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Guias e Dicas
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Bernard Tschumi, Notas de estudo de Urbanismo

Bernard Tschumi

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 10/11/2010

abreu-abreu-5
abreu-abreu-5 🇧🇷

4.5

(4)

8 documentos

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Baixe Bernard Tschumi e outras Notas de estudo em PDF para Urbanismo, somente na Docsity! Bernard Tschumi Histórico Bernard Tschumi nasceu em 1944, em Lausanne, Suíça. Hoje, trabalha e vive nos Estados Unidos e na França. Estudou até 1969 na Escola Politécnica de Zurique. Entre 1970 e 1979, foi professor na Associação de Arquitetura de Londres e Diretor da Faculdade de Arquitetura na Universidade de Columbia desde 1988. Bernard Tschumi é conhecido internacionalmente pelo seu projeto para o Parc la Villette, em Paris, que é geralmente referido pelos críticos de arquitetura, como um dos primeiros exemplos da arquitetura Descontrutivista. Bernard Tschumi Em 1985, o arquiteto organizou a exposição "A Space, a Thousand Words", que originou, mais tarde, a produção de "Manhattan Transcripts" - colagens e desenhos sobre os quais o arquiteto publicou seus primeiros ensaios sobre a notação arquitetônica. Construiu diversos módulos experimentais, chamados por ele de "folies" e utilizados no projeto do Parc La Villete. Bernard Tschumi é considerado um dos grandes teóricos da arquitetura contemporânea. Desde os anos 70 vem construindo uma reputação em torno da questão intelectual, sendo considerado um teórico de alto nível e um vanguardista. Para ele “não existe arquitetura sem a cidade, ou a cidade sem arquitetura”. Após ganhar o concurso para a construção do Parque La Villette em Paris em 1982, Bernard Tschumi ganhou lugar de destaque entre os arquitetos contemporâneos e fama internacional. O pensamento de Bernard Tschumi Para Bernard Tschumi a arquitetura não é o conhecimento da forma, mas sim, uma forma de conhecimento. O arquiteto diz não ter interesses nas questões meramente formais da arquitetura, questionando a relação entre a arquitetura e o programa, entre o espaço e seu uso. Para ele, não existe arquitetura sem evento e sem programa. Em sua abordagem teórica, chama de “notação arquitetônica” os interesses pragmáticos e formais do discurso arquitetônico e da sua representação. Para Tschumi, todas as seqüências arquitetônicas (referentes à notação arquitetônica), implicam em, ao menos, três relações: 1. Uma relação interna com o método do trabalho; 2. Uma que trata da justaposição de espaços reais e 3. Uma relação, que é referente ao desenvolvimento do programa. Estas relações dependem da interação entre os três níveis da experiência arquitetônica: o evento, o espaço e o movimento. • O evento é definido por ele, como um incidente, uma ocorrência – o item particular em um programa. Os eventos podem abranger usos particulares, funções singulares ou atividades isoladas. Incluem momentos da paixão, dos atos do amor e do o instante da morte. Dentro deste conceito, o espaço é um estado mental. Talvez a forma pura, ou um produto social: a projeção no âmbito da estrutura sócio política. • O movimento é a ação ou o processo, e ainda o ato ou uma maneira particular de mover-se – que em um poema ou em uma narrativa configura um progresso ou incidente, como o desenvolvimento de um lote. Segundo Tschumi, “o movimento, na arquitetura, é a qualidade de ter a abundância do incidente.” Tschumi defende que os eventos e o movimento são fatores independentes, mas que se relacionam de modo que os componentes arquitetônicos são desconstruídos e reconstruídos, configurando sempre novas relações. • A Notação, segundo Tschumi, é um elemento tríptico, em sua arquitetura (é introduzir a ordem da experiência, a ordem da hora – movimentos, intervalos, seqüências – tudo implica, inevitavelmente, na leitura da cidade). Esta notação é, também, reflexo de uma necessidade em questionar as modalidades da representação usadas geralmente por arquitetos, como plantas e cortes. Na abordagem da notação arquitetônica, de acordo com Tschumi, ocorre uma inevitável disjunção entre o uso, a forma e os valores sociais: a circunstância. Quando esta circunstância se transforma em um confronto arquitetônico, o resultado é uma relação inevitável de prazer e violência – referentes aos eventos. • A Articulação, em sua obra, é uma acumulação aleatória destes eventos. A principal característica da articulação é a seqüência – definida como uma sucessão composta por cenários que confrontam espaços, movimentos, e eventos – cada uma com sua própria estrutura combinante. Os componentes arquitetônicos, porém, nunca tentam, em sua obra, transcender as contradições entre o homem, os eventos e os objetos; mas, buscam trazê-los à uma nova síntese caracterizada por uma relação dinâmica, de reciprocidade ou conflito. Este referencial teórico se reflete em sua obra, da seguinte maneira: segundo o arquiteto, o prazer da arquitetura é concedido quando esta arquitetura cumpre suas expectativas espaciais, sendo capaz de incorporar idéias e conceitos, com inteligência e invenção. O prazer é, então, resultante dos conflitos. Parc La Villette, Paris, França. Bernard Tschumi.
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