Baixe Reprodução e Embriologia: AIDS - Ciclo de Vida, Patogênese, Transmissão e Complicações e outras Notas de aula em PDF para Embriologia, somente na Docsity! REPRODUÇÃO E EMBRIOLOGIA HUBERTT LIMA VERDE DOS SANTOS – huberttlima@gmail.com PROFº: HUBERTT GRÜN. Página 1 REPRODUÇÃO E EMBRIOLOGIA AIDS – PARTE 03 PROFº: HUBERTT LIMA VERDE – huberttgrun@hotmail.it 01 - CICLO DE VIDA DA AIDS: 1. O vírus VIH adere a uma célula e penetra nela. 2. O ARN do VIH, que constitui o código genético do vírus, é libertado dentro da célula. Para se reproduzir, o ARN tem de ser convertido em ADN. A enzima que efetua a conversão recebe o nome de transcriptase reversa. O vírus VIH sofre uma mutação fácil neste ponto porque a transcriptase reversa tende a cometer erros durante a conversão do ARN viral em ADN. 3. O ADN viral entra no núcleo da célula. 4. Com o auxílio de uma enzima chamado integrase, o ADN viral funde-se com o ADN da célula. 5. O ADN replica-se e reproduz ARN e proteínas. As proteínas adotam a forma de uma larga cadeia que se tem de cortar em várias partes uma vez que o vírus abandona a célula. 6. Forma-se um novo vírus a partir do ARN e de segmentos curtos de proteína. 7. O vírus escapa através da membrana da célula, envolvendo-se num fragmento da mesma (invólucro). 8. Para se tornar infeccioso para as outras células, outro enzima viral (a protease do VIH) deve cortar as proteínas estruturais dentro do vírus que nasceu, fazendo com que se coloquem e se convertam na forma madura do VIH. Imagem retirada da página: http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/biologia/biologia_trabal hos/sida02.jpg As células infectadas pelos vírus HIV são: .Linfócitos T CD4+ e linfócitos B ش T = Linfócito T e B = Linfócito B. Imagem retirada da página: http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/biologia/biologia_trabal hos/sida.htm .Macrófagos e células dendríticas ش .Células do tecido nervoso (micróglias e astrócitos) ش .Enterócitos ش .Miocardiócitos ش Assim temos um esquema abaixo que mostra a ação do vírus HIV: 02 – PATOGÊNESE: A patogênese da AIDS ainda não é totalmente conhecida, causam depleção e desorganização do tecido linfático, como linfócitos T CD4+. Ao penetrar na circulação sangüínea, o sistema imunológico responde com a formação de anticorpos anti-HIV. O período entre a infecção e a produção de anticorpos poderá levar um tempo de três a seis meses até conseguir detectá-los, o que chamamos de janela imunológica. Nesse período de tempo não há anticorpos anti-HIV na corrente sangüínea, então a detecção se dá através da proteína p24. Durante a janela imunológica é possível se ter sintomas de infecção aguda, como adenopatia aguda, erupções cutâneas, diarréia, aumento do fígado e baço (hepatoesplenomegalia). Após o período da janela imunológica, o indivíduo não apresenta sintoma, fase esta que é considerada crônica, pois o indivíduo é soropositivo para anticorpos anti-HIV e negativo para proteína p24, podendo ocorrer um decréscimo na contagem de linfócitos T, isto pode durar por meses ou anos. A partir do momento que o indivíduo começar a apresentar os sintomas da AIDS pode-se dizer que o indivíduo se encontra na fase pré-tardia ou tardia ou ainda avançada da doença. 03 – TRANSMISSÃO: Contato sexual desprotegido com pessoa soropositiva; a utilização de seringas não descartáveis contaminadas; sêmen contaminado; secreção vaginal contaminada; transfusão de sangue contaminado; acidentes com materiais infectados que gerem contato direto com a mucosa; pele lesionada ou ferida e com tecidos profundos do corpo; a mãe contaminada pode transmitir o vírus para o bebê durante a gravidez (pela placenta), parto (ao passar pelo canal) ou amamentação. Imagem retirada da página: http://1.bp.blogspot.com/_fXpG_Hhym0Y/R1FweJjJ wHI/AAAAAAAAALU/AnQbeIc430Q/s1600- R/Aids_hiv_06.jpg 04 – COMPLICAÇÕES/CONSEQÜÊNCIAS: Aparecimento de várias doenças (tuberculose, pneumonia), linfomas, herpes, candidíase, Sarcoma de Kaposi, distúrbios neurológicos. 05 – PERÍODO DE INCUBAÇÃO: É o tempo entre o momento da contaminação pelo HIV e o aparecimento de sintomas. Varia de indivíduo para indivíduo. Em alguns casos, podem surgir em meses enquanto que em outros podem levar anos, por exemplo, de 3 a 10 anos entre a contaminação e o aparecimento de sintomas sugestivos de AIDS. 06 – TESTES LABORATORIAIS: Existem diferentes tipos de exames que detectam a presença do vírus da AIDS, através de anticorpos na saliva ou RNA do vírus no sangue, porém o tipo de exame varia conforme o preço e a precisão do resultado. Se houve um contato com uma pessoa com vírus HIV, deve-se esperar seis meses para que se realize testes laboratoriais, pois é somente neste período que haverá a soroconversão, antes deste tempo não é possível detectar nenhum anticorpo na corrente sangüínea. O teste mundialmente conhecido é o Imuno Ensaio para Determinação do Vírus HIV (“Enzyme Linked Imuno Sorbent Assay – ELISA”), a probabilidade deste teste dá o diagnóstico errado é de 1% ou menos, porém como existe essa porcentagem mesmo mínima, pode-se optar por outros exames mais precisos e mais caros, como por exemplo, a Imuno Fluorescência Indireta (IFI) e o Western Blot.