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Guias e Dicas
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NETO, José Sanches Vallejo - Geografia e Arqueologia Bíblica, Notas de estudo de Geografia

geografia bíblica

Tipologia: Notas de estudo

2011
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Compartilhado em 25/02/2011

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Baixe NETO, José Sanches Vallejo - Geografia e Arqueologia Bíblica e outras Notas de estudo em PDF para Geografia, somente na Docsity! SETEBRAE SEMINÁRIO TEOLÓGICO DO BETEL-BRASILEIRO E AÇÃO EVANGÉLICA GEOGRAFIA E ARQUEOLOGIA BÍBLICA Prof. José Sanches Vallejo Neto 2007.1 2 SETEBRAE Seminário Teológico do Betel Brasileiro e Ação Evangélica DISCIPLINA: Geografia e Arqueologia Bíblica PERÍODO: 2007.1 PROFESSOR: José Sanches Vallejo Neto CARGA HORÁRIA: 30ha PLANO DE CURSO 1. OBJETIVOS: Informar o aluno da realidade do ambiente bíblico, e do contexto cultural, como também levá- lo a compreender os momentos históricos narrados na Bíblia e os locais e povos envolvidos. 2. METODOLOGIA: Aulas expositivas, dinâmicas em grupo e leituras paralelas 3. AVALIAÇÕES: Avaloação escrita, participação do aluno nas aulas e produção de um texto temático e elaboração de mapas da geografia bíblica. 4. CONTEÚDO e CALENDÁRIO DE AULAS MÊS DIA AULAS CONTEÚDO DA AULA Fevereiro 22 1-2 Introdução – Pg. 3 Março 01 5-6 A Natureza e o Propósito da Arqueologia Bíblica - Pg. 3 08 A Arqueologia e o Texto da Bíblia – Pg. 4 15 7-8 A arqueologia moderna e Arqueologia do Oriente Próximo - Pg. 4 22 9-10 Idades Arqueológicas, o Surgimento do Universo e carbono 14 – Pg. 6 29 11-12 Evolução e Criacionismo – Pg. 8 Abril 05 13-14 Civilizações Antigas – Mesopotâmia e Jardim do Eden – Pg. 12 12 15-16 Civilizações Antigas – Sumérios e Caldeus – Pg. 13 19 17-18 Descobertas arqueológicas relacionadas com a Bíblia – Pg. 14 26 19-20 Civilizações Antigas – Egito – Pg. 15 Maio 03 21-22 Civilizações Antigas – Palestina – Pg. 16 10 23-24 Civilizações Antigas – Jericó – Pg. 17 17 25-26 Civilizações Antigas – Fenicios e Persas – Pg. 21 24 27-28 A importância da arqueologia no estudo do Novo Testamento – Pg. 22 31 29-30 Descobertas relacionadas a Jesus – Pg. 23 Junho 14 31-32 Confirmação de eventos bíblicos – Pg. 24 21 33-34 Avaliação 28 35-36 PROVA FINAL 5. Referências bibliográficas:  Bíblia Sagrada  Aller Edith - Compêndio de Arqueologia do V.T..  Bolívar, A. Padilla Bolivar Atlas de Arqueologia, editora Lial  Crabtree, A. C. Arqueologia bíblica. Casa Publicadora Batista.  Crouse, Bill. 1992. "Noah's Ark: Its Final Birth," Bible and Spade 5:3, pp. 66-77.  Enciclopédia do Estudante n° 5, editora Globo  Enciclopédia® Microsoft® Encarta 2001.  Heaton, E.W. O mundo do Antigo Testamento.  Keller, Werner - E a Bíblia tinha razão. Ed. Melhoramentos. São Paulo  Livingston, D. The Date of Noah's Flood: Literary and Archaeological Evidence, Bible and Spade:13-17-1993  Shea, William. 1988. "Noah's Ark?" Bible and Spade 1/1: 6-14.  Urger,Merril. F. Arqueologia do V.T. SITES http://www.alfredo-braga.pro.br/discussoes/palestina.html#_ftn1#_ftn1 Associates for Biblical Research 5 evidência externa confirmando-a. Em outras palavras, a Bíblia é culpada até que ela seja provada inocente, e a falta de evidências externas colocam o registro bíblico em dúvida. Este padrão é extremamente diferente do aplicado a outros documentos antigos, mesmo que muitos deles, se não a maioria, contém um elemento religioso. Eles são considerados acurados a menos que a evidência demonstre o contrário. Embora não seja possível verificar cada incidente descrito na Bíblia, as descobertas arqueológicas feitas desde a metade do século XVIII têm demonstrado a confiabilidade e plausibilidade da narrativa bíblica. Alguns exemplos1: • A descoberta do arquivo de Ebla no norte da Síria nos anos 70 tem mostrado que os escritos bíblicos concernentes aos Patriarcas são de todo viáveis. Documentos escritos em tabletes de argila de cerca de 2300 A.C. mostram que os nomes pessoais e de lugares mencionados nos registros históricos sobre os Patriarcas são genuínos. O nome "Canaã" estava em uso em Ebla - um nome que críticos já afirmaram não ser utilizado naquela época e, portanto, incorretamente empregado nos primeiros capítulos da Bíblia. A palavra "tehom" (o abismo) usada em Gn 1:2 era considerada como uma palavra recente, demonstrando que a história da criação fora escrita bem mais tarde do que o afirmado tradicionalmente. "Tehom", entretanto, era parte do vocabulário usado em Ebla, cerca de 800 anos antes de Moisés. Costumes antigos, refletidos nas histórias dos Patriarcas, também foram descritos em tabletes de argila encontrados em Nuzi e Mari. • Os Hititas eram considerados como uma lenda bíblica até que sua capital e registros foram encontrados em Bogazkoy, Turquia. Muitos pensavam que as referências à grande riqueza de Salomão eram grandemente exageradas. Registros recuperados mostram que a riqueza na antiguidade estava concentrada como o rei e que a prosperidade de Salomão é inteiramente possível. Também já foi afirmado que nenhum rei assírio chamado Sargon, como registrado em Is 20:1, existiu porque não havia nenhuma referência a este nome em outros registros. O palácio de Sargon foi então descoberto em Khorsabad, Iraque. O evento mencionado em Is 20 estava inclusive registrado nos muros do palácio. Ainda mais, fragmentos de um obelisco comemorativo da vitória foram encontrados na própria cidade de Asdode. • Outro rei cuja existência estava em dúvida era Belsazar, rei da Babilônia, nomeado em Dn 5. O último rei da Babilônia havia sido Nabonidus conforme a história registrada. Tabletes foram encontrados mais tarde mostrando que Belsazar era filho de Nabonidus e co-regente da Babilônia. Assim, ele podia oferecer a Daniel "o terceiro lugar no reino" (Dn 5:16) se ele lesse a escrita na parede. Aqui nós vemos a natureza de "testemunha ocular" do registro bíblico frequentemente confirmada pelas descobertas arqueológicas. 3. Arqueologia do Oriente Próximo De todas as regiões da terra, a mais escavada e perfurada é a do oriente médio. Ali surgiram e desapareceram reinos e civilizações. Muito do que se sabe hoje sobre esses reinos e civilizações desaparecidos deve-se a arqueologia. Há cerca de 2.500 anos, desenvolveu-se na Grécia uma das civilizações mais importantes da Antiguidade e também uma das mais influentes de toda a história. Arquitetos gregos criaram estilos que são copiados até hoje. Seus pensadores fizeram indagações sobre a natureza que continuam a ser discutidas nos dias atuais. O teatro nasceu na Grécia, onde as primeiras peças eram apresentadas em anfiteatros abertos. Foi em Atenas que se fundou a primeira democracia, isto é, o governo do povo. A democracia ateniense incluía apenas os cidadãos homens, excluindo escravos (um número muito alto) e mulheres, portando, uma minoria votava. A sociedade grega atravessou diversas fases, atingindo o apogeu entre os anos 600 e 300 a.C., com grande florescimento das artes e da cultura. A Grécia foi unificada por Filipe da Macedônia. Seu filho, Alexandre o Grande, disseminou a cultura grega pelo Oriente Médio e pelo norte da África.2 As pesquisas arqueológicas nos grandes centros urbanos do período homérico revelaram-nos muito das cidades antigas. Tróia - Aos 46 anos de idade, Heinrich Schliemann fã das leituras homéricas ouvidas na infância dos lábios de seu pai. Depois de aprender grego e dono de sólida fortuna, partiu em busca de um mundo sonhado. Em contato com os lugares homéricos pelos documentos históricos que afirmam que no século VI a.C. ali esteve o Novum Ilium - dizem-lhe, ao contemplar a colina de Hissarlik, que ali debaixo está Tróia. Dá início às escavações em 1870. Estas demonstram que aquela colina oculta ruínas de diversos povoados superpostos. Qual deles terá sido a Tróia da Ilíada? Logo Schiliemann anuncia que no segundo povoado encontra-se o Tesouro de Príamo, depois de remover 250.000 metros cúbicos de escombros. Após dispensar os operários da escavação, ele escava, ao anoitecer, as muralhas da cidadela recém descoberta juntamente com sua esposa (uma jovem grega também apaixonada por Homero). Naquela noite ele retira dois diademas de ouro, 4.066 plaquetas, 16 estatuetas, 24 colares de ouro, anéis, agulhas, pérolas.., num total de 8.700 artefatos provavelmente guardados num cofre por alguém que teria abandonado precipitadamente a cidade ao ser assaltada. Micenas - Schiliemann prossegue com suas pesquisas, agora seu objetivo era encontrar a famosa "Micenas rica em ouro", como descreviam os textos homéricos. Ele começou as escavações no local que achou mais conveniente, ignorando as opiniões do "inteirados" no assunto. Acertou em cheio e logo se deparou com uma espécie de altar que poderia ter servido para a prática de sacrifícios de cunho religioso. Depois de algum tempo ele consegue chegar aos sepulcros. Ao abrí-los, um círculo de refulgentes machados, lanças e outros objetos parecem querer defender os cadáveres, os quais encontravam-se cobertos por máscaras e discos de ouro na fronte e sobre os olhos. A terceira das cinco tumbas abrigava esqueletos femininos e encontrava-se cheia de objetos de ouro e jóias. Schiliemann escreveu à um amigo a seguinte frase: "Encontrei um tesouro tão fabuloso que todos os museus do mundo reunidos equivalem a sua quinta parte". A máscara funerária que ele atribuíra à Agamemnom, no entanto, não tivera pertencido àquele famoso rei grego e combatente da Guerra de Tróia. Os especialistas demonstraram implacavelmente que aquelas tumbas eram anteriores à grande rixa com os troianos. 1 Bryant Wood da Associates for Biblical Research. Translated by Ronaldo Melo Ferraz 2 Fonte: Enciclopédia do Estudante n° 5, editora Globo 6 Creta - Bastaram umas horas de trabalho para que Evans encontrasse o fruto de suas escavações. Três semanas depois, estava a frente de uma construção impressionante (ocupava uma extensão de mais de um hectare) que deixava pequenas as de Micenas. À memória de Evans chegaram as palavras de Homero: "E em Creta se encontra Cnossos, uma grande vila onde, durante nove estações, reinou Minos, amigo inseparável de Zeus Todo Poderoso". A obra era de exterior muito simples, ao contrário do interior, que era intrincado. As prodigiosas pinturas encontradas do lado interno falavam claramente do esplendor da civilização minóica. A emoção de Evans e dos trabalhadores chegou ao máximo quando encontraram o "Salão do Trono", com os altares em honra à Grande Deusa (divindade que remonta a época dos agrupamentos matriarcais do neolítico), porcelanas, pinturas, etc. O que mais impressionou neste grande edifício foi o excelente serviço de encanamentos e de escoadouro. As pinturas retratavam um ambiente de fim de século. Vale lembrar que Evans passou 25 anos escavando em Cnossos.3 Após sucessivos conflitos internos na Grécia, como a Guerra do Peloponeso (431 a.C.), entre Atenas e Esparta, da qual a última saiu vitoriosa, inciou-se um período de enfraquecimento da Cidades Estados gregas. Houve ainda uma hegemonia temporária de Tebas, que foi sucedida pelo início das incursões de Felipe da Macedônia sobre o restante do mundo grego (338 a.C.). Os exércitos de Alexandre, O Grande da Macedônia (que deu continuidade às conquistas de seu pai, Felipe), em oito anos já haviam conquistado quase todo o mundo conhecido daquela época: da Grécia à Índia; do Egito ao Cáucaso. Seus homens cansados se amotinaram o que obrigou-o a regressar de suas campanhas militares. No Irã (antiga Pérsia), ainda pode ser visto o que sobrou dos palácios que Alexandre Incendiou. No Egito ele foi elevado à condição de deus. Durante uma batalha porém levou uma flechada no peito, mas como um milagre se salvou, e veio a morrer anos depois (323 a.C.) por umapicada de mosquito que lhe transmitiu a malária. Como um sonho fabuloso a pequena Macedônia dominou o mundo, Alexandre foi imortalizado em mosaicos, estátuas de rocha e em contos que narram vitórias intermináveis de um homem que como um deus marchou sobre o mundo antigo e, apesar de sua vida curta (33 anos), marcou para sempre a história mundial. Mesopotâmia significa literalmente, Terra Entre Rios, está situada entre cursos inferiores dos rios Tigre e Eufrates. Dentre os povos que viveram em tempos remotos na Mesopotâmia, podemos destacar: A cultura sumeriana (IV-III milênio a.C.), A cultura sumério-acadiana (após séc. XXIII a.C.), Os impérios mesopotâmicos (séc. XXIV-XVI a.C.): Império de Elba, Império de Lagash e Império neo-sumério. Após também encontramos os chamados Reinos rivais, duas nações mesopotâmicas em constante tensão. Os Impérios do Oriente, basicamente constituídos de assírios que entraram em domínios babilônicos e por lá obtiveram êxitos militares formando assim o Império neo-assírio. A habitação da Mesopotâmia data de tempos pré-históricos, pode-se observar nitidamente a linha de desenvolvimento cultural da região, vê-se os primeiros focos de organização urbana, a criação das primeiras grandes metrópoles mundiais, como a antiga Uruk, em camadas um pouco mais superficiais nota-se os rastros dos grandes impérios. É interessante olhar atentamente a uma tabuinha de escrita cuneiforme (Uma das primeiras formas de escrita criadas pelo homem), muitas vezes sem entender nada, compreendemos a maneira de se expressar dos antigos habitantes do mundo. A região da Mesopotâmia despertou interesses de muitos usurpadores, que apareceram em busca de ouro, o qual encontraram em quantidade. Exemplo de uma "Mesopotâmia rica em ouro", são as tumbas de Ur, que abrigavam tesouros inestimáveis, entre carneiros de ouro maciço e pedras preciosas, capacetes bélicos ornados em puro ouro, jóias. Além das preciosidades, belíssimas obras de arte ornamentam as diversas regiões da Terra entre Rios. Por isso tudo é que a região do oriente próximo e médio constituiem-se no paraíso dos escavadores. 4. Idades Arqueológicas Asprincipais eras ou Idades arqueológicas são: paleolítico, mesolítico e neolítico. "Paleolítico" ou "Idade da Pedra Antiga (lascada)" é um termo criado no século XIX para definir o período mais antigo da História do Homem, anterior ao "Neolítico" ou "Idade da Pedra Nova (polida)". A duração deste período, o mais longo da História da Humanidade, é de cerca de 2,5 milhões de anos, desde o momento em que surgiram os primeiros seres humanos que fabricaram artefactos líticos até ao fim da última época glaciar, que terminou há cerca de 10 000 anos. Mesolítico deve ser entendido como um período intermediário entre a economia predatória (caça e coleta), característica do Paleolítico, e a economia de produção (agricultura), característica do Neolítico. Alguns historiadores consideram-no um mero prolongamento do Paleolítico Superior, daí a denominação alternativa Epipaleolítico. Na maioria das regiões o Mesolítico corresponde aos últimos séculos que precederam a adoção da agricultura, com freqüência após o 3 Bolívar, A. Padilla Bolivar Atlas de Arqueologia, editora Lial 5. 00 0 7 degelo da última glaciação. As mais antigas culturas mesolíticas, datadas aproximadamente de -10.000/-8.000, são as da Europa e Ásia Ocidental. No período Neolítico, o homem aprendeu a polir a pedra. A partir de então, conseguiu produzir instrumentos (lâminas de corte, machados, serras com dentes de pedra) mais eficientes e mais bem acabados. Empurrado pela necessidade, já que a caça e coleta tornaram-se escassas, o homem descobriu uma forma nova de obter alimentos: a agricultura. Com a prática da agricultura, o homem passou a necessitar de recipientes em que pudesse armazenar, conservar e cozinhar os cereais. Em resposta a essa necessidade, inventou a cerâmica: o barro modelado e cozido, usado para produzir jarros, potes, vasos e panelas. No final do Período Neolítico, o homem aperfeiçoa os seus instrumentos através do uso da metalurgia. Os artefatos de pedra polida serão substituídos por ferramentas de metal, por volta do ano 5000 a.C., inaugurando a chamada Idade dos Metais. O domínio da técnica de fundição dos metais representa um grande avanço científico alcançado pelos homens naquele período. O primeiro metal utilizado pelo homem foi o cobre; posteriormente, através da fusão do cobre com o estanho, o homem obteve o bronze. O processo de desenvolvimento da metalurgia culminou finalmente com a utilização do ferro. Porém, sendo o ferro um metal escasso e mais difícil de ser fundido, só foi obtido por volta de 1500 a.C. e dominado somente por alguns povos. Eles aproveitaram o ferro para a utilização de seus armamentos afirmando sua superioridade militar. 5. O Surgimento do Universo Basicamente são apenas duas as teorias do surgimento do universo: Criado por um ser todopoderoso e criação espontânea. Esta última com alguns desdobramentos. As duas teorias partem de um axioma. A primeira de um Deus onipotente criador de todas as coisas, a segunda da auto criação da matéria. Ambas são inacessíveis à verificação científica. Ambas podem apenas ser avaliadas pelos respectivos postulados ou previsões, por exemplo, antes da primeira alunisagem: Evolucionistas na NASA insistiam que as pernas do módulo lunar tivessem 13 m de altura porque, segundo a teoria da evolução, a Terra/Lua existem há 4,5 bilhões de anos e a taxa, conhecida por medições, de precipitação de pó cósmico na Lua deve ter uma camada média de 12,8 m de pó por lá. Os criacionistas da NASA, inclusive Werner von Braun, insistiam no absurdo de tais providências e insistiam que a Lua não teria uma camada de pó superior a 1 cm porque Deus criou os céus e a Terra em menos de 10 mil anos atrás. Tiraram a média entre os dois grupos para o comprimento dos pés. Qual surpresa quando chegaram lá e mediram a espessura da camada de pó que media pouco menos de 1 cm! Desta forma também é o resultado para a maioria das demais previsões pelas duas teorias e por este motivo companhias petrolíferas procuram por geólogos criacionistas para prospectar petróleo baseado em previsões pela teoria criacionista. Assim como existem apenas duas teorias sobre as origens, assim também existem apenas dois grupos de religiões no mundo: Aquelas que tentam procurar por divindades e aquelas para as quais Deus se revelou. Para o segundo grupo pertencem o judaísmo e o cristianismo. As demais pertencem ao primeiro grupo. Estas também são chamadas de religiões experimentais. 6. Carbono 14 O carbono 14 é um elemento radiativo de meia vida de, em torno de, 5730 anos. O 14C, como é denominado abreviadamente, se forma à partir do Nitrogênio, nas altas camadas da atmosfera. Raios cósmicos bombardeiam constantemente a nossa atmosfera produzindo nêutrons livres.Estes bombardeiam o Nitrogênio produzindo um isótopo do Carbono, o Carbono 14. Este é radiativo. De uma dada quantidade de átomos de 14C a metade decai, aleatoriamente, para 12C em 5730 anos, ou seja, após 5730 só resta ainda a metade de 14C do original. O 14C está uniformemente distribuido na atmosfera. Todos os seres vivos metabolizam o 14C contido nos seus alimentos, na concentração proporcional aproximada de 10-12 % do 12C no ar, porque ambos tem a mesma reatividade e afinidade química. Quando um ser vivo morre deixa de metabolizar 14C e este começa a reduzir a sua concentração, por força do decaimento radiativo, nos tecidos mortos. Medindo-se a proporção entre o 14C e o 12C de restos mortais e comparando-os com as proporções contidas nos seres vivos pode-se calcular a sua idade. Devido às concentrações extremamente pequenas de 14C na atmosfera, cerca de 1 14C para cada trilhão de átomos de 12C, é impossível medir datas além de 20 ou 30 mil anos. Os criacionistas que mantém que a Terra é muito jovem, no entanto, não aceitam nem datas desta grandeza, mas porque? A taxa de formação de 14C é muito pequena e necessitaria de milhares de anos para que se equilibre com a taxa de decaimento. Se estas taxas não estiveram em equilíbrio por ocasião da época de vida do ser vivo a ser datado se parte de uma concentração inicial de 14C menor e a idade apurada é maior do que a real. Ninguém consegue determinar que a taxa atual de formação é igual a taxa atual de decaimento, ou seja, ninguém consegue determinar se estas duas grandezas estão em equilíbrio. Para medições até 3000 AC existe um desvio não muito significativo, comparado com fosséis de data arqueológica conhecida, mas antes desta data ninguém sabe. O campo magnético da Terra mantém o cinturão Van Allen. Este cinturão é um escudo contra radiação cósmica. Quanto mais forte o campo eletromagnético da Terra mais forte o escudo Van Allen. Quanto mais forte o escudo menor a radiação cósmica e quanto menor a radiação cósmica menor a taxa de formação de 14C. Acontece que o capo eletromagnético da Terra está em franco decaimento. Há apenas dois mil anos atrás, por exemplo, ele tinha três vezes a sua intensidade de hoje. Se, por exemplo, devido ao acima exposto, a concentração de 14C na atmosfera, há 5000 anos atrás, tivesse um quarto da concentração atual, um fóssil morrido naquela data forneceria uma idade atual de 5730 x 2 + 5000 = 16460 anos. Por estes e mais motivos fala-se, cientificamente, em anos ou idade radiocarbono, que obrigatoriamente não quer dizer necessariamente a mesma coisa que anos solares. A mídia, muitos cientistas e leigos interessados além de muitos livros escolares não sabem distinguir entre os dois. 10 evolução se torna inconcebível. Assim, tanto num como no outro caso, ficamos sem nenhum antepassado evolucionista. para o homem. Gostaríamos de enfatizar que a esta altura estamos quase completamente dependentes do julgamento de Richard Leakey e seus colegas quanto à natureza dos seus achados. No momento, além disso, estamos; limitados às notícias publicadas em jornais e revistas pseudocientíficas. A importância e as implicações das descobertas de Leakey são assim publicadas com base em relatórios que talvez não sejam assim tão dignos de confiança e dados que ainda não foram examinados pelos críticos. Devemos, portanto, olhar para tudo isso com muita cautela. Não obstante, podemos dizer a este ponto, que o último relatório de Leakey dê considerável apoio aos criacionistas , que defendem que o homem e os macacos sempre foram contemporâneos. Por outro lado, isso teve o efeito de uma bomba entre os evolucionistas. Talvez seja por isso que em nossas muitas discussões e debates com os evolucionistas, neste último ano, não tenhamos encontrado ninguém que queira conversar sobre a evolução humana! Outros acontecimentos recentes fortaleceram a posição dos criacionistas. Por exemplo, o Homem de Neandertal costumava ser descrito como uma criatura primitiva sub-humana, o antepassado imediato do Homo Sapiens. Cria-se que ele possuía uma postura apenas semiereta e que possuía alguns outros aspectos primitivos, inclusive destacadas saliências nos supercílios, pescoço curto e em declive, ombros curvos e pernas em arco. Durante muitos anos o Museu de História Natural de Chicago exibiu uma família do Homem de Neandertal, apresentado-o como uma criatura sub-humana, inclinada para frente, arrastando os braços no chão, cabeluda, grunhindo, espiando sob uma compacta saliência supraciliar, com olhos profundamente encaixados. Essa figura do Homem de Neandertal foi desenvolvida porque o indivíduo cujo esqueleto foi usado para essa figura sofria de uma forma severa de artrite o outras condições patológicas. Já no século XIX isso foi destacado por Virchow, um famoso anatomista. Isso foi confirmado mais recentemente por Straus e Cave que disseram: "Não há, portanto, motivos válidos para presumir que a postura do Homem de Neandertal... diferisse significativamente dos homens da atualidade... Talvez o 'ancião' artrítico de La Chapelle-aux-Saints, o protótipo da postura do homem de Neandertal, se postasse e andasse com algum tipo de cifose patológica; mas, nesse caso, ele tem os seus companheiros entre os homens modernos semelhantemente afligidos com osteoartrite espinal. Ele não pode, à vista de sua manifesta patologia, ser usado para. nos dar um quadro digno de confiança de um neandertaliano normal e sadio. Não Obstante, se ele pudesse ser reencarnado e colocado em um metrô de New York (depois de tomar um banho, fazer a barba e vestir roupas atualizadas ), duvidamos que atraísse mais atenção do que outros cidadãos." 15 Ainda mais recentemente, o Dr. Francis lvanhoe declarou que os dentes do Homem de Neandertal apresentam evidências de raquitismo (causada pela ausência de vitamina D) e que radiografias dos ossos do Homem de Neandertal indicam o característico padrão do raquitismo.16 Ele ainda diz que cada crânio das crianças de Neandertal estudado até agora apresenta sinais associados a severo raquitismo: cabeça grande com testa alta e bulbosa, fechamento retardado das juntas ósseas e fragmentos de ossos defeituosos, e dentes fracos. Por isso é que o Homem de Neandertal foi um tipo de má postura! Seus supercílios salientes, a testa bulbosa, os ombros caídos, as pernas arcadas e outros aspectos "primitivos" eram devidos ao amolecimento dos seus ossos e outras condições patológicas causadas por uma séria deficiência de vitamina D. Vamos ainda lhe dar uma artrite e teremos o quadro do Homem de Neandertal que enfeita tantos livros escolares há 100 anos - a figura que os evolucionistas reivindicaram provar que o Homem de Neandertal era um elo entre o homem moderno e criaturas semelhantes aos macacos. Mas agora essa figura do Homem de Neandertal foi abandonada e hoje ele já não é mais classificado como Homo Neanderthalensis, mas é classificado como Homo Sapiens, exatamente como eu e você. 0 Museu de História Natural de Chicago retirou os seus antigos modelos do Homem de Neandertal e os substituiu com modelos atualizados, mais modernos. Assim, um a um: - o "Homem de Nebraska" (construído com base num dente de porco!), o "Homem de Piltdown" (construído a partir do maxilar de um macaco da atualidade!), o "Zinjanthropus", ou o "Homem do Leste da África", o "Homem de Pequim", o Homem de Neandertal, - nossos supostos antepassados semelhantes a macacos foram deixados de lado. E Richard Leakey clama por fundos para começar tudo de novo! A teoria da evolução transgride duas leis fundamentais da natureza: a primeira e a segunda Lei da Termodinâmica. A Primeira Lei declara que não importa que mudanças se efetuem, nucleares, químicas ou físicas, a soma total da energia e da matéria (realmente equivalentes) permanece constante. Nada atualmente está sendo criado ou destruído, embora transformações de qualquer espécie possam acontecer. A Segunda Lei declara que cada alteração que acontece tende natural e espontaneamente a sair de um estado ordenado para um estado desordenado, do complexo para o simples, de um estado de energia alta para um estado de energia baixa. A quantidade total de casualidade ou desordem no universo (a entropia é uma medida dessa casualidade) está constante e inevitavelmente aumentando. Qualquer aumento na ordem e complexidade que possa ocorrer, portanto, só poderia ser local e temporária; mas a evolução exige um aumento geral na ordem que se estenda através dos períodos geológicos. Os aminoácidos não se combinam espontaneamente para formar proteínas, mas as proteínas se quebram espontaneamente em aminoácidos, e os aminoácidos lentamente se desfazem em compostos químicos mais simples. Com cuidadoso controle de reagentes, uso de energia e remoção de produtos da fonte de energia (conforme se faz nas atuais experiências da "origem da vida"), o homem pode sintetizar aminoácidos a partir de gases, e proteínas a partir de aminoácidos. Mas, sob quaisquer combinações das condições realistas primordiais da terra, esses processos jamais poderiam ter acontecido. Esse fato ficou adequadamente demonstrado por Hull que concluiu: "O químico físico, orientado pelos princípios comprovados da termodinâmica. química e cinética, não pode oferecer nenhum 15 W. L. Straus, Jr., and A, J. E. Cave, The Quarterley Review of Biology, December, 1957, pp. 358, 359 16 F. lvanhoe Nature, August 8, 1970 (v. também Science Digest, February, 197 1, P. 35, Prevention, October, 1971, p. 115) 11 incentivo ao bioquímico que necessita de um oceano cheio de compostos orgânicos para formar até mesmo coacervatos sem vida. Hull estava aqui se referindo às especulações sobre a origem da vida. Considerando que o universo, como um relógio, está se deteriorando, é óbvio que ele não existiu eternamente. Mas de acordo com a Primeira Lei, a soma total da energia e matériaprima é sempre uma constante. Como podemos, então, numa pura e simples base natural, explicar a origem da ma téria e da energia das quais este universo é composto. A continuidade evolucionária, do cosmos ao homem, é criativa e progressiva, enquanto que a Primeira e a Segunda Lei da Termodinâmica declaram que os processos naturais conhecidos são quantitativamente conservativos e qualitativamente clegenerativos. Em qualquer caso, sem exceção, quando essas leis foram sujeitas a testes foram comprovadas válidas. Os exponentes da teoria evolucionista ignoram assim o observável a fim de aceitar o inobservável (a origem evolucionista da vida e das principais espécies das coisas vivas). 9. Criacionismo No princípio criou Deus os céus e a terra. (Gn 1:1) Este versículo é o mais importante e fundamental de todos. Quando cremos de fato neste versículo, não temos dificuldade em crer em todo o restante da palavra de Deus. A teoria do Criacionismo tem sido baseada no livro de Gênesis capítulo primeiro. Teoria defendida por católicos, evangélicos (protestantes) entre outros. Segundo a bíblia o ser humano foi criado por Deus o que rebate diretamente todas as demais teorias inventadas pelos homens acerca de sua origem. Alguns criacionistas afirmam que a palavra dia, que aparece sete vezes na história bíblica da criação (Gn 1.1-2.3), deve ser interpretada como um período de tempo de 24 horas. Como pode ser isso, se os luzeiros "para marcarem os dias, os anos e as estações" (Gn 1.14, BLH) foram formados no quarto dia? Parece-me que a palavra yom pode ser entendida pelo menos de três maneiras: a) como dia, aproximadamente 12 horas, em contraste com noite; b) como dia de 24 horas; c) como uma era. O intérprete deve decidir o que é mais apropriado em cada texto. Uma explicação é que os quatro atos da criação nos três primeiros dias descrevem a criação de espaços, e os quatro atos dos últimos três dias correspondem ao preenchimento destes espaços. Desta forma, a criação nos seis dias é uma resposta à descrição do versículo 2, de "um universo sem forma e vazio". Então os luzeiros correspondem a criação de luz no primeiro dia. Segundo esta explicação, a seqüência no texto não é cronológica, mas, sim, segundo os temas. Gostaria de observar que o ano, o mês e o dia são baseados nos movimentos da Terra e da Lua, mas não existem explicações astronômicas para a semana. Se admitirmos que a lua tem quatro fases, cada uma delas um pouco maior que uma semana. Mas poderia-se falar em duas fases, o crescente e o minguante, porque o número de fases é arbitrário. Parece- me que a semana tem origem teológica, ou seja, Deus está ensinando a observância de seis dias de trabalho e um de descanso, e, não, necessariamente que o universo apareceu em 6 dias de 24 horas. Esta é uma questão-chave. O dia de 24 horas só foi criado no quarto "dia". A Bíblia usa a expressão "dia" para designar períodos. Um bom exemplo disso encontra-se já em Gênesis 2.4: "Estas são as origens dos céus e da terra, quando foram criados; no dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus". A expressão-chave é "céus e terra". Se interpretarmos literalmente, veremos então que não foram criados no mesmo dia. Gênesis 1 relata que "os céus" foram criados no segundo dia (Gn 1.8) e "a terra", no terceiro dia (Gn 1.10). Obviamente, então, dia, em Gênesis 2.4, está falando de pelo menos dois dias diferentes. Mas a outra maneira de compreender a expressão "céus e terra", que é mais correta, é a que denota toda a criação. Na poesia hebraica isto é chamado de merisma - a menção de elementos extremos para se incluir tudo o que está entre os dois. É como dizer "crianças e adultos" para incluir todas as idades, como os jovens e adolescentes também. Deste modo, a expressão se refere a toda a criação. Todavia, ao contrário do capítulo 1, este versículo está falando de um dia em que foram criadas todas as coisas. Portanto, dia pode se referir a épocas. Entretanto, ressalto, que esta interpretação tem por base a própria evidência bíblica do uso da palavra dia. Sou contrário à interpretação que tem por finalidade validar o texto bíblico diante das teorias sobre a idade da terra. Isto seria uma acomodação do texto bíblico, que julgo desnecessária. Alguns evolucionistas argumentam: Se a Terra é tão nova, então como se formou o petróleo que precisa ficar por milhões de anos em alta temperatura e pressão? Contudo, a explosão do vulcão Santa Helena no noroeste dos EUA, em maio de 1980, arrancou grande quantidade de árvores e os lançou no lago Spirit. A ação do vento e das ondas, além do efeito de apodrecimento, arrancou a casca dos troncos enquanto flutuavam. Estas cascas foram cobertas com detritos. Em questão de dois anos retiraram uma amostra desta camada e ela já se havia transformada em uma substância betuminosa, semelhante ao piche leve. A história dos milhões de anos é uma suposição apenas. Muitos processos são extremamente rápidos, dadas as necessárias condições, inclusive a formação de estalactites e estalagmites. Aqueles que combatem a existência de um casal original afirmam que o teórico cruzamento entre irmãos, os filhos de Adão e Eva, teria causado anomalias genéticas? Mas, as anomalias só acontecem na somatória de códigos genéticos, tanto bons como já comprometidos. O processo sucessivo de cópias introduz erros. Como a humanidade estava em seu início não havia códigos genéticos defeituosos e o risco era nulo. 10. Como se organiza uma expedição arqueológica O arqueólogo bíblico pode ser dedicar à escavação de um sítio arqueológico por várias razões. Se o talude que ele for estudar reconhecidamente cobrir uma localidade bíblica, ele provavelmente procurará descobrir as camadas de ocupações relevantes à narrativa bíblica. Ele pode estar procurando uma cidade que se sabe ter existido mas ainda não foi positivamente identificada. Talvez procure resolver dúvidas relacionadas à proposta identificação de um sítio arqueológico. Possivelmente estará procurando informações concernentes a personagens ou fatos da história bíblica que ajudarão a esclarecer a narrativa bíblica. Uma vez que o escavador tenha escolhido o local de sua busca, e tenha feito os acordos necessários (incluindo permissões governamentais, financiamento, equipamento e pessoal), ele estará pronto para começar a operação. Uma 12 exploração cuidadosa da superfície é normalmente realizada em primeiro lugar, visando saber o que for possível através de pedaços de cerâmica ou outros artefatos nela encontrados, verificar se certa configuração de solo denota a presença dos restos de alguma edificação, ou descobrir algo da história daquele local. Faz-se, sem seguida, um mapa do contorno do talude e escolhe-se o setor (ou setores) a ser (em) escavado (s) durante uma sessão de escavações. Esses setores são geralmente divididos em subsetores de um metro quadrado para facilitar a rotulação das descobertas. II. Civilizações Antigas 1. A Mesopotâmia Entre a Ásia, a África e Europa, uma região fertilizada pelas inundações periódicas de dois grandes rios atraiu muitos povos e os obrigou a desenvolver obras de engenharia. Para coordenar sua realização surgiu o Estado. Essa região foi chamada Mesopotâmia e dominada, sucessivamente pelos sumérios, acádios, amoritas, assírios e caldeus. A economia da Mesopotâmia baseava-se principalmente da agricultura, mas os povos da região desenvolveram também a criação de gado, o artesanato, a mineração e um ativo comércio à base de trocas que se estendia à Ásia menor, ao Egito e à Índia. Sua organização social formava uma pirâmide que tinha no topo os membros da família real, nobres, sacerdotes e militares. A base era composta por artesões, camponeses e escravos. Famosos desde os tempos antigos pela crueldade e pelo talento guerreiro, os assírios também se destacaram pela habilidade na construção de grandes cidades e edifícios monumentais, como atestam as ruínas encontradas em Nínive, Assur e Nimrud. Estabelecido no norte da Mesopotâmia, o império assírio foi uma das civilizações mais importantes do Oriente Médio. Os primeiros povoadores conhecidos da região eram nômades semitas que começaram a levar vida sedentária ao longo do IV milênio a.C. Alguns dados atestam a formação, a partir do século XIX a.C., de um pequeno estado assírio, que mantinha relações comerciais com o império Hitita. No século XV a.C., depois de longo período de submissão ao império da Suméria, o estado assírio, com capital em Assur, começou a tornar-se independente e a se estender. Graças ao apogeu comercial, os assírios puderam lançar-se, sob o reinado de Shamshi-Adad I (1813-1781 a.C.), às conquistas que tanta glória lhes trouxeram. O soberano concentrou esforços na construção de um estado centralizado, segundo o modelo da poderosa Babilônia. Suas conquistas se estenderam aos vales médios do Tigre e do Eufrates e ao norte da Mesopotâmia, mas foram barradas em Alepo, na Síria. O rei Assur-Ubalit I (1365-1330) foi considerado pelos sucessores o fundador do império assírio, também conhecido como império médio. Para consolidar seu poder, estabeleceu relações com o Egito e interveio nos assuntos internos da Babilônia, casando sua filha com o rei desse estado. Depois de seu reinado, a Assíria atravessou uma fase de conflitos bélicos com hititas e babilônios, que se prolongou até o fim do século XIII a.C. Quem afinal conseguiu impor-se foi Salmanasar I (1274-1245), que devolveu ao estado assírio o poder perdido. Esse monarca estendeu sua influência até Urartu (Armênia), apoiado num exército eficaz que conseguiu arrebatar da Babilônia suas rotas e pontos comerciais. Sob o reinado de Tukulti-Ninurta I (1245-1208), o império médio alcançou seu máximo poderio. A mais importante façanha do período foi a incorporação da Babilônia, que ficou sob a administração de governadores dependentes do rei assírio. Com as conquistas, o império se estendeu da Síria ao golfo Pérsico. Depois da morte desse rei, o poder assírio decaiu em benefício da Babilônia. Assur-Nasirpal II (883-859), o mais desumano dos reis assírios, que pretendeu reconstruir o império de Tiglate-Pileser I e impôs sua autoridade com inusitada violência. Foi o primeiro rei assírio a utilizar carros de guerra e unidades de cavalaria combinadas com a infantaria. O último grande império assírio iniciou-se com Tiglate-Pileser III (746-727), que dominou definitivamente a Mesopotâmia. Sua ambição sem limites o levou a estender o império até o reino da Judéia, a Síria e o Urartu. Salmanasar IV e Salmanasar V mantiveram o poderio da Assíria, que anexou a região da Palestina durante o reinado de Sargão II (721-705). O filho deste, Senaqueribe (704-681), teve que enfrentar revoltas internas, principalmente na Babilônia, centro religioso do império que foi arrasado por suas tropas. Asaradão (680-669) reconstruiu a Babilônia e atacou o Egito, afinal conquistado por seu filho Assurbanipal (668-627). No ano 656, porém, o faraó Psamético I expulsou os assírios do Egito e Assurbanipal não quis reconquistar o país. Com esse soberano, a Assíria tornou-se o centro militar e cultural do mundo. Depois de sua morte, o império decaiu e nunca mais recuperou o esplendor. Fruto das múltiplas relações com outros povos, a civilização assíria alcançou elevado grau de desenvolvimento. Entre as preocupações científicas dos assírios destacou-se a astronomia: estabeleceram a posição dos planetas e das estrelas e estudaram a Lua e seus movimentos. Na matemática alcançaram alto nível de conhecimentos, comparável ao que posteriormente se verificaria na Grécia clássica. A religião assíria manteve as ancestrais tradições mesopotâmicas, embora tenha sofrido a introdução de novos deuses e mitos. A eterna rivalidade entre assírios e babilônios chegou à religião com a disputa pela preponderância de seus grandes deuses, o assírio Assur e o babilônio Marduk. O império assírio sucumbiu ao ataque combinado de medas e babilônios. Sob as ruínas de uma esplêndida civilização, ficou a trágica lembrança de suas impiedosas conquistas e da ilimitada ambição de seus reis. 1.1. A localização do Éden O bíblico jardim do Éden é visto por muitos como uma simples alegoria associada à criação da espécie humana, mas se o arqueólogo Prof. David Rohl estiver certo, o "paraíso". pode ser mais real do que imaginávamos. Em seu livro "Legend: The Genesis of Civilization" (Lenda: A Gênese da Civilização), o Prof. Rohl apresenta evidências de que o Éden era localizado numa planície fértil de 320 km de extensão e 96 km de largura, que começa a uns 16 km de Tabriz, no Irã. A região é uma linda área rural e florida, com pastagens de ovelhas, vinhedos, oliveiras e árvores frutíferas. Os vilarejos próximos tem as paredes públicas pintadas com temas folclóricos sobre o paraíso. O livro do Gênesis 2:10-14 situa o Éden na divergência de quatro rios: "E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços." O Hiddekel (Tigre) e o Perath (Eufrates) podem ser localizados em 15 Susã - Referência bíblica: "As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu no mês de quisleu, no ano vigésimo, estando eu em Susã, a fortaleza" (Ne 1.1; Et 1.1). "Escavações conduzidas por Marcel Dieulafoy no período de 1884 a 1886 comprovaram a existência da cidade de Susã". (Douglas, J. D., Comfort, Philip W & Mitchell, D., Editors. Whos Who in Christian History Wheaton, Illinois: Tyndale House Publishers, Inc., 1992.) Nínive - Referência bíblica: "E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Levantate, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até a minha presença" (Jn 1.1,2; 2 Rs 19.36). "Nínive foi encontrada nas escavações de Austen H. Layard no período de 1845 a 1857". (Douglas, J. D., Comfort, Philip W & Mitchell, Donald, Editors. Who's Who in Christian History, Wheaton, Illinois: Tyndale House Publishers, Inc., 1992). Ur - Ur dos Caldeus teria sido efetivamente descoberta no ano de 1854, por J. E. Taylor, cônsul inglês em Bassorá, que pretendia encontrar antiguidades para o Museu Britânico. Ele conseguiu localizar Ur, no sul da Mesopotâmia, isto é, junto ao Golfo Pérsico, no delta do rio Eufratesonde hojeé o Kwait, fazendo parte daquilo que Keller chama de "crescente fértil", berço de varias antigas civilizações. 1.6. O código de Hamurábi Esse Código, criado por volta de 1700 a.C., é um dos mais antigos conjuntos de leis jamais encontrados, e um dos exemplos mais bem preservados deste tipo de documento da antiga Mesopotâmia. Algumas partes da Torah são similares a certas seções do código de Hamurabi, e devido a isso alguns especialistas sugerem que os hebreus tenham derivado sua lei deste. No entanto, o livro Documents from Old Testament Times (Documentos da época do Velho Testamento) diz: "Não existe fundamento algum para se assumir qualquer empréstimo pelos hebreus dos babilônicos. Mesmo se os dois conjuntos de leis diferem pouco na prosa, eles diferem muito no espírito." Alguns exemplos das diferenças:21 Código de Hamurabi Torah Pena de morte para roubo de templo ou propriedade estatal, ou por aceitação de bens roubados. (Seção 6) Roubo punido por compensação à vítima. (Ex 22:1-9) Morte por ajudar um escravo a fugir ou abrigar um escravo foragido. (Seção 15, 16) "Você não é obrigado a devolver um escravo ao seu dono se ele foge do dono dele para você." (Dt 23:15) Se uma casa mal-construída causa a morte de um filho do dono da casa, então o filho do construtor será condenado à morte (Seção 230) "Pais não devem ser condenados à morte por conta dos filhos, e os filhos não devem ser condenados à morte por conta dos pais." (Dt 24:16) Mero exílio por incesto: "Se um senhor (homem de certa importância) teve relações com sua filha, ele deverá abandonar a cidade." (Seção 154) Pena de morte por incesto. (Lv 18:6, 29) Distinção de classes em julgamento: Severas penas para pessoas que prejudicam outras de classe superior. Penas médias por prejuízo a membros de classe inferior. (Seção 196–205) Você não deve tratar o inferior com parcialidade, e não deve preferenciar o superior. (Lv 19:15) 2. O Egito As enchentes periódicas do Nilo fertilizavam as terras ao longo do vale e também causavam inundações, o que obrigou seus habitantes a represar e distribuir as águas. Esse trabalho intenso e organizado levou à criação de uma civilização. Inicialmente, dividia-se em Alto Egito (vales) e Baixo Egito (deltas). 2.1. Religião do Antigo Egito De religião politeísta, os egípcios adoravam deuses antropormóficos (sob a forma humana) e antropozoomórfica (corpo humano com a cabeça de um animal). O deus mais importante era Rá (depois Amon-Rá), mas o mais popular era Osíris. Acreditando que os mortos podiam voltar à vida, desenvolveram a mumificação. 2.2. Período Pré-Dinástico De 4.000-3.200 a.C., foram construídas as pirâmides de Queóps, Quéfren e Miquerinos. Essas obras custaram tanto esforço e sacrifício que a população rebelou-se. A nobreza de Tebas restabeleceu a autoridade do faraó e teve início ao Médio Império(2100-1750 a.C.). Foi uma época de prosperidade, mas as revoltas internas facilitaram a vitória dos hicsos, que dominaram o Egito por 150 anos. A expulsão do hicsos deu início ao Novo Império (1580-525 a.C.), marcado por uma política guerreira e expansionista. Nesse período ocorreu a ocupação dos persas. 2.3. Sociedade A sociedade era dividida em camadas sociais rígidas: a dos privilegiados (sacerdotes, nobres, funcionários) e a dos populares (artesãos, camponeses e escravos.) 21 Oppert & Menant (1877). Documents juridiques de l'Assyrie et de la Chaldee. Paris, Kohler, J. & Peiser, F.E. (1890). Aus dem Babylonischen Rechtsleben. Leipzig e Falkenstein, A (1956–57). Die neusumerischen Gerichtsurkunden I–III. München 16 2.4. Economia A economia baseava-se na agricultura (trigo,cevada, linho, algodão, legumes, frutas e papiro), na criação (bois, asnos, gansos, patos, cabras e carneiros), na mineração (ouro, cobre e pedras preciosas) e no artesanato. 2.5. A mulher, a família e o Casamento A visão da mulher institucionalizada no Antigo Egito aparece claramente em alguns textos chamados de Instruções de Sabedoria. Os escriba aconselha aos egípcios a se casarem cedo e terem muitos filhos, além de abordar o cuidado que um homem deve ter com as mulheres estranhas e belas. 3. A Palestina Palestina é o nome do território situado entre o Mediterrâneo a oeste, o rio Jordão e o Mar Morto a este, a chamada Escada de Tiro a norte (Ras en-Naqura/Roch ha-Niqra, fronteira com o Líbano) e o Wadi el-Ariche a sul (fronteira com o Sinai, tradicionalmente egípcio). Com 27.000 Km2, a Palestina é formada, de um modo geral, por uma planície costeira, uma faixa de colinas e uma cadeia de baixas montanhas cuja vertente oriental é mais ou menos desértica. A Palestina foi habitada desde os tempos pré-históricos mais remotos. A sua história esteve geralmente ligada à história da Fenícia, da Síria e da Transjordânia. Talvez por causa da sua situação geográfica – faz parte do corredor entre a África e a Ásia e ao mesmo tempo fica às portas da Europa – a Palestina nunca foi sede de um poder que se estendesse para além das suas fronteiras. Pelo contrário, esteve quase sempre submetida a poderes estrangeiros, sediados na África, na Ásia ou na Europa. Em regra geral, foi só sob as potências estrangeiras que ela teve alguma unidade política. A Palestina esteve organizada em cidades-estado sob a hegemonia egípcia durante uma boa parte do II milênio a. C.. A situação mudou nos últimos séculos desse milênio. Chegaram então à Palestina sucessivas vagas de imigrantes ou invasores vindos do norte e do noroeste, das ilhas ou do outro lado do Mediterrâneo. Os historiadores costumam designá- los com a expressão "Povos do Mar". Esses povos parecem ter-se fixado sobretudo ao longo da costa. Os mais conhecidos entre eles são os Filisteus que se fixaram sobretudo no sudoeste (costa oeste do Neguev e Chefela). Aí fundaram vários pequenos reinos (Gaza, Asdod, Ascalão, Gat e Ekron). Paralelamente aos reinos filisteus, constituíram-se primeiro o reino de Israel no norte da Palestina e depois o reino de Judá, mais pequeno, na zona de baixas montanhas do sul. Durante a maior parte da sua existência, Israel teve como capital Samaria. Hebron foi a primeira capital de Judá, mas depressa cedeu o lugar a Jerusalém. Entre os antigos povos da Palestina, os Filisteus foram talvez os que maior influência exerceram até aos últimos séculos da era pré-cristã. Com efeito, não deve ter sido por acaso que o seu nome foi dado a toda a região, a Palestina, isto é, o país dos Philisteus. Com o sentido que se tornou habitual, o nome já está documentado nas Histórias de Heródoto em meados do séc. V a. C. Apesar da sua importância na antiguidade, conhecem-se muito pouco os Filisteus e a história dos seus reinos. A razão óbvia dessa ignorância é a inexistência de bibliotecas filistéias comparáveis ao Antigo Testamento. Praticamente tudo o que se sabe ou se pensa saber sobre os Filisteus se baseia nos escritos bíblicos. Por conseguinte, a posteridade só conhece os Filisteus na medida em que eles estão em relação com Israel, com Judá, ou com os judeus. Além disso, são vistos através dos olhos daqueles que foram os seus concorrentes e, não raro, seus inimigos declarados. De fato, a posteridade, de maneira geral, não se interessa pelos Filisteus nem os estuda por si mesmos, mas só por causa da sua relação com a história bíblica. Tudo isso deformou a visão que se tem deles, do lugar que ocuparam e do papel que desempenharam, aparecendo os Filisteus como um elemento marginal na história da Palestina antiga. Esse erro de perspectiva influencia, sem dúvida alguma, a visão corrente que se tem da atual Palestina, da sua composição étnica e da sua situação política. 3.1. Invasões na Palestina Os vários reinos palestinenses22, filisteus e hebraicos, coexistiram durante séculos. Ora guerrearam entre si, ora se aliaram para sacudir o jugo de alguma grande potência do momento. A primeira vítima desse jogo foi Israel, conquistado e anexado pela Assíria em 722 a.C. Desde então até 1948 não houve nenhuma entidade política chamada Israel. Os reinos filisteus e o reino de Judá continuaram a existir sob a dependência da Assíria, a grande potência regional entre o séc. IX e fins do séc. VII a.C., cujo território nacional se situava no norte da Mesopotâmia, no atual Iraque. No fim do séc. VII a. C., o Egito e a Babilônia, a outra grande potência mesopotâmica, com a sede no sul do Iraque atual, disputaram os despojos do Império Assírio. Tendo a Babilônia levado a melhor, a Palestina ficou-lhe submetida durante cerca de oito décadas. De um modo geral, as histórias, focadas como estão em Judá, falam só da conquista desse reino por Nabucodonosor, da deportação para a Babilônia de parte da sua população, da destruição de várias das suas cidades, nomeadamente de Jerusalém com o templo de Iavé (597 e 587 a.C.). Deve-se no entanto reparar que os reinos filisteus de Ascalão e de Ekron, conquistados por Nabucodonosor respectivamente em 804 e em 803, tiveram um destino semelhante. Em 539 a.C. a Palestina passou com o resto do império babilônico para as mãos dos Persas Aquemênidas. Sabe-se que estes entregaram a administração do território de Judá, pelo menos de parte dele, a membros da comunidade judaica da Babilônia. Em 331 a Palestina foi conquistada pelo macedônio Alexandre Magno. Após a morte deste, ficou primeiro sob o domínio dos Lágidas ou Ptolomeus que tinham a capital em Alexandria, no Egito (320-220 a.C.). Depois passou para a posse dos Selêucidas sediados em Antioquia, na Síria (220-142 a.C.). Entre 142 e 63 a.C, os Asmoneus, uma dinastia judaica, com Jerusalém como capital, conseguiu não só libertar-se do poder selêucida, mas até impor o seu domínio 22 Alguns autores usam palestinense em relação com a Palestina antiga, palestino em relação com a Palestina moderna. 17 praticamente em toda a Palestina, e também nos territórios filisteus. Nessa altura a grande maioria dos judeus já vivia fora da Palestina, encontrando-se dispersos em todo o Oriente Próximo. A dispersão deveu-se sobretudo à emigração e, numa medida muito menor, às deportações de 597 a 587. Os principais centros judaicos fora da Palestina eram então Alexandria e Babilônia. Profundamente helenizados, os judeus de Alexandria liam as suas Escrituras em grego, e a eles deve-se a coletânea de escritos que se tornará o Antigo Testamento cristão. Em 63 a.C., a Palestina passou a fazer parte do Império Romano dentro do qual não teve sempre o mesmo estatuto. Por voltas de meados do séc. I da era cristã, os judeus da Palestina tentaram libertar-se do domínio romano. Houve primeiro várias sublevações locais. Em 66 a revolta generalizou-se. Em 70 os Romanos conquistaram Jerusalém e destruíram o templo judaico. Os judeus da Palestina voltaram a revoltar-se em 131. Após ter esmagado a revolta, em 135, o imperador Adriano fez de Jerusalém uma colônia romana, Colonia Aelia Capitolina, da qual os judeus estiveram excluídos durante algum tempo. Com a ruína do templo e o fim da autonomia judaica na Palestina desapareceu a maioria dos grupos político-religiosos nos quais o judaísmo, sobretudo o judaísmo palestinense, estava então dividido. Praticamente só ficaram em campo dois grupos: o farisaísmo e o cristianismo, recém-formado. Os dois grupos acabaram por separar-se e evoluíram de maneira independente, em concorrência e, não raro, em conflito. O farisaísmo deu origem ao judaísmo rabínico, isto é, o judaísmo atual. Graças à cristianização do império romano, a Palestina, palco dos acontecimentos fundadores do cristianismo, adquiriu uma grande importância para o mundo cristão, sobretudo para os cristãos que se encontravam dentro do império romano. Por isso durante o período bizantino (324-638) a Palestina conheceu uma prosperidade e um crescimento demográfico notáveis. Durante esse período a esmagadora maioria da sua população tornou-se cristã. Em 614 os Persas Sassânidas invadiram a Palestina, onde causaram grandes estragos. Ocuparam-na até 628, ano em que os Bizantinos a reconquistaram, mas por pouco tempo. Com efeito, dez anos mais tarde, em 638 toda a Palestina passou para o domínio arábico-muçulmano. Este exerceu- se através de uma sucessão de dinastias, de origens, de etnias e com capitais diferentes. A primeira dessas dinastias, a dos Omíadas (660-750), com a capital em Damasco, foi uma das que mais marcou a Palestina, nomeadamente com a construção do Haram ech-Cherife (o Nobre Santuário/Esplanada das Mesquitas) no lugar que ocupara outrora o templo judaico, tornando Jerusalém na terceira cidade santa do islamismo. Seguiram-se os Abássidas (750-974) e os Fatimidas (975-1071), com as capitais respectivamente em Bagdá e no Cairo. Entre 1072 e 1092 a Palestina esteve sob os Turcos Seldjúcidas, que então tinham a sede em Bagdá. Embora não tenha dado origem a uma imigração popular e, por conseguinte, não tenha mudado a composição étnica e a demografia de maneira apreciável, o regime árabo-muçulmano teve como conseqüência a arabização e a islamização da Palestina. A arabização (Adoção da língua árabe, da forma árabe dos nomes pessoais e da era da Hégira), nomeadamente da população cristã de língua aramaica, língua aparentada com o árabe, deu-se muito depressa. Não se pode dizer o mesmo da islamização. Apesar de o islamismo se apresentar como o acabamento da tradição bíblica, partilhada pelo cristianismo, pelo judaísmo e pelo samaritanismo, o processo de islamização da população palestinense (cristã, judaica e samaritana) parece ter sido muito lento. Em 985, após três séculos e meio de regime islâmico, o geógrafo árabe-muçulmano de Jerusalém, conhecido pelo nome de el-Maqdisi ("o jerosolimitano") lamenta-se de que os cristãos e os judeus são maioria na sua cidade natal. O que el-Maqdisi escreve a respeito da Jerusalém de fins do séc. X valia para o conjunto da Palestina e continuou provavelmente a valer durante cerca de mais dois séculos e meio. Organizada com o intuito declarado de arrancar o túmulo de Cristo das mãos dos "infiéis", a primeira cruzada terminou, em 1099, com a conquista de Jerusalém e, no ano seguinte, a criação do Reino Latino de Jerusalém. Este manteve-se até 1187, tendo sido então conquistado pelo curdo Saladino, o fundador da dinastia ayúbida. Aos Ayúbidas seguiram-se os Mamelucos, primeiro turcos (1250-1382) e depois circassianos (1382-1516). Os Ayúbidas e os Mamelucos tiveram a capital no Cairo. Segundo a maioria dos especialistas da questão, foi durante o período mameluco que teve lugar a grande vaga da islamização popular da Palestina. Desde então até à segunda metade do séc. XX, os muçulmanos constituíram a esmagadora maioria da população. Do ponto de vista numérico, o segundo grupo era constituído pelos cristãos, seguidos, de muito longe, pelos grupos dos judeus e dos samaritanos. Em 1517 a Palestina passou para o poder dos Turcos Otomanos, cuja capital era Istambul. 3.2. Jericó Seu nome e seu significado - A origem do nome “Jericó” é semita. As pessoas comuns o pronunciam como “Riha”. Para os cananitas significa “a lua”. A palavra é derivada do verbo “yerihu”, e “Yarah”. Al-yarah na língua árabe do sudeste significa “um mês” e “lua”. Em hebraico “yarihu” é a cidade mais antiga conhecida na Bíblia Judaica. “Riha” em sírio significa “aroma” e “odor”. Os árabes conheciam a cidade de Jericó, referida na Bíblia pelo nome “Raiha” e “Ariha”. Yaqut, o escritor de “Mu´jam al-Buldan”, menciona que esta era a cidade de Al-Jabbarin (o Poderoso) em Ghaur. Era também chamada Madinat an_Nakhil (A cidade de palmeiras) no lado ocidental do Rio Jordão, a 250m abaixo do nível do mar. O local, segundo o Velho Testamento foi uma cidade que Josué destruiu. Nos dias de Jesus um novo centro foi construído no primeiro plano por ordem de Herodes o Grande. A história de Jericó até o tempo dos árabes Jericó é uma das mais antigas habitações humanas. O mais antigo ser humano foi ali encontrado, com data de 5000 anos A.C. Outros acreditam que estes humanos são de 7000 anos A.C. O mais recente achado remonta a 8000 anos A.C. O local da antiga Jericó está a meio quilômetro da moderna Jericó. A evidência indicando isto é uma das mais antigas cidades do mundo, que nasce após uma série de escavações feitas em “Tall as Sultan”, que é oval em sua forma, estruturada em uma acumulação sucessiva de ruínas com o passar dos tempos. As escavações continuaram sucessivamente desde meados do século dezenove até os dias de hoje. 20 construída de acordo com as condições dos tempos antigos. Jericó era a terceira cidade em importância, de acordo com sua situação geográfica, com a vantagem de controlar a direção das rotas das terras ricas em cereais na Trans-Jordania. Os Cananitas - Estes estavam entre os povos emigrantes da Arábia para a Síria, e Jericó era uma de suas cidades mais importantes (1400 A.C.). Suas casas eram construídas próximo ao local de Al-´Ain, onde se encontrava a entrada da fortaleza. A área das cidade era de seis acres naqueles tempos, e suas paredes alcançavam a altura de vinte e um pés. Seu tipo de arquitetura seguiu este modelo: toda construção consistia em um quarto, possuindo portas nas laterais e plataformas elevadas, rodeadas de solo preto asfaltado. Suas paredes eram construídas no estilo babilônico. A grandeza de suas construções era evidente através de seus monumentos, que incluíam colunas de pedra nas duas margens do rio Jordão, de dentro do Templo de Jericó, e dos prédios erguidos em volta de um jardim no meio do qual havia um largo arco. Este estilo cananita ainda prevalece nas áreas rurais da Palestina, assim como nas cidades, e o tipo circular de arquitetura de cúpulas, que aparece nas vilas de “Ain Malaha”, Ainat, Jericó e Wadi An-Nutuf. Esta é uma das características mais proeminentes da arquitetura cananita. Os cananitas se sobressaíram na escultura de estátuas e na escultura pictórica que aparece nas camadas de gesso cobrindo os crânios, que são similares a uma cobertura para cabeça. Exatamente similar aos lenços usados pelas mulheres palestinas. É conhecido por seu nome popular, “Al-Wiqahyah” (O Protetor), ou “As-Samada” ou “Al-‘Usabh al-kan’aniyyah” (O Turbante Canaanita). Teares de tecelagem, roupas, cobertores, tapetes, cadeiras, agulhas minerais para costurar roupas e adornos foram encontrados. A manufatura de louças foi progredida com eles. Podemos encontrar pratos, jarros, grandes bacias de cobre, grandes cântaros de água, potes e fornos de barro (pães cozidos ao forno são remanescentes destas vilas). As escavações descobriram numerosas mausoléus de famílias contendo corpos, perto dos quais foram encontrados restos de comida, carneiros cozidos ou assados em utensílios de argila, e restos de cereais, romãs e uvas passas. Está claro que a crença religiosa se tornou agora mais evidente e mais refinada do que antes, assim como múltiplas estatuas forma encontradas em Jericó, que nós mostra o louvor dos canaanitas por uma trindade: o Deus da Fertilidade, a Deusa da Fertilidade e o Inimigo do Deus da Fertilidade. A estátua da Deusa da Fertilidade era a estátua da deusa Anat, conhecida nos textos de Agarith, onde ela vale-se de seus seios para dar fertilidade e vida à terra dos Canaanitas. Assim como os lugares religiosos concernentes, há um templo em Jericó que contém um nicho. A planta de sua arquitetura foi usada pelos judeus em suas sinagqogas. Então os cristãos transferirão isto para suas igrejas, mais tarde apareceu também nas mesquitas islâmicas. Jericó não atingiu este grau de civilização sozinha, muitas cidades participaram também assim como Hazor Na’anek e Megiddo na rota nordeste do comércio, Shkeim, Beirute e Jerusalém, alem de outras da categoria dos Canaanitas, como Jericó, no progresso, arquitetura e poder. A Bíblia descreve isto, quando os Israelitas dizem sobre os Canaanitas que eles eram “um povo mais forte que eles e de grande estatura com grandes cidades apontando para o céu. Você disse para eles: Não os tema. Deus, o senhor que te guia, luta por você.” Escavações em Salim revelar restos de duas fortalezas Canaanitas, uma das quais surge de uma das sete montanhas sobre as quais Jericó foi construída. A fortaleza consiste de três colunas e pode ser alcançada pelas escadas até uma das torres que a protegia. As escavações revelaram também as remanescentes paredes Canaanitas construídas de tijolos cozidos sobre pedras de não menos que três metros em espessura. Atrás da parede haviam casas mobiliadas, contendo jarros de óleo e louças desenhadas com leões e gazelas. Eram rodeadas de férteis oásis contendo palmeiras. Isto é porque é chamada de “a cidade das palmeiras” no Deuteronômio e no Julgamento, e nos livros do Velho Testamento bastante é dito sobre a prosperidade do comércio, numerosas lojas, armazéns, animais para transporte e consumo, vasilhas e utensílios feitos de cobre, ferro, prata e ouro. Os Israelenses - No princípio do século treze a.c., os israelenses invadiram a Palestina após seu êxito do Egito e vários anos no Sinai e na região do norte da Península Árabe. Eles começaram pelo ataque a Trans Jordânia onde cruzaram a pé o vale do rio Jordão, vindo das montanhas de Moab na margem leste. Eles estabeleceram um acampamento em Abel Shetem enquanto se moviam na Palestina sob o comando de Josué. Jericó estava entre as cidades Palestinas que caiu em suas mãos, quarenta anos após seu êxodo do Egito. Os sacerdotes perfuraram o Arco de Covenant e balizaram a cidade com isto, guiados pelos sete sacerdotes, os trompetistas caminhando e tocando os trompetes com aqueles que estavam armados andando atrás do Arco de Covenant e tocando seus trompetes, e eles fizeram isto uma vez ao dia, durante seis dias. No sétimo dia os sacerdotes tocaram os trompetes, e Josué disse ao povo: “Calem-se, o senhor os deu a cidade. E a cidade deve ser dedicada, e tudo que nela há ao senhor: somente Rahab deverá viver, ela e tudo que há com ela na casa, porque ela escondeu os mensageiros que nós mandamos, Joshua, filho de Nun, Moses e Caleb, filho de Yofnah – e é dito Kilab filho de Yofnah, sobrinho de Moisés.” Na Bíblia há uma descrição horrível do tratamento dos habitantes pelos israelitas, podemos ler na Bíblia: “então o povo entrou na cidade” (em Jericó) “e eles rapidamente destruíram tudo que estava na cidade, ambos homens e mulheres, jovens e velhos, os bois, as ovelhas, os asnos, com a ponta de uma lança, foi destruído”, “e eles enfeitaram a cidade com tudo que nela havia”, “mas toda a prata e ouro, e vasos de bronze e ferro são consagrados ao Senhor: eles devem vir sobre o tesouro do Senhor”, Então Jericó permaneceu nestas condições até que foi reparada no reino de Ahab, o filho de Ouri, que era um dos reis de Israel (874-852 A.C.). Hiel, de Belém, a fortificou e reparou quatro séculos após sua destruição. Há uma referência a isto na Bíblia, conhecida pela reconstrução de Hiel sobre Josué. Parece que Jericó floresceu nos tempos romanos, como é mostrado nos canais remanescentes, que eles cavaram e que ainda podem ser vistos no rio Kilt. Neste período Jericó iniciou a exportar datas. Jericó adquiriu uma grande importância no tempo de Jesus (possa a paz durar para sempre), pois Jesus Cristo a visitou e curou a vista de dois cegos, Bartolomeu e seu amigo. Enquanto Ele estava lá, visitou Zacarias em sua casa. Como Zacarias era de baixa estatura, foi obrigado a subir em uma árvore para ver Jesus na multidão. Jesus caminhou ao longo da rota de caravanas entre Jericó e Jerusalém, que era infestada de ladrões e homens perigosos. No reinado de Constantino o Grande (306-337 D.C.), o fundador de Constantinopla, o Cristianismo se espalhou em Jericó através dos monges e eremitas que viveram em conventos e igrejas que eles construíram para se tornar o centro de propagação do Cristianismo. Em 325 D.C. se tornou o centro do bispado. 21 O Imperador Romano Justiniano (527-665 D.C.) construiu uma igreja nela. Foi em seu reinado que uma rodovia foi construída juntando-a a Petra. As caravanas demoravam 4 dias para atravessa-la. Parece que igrejas e conventos se tornaram mais numerosos do que eram no século sete. Arco Levaux disse que sobre aquela árvore se ergueu uma igreja em Al-Juljal, e outra no local onde foi falado que Jesus tirou suas vestimentas antes do batismo. Outra igreja foi construída dentro de um grande convento sob o nome de S. João, e está sobre um prado que dá de frente para o rio Jordão. De toda forma isto não preveniu a deterioração, negligencia e ruína começaram a tomar Jericó e as igrejas e conventos a sua volta, seguindo a rota das caravanas. As cavernas dos ermitãos no Monte da Tentação, olhando sobre a cidade, permaneceram como uma indicação do alto espírito do princípio dos séculos medievais. Finalmente Jericó entrou na regra dos Árabes que ocuparam estes países no século sétimo D.C.. Em baixo da Jericó islâmica surgiu uma cidade no Ghaur, habitada por um povo do Qais, bem como um grupo de Quraish. Durante o tempo do Profeta, possa a paz e a oração estar com ele, ele colocou os judeus para fora de Madinah por causa de sua tirania, e eles partiram para Síria, Adhru’at e Jericó. “Umar-Ibn-Ul-Khattab”, possa Deus estar satisfeito com ele – pronunciou o último deles no reino de Hijaz to Taima’ em Jericó.23 As muralhas de Jericó E a muralha ruiu por terra... (Js 6.20). O dr. John Garstang, diretor da Escola Britânica de Arqueologia de Jerusalém e do Departamento de Antiguidades do governo da Palestina (1930-36), descobriu em suas escavações que o muro realmente "foi abaixo"; caiu, e que era duplo. Os dois muros ficavam separados um do outro por uma distância de cinco metros. O muro externo tinha dois metros de espessura e o interno, quatro metros. Os dois tinham cerca de dez metros de altura. Eram construídos não muito solidamente, sobre alicerces defeituosos e desnivelados, com tijolos de dez centímetros de espessura, por trinta a sessenta centímetros de comprimento, assentados em argamassa de lama. Eram ligados entre si por casas construídas de través na parte superior, como a de Raabe, por exemplo, erguida "sobre o muro". Garstang verificou também que o muro externo ruiu para fora, pela encosta da colina, arrastando consigo o muro interno e as casas, ficando as camadas de tijolos cada vez mais finas à proporção que rolavam ladeira abaixo. O dr. Garstang pensa haver indícios de que o muro foi derribado por um terremoto, o que pode ser, perfeitamente uma conseqüência da ação divina. Os cristãos não possuem nenhuma dúvida quanto à existência das cidades mencionadas no Antigo e no Novo Testamento. Por isso, dificilmente julgamos necessário conhecer alguma documentação que comprove esse fato. Não obstante, sabemos que muitas obras religiosas não resistem à menor verificação arqueológica, o que contrasta imensamente com a Bíblia que, através dos séculos, tem seus apontamentos históricos e geográficos cada vez mais ratificados pela verdadeira ciência. Evidentemente, nossa fé não está baseada nas descobertas da ciência. Entretanto, não podemos ignorar os benefícios provindos dela quando seus estudos servem para solidificar a nossa crença. De fato, a Bíblia não só descreve esses lugares em suas páginas como também o faz com extrema precisão. 4. A Fenícia Os fenícios, tal como os hebreus, eram um povo de origem semita. Por volta de 3000 a.C., estabeleceram-se numa estreita faixa de terra com cerca de 35 km de largura, situada entre as montanhas do Líbano e o mar Mediterrâneo. Com 200 km de extensão, corresponde a maior parte do litoral do atual Líbano e uma pequena parte da Síria. Por habitarem uma região montanhosa, com poucas terras férteis, eles voltaram-se para o mar, dedicando-se à pesca e ao comércio marítimo. A Fenícia era, na verdade, um conjunto de cidades independentes entre si. Cada uma delas constituía numa cidade- Estado. Algumas dessas cidades adotavam a Monarquia Hereditária; outras, eram governadas por um Conselho de Anciãos, formados por grandes comerciantes, donos de terras e armadores. As cidades fenícias disputavam entre si, e com outros povos, o controle das principais rotas de comércio. Entre o ano de 1000 a.C. e 700 a.C., a cidade de Tiro destacou-se das demais por sua riqueza. Inicialmente, os fenícios viviam da pesca e da agricultura. Mas, como a produção de alimentos não acompanhava o crescimento da população, logo passaram a dedicar-se também a outras atividades, como o artesanato e o comércio. Para vender o que produziam e obter as matérias-primas de que necessitavam, os fenícios foram se voltando cada vez mais para o comércio marítimo, que logo se transformou na sua principal atividade econômica. Os fenícios guardavam a sete chaves os segredos das técnicas de construção naval e de suas rotas de comércio. Para consolidar e expandir suas relações comerciais, os fenícios fundaram inúmeras colônias. Muitas alcançaram enorme progresso. O alfabeto, uma criação fenícia O que levou os fenícios a criarem o alfabeto foi, justamente a necessidade de controlar e facilitar o comércio. O alfabeto fenício possuía 22 letras e era, portanto muito mais simples do que a escrita cuneiforme e a hieroglífica. O alfabeto fenício serviu de base para o alfabeto grego. Este deu origem ao alfabeto latino, que, por sua vez, gerou o alfabeto utilizado atualmente no Brasil. No princípio, todas as letras do alfabeto eram consoantes. Mais tarde, os gregos acrescentaram a elas as cinco vogais. 5. A Pérsia A Pérsia situava-se a leste da Mesopotâmia, no extenso planalto do Irã. Ao contrário das regiões vizinhas, possuía poucas áreas férteis. A partir do ano 2000 a.C., a região foi sendo ocupada por povos pastores e agricultores, vindos da Rússia. 23 fonte: http://www.jericho-city.org/ Tradução de Ana Maria Prestes 22 Desde o século VIII a.C., os medos tinham constituído um reino e possuíam um exército ágil e organizado. Valendo-se disso, submeteram os outros povos iranianos, inclusive os persas, cobrando-lhes tributos. Essa situação prolongou-se até 550 a.C., em que o príncipe Ciro, o Grande, liderou uma rebelião contra os medos e sai vitorioso. Com o objetivo de obter riquezas e resolver problemas causados pelo aumento da população e pela baixa produção agrícola local, Ciro, o Grande, deu início ao expansionismo persa. Em poucos anos, o exército persa apoderou-se de uma imensa área. Ciro tornou-se, então, o imperador do Oriente Antigo. Dario I dividiu o Império Persa em províncias e nomeou administradores de sua confiança. No Império, as comunicações, o comércio e o deslocamento de tropas eram facilitados por grandes estradas. Dario e Xerxes foram derrotados ao tentarem conquistar a Grécia. Essas derrotas, somadas às rebeliões dos povos dominados e às disputas pelo poder, enfraqueceram o Império Persa, que foi conquistado por Alexandre da Macedônia em 330 a.C. A religião Dualista dos Persas Os persas criaram o zoroastrismo, uma religião dualista que acreditava na existência de dois deuses: Ormuz (Bem) e Arimã ( o Mal). Os princípios do zoroastrismo foram reunidos num livro, o Zend Avesta. Vários deles influenciaram o judaísmo e o cristianismo. III. A importância da arqueologia no estudo do Novo Testamento O estudo intensivo de mais de 3.000 manuscritos do N.T. grego, datados do segundo século da era cristão em diante, tem demonstrado que o N.T. foi notavelmente bem preservado em sua transmissão desde o terceiro século até agora. Nem uma doutrina foi pervertida. Westcott e Hort concluíram que apenas uma palavra em cada mil do N.T. em grego possui uma dúvida quanto à sua genuinidade. Uma coisa é provar que o texto do N.T. foi notavelmente preservado a partir do segundo e terceiro séculos; coisa bem diferente é demonstrar que os evangelhos, por exemplo, não evoluíram até sua forma presente ao longo dos primeiros séculos da era cristã, ou que Cristo não foi gradativamente divinizado pela lenda cristã. Na virada do século XX uma nova ciência surgiu e ajudou a provar que nem os Evangelhos e nem a visão cristã de Cristo sofreram evoluções até chegarem à sua forma atual. B. P. Grenfell e A. S. Hunt realizaram escavações no distrito de Fayun, no Egito (1896-1906), e descobriram grandes quantidades de papiros, dando início à ciência da papirologia. Os papiros, escritos numa espécie de papel grosseiro feito com as fibras de juncos do Egito, incluíam uma grande variedade de tópicos apresentados em várias línguas. O número de fragmentos de manuscritos que contêm porções do N.T. chega hoje a 77 papiros. Esses fragmentos ajudam a confirmar o texto feral encontrado nos manuscritos maiores, feitos de pergaminho, datados do quarto século em diante, ajudando assim a forma uma ponte mais confiável entre os manuscritos mais recentes e os originais. O impacto da papirologia sobre os estudos bíblicos foi fenomenal. Muitos desses papiros datam dos primeiros três séculos da era cristã. Assim, é possível estabelecer o desenvolvimento da gramática nesse período, e, com base no argumento da gramática histórica, datar a composição dos livros do N.T. no primeiro século da era cristã. Na verdade, um fragmento do Evangelho de João encontrado no Egito pode ser paleograficamente datado de aproximadamente 125 d.C.! Descontado um certo tempo para o livro entrar em circulação, deve-se atribuir ao quarto Evangelho uma data próxima do fim do primeiro século - é exatamente isso que a tradição cristã conservadora tem atribuído a ele. Ninguém duvida que os outros 3 Evangelhos são um pouco anteriores ao de João. Se os livros do NT foram produzidos durante o primeiro século, foram escrito bem próximo dos eventos que registram e não houve tempo de ocorrer qualquer desenvolvimento evolutivo. Todavia, a contribuição dessa massa de papiros de todo tipo não pára aí. Eles demonstram que o grego do N.T. não era um tipo de linguagem inventada pelos seus autores, como se pensava antes. Ao contrário, era, de modo geral, a língua do povo dos primeiros séculos da era cristã. Menos de 50 palavras em todo o N.T. foram cunhadas pelo apóstolos. Além disso, os papiros demonstraram que a gramática do N.T. grego era de boa qualidade, se julgada pelos padrões gramaticais do primeiro século, não pelos do período clássico da língua grega. Além do mais, os papiros gregos não-bíblicos ajudaram a esclarecer o significado de palavras bíblicas cujas compreensão ainda era duvidosa, e lançaram nova luz sobre outras que já eram bem entendidas. 1. Locais mencionados no NT Por toda a extensão do território bíblico existem diversas tumbas "tradicionalmente" atribuídas a vários personagens bíblicos, às vezes muitas para um único indivíduo! Em diversos casos, não há evidência histórica ou arqueológica para validar a identificação. No entanto, existem pelo menos sete ocasiões onde há fortes, senão conclusivas, evidências sobre a localização do local de sepultamento de uma pessoa, ou pessoas, descritas na Bíblia. Jesus - Na atual Jerusalém existem dois locais declarados como a tumba de Jesus: a Igreja do Santo Sepulcro e a Tumba do Jardim. Esta última foi identificada como a tumba de Jesus apenas no final do século XIX e carece de credibilidade histórica. Uma longa tradição, datada do primeiro século, atribui a tumba de Jesus ao local da Igreja do Santo Sepulcro na Antiga Cidade de Jerusalém. No século IV Constantino localizou o local da tumba abaixo de um templo romano do século II e construiu a igreja sobre o local. Esta igreja foi repetidamente restaurada e mantida pelos séculos desde então e é compartilhada por seis credos: Católico Romano, Ortodoxo Grego, Armênios, Sírios, Coptas e Etíopes. Caifás o Sumo Sacerdote - Caifás foi o sumo sacerdote por 18 anos, d.C. 18-36. Aparentemente, obteve esta posição através do casamento com a filha de Anás, chefe de um poderoso clã de sumo-sacerdotes (Jo 18:13). Caifás é considerado vil por ter sido o líder na conspiração que culminou na crucificação de Jesus. Em uma reunião de líderes religiosos, Caifás declarou que "vos convém que morra um só homem pelo povo, e que não pereça a nação toda" (Jo 11:50). Ele se referia à possível intervenção de autoridades romanas caso os ensinamentos de Jesus gerassem uma 25 Alguma construção humana e descrita na Bíblia já foi escavada por arqueologistas? Sim, diversas estruturas bíblicas foram desencavadas. Entre estas, as mais interessantes são: O palácio de Jericó onde Eglom, rei de Moabe, foi assassinado por Eúde (Jz 3:15-30). O Portão leste de Siquém onde Gaal e Zebul observaram a aproximação das tropas de Abimeleque (Jz 9:34-38). O Tempo de Baal / El-Berite em Siquém, onde foram obtidos fundos para o reinado de Abimeleque e onde os cidadãos de Siquém se refugiaram quando Abimeleque atacou a cidade (Jz 9:4, 46-49). O tanque de Gibeão onde as forças de Davi e Is-Bosete lutaram pelo reinado de Israel (2 Sm 2:12-32). A Piscina de Hesbom, que foi comparada aos olhos da mulher sulamita (Ct 7:4). O pálacio real de Samaria onde os reis de Israel viveram (1 Re 20:43; 21:1, 2; 22:39; 2 Re 1:2; 15:25). O tanque de Samaria onde o carro do rei Acabe foi lavado após sua morte (1 Re 22:29-38). O aqueduto sob Jerusalém, cavado pelo rei Ezequias para prover água durante o cerco assírio (2 Re 20:20; 2 Cr 32:30). A fundação da sinagoga em Cafarnaum onde Jesus curou um homem que tinha um espírito imundo (Mc 1:21-28) e deu o sermão do pão da vida (Jo 6:25-59). A casa de Pedro em Cafarnaum onde Jesus curou a sogra de Pedro e outras pessoas (Mt 8:14-16). O poço de Jacó onde Jesus falou à mulher samaritana (Jo 4). O tanque de Betesda em Jerusalém, onde Jesus curou um homem enfermo (Jo 5:1-14). O tanque de Siloé em Jerusalém, onde Jesus curou um homem cego (Jo 9:1-4). O tribunal em Corinto onde Paulo foi julgado (At 18:12-17). O teatro em Éfeso onde ocorreu a revolta dos artífices (At 19:29). O Palácio de Herodes em Cesaréia onde Paulo foi mantido sob guarda (At 23:33-35). Os computadores da NASA realmente provaram a existência do "longo dia" de Josué? Embora acreditemos nos fatos relatados na Bíblia sobre o Longo Dia de Josué, a alegação de que a NASA provou a existência deste dia não passa de um antigo mito urbano. Na verdade, a alegação de que cálculos astronômicos tenham provado a "perda" de um dia já existe há um século. Nas últimas poucas décadas, o mito foi então ornamentado com os computadores da NASA realizando os cálculos. Ninguém que tenha defendido esta estória disponibilizou detalhes destes cálculos - como exatamente este dia perdido foi descoberto? Esta observação deveria tornar as pessoas naturalmente mais cuidadosas no que acreditam. Como então detectar um dia perdido sem que se tenha um ponto de referência fixo antes deste dia? Na realidade precisa-se relacionar registros tanto astronômicos quanto históricos para detectar um dia perdido. E para detectar 40 minutos perdido necessita-se que estes pontos de referência tenham a precisão de minutos. É verdade afirmar que o tempo de ocorrência de eclipses solares observáveis de certa localidade pode ser determinado atualmente com precisão, porém os registros antigos não registravam o tempo com tamanha precisão, portanto o relacionamento de registros é simplesmente inviável. De qualquer forma, o registro histórico mais antigo de um eclipse ocorreu em 1217 AC, aproximadamente dois séculos após Josué. Existem tantas boas evidências para a verdade da criação e da Bíblia que não é necessário se recorrer a artifícios de ornamentos e mitos urbanos. A Arca de Noé já foi encontrada? A busca pela Arca de Noé tem recebido atenção internacional nas últimas duas décadas. Dezenas de expedições à região do Ararate na Turquia Oriental, a maioria das quais compostos por grupos cristãos norte-americanos, têm gerado numerosas afirmações - sem no entanto prova alguma. De acordo com a Bíblia, a Arca de Noé era uma grande barcaça construída de madeira e impermeabilizada com betume. Suas dimensões eram aproximadamente 450 pés de comprimento, 75 pés de largura e 45 pés de altura com três andares interiores. Aparentemente, uma "janela" foi construída ao seu teto. (Gn 6:14-16). As dimensões da Arca tornam-a a maior embarcação marítima conhecida existente antes do século XX e suas proporções são surpreendemente semelhantes às encontradas nos grandes transatlânticos atuais. A Bíblia diz que o barco de Noé pousou sobre "os montes de Ararate" (Gn 8:4). "Ararate" provavelmente se refere uma região (o antigo reino de Urartu) e não um monte específico. Após a saída de Noé e sua família para a montanha, o barco virtualmente desapareceu das páginas da Bíblia. Os escritores bíblicos que vieram posteriormente nunca deram indicativos de que soubessem que a Arca ainda podia ser vista. O monte atualmente denominado "Ararate" é semelhante a uma cadeia com dois picos gêmeos. É muito interessante observar que existem diversas referências no decorrer da história que relatam sobre um grande barco em uma montanha nesta região. As mais antigas referências (início do século III d.C) sugerem que era de conhecimento geral que a Arca ainda podia ser vista no Monte Ararate. Reporteres durante o século passado envolvem visitas à embarcação, coleta de madeira e fotografias aéreas. Em geral, acredita-se que pelo menos uma parte da Arca ainda está intacta, não no pico mais alto, mas em algum lugar acima do nível dos 10.000 pés. Aparentemente encoberta por neve e gelo na maior parte do ano, apenas em alguns verões quentes a estrutura pode ser localizada e visitada. Algumas pessoas dizem terem andado no seu teto, outras terem andado na parte interna. Nos anos 80, a "arca-logia" obteve certo ar de respeitabilidade com a participação ativa do ex-astronauta da NASA James Irwin em expedições à montanha. Além disso, as investigações sobre a Arca também foram aceleradas com a dissolução da União Soviética, pois a montanha estava justamente na fronteira entre União Soviética e Turquia. As expedições à montanha eram consideradas como uma ameaça à segurança pelo governo soviético. 26 Infelizmente, visitas posteriores aos locais descritos não produziram evidências adicionais, o paradeiro revelado pelas fotografias é atualmente uma incógnita e as diferentes visões não indicam o mesmo local. Além disso, o astronauta James Irwin faleceu, uma testemunha visual recentemente se retratou publicamente e existem poucas novas expedições à montanha nos anos 90. Porém ainda existem alguns esforços. Mesmo considerando que a Associates for Biblical Research não está direcionada para qualquer um destes esforços, temos pesquisado documentos antigos, procurado por relatos de testemunhas visuais e renovado esforços para mapear o local de repouso da Arca. Existem ainda muitas expedições pendentes. Se realmente estiver lá, certamente saberemos. Comentários Adicionais Devido a um popular filme de Hollywood apresentado em 1976 ("In Search of Noah's Ark - Em Busca da Arca de Noé"), muitas pessoas ainda têm a impressão que a Arca de Noé foi definitivamente encontrada. Um item particularmente memorável para as pessoas era uma fotografia espacial confusa de algo que se acreditava ser a Arca. Expedições posteriores provaram que o objeto era simplesmente uma grande formação rochosa. Nos anos de 1980 e 90, muitos foram enganados por estórias de notícias televisivas ou divulgadas em artigos nos jornais alegando que a Arca tinha sido encontrada em local completamente diferente. Os relatos referiam-se a uma estrutura em forma de barco a 15 milhas do Monte Ararate. Infelizmente, foram divulgados diversos testemunhos exagerados sobre este local, frequentemente denominado Local de Durupinar. Através de pesquisas geológicas extensivas, utilização de radar de terreno e dados de análise de formações terrestres, patrocinadas internacionalmente por um anestesista americano denominado Ron Wyatt, confirmou-se sem margem a dúvidas de que a estranha formação é uma característica geológica comum na região do Ararate. Não é a Arca de Noé. Os Gigantes "Esses nefilins eram os valentes, os homens de renome, que houve na antigüidade." Gn 6.4 "Antes haviam habitado nela os emins, povo grande e numeroso, e alto como os anaquins; eles também são considerados refains como os anaquins; mas os moabitas lhes chamam emins." Dt 2.10-11 "Porque só Ogue, rei de Basã, ficou de resto dos refains; eis que o seu leito, um leito de ferro, não está porventura em Rabá dos amonitas? O seu comprimento é de nove côvados [4 metros], e de quatro côvados [1,78 metros] a sua largura, segundo o côvado em uso." Dt 3.11 "Também vimos ali os nefilins, isto é, os filhos de Anaque, que são descendentes dos nefilins; éramos aos nossos olhos como gafanhotos; e assim também éramos aos seus olhos." Nm 13.33 Há cerca de 5.500 anos, a estatura humana era sobremodo elevada. Haviam homens na Mesopotâmia cuja estatura ultrapassava 4 metros. Eram os primeiros gigantes, chamados pela Bíblia de Nefilins. Nos finais dos anos 50 durante a construção de uma estrada em Homs, no Vale do Eufrates, sudeste da Turquia, região próxima de onde viveu Noé após o dilúvio, foram encontradas várias tumbas de gigantes. Elas tinham 4 metros de comprimento, e dentro de duas estavam ossos da coxa (fêmur humano) medindo cerca de 120 centímetros de comprimento. Calcula-se que esse humano tinha uma altura de 4,5 metros e pés de 53 centímetros. Um dos ossos (fotos abaixo) está sendo comercializado pelo Mt. Blanco Fossil Museum na cidade de Crosbyton, Texas, EUA, ao preço de 450 dólares. "Não foi deixado nem sequer um dos anaquins na terra dos filhos de Israel; somente ficaram alguns em Gaza, em Gate, e em Asdode." Js 11.22 "Ora, o nome de Hebrom era outrora Quiriate-Arba, porque Arba era o maior homem entre os anaquins. E a terra repousou da guerra." Js 14.15 Outros grupos de gigantes chamados de Anaquins e Refains (ou Emins) se instalaram na Palestina entre o Mar Morto e a faixa de Gaza. Os israelitas mataram todos os gigantes desta região sobrando apenas o rei Ogue (na região norte da atual Jordânia) e alguns que foram para a faixa de Gaza (região entre o Mar Mediterrâneo e a cidade de Gaza). "Então saiu do arraial dos filisteus um campeão, cujo nome era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo [2,89 metros]." 1 Sm 17.4 Golias é o gigante mais famoso da história. No entanto não chegava a 3 metros de altura. Esta interessante pegada em granito sólido foi encontrada na reserva florestal de Cleveland, EUA em fevereiro/2002. Gigantes de 24 dedos "Houve ainda outra guerra em Gate, onde havia um homem de grande estatura, que tinha vinte e quatro dedos, seis em cada mão e seis em cada pé, e que também era filho do gigante." 1 Cr 20.6 Pela narrativa, os israelitas se surpreenderam com esse gigante. Na foto, uma pegada fossilizada de 6 dedos (o dedo menor está um pouco apagado) de um gigante comparada com um pé normal. Em 1876 chegou em Londres um gigante fossilizado de 3,65 metros com 6 dedos no pé direito. Ele foi desenterrado por Mr. Dyer durante uma operação mineira em County Antrim, Irlanda. Em seguida foi levado para exposição em Dublin, Liverpool e Manchester. Numa edição de dezembro de 1895, a revista British Strand Magazine publicou uma foto do fóssil tirada no depósito de mercadorias da Broad Street da Companhia de Estrada de Ferro North-Western, sendo mais tarde reimpressa no livro "Traces of the Elder Faiths of Ireland" de W. G. Wood-Martin (abaixo múmia preto e branco). 26 26 www.ChristianAnswers.Net/portuguese - Christian Answers Network - PO Box 200 - Gilbert AZ 85299 EUA 27 Os mais antigos manuscritos do texto bíblico até agora descobertos No verão de 1947, o mero acaso levou à descoberta dos textos mais antigos até agora existentes. Entre os escritos em pergaminho e papiro que uns pastores beduínos descobriram por acaso numa caverna na costa norte do mar Morto, encontrava-se um rolo de sete metros de pergaminho com a íntegra do primitivo texto hebraico do Livro de Isaías. O exame do documento por peritos revelou que o texto de Isaías foi sem dúvida algum escrito pelo ano 100 a.C.! É o original de um dos livros dos profetas, como o que Jesus manuseava quando lia aos sábados em Nazaré (Lc 4.16 e seguintes). O Livro de Isaías, com mais de dois mil anos de idade, é uma prova única da autenticidade da tradição da Sagrada Escritura, pois o seu texto concorda com a redação das Bíblias atuais. De 1949 e 1951, os arqueólogos G. Lankester Harding e Padre Roland de Vaux conseguiram encontrar em outras cavernas do mar Morto grande quantidade de manuscritos muito mais antigos. Entre eles acham-se, em trinta e oito rolos, dezenove livros do Velho Testamento. Esses achados são, segundo declarou G. L. Harding, "o acontecimento arqueológico mais sensacional do nosso tempo. Uma geração inteira de especialistas em assuntos bíblicos terá que empenhar-se no exame desses textos". As redações bíblicas mais antigas e completas do Velho e do Novo Testamento eram, até pouco tempo, os célebres Codex Vaticanus e Codex Sinaiticus do século IV d.C., aos quais se reuniram em 1931 os Papiros Chester-Beaty dos séculos II e III. Fora isso, existem ainda alguns fragmentos de antes de Cristo (os Fragmentos Fuad e Ryland). Mas todos esses documentos são em grego, portanto, no que se refere ao Velho Testamento, traduções. A mais antiga transmissão completa, no texto hebraico primitivo, era o Codex Petropolitanus, escrito em 916 d.C. Com o pergaminho de Isaías encontrado na região do mar Morto, a tradição bíblica hebraica recua quase um milênio exato. Do N.T. foi descoberto em 1935 um fragmento do Evangelho de João, em grego, do tempo do Imperador Trajano (98-117). Esses antigos manuscritos são a resposta mais convincente sobre a autenticidade da tradição bíblica! Entrementes, muito se escreveu a respeito de Qumran. Além das publicações rigorosamente científicas tratando dos célebres "rolos manuscritos do mar Morto", eles entraram também para a literatura especializada , popular, de fácil acesso à compreensão do grande público. Assim, a essa altura, já está na hora de perguntar: será que Qumran trouxe a sensação esperada? A resposta não pode ser inequivocamente positiva, nem negativa, pois mais uma vez cumpre fazer constar que em parte seria sim, em parte, não. De nenhuma maneira os rolos manuscritos do mar Morto forneceram aquelas revelações espetaculares da vida e obra de São João Batista, bem como de Jesus, o nazireu, que deles se esperavam. Ao invés disso, a "voz do deserto" de Qumran nos trouxe à mente quão pouco, no fundo, sabemos a respeito do histórico João Batista, do histórico Jesus. Todavia, parte dos rolos manuscritos de Qumran confirma uma concordância surpreendente com a redação dos textos do V.T., nos quais se fundamentam, e a redação massorética canônica do V.T. hebraico, datando de aproximadamente um milênio mais tarde. Tal concordância reveste-se de grande importância para a história das tradições. Da mesma forma, o teor dos textos de Qumran, com suas inúmeras "antecipações" de idéias, doutrinas, exigências, regras e normas cristãs, forneceu e continuam fornecendo argumentos para os céticos, aqueles que duvidam da originalidade de Jesus e sua Igreja. Depois das descobertas de Qumran, nada mais ficou intocável no âmbito da religião de Cristo, a começar com as bem-aventuranças proferidas no Sermão da Montanha, até as vestes brancas do batismo, desde a eucaristia até a ordem comunitária. Assim, os assênios, os sectários de Qumran, possuíam um "conselho da comunidade", integrado por doze tribos de Israel, mas ainda igualmente aos doze apóstolos de Jesus Cristo. Em Qumran, havia "anciães"; aliás, foi de uma expressão grega, designando o "ancião" da comunidade cristã (presbyter), que nasceu a palavra alemã "Priester" (sacerdote). Ademais, o povo de Qumran conhecia até o ofício episcopal; o termo "bispo" é derivado da palavra grega "episkopos" (literalmente, supervisor) e os sectários de Qumran conheciam bem o ofício de um supervisor (em aramaico: mebagger). Em resumo, desde os 12 apóstolos, passando pela "instituição comunal", em sua íntegra, até as idéias de apreciação ética, as essências da fé, tais como a consciência de ter cometido um pecado, o conceito da salvação, a expectativa do Juízo Final, a "pobreza em espírito", todos esses elementos básicos da fé e da religião cristã, tudo isso já existia em Qumran e era conhecido dos essênios. Por vezes, as concordâncias chegam a ser paradoxais. Da Primeira carta de Paulo aos Coríntios, consta o seguinte trecho enigmático: "Por isso a mulher deve trazer a cabeça (o sinal) do poder por causa dos anjos" (I Co 1.10). Isso poderia ser compreendido da seguinte maneira: por achar-se sob o domínio do homem, a mulher deveria usar um véu na cabeça; no entanto, o que isso teria a ver com os "anjos"? As regras vigentes em Qumran explicam de que se trata: segundo a crença dos sectários de Qumran, a refeição comunal sacrificial contava com a presença de "anjos sagrados", que poderiam ficar "ofendidos" com a presença de certas pessoas, ou grupos de pessoas. Quanto aos preceitos referentes às mulheres, os cristãos primitivos ainda acompanhavam certas praxes, embora não fossem tão longe como foram os essênios, que excluí- ram, radicalmente, as mulheres de suas refeições comunitárias sacrificais. Os cristãos exigiam das mulheres somente certos quesitos, tais como o uso do véu. Todavia, quanto aos doentes, paralíticos, cegos, surdos e aleijados, os cristãos deixaram de acompanhar o regulamento dos essênios, como se depreende da seguinte passagem do Evangelho de São Lucas: "Vai já pelas praças e pelas ruas da cidade; traze aqui os pobres, aleijados, cegos e coxos" (Lc 14.21). Há cientistas que interpretam essas palavras como um franco protesto, uma rejeição terminante do regulamento comunal de Qumran. Nessa altura, chegamos às diferenças existentes entre Qumram e a cristandade e, novamente, no Evangelho de Lucas tornamos a encontrar algo parecido com uma tomada de posição. O evangelista cita a parábola dos feitos infiel e coloca as seguintes palavras na boca de Jesus: "porque os filhos deste século são mais hábeis no trato com os seus seme- lhantes que os filhos da luz." (Lc 16.8). "Filhos da Luz" eram os sectários de Qumran, os essênios. Com essa passagem do Evangelho, os membros das comunidades cristãs contemporâneas eram instados a mão imitar os essênios, que se fecharam em si, retirando-se para o deserto, e assim perderam o contato com o mundo ao seu redor; Enquanto os essênios de Qumran viveram totalmente isolados do resto do mundo, os mensageiros cristãos foram "foram pelas praças e pelas ruas da cidade", conquanto a sua mensagem não fosse dirigida aos eleitos, mas igualmente aos "pobres, aleijados, cegos e coxos". E essa 30 Monte Ararate na Turquia onde foram reportadas muitas "visões da Arca". Um côvado é a distancia entre o cotovelo e a ponta do dedo maior de um homem adulto [cerca de 45,72 centimetros]. (Scene from The World that Perished.) Assumindo o tamanho da Arca como ditto na Bíblia, equivale ao volume igual a 569 vagões de trem de carga. Noah with the animals, as depicted in the motion picture, The World that Perished. God only provided the Ark for the protection of humans and land-dwelling, air-breathing creatures. A huge number of animals would not need to be taken aboard the Ark because they are water dwellers. Representatives would be expected to survive the catastrophe. With God's protection against extinction during the Deluge, survival would have been assured. (Scene from The World that Perished, a Christian motion picture about the Flood) "Fountains of the great deep" scene from The World That Perished During the Flood, the world was deluged in 40 days of rain. But this was not the major source of the Flood waters. (Scene from the award-winning Christian video, The World that Perished.) Was there an ancient vapor canopy around the Earth that shielded pre- Flood inhabitants from harmful radiation that causes everything from skin cancer, mutations, and more? Illustration from The World that Perished video. Artist reconstruction of a ziggurat (pyramid) in Babylon. Illustration by Paul S. Taylor. Copyrighted, all rights reserved. 31 Embora seja bastante curiosa, a anomalia dos 24 dedos é encontrada em humanos até hoje (fotos abaixo). Na foto acima, uma pegada de gigante encontrada junto com outra de Acrocantossauro. Comparando os tamanhos, calcula-se que a altura do humano era bem próxima a do animal (pouco acima dos 4 metros). Na foto abaixo, uma comparação do tamanho de um Acrocantossauro com humanos normais 32 A rota presumida do Êxodo Muitas Bíblias mostram mapas desses locais como sendo os reais itinerários do povo de Israel, contudo carecem de comprovação arqueológica. Apesar de não haver indícios arqueológicos ou bíblicos, essas paragens no Egito são tradicionalmente aceitas por judeus e cristãos como sendo a rota do Exôdo. Nesse local do Egito, dois séculos após a mãe do Imperador Constantino ter construído uma pequena igreja, o Imperador Justiniano em 527 DC determinou a localização do Monte Sinai e construiu um Monastério. Visitado durante séculos por turistas e religiosos, atualmente esplorado como ponto turístico, excursões ao monte Sinai tornou-se mais uma exploração da fé. Esse pequeno vale não tem espaço para acomodar mais de 2 milhões de hebreus com seus animais e objetos. Em Êxodo 3.12, o verdadeiro monte fica em Midiã na Arábia, onde Moisés pastoreva para seu sogro. Forma de códice Trabalhos De Arquelogia Papiro Monjes Da Época Bizantina Escritura Cuneiforme 35 Rodas e seus eixos encrustados nos corais. Roda de carro semelhante às usadas na época da 18a dinastia (1540-1515 AC). O Faraó usou toda os seus carros; " E tomou seiscentos carros escolhidos, e todos os carros do Egito..." (Êxodo 14.7). As rodas de ouro (provavelmente dos carros escolhidos). Essas rodas devido ao metal precioso (ouro),não foram cobertas pelos corais. Roda de 8 raios com um deles ausente Notar a semelhança com um carro egípcio da época. Cantarei ao Senhor, porque gloriosamente triunfou; lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro (Êx 15,2). Mar Vermelho, visão no lado Árabe (Midiã), ao fundo a praia de Nuweiba no Egito (Sinai). Depois fez Moisés partir os israelitas do Mar Vermelho, e sairam ao deserto de Sur; e andaram três dias no deserto, e não acharam água (Êxodo 15.22). Fonte de águas amargas descoberta no deserto próximo ao Mar Vermelho. 36 O Oásis de Elim. Então vieram a Elim, e havia ali doze fontes de água e setenta palmeiras; e ali se acamparam junto das águas (Êx 15.27). Nos montes deste local os sauditas dizem ter encontrado cavernas com inscrições sobre Moisés, bem como as tumbas de Jetro e Zípora. A Rocha em Horebe (Massá e Meribá). Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu ferirás a rocha, e dela sairão águas (Ex 17.6) A localização dessa rocha é próxima ao Monte Horebe(Êx 3.1). Nota-se claramente nesse rochedo elevado a erosão provocada pelo escoamento da água da nascente. Nesse monte com pedras em forma de tábuas (Êx 23.12), existe uma caverna que acredita-se ser a qual Elias refugiou-se de Jezabel (1 Re 19.8-9). Local do altar do bezerro de ouro (Êxodo 32.5) A: Guarda árabe. Após as descobertas no local os árabes declararam-no sítio arqueológico. B: Altar do Bezerro de Ouro (Êxodo 32.5,19). Situado ao pé de um monte a cerca de 1500m de Horebe. C: As doze colunas (Êx 24.4). D: Altar de terra ao pé do monte (Êxodo 20.24 e 24.4). E: Barreiras feita para delimitar a área sagrada (Êxodo 19.23). O arraial situava-se atrás, em toda a área entre os montes. É evidente o contorno deixado pelo ribeiro que descia do monte (Deuteronômio 9.21). Resto das doze colunas Escavações no local O Monte Horebe (Sin-ai). O local em árabe é chamado Jabel El Laws, uma cadeia de montes que formam um "arco" ou "U", conhecido 37 pelos árabes locais como Wadi Hurab (Horebe). O pico mais alto, na parte traseira da montanha está "queimado" (carbonizado)(Êxodo 19.18-20, 24.17 e Deuteronômio 4.11). Exploradores quebraram algumas rochas e comprovaram que são de granito e escuras apenas por fora. As colunas comemorativas no local da travessia, os restos dos carros dos egípcios no fundo do mar, o pico do monte carbonizado e as outras evidências de inestimável valor, tornam a descoberta de Ronald Wyatt incontestáveis. E.M 19/09/2004 Parece estranho que Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim estivessem todas num mesmo local do termo sul do Mar Morto. O mais lógico é que as cidades estariam localizadas ao longo de alguma distância, incluída na descrição Bíblica das fronteiras de Canaã. Os locais que Ron encontrou estavam alinhados ao longo de mais de trinta quilômetros, um conceito fantástico para quem estava familiarizado e nunca tinha considerado que estavam incorreta todas as teorias que diziam que as cidades eram agrupadas. Notei cada localização no mapa que ele tinha descrito. Mas o último local que teria sido Zeboim achei incrível. Ele tinha dito que estava a várias quilômetros ao norte do Mar Morto, passando Jericó. Procurei na Bíblia qualquer pista, encontrei em Primeiro Samuel: 1SA 13:16-18 - E Saul e Jônatas, seu filho, e o povo que se achou com eles, ficaram em Gibeá de Benjamim; porém os FILISTEUS SE ACAMPARAM EM MICMÁS. E os saqueadores saíram do campo dos Filisteus em três companhias; uma das companhias foi pelo caminho Ofra à terra de Sual. Outra companhia seguiu pelo caminho de Bete-Horom, e a OUTRA COMPANHIA FOI PELO CAMINHO DO TERMO QUE DÁ PARA O VALE DE ZEBOIM NA DIREÇÃO DO DESERTO. Examinando um mapa, vi que esta descrição dos Filisteus que saem de Micmás numa companhia que vai ao norte, outra foi ao lado ocidental, e a última diretamente ao leste para o Vale chamado Zeboim; no mesmo lugar onde Ron achou o último local! Fazia sentido que o nome da cidade fosse preservada embora a cidade estivesse destruída há muito tempo, da mesma maneira que o Mt. Sodom ainda hoje preserva o nome Sodoma. Israel tinha deslocado os Cananitas; Zeboim era uma cidade na fronteira de Canaã, e agora seus restos estão na fronteira de Israel. Em 1989, nós visitamos um local próximo a Masada e levamos amostras do material branco que em nossas mãos desintegrava em partículas com a consistência de talco em pó. Parecia cinza certamente! Mas o que fazer com esta informação era algo que ainda não sabiamos. Perguntei para algumas pessoas que estavam filmando um comercial de Tv no local, sobre o que eram as estranhas formações. Responderam que se formou quando o Mar Morto cobriu a área inteira. Interessante; quando o material branco foi examinado em Lab., vimos que eram cinzas. Nos falamos com vários geólogos que afirmaram que a área do fundo do mar contém BARRO; o material branco não continha nenhum barro. A Bíblia conta uma conflagração na qual bolas de enxofre choveram do céu (atmosfera), queimando as cidades completamente. Gen 19:24-25 - "Então o SENHOR fez chover enxofre e fogo, do SENHOR desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra; E destruiu aquelas cidades e toda aquela campina, e todos os moradores daquelas cidades, e o que nascia da terra." Uma menção da condição dos restos das cidades durante o tempo de Cristo foi escrita por Pedro: 2 PE 2:6 - "E condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinzas, e pondo-as para exemplo aos que vivessem impiamente;" Este verso, nos fala que as cidades tornaram-se em CINZAS; isso parece uma conclusão lógica, elas foram destruídas através do fogo; mas, os partidários da teoria que afirma que os cinco locais são localizados na Jordânia após o Mar Morto (Bab edh-Dhra, Numeira, etc.), não notam que eles não contêm cinzas. Eles contêm alguns artefatos queimados, mas também contêm matérias primas, alimentos e outros artigos que ainda estão intactos. Pedro disse que elas tornaram-se em cinzas, um exemplo aos que depois de deveriam viver ". Em grego exemplo" é "hupodeigma" que significa "algo que é mostrado ou visível". Isto implica que poderia SER VISTO literalmente. Judas também escreve e apresenta estas cidades como prova da recompensa dos maus: Jud 1:7 - "Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregue à fornicação como aqueles, e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno." Novamente, a palavra que ele usou, "deigma" raiz da palavra mostrar, que significa "uma coisa mostrada". Outro registro destas cidades foi feito por Josephus em "GUERRAS DOS JUDEUS", livro IV, capítulo VIII: "Agora este país está então tão tristemente queimado, que ninguém se preocupa a vir nele; ... Antigamente era uma terra mais feliz, boas frutas e as riquezas de suas cidades, agora tudo está queimado. Está relacionado como a impiedade de seus 40 "Na região das montanhas no lado ocidental do mar nós apanhamos enxofre puro em pedaços tão grandes quanto o meu dedo polegar. É encontrado até mesmo ao longo da orla do mar no lado oriental, até uns cinco ou seis quilômetros de distancia da margem do mar contém o estrato; difundido de alguma maneira sobre esta área". "As Explorações de Sodoma" por Dr. Melvin Kyle, 1928, pp. 52-53. Influenciados pela idéia comum que as cidades estavam no termo meridional, estes homens obviamente estiveram nos mesmos locais, contudo interpretaram mal o depósito de cinzas e enxofre, achando que eram restos de fertilizantes para as terras deficientes. A razão para as bolas de enxofre serem encontradas ao longo de toda a região é simples; a Bíblia diz que a campina inteira foi incluída na destruição das cidades: GEN 19:25 - "E destruiu aquelas cidades e toda aquela campina, e todos os moradores daquelas cidades, e o que nascia da terra." Em janeiro de 1991, numa área ao longo do Rio Jordão, fora dos limites da campina e dentro de um posto de fiscalização cercado com arame farpado; achamos Zoar. Nossa próxima tarefa era conferir cada um dos cinco locais e verificar se haviam bolas de enxofre neles. Explorarmos secretamente o local para não atrair a atenção sobre nós; e nas estruturas de cinzas também achamos as bolas brancas de enxofre. Sodoma é sem dúvida de todos os locais, o maior e o mais difícil de ir, exige até escalada; esta situada atrás de Mt. Sodom na área que se estende direito até as montanhas; lá, também encontramos o enxofre. Ron e sua equipe comprovaram a existência das bolas de enxofre em todas as cidades, com exceção de Zeboim ao norte de Jericó. Os locais sofreram uma tremenda erosão, o mais preservado, sem dúvida é Gomorra. Admá, ao norte do Mar Morto, por não estar localizada numa área protegida pelas montanhas, é exposta aos ventos; suas cinzas são de cor castanha, provavelmente devido a impurezas trazidas pelo vento; sempre que uma seção é raspada revela a cor clara das camadas interiores. Naquela época que Sodoma e Gomorra existiram, as cidades, com a exceção de Zoar, eram muito grandes, com milhares de pessoas. Sabemos que a planície inteira era uma área luxuriante, muito bonita, comparável ao Jardim do Éden. Provavelmente o Rio Jordão fluía até o Golfo de Acaba. Onde hoje é o Mar Morto, existia um vale cheio de poços de limo que escoavam betume. Considerando que as cidades estavam na campina, elas não foram cobertas pelas águas do mar. A maioria das pessoas Sodoma e Gomorra tinham uma paixão pecadora; a perversão sexual. Eles eram culpados, como um grande número das pessoas de hoje. EZE 16:49,50 - "Eis que esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã: SOBERBA, FARTURA DE PÃO, E ABUNDÂNCIA DE OCIOSIDADE teve ela e suas filhas; MAS NUNCA FORTALECEU A MÃO DO POBRE E DO NECESSITADO. E se ENSOBERBECERAM, E FIZERAM ABOMINAÇÕES diante de mim; portanto,vendo eu isto as tirei dali." Aqui nós aprendemos que a raiz dos seus pecados originou-se da grande riqueza que os conduziu à ociosidade e o descuido para com os menos afortunados. Eles estavam cheio de orgulho e altivez, pensavam que eram melhores que outros. Por que eles eram tão ricos? A presença dos poços de limo pode prover resposta a esta pergunta. Betume era um dos mais valiosos artigos usados no mundo antigo. Seu uso ia desde remédios, mumificações, e até para calafetar os navios, foi usado na Arca de Noé, e até na arca de juncos onde Moisés foi colocado quando era um bebê. Em suas várias formas o betume é uma das substâncias mais usadas pela humanidade desde a mais remota antigüidade. Num documento arqueológico, as tabuas de Ebla, pode-se ver uma lista de algumas compras feitas na época; o preço para cada artigo em prata, dos preço, o mais alto é o do betume. As pessoas destas cidades só tinham que vender o produto; não tiveram nenhuma razão para se ocupar de trabalho duro. Isto explica por que os reis das grandes nações quiseram lhes fazer vassalos; queriam participar da grande riqueza da extração do betume, na forma de tributo. Este betume também pode ter provido um catalisador na conflagração do que aconteceu nesta planície. Betume, ou poços de limo, são o resultado de uma reserva subterrânea de petróleo que escoa para a superfície. E todas as reservas de óleo possuem gás natural associado, que pode vazar no ar. Tudo isto é especulação, menos as evidências que naquela região ocorreu um cataclísma no qual um lago se formou, bloqueando o fluxo do rio, devastando a campina inteira. Quando as tábuas de Ebla (cerca de 2100 tábuas de argila) foram descobertas em 1975 ao norte da Síria, o tradutor, Giovanni Pettinato, encontrou os nomes das cinco cidades da campina listadas na mesma ordem do Gênesis. Porém, o governo Sírio colocou-se contra à ênfase dada ao significado das tábuas, gerando uma enorme controvérsia, eles não queriam unir os Patriarcas Bíblicos com a história da Síria. Isto resultou na resignação de Pettinato e na carta de retratação sobre as traduções. Estas tábuas revelam evidências que positivamente confirmam a veracidade Bíblica. O atual diretor da missão italiana que escava Ebla emitiu uma declaração mostrando por que Pettinato foi forçado a retratar-se: "Quando Pattinato, o tradutor original dos textos, ainda dizia que as duas cidades de Sodoma e Gomorra realmente existiram; fez a sua retratação. Levando em conta as sérias objeções feitas pelo governo sírio de natureza puramente política, baseada no intenso ódio aos israelenses, creio que podemos aceitar a evidência como foi publicada originalmente." Na publicação original, um rei de um das cidades é mencionado, Birsah; exatamente como na Bíblia: GEN 14:2 - "Que estes fizeram guerra a Bera, rei de Sodoma, a Birsa, rei de Gomorra, e a Sinabe, rei de Admá, e a Semeber, rei de Zeboim, e ao rei de Belá (esta é Zoar)." 41 O mais interessante dessas tábuas é que elas vêm de uma cidade bem estabelecida, com o tamanho de cento e quarenta acres, e que existia no tempo de Sodoma e Gomorra. O registro Bíblico revela que Sodoma e Gomorra foram destruídas vinte e quatro anos depois que Abrão saiu de Harã, cidade situada a duzentos quilômetros da antiga Ebla. É mencionado nos textos de Ebla, as cidades cujos nomes refletem os parentes de Abrão: Phaliga=Pelegue; Til- Turak=Terá; e Nakhur=Naor. Mencionam também a cidade de Ur, de onde originalmente Abrão partiu Sodoma e Gomorra e o seu destino não são um conto de fadas; foi um evento histórico que aconteceu exatamente como a Bíblia apresenta. Os restos são a evidência; como Pedro escreveu: II Pe 2:6 - "E condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza, e pondo-as para exemplo aos que vivessem impiamente;" Elas proporcionam a prova ao mundo inteiro; como Judas escreveu: Jd 7 - "Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregue à fornicação como aqueles, e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno." PORQUE SE FARÃO CINZA DEBAIXO DAS PLANTAS diz preparando, o SENHOR dos Exércitos." Malaquias escreveu sobre a recompensa final dos maus: MAL 4:1,3 - "Porque eis que aquele dia VEM ARDENDO COMO FORNALHA; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, SERÃO COMO A PALHA; e o dia que está para vir OS ABRASARÁ, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes NÃO DEIXARÁ NEM RAIZ NEM RAMO. Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o Sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria. E PISSAREIS OS ÍMPIOS, DE VOSSOS PÉS, naquele dia que estou O trabalho de Ron Wyatt é contestado por ateus e religiosos, muitas páginas são escritas tentando desmoralizar sua obra. Mas, a cada dia aumenta o numero daqueles que acreditam na veracidade de suas descobertas. Baseado no original de M. N. Wyatt. Colaboração D.M.; tradução e edição E.M. 06/01/2005
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