneis, temos as tenossinovites. Essas infl amações podem manifes- tar-se de diversas maneiras, desde a simples dor no trajeto dos tendões até os aumentos de volume das tenossivovites e os cistos sinoviais, bolhas de líquido sinovial que surgem no trajeto dos tendões e sobre as articulações, causando dor e deformidade local. As tendinites e tenossinovites podem ser causadas por um traumatismo importante ou pelos micro-trauma- tismos repetitivos do excesso de movimentos. No tra- tamento, faz-se necessário um repouso temporário da área lesada, muitas vezes com imobilização. Os antiin- fl amatórios aliviam a dor nos primeiros dias e a reabi- litação com meios físicos e exercícios, supervisionados pelo terapeuta da mão, têm papel fundamental para uma boa recuperação. Os casos refratários podem ser tratados com infi ltração e até com a remoção da par- te infl amada pela cirurgia aberta ou pela artroscopia. Outro aspecto que deve ser lembrado é a correção da forma de trabalho, para não haver recidiva da lesão. Dedo em Gatilho O dedo em gatilho acontece quando os tendões que fazem os movimentos dos dedos fi cam bloqueados nos túneis individuais que cada um percorre na palma da mão e nos próprios dedos. Durante a vida, o uso cons- tante dos tendões para segurar objetos, especialmente sacolas e pastas, levam a um processo de microlesões que cicatrizam. A somatória dessas cicatrizes acaba levando ao espessamento dos tendões que passam a fi car presos na entrada dos túneis. Inicialmente o sintoma é de apenas um desconforto e atrito ao abrir ou fechar as mãos. Mais tarde, sente- se um bloqueio que pode ser vencido com um pouco de esforço. Esta sensação é popularmente conhecida como o “gatilho” dos dedos. Se não for tratado a tem- po, o atrito aumenta e pode levar ao bloqueio completo do movimento do tendão. CRTR Revista 43.indd 7 29/9/2009 18:15:11 CRTR-SP - 43ª edição - Set. 0910 científi co malignos e lesões benignas na apresentação ou após tratamento, o estadiamento ou reestadiamento de tu- mores malignos e a avaliação de resposta terapêutica à quimioterapia ou à radioterapia. As características morfológicas e a invasão de estruturas vizinhas não são avaliadas de forma adequada pela PET, mantendo- se a indicação dos métodos anatômicos ou do estudo combinado PET/CT para esta fi nalidade. Diagnóstico inicial: A relação entre captação de 18FDG e celularidade/proliferação permite que o mé- todo seja empregado para esclarecer lesões de signi- fi cado duvidoso constatadas através de outros méto- dos de imagem como a tomografi a computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM). A caracterização metabólica para o diagnóstico inicial de tumores é uti- lizada por exemplo na avaliação do nódulo pulmonar solitário, no diferencial entre adenocarcinoma e pseu- dotumor de pâncreas, no esclarecimento de lesões du- vidosas na mamografi a de pacientes com mama densa ou implantes. É evidente que a maioria dos tumores tem seu diagnóstico fi rmado por outros métodos (com destaque para biópsia), sendo o uso diagnóstico da PET relativamente menor que o uso no estadiamento e seguimento. Um exemplo de valor diagnóstico da PET é na caracterização da natureza maligna em nódulos pulmonares solitários incidentalmente detectados em tomografi as computadorizadas do tórax (Figura 2). Estadiamento e reestadiamento: A capacidade de detectar metástases em órgão com poucas alterações estruturais e sem aumento de volume, bem como a possibilidade de mostrar que alterações estruturais previamente identifi cadas não apresentam o aumento de metabolismo característico do tumor são de grande importância no estadiamento. Exemplos de aplicação no estadiamento ou reestadiamento são os tumores malignos de pulmão, coloretal, linfoma, melanoma, esôfago, mama, cabeça e pescoço, tireóide. O PET tem encontrado um papel crescente no estadiamento destes e de outros tumores, de forma complementar aos demais métodos de imagem ou eventualmente em substituição a estes. Além do estadiamento defi nir a conduta de tratamento sistêmico (ex: quimioterapia), a detecção de lesões específi cas pode ser essencial na defi nição de tratamento loco-regional (ex: radiotera- pia) Exemplo de estudo com PET mostrando múltiplas metástases é demonstrado na fi gura 3. Seguimento após tratamento: A avaliação de resposta após tratamento por meio da estimativa de atividade metabólica é outra área de aplicação cres- cente do PET com 18FDG, para detectar doença residu- al ou recorrência. Exemplos de aplicação do PET no seguimento após tratamento radio/quimioterápico são os tumores de cérebro, pulmão, cabeça e pescoço, coloretal, linfoma. A resposta avaliada pelo PET cada vez mais mostra que apresenta valor prognóstico. A redução de captação após radioterapia ocorre mais lentamente do que após a quimioterapia, provavel- mente devido a maior interferência de processo in- fl amatório local. O uso para monitoração durante o tratamento mostra resultados promissores, particularmente no câncer de mama, no qual se descreve diminuição ou desapareci- mento da captação após 1 a 2 ciclos de quimioterapia, antes da regressão de volume da massa. A avaliação de resposta é crítica para determinar mudanças da estratégia terapêutica, porém seu impacto em termos de sobrevida é ainda pouco estabelecido. É na avaliação dos linfomas que a PET tem o seu papel na monitoração da resposta terapêutica bem defi nida e validada. Um resultado negativo da PET está asso- ciado com taxa de 80% de resposta de- fi nitiva ao tratamen- to. Por outro lado, um estudo de PET com persistência de incremento do me- tabolismo nos locais acometidos pela do- ença está fortemente associado a presença de doença persisten- te (Figura 4). II. Neuropsiquiatria A tomografi a por emissão de positrons apresenta uma série de vantagens no diagnóstico de processos demen- ciais e neuropsiquiatricos. Os isótopos radioativos uti- lizados são produzidos em aceleradores de partículas (“ciclotrons”), e portanto produzem isótopos de meia vida ultra curta, o que limita e reduz a dose de exposi- ção à radiação ionizante. Porém, mais interessante é a propriedade destes aceleradores de produzir isótopos radioativos do carbono (C-11), oxigênio (O-15), nitro- gênio (N-14) e do fl úor (F-18). Com esses elementos torna-se possível a síntese de uma gama enorme de compostos orgânicos, muitos deles empregados como substratos endógenos em diferentes rotas metabólicas do organismo. Outra vantagem que merece destaque é a característica dos equipamentos tomográfi cos de detecção. Atualmente com cristais e eletrônica de ul- tima geração torna-se possível a aquisição de imagens cerebrais em tempos muito curtos (5 minutos) com re- solução espacial da ordem de poucos milímetros. Esses avanços acoplados a desenvolvimentos na área de ra- diofarmacia, com desenvolvimento de novos compos- tos moleculares, tem trazido excelentes perspectivas para a área de neuroimagem funcional. Em nosso meio, embora ainda restrito a grandes cen- tros onde já existe um acelerador de partículas insta- lado, pode-se realizar exames de tomografi a por emis- são de pósitrons empregando a fl uoro-2-deoxi-glicose marcada com fl úor-18 (FDG). Este composto se comporta de forma análoga a glicose que se absorve da dieta e dos alimentos, sendo que ela é transportada para o interior da célula nervosa através das proteínas transportadoras de glicose (Glut 1-5), posteriormente fosforilada pela enzima hexoquinase em fl úoro-2-deoxi-glicose-6-fosfato. Porém, diferente da glicose não marcada, a FDG não é processada pelo ciclo de Krebs para produção energética, e portanto fi ca assim retida no interior do neurônio tempo sufi ciente para que se possa adquirir uma imagem metabólica do cérebro. Vários trabalhos tem demonstrado excelente capacidade do método em detectar alterações meta- bólicas em regiões especifi cas do cérebro, permitindo assim obter uma classifi cação fenotípica em neuroima- gem funcional para os diferentes tipos de distúrbios cognitivos. A PET com FDG tem demonstrado défi cit CRTR Revista 43.indd 10 29/9/2009 18:15:21 acesse: www.crtrsp.org.br 11acesse: www.crtrsp.org.br POSICIONAMENTOS BÁSICOS DAS TÉCNICAS RADIOLÓGICAS Posicionamentos Radiológicos Nesta edição 43, o CRTR-5ª Região-SP dará continuidade ao guia prático disponibilizado a partir da edição anterior, mostrando passo-a- passo os principais posicionamentos radiológi- cos de coluna. Este encarte foi elaborado com o objetivo de au- xiliar o profissional de Radiologia na sedimen- tação dos seus conhecimentos. São 76 tipos de posicionamentos, abordando de maneira ampla e didática, visando preparar o profissional para uma qualificação no mercado de trabalho. Diante da falta de uma referência literária na área de Técnicas Radiográficas, este encarte vem atender o anseio da categoria com explica- ções de novas técnicas que surgem com a evolu- ção tecnológica. Esta é mais uma iniciativa e preocupação do Con- selho Regional de Técnicos e Tecnólogos em Ra- diologia de São Paulo com o futuro dos profissio- nais das técnicas radiológicas. 1 2 3 4 5 6 7 8 10 11 9 12 13 14 15 1 Cartilagem Tireóide 2 Fúrcula do Manubrium 3 Xifóide 4 Inferior Costal 5 Plano Transtubercular (L.S.) 6 Sínfi se Púbis 7 4ª Vértebra Cervical 8 3ª Vértebra Torácica 9 Ângulo Inferior da Escápula 10 11ª e 12ª Vértebras Torácica 11 3ª Vértebra lombar 12 5ª Vértebra lombar 13 7ª e 8ª Vértebras Torácicas 14 Plano Dorsal Sagital 15 Sacrococcígea Conjunta LINHAS BÁSICAS CRTR Revista 43.indd 11 29/9/2009 18:15:43 CRTR-SP - 43ª edição - Set. 0912 2 Jun. Posicionamentos Radiológicos Vértebras Cervicais Lateral Position 85kVp 100mA 2.0sec. grid+ 100cm Oblique Positon 75kVp 100mA 1,5sec. grid+ 100cm Anteroposterior Position For L-5-S-1 Intervertebral Disc Space 65kVp 100mA 1,5sec. grid+ 100cm Vértebras Lombares Atlas and Axis-Anteroposterior Projection Open-Mouth 52kVp 100mA 0.2sec. grid+ 50cm Oblique Positon 65kVp 100mA 0.5sec. grid+ 100cm Lateral Position 65kVp 100mA 1.0sec. grid+ 150cm Anteroposterior Position 60kVp 100mA 0.8sec. grid+ 100cm Anteroposterior Position 75kVp 100mA 1.0sec. grid+ 100cm CRTR Revista 43.indd 12 29/9/2009 18:15:45 acesse: www.crtrsp.org.br 15 de metabolismo regional da glicose em córtex de asso- ciação, cíngulo posterior, córtex entorrinal, e por vezes com extensão para córtex pré –frontal (fi gura 5). Por vezes pode-se observar um comprometimento metabólico assimétrico, deprimindo com mais fre- qüência o metabolismo no córtex de associação esquerdo. Um estudo relativamente recente utilizando métodos de análise automáticos demonstrou que a FDG-PET possui sensibilidade e especifi cidade de 93% para de- tecção de pacientes com doença Alzheimer em grau discreto/moderado, e sensibilidade de 84%, especi- fi cidade de 93% para detecção de casos com declínio cognitivo muito discreto (MMSE>24). Um trabalho muito interessante demonstrou que essas anormali- dades metabólicas podem estar presentes em jovens adultos assintomaticos, porem possuidores de risco genético para desenvolvimento de doença de Alzhei- mer de aparecimento tardio. Contudo, atualmente percebe-se um maior interesse no diagnostico das fa- ses mais precoces, antes mesmo que possa ser carac- terizado como um quadro demencial. No diagnostico diferencial entre demência de Alzheimer, depressão, demência vascular e demência de corpos de Lewy a FDG-PET permite demonstrar padrões funcionais dis- tintos. Na depressão observa-se normalmente padrão normal de metabolismo. Na doença vascular notam-se defeitos focais corticais ou subcorticais que obedecem uma distribuição vascular enquanto que na demência por corpos de Lewy observa-se padrão semelhante ao observado na doença de Alzheimer, porém verifi ca-se extensão do comprometimento metabólico em lobos occipitais e cerebelos, áreas usualmente preservadas na doença de Alzheimer. Grande interesse existe na capacidade de predição que a FDG-PET tem de distinguir pacientes com distúrbio cognitivo leve que irão ou não evoluir para doença de Alzheimer. Um trabalho recente mostrou que redução do metabolismo em córtex de associação direito foi o mais forte fator preditor de conversão para doença de Alzheimer. Talvez um dos trabalhos mais signifi cati- vos que comprovam o valor prognóstico da FDG-PET na avaliação da doença de Alzheimer é um trabalho estilo consórcio multinacional conduzido por oito ins- tituições acadêmicas, com dados de autópsia em 138 dos 284 pacientes incluídos com sintomas de demên- cia. A idade média dos pacientes foi de 66 anos e o declínio cognitivo médio pelo MMSE foi de 24, com um período médio de seguimento de 3,2 anos. No grupo com diagnóstico histológico (n=138) a FDG-PET diag- nosticou corretamente doença de Alzheimer com uma sensibilidade de 94% e especifi cidade de 73%. Porém, mais importante foi o fato que o método manteve va- lores de sensibilidade de 95% e especifi cidade de 71% quando apenas aqueles pacientes com mínimo défi cit cognitivo no período de realização do PET foram inclu- ídos na análise. Perspectivas futuras apontam para o campo da imagem molecular com o uso de moléculas que se ligam à proteínas beta-amilóides ou mesmo à proteína TAU, substratos histológicos específi cos da doença de Alzheimer. Contudo, a aplicação dos mé- todos funcionais pode ampliar-se na direta proporção com o desenvolvimento de novos agentes terapêuti- cos que retardam ou interrompam o curso natural da doença e quando associados a mínimo ou nenhum efeito colateral. científi co Carlos Alberto Buchpiguel • Professor Associado-Livre Docente Departarmento de Radiologia da FMUSP • Diretor do Centro de Medicina Nuclear do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da FMUSP • Médico Associado da Di Diagnósticos por Imagem, Hospital do Coração (Hcor) e Hospital Alemão Oswaldo Cruz. • Ex-Fellow do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Universidade de Pensilvânia. Filadélfia. 1 CRTR Revista 43.indd 15 29/9/2009 18:16:07 16 capa CRTR-SP - 43ª edição - Set. 092 Eleito o 4º Corpo de Con s O Conselho Regional de Técnicos em Radiologia do Estado de São Paulo divulga o resultado das eleições para escolha dos novos representantes da classe das técnicas radiológicas. Em eleição realizada no dia 1 de setembro de 2009, por meio de voto direto, depositado pessoalmente nas urnas instaladas na sede do CRTR-SP e por carta voto, via correio, os profi ssionais: Técnicos, Tecnólo- gos e Auxiliares de todo o Estado elegeram a Chapa 1 (Unidade, Participação e Compromisso) para compor o 4º Corpo de Conselheiros, do Conselho Regional de Técnicos em Radiologia -5ª Região - SP. O mandato dos novos membros do CRTR-SP terá a du- ração de cinco anos, com início em setembro de 2009, com término em setembro de 2014. Os trabalhos eleitorais se iniciaram em meados do mês de fevereiro, onde a preocupação maior sempre foi a de cumprir todos os prazos previstos no Regimento Eleitoral, as publicações legais em tempo hábil, o estímulo à divulgação de todos os atos e o respeito aos direitos de todos os que se dispuseram a concor- rer. “Estou falando em nome da Comissão Eleitoral, a qual tive a honra de presidir, formada por vários pro- fi ssionais que compõem a força de trabalho do Siste- ma CONTER/CRTR’s, alguns até de outras jurisdições, alheios aos interesses paroquiais do Estado de São Paulo. Nos orgulhamos de ter feito um trabalho essen- cialmente técnico, aliado a mais esta experiência de ter participado da eleição do maior Colégio Eleitoral do Sistema”. Concorreram cinco chapas, formadas por profi ssionais Técnicos e Tecnólogos inscritos regular- mente na jurisdição do Estado de São Paulo, explica o TR. Eroni. Segundo o TR. Eroni todo o processo preconizado pela Comissão Eleitoral foi conduzido sem partidarismo. “As cinco chapas inscritas se posicionaram de uma maneira ética e sem agressões mútuas”, afi rmou o presidente da Comissão Eleitoral. Nesse pleito, quem está de parabéns são os profi ssionais que contribuíram para que esse exercício de participa- ção fosse realizado. Essa eleição nunca teria ocorrido se não houvesse a dedicação de várias mãos e mentes transformando-a em realidade. “Antes de encerrar esta mensagem, resta lamentar o desinteresse, por parte de um grande número de profi ssionais aptos a votar, que não se manifestaram votando, para fazer mais e par- ticipar do engrandecimento desta profi ssão que ainda precisa ser mais bem cuidada. Quem ainda não teve um familiar, parente, amigo, vizinho atendido por um profi ssional dentre nós, ainda vai ter, com certeza. Resta agradecer a honraria concedida a todos nós da Comissão Eleitoral e, também, agradecer a todos os que dele participaram com ênfase no carinho que a nós foi dispensado, pelo Corpo Funcional do CRTR-5ª Região – SP em todas as ocasiões que dele precisamos. Desejamos sucesso aos Conselheiros eleitos, colocando neles a expectativa de um grande trabalho e a respon- sabilidade que todos agora estão assumindo”, fi naliza o presidente da Comissão Eleitoral. A Comissão Eleitoral nomeada pelo CRTR-5ª Região - SP, com a fi nalidade de conduzir o Pleito que elegeu o 4º Corpo de Conselheiros desta Autarquia Federal, encer- rou seus trabalhos em 24 de setembro de 2009, com a cerimônia de posse dos Conselheiros eleitos. Os resultados ofi ciais divulgados pela Comissão Eleito- ral foram os seguintes: por Adriana Teodoro Componentes do 4º Corpo de Conselheiros CRTR Revista 43.indd 16 29/9/2009 18:16:15 acesse: www.crtrsp.org.br 17 capa 3 n selheiros do CRTR-SP VÁLIDOS INVÁLIDOS BRANCOS NULOS TOTAL VOTOS APURADOS 6.772 1550 39 265 8.626 78,5% 18,0% 0,5% 3,0% 100% NOME DA CHAPA PERCENTUAL VOTOS Chapa 1 – Unidade, Participação e Compromisso 36% 2.448 Chapa 2 - Valorização e Ideal Profi ssional 21% 1.404 Chapa 3 – Voto Certo 14% 971 Chapa 4 – Nova Geração 18% 1.215 Chapa 5 – Unidade, Moralidade e Ética 11% 734 Número total de votos válidos: 100% 6.772 Comissão Eleitoral - da esquerda para a direita: Dr. Luis Carlos Laurindo, Dra. Kellen Cristina Zanin, TR. Eroni Nunes Ferreira, Dra. Ana Paula Cardoso Domingues e TR. Antonio Cezar de Oliveira Guerra CRTR Revista 43.indd 17 29/9/2009 18:16:19 CRTR-SP - 43ª edição - Set. 092016 A Indicação do SATR é Legal jurídico A Lei nº 7.394/85, dispositivo regulamentador desta categoria dos técnicos, tecnólogos e auxiliares em radiologia, prevê em seu artigo 10 que os trabalhos de supervisão das aplicações das técnicas radiológicas, em seus respectivos se- tores, são da competência do técnico ou tecnólogo em Radiologia. Visando normatizar o disposto no referido art. 10 da Lei 7.394/85, a Resolução CONTER nº 10/06 expres- samente descreve que empresas e/ou serviços de Radiologia, que possuam em seus quadros funcio- nais Técnicos ou Tecnólogos em Radiologia devem proceder à indicação do Supervisor das Aplicações das Técnicas Radiológicas em seus respectivos se- tores. Nesse ponto, nunca é demais destacar que a lei é uma regra geral que, emanando de autoridade competente, VINCULA A TODOS – inclusive e prin- cipalmente àquela pessoa jurídica que presta ser- viços de radiologia - não havendo razão para que haja seu descumprimento posto que é notório que a lei é uma ordem, portanto impõe um dever, uma conduta a todos, sendo que assim bem elucida nos- sos doutrinadores “quando exige uma ação, impõe; quando quer uma abstenção, proíbe”. Trata-se, portanto, o tema da indicação do Supervisor das Aplicações das Técnicas Radiológicas – SATR - de suma relevância e de obrigatório cumprimento a qualquer pessoa jurídica que disponibilize serviços de radiologia – seja este público ou privado - no qual haja o exercício das funções atinentes às téc- nicas radiológicas. Isto é, a disposição legal é expressa no sentido da obrigatoriedade de indicação de profissional técni- co para exercer a função de supervisor das técnicas radiológicas em quaisquer locais que disponibilizem serviços de radiologia. Pedimos redobrada atenção para que não se confun- da a indicação do denominado SATR com eventual criação de novo cargo às pessoas jurídicas – seja na esfera pública ou privada - usurpação de atribuições de outras profissões e muito menos uma imposição para modificação do salário do indicado ou outra medida em sentido similar, salvo se essa for a von- tade de seu empregador. Aliás, trazemos para elucidar tal hipótese trecho de de- cisão judicial proferida pelo juiz federal, Dr. Newton José Falcão, da Seção Judiciária de Presidente Prudente, que assim disserta: “A exigência de indicação, ao ente regional, de pro- fissional da área para exercer o mister de Supervisor das Aplicações das Técnicas em Radiologia não se traduz em ingerência indevida na gestão administra- tiva, traduz-se, isto sim, em providência que envolve prestação de serviço de saúde à população, garantia constitucional.” Ainda, esclarecemos que a indicação de profissio- nais por parte das empresas ou órgãos públicos para o cargo de Supervisor das Aplicações das Téc- nicas Radiológicas, em seus respectivos setores de especialidades, não se confunde com a exigência de inscrição no Conselho de Radiologia em razão de sua atividade básica ou pela qual preste serviços a terceiros. Em outras palavras, havendo o exercício das funções atinentes aos Técnicos em Radiologia devida a apli- cação do texto legal específico independentemente da exigência de vínculo nos quadros de pessoas ju- rídicas inscritas no CRTR, tal como expõe as corretas palavras contidas na fundamentação do Desem- bargador do TRF, da 4ª região, Dr. Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz sobre o assunto, pelo qual: “Curial frisar que o fato de não estarem os estabeleci- mentos notificados obrigados, por lei, a inscreverem- se junto ao Conselho Regional de Técnicos em Radio- logia, posto que já vinculados ao Conselho Regional de Medicina, em função da atividade básica (art. 1º da Lei nº 6.839/80), não afasta o poder daquele de fiscalizar o exercício da profissão de Técnico em Ra- diologia, assegurando o fiel cumprimento da Lei nº 7.394/85 no que rege o seu artigo 10.” Tendo a função de servir como elo de ligação entre o conselho e os profissionais nele habili- tados, a supervisão das atividades relacio- nadas às técnicas radiológicas cabe sempre a um integrante desta mesma profissão. Ante todo o explanado nessa oportunidade e diante da previsão legal e regulamentar acerca da indica- ção de responsável pela supervisão das aplicações das técnicas radiológicas, evidente a competência do sistema CONTER/CRTRs para atuação nesse pa- tamar. Ao CRTR - 5ª Região - SP, por exemplo, cabe o poder de fiscalização e eventual aplicação de sanções em caso de descumprimento à ordem legal. Compete à fiscalização desta autarquia informar pri- meiramente, as pessoas jurídicas acerca da exigên- cia legal de indicação de supervisor das aplicações das técnicas radiológicas disposta no art. 10 da Lei. 7.394/85 e, caso esta - após notificada - permaneça inerte à determinação normativa e não efetivando sua regularização, passível de aplicação de punição de cunho pecuniário nos termos da norma vigente. Buscamos a excelência na área da radiologia para que sendo cumprida a determinação legal do art. 10 da Lei nº 7.394/85, se atinja o respeito necessário no trato para com toda a população. Em suma, profissionais da categoria: o CRTR - 5ª Re- gião - SP vigia e vigiará permanentemente quais- quer estabelecimentos que apliquem as técnicas radiológicas, com o intuito de mantê-los dentro dos padrões legais instituídos, inclusive, perante a obri- gatoriedade de indicação de supervisor das aplicações das técnicas radiológicas para manutenção do desempenho técni- co e moral de toda a profissão em prol do interesse coletivo. acesse: www.crtrsp.org.br 21 sindical 17 O Sindicato dos Técnicos, Tecnólogos e Auxiliares em Radiologia de Ribeirão Preto e Região - Sinttarad-RPR vêm orgulhosamente informar à sua categoria a publicação do pedido de registro sin- dical no Diário Oficial da União, no dia 29 de maio de 2009, no qual estamos esperando nossa Carta Sindical desde 2006 quando iniciou-se um difícil processo junto ao Ministério do Trabalho e Emprego. Com esta Carta Sindical, nossa entidade terá possibilidade de realizar diversos procedimentos que antes não podia, como por exemplo: firmar acordos, convenções e dissídios cole- tivos, abrir processos coletivos na justiça do trabalho para resolver problemas trabalhistas que tanto nos perseguem, e por fim receber parte do imposto sindical que é o desconto de um dia de trabalho no holerite do trabalhador no mês de março de cada ano. Nosso sindicato poderá utilizar-se dessa verba para percorrer e fiscalizar com mais tranquilidade toda sua base territorial, trazer melhorias como novos equipa- mentos de escritório, contratação de mais funcionários e advogados para atender nossos filiados. Infelizmente estamos enfrentando problemas, pois sete sindicatos de nossa região entraram com processo de impugna- ção, pois alegam que nossa base já faz parte da região deles, mas estamos esperando a determinação final do Ministério do Trabalho para podermos nos defender e provar que a luta em nossa região e da categoria só foi feita pelo Sinttarad-RPR. Nesses três anos de existência já conseguimos reverter diversos abusos, e já passamos por diversas persegui- ções durante este tempo. Técnicos, Tecnólogos e Auxi- liares em radiologia vamos aguardar, pois temos certe- za que na próxima edição desta revista iremos trazer para todos a conquista de nossa CARTA SINDICAL. Um abraço a todos. Marcelino Silvestre dos Santos Diretor Presidente do Sinttarad-RPR Praça Pará, 147 – Vl. Santana - Valinhos - SP – CEP: 13274-029 Tel.: (19) 3871-1427 / (19) 9720-7758 e-mail: silvana.marquezi@terra.com.br ou rad.mattos@uol.com.br Existem três tipos de seres humanos, os covar-des, os corajosos e os idealistas. Os primeiros não conhecem a real e efetiva vitória, pois jamais participam de qualquer luta, mesmo que seja para ele mesmo. Os segundos geralmente de- fendem seus direitos, enfrentam as garras do dia-a- dia, se juntam a outros lutadores e confiam saírem vencedores. E saem. Já os idealistas são aqueles que morrem pelos seus ideais, que lutam pela co- letividade sem esperar gratidão. Tem como salário a grandeza intelectual e ideológica justamente por- que sabem que são respeitados pelo ideal de lutas e conquistas em benefício, muitas vezes até de quem não os conhece. É com este ideal que quero contar o final da novela CEMED - SANTA CASA DE VINHEDO. Pois é, nosso sindicato em parceria com o Ministério Público do Trabalho tem o êxito após cinco audiên- cias em firmar o TAC, termo de ajuste de conduta, onde, a terceirizadora e a Santa Casa tem a obri- gação de devolver os empregos dos profissionais das técnicas radiológicas que foram demitidos por força de terceirização, com garantias previstas pelo princípio do melhor benéfico, CLT e Constituição Federal. O sindicato jamais deseja retirar a auto- nomia de admitir ou demitir das empresas, porém, se existir qualquer indício de injustiça social, traba- lhista ou quebra dos direitos sociais fundamentais, não medimos esforços para que sejam não somente mantidos os empregos na área da radiologia, mas também promover novos postos de trabalho. Assim está acontecendo com as prefeituras de Holambra, Santo Antonio de Posse, Mogi Guaçú entre outros empregadores que ainda não conheciam o poder de luta sindical que impulsiona os espíritos dos deste- midos representantes do SINTTARCRE. Nossos objetivos estão sendo alcançados porque so- mos uma equipe formada por pessoas do segundo e do terceiro grupo. Se você não pertence ao primeiro grupo junte-se a nós, pois somente a prevenção fará com que nossa profissão não se torne “um bico”. Abraço a todos! Pedro Marquezi Diretor Presidente do Sinttarcre Fim da Novela Sindicato de Campinas – SINTTARCRE Mais uma conquista do Sinttarad Sindicato dos Técnicos Tecnólogos e Auxiliares de Radiologia de Ribeirão Preto e Região - SINTTARAD-RPR R. Visconde de Inhaúma, 868 - Centro - Ribeirão Preto - SP - CEP: 14010-100 Tel.: (16) 3904-8920 / 3636-6754 / 3011-3575 Site: www.sinttarad.com.br E-mail: sinttaradrpr@hotmail.com CRTR-SP - 43ª edição - Set. 092218 CURSOS GRATUITOS Curso para Defi cientes Visuais 50 vagas - Quinta-Feira das 14:00 às 16:00 horas - 2 horas de aula Requisitos: Necessário conhecimento em Braille. Idade mínima: 14 anos Curso para Escrever Partitura no Programa Des- tinado a Criação e Edição de Música Impressa 50 vagas - Início das aulas em Setembro, 1 vez por semana - 2 horas de aula Requisitos: Ter conhecimento em divisão musical, teoria musical e informática Idade Mínima: 14 anos Curso Coral 50 vagas - Início em Setembro, 1 vez por semana 2 horas de aula Idade Mínima: 14 anos Curso de Música Teoria e Solfejo para Jovens entre 14 e 18 anos 300 vagas - Terça a Sexta-Feira - Horários: 12:00 às 14:00 14:00 às 16:00 e 16:00 às 18:00 horas Curso Prático de Meditação Auxiliando o Au- mento da Inteligência e sua Criatividade (em implantação) Parceria do CRTR-SP e a Ordem dos Músicos do Brasil – Conselho Regional do Estado de São Paulo O CRTR – 5ª Região - SP fi rmou uma parceria de sucesso com a Ordem dos Músicos do Brasil para que seus associados e funcioná- rios possam optar por uma instituição de qualidade, com vários cursos gratuitos (veja quadro abaixo). Mais informações falar com a Sra. Eulália através dos telefones (11) 3237- 0777 - Fax: (11) 3237- 3579 ou pelos sites www.ombsp.com.br / www.crtrsp.org.br Av. Ipiranga, 318 - bloco A - 6 º andar – Centro - CEP: 01046-10 – São Paulo - SP Delegacia de Campinas As informações poderão ser obtidas através do telefone: (19) 3231-1576 R. Sebastião de Souza, 205 – 6º andar - conjunto 62 Edifício Maria Eugênio Macedo Botafogo - Campinas - SP - CEP: 13013-161 Horário de Atendimento: das 8:30 às 12:00 e das 13:00 às 16:30 horas. E-mail: crtrca@crtrsp.org.br Delegacia de Bauru As informações poderão ser obtidas através dos telefones: (14) 3879-6459 / (14) 3879-6469 / (14) 8131-3300 R. Antonio Alves, quadra 16 - nº 23 - Centro - Bauru – SP - CEP: 17015-331 Horário de Atendimento: das 8:30 às 12:00 e das 13:00 às 16:30 horas. E-mail: crtrbauru@crtrsp.org.br Novo Horário da Delegacia de Ribeirão Preto As informações poderão ser obtidas através do telefone: (16) 3610-7485 Av. Santa Luzia, 95 - Jd. Sumaré - Ribeirão Preto - SP - CEP: 14025-090 Horário de Atendimento: das 8:30 às 12:00 e das 13:00 às 16:30 horas. E-mail: crtrrp@crtrsp.org.br Delegacia de Taubaté As informações poderão ser obtidas através do telefone: (12) 3631-5417 R. Marechal Arthur da Costa e Silva, 819 - Piso 2 - Centro - Taubaté - SP - CEP: 12010-490 Horário de Atendimento: das 8:30 às 12:00 e das 13:00 às 16:30 horas. E-mail: crtrtaubate@crtrsp.org.br Delegacia de Santos As informações poderão ser obtidas através do telefone: (13) 3301-8531 Av. Ana Costa, 222 - 3º andar - sala 35 - Campo Grande - Santos - SP - CEP: 11060-000 Horário de Atendimento: das 8:30 às 12:00 e das 13:00 às 16:30 horas. E-mail: crtrsantos@crtrsp.org.br DELEGACIAS eventos e notas Ordem dos Músicos do Brasil CRTR Revista 43.indd 22 29/9/2009 18:16:47
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