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Guias e Dicas
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apostila de histologia, Notas de estudo de Odontologia

histologia

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 25/02/2011

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marina-carvalho-victor-3 🇧🇷

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Baixe apostila de histologia e outras Notas de estudo em PDF para Odontologia, somente na Docsity! Prof. Cíntia Schneider 1 ESCOLA DE MASSOTERAPIA 51-30668930 www.sogab.com.br APOSTILA DE HISTOLOGIA HUMANA  As células: São unidades biológicas que agrupadas com forma e função semelhantes compõe os diferentes tecidos. Podem ser classificadas como: *Células lábeis: pouco diferenciadas, de curta duração e que não se reproduzem. Após cumprirem suas funções, morrem e são substituídas. Ex: as hemácias, que tem um tempo de vida de 120 dias. *Células estáveis: constituem a grande maioria dentre as numerosas variedades celulares do nosso organismo. São células que se diferenciam durante o desenvolvimento embrionário e depois mantêm um ritmo constante de multiplicação. Podem durar meses ou anos. Ex: as fibras musculares lisas e os diversos tipos de células epiteliais e conjuntivas. *Células permanentes: Duram toda a vida. Atingem alto grau de especialização e por isso, depois de concluída a formação, perdem a capacidade de reprodução. É o que se verifica com as fibras musculares estriadas e com os neurônios. Não há renovação dessas células nos organismo depois do nascimento. Ex: células musculares estriadas esqueléticas, cardíacas e células nervosas.  Histologia é a ciência que estuda os tecidos do corpo humano, sua anatomia microscópica e sua função tecidual.. Este é formado por quatro tipos básicos de tecidos:  1 - Tecido epitelial, Cuja função principal é o revestimento da superfície externa de órgãos como a pele, ou revestimento interno de vísceras ou cavidades do corpo, além de secreção glandular; Chamamos de endotélio, os tecidos que revestem os órgãos internamente, como no útero, o endométrio, e assim sucessivamente em outros órgãos.  2 - Tecido conjuntivo Trata-se de um tecido especializado em preenchimento, apoio, sustentação, reserva energética e proteção; (faz parte deste grupo o tecido adiposo, o tecido ósseo e o tecido cartilaginoso).  3 - Tecido muscular, através de contrações realiza todos os movimentos do corpo, como o peristaltismo intestinal que mobiliza o bolo fecal, quanto os movimentos das pernas quando caminhamos;  4 - Tecido nervoso, que realiza a transmissão de impulsos nervosos, comunicando o meio interno com o ambiente externo.  Estes tecidos existem no nosso organismo associados uns aos outros, formando diferentes órgãos e tecidos.  Os nossos órgãos são formados por dois componentes: Parênquima: que são as células responsáveis pela função típica do órgão, tecido especifico funcional de uma glândula ou órgão. Estroma: Tecido de sustentação. Com exceção do cérebro e da medula espinhal, o estroma é constituído por tecido conjuntivo. Em geral contém a vascularização e a inervação do órgão. TECIDO EPITELIAL Características: O Tecido Epitelial (TE) possui algumas características essenciais que permitem a sua diferenciação de outros tecidos do corpo. Ocorre uma justaposição das suas células poliédricas. Esta forma pode ser justificada pela pressão exercida por outras células e a ação modeladora do citoesqueleto; a justaposição das células pede ser explicada pela pequena quantidade ou mesmo ausência de matriz extracelular. A grande capacidade de coesão entre as células é outra característica e ocorre devido a especializações de membrana e ao glicocálix. O TE é avascularizado, fazendo da presença de lâmina basal indispensável à sua nutrição. Origem: Pode originar-se dos 3 folhetos embrionários. • Ectoderme: epitélios de revestimento externos (epiderme, boca, fossas nasais, ânus). • Endoderme: epitélio de revestimento do tubo digestivo, da árvore respiratória, do fígado e do pâncreas. • Mesoderme: endotélio (vasos sangüíneos e linfáticos) e mesotélio (revestimento de serosas). Funções A função de revestimento envolve a de proteção - como a epiderme que protege os órgãos internos de agentes externos - e a de absorção - como é o caso das mucosas. Exerce uma importante função secretora, uma vez que as glândulas são originárias do TE, e são por isto classificadas como Tecido Epitelial Glandular. Além disso, o TE exerce uma função sensorial com os neuroepitélios (ex. retina). Tecido epitelial de revestimento Forma uma barreira que cobre as superfícies do corpo e o revestimento dos tubos e ductos que se comunicam com a superfície. Também reveste as cavidades corporais, isto é, as cavidades pleural, pericárdica e peritoneal, formando ainda o revestimento do coração, vasos sangüíneos e linfáticos, trato digestivo e geniturinário. Apresenta diversas funções, dependendo do local em que ocorrem. A epiderme tem como principais funções a proteção contra choques mecânicos e agentes patogênicos e contra a perda excessiva de água. O epitélio que reveste o tubo digestório tem importante função na absorção de alimento e reabsorção de água. No sistema Prof. Cíntia Schneider 2 ESCOLA DE MASSOTERAPIA 51-30668930 www.sogab.com.br respiratório, ao nível dos alvéolos pulmonares, o epitélio encarrega-se das trocas gasosas. - Pele - É constituída por tecido epitelial (epiderme) e por tecido conjuntivo (derme) que reveste o corpo externamente. - Mucosa - É constituída por tecido epitelial e tecido conjuntivo que reveste internamente cavidades como nariz, boca, estômago etc. O papel da mucosa é dar proteção. - Serosa - É constituída por tecido epitelial e tecido conjuntivo que reveste externamente o coração (pericárdio), os pulmões (pleura) e o intestino (peritônio) Classificação A classificação dos diferentes tipos de epitélio baseia-se em diversos parâmetros, como a forma da célula e o número de camadas. Há três tipos básicos de células, cuja nomenclatura se relaciona com a forma celular: células pavimentosas, cúbicas e cilíndricas. Há autores que se referem às células transicionais. O epitélio de transição é um tipo especial de epitélio restrito ao revestimento das vias urinárias, e suas células variam sua morfologia dependendo do grau de estiramento. Há autores consideram este tipo de epitélio como uma variedade do epitélio pseudoestratificado, onde as células são do tipo transicional. As células epiteliais podem se dispor em uma única camada (epitélio simples), ou organizar-se em várias camadas, onde a camada mais inferior entra em contato com a membrana basal (epitélio estratificado). No epitélio pseudoestratificado as células epiteliais parecem dispor-se em camadas, mas todas estão em contato com a membrana basal, porém nem todas alcançam a superfície livre. Além da análise que leva em consideração o número de camadas e o formato celular, os epitélios ainda podem ser classificados observando-se a presença de especializações de superfície livre, como microvilosidades, cílios, estereocílios. Epitélio estratificado pavimentoso - a epiderme Nossa pele é dividida em três camadas: epiderme, derme e hipoderme. A epiderme é formada por tecido epitelial estratificado pavimentoso. Sua origem embriológica encontra-se na ectoderme, mais precisamente no epiblasto. É a nossa primeira barreira protetora. As camadas mais externas são mortas, pelo acúmulo de queratina - uma proteína impermeável. A camada germinativa, localizada na base da epiderme, promove a reposição contínua dessas células que morrem e destacam-se. Na epiderme encontram-se terminações nervosas. Logo, ela também tem a função de receber estímulos do ambiente. Outras estruturas, apesar de terem origem dérmica, ganham o exterior do corpo atravessando a epiderme, como os pêlos, as glândulas sebáceas e as sudoríparas. No tecido epidérmico encontramos também os melanócitos, células que produzem melanina, pigmento que dá a cor à pele, aos pêlos e cabelos, além de filtrar os raios UV. Epitélio simples pavimentoso - endotélio O endotélio reveste os capilares, constituindo-se de uma delgada camada celular. Sendo muito fino, sua resistência é pequena. Contudo, a capacidade de difusão de gases e outras substâncias através do endotélio é muito grande. Epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ou prismático - traquéia Na verdade, o tecido que reveste a traquéia tem apenas uma camada celular. Porém, os núcleos de suas células encontram-se em alturas diferentes, dando a impressão de estratificação (pseudo- estratificado). Existem células secretoras de muco espalhadas por este epitélio. Tais células têm forma de cálice, por isso denominadas caliciformes. O muco tem função de proteção - as impurezas aderem-se a ele. O epitélio que reveste a traquéia é ciliado: os cílios têm a função de 'varrer' o muco produzido pelas células caliciformes. Esse conjunto de cílios e muco, além da própria barreira física do epitélio, tem a função de proteger as vias respiratórias. Epitélio simples cilíndrico ou prismático - intestino Como nos demais casos, este epitélio mostra uma estreita adaptação entre a forma e a função: é simples, facilitando a difusão de substâncias (absorção de alimento). As membranas plasmáticas das células deste tecido apresentam microvilosidades - especializações que aumentam a superfície de contato entre a célula e o meio externo, aumentando assim, a capacidade de absorção de nutrientes. Epitélio de transição - bexiga urinária Na bexiga urinária está presente um epitélio que muda de forma conforme o grau de distensão do órgão, por isso denominado epitélio de transição. Prof. Cíntia Schneider 5 ESCOLA DE MASSOTERAPIA 51-30668930 www.sogab.com.br Ao contrário dos epitélios, os tecidos conjuntivos apresentam elevada quantidade de substância intercelular. As células que constituem esse tecido possuem formas e funções bastante variadas. Trata-se, portanto, de um tecido com diversas especializações. Também chamada de matriz, a substância intercelular ou intersticial dos tecidos conjuntivos preenche os espaços entre as células e apresenta-se constituída de duas porções: a substância amorfa e as fibras. Substância intercelular amorfa: É constituída principalmente por água, polissacarídeos e proteínas. Às vezes, como acontece no tecido ósseo, a substância intercelular é sólida, com uma rigidez considerável; outras vezes, como o plasma sanguíneo, apresenta-se líquida. Fibras: São de natureza protéica e se distribuem conforme o tipo de tecido. Na substância intercelular destacam-se os seguintes tipos de fibras:  Colágenas -- as fibras mais freqüentes do tecido conjuntivo; formadas pelas proteínas colágeno -- de alta resistência à tração - têm coloração esbranquiçada;  Elásticas -- fibras formadas pela proteína elastina; dotadas de elasticidade, têm coloração amarelada;  Reticulares -- as fibras mais finas do tecido conjuntivo; são constituídas por uma proteína chamada reticulina, muito semelhante ao colágeno. O conjuntivo possui células próprias e células vindas do sangue. Cada uma com características próprias. São elas: FIBROBLASTO: É a célula mais comum do tecido conjuntivo, é a principal responsável pela formação de fibras e do material intercelular amorfo têm, portanto, grande importância nos processos de cicatrização. MACRÓFAGO: Tem grande capacidade de fagocitose, atuando como elemento de defesa. MASTÓCITO: Célula própria do tecido conjuntivo, cuja principal função é produzir e armazenar mediadores químicos no processo inflamatório. A liberação dos mediadores químicos promove as reações alérgicas. PLASMÓCITO: São pouco numerosos no tecido conjuntivo normal; aparecem em grande número onde temos inflamação crônica e em locais onde possam penetrar bactérias, como na mucosa intestinal. O plasmócito se origina do linfócito B ativado e produz o anticorpo necessário para a resposta do organismo frente à penetração de moléculas estranhas. CÉLULAS ADIPOSAS: É o maior depósito de energia (triglicerideos) do corpo. LEUCÓCITOS: Ou glóbulos brancos têm a função de defesa contra microrganismos agressores. Os leucócitos mais freqüentes são: Neutrófilos São os mais numerosos no sangue e são atraídos por substâncias químicas das células de locais invadidos por bactérias. Participam da primeira linha de defesa. Eosinófilos Participam da defesa de doenças parasitárias e alérgicas, atacando e destruindo os parasitas. Linfócitos Se dividem em linfócitos B e T, os linfócitos B formam os plasmócitos que produzem anticorpos para combater antígenos. Os linfócitos T reconhecem e atacam os antígenos na superfície celular. (casos de enxerto e transplantes). Algumas destas células estão constantemente presentes em número e padrão relativamente fixos em certos tipos de tecido conjuntivo, sendo denominadas como células residentes:  Fibroblasto  Macrófago  Mastócito  Plasmócito  Célula adiposa Em contraste com as células residentes, há as células migratórias que, em geral, aparecem transitoriamente nos tecidas conjuntivos como parte da reação inflamatória à lesão celular.  Neutrófilos  Eosinófilos  Basófilos  Células da linhagem linfocitária  Monócitos (macrófagos imaturos) Os elementos que constituem os tecidos conjuntivos -- células e substâncias intercelulares -- variam de acordo com as diversas modalidades desses tecidos. Considerando essa variação e, ainda, a função do tecido, pode-se classificar os tecidos conjuntivos da seguinte maneira: Prof. Cíntia Schneider 6 ESCOLA DE MASSOTERAPIA 51-30668930 www.sogab.com.br Tecido conjuntivo propriamente dito (TCPD) – São tecidos que apresentam propriedades gerais: o tecido conjuntivo frouxo e o tecido conjuntivo denso. Tecido conjuntivo frouxo -- Caracteriza-se pela presença abundante de substância intercelular e amorfa, porém é relativamente pobre em fibras, que se encontram frouxamente distribuídas. Nesse tecido estão presentes todas as células típicas do tecido conjuntivo: os fibroblastos, muito ativos na síntese protéica, os macrófagos, células com grande atividade fagocitária, os plasmócitos, que produzem anticorpos e as células adiposas, que armazenam lipídeos. Funções básicas do tecido conjuntivo frouxo:  Preenchimento de espaços entre os órgãos viscerais;  Suporte e nutrição dos epitélios;  Envolvimento de nervos e vasos sanguíneos e linfáticos;  Cicatrização de tecidos lesados. Tecido conjuntivo denso -- É pobre em substância intercelular e amorfa, porém relativamente rico em fibras, principalmente colágenas. A célula mais freqüente nesse tecido é o fibroblasto. Quando as fibras colágenas se distribuem de maneira difusa, não-ordenada, o tecido conjuntivo denso é chamado de não-modelado. É o que ocorre, por exemplo, na derme da pele. Quando as fibras colágenas se acham dispostas de forma ordenada, formando feixes compactos e paralelos, o tecido conjuntivo denso é chamado de modelado. Como exemplo, temos os tendões, estruturas dotadas de alta resistência à tração, que promovem a ligação entre os músculos esqueléticos e os ossos nos quais se inserem. Tecido conjuntivo hematopoiético -- Esse tecido tem a função de produzir as células típicas do sangue e da linfa. Existem duas variações: tecido hematopoiético mielóide e tecido hematopoiético linfóide. Mielóide. Encontra-se na medula óssea, presente no interior do canal medular dos ossos esponjosos. Produz glóbulos vermelhos, certos tipos de glóbulos brancos e plaquetas. Linfóide. Encontra-se de forma isolada em estruturas como os linfonodos, o baço, o timo e as amígdalas; tem o papel de produzir certos tipos de glóbulos brancos (monócitos e linfócitos) Tecido conjuntivo adiposo -- O tecido conjuntivo adiposo é rico em células que armazenam lipídios. Em aves e mamíferos, tem ampla distribuição sob a pele (onde constitui a hipoderme). Sua função é, sobretudo, a de reservatório energético; as gorduras armazenadas podem ser facilmente utilizadas pelo organismo. Esse tecido, porém, pode exercer outras funções, como, por exemplo, a de isolante térmico, promovendo a defesa do organismo contra perdas excessivas de calor. Assim, compreende-se por que, de maneira geral, aves e mamíferos de clima frio possuem uma rica camada gordurosa sob a pele, o que contribui para a sua adaptação ao frio intenso. O depósito Prof. Cíntia Schneider 7 ESCOLA DE MASSOTERAPIA 51-30668930 www.sogab.com.br lipídico também pode servir para proteger contra choques mecânicos, como por exemplo, a palma das mãos e a planta dos pés. Tecidos conjuntivos de transporte -- Existem duas variedades de tecidos conjuntivos de transporte: o sanguíneo e o linfático. Esses tecidos promovem o transporte e a distribuição de substâncias diversas dentro do organismo, além de participar do mecanismo de defesa do corpo.  Tecido conjuntivo sanguíneo -- O tecido sanguíneo (ou simplesmente sangue) é constituído por uma parte líquida denominada plasma e pelos elementos figurados. O plasma é uma solução aquosa clara, constituída de água (mais de 90%), sais, aminoácidos, glicoses, vitaminas, hormônios, uréia, etc. Os elementos figurados do sangue compreendem os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas.  Tecido conjuntivo linfático -- É formado a partir da filtração de excessos de líquido intercelular extravasado dos capilares sanguíneos. As células mais abundantes do tecido linfático são os linfócitos. Esse tecido, no entanto, é desprovido de hemácias e de plaquetas. O sistema linfático é formado pela linfa, por um conjunto de vasos linfáticos e pelos órgãos linfóides, tais como o baço, o timo e os linfonodos. Este sistema tem, fundamentalmente, o papel de auxiliar o sistema sanguíneo na remoção de impurezas, e contribuir para a defesa do organismo, através da produção de anticorpos e linfócitos. Nos linfonodos, a linfa é filtrada através da ação de células que fagocitam corpos estranhos ao organismo, como bactérias. Caso os microrganismos sejam patogênicos, podem produzir manifestações inflamatórias nos linfonodos, denominadas ínguas. Tecido conjuntivo cartilaginoso -- O tecido cartilaginoso é formado por células denominadas condroblastos e condrócitos. Os condroblastos produzem grande quantidade de fibras protéicas; quando sua atividade metabólica diminui, passam a ser denominados condrócitos. O tecido cartilaginoso é desprovido de vasos sanguíneos e de nervos; é nutrido pelo tecido conjuntivo denso que o envolve. Essa bainha de tecido conjuntiva é denominada pericôndrio (do grego peri = em torno). Tecido conjuntivo ósseo -- O tecido ósseo é o principal componente dos ossos. É bem mais resistente que o cartilaginoso, pois é constituído de uma matriz rígida (formada basicamente por fibras colágenas e sais de cálcio), e composto por vários tipos de células; osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. Os osteoblastos são células ósseas jovens, existentes em regiões onde o tecido ósseo encontra-se em processo de formação; apresentam grande atividade na produção de proteínas, principalmente o colágeno. Os osteoblastos originam os osteócitos, células ósseas que armazenam cálcio. Os osteoclastos, por sua vez, são células gigantes que promovem a destruição da matriz óssea através da ação de enzimas e posteriormente reabsorvem a matriz digerida. Dessa maneira, agem "modelando" a peça óssea. FUNÇÕES DO TECIDO CONJUNTIVO: RESERVAS DE NUTRIENTES: O tecido conjuntivo propriamente dito e principalmente o adiposo armazenam lipídios, além disso o conjuntivo frouxo armazena água e sódio. SISTEMA DE DEFESA: O tecido conjuntivo contém células fagocitárias (macrófagos) e células que produzem anticorpos (plasmócitos), além da substância fundamental amorfa que por ser viscosa representa uma proteção à penetração de bactérias e partículas estranhas. O tecido conjuntivo participa da inflamação, que é uma resposta do organismo a penetração de bactérias ou substâncias químicas irritantes e quando não consegue destruir estas bactérias, o tecido forma uma barreira fibrosa para conter a inflamação. REGENERAÇÃO: As células do conjuntivo têm capacidade de se multiplicarem (cicatrização). TRANSPORTES DE NUTRIENTES: Por estar associado aos vasos sangüíneos e linfáticos até os ramos mais finos, o tecido conjuntivo tem a capacidade de transportar nutrientes para as células de outros tecidos, como também eliminar o refugo do metabolismo, pelo caminho inverso. TECIDO ADIPOSO O tecido adiposo é um tipo especial de tecido conjuntivo que se caracteriza pela presença de células especializadas em armazenar lipídios, conhecidas como adipócitos. Os lipídios funcionam como reservas energéticas e calóricas, sendo utilizadas entre as refeições. Além desta importante função, os adipócitos auxiliam na manutenção da temperatura corpórea e na formação dos coxins adiposos. Existem 2 variedades de tecidos adiposos: o tecido adiposo unilocular e o multilocular. No tecido adiposo unilocular, os adipócitos armazenam o lipídio em uma gotícula única. Os adipócitos são Prof. Cíntia Schneider 10 ESCOLA DE MASSOTERAPIA 51-30668930 www.sogab.com.br Os filamentos espessos contêm miosina. A molécula de miosina é formada por uma longa cadeia polipeptídica com a forma de um taco de golfe. A porção da cabeça da miosina possui um sítio de ligação ao ATP e um sítio de ligação à actina, ambos necessários para o processo de contração. MÚSCULO LISO ou involuntário O músculo liso é também conhecido como músculo involuntário. É encontrado nas paredes de vísceras ocas, paredes dos vasos sanguíneos, grandes ductos de glândulas salivares compostas, vias aéreas e em pequenos feixes na derme. São responsáveis, por exemplo, pelas contrações que empurram os alimentos através do tubo digestivo (peristaltismo), que diminuem o calibre das artérias, que determinam os movimentos do útero durante o parto e que alteram o diâmetro dos bronquíolos. As células musculares lisas são uninucleadas (um só núcleo) e os filamentos de actina e miosina se dispõem em hélice em seu interior, sem formar padrão estriado como o tecido muscular esquelético. A contração dos músculos lisos é geralmente involuntária, ao contrário da contração dos músculos esqueléticos. As fibras musculares lisas são capazes de contração espontânea que pode ser modulada pela inervação autônoma (não temos controle ou consciência sobre esta inervação). Ambas as terminações nervosas, simpáticas e parassimpáticas, estão presentes neste tipo de contração e exercem efeitos antagônicos, contribuindo para o equilíbrio orgânico. Prof. Cíntia Schneider 11 ESCOLA DE MASSOTERAPIA 51-30668930 www.sogab.com.br MÚSCULO CARDÍACO O tecido muscular cardíaco forma o músculo do coração (miocárdio). Apesar de apresentar estrias transversais, suas fibras contraem-se independentemente da nossa vontade, de forma rápida e rítmica, características estas, intermediárias entre os dois outros tipos de tecido muscular. As fibras são longas, ramificadas e apresentam um ou dois núcleos localizados centralmente na célula. O sarcoplasma contém muitas mitocôndrias que se localizam em cadeias entre os miofilamentos e os grânulos de glicogênio. A disposição dos miofilamentos forma estriações semelhantes às do músculo esquelético. O retículo sarcoplasmático no músculo cardíaco é menos organizado que o do músculo esquelético. Os túbulos T cardíacos ocorrem ao nível da linha Z, e na maioria das células, se associam com uma cisterna única e expandida do retículo sarcoplasmático, formando díades ao invés de tríades. Uma característica exclusiva do músculo cardíaco é a presença de discos intercalares, linhas transversais escuras que unem as células musculares umas as outras, impedindo que elas se separem durante a contração. Outra função dos discos intercalares é possibilidade de continuidade iônica entres as células musculares, permitindo assim, que as células musculares se comportem, como se fosse um sincício (uma massa celular única, sem divisões), pois o sinal para a contração passa de uma célula à outra. Há dois tipos de fibras musculares cardíacas, as atriais e as ventriculares. As fibras musculares cardíacas atriais são pequenas e possuem menos túbulos T que as fibras ventriculares. As fibras musculares cardíacas ventriculares são maiores, contém mais túbulos T e não apresentam grânulos. As fibras musculares cardíacas recebem inervação autônoma, e se contraem espontaneamente com um ritmo intrínseco. Os estímulos autônomos (extrínsecos) não podem iniciar a contração, mas podem acelerar ou retardar os batimentos intrínsecos. O estímulo que inicia a contração é gerado por um conjunto de células musculares cardíacas especializadas localizadas no nódulo sinoatrial (região próxima à entrada da veia cava superior) e é conduzido por outras células especializadas denominadas células de Purkinje para outras células musculares cardíacas (estímulo intrínseco). O estímulo é passado entre células adjacentes através dos discos intercalares que estabelecem uma continuidade iônica entre fibras musculares cardíacas e que permite que elas trabalhem juntas como se fossem um sincício funcional. Prof. Cíntia Schneider 12 ESCOLA DE MASSOTERAPIA 51-30668930 www.sogab.com.br TECIDO CARTILAGINOSO O tecido cartilaginoso é uma forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida. Desempenha a função de suporte de tecidos moles, reveste superfícies articulares onde absorve choques, facilita os deslizamentos e é essencial para a formação e crescimento dos ossos longos. A cartilagem é um tipo de tecido conjuntivo composto exclusivamente de células chamadas condrócitos e de uma matriz extracelular altamente especializada. É um tecido avascular, não possui vasos sanguíneos, sendo nutrido pelos capilares do conjuntivo envolvente (pericôndrio) ou através do líquido sinovial das cavidades articulares. Em alguns casos, vasos sanguíneos atravessam as cartilagens, indo nutrir outros tecidos. O tecido cartilaginoso também é desprovido de vasos linfáticos e de nervos. Dessa forma, a matriz extracelular serve de trajeto para a difusão de substâncias entre os vasos sangüíneos do tecido conjuntivo circundante e os condrócitos. As cavidades da matriz, ocupadas pelos condrócitos, são chamadas lacunas; uma lacuna pode conter um ou mais condrócitos. A matriz extracelular da cartilagem é sólida e firme, embora com alguma flexibilidade, sendo responsável pelas suas propriedades elásticas. As cartilagens (exceto as articulares e as peças de cartilagem fibrosa) são envolvidas por uma bainha conjuntiva que recebe o nome de pericôndrio. As cartilagens basicamente se dividem em três tipos distintos: 1) cartilagem hialina; 2) fibrocartilagem ou cartilagem fibrosa; 3) cartilagem elástica. Cartilagem Hialina Por toda cartilagem há espaços, chamados lacunas, no interior das lacunas encontram-se condrócitos. Essas lacunas são circundadas pela matriz, a qual tem dois componentes: fibrilas de colágeno e matriz fundamental. Essa cartilagem forma o esqueleto inicial do feto; é a precursora dos ossos que se desenvolverão a partir do processo de ossificação endocondral. Durante o desenvolvimento ósseo endocondral, a cartilagem hialina funciona como placa de crescimento epifisário e essa placa continua funcional enquanto o osso estiver crescendo em comprimento. No osso longo do adulto, a cartilagem hialina está presente somente na superfície articular. No adulto, também está presente como unidade esquelética na traquéia, nos brônquios, na laringe, no nariz e nas extremidades das costelas (cartilagens costais). Prof. Cíntia Schneider 15 ESCOLA DE MASSOTERAPIA 51-30668930 www.sogab.com.br A classificação macroscópica admite apenas duas variantes de tecido ósseo: o tecido ósseo compacto ou denso e o tecido ósseo esponjoso ou lacunar ou reticulado. Essas variedades apresentam o mesmo tipo de célula e de substância intercelular, diferindo entre si apenas na disposição de seus elementos e na quantidade de espaços medulares. O tecido ósseo esponjoso apresenta espaços medulares mais amplos, sendo formado por várias trabéculas, que dão aspecto poroso ao tecido. O tecido ósseo compacto praticamente não apresenta espaços medulares, existindo, no entanto, um conjunto de canais que são percorridos por nervos e vasos sangüíneos: canais de Volkmann e canais de Havers. As superfícies internas e externas dos ossos são recobertas por camadas de tecidos conjuntivos denominadas respectivamente, endósteo e periósteo. Na porção mais profunda do periósteo encontram-se células denominadas osteoprogenitoras, com capacidade de se diferenciar em osteoblastos. A principal função destas camadas é a nutrição do tecido ósseo. Prof. Cíntia Schneider 16 ESCOLA DE MASSOTERAPIA 51-30668930 www.sogab.com.br Os canais de Volkmann e os canais de Havers são estruturas cilíndricas que possuem em seu interior vasos e nervos. Estes se comunicam entre si, e com a superfície externa e com a superfície interna dos ossos, nutrindo-os. Por ser uma estrutura inervada e irrigada, os ossos apresentam grande sensibilidade e capacidade de regeneração. Os ossos possuem uma importante função, denominada de hematopoiética. As cavidades dos ossos esponjosos e o canal medular presente nos ossos longos são ocupados pela medula óssea. A medula óssea (também chamada de hematógena) é responsável pela formação das células sanguíneas, e por conter grande quantidade de hemáceas, apresenta coloração avermelhada. Esta, com o tempo, vai sendo infiltrada por tecido adiposo, formando também, a medula óssea amarela. -Funções - Sustentação. - Proteção. - Armazenamento de sais de cálcio (ex.: fosfato de cálcio). - Função hematopoiética: produção de células sangüíneas na medula óssea vermelha. - Armazenamento de lipídio (gordura) na medula óssea amarela. O TECIDO SANGÜÍNEO O sangue é formado por uma parte líquida, o plasma, onde se acham mergulhados células e pedaços de células, que são os elementos figurados (hemácias (a), leucócitos (b) e plaquetas). O plasma é a parte intersticial do sangue, rico em fibrinogênio, que pode passar a fibrina e provocar a coagulação sangüínea. O plasma sem fibrinogênio denomina-se soro. Entre os elementos figurados, o que existe em maior quantidade são os glóbulos vermelhos, hemácias ou eritrócitos. O sangue do homem contém de 5 a 5,5 milhões de hemácias por mm3, e o da mulher de 4,5 a 5 milhões, em média. Em cada 100 ml de sangue há, em média, 14 a 17 mg de hemoglobina no homem e 12 a 16 mg na mulher. A hemácia tem a forma de um disco circular e bicôncavo, achatado no centro. Esta forma aumenta a superfície de contato da hemácia com os gases a serem transportados, tornando mais rápida sua absorção e eliminação (a hemácia dos mamíferos não possui núcleo, seu citoplasma está totalmente ocupado pela hemoglobina). Elas são formadas na medula óssea, duram cerca de 120 dias e são destruídas no fígado e no baço. Os glóbulos brancos ou leucócitos defendem o organismo contra microorganismos causadores de doenças e contra qualquer partícula estranha que penetre em nosso organismo. Essa defesa é feita de várias maneiras. Os leucócitos podem ingerir o organismo estranho, destruindo-o através de enzimas digestivas (fagocitose). Podem também produzir proteínas especiais (anticorpos) que se combinam com as proteínas invasoras (antígenos), neutralizando seus efeitos. Podem produzir células especiais que se ligam às células invasoras e as destroem. A fim de realizar a defesa do organismo, os leucócitos podem sair dos vasos capilares (diapedese), chegando ao local da infecção. O pus que se forma em ferimentos é um aglomerado de leucócitos, micróbios e células mortas. Nosso sangue possui de 5 a 10 mil leucócitos por mm3 de sangue, podendo aumentar durante uma infecção ou alergia (leucocitose). Quando esse número diminui denomina-se leucopenia. São vários os tipos de leucócitos presentes no sangue:  Neutrófilos: encontrados em maior proporção, são os mais ativos na fagocitose, apresentando muitas enzimas digestivas;  Acidófilos ou eosinófilos: responsáveis pela fagocitose do conjunto formado pela união do anticorpo com o antígeno. Seu número aumenta durante as alergias e verminoses intestinais;  Basófilos: encontrados com menor freqüência, exercem a fagocitose, produzem heparina (anticoagulante) e histamina (vasodilatador);  Linfócitos: são os menores leucócitos, produzem anticorpos, surgem inicialmente na medula e depois de lançados no sangue podem seguir dois caminhos: alguns migram para o timo e daí dirigem-se para os demais órgãos linfáticos; outro grupo migra para os tecidos linfáticos situados no intestino e daí seguem para os órgãos linfáticos.  Monócitos: podem sair dos capilares e penetrar no tecido conjuntivo, nos órgãos linfáticos, no fígado ou outra parte do corpo, onde se transformam em macrófagos. Os macrófagos são maiores que os Prof. Cíntia Schneider 17 ESCOLA DE MASSOTERAPIA 51-30668930 www.sogab.com.br neutrófilos, podendo fagocitar células ou organismos maiores do que as bactérias, removendo células lesadas ou mortas e materiais estranhos. Cada ser vivo possui um grupo de proteínas diferente do de qualquer outro ser vivo. Quando uma bactéria ou um organismo estranho penetra em nosso corpo, suas proteínas são reconhecidas como proteínas estranhas ou antígenos, sendo então neutralizadas pelos anticorpos. Os anticorpos são moléculas específicas, isto é, para cada tipo de antígeno será formado um anticorpo específico. Plaquetas ou trombócitos são fragmentos de citoplasma, desprovidos de núcleo e em forma de disco, presentes em nosso sangue. São formadas na medula óssea, têm a função de interromper ou prevenir hemorragias. Cada mm3 de sangue apresenta cerca de 200 a 400 mil plaquetas. Diversos mecanismos trabalham em conjunto para impedir uma perda excessiva de sangue. Assim que um vaso sangüíneo se rompe, ele se contrai, diminuindo o fluxo de sangue no local da ferida. Quando as plaquetas entram em contato com a superfície lesada do vaso, elas se tornam ‘pegajosas’ e aderem ao local da lesão, formando um tampão ou trombo. Pouco depois esse tampão é reforçado por uma rede de proteínas que retém os glóbulos do sangue, formando um coágulo. Esse, por sua vez, termina por bloquear o vaso sangüíneo, interrompendo a hemorragia. Alguns minutos depois de formado, o coágulo se contrai, expelindo um líquido claro, chamado soro (plasma). A formação do coágulo envolve muitas substâncias ou fatores. A protrombina e o fibrinogênio têm de ser constantemente produzidos pelo fígado, para esta produção é necessária a vitamina K ou anti-hemorrágica. É necessária também uma concentração mínima de íons-cálcio. A linfa é o líquido circulante do sistema linfático. É constituída de plasma e linfócitos. Não contém hemácias nem plaquetas, por isso não coagula. O papel da linfa é a remoção das impurezas, a defesa do organismo, bem como o transporte de ácidos graxos e glicerol absorvidos no intestino. TECIDO NERVOSO O tecido nervoso é formado por neurônios e células de sustentação, conhecidas como neuroglia. A célula ou unidade estrutural e funcional do tecido nervoso é o neurônio. É uma célula muito especializada cujas propriedades de excitabilidade e condução são as bases das funções do sistema nervoso. Os neurônios são formados por corpo celular, conhecido
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