Introdução às Pseudolinguagem de Algoritmos: Tipos de Dados e Operadores, Notas de estudo de Engenharia Telemática

Baixe Introdução às Pseudolinguagem de Algoritmos: Tipos de Dados e Operadores e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Telemática, somente na Docsity! INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA - CAMPUS CAMPINA GRANDE CURSO: CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM TELEMÁTICA INSTITUTO FEDERAL DE periodo: | PÁ [ TURMA: N Ema ÃO CIÊNCIRETECNOLOSA copa; | ALGORITMOS E LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO DD Gini om S SEMESTRE LETIVO proressor: | CÉSAR ROCHA VASCONCELOS 2009.2 Módulo 02 — DEFINIÇÃO DE UMA PSEUDOLINGUAGEM ALGORÍTMICA É fundamental que o aluno tenha compreendido todos os conceitos apresentados no módulo anterior, haja vista que, a partir deste, iremos migrar nossos algoritmos de uma simples sequência de passos (e sub-passos) numerados para uma linguagem mais próxima do mundo real. Visando facilitar ainda mais o nosso entendimento e podermos praticar a criação de algoritmos abstraindo toda a complexidade das regras de uma linguagem de alto nível real (como C ou JAVA, etc.), vamos definir, neste módulo, uma pseudolinguagem em português que, apesar de não padronizada, conterá diversas regras básicas de uma linguagem de programação real. A partir de agora, será apresentada uma série de regras básicas que constarão da nossa linguagem algorítmica. 1. DADOS E SEUS TIPOS Computadores lidam com diversos tipos de dados: numéricos, cadeias de caracteres e lógicos 1.1 Numéricos: Compreendem os seguintes tipos: * Inteiro: 1, 90, -25, 58, 12589, 23.659.545 o Exemplos: idade de uma pessoa, ano, etc. e Real (Ponto Flutuante): 2.0, -3.1, 5.698, 56.258, 100.01 o Exemplos: salário ou altura de uma pessoa, etc. 1.2 Caractere (Cadeia de caracteres) e Alfabético: (A..Z, a..7) e Digitos: (0..9) e Especiais: ($”, *, '&, >", =", etc.) Aspas duplas delimitam o início e o fim da cadeia. Exemplos: “PROGRAMAÇÃO AVANÇADA” ou “Rua do Sol, 123 - Centro” ou “MNY-4628” ou “e-mail: cesarochatifpb.edu.br” 1.3 Lógico (ou booleano) e Possuem dois valores apenas: Verdadeiro e Falso. e Exemplo: uma locadora de dvd's poderia armazenar um valor booleano associado a um produto qualquer indicando sua disponibilidade para aluguel (verdadeiro ou falso) 2. VARIÁVEL E IDENTIFICADOR De acordo com [1], uma variável corresponde a uma posição de memória cujo conteúdo pode variar ao longo do tempo durante a execução de um algoritmo. Embora a variável possa assumir diferentes valores ao longo do programa, ela só pode armazenar um valor a cada instante. De maneira mais especifica, uma variável é o local que, durante a execução de um programa ou algoritmo, você poderá guardar valores de um determinado tipo. Estes locais serão alocados em posições de memória para você, automaticamente. O tipo associado a uma variável não poderá sofrer alterações. Apenas o seu conteúdo é dinâmico. O nome dado a uma variável também é conhecido como identificador. Na prática, as linguagens de programação reais (como C ou JAVA) possuem algumas regras claras para atribuir nomes às variáveis: Primeiro caractere deve ser uma letra (pode ser maiúscula ou minúscula); Não são permitidos espaços em branco no nome da variável; Números serão permitidos, desde que não apareçam no primeiro caractere; Caracteres especiais não são permitidos (exceto o ); Nomes de tipos de dados como INTEIRO e REAL (e alguns outros que veremos em módulos posteriores) são reservados e não devem ser usados para nomear variáveis. Nomes Válidos Nomes inválidos LADOL 1REGISTRO ALTURA BASE*ALTURA MEDIA GERAL CODIGO | POSTAL Lembre-se: variáveis possuem um tipo. Isto significa que você só poderá guardar valores nestas variáveis que sejam do mesmo tipo (ou compatível) daquela variável. 2.1 Declaração de variáveis Usada para alocar uma ou mais variáveis no programa. Nesta pseudolinguagem, a declaração de variáveis tem a seguinte forma: e Lista de Identificadores (nomes separados por vírgulas) e Insira o sinal de dois pontos “:” e Nome do tipo (inteiro, lógico, real, caractere) ano, j, k : inteiro três variáveis inteiras) ( titulo, genero : caractere (duas variáveis do tipo cadeia de caracteres) preco : real (uma variável do tipo real) disponivel, dvdPossuiExtras : lógico (duas variáveis do tipo lógico) 2.2 Operações efetuadas sobre uma variável: e Lero valor atual da variável. e Guardar (ou gravar) um novo valor na variável (atribuição). o A cada nova atribuição, o valor antigo é perdido. area : real k : inteiro area e 2.5 k <- 27 + area (cuidado com a perda!) area € 1055.67 (adeus, 2.5) errou : logico nome : caractere errou € VERDADEIRO nome €< “Uma variável do tipo cadeia” 5.3 Compatibilidade entre variáveis: e Apenas expressões ou outras variáveis de um tipo T podem ser atribuídas a uma variável do tipo T; e Reais podem ser atribuídos a um inteiro (com perda da parte decimal) e vice-versa (sem perda alguma). var int : inteiro var real : real var int € 27.28 (é guardado 27) var real + 2 (é guardado 2.0) 5.4 Operações Mistas Envolvem tipos distintos de operadores. Prioridade: parênteses e funções embutidas; operadores Aritméticos; operadores Relacionais; operadores Lógicos. Veja a combinação de constantes e/ou variáveis aplicadas a operadores (aritméticos, lógicos, relacionais); Podem ser declaradas sozinhas ou do lado direito da atribuição. Veja exemplos: UM INTEIRO € 1 +42 +53 MEDIA € (10.0 + 8.5 + 8.5)/3 (6 é guardado em UM INTEIRO) (g EH MAIOR € 9 > 10 ( ( ( .0 é guardado em MEDIA) FALSO é guardado em EH MAIOR) 12 é guardado em O DOBRO) 12.0 é guardado em UM REAL) O DOBRO € UM INTEIRO*2 UM REAL €< UM INTEIRO*2.0 Ao contrário das variáveis, expressões não são declaradas, elas simplesmente ocorrem dentro do algoritmo. O tipo da expressão é o tipo do valor RESULTANTE da avaliação da mesma. 445 + 8/2=20+4= 24 (INTEIRO) 2.0*2-3+8 = 4.0 -3+8=1.0+8=09.0 (REAL) 2>3E9>4=FALSOE VERDADEIRO=FALSO (LOGICO) 10 >2E9-4=VES-A4 =õ 9? ERRO!!! TIPOS INCOMPATÍVEIS “ABC ” + “DEF” = “ABC DEF” (CARACTERE) Lembre-se: as variáveis de uma expressão devem possuir um valor no momento da avaliação da expressão. Exemplos: Ae 32.0 Ae 32.0 B+e 8.0 DIVISAO < A/B (Erro! Quem é B?) DIVISAO € A/B 6. COMENTÁRIOS São trechos escritos dentro do programa que não serão tratados pelo computador. São úteis para potencializar a legibilidade e clareza do código. Escreva-os usando os simbolos // Ex: //este é um comentário 7. COMANDOS DE ENTRADA E SAÍDA Comandos de E/S são bastante particulares de uma linguagem para outra. 7.1 Comando de entrada de dados: Em nossa pseudolinguagem, será usada a seguinte sintaxe: Leia (Lista de entrada) Onde lista de entrada = variáveis separadas por vírgulas. Importante: esta operação é destrutiva da mesma forma que a atribuição. Na verdade, é uma atribuição com a diferença de que o valor a ser atribuído a variável será retornado através de um dispositivo de entrada no momento em que o programa for rodado. Exemplo: AB: inteiro Cc: real D: caractere Leia (A,B,C,D) 12 Será atribuído a A (é o mesmo que A < 12) 4 Será atribuído a B (é o mesmo que B <—4) -3.0 Será atribuído a C (é o mesmo que C < -3.0) “César” Será atribuído a D (é o mesmo que D < “César”) 7.2 Comando de saída de dados: Escreva (Lista de saída) Onde: lista de saída = variáveis, expressões ou constantes separadas por vírgulas. E mais genérico que o comando Leia. Veja os exemplos finais para maiores detalhes do uso desta rotina. Questão em sala: Indique qual o conjunto de dados passado através de um dispositivo de entrada é válido para cada um dos comandos “Leia” abaixo. Considere: A e B inteiros; X,Y e Z reais e NOME, SOBRENOME e TIPO cadeias de caracteres. a) “JOrO” 100 10 “SILVA” 90 2.3 10 b) “Jose” 9.5 10 “JORO” 10 “ALUNOS” 5.5 c) “PEDRO” | 10 “JOSE” 9.5 8.5 — “ALUNOS” d) 100 “JOAO” | “SILVA” 10.0 5.5 4 (1) Leia (NOME,A, SOBRENOME, X, Y, TIPO) (2) Leia (NOME, X, Y, SOBRENOME, A, Z, B) (3) Leia (A, NOME, SOBRENOME, X, Y, Z) (4) Leia (NOME, X, A, SOBRENOME, B, TIPO, Y) 8. FORMATO DE UM ALGORITMO Adotar-se-á, para fins de padronização, o seguinte formato para descrever os algoritmos: Algoritmo “<título do algoritmo>” var <declarações de váriáveis> inicio <comandos> fimalgoritmo 9. ALGUNS EXEMPLOS FINAIS a)Algoritmo "Média Escolar" // Este algoritmo obtém alguns dados de um único aluno (nome e suas três notas ) /! como entrada e procura calcular uma média aritmética. var NOTAl, NOTA2, NOTA3, MEDIA : real NOME : caractere início // entrada de dados Leia (NOME, NOTAl, NOTA2, NOTA3) // processamento da media MEDIA <- ((NOTAL+NOTAZ+NOTA3)/3.0) // imprimir os resultados Escreval ("O aluno ”, nome, “ obteve o seguinte desempenho:” ) Escreval("Nota 1 =", NOTAL) Escreval ("Nota 2 =", NOTA2) Escreval("Nota 3 =", NOTA3) Escreval ("Media Final =", MEDIA) fimalgoritmo Obs: existe alguma vantagem se a última instrução fosse escrita como está abaixo? Ou não? Escreva (“Media final= *, (NOTAI+NOTAZ+NOTA3)/3 ) b) Algoritmo "Desconto de uma venda" //! Dados os valores iniciais do produto e um desconto, calcular o desconto final em reais // e o preço final a ser pago pelo consumidor var precoInicial, precoFinal, valorDesconto, descontoCalculado : real início // ler os dados Escreva( "Insira o preco do produto: ") Leia( precoInicial ) Escreva( "Insira o valor do desconto (em %): ") Leia( valorDesconto ) //Calcular o valor do desconto. //Esse passo facilitará o cálculo do preço final descontoCalculado <- precoInicial * (valorDesconto / 100) // Finalmente, pode-se calcular o preço final precoFinal <- precoInicial - descontoCalculado // Exibir os resultados Escreval( === 000... "3 Escreval( "Os valores digitados foram: ") Escreval( "- ) Escreval( "Preço Incial (R$)=", precoInicial ) Escreval( "Desconto (%)=", valorDesconto |) Escreval( "Preço Final (R$)=", precoFinal ) Escreval( "Você economizou (R$)=", descontoCalculado ) Escreval( "- ) fimalgoritmo 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS DA NOTA DE AULA e Foram apresentados diversos conceitos e regras básicas da nossa linguagem algoritmica; e Existem vários tipos de dados na nossa linguagem algorítmica: INTEIRO, REAL, LÓGICO e CARACTERE, e Expressões e variáveis devem pertencer a um dos tipos acima listados;