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Guias e Dicas
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Aplasia Pura de Série Vermelha: Prevenção e Cuidados de Enfermagem, Notas de estudo de Enfermagem

Os cuidados de enfermagem necessários durante o período de condicionamento para prevenir aplasia pura de série vermelha, uma complicação potencial após transplante de medula óssea ou sangue periférico. O texto aborda medidas profiláticas, sintomas a serem observados e procedimentos de infusão de quimioterápicos e transfusão de sangue. Além disso, são discutidos os cuidados específicos para crianças e a importância de monitorar sinais vitais.

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 04/03/2011

paty-lopes-12
paty-lopes-12 🇧🇷

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Baixe Aplasia Pura de Série Vermelha: Prevenção e Cuidados de Enfermagem e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! PROENF PROGRAMAS DE ATUALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM SAUDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE COORDENADORA GERAL: MARIA MADALENA JANUÁRIO LEITE DIRETORAS ACADÉMICAS: MARIA EMÍLIA DE OLIVEIRA NAIR REGINA RITTER RIBEIRO se é errei ' [o artmed' casamericia> PROENF | SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE | Porto Alegre | Ciclo 3/ Módulo 2 / 2008 Estimado leitor É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na web e outros), sem permissão expressa da Editora. Os inscritos aprovados na Avaliação de Ciclo do Programa de Atualização em Enfermagem (PROENF) receberão certificado de 180h/aula, outorgado pela Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) e pelo Sisterna de Educação em Saúde Continuada a Distância (SESCAD) da Artmed/Panamericana Editora. Os autores têm realizado todos os esforços para localizar e indicar os detentores dos direitos de autor das fontes do material utilizado. No entanto, se alguma omissão ocorreu, terão a maior satisfação de na primeira oportunidade reparar as falhas ocortidas. As ciências da saúde estão em permanente atualização. À medida que as novas pesquisas e a experiência ampliam nosso conhecimento, modificações são necessárias nas modalidades terapôuticas e nos tratamentos farmacológicos. Os autores desta otra verificaram toda a informação com fontes confiáveis para assegurar-se de que esta é completa e de acordo com os padrões aceitos no momento da publicação. No entanto, em vista da Associação Brasileira de Enfermagem ABEn Nacional SGAN, Conjunto “B” 70830-030 - Brasília, DF — Brasil Fone (61) 3226-0653 E-mail: abenabennacionalorg br http. abennacionalorg br A ArtmediPanamericana é filiada possbiidade de um erro humano ou de mudanças nas ciências da saúde, nemos autores, nem a editora ou qualquer outra pessoa envolvida na preparação da publicação deste trabalho garantem que a totalidade da informação aqui contida seja exata ou completa e não se responsabilizam por erros ou omissões ou por resultados obtidos do uso da informação. Aconselha-se aos leitores confrmála com outras fontes. Por exemplo, e em particular, recomenda-se aos letores revisar o prospecto de cada fármaco que planejam administrar para certificar-se de que a informação contida neste livro seja correta e não tenha produzido mudanças nas doses sugeridas ou nas contra-indicações da sua administração. Esta recomendação tem especial importância em relação a fármacos novos ou de pouco uso. Artmed/Panamericana Editora Ltda. Avenida Jerônimo de Ornelas, 670 - Bairro Santana 90040-340 - Porto Alegre, R$ - Brasi Fone (51) 3025-2550 - Fax (51) 3025-2555 E-mail: info(Osescad com.br consultas(Dsescad com br hittp:lhwuny. sescad com.br JABED. associação Brasicia de Educação a Distância ESQUEMA CONCEITUAL "| O profissional de enfermagem e o transplante de células-tronco hematopoiéticas H Etapas do transplante de células-tronco hematopoiéticas H Fase hospitalar Inserção do cateter venoso central Manutenção do cateter H Condicionamento Cuidados de enfermagem a crianças e a adolescentes em transplante de células- tronco hematopoiéticas Profilaxias: bacteriana, viral e fúngica Altas doses de quimioterapia e/ou radioterapia — antieméticos H Transplante de células-tronco hematopoiéticas Aplasia Toxicidade/condicionamento Alta ambulatorial Complicações A família e o transplante de células-tronco hematopoiéticas Conclusão B | PROENF | SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE | SESCAD | CUIDADOS DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS E A ADOLESCENTES EM TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÍÉTICAS | 8 O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM E O TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS O COFEN regulamentou a atuação dos profissionais de enfermagem em hemoterapia e transplante de medula óssea (TMO) a partir da Resolução nº 200, de 15 de abril de 1997, segundo as normas técnicas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, na qual descreve 20 competências para o exercício profissional do enfermeiro em hemoterapia e 17 em TMO. No entanto, essa resolução não prevê a especificidade de tratamento de acordo com a faixa etária do cliente, e as competências estão direcionadas ao serviço e à sua complexidade." Na prática de cuidar de crianças e adolescentes no espaço hospitalar, alguns desafios se fazem presentes. Esses desafios englobam desde a existência ou a escassez de recursos materiais e tecnológicos até a capacitação de recursos humanos. Por ser um ambiente complexo, o Serviço de Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas (STCTH) necessita de um profissional de enfermagem treinado, responsável, habilidoso e capaz de desenvolver diversas intervenções terapêuticas. Apenas a competência técnico-científica, porém, não é suficiente para a qualidade do cuidado, principalmente quando se tratam de crianças e adolescentes: é necessário ter sensibilidade e disponi Jade para perceber o que está além do conhecimento científico. O ambiente hospitalar propicia contato intenso como cliente e com os seus familiares, convivência constante com situações de doença e morte, exposição a agentes estressores, entre outros fatores? Oenvolvimento entre enfermeiro/cliente/família é fundamental para que o cuidado suplante o atécnica. É indispensável um planejamento adequado a cada caso, visando ao cuidado individualizado, à adaptação e ao ajuste da criança e do adolescente ao novo ambiente, âobservação dos sinais de dificuldades, ansiedade, dúvidas, incertezas e estabelecimento de uma relação de confiança? Houve um período em que a hospitalização significava o afastamento da criança e do adolescente da sua família. A importância do crescimento e do desenvolvimento, das reações emocionais infantis e adolescentes, da necessidade de educar e do impacto emocional que a doença e a hospitalização causavam no paciente e nos familiares eram pouco considerados! Em 1988, a Constituição do Brasil priorizou a proteção dos direitos da criança e do adolescente e o atendimento de suas necessidades básicas. Em 1990, foi promulgada a Lei nº 8.069, que regulamenta o Estatuto da Criança e Adolescente e prevê que os estabelecimentos hospitalares devam prover recursos que possibilitem a permanência de um dos pais ou responsável, em tempo integral, ao lado da criança e do adolescente.” São 20 os direitos assegurados às crianças e aos adolescentes hospitalizados que estão descritos na Resolução nº 41, de 13 de outubro de 1995, do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA); dentre eles, está o de ser acompanhado por sua mãe, pai ou responsável durante todo o período de sua hospitalização º Portanto, é responsabilidade da instituição promover adequação de recursos materiais para que isso seja cumprido de forma mais digna possível, ou seja, para que o acompanhante possa usufruir de uma poltrona para descanso, um local em que possa realizar uma refeição e até mesmo sua higiene pessoal. O enfermeiro deve estar ciente de quais são os direitos dos pacientes e familiares e facilitar o seu exercício; por exemplo, o direito de nº 9, que se refere ao direito à recreação, a programas de educação para saúde e a acompanhamento do currículo escolar, dentro do possível, assim como facilitar a presença dos professores nos programas de escolarização hospitalar, quando houver na instituição. Na instituição em que as autoras desenvolvem suas atividades, o programa de educação para saúde e acompanhamento do currículo escolar é uma das diversas ações do Comitê de Humanização Hospitalar e é desenvolvido nas unidades pediátricas, em convênio com a Secretaria Municipal de Educação do município. Reconhecer e orientar a família, para que esta seja um elemento de possível suporte, irá contribuir significativamente para a segurança e o bem-estar da criança e do adolescente que se encontra dependente e fragilizado pela dor e sofrimento.” No que se refere ao STCTH, em que o tempo de internamento é, geralmente, maior em relação às outras unidades de intemação, estes preceitos devem ser seguidos à risca, com o objetivo de diminuir o impacto dos fatores estressores sobre a criança e o adolescente. OSTCTH é um ambiente complexo e requer uma equipe de enfermagem especializada, responsável e humanizada, tanto na assistência como na organização e planejamento dos cuidados, objetivando o bem-estar dos clientes e dos seus familiares. O TCTH tem finalidade terapêutica e consiste na substituição de uma medula óssea V doente ou deficitária por células sadias, com objetivo de reconstituição do tecido sangúíneo.” Para ter bons resultados no TCTH é importante que a doença de base tenha sido tratada previamente e controlada com tratamento adequado. 8 3 | PROENF | SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE | SESCAD | 2 s CUIDADOS DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS E A ADOLESCENTES EM TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÍÉTICAS | ETAPAS DO TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS O Quadro 2 lista as etapas do TCTH: Quadro 2 ETAPAS DO TCTH A - Fase ambulatorial B- Fase hospitalar C-alta 1. Recepção do paciente | 4. Admissão 9. Alta da Unidade: > 500 encaminhado pelo E Acesso venoso central granulócitos/mmº médico de origem 2. Seleção de doadores 3. Pré-admissão nm Entrevista E Avaliação global do paciente * Inserção do cateter * Manutenção do cateter 5. Condicionamento m Profilaxias: bacteriana, viral e fúngica E Altas doses de quimioterapia elou radioterapia E Antieméticos 6. Transplante (TCTH) m Medula óssea m Sangue periférico E Sangue de cordão 7. Aplasia m Toxicidade/condicionamento m Profilaxia e tratamento de infecções E Hemoterapia 8. Recuperação do enxerto 10. Acompanhamento ambulatorial 11. Alta ambulatorial E Sobrevida m Complicações * Complicações precoces * Doença do enxerto contra o hospedeiro * Complicações tardias * Recidivas da doença 12. Aspecto emocional O processo de TCTH é demonstrado, de forma sintética, na Figura 1. Pré-admissão * Entrovista paciente Transplante + Medula óssea + Sangue periférico + Sangue de cordão > fit Alta da Unidade Ep * Avaliação global (OO AR a) > Lo 3 Admissão * Acesso venoso central Aplasia + Toxicidade!condicionamento + Profilaxia e tratamento de infecções + Hemoterapia => « Sobrevida + > 500 granulócitosimm? = Alta ambulatorial * Acompanhamento ambulatorial Condicionamento * Profilaxias: bacteriana, viral e fúngica - Altas doses de quimioterapia elou radioterapia + Antieméticos (838 Neca Recuperação do enxerto Figura 1 — Etapas do processo de TCTH na unidade de tratamento. Fonte: Ortega e colaboradores (2004).” E FASE AMBULATORIAL RECEPÇÃO DO PACIENTE ENCAMINHADO O encaminhamento do paciente ao Serviço de Transplante é realizado conforme cada médico. O médico de origem encaminha para o do Serviço, juntamente com o relatório completo do tratamento e o acompanhamento do cliente até o momento. A secretária do ambulatório, ao receber esse material, cadastra o paciente no banco de dados do Ambulatório de Pacientes Novos e encaminha o material, para avaliação e parecer, ao médico responsável por esse ambulatório. Se ele considerar que o cliente possui condições, indicará o transplante e encaminhará para o Serviço Social. SELEÇÃO DE DOADORES Atriagem do doador de CTH é crucial para o sucesso do transplante. Isso surpreendeu os primeiros investigadores, pois nas experiências realizadas anteriormente com cães, os problemas relacionados às diferenças imunológicas eram pequenos; o antígeno de histocompatibilidade humano (human leukocyte antigen — HLA) está codificado no braço curto do cromossomo 6 e é responsável pela identidade imunológica humana.? A compatibilidade HLA diminui o risco de doença de enxerto contra o hospedeiro (DECH), uma das complicações do TCTH. Um indivíduo que tem um irmão possui 25% de chance de que este possua um HLA compatível. Essa chance aumenta de acordo com o número de irmãos. Se considerarmos que o número de filhos na atualidade tem diminuído sensivelmente entre os casais, pode-se concluir que as chances de conseguir um doador, com tipagem HLA compatível, aparentado também diminui.”* Outros fatores são considerados na procura por um doador, tais como: E aidade — evitam-se doadores muito jovens e os idosos; E o peso- deve ser, de preferência, igual ou maior do que o do receptor; E histórico médico - condição clínica geral e sexo. O Serviço Social desencadeia a busca por doadores. Os possíveis doadores familiares são convocados para exames de HLA-I; constatada a compatibilidade, são encaminhados para HLA- Il, quando se realiza a avaliação médica e laboratorial. De preferência, a tipagem sangúínea deve ser igual à do receptor, embora diferenças entre os grupos sangúíneos não contra-indiquem a doação. No caso de mais de um candidato, é essa avaliação que vai definir o doador ideal.” Essa avaliação clínica e laboratorial deve prever, inclusive, doenças ligadas à herança genética, como, por exemplo, a anemia de Fanconi. Os transplantes podem ser: E singênicos - o doador é gêmeo idêntico do receptor; E autogênicos — o doador é o próprio receptor; neste caso, basta coletar as CTH previamente ao condicionamento, congelando-as para posterior infusão; E alogênicos — o doador pode ser aparentado (geralmente irmão) ou não-aparentado (progra- mas de doadores voluntários), com HLA compatível ou parcialmente compatível. 8 N | PROENF | SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE | SESCAD | » s CUIDADOS DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS E A ADOLESCENTES EM TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÍÉTICAS | Os pacientes que não possuem doadores familiares são cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME;), e inicia-se a busca por doadores não-aparentados, que pode durar meses ou anos. Nesse período, dependendo do diagnóstico, o receptor poderá ser encaminhado para outras terapias, se necessário. Definido o doador, este é encaminhado para exames: avaliação laboratorial; raio X de tórax; eletrocardiograma; ecocardiograma; parasitológico de fezes; parcial de urina; sorologia completa; sorologia para citomegalovirus (CMV); tipagem sangúínea ABO/Rh; hemograma; bioquímica. Após todo este processo, o médico e o enfermeiro do Ambulatório de Pacientes Novos encaminham ao enfermeiro da Unidade de Internação do Serviço de Transplante a lista atualizada dos candidatos imediatos ao transplante e inicia-se a fase pré-transplante. Aenfermagem, de posse da lista dos candidatos imediatos ao transplante, inclusive com possíveis datas, realiza os procedimentos burocráticos: agenda passagem de cateter; disponibiliza o internamento; avisa o Serviço Social, que deverá providenciar a vinda do receptor/família e doador, quando familiar. Em caso de doador não-aparentado, o REDOME agenda a coleta das CTH no local de origem e a unidade de serviço onde será internado o doador, providencia um courier (transportador), profissional da área da saúde vinculado à instituição em que o receptor está internado, previamente cadastrado no setor de busca de medula óssea, para o transporte na data conveniente. PRÉ-ADMISSÃO Entrevista O preparo do receptor inicia-se no ambulatório. Quando o doador é estabelecido, o enfermeiro providencia um impresso ambulatorial próprio para entrevista, prescrição médica e de enfermagem e inicia o processo de pré-admissão. Faz parte das atribuições da enfermagem agendar as consultas com os profissionais da equipe multidisciplinar: médico, assistente social, psicólogo, anestesista. Avaliação global Na consulta de enfermagem, inicia-se o processo de acordo com a sistematização vigente no serviço. No que se refere à experiência das autoras, esta é pautada nas fases do processo de enfermagem de Wanda de Aguiar Horta, que contempla o histórico, a identificação das necessidades, a prescrição, a implementação dos cuidados e a evolução.” (9 7. Marque a alternativa INCORRETA quanto aos tipos de transplante de células- tronco hematopoiéticas em relação aos doadores. A) Singênicos — o doador é gêmeo idêntico do receptor. B) Autogênicos — o doador é o próprio receptor, precisa-se apenas coletar as células-tronco previamente ao condicionamento, que serão congeladas para posterior infusão. C) Alogênicos — o doador será sempre aparentado e HLA compatível. D) Alogênicos - o doador pode ser aparentado, HLA compatível, ou não- aparentado desde que HLA compatível. Resposta no final do capítulo 8. Definido o doador de células-tronco hematopoiéticas, que tipos de exames ele é encaminhado a fazer? E FASE HOSPITALAR ADMISSÃO Inserção do cateter venoso central A internação no STCTH se dá para inserção do cateter venoso central. Geralmente, após o procedimento, o receptor já permanece intemado, iniciando, imediatamente, o condicionamento. Porém, em alguns casos isso não acontece, devido a questões burocráticas como, por exemplo, disponibilidade do cirurgião vascular, agendamento das radioterapias/condicionamento, vagas para intemação. Nesses casos, o receptor tem alta após a inserção e pode ficar até uma semana aguardando o internamento, sendo que, nesse período, o curativo e a manutenção do cateter são realizados no ambulatório diariamente.” condicionamento. A escolha do cateter dependerá da rotina do serviço; poderá ser totalmente implantado ou semi-implantável, de longa permanência, com duas vias, do tipo Hickman.” VN Todos os pacientes necessitam de um cateter venoso central antes de iniciar o Anecessidade de acesso venoso de longa duração aumenta, a cada dia, em diferentes situações, desde as já consagradas, como hemodiálise e nutrição parenteral, até as mais recentes, como quimioterapia e transplante de medula.'? o | PROENF | SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE | SESCAD | o 8 CUIDADOS DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS E A ADOLESCENTES EM TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÍÉTICAS | Os cateteres venosos centrais encontram-se disponíveis desde 1975, quando os cateteres Broviac foram desenvolvidos e se destinavam à infusão de nutrição parenteral prolongada (NPT). O cateter de Broviac foi seguido por uma versão modificada, o cateter de Hickman, que pode receber a administração de terapias destinadas a pacientes submetidos a TCTH. Os cateteres venosos centrais podem ser mantidos de meses a anos, fornecendo acesso venoso de longa permanência, que permite coleta de amostras de sangue, verificação de pressão venosa central e administração de fármacos, hemocomponentes, NPT, entre outros, dispensando múltiplas venopunções.'21º O cateter totalmente implantável pode permanecer por um período maior. Em pesquisa realizada em 2000, o cateter Broviac-Hickman semi-implantável teve uma duração média de implante de 69 dias; a duração do totalmente implantável foi de 568 dias, considerando a retirada eletiva, ou seja, excluindo-se as retiradas por complicações. 2º O emprego de cateteres venosos centrais nos programas de transplante, embora extremamente favorável, não é isento de complicações, como obstrução, fratura ou ruptura, migração e infecção. Os dispositivos de acesso vascular podem ficar obstruídos como resultado de uma obstrução mecânica, por trombos ou precipitados de fármacos. Nesses casos, o tratamento tem que ser imediato, pois se a obstrução não for tratada podem ocorrer complicações secundárias, tais como a perda do acesso vascular, morbidade por novas cateterizações e risco de infecção por formação de rede de fibrina e aderência de bactérias e fungos.”121º técnica de inserção cuidadosa de cateteres, avaliação rotineira de curativos, locais de inserção, equipos, bombas de infusão e clamps; técnica meticulosa de coleta de sangue e atenção com fármacos e soluções potencialmente incompatíveis.” o O cuidado preventivo para a formação de coágulos e a subsequente oclusão requer uma A infecção relacionada ao uso de cateteres venosos centrais de longa permanência ocorre de várias formas, tais como: contaminação do dispositivo por microrganismos de fora da pele no ato da inserção; posicionamento inadequado da ponta do cateter; migração de microrganismos pela porção intraluminal; manipulação não adequada do cateter (manutenção, curativo, coleta de sangue, infusão de medicamentos); infusão parenteral de soluções contaminadas; água do chuveiro com presença de bactéria patogênica; banho de imersão sem proteção do cateter (crianças menores); lavagem das mãos de forma inadequada ou insuficiente; uso de sabonete líquido e degermante de origem não-confiável. Para a inserção do cateter, o enfermeiro do ambulatório, em conformidade com o da Unidade de Internação, deve: E verificar a necessidade transfusional, E programar a transfusão de acordo com a prescrição médica e solicitar o hemocomponente; E transfundir plaquetas pré-inserção de cateter, se necessário; E agendar a data de internação em consenso com a Unidade de Internação; E contatar e agendar a inserção do cateter venoso central com o médico responsável pela realização do procedimento, bem como transmitir as informações necessárias sobre o paciente;” E preencher e encaminhar o aviso de cirurgia; E solicitar avaliação do serviço de anestesia e reservar concentrado de plaquetas de doador único (obtido por aférese), conforme o resultado da contagem de plaquetas — o ideal é manter acima de 50.000mmº; E transfundir concentrado de hemácias conforme prescrição médica. O médico deve ser informado do resultado do exame de volume globular, que deve se manter acima de 30%; informar ainda o paciente e o familiar quanto ao horário e ao local de intemaçã realizar as orientações pré-intemamento; dizer o que poderá ser levado para a unidade; informar sobre o jejum de seis horas antes do procedimento, no caso de internação seguida de inserção de cateter venoso central. Na unidade de internação, o paciente e seu familiar são recebidos pelo enfermeiro, que apresenta a equipe de plantão, mostra a unidade e o quarto em que o paciente ficará internado. O enfermeiro providencia pijama e orienta sobre o banho de aspersão com sabonete líquido degermante à base de digluconato de clorexidina, o mais próximo do horário do procedimento (inserção), com especial atenção para degermação do tórax. Se necessário, o enfermeiro supervisiona o banho ou o realiza em conjunto com o familiar, de acordo com a idade da criança/adolescente e/ou condições de entendimento dela. Auxiliar no banho de aspersão é uma excelente oportunidade para iniciar o exame físico por meio da observação detalhada de toda a região corpórea, identificando: E lesões; E manchas; E micoses; E alergias e/ou petéquias. Após o banho de aspersão, verifica-se altura e peso e realiza-se o exame físico e a avaliação global do paciente, sempre interagindo com ele e com o familiar. Todas as oportunidades devem ser aproveitadas para orientar e obter informações sobre o paciente, diagnóstico, cateterizações venosas centrais anteriores e necessidade transfusional. Deve-se verificar se o paciente realizou avaliação anestésica em nível ambulatorial, antes do internamento; infundir concentrado de plaquetas, conforme orientação dos cirurgiões pediátricos que irão realizar a inserção do cateter e providenciar o prontuário para encaminhar ao centro cirúrgico.” Após a inserção do cateter venoso central, o paciente retorna à unidade de transplante. Nessa ocasião, a enfermagem aspira o cateter e realiza o teste de refluxo sangúineo e a infusão de solução isotônica para verificar o fluxo das vias. Se necessário, é realizado o controle radiológico para verificar o posicionamento do cateter. Realiza-se o curativo e libera-se o paciente para alta após estabilização dos sinais vitais e em conformidade com o médico, sendo o paciente orientado para retorno diário ambulatorial até a reinternação.” o o | PROENF | SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE | SESCAD | o [e CUIDADOS DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS E A ADOLESCENTES EM TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÍÉTICAS | No decorrer do condicionamento se avalia, em equipe, a possibilidade de modificar a prescrição ou acrescentar outras medicações, pois dependerá das reações do organismo do cliente e do seu desconforto.” Para saber mais Para melhor entender a quimioterapia/radioterapia, suas complicações e cuidados de enfermagem, vide Menezes MF, Carmargo TC e Guedes MT. Enfermagem em Oncológica. O período de condicionamento é cronometrado do -7 ao -1 (menos 7 ao menos 1), cujas medidas profiláticas são:” E hiperidratação, com 3.000mL/míídia, desde o dia -7 ao dia 0; E hidantalização (administração de hidantal), quando se utiliza bussulfano ou carmustina (BCNU); E administração de uroprotetor (mesna) para prevenção da cistite hemorrágica relacionada à ciclofosfamida (CFA); E uso de antieméticos. Atoxicidade varia de acordo com cada paciente, condicionamento e combinação de medicamentos utilizados.” O enfermeiro deve prestar um cuidado individualizado de suporte, para prever complicações e estabelecer com a criança/adolescente/família um vínculo de confiabilidade e segurança, direcionado as necessidades de cada um. O Quadro 3 aborda as complicações possíveis que podem ocorrer durante o condicionamento e os cuidados de enfermagem que elas necessitam.” Quadro 3 COMPLICAÇÕES POSSÍVEIS DURANTE O CONDICIONAMENTO emo bp ATi ea] Complicação Etiologia Manifestação Assistência de enfermagem clínica Toxicidade E Quimioterapia | mm Aumento de E Verificar sinais vitais, no mínimo, de 4/4 cardíaca (ciclofosfamida) | peso horas. E Imadiação E Edema periférico | E Pesar o paciente 3 vezesídia. corporal total elou E Restringir ingesta hídrica e volume das (ICT) generalizado soluções parenterais. E Taquicardia E Manter cabeceira elevada a 45º. E Dispnéia E Avaliar nível de consciência. E Tosse E Avaliar ritmo e frequência cardíacos. E Ortopnéia E Observar queixas da presença de sensação E Hipertensão de peso torácico ou desconforto e perfusão E Edema pulmonar | das extremidades. E Cardiomegalia | Realizar ausculta cardíaca frequente em E Perfusão busca de alterações de ritmo e frequência. periférica (Continua) (Continuação) Complicação Complicações geniturinárias Hipersensibilidade a fármaco citostático Excesso de volume parenteral Etiologia Manifestação clínica E Infecção do trato urinário E Sangramento vaginal E Cisite hemorrágica E Quimioterapia (ciciofosfamida) E Hiperidratação E Trombocitopenia E Neutropenia E Quimioterapia | Reações de hipersensiblidade como: prurido dispnéia edema rash cutâneo taquicardia ardência de mucosa oral é labial calor, rubor E Aumento de peso E Sobrecarga cardíaca E Edema periférico ou generalizado E Hiperidratação Assistência de enfermagem Orientar para que o paciente informe quanto às possíveis alterações de volume e coloração da urina. Controlar peso e balanço hidreletrolíico. Monitorizar resultados de exames. Se necessário, transfundir plaquetas e hemádias sob prescrição médica. Administrar, cuidadosamente, os medicamentos, seguir a rotina do volume de diluição, plano de hidratação e tempo de infusão. Atentar para o esquema uroprotetor, administrando mesna nas horas 0, 3, 6, 9 42 da ciclofosfamida. Realizar sondagem vesical e irigação contínua, se necessárias. Coletar amostra de urina para pesquisa de vírus, cultura é sedimento corado. Conferir o quimioterápico a ser administrado (paciente, dose, via, horário e tempo de infusão) e a sua establidade (temperatura ambiente, refrigerador, etc.) Verificar dados vitais antes, durante e após a infusão do fármaco. Informar ao paciente sobre o que ele vai receber e orientá-lo a relatar qualquer alteração percebida. Utilizar equipamentos de proteção individual (EPIs — luvas, máscara e avental) durante a administração do fármaco. Checar o hotário de administração na prescrição médica e anotar no relatório de enfermagem. Descartar frascos vazios do quimioterápico em local apropriado, conforme rotina do setor. Aprazar as soluções conforme o esquema de condicionamento. Calcular os planos dos pacientes que fazem radioterapiaitransfusão para que os mesmos não deixem de receber o volume indicado dentro do prazo estabelecido na prescrição. Confeccionar escalas e controlar rigorosamente a velocidade de gotejamento das soluções quando não houver bomba infusora. Observar presença de edema, taquicardia, dispnéia e outros sinais de sobrecarga cardíaca. Verificar peso de 8/8 horas. Verificar pressão venosa central (PVC) & correlacionar com peso e balanço. Observar fluxo urinário e registrar o aspecto (coloração, odor e volume). Realizar balanço hídrico, ao menos, de 4/4h e, se necessário, administrar divrético, conforme prescrição médica. (Continua) o S PROENF | SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE | SESCAD o [e CUIDADOS DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS E A ADOLESCENTES EM TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÍÉTICAS | (Continuação) Complicação Etologia Manifestação Assistência de enfermagem clínica Alterações EiCcT E Náuscas E Orientar o paciente sobre o procedimento. gastrintestinais | E Quimioterapia | E Vômitos E Orientar sobre a importância da higiene oral E Diarréia e oferecer soluções para bochecho, E Fadiga conforme a rotina do serviço. E Letagia E Administrar antieméticos, se necessário, E Dermatite (rash conforme prescrição médica. cutâneo) E Orientar o paciente a não utlizar, durante as sessões de radioterapias, cremes, óleos ou outras soluções hidratantes para a pele, devido ao risco de queimaduras. E Orientar o paciente a não se mexer durante a ICT; no caso de crianças, avaliar junto à equipe médica a possibilidade de sedação. E Observar sinais de fadiga ou malestar é auxiliar o paciente nas suas atividades. Náuseas/Vômitos | E Quimioterapia | IB Debilidade física | IM Atentar para possíveis efeitos colaterais dos E Radioterapia e emocional antieméticos. Alteração E Medicamentos | E Astenia E Observar reações extrapiramidais e cefaléia. hidreletrolítica | E Aspectos E Diminuição do | m Investigar 2s preferências alimentares da emocionais nível de criança eJou adolescente. consciência E Auxiliar no preenchimento e na organização E letargia do cardápio, se necessário. E Distresse E Atentar para sinais de depleção. respiratório E Coletar sangue para dosagem de eletrólitos. E Monitorizar e controlar os resultados dos exames laboratoriais (Na+K+Mg+ Ca e P). E Repor líquidos e eletrólitos após o ajuste da prescrição médica, caso o paciente necessite. Reações de E Imunossupres- | EB Sistema nervoso | E Informar ao pacienteyfamiliar sobre as hipersensibilidade | sores (globuina | central (SNC): possíveis reações causadas pelo antitimocítica ou cefaléia, medicamento e solicitar que ele informe, antiinfocitica) parestesias, caso apresente qualquer alteração. convulsões E Reservar plaquetas para os dias E Cardiovascular: programados do medicamento (manter tromboflebite plaquetas acima de 50.000mm). periférica e E Manipular/preparar o fármaco, conforme a hipotensão rotina do serviço. E Gastrintestinal: | mm Atentar para reações de hipersensibilidade. náuseas, E Monitorizar sinais vitais e queixas do vômitos, paciente durante o período de administração diarréia, do fármaco. estomatite, E Manter material e medicação de singultos, dor emergências disponíveis e ao alcance. epigástrica E Utilizar bomba infusora para controle da distensão infusão. abdominal E Infundir no período de 6 a 8 horas. E Pete: rash E Administrar pré-medicação conforme cutâneo, prurido, | prescrição médica. urticária, pápula e fogachos E Hematológico: leucopenia e trombocitopenia. Fonte: Ortega e colaboradores (2004).” (Continuação) Fonte de CTH Complicações Cuidados de enfermagem Infusão de CTH de medula óssea elou sangue periférico alogênico efou singênico Sobrecarga de volume * hipertensão arterial (relacionada a hipervolemia) cefaléia tremores e calafrios hipertermia eritema cutâneo distúrbios respiratórios E Orientar e tranqúilizar o paciente e o familiar quanto ao procedimento. E Colher amostra de sangue do receptor e encaminhar para banco de sangue (prova cruzada com as CTH do doador). Antecipar as medicações que forem possíveis para liberar a via mais calibrosa para infusão das CTH. Atentar para não infundir a ciclosporina concomitante com a infusão das CTH. Preencher o cabeçalho do formulário de controle de infusão. Atentar para tipagem sangúínea (ABO/Rh) do receptor é doador. Conferir a identificação e o volume da bolsa com o formulário proveniente do banco de sangue. Administrar diuréticos conforme a prescrição médica. Calcular gotejamento de acordo com o volume total da bolsa para que sejam infundidas em 4 horas (habitual). Iniciar o gotejamento total para correr em 4h, podendo diminuí-lo em caso de intercorrências. Verificar sinais vitais (SSVV) antes de iniciar a infusão e, a cada 15 minutos, durante a 1º hora de infusão, e, de 30/30min, na 2º e 3º hora. Anotar o volume total, número de células e o horário de término da infusão das CTH. Infusão de CTH de medula óssea e sangue periférico aparentado é não aparentado com incompatiblidade ABO/Rh Lise das hemácias + tremores e calafrios * dor abdominal broncoespasmo edema de glote hemoglobinúria hipertermia hipertensão diminuição do débito urinário insuficiência renal dor lombar Orientar o paciente e o familiar quanto ao procedimento. Verificar tipo de incompatibilidade ABO/Rh existente entre doador é receptor. Verificar o tipo de manipulação que foi realizada para retirada das hemácias (incompatiblidade ABO/Rh maior e título de isoemaglutininas elevado) e retirada de plasma (incompatibilidade sangúinea menor e título de isoemaglutininas elevado). E Encaminhar amostra de sangue do receptor para realizar a prova cruzada com as CTH do doador. Realizar hiperidratação conforme prescrição médica. Administrar diurético conforme prescrição médica. Manter carrinho de emergência junto ao paciente. Monitorar o paciente. Conferir identificação da bolsa, nome do doador e do receptor, volume total e número total de células de CTH após a manipulação. Verificar o número de hemácias restantes no produto manipulado, em caso de incompatibilidade ABO/Rh maior. E Iniciar gotejamento com 3 gotas por minuto, observar tolerância e dobrar a quantidade a cada 15 minutos se não apresentar reações, até atingir o gotejamento programado. Monitorizar SSWV, aspecto e volume da diurese rigorosamente e comunicar alterações. Aumentar a hiperidratação e administrar maniol é diurético nas intercorrências (hemoglobinúria é redução do débito urinário) conforme prescrição médica. E Monitorar aspecto e volume urinário com rigor por 24 horas. (Continua) ê | PROENE | SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE | SESCAD | 8 CUIDADOS DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS E A ADOLESCENTES EM TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÍÉTICAS | (Continuação) Fonte de CTH Complicações Cuidados de enfermagem Infusão de CTH de E Nóuscas Realizar contato com o setor da criobiologia e agendar sangue de cordão E Vômio o horário da infusão. umbilical e placentário | Dor lombar Comunicar o horário da infusão ao paciente e familiar E Hipertensão e orientá-los quanto ao procedimento. E Cefaléia Monitorar o paciente. E Tontura Administrar medicamento pré-infusão (anti-histamínico e diurético) conforme prescrição médica. Conferir a identificação da bolsa de transfusão contendo CTH, o volume total e o número de células CD34 com as informações do formulário do setor de criobiologia. E Realizar a infusão das oélulassronco imediatamente após a chegada à unidade de intemação (em 15 minutos). Monitorizar o paciente para alterações em SSVV e queixas, comunicar ao médico, se necessário. Anotar o volume total, o número total de células. nucleadas, e o horário de início e término da infusão. Fonte: Ortega e colaboradores (2004).” APLASIA Na fase de aplasia, observam-se os efeitos do condicionamento e as suas consequências no organismo: leucopenia, plaquetopenia, anemia e consequente necessidade de transfusão. Os riscos de infecções são maiores devido à imunossupressão, assim como dores e desconfortos causados pela toxicidade do regime de condicionamento. Toxicidade/condicionamento As toxicidades podem ser: hematológicas (anemia, leucopenia, e trombocitopenia); cardíacas; pulmonares; neurológica: vesicais e renais; gastrintestinais (náuseas, vômitos, singultos, mucosite ou estomatite, diarréia, constipação, anorexia); disfunção reprodutiva; alopecia; hepatotoxicidade; alterações metabólicas. Aavaliação e a vigilância constante e atenta do enfermeiro, nesta fase, são indispensáveis. A enfermagem deve:” E prescrever cuidados (ver Quadro 4, 3º coluna) diariamente após o exame físico, direcionando-os de forma individualizada; E acompanhar o paciente em exames como raios X de tórax, tomografias e outros; E coletar hemograma e bioquímica diariamente; E realizar cultura de vigilância (fungos, bactérias, protozoários, vírus), esta última no primeiro dia e todas as segundas-feiras durante todo o período de internamento. Na instituição onde as autoras trabalham, colhe-se da narina e do ânus. Esse procedi- mento pode ser diferente de acordo com a rotina de cada serviço. O receptor pode apresentar desconfortos físicos e psíquicos neste período, tais como:” enjõos; vômitos; náuseas; cefaléi diarréia; febre; dores no corpo; tremor, calafrios; fraqueza; tontura; inapetência; hipertensão arterial; perda ou aumento de peso devido à hidratação; reações medicamentosas manifestadas por pruridos, hiperemias, máculas; radiodermite, semelhante à queimadura de sol, geralmente acontece nas dobras do corpo, proveniente da radioterapia. A toxicidade do condicionamento pode causar alterações maiores ou menores em cada paciente e depende do regime de condicionamento utilizado e da sensibilidade do organismo. A toxicidade gastrintestinal apresenta intensidades variáveis. Há pacientes que desenvolvem sintomas como náuseas e vômitos, desde o condicionamento até a alta hospitalar, o que também pode estar associado a fatores psicológicos.'* A mucosite, também conhecida como estomatite, é classificada em graus de acordo com a sua intensidade: E grau | - velamento da mucosa, eritema leve; E grau Il - eritema e dor moderada; E grau Ill - ulcerações, dor intensa com necessidade de analgesia sistêmica; E grau IV - sangramento da mucosa oral é a complicação mais comum em pós-TCTH, sendo mais intensa nos pacientes que foram submetidos à ICT. As formas severas de mucosite são de intensa gravidade, determinando uso de analgésicos potentes (opióides contínuos) por nutrição enteral (NE) e/ou NPT.'s E o | PROENF | SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE | SESCAD | e 3S CUIDADOS DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS E A ADOLESCENTES EM TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÍÉTICAS | E dor (abdominal, cefaléia); E disúria (dor e/ou dificuldade para urinar); E dificuldade para se alimentar. ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL O retorno do paciente ao ambulatório será diário após a alta hospitalar. Mesmo que não haja medicação EV a ser feita é realizada a manutenção do cateter diariamente, até o dia +100. As consultas médicas e de enfermagem deverão ser semanais; no dia anterior a esta, o paciente deverá estar em jejum para coleta de exames, que consistem em: antigenemia para citomegalovírus (CMV); dosagem de ciclosporina; proteína C-reativa (PCR) para Epstein-Barr; vírus -EBV para todos os pacientes do programa de não-aparentados; hemograma/plaquetas/reticulócitos; uréia; creatinina; glicemia; bilirubinemia; transaminases; fosfatase alcalina; desidrogenase lática (LDH); exames específicos Variable Number of Tandem Repeats (VNTR) quantitativo e qualitativo, que permitam, de certa forma, a identificação de genes relacionados com doenças genéticas específicas, abrindo a possibilidade de diagnóstico de sangue periférico que avalia a confirma- ção de pegairejeição e outros exames de acordo com a condição clínica do paciente e/ou necessidade. Durante o tempo que permanecem no ambulatório diariamente, as crianças/adolescentes deverão ser atendidas pelo serviço de terapia ocupacional e pelos professores do programa de escolarização hospitalar, nutricionista e psicólogo. ALTA AMBULATORIAL Se não houver complicações, agenda-se a retirada do cateter venoso central e o transplantado poderá retornar à cidade de origem com agendamentos de consultas mensais, em que deverá se apresentar no dia anterior à consulta, em jejum, para coletar a rotina de exames descrita na consulta mensal. Durante esse período, a equipe multidisciplinar avalia a possibilidade de as consultas serem anuais, de acordo com a clínica de cada paciente. Sobrevida A sobrevida e a qualidade de vida do paciente dependem de ele ter ou não desenvolvido complicações, tanto durante o transplante como depois. As possíveis complicações são variadas, tais como doença do enxerto contra hospedeiro (DECH), ou graft-versus-host disease (GVHD, no inglês), as precoces e as tardias, e a recidiva da doença. Complicações Doença do enxerto contra hospedeiro A complicação mais frequente do TCTH está associada a problemas de incompatibilidade tecidual e é denominada DECH, ou GVHD. E popularmente conhecida como “rejeição”, na qual as células transplantadas reconhecem as células do organismo do paciente como “estranhas”. ADECH atinge, principalmente, a pele, o trato gastrintestinal e o fígado. Essa situação acontece porque a CTH produz glóbulos brancos (linfócitos) treinados para defender o organismo dos invasores (bactérias, fungos, vírus e protozoários) e têm uma função de reconhecer o que é estranho ao organismo. No TCTH, a medula óssea produz linfócitos que reconhecem as moléculas do receptor como estranhas, o que desencadeia uma resposta imune que destrói e agride as células dos tecidos do paciente. A ocorrência da DECH, em suas formas leves e limitadas, também é importante para a prevenção da recaída da doença. Possui um efeito protetor, pois agride as células doentes, levando a uma menor chance de recaída. Essa resposta é denominada efeito enxerto versus leucemia (graft-versus-leukemia — GVL, no inglês). No transplante autogênico, não há rejeiç receptor. já que a medula transplantada é a mesma do paciente Complicações precoces Nos 100 primeiros dias após o TCTH, as maiores complicações estão relacionadas à toxicidade do condicionamento, à perda da função medular, à reorganização do sistema imune, à doença venoclusiva hepática (DVOH), que é uma complicação grave que acomete o fígado, neutropenia e trombocitopenia e DECH aguda. Raramente, as complicações estão relacionadas à doença original do paciente. A DECH ocorre como complicação em aproximadamente 30% dos transplantes a alogênicos. Para minimizar o processo de “rejeição” são administrados imunossupressores utilizados no controle da DECH, e os cuidados de enfermagem são extremamente importantes, principalmente na DECH aguda de pele. Prurido é, geralmente, o primeiro sintoma da DECH, seguido por um rash eritematoso papular liquenóide característico, que muda de pigmentação. A DECH aguda afeta principalmente a pele, a mucosa oral, os olhos e o trato gastrintestinal. Quando envolve a pele, terapia tópica como a aplicação de loções emolientes sem álcool e cremes esteróides, geralmente, é usada em conjunto com terapias medicamentosas, como antibióticos, sessões de fotoaférese, além de reposição hidreletrolítica e dietoterapia. E & | PROENF | SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE | SESCAD | e o CUIDADOS DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS E A ADOLESCENTES EM TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÍÉTICAS | Em uma pesquisa realizada foi demonstrado no quadro de DECH de pele, que iniciou com rash cutâneo, seguido de lesões bolhosas no tórax, no membro superior esquerdo e no inferior direito. Após cinco dias as lesões tornaram-se generalizadas, com grandes áreas cruentas com presença de exsudato e crostas, membranas aderidas à pele e forte odor (Figura 2).'º Figura 2 - Quadro de DECH, 12 dias após o início da terapia — áreas cruentas, presença de exsudato e crostas. Início do uso do óleo de semente de girassol e membrana regeneradora. Fonte: Zavadil e colaboradores (2006). O tratamento utilizado foi aplicação de óleo de semente de girassol e membrana regeneradora sobre as áreas afetadas. Após 40 dias de reintemação foi realizado o primeiro banho de imersão com analgesia.'º Com este procedimento conseguiu-se o desprendimento das membranas anteriores, o desprendimento fisiológico das crostas, a diminuição do exsudato e, consequentemente, do odor, tendo início o processo de reepitelização (Figura 3).'º Figura 3 - Realização do primeiro banho de imersão, após 36 dias de reinternação por DECH aguda de pel. Fonte: Zavadil e colaboradores (2006). '* Todas as alterações físicas deixam marcas na auto-imagem, seja ela uma simples alopecia ou uma DECH de pele, pois atraem a curiosidade das pessoas, levando a questionamentos que deixam a pessoa insegura e irritada. Essas modificações físicas tornam os pacientes diferentes dos demais elementos do grupo. O organismo precisa de um tempo para retornar à aparência anterior ao TCTH.''º O enfermeiro deve estar atento para as atitudes das crianças/adolescentes, pois além da irritação eles podem se apresentar, também, apáticos. O enfermeiro poderá intervir nesses casos, solicitando a avaliação de um psicólogo, ou a intervenção de um terapeuta ocupacional e/ou de um pedagogo. Oenfermeiro poderá também providenciar recursos para a distração do paciente, como videogame, DVD, aparelho de som, ou trabalhos manuais, como crochê, tricô, produção de brinquedos ou desenhos. É importante, também, alertar a equipe multidisciplinar, pois, em conjunto, os resultados desta intervenção poderão ser mais efetivos. É um desafio atender as necessidades de crianças/adolescentes fragilizados e de sua família. Muitas vezes os familiares, penalizados pela situação vivenciada pela criança/adolescente, começam a mantê-lo na cama, alcançando tudo em suas mãos, não permitindo que ele possa fazer o próprio autocuidado, gerando uma situação de dependência. Essa situação, por sua vez, acaba sendo prejudicial para o paciente, que se sente incapaz, mantendo-se restrito ao leito, apático, depressivo e sem vontade de participar de qualquer atividade. A equipe de saúde deve estar preparada para lidar com as manifestações da doença e do transplante, que, junto com internamento prolongado, separação dos colegas, restrição de visitas, contato físico restrito, mudanças de hábitos, perda da privacidade e isolamento social, levam ao desencadeamento de reações emocionais intensas, tanto por parte do paciente quanto da família. A família e o transplante de células-tronco hematopoiéticas Doenças crônicas interrompem o processo familiar. Todo o procedimento de TCTH é prolongado, separando os membros da família, o que resulta em mudança de papéis. O enfermeiro deve permitir que a família se expresse e tenha oportunidade para discutir suas dúvidas, ansiedades e preocupações frente aos problemas apresentados e enfrentados. A complexidade do tratamento gera preocupações de toda ordem, como, por exemplo, a incerteza do sucesso do transplante e a possibilidade de morte, levando os familiares e pacientes a se sentirem ameaçados em sua segurança. Toma-se necessário, então, estabelecer uma comunicação clara e consistente para que eles entendam com clareza as rotinas, as normas e os cuidados, o que propicia um ambiente seguro e de confiança mútua.' As crianças menores tornam-se chorosas e pedem para voltar para casa. A mãe, desesperada, por vezes chora na frente da criança, ou comenta a morte de outros pacientes de igual diagnóstico na presença dela. Para que a família possa ser um suporte e contribuir para a segurança e para o bem-estar da criança e do adolescente, ela precisa ser cuidada. A manutenção de grupos de famílias com reuniões, nas quais há a participação da equipe multidisciplinar (enfermeiro, psicólogo, terapeuta ocupacional, médico, nutricionista, etc.), é extremamente importante, mas o atendimento e o acompanhamento individualizado também devem ser previstos, sempre que se fizerem necessários. a | PROENF | SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE | SESCAD | a 8 CUIDADOS DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS E A ADOLESCENTES EM TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS | Se por um lado as diferentes modalidades terapêuticas vêm procurando garantir o prolongamento da vida, como no caso das doenças graves, por outro, o impacto da doença e dos tratamentos é difícil de ser enfrentado tanto pela criança/adolescente como por sua família. Mesmo no caso de o TCTH ter sido conduzido com sucesso, o paciente e a sua família percorrem um longo e difícil caminho, devido à complexidade deste processo, uma vez que, além do estresse a que são submetidos, desde o diagnóstico da doença, passam pelas várias fases do tratamento, procurando sobreviver às complicações da doença até estarem curados.'* 12. No período do transplante, o receptor pode apresentar quais desconfortos físicos e psíquicos? 13. A mucosite, também conhecida como estomatite, é classificada de acordo com o seu grau de intensidade. Quais as classificações da mucosite? 14. Sabendo da participação do enfermeiro em todas as etapas que envolvem o TCTH, quais os cuidados de enfermagem no dia da alta? 15. Dadas as seguintes afirmações sobre como a família manifesta suas necessidades e preocupações ao ter uma criança ou um adolescente em transplante de células-tronco hematopoiéticas, assinale a altemativa correta. | - Manifesta dor e sofrimento, angústia e incerteza. Il - Apresenta-se sempre preocupada com oscilações que variam entre esperança e medo. Hll- Quer participar dos cuidados, mas tem receio. IY- A complexidade do tratamento gera preocupações de toda ordem, como, por exemplo, a incerteza do sucesso do transplante e a possibilidade de morte, levando os familiares e os pacientes a se sentirem ameaçados em sua segurança. A) Somente as afirmativas le Il estão corretas. B) Somente as afirmativas Il e IIl estão corretas. C) Somente as afirmativas III e IV estão corretas. D) Todas as afirmativas estão corretas. Resposta no final do capítulo E CASO CLÍNICO J.C.K., 11 anos, alfabetizado, foi submetido ao transplante alogênico não-aparentado. Saiu de alta em boas condições. No 30º dia pós-TCTH, iniciou com rash cutâneo seguido de lesões bolhosas no tórax, no membro superior esquerdo e no inferior direito; foi diagnosticada a DECH aguda de pele, grau IV. O paciente foi reinternado. Após cinco dias, as lesões tornaram-se generalizadas, com grandes áreas cruentas com presença de exsudato e crostas. O paciente tinha dificuldade para deambular, estava restrito ao leito e com hipersensibilidade ao toque. 16. Quais aspectos do julgamento clínico o enfermeiro precisa considerar ao cuidar do paciente J.C.K.? 17. Quais os cuidados que o enfermeiro pode realizar para tratar da pele do paciente? 18. Quais as causas que levaram J.C.K. a desenvolver DECH? Reação da medula contra hospedeiro. Condicionamento inadequado. Incompatibilidade ABO. A B Cc) D) Receber muitas visitas. Respostas no final do capítulo a o | PROENF | SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE | SESCAD | a 3 CUIDADOS DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS E A ADOLESCENTES EM TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÍÉTICAS | Atividade 18 Resposta: A Comentário: A DECH que J.C.K. desenvolveu está associada a problemas de incompatibilidade tecidual, em que as células transplantadas reconhecem as células do organismo do paciente como “estranhas”. Atividade 19 Resposta: D Comentário: DECH aguda acontece antes dos 100 dias. Mesmo com o diagnóstico precoce, não se podem prever altas, já que poderá haver comprometimento de inúmeros órgãos. E a reversão do quadro clínico é lenta. Atividade 20 Resposta: D Comentário: Mesmo para a família com uma participação efetiva no tratamento da criança/ adolescente, existem normas e rotinas do serviço que precisam ser respeitadas para proteção e bem-estar do próprio cliente. REFERÊNCIAS 1. Conselho Federal de Enfermagem - COFEN. Resolução nº 200, de 15 de abril de 1997. Dispõe sobre atuação dos profissionais de Enfermagem em hemoterapia e transplante de medula óssea, segundo as Normas Técnicas estabelecidas pelo Ministério da Saúde. Rio de Janeiro. [capturado 2008 Jun 10). Disponível em: http:/Awww portalcofen.gov.br/2007 /materias.asp?ArticlelD=70428sectionlD4 2. Lacerda MR, Lima JB, Barbosa R. Prática de enfermagem em transplante de células tronco hematopoéticas. Revista Eletrônica de Enfermagem [serial online] 2007 Jan-Abr; 9(1): 242-50. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v9/n1/v9nta19.htm 3. Stelmatchuk AM. A percepção do profissional de enfermagem ao cuidar de crianças submetidas a transplante de células tronco-hematopoéticas [monografia]. Curitiba (PR): Instituto de Ensino Superior Pequeno Príncipe; 2006. 4. Lima RA, Rocha SM, Scochi CG. Assistência à criança hospitalizada: reflexões acerca da participação dos pais. Rev Latino-Am Enfermagem. 1999; 7(2):33-9. 5. Brasil. Ministério da Saúde. Estatuto da criança e do Adolescente. 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Ribeirão Preto (SP): Universidade de São Paulo; 2004. a q | PROENF | SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE | SESCAD | Associação Brasileira de Enfermagem Diretoria Presidente Diretora Cientifico-cultural Maria Goretti David Lopes Rosalina Aratani Sudo Vice-presidente Diretora de Assuntos Profissionais Maria Salete Silva Pontieri Nascimento Maria José Moraes Antunes Secretária-geral Diretora de Publicações e Comunicação Simone Aparecida Peruzzo Social Jussara Gue Martini Primeira Secretária Telma Ribeiro Garcia Diretora do CEPEn Ivone Evangelista Cabral Maria Goreti Lima Membros do Conselho Fiscal Ângela Maria Alvarez Segunda Tesoureira Maria José Femandes Torres Regina Coeli Nascimento de Souza Nilon Vieira do Amaral Diretora de Educação Maria Madalena Januário Leite Coordenadora-geral do PROENF: Maria Madalena Januário Leite Diretora de Educação da ABEn Nacional - gestão 2007/2010. Doutora em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP). Professora Livre Docente da Escola de Enfermagem da USP. Líder do Grupo de Pesquisa: Avaliação das Práticas do Ensino e da Assistência à Saúde do CNPq. Diretoras acadêmicas do PROENF/Saúde da criança e do adolescente: Maria Emília de Oliveira Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora no Departamento de Enfermagem da UFSC. Atua na área neonatal e de humanização do cuidado de enfermagem. Membro do Grupo de Pesquisa em Enfermagem na Saúde da Mulher e do Recém-Nascido (GRUPESMUR) da Pós-Graduação de Enfermagem da UFSC. Diretora cientifico-cultural da ABEn. Nair Regina Ritter Ribeiro Enfermeira Pediátrica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora da disciplina de Enfermagem no Cuidado à Criança da Escola de Enfermagem da UFRGS. Membro do Grupo de Estudos do Cuidado à Saúde ras Etapas da Vida (CEVIDA) do Curso de Pós-Graduação da Escola de Enfermagem da UFRGS. Assessora do Serviço de Enfermagem Pediátrica (SEPED) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre/UFRGS. Associação Brasileira de Enfermagem — ABEn Nacional SGAN, 603. Conjunto “B' — CEP: 70830-030 - Brasília, DF Fone (61) 3226-0653 — E-mail: aben(Dabemnacionalorg br http:hwwnw.abennacionalorg.br
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