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normas para desenho, Notas de estudo de Engenharia Civil

auxilia a compreender a forma de desenhar segundo as normas da ABNT

Tipologia: Notas de estudo

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Baixe normas para desenho e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity! urhos DESENHO DE PROJETOS DE EDIFICAÇÕES Disciplina: ARQ 3322 - Desenho Técnico II C Revisão junho/2007 Autores (*) Eng. Alexandre Sobral de Rezende Arg. Larissa Rodrigues Gransotto (*) Professores do Depto de Expressão Gráfica da Fac Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul uikos ARQ 3322 - DESENHO TÉCNICO INSTRUMENTADO OBJETIVO: A presente apostila tem como objetivo apresentar, de forma sintética, as normas e convenções usuais para representação dos projetos arquitetônicos de edificações. Tem como finalidade servir de material de apoio para a disciplina de Desenho Técnico Il C — (ARQ 3322) ministrada no curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul — UFRGS e encontra-se a disposição para “download” no site da disciplina (www.ufrgs.br/destec). CONSIDERAÇÕES INICIAIS: Cabe salientar que a área específica de projetos de edificações possui particularidades na representação, seguindo em alguns casos as mesmas regras dos desenhos genéricos e, em outros, regras específicas. Verifica-se ainda, conforme pesquisa elaborada pelos professores das disciplinas de desenho técnico instrumentado do Departamento de Expressão Gráfica da Faculdade de Arquitetura da UFRGS (10), que nesta área os profissionais que atuam no mercado não seguem rigorosamente a norma NBR 6492/94, adotando, em alguns casos, convenções usuais consagradas pelo meio profissional que diferem da referida norma. Face a crescente utilização de instrumentos computacionais para a elaboração de desenhos técnicos, verifica-se que alguns itens relativos à representação que necessitariam ser padronizados ainda não foram abordados pelas normas editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, mas estão sendo tratados por outras entidades, como, por exemplo, a Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura — ASBEA (1). O presente trabalho não abrange critérios para a elaboração de projetos, os quais são tratados por legislação, normas e disciplinas específicas. Os autores registram seu agradecimento aos colegas professores arq. Fábio Boni (UFRGS), arq. Carlos Bressa da Cunha (UFRGS), arg. Alessandra Follmann (FEVALE) e arq. Renato Menegotto (PUCRS), que através de revisões e sugestões vem contribuindo para a evolução desta apostila ao longo das novas versões publicadas e salientam que estão abertos a colaborações que venham no sentido de melhoria deste trabalho. SUMÁRIO: 1- Normas a consultar 2- Desenhos utilizados na representação dos projetos de edificações 3- Escalas usualmente adotadas 4- Tipos e espessuras de linhas empregadas 5- Cotagem e referências de nível 6- Aprofundamento a respeito de elementos específicos: escadas, esquadrias e sanitários 7- Hachuras específicas - NBR 6492/94 item A-20 e NBR 12298/95 5.12.1 8- Folhas de desenho 9- Glossário: termos específicos da área utilizados nesta apostila 10- Referências Bibliográficas Apostila desenho de projetos de edificações — Desenho Técnico Il - ARQ 3322 — UFRGS Revisão junho/2007 víkos 2.2 Planta de localização (ou de locação) Nesta planta devem ser representados todos os elementos necessários para localizar a edificação no terreno. A seguir é apresentado um exemplo de planta de localização com sugestões de tamanhos de fonte a serem utilizadas, salientando que no caso de plantas em escalas diferentes da do exemplo a seguir estas fontes deverão ser ajustadas. 2 je fonte tam. & g F alinhamentos e recuos = o a 5 É H so 250 EI l 1 MURO Hed : MURO H: 1 ad I cotas gerais e detalhadas Emo normas PMLIRES Hide po pé colas de ai AJE E pois ImPERRERELIZADA Ê 1 a | é d caimento telhados a 1 El el 1 a 1 MURO Hediem MURO Hsiddem 5 + b l i sega ' : | 1 i Planta de Localização tone tam. 12 esc. 1/250 fonte t o A seguir são listados alguns dos dados que, se disponíveis, devem constar nas Plantas de Localização, de acordo com a NBR 6492/94, e com a prática profissional usual. e sistema de coordenadas referenciais do terreno, curvas de nível existentes e projetadas; indicação do norte; e | indicação de vias de acesso, vias internas, estacionamentos, áreas cobertas, platôs taludes e vegetação; e | perímetro do terreno, marcos topográficos, cotas gerais, níveis principais com referência do terreno em relação ao passeio; e indicação dos limites externos das edificações: recuos, afastamentos forma, dimensões e ângulos do terreno; e eixos do projeto; e —amarrações dos eixos do projeto a um ponto de referência; e denominação das edificações; 6 uikos ARQ 3322 - DESENHO TÉCNICO INSTRUMENTADO marcação e cotagem do alinhamento predial e recuo jardim; marcação dos rebaixos no meio-fio e elementos do passeio (postes, hidrantes, árvores, equipamentos públicos); marcação de acessos, rampas e escadas; marcação dos telhados (inclinações) e lajes); escalas; indicações de áreas a serem edificadas; denominação dos diversos edifícios ou blocos; construções existentes, demolições ou remoções futuras, áreas não edificáveis. 2.3 Plantas baixas dos diversos pavimentos Plantas baixas são, genericamente, cortes feitos em cada pavimento através de planos horizontais imaginários, situados em uma altura entre a verga da porta e o peitoril da janela. A porção da edificação acima do plano de corte é eliminada e representa-se o que um observador imaginário posicionado a uma distância infinita veria ao olhar do alto a edificação cortada. Veja no exemplo a seguir a representação de uma parte da planta baixa da edificação acima. Apostila desenho de projetos de edificações — Desenho Técnico Il - ARQ 3322 UFRGS Revisão junho/2007 7 ARQ 3322 - DESENHO TÉCNICO INSTRUMENTADO 1 100 “EMOS 200xt20/90 300 projeção beirado + projeções Sala de Estar/ Jantar pos epeyes marcação dos! marcação dos cortes especificação ambiente fachadas Planta Baixa Pavimento Térreo. esc.: 1/50 As 24,60 mz área cotas 8 Hall fonte tam] 12 A= 4,05 ma — fonte to) 10 cota de nível JE 018 EM a 8 8 170 RM 180 hd (iss (5, + Taim esquabços EaD || EMOS clonar paginação po E — > 8 & dutos ventilação fonte tom. 12 fonte tam. 10 As paredes de alvenaria podem ser representadas somente por linhas largas em seu contorno ou podem ser acrescentadas a estas linhas uma linha representativa do revestimento que será aplicado sobre a alvenaria (reboco, etc.), dependendo da escala e do nível de definição do projeto. Passos para montagem da planta baixa A seguir é apresentada uma sugestão de sequência de trabalho para montagem de uma planta baixa. Trata-se de uma sequência genérica, podendo variar um pouco em função da prática do profissional e do fato do desenho estar sendo gerado por instrumentos convencionais ou computacionais. Inicialmente deve ser estimado o tamanho total do desenho (com base na escala escolhida para sua representação) e verificado como os diversos desenhos componentes do projeto serão distribuídos nas pranchas, determinando, também, o tamanho das folhas que serão utilizadas e quais desenhos serão colocados em cada uma delas. Obs: Caso os desenhos estejam sendo confeccionados através de um programa computacional (CAD) este passo pode ser realizado ao final do trabalho, sendo possível iniciar a confecção das plantas sem se preocupar neste momento com sua dimensão quando for impressa. Delimitação das paredes: são demarcadas as paredes da edificação através das linhas horizontais, verticais, inclinadas e curvas que as representam. Apostila desenho de projetos de edificações — Desenho Técnico Il - ARQ 3322 — UFRGS Revisão junho/2007 10 uikos ARQ 3322 - DESENHO TÉCNICO INSTRUMENTADO 2.5 o cobertura/telhado e captação de águas pluviais; o forros e demais elementos significativos; denominação dos diversos compartimentos seccionados; marcação dos detalhes; escala; notas gerais, desenhos de referência e carimbo; marcação dos cortes transversais nos cortes longitudinais e vice-versa. Fachadas São desenhos planificados que representam as elevações (vistas externas) da edificação. Veja no exemplo a seguir a representação de uma das fachadas da edificação mostrada nos exemplos anteriores: Passos para montagem de uma fachada A seguir é apresentada uma sugestão de sequência de trabalho para montagem de uma fachada. Assim como na sequência apresentada anteriormente para cortes e plantas baixas, trata-se de uma sequência gen érica, podendo variar um pouco em função da prática do profissional e do fato do desenho estar sendo gerado por instrumentos convencionais ou computacionais. Iniciar com a mesma sequência do item 2.3. e Demarcação dos níveis do terreno: nível natural e nível do projeto. e Cotas de nível do passeio e todos os pavimentos. e A partir da montagem do corte correspondente à vista escolhida, é possível determinar as principais medidas das alturas da edificação, assim como a planta baixa irá definir as larguras ou profundidades. e Nas fachadas a espessura de linhas tem como finalidade dar maior ou menor destaque as partes da edificação que estiverem sendo representadas, em função de sua proximidade maior ou menos ao observador. Não se segue, portanto, na representação das fachadas as mesmas regras de espessuras de linhas adotadas para as plantas baixas e para os cortes. Apostila desenho de projetos de edificações — Desenho Técnico Il - ARQ 3322 — UFRGS Revisão junho/2007 1 uikos ARQ 3322 - DESENHO TÉCNICO INSTRUMENTADO 3 ESCALAS USUALMENTE ADOTADAS A escala de um desenho é a relação entre as dimensões do mesmo e as dimensões da peça real que está sendo representada. Por exemplo, se dizemos que um desenho está na escala 1:50 significa que cada dimensão representada no desenho será 50 vezes maior na realidade, ou seja, cada 1 (um) centímetro que medirmos no papel corresponderá a 50 (cinquenta) centímetros na realidade. Devido às grandes dimensões das edificações as escalas utilizadas na sua representação são normalmente escalas de redução (as dimensões da peça real são reduzidas para que seja possível representá- la em uma folha de papel). Cabe lembrar, entretanto, que para outros elementos as escalas podem, também, ser de ampliação. Neste caso as dimensões da peça real são ampliadas para representá-la no desenho. Imagine uma peça com dimensão de alguns milímetros que para ser representada e visualizada mais facilmente foi ampliada dez vezes — neste caso a escala será de 10:1 (cada dez unidades no desenho correspondem a uma unidade na peça real). Nos projetos de edificações são adotadas diferentes escalas para os diferentes tipos de desenhos, dependendo do tamanho do que será representado e do nível de detalhes que se deseja representar em cada um. As escalas usualmente empregadas nos desenhos de edificações são listadas a seguir: Planta Escalas usualmente empregadas plantas de situação 1:200, 1:500, 1:1000; 1:2000 plantas de localização 1:200, 1:250, 1:500 plantas baixas e cortes 1:50, 1:100 desenhos de detalhes 1:10, 1:20, 1:25 4 TIPOS E ESPESSURA DE LINHA EMPREGADOS (estreita, média, larga, tracejada, traço-dois-pontos, ...) As espessuras e os tipos de linha utilizados no desenho possuem significados - servem para transmitir informações sobre os elementos que estão sendo representados. Existem duas normas editadas pela ABNT que determinam os tipos e espessuras de linhas a ser adotados dependendo do elemento a ser representado. Uma para os desenhos técnicos de forma geral (NBR 8403/84 — Aplicações de linha — tipos e larguras) e outras específicas para os projetos de arquitetura (NBR 6492/94 — Representação de projetos de arquitetura), que trata especificamente do assunto aqui em pauta. Verifica-se, ainda, quanto a este assunto, conforme pesquisa realizada (10), que os profissionais que atuam no mercado não seguem rigorosamente estas normas, existindo convenções usuais adotadas para alguns casos que diferem do que é recomendado nas normas. Na presente apostila são apresentadas ambas as situações — as recomendações das normas e as convenções usuais de mercado quando estas diferem das normas. Pode ser adotada a seguinte regra genérica para definição da espessura das linhas a serem utilizadas nos projetos de arquitetura: 4.1 Espessura de Linhas e elementos estruturais e/ou de alvenaria cortados pelo plano de corte são representados com linhas largas; e elementos leves (esquadrias, etc.) cortados pelo plano de corte são representados com linhas médias; e arestas e contornos aparentes observados em vista (não cortados) são representados com linhas estreitas. e Linhas auxiliares, cotas, hachuras são representadas com linhas estreitas. Apostila desenho de projetos de edificações — Desenho Técnico Il - ARQ 3322 — UFRGS Revisão junho/2007 12 uikos ARQ 3322 - DESENHO TÉCNICO INSTRUMENTADO Dependendo da maior ou menor proximidade do elemento que estiver sendo representado com o plano de corte (cabe lembrar que uma planta baixa também é um corte) ou do maior ou menor destaque que se deseja dar a um elemento, podem ser adotadas variações destas espessuras acima descritas. Por exemplo, para se representar em uma planta baixa o quadriculado que informa os locais onde serão utilizados “pisos frios” prefere-se adotar uma espessura de linha que evite destacar demasiadamente esta informação em relação às demais, adotando-se, portanto, linhas mais estreitas para a representação deste elemento. Já na representação das louças sanitárias que estarão sendo observadas neste mesmo ambiente, pode-se adotar uma espessura de linha um pouco menos estreita que a primeira, fazendo com que estes elementos se destaquem em relação às linhas do piso. O desenho a seguir mostra parte de uma planta baixa onde se podem observar as diferentes espessuras de linhas adotadas para cada elemento representado. 4.2 Tipos de Linhas Quanto aos diferentes tipos de linha (contínua, tracejada, traço-ponto, etc), estes são utilizados para, de forma convencional, transmitir outras informações aos leitores do desenho. Por exemplo, em uma planta baixa, o beiral do telhado ficaria aquém (atrás) do plano de corte que gerou a planta e, consequentemente, não seria visualizado. Para representar este elemento teremos que adotar um tipo diferente de linha, que chame a atenção para esta posição do elemento que está sendo representado e evite sua confusão com os demais elementos do desenho. Neste caso a NBR 6492/94 em seu item A — 1.1.4 recomenda a adoção de linha tipo traço-dois pontos (o ) para representação deste elemento. Verifica-se com bastante frequência, também, a utilização de Tinhas tracejadas simples (- - - -) para representação deste mesmo elemento. G 2 linha traço dois pontos: NORMA linha tracejada: USUAL Sala de Estar/ Jantar A= 24,60 m2 E) linha contínua média (esquadria cortada) linha contínua estreita (alvenaria em vista) E===+ ha contínua estreita ha de cota) 25 Lavab: A= 2,36 jm2 quo Ay 015 470, 200 225 8 8 linha continua larga (parede) linha contínua estreita (hachura piso fo) sugestão: tom cinza Planta Baixa Pavimento Térreo esc.: 1/50 Apostila desenho de projetos de edificações — Desenho Técnico Il - ARQ 3322 — UFRGS Revisão junho/2007 15 uikos ARQ 3322 - DESENHO TÉCNICO INSTRUMENTADO > L= largura da esquadria H= altura da esquadiia > P = altura de peitoril (distância da parte inferior da esquadria até o piso externo da edificação) LH/P 5.6 Referências de nível o Ee! . . Nas plantas baixas adota-se o símbolo para informar a cota de altura em determinados pontos do projeto (neste exemplo, cota 0,10m). Não é necessário representar a cota de cada peça, mas sim cada vez que existe uma região do projeto em uma cota de nível diferente. 12.12 subsolo 0; Nos cortes, adota-se usualmente o símbolo 2 para representar as cotas de cada região do projeto (neste exemplo, cota 12,12m). A NBR 6492/94, em seu item A-10.3 permite também que o mesmo símbolo referido no parágrafo anterior para uso em plantas baixas seja utilizado para referência de nível de cortes. 5.7 | Outros Símbolos A seguir são apresentados outros símbolos frequentemente utilizados na representação de edificações. N ooo concreto. 4 A aparente ACESSO E PRINCIPAL indicação de coordenadas, eixos, norte acesso x chamada modulação 2% rampa 8% PR NA inclinação telhados, inclinação telhados em marcação de rampa : : caimentos, pisos planta Apostila desenho de projetos de edificações — Desenho Técnico Il - ARQ 3322 UFRGS Revisão junho/2007 urltos número número da folha, sa da folha, 2 TO — nimero - /2) número 1.841 4 desenho =, + desenho nt na folha é a na folha marca de corte marcação de detalhes indicação das fachadas (2) PLANTA DO TÉRREO NA escaar:so numeração e título Obs.: Cabe informar que no caso de rampas e escadas as setas sempre indicam o sentido de subida. 6 HACHURAS ESPECÍFICAS São hachuras que têm como finalidade acrescentar graficamente a informação sobre os materiais que compõem os elementos representados. Duas normas editadas pela ABNT tratam sobre hachuras específicas: NBR 6492/94 item A-20 e NBR 12298/95 5.12.1. A seguir são reproduzidos os tipos de hachura recomendados pela norma NBR 6492/94, a qual trata mais especificamente do desenho arquitetônico. Madeira om vista Compensado de madeira a” LÃ Aço em cone , A A x PAPA A Ã Ã 3 Isalamento târmica Alvenana em corte e Argamassa TT! E ET T i | Taludo em vista | Enchimento de piso > 7; ss A o Es RS SSRERE SESSGES Horracha, vinil neoprene, mastque, etc. ármorefgranito em corto 17 uikos ARQ 3322 - DESENHO TÉCNICO INSTRUMENTADO 7 APROFUNDANDO A REPRESENTAÇÃO DE ELEMENTOS ESPECÍFICOS A são comentadas representações de partes específicas das edificações, que normalmente merecem um nível de detalhes maior e muitas vezes são apresentadas em escala mais ampliada que os demais desenhos. Caso seja necessária sua representação através de desenhos de detalhes, o mesmos devem ser referenciados nas plantas baixas e deve ser observado o item A-13 da NBR 6492/94 onde é apresentada uma recomendação de como devem ser referenciados estes detalhes. 741 Representação de Escadas Para projeto de uma escada devem ser levados em consideração diversos aspectos técnicos, arquitetônicos e observada sua adequação à legislação. Em nossa cidade, a legislação a ser atendida é compreendida pelo código de edificações (Código de edificações de Porto Alegre — Lei Complementar 284) e pela norma de proteção contra incêndio (Lei Complementar 420 — código de proteção contra incêndio). Na presente apostila abordaremos somente os aspectos referentes a representação de escadas, sem avançar nos aspectos de projeto ou de legislação. Aspectos a considerar: * Técnicos (sistema construtivo); * Arquitetônicos (espaço disponível, formato); * Legislação — código de edificações (LC 284) — norma de proteção contra incêndio (LC 420) Elementos Principais: A altura (H) de cada degrau e a profundidade de sua base (B) devem estar enquadrados dentro de determinados valores limites e a relação entre estes dois valores deve ser adequada ao passo médio das pessoas. ” so F H Lo] bocel quina Apostila desenho de projetos de edificações — Desenho Técnico Il - ARQ 3322 — UFRGS Revisão junho/2007 20 uikos ARQ 3322 - DESENHO TÉCNICO INSTRUMENTADO Alguns tipos de escada: Escadas sem patamar: ocupam praticamente a mesma área para diversos tipos de lanços; o comprimento da escada, porém, pode ser diminuído consideravelmente através da subida com degraus chanfrados em curvas. A=4,2m2 A=4m2 A= 5,2m2 A= 4,9m2 Escadas com patamar: ocupam uma área de escada de um lanço + superfície do patamar — área de um degrau. Elas são exigidas para alturas com pé-direito > 2,75m. A largura do patamar é igual ou maior a largura da escada. A= 5,0m2 A=5,4m2 A= 6,2m2 7.2 Representação de Esquadrias No projeto das esquadrias deverão ser consideradas, as questões técnicas, arquitetônicas, legislação vigente e as Normas Técnicas. Representação da esquadria em planta: Representação simplificada Representação detalhada Apostila desenho de projetos de edificações — Desenho Técnico Il - ARQ 3322 — UFRGS Revisão junho/2007 víkos 21 ARQ 3322 - DESENHO TÉCNICO INSTRUMENTADO Representação dos tipos de janelas mais utilizados, comentando também suas vantagens e desvantagens: Tipos Vantagens Desvantagens correr 1. simplicidade de manobra 1. vão para ventilação quando totalmente 2. ventilação regulada conforme abertura aberta a 50% do vão da janela das folhas 2. dificuldade de limpeza na face extema ” 3. não ocupa áreas intemas ou externas 3. vedações necessárias nas juntas abertas (possibilidade de grandes e/ou telas no vão total) guilhotina 1. As mesmas vantagens da janela tipo de | 1. caso as janelas tenham sistemas de correr caso as folhas tenham sistemas de | contrapeso ou balanceamento, a quebra contrapeso ou sejam balanceadas, caso dos cabos ou a regulagem do contrário as folhas devem ter retentores no | balanceamento constituem problemas percurso das guias das montantes do 2. desvantagens já citadas nas janelas de marco correr projetante 1. não ocupa espaço interno 1. dificuldade de limpeza na face externa 2. possibilita ventilação nas áreas inferiores do ambiente, mesmo com chuva sem vento 3. boa estanqueidade, pois a pressão do vento sobre a folha ajuda esta condição 2. não permite o uso de grades e /ou telas na parte externa 3. libera parcialmente o vão (reversível) ventilação 3. quando utiliza pivôs com ajuste de freio, permite abertura a qualquer ângulo para ventilação, mesmo com chuva sem vento, projetante 1. todas as vantagens da janela projetante 1. todas as desvantagens da janela tipo deslizante 2. possibilidade de abertura até 90º projetante quando não utiliza braço de (horizontal) devido aos braços de articulação de abertura até 90º articulação apropriados 3. abertura na parte superior facilita a limpeza e melhora a ventilação tombar 1. ventilação boa principalmente na parte 7. não libera o vão superior, mesmo com chuva sem vento 2. dificuldade de limpeza na parte externa 2. facilidade de comando à distância abrir folha 1. boa estanqueidade ao ar e à água 1. ocupa espaço intemo caso as folhas dupla 2. libera completamente o vão na abertura | abram pra dentro máxima 2. não é possível regular a ventilação abrir folha 3. fácil limpeza na face externa 3. as folhas se fixam apenas na posição de . 4. permite telas e/ou grades e/ou persianas | máxima abertura ou no fechamento total simples quando as folhas abrem para dentro 4. dificultam a colocação de tela e/ou grade e/ou persiana se as folhas abrirem para fora 5. impossibilidade de abertura para ventilação com chuva oblíqua pivotante 1. facilidade de limpeza na face externa 7. no caso de grandes vãos necessita-se de horizontal 2. ocupa pouco espaço na área de uso de fechos perimétricos 2. dificulta a utilização de telas e/ou grades e/ou persianas Apostila desenho de projetos de edificações — Desenho Técnico Il - ARQ 3322 — UFRGS Revisão junho/2007 víkos 22 ARQ 3322 - DESENHO TÉCNICO INSTRUMENTADO tanto na parte superior quanto inferior 4. possibilita a movimentação de ar em todo o ambiente pivotante 1. facilidade de limpeza na face externa 1. no caso de grandes vãos necessita-se de vertical * 2. abertura de grandes vãos com um único | uso de fechos perimétricos vão 2. ocupa espaço interno caso o eixo seja no 3. abertura em qualquer ângulo quando centro da folha utiliza pivôs com ajuste de freio, o que permite o controle de ventilação 4. possibilita a movimentação de ar em todo o ambiente * o eixo pivotante pode ser localizado no meio do plano da folha ou mais próximo a uma das bordas basculante 1. janela que permite ventilação constante, | 1. não libera o vão para a passagem total mesmo com chuva sem vento, na totalidade | 2. reduzida estanqueidade do vão, caso não tenha panos fixos 2. pequena projeção para ambos os lados não prejudicando as áreas próximas a ela 3. fácil limpeza ribalta abrir 1. devido às possibilidades de abrir e 1. necessidade de grande rigidez no quadro e tombar tombar permite amplo controle da da folha para evitar deformações ventilação 2. acessórios de custo mais elevado 2. boa estanqueidade ao ar e à água 3. facilidade de limpeza 7.3 Representação de elementos Sanitários Deverão ser consideradas, para fins de projeto, as questões técnicas, arquitetônicas, a legislação vigente e as Normas Técnicas. Apostila desenho de projetos de edificações — Desenho Técnico Il - ARQ 3322 — UFRGS Revisão junho/2007 25 uikos ARQ 3322 - DESENHO TÉCNICO INSTRUMENTADO 8.4 Configuração da folha A seguir são apresentadas as diversas regiões da folha de desenho e a posição de cada um dos elementos nas mesmas. Usualmente a região acima da legenda é reservada para marcas de revisão (vide item 8, abaixo), para observações, convenções e carimbos de aprovação de órgãos públicos. 1 Espaço para desenho Espaço para desenho : ! Espaço rpara | texto 1 1 1 RS ! / Espaço para texto paço pa Selo Selo 8.5 Dobragem A norma da ABNT (NBR 13142 — DOBRAMENTO DE CÓPIA) recomenda procedimentos para que as cópias sejam dobradas de forma que estas fiquem com dimensões, após dobradas, similares as dimensões de folhas tamanho A4. Esta padronização se faz necessária para arquivamento e armazenamento destas cópias, pois os arquivos e as pastas possuem dimensões padronizadas. A seguir são reproduzidos exemplos de desenhos constantes na referida Norma indicando a forma que as folhas de diferentes dimensões devem ser dobradas. e E q = 3 & m E 185, 210 119.5119.5 185 185 185 185 T A31 1 - 1 9 1 N ! 185 | Selo +————+ 130 ,105, 185 Apostila desenho de projetos de edificações — Desenho Técnico Il - ARQ 3322 — UFRGS Revisão junho/2007 uikos ARQ 3322 - DESENHO TÉCNICO INSTRUMENTADO 8.6 Selo ou legenda A legenda de um desenho técnico deve conter, no mínimo, as seguintes informações: e Designação e emblema da empresa que está elaborando o projeto ou a obra; Nome do responsável técnico pelo conteúdo do desenho, com sua identificação (inscrição no órgão de classe) e local para assinatura; Local e data; Nome ou conteúdo do projeto; Conteúdo da prancha (quais desenhos estão presentes na prancha) Escala(s) adotada(s) no desenho e unidade; Número da prancha; O local em que cada uma destas informações deve ser posicionada dentro da legenda pode ser escolhido pelo projetista, devendo sempre procurar destacar mais as informações de maior relevância. O número da prancha deve ser posicionado sempre no extremo inferior direito da legenda (vide item 8.7, a seguir). O nome da empresa ou seu emblema usualmente são localizados na região superior esquerda da legenda. 8.7 Numeração das pranchas Junto com o número da prancha usualmente se informa o total de pranchas do projeto — ex.: 2/9 significa: prancha 2 de um total de 9 pranchas. Inicia-se a numeração pela prancha que contém a planta de situação e a de localização. Esta seria a prancha 1/x (onde “x” é o número total de pranchas do projeto em questão). A(s) prancha(s) seguinte(s) será(ao) a(s) que contém a(s) planta(s) baixa(s). Se houver mais de uma planta baixa, a numeração mais baixa corresponderá a prancha que contém as plantas dos pavimentos mais baixos. Após as plantas baixas são numeradas as pranchas que contém o(s) corte(s) e, por último, a(s) fachada(s). 8.8 Marcas de revisão (ou tábua de revisão) Conforme a NBR 10582, a tábua de revisão é utilizada para registrar correções, alterações e/ou acréscimos feitos no desenho. Busca registrar com clareza as informações referentes ao que foi alterado de uma versão do desenho para outra. Deve conter, segundo a referida norma: e Designação da revisão; Número do lugar onde a correção foi feita; Informação do assunto da revisão; Assinatura do responsável pela revisão; Data da revisão. A Tábua de revisão é posicionada sobre a legenda, possuindo o formato a seguir representado. É preenchida de baixo para cima, ou seja, a primeira revisão é registrada na linha inferior da tábua, a segunda na linha acima desta e assim por diante. Des. | Nº Descrição Verif. | Data <5 >100 Apostila desenho de projetos de edificações — Desenho Técnico Il - ARQ 3322 — UFRGS Revisão junho/2007 uikos ARQ 3322 - DESENHO TÉCNICO INSTRUMENTADO 9 GLOSSÁRIO 9.1 Glossário de termos específicos da área utilizados nesta apostila Beiral: projeção do telhado além das paredes externas da edificação Pé-direito: altura livre do piso pronto ao teto isos cerâmicos ou similares Planta baixa: corte imaginário da edificação a partir de plano horizontal Nível acabado: nível ou cota sobre o piso com acabamento definitivo Nível em osso: nível ou cota sobre sem acabamento definitivo Verga: parte superior de porta ou de janela Peitoril: região da parede acima da qual inicia a janela Esquadria: conjunto de caixilhos que compõe o fechamento de um determinado vão da edificação. Bandeira: folha fixa ou móvel situada na parte superior de portas e janelas, separada por uma travessa transversal. Batente: elemento fixo que guarnece o vão onde se prendem as folhas das portas ou janelas. Marco: conjunto de perfis que compõe o quadro de alojamento das folhas de um caixilho. Caixilho: nome genérico para estruturas de vedação fixas ou móveis, usados nas fachadas das edificações para garantir visão do exterior, ventilação, iluminação e isolamento acústico adequado ao uso do ambiente interno. Contramarco: conjunto de perfis de alumínio chumbados na argamassa, que dá referência para o enchimento posterior de vãos e serve de apoio às instalações dos caixilhos. Baguete: Perfil utilizado para fixação do vidro ou de painéis nos quadros fixos, folhas móveis, geralmente encaixado por meios mecânicos nos perfis das folhas ou quadros, podendo ser removidos para a troca de vidros. Veneziana: pano tradicionalmente constituído por constituído por palhetas horizontais ou inclinadas, superpostas e paralelas entre si, que possibilitam a ventilação permanente dos ambientes, mesmo com o pano fechado. Pingadeira: peça horizontal cuja superfície superior apresenta uma inclinação adequada, saindo do plano da janela, tendo por finalidade minimizar a infiltração de água. 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (1) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESCRITÓRIOS DE ARQUITETURA (ASBEA). Otimização e padronização de informações em CADD. São Paulo: Pini, 2002. (2) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492: representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro, 1994. (3) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8196/99: emprego de escalas. Rio de Janeiro, 1999. (4) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8403/84: aplicações de linha — tipos e larguras. Rio de Janeiro, 1984. (5) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10068/87: folha de desenho — leiaute e dimensões. Rio de Janeiro, 1987. (6) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13142/99: dobramento e cópia. Rio de Janeiro, 1999. (7) CÓDIGO DE EDIFICAÇÕES DE PORTO ALEGRE: lei complementar n. 284 de 27 de outubro de 1992. Porto Alegre: Corag, 1997. (8) GIESECKE, Frederic E. et al. Technical Drawing. New York: Macmillan, 1991. (9) MONTENEGRO, GILDO. Desenho Arquitetônico. São Paulo: Edgard Blúcher, 1978. Apostila desenho de projetos de edificações — Desenho Técnico Il - ARQ 3322 — UFRGS Revisão junho/2007
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