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Sistematização da assistência de enfermagem no pré-natal, Notas de estudo de Enfermagem

APOSTILA - APOSTILA

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 27/03/2011

sandra-freitas-10
sandra-freitas-10 🇧🇷

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Baixe Sistematização da assistência de enfermagem no pré-natal e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Departamento de Enfermagem Enfermagem Ginecológica e Obstétrica MATERIAL DIDÁTICO-INSTRUCIONAL SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL Profª Msc Sandra L. Felix de Freitas Profª Dra Maria Auxiliadora Gerk Profª Dra Sandra Lucia Arantes Profª Dra Cristina Brandt Nunes Profª Mestre Marisa Rufino Ferreira Luizari Campo Grande, 2010 “Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará assim uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto.” Albert Einstein EXAME FÍSICO DA GESTANTE.................................................................................29 Exame físico geral.......................................................................................................29 Diagnóstico nutricional.......................................................................................... 30 Verificando a pressão arterial................................................................................31 Importância da verificação de edemas na gestante................................................ 33 Exame físico específico (gineco-obstétrico)...............................................................34 Exame clínico de mamas........................................................................................34 Palpação obstétrica.................................................................................................34 Ausculta dos batimentos cardíacos fetais...............................................................37 Mensuração da altura uterina................................................................................. 38 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM........................................................................ 40 Diagnósticos de enfermagem segundo a NANDA (2010) e prescrições de enfermagem utilizando-se o eixo ação da CIPE - versão 1.0 (2007)..........................40 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................ 51 Apêndice..........................................................................................................................53 6 ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO À GESTAÇÃO Com a nidificação do ovo é preciso que o organismo da grávida se altere, adaptando-se para permitir sua vivência e nutrição adequadas. Modificações locais, imediatas, permitindo seu desenvolvimento, proteção e oportuna expulsão, quando maduro. Ocorrem também modificações gerais, gradativas, que lhe proporcionem o indispensável às solicitações metabólicas, à formação dos tecidos e à constituição das reservas para a vida neonatal. As exigências da prenhez atingem os limites da capacidade funcional de muitos órgãos maternos, podendo fazer despontar, ou agravar, quadros patológicos preexistentes. As Primeiras Alterações Maternas O organismo materno sofre modificações para receber, nutrir, proteger, assim auxiliando no desenvolvimento e a oportuna expulsão do concepto. • Amenorréia secundária • Náuseas e vômitos (que ocorrem mais freqüentemente pela manhã) - acometem 1/3 das grávidas, cessando no final da 12ª semana; • Polaciúria (que se deve a compressão do útero sobre a bexiga ) - tende a desaparecer por volta da 12ª semana de gravidez e retorna novamente próximo ao parto, quando ocorre a insinuação fetal; • Outros sintomas iniciais podem ocorrer como tonturas, sonolência, alterações do apetite - como as conhecidas perversões - e constipação intestinal; • O útero tem sua consistência diminuída e sua forma é alterada pela presença do feto e pelo seu conseqüente crescimento. 7 Adaptações do aparelho reprodutor feminino Útero Ocorre hipertrofia e dilatação, aumento do tamanho e número de vasos sanguíneos e linfáticos. Alterações de tamanho, forma e posição – piriforme inicialmente, depois o corpo e fundo assumem uma configuração globular no fim do terceiro mês de gestação. Por volta da 12ª semana, o útero torna-se demasiado grande para ficar contido na cavidade pélvica. Circulação uteroplacentária - O aporte da maioria das substâncias essenciais ao crescimento e metabolismo fetais e placentários, bem como a remoção da maioria dos metabólicos, depende de uma perfusão adequada do espaço interviloso placentário. 10 Anatomia da gravidez Vasos sangüíneos Ocorre uma importante redução da resistência vascular periférica. Volume sanguíneo Aumenta consideravelmente durante a gravidez (cerca de 20%). • A hipervolemia inicia-se no primeiro trimestre, a partir da 6º a 8º semana, aumenta rapidamente no segundo, diminui a velocidade de aumento no terceiro trimestre e estabiliza em torno das 32-34 semanas O aumento do volume sanguíneo resulta do aumento de: plasma (40 a 50%) e da massa eritrocitária (30 a 33%). • A hemodiluição (anemia fisiológica) ocorre porque o aumento da massa eritrocitária é menor que a expansão plasmática. • A contagem de leucócitos aumenta durante o 2º trimestre e atinge seu pico no 3º. 11 • A contagem de plaquetas diminui ligeiramente, provavelmente devido à hemodiluição e aumento de consumo. • Aumento de vários fatores da coagulação: fibrinogênio (fator I) e, em menor grau, os fatores II (protrombina), VII (pro-convertina), fator VIII (fator anti- hemofílico), IX (fator de Christmas) e X (fator de Stuart) – diminuindo a chance de sangramento e aumentando a sua vulnerabilidade à trombose. Pressão arterial A pressão arterial sistémica diminui ligeiramente durante a gravidez, logo desde as primeiras semanas. A pressão arterial sistólica varia pouco, mas a diastólica reduz-se 5 a 10mmHg entre as 12 e 26 semanas. Ao aproximar-se o termo, é habitual os valores de pressão arterial regressarem aos níveis observados antes da gravidez. Obs.: verificar sempre no mesmo braço e com a mulher na mesma posição pois ocorrem variações: -sentada – mais alta -DL – mais baixa Pressão venosa- A pressão venosa da metade superior do corpo não sofre alterações significativas durante a gravidez, mas, nas extremidades inferiores, aumenta significativamente, sobretudo na posição supina, ortostática e sentada. 12 Hipotensão ortostática Ocorre redução excessiva da pressão arterial ao adotar-se a posição vertical, o que provoca uma diminuição do fluxo sanguíneo ao cérebro podendo levar ao desmaio. Síndrome da Hipotensão Supina: na posição supina (decúbito dorsal), a veia cava inferior e aorta abdominal ficam comprimidas pelo útero gravídico, ocorrendo redução do retorno venoso, do débito cardíaco, acarretando hipotensão acompanhada por tonteira (lipotimia ou lipotímia), desfalecimeto, palidez, taquicardia, sudorese e náusea. Orientação – manter gestante em decúbito lateral, preferencialmente esquerdo. Débito cardíaco É o produto do volume de ejeção pela freqüência cardíaca. Ele aumenta cerca de 40% durante a gravidez, atingindo um valor máximo às 20-24 semanas e torna-se muito sensível a alterações posturais. Esta sensibilidade aumenta ao longo da gravidez visto que o útero comprime a veia cava inferior, diminuindo o retorno venoso. Metabolismo do Ferro Apesar da absorção do ferro estar elevada durante a gestação, a quantidade de ferro absorvido pela dieta, junto com a mobilização do ferro estocado, seria insuficiente em geral para suprir a demanda imposta pelo processo gravídico. Anemia Ferropriva em gestantes Ocorre devido ao aumento das necessidades do mineral decorrente da rápida expansão da massa celular vermelha e pelo crescimento acentuado dos tecidos. Conseqüências: > risco de morbidade e mortalidade fetal e materna; > risco ao parto prematuro e baixo peso ao nascer, (infecções e mortalidade infantil). Efeitos mais Para refletir: Se DC = Vm x FC e a PA = DC x RP porque a pressão arterial da gestante cai? 15 Funções: estimular a secreção de nutrientes pela trompa de Falópio e glândulas endometriais por forma a manter o zigoto; manter a decídua uterina, inibir as contrações uterinas, estimular o desenvolvimento dos sacos alveolares mamários, inibir respostas imunológicas maternas a antígenos fetais e estimular o centro respiratório da grávida, aumentando a ventilação. A placenta começa a sintetizar progesterona por volta 6ª semana e na 12ª semana segrega quantidades suficientes para substituir o corpo lúteo. Estrogênios - A produção de estrógenos (estradiol, estrona e estriol) aumenta na gravidez. Funções: estimular o crescimento contínuo do miométrio uterino e o desenvolvimento do sistema ductal mamário, do qual se desenvolverão os alvéolos, aumentar a síntese de progesterona. Inicialmente são sintetizados pelo corpo lúteo sob a ação da hCG, papel que mais tarde é assumido pela placenta. Lactogénio placentário humano (hPL) ou somatomamotrofina coriónica humana (hCS) É sintetizado pelo sinciciotrofoblasto e pode ser detectado logo na 4ª semana. Funções: atividade lactogênica, estimula a lipólise materna e antagoniza as ações da insulina no metabolismo glicídico. Prolactina - A principal função deste hormônio na gestante é assegurar a lactação. Relaxina - É segregada pelo corpo lúteo da gravidez e possivelmente pela decídua uterina. Função: é um importante relaxante miometrial. Foram ainda descritos outros efeitos tais como: • o amolecimento e apagamento do colo uterino, • alterações na pressão arterial, • alterações na mobilidade da sínfise púbica, • regulação da lactação e • remodelagem dos tecidos conjuntivos. 16 Assim, numa primeira fase, funcionará como relaxante uterino para impedir o abortamento espontâneo, mas em fases mais tardias pode facilitar a passagem do feto pelo canal do parto. Outras alterações hormonais da gravidez - A secreção de insulina aumenta até um pico no 3º trimestre. Há ainda uma resistência periférica à ação da insulina. - A hipófise aumenta cerca de 135% durante a gravidez; - O volume aumentado da tireóide: hiperplasia e vascularização. Alterações metabólicas Ocorrem em resposta ao rápido crescimento do feto e placenta são numerosas e profundas. Deste ponto de vista, a gravidez pode ser dividida em duas fases:  Durante a primeira metade da gravidez, a mulher encontra-se num estado anabólico e o produto de concepção não representa uma sobrecarga nutricional grave;  Na segunda metade da gravidez, especialmente no terço final, os pesos fetal e placentário aumentam aceleradamente elevando as necessidades calóricas à custa do metabolismo materno. Metabolismo da água  O aumento de retenção hídrica é uma alteração fisiológica normal da gravidez. Aumento ponderal A maior parte do aumento ponderal é atribuível ao útero e seus conteúdos, mamas e aumento do volume plasmático e fluido intersticial. Em média, a grávida aumenta cerca de 12.5K, dando-se a maior parte deste aumento nos dois últimos trimestres. 17 Metabolismo glicídico A gravidez é um estado potencialmente diabetogênico, o que significa que a diabetes mellitus pode agravar neste período ou surgir apenas neste contexto o diabetes gestacional. Durante a 1ª metade da gestação, a necessidade fetal de glicose para crescer e se desenvolver. Para preencher sua necessidade de “combustível” o feto não apenas exaure o estoque de glicose materna, como também diminui a capacidade da gestante de sintetizar a glicose ao seqüestrar seus aminoácidos – levando-a a valores de glicemia baixos – FASE HIPOGLICÊMICA. Na 2ª metade – placenta cresce e produz quantidades progressivamente maiores de hormônios (hPL, estrogênio e progesterona), associada a maior produção de cortisol pelas adrenais – antagonismo à insulina – aumentam nos níveis de glicemia (ficando estes a disposição do feto) – estímulo para o pâncreas aumentar produção de insulina – caso não seja capaz – DG – FASE DIABETOGÊNICA. Sistema Tegumentar A maioria das grávidas apresenta um aumento de pigmentação cutânea, mais evidente em determinadas regiões corporais: a face e pescoço (manchas hiperpigmentares que se designam por cloasma gravídico e que regridem, pelo menos parcialmente, após o parto), aréolas mamárias, linea nigra (escurecimento da linha alba) e vulva. A hiperpigmentação é estimulada pelo hormônio melanotropina da hipófise anterior. 20 PRÉ-NATAL Cerca de 600 mil mulheres morrem no mundo por complicações da gravidez, parto e puerpério. Quase todas estas mortes ocorrem nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, entre estes o Brasil (LACAVA e BARROS, 2002 apud ALVIM et al., 2007). Muitas destas mortes são preveníveis com uma adequada assistência ao pré-natal e ao parto. No Brasil, a causa mais freqüente de mortalidade materna incide sobre as complicações da doença hipertensiva específica da gravidez. Este fato aponta para a baixa cobertura, ou baixa qualidade da assistência pré-natal (ALVIM et al., 2007). O Ministério da Saúde (MS), com o objetivo de melhorar e humanizar a assistência no período gravídico-puerperal tem responsabilizado os serviços de saúde por: • Prestar acompanhamento adequado do parto e puerpério, • Receber a mulher e o recém-nascido com dignidade e, • Adotar práticas humanizadas e seguras. Atendendo a estes pressupostos, a assistência pré-natal deve ser organizada para atender às reais necessidades da população de gestantes, utilizando conhecimentos técnico-científicos, com meios e recursos adequados e disponíveis. Assistência Pré-natal É o conjunto de ações realizado durante o período gravídico, com vistas a um atendimento global da sua saúde, de maneira individualizada, procurando sempre a qualidade e resolutividade. A gravidez gera uma série de alterações anatômicas, fisiológicas e bioquímicas no organismo materno, que resultam em sinais e sintomas próprios. Alguns despertam apenas curiosidade, outros podem causar sintomas desagradáveis. Cabe ao pré-natalista dar orientações, encaminhamentos, apoiando-a e tranqüilizando-a quando necessário, para que a gravidez transcorra de maneira agradável. O período da gestação é uma fase em que a mulher não só aprende sobre si mesma, mas também vivencia ansiedade, desamparo e expectativa, pois, nessa ocasião, 21 ela passa por um período de adaptação física e psicológica a uma situação que altera profundamente todo o seu esquema corporal (VIÇOSA, 1997). O principal objetivo da atenção pré-natal e puerperal é acolher a mulher desde o início da gravidez, assegurando, no fim da gestação, o nascimento de uma criança saudável e a garantia do bem-estar materno e neonatal (BRASIL, 2005, p.10). A Participação da(o) Enfermeira(o) na Assistência Pré-natal Com a implantação do PAISM na década de 80, houve um grande estímulo à participação da(o) enfermeira(o) nas ações de saúde da mulher, especialmente na assistência pré-natal (ALVIM et al., 2007). De acordo com o Decreto número 94.406/87 e o MS, o pré-natal de baixo risco pode ser inteiramente acompanhado pela(o) enfermeira(o). Está na Lei número 7.498 de 25 de julho de 1986 (que dispõe sobre a regulamentação do exercício de enfermagem): compete ao(à) enfermeiro(a) a realização de consulta de enfermagem e a prescrição da assistência de enfermagem e, enquanto integrante da equipe de saúde está capacitado legalmente para desenvolver as ações de:  Prescrever medicamentos, desde que estabelecidos em Programas de Saúde Pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde;  Oferecer assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera e realizar atividades de educação em saúde. A Consulta no Pré-Natal O MS propõe ao Enfermeiro os seguintes tópicos: • Orientar as mulheres e família sobre a importância do pré-natal, amamentação, vacinação, preparo para o parto, etc. • Realizar consulta de pré-natal de gestação de baixo risco. • Solicitar exames de rotina e orientar tratamento, conforme protocolo do serviço. • Encaminhar gestantes identificadas como de risco para o médico. • Realizar atividades com grupos de gestantes, grupos de sala de espera. • Fornecer o cartão de gestante, devidamente atualizado a cada consulta. 22 • Realizar a coleta de exame citopatológico (preventivo). Objetivos da Primeira Consulta de Enfermagem no Pré-Natal •Acolher a gestante respeitando sua condição emocional em relação à atual gestação, •Esclarecer suas dúvidas, medos, angústias ou simplesmente curiosidade em relação a este novo momento em sua vida; •Identificar e classificar os riscos; •Confirmar o diagnóstico de gravidez; •Estimular a gestante a aderir ao pré natal; •Promover a educação para saúde estimulando o auto cuidado. Primeira Consulta •Para o histórico de enfermagem utilizar instrumento próprio (Apêndice A); •Levantamento de prontuário antes de a gestante entrar no consultório – avaliar: realidade socioeconômica, condições de moradia, composição familiar e antecedentes; •Esclarecer a gestante que seu acompanhante poderá participar de seu atendimento, se o desejar; •Calcular idade gestacional (em semanas) - A idade gestacional é calculada pelos obstetras, baseada no primeiro dia da última menstruação (DUM), ou seja, cerca de duas semanas antes da ovulação e fecundação ou quase três semanas antes da nidação de ovo. Para os embriologistas, o cálculo da idade gestacional baseia-se no momento da ovulação ou fecundação, realizando a contagem da idade gestacional em dias ou semanas, como os obstetras. Na obstetrícia fazemos a conta a partir da DUM. Soma-se os dias, divide-se por 7 (Nº de dias na semana) e obtém-se a idade gestacional em semanas. •Calcular-se a data provável do parto (DPP) através da regra de Naegele, adicionando-se sete dias a data do primeiro dia da última menstruação e somando nove aos meses (ou subtraindo-se três meses se o mês da última menstruação for maior que três). •Exemplo:13/02/2010 – DPP é 20/11/2010. 25 Prescrição de Medicamentos Padronizados no Pré Natal Segundo o Ministério da Saúde(2000)  Ácido fólico 5 mg 1 comprimido ao dia até a 14ª semana  Sulfato ferroso de acordo com resultado de Hb: o Hb ≥ 11g/dl: ausência de anemia - manter a suplementação de 40mg/dia de ferro elementar, a partir da 20ª semana (devido à maior intolerância digestiva no início da gravidez) (BRASIL, 2005). Recomenda-se ingestão uma hora antes das refeições com suco cítrico preferencialmente o Hb < 11g/dl e > 8g/dl: anemia leve a moderada - Solicitar parasitológico de fezes e tratar parasitoses, se presentes. Prescrever sulfato ferroso em dose de tratamento de anemia ferropriva (120 a 240mg de ferro elementar/dia), de 3 a 6 drágeas de sulfato ferroso, via oral/dia.  Repetir o exame em 60 dias.  Se os níveis estiverem subindo, manter o tratamento até a hemoglobina atingir 11g/dl, quando deverá ser mantida a dose de suplementação (1 drágea ao dia), e repetir o exame em torno da 30ª semana.  Se os níveis de hemoglobina permanecerem estacionários ou em queda, referir a gestante ao pré-natal de alto risco. o Hb < 8g/dl: anemia grave. A gestante deve ser referida imediatamente ao pré-natal de alto risco. o Antieméticos: Dimenitrato 50 mg + cloridrato de piridoxina 10 mg – 1 comprimido de 6/6 horas. Cronograma das Consultas  Em cada consulta deverá ser feito o levantamento do risco obstétrico da gestante. SULFATO FERROSO: 1 comprimido = 200mg, o que corresponde a 40mg de ferro elementar. 26  “O intervalo entre as consultas deve ser de quatro semanas;  Após a 36º semana, a gestante deverá ser acompanhada à cada 15 dias, visando a avaliação da pressão arterial, da presença de edemas, da altura uterina, movimentos do feto e dos batimentos cardiofetais.  Frente a qualquer alteração, ou se o parto não ocorrer até sete dias após a data provável, a gestante deverá ter consulta médica assegurada, ou ser referida para serviço de maior complexidade”. 27 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) A GESTANTE DE BAIXO RISCO É o protocolo de procedimentos técnicos para o Pré-Natal de baixo risco, assistido por Enfermeira(o), fundamentado em Leis, Portarias do MS, Resoluções do COFEN, visando a prestar uma assistência com qualidade à gestante, promover a maternidade sem riscos, nascimentos saudáveis e humanizados. “a organização da assistência de enfermagem que será oferecida a gestante de baixo risco, durante o período do seu pré-natal, bem como as consultas de enfermagem, as reuniões do grupo de gestantes, as ações educativas, os exames laboratoriais, assim como quaisquer informações que a gestante queira, ou deva saber a respeito de sua saúde e a do seu filho” (ALVIM et al., 2007, p.269). A SAE, segundo o COFEN, é atividade privativa do enfermeiro que utiliza-se de método e estratégia de trabalho científico para a identificação das situações de saúde/doença, subsidiando ações de assistência de enfermagem que possam contribuir efetivamente para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo, família e/ou comunidade (ALVIM et al., 2007). Para a implantação da assistência de enfermagem devem ser considerados os seguintes passos: Histórico de enfermagem  finalidade: conhecer hábitos individuais da mulher que possam facilitar a adaptação do mesmo a unidade e ao tratamento, além de identificar os problemas passíveis de serem abordados nas intervenções de enfermagem. Ver instrumento (Apêndice) O histórico ou levantamento sistemático de dados da cliente constitui-se de: entrevista, exame físico e, observação dos registros e relatórios contidos no prontuário da mesma (SUMITA, 2002 apud LACAVA; BARROS, 2004). 30 Diagnóstico nutricional Após a determinação de peso e altura deve-se calcular o índice de massa corporal (IMC) da seguinte maneira: Índice de Massa Corporal (IMC) = Peso (kg)/Altura2 (m). Após o cálculo, realize o diagnóstico nutricional, utilizando o Quadro 1 que se encontra no manual técnico do Ministério da Saúde: Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada (BRASIL, 2005, p.45), da seguinte maneira:  localize, na primeira coluna do Quadro 1, a semana gestacional calculada e identifique, nas colunas seguintes, em que faixa está situado o IMC da gestante, calculado conforme descrito acima;  Classifique o estado nutricional (EN) da gestante, segundo o IMC por semana gestacional, da seguinte forma:  Baixo peso: quando o valor do IMC for igual ou menor que os valores apresentados na coluna correspondente a baixo peso;  Adequado: quando o IMC observado estiver compreendido na faixa de valores apresentada na coluna correspondente a adequado;  Sobrepeso: quando o IMC observado estiver compreendido na faixa de valores apresentada na coluna correspondente a sobrepeso;  Obesidade: quando o valor do IMC for igual ou maior que os valores apresentados na coluna correspondente a obesidade. Na avaliação do peso da gestante, devemos: 1. pesar a gestante em cada consulta em balança pesa-adulto tarada; 2. anotar no cartão da gestante os dados obtidos; 31 3. avaliar o peso anterior, observando que o peso a ser ganho durante toda a gestação não deve ultrapassar a faixa de 7,5 -11 Kg; Lembre-se sempre de que gestantes adolescentes (menores de 19 anos), salvo as obesas, devem ganhar 1 Kg a mais do que o estabelecido pelo MS. E gestantes com altura inferior a 1,40 m devem chegar ao final da gestação com um ganho de peso de no máximo 9,5 Kg. Considera-se ganho de peso súbito um aumento superior a 500 g em uma semana. Essa ocorrência deve ser considerada como sinal de edema patológico e a gestante deve ser encaminhada para o pré-natal de alto risco. Verificando a pressão arterial O objetivo de verificar a pressão arterial em todas as consultas é detectar precocemente estados hipertensivos. A técnica de medida da pressão arterial segundo o manual técnico do Ministério da Saúde (Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada) (BRASIL, 2005) é a sequinte:  Explicar o procedimento à mulher;  Certificar-se de que a gestante: a) não está com a bexiga cheia; b) não praticou exercícios físicos; c) não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos ou fumou até 30 minutos antes da medida;  Com a gestante sentada, após um período de repouso de, no mínimo, cinco minutos, apoiar-lhe o antebraço numa superfície, com a palma da mão voltada para cima, à altura do coração, desnudando-lhe o braço;  Localizar a artéria braquial por palpação;  Colocar o manguito ao redor do braço da gestante, ajustando-o acima da dobra do cotovelo;  Palpar a artéria na dobra do cotovelo e sobre ela colocar a campânula do estetoscópio, com leve pressão local. Nunca prendê-la sob o manguito; 32  A mensuração da altura uterina tem a finalidade de identificar o crescimento normal do feto, detectar seus desvios e diagnosticar as causas do desvio de crescimento fetal encontrado.  Colocar as olivas do estetoscópio nos ouvidos;  Solicitar à mulher que não fale durante o procedimento da medida;  Inflar o manguito rapidamente, até mais de 30 mmHg após o desaparecimento dos ruídos;  Desinflar lentamente o manguito;  Proceder à leitura:  o ponto do manômetro que corresponder ao aparecimento do primeiro ruído será a pressão sistólica (máxima);  a pressão diastólica (mínima) será lida no momento em que os ruídos desaparecerem completamente.  Nos casos em que o desaparecimento completo dos ruídos não ocorrer, proceder à leitura da pressão diastólica no ponto onde se perceba marcado abafamento.  Esperar um a dois minutos antes de realizar novas medidas;  Anotar o resultado na ficha e no cartão da gestante. A pressão arterial também poderá ser medida com a mulher em decúbito lateral esquerdo, no braço direito, mas NUNCA EM POSIÇÃO SUPINA (deitada de costas). Ainda segundo Brasil (2005, p.50), conceitua-se hipertensão arterial na gestação: 1. A observação de níveis tensionais iguais ou maiores que 140 mmHg de pressão sistólica, e iguais ou maiores que 90 mmHg de pressão diastólica, mantidos em duas ocasiões e resguardado intervalo de quatro horas entre as medidas. Esse conceito é mais simples e preciso; 2. O aumento de 30 mmHg ou mais na pressão sistólica (máxima) e/ou de 15 mmHg ou mais na pressão diastólica (mínima), em relação aos níveis tensionais pré- gestacionais e/ou conhecidos até a 16ª semana de gestação. É um conceito que 35 A palpação obstétrica deve ser realizada antes da medida da altura uterina. Ela deve iniciar-se pela delimitação do fundo uterino, bem como de todo o contorno da superfície uterina (esse procedimento reduz o risco de erro da medida da altura uterina). A identificação da situação e da apresentação fetal é feita por meio da palpação obstétrica, procurando identificar os pólos cefálico e pélvico e o dorso fetal, facilmente identificados a partir do terceiro trimestre. Pode-se, ainda, estimar a quantidade de líquido amniótico. Manobra de Leopold A técnica de palpação da Escola Alemã, sistematizada por Leopold-Selheim , tem por finalidade a identificação da situação e a apresentação fetal por meio de palpação obstétrica e, é realizada em quatro tempos consecutivos, procurando localizar os pólos cefálico, pélvico e o dorso fetal. Durante este procedimento a(o) enfermeira (o) deve estar atento em não expor a gestante desnecessariamente. O instrumento para a realização dessa manobra é a mão do examinador. Ela deverá estar aquecida, relaxada e sensível ao tocar o abdome da gestante. 1. A primeira manobra determina a altura do útero e a sua relação com os pontos de referência no abdome materno: sínfise púbica, cicatriz umbilical e rebordos costais. 36 2. A segunda manobra realiza o diagnóstico da posição fetal em: longitudinal (a mais comum), oblíqua e transversa. 3. A terceira manobra realiza o diagnóstico da apresentação fetal que é o pólo fetal (cefálico ou pélvico). Atenção: a situação transversa e a apresentação pélvica em final de gestação podem significar risco no parto. Nesses casos devemos referir a gestante para parto hospitalar. 37 4. A quarta manobra determina a altura do pólo cefálico e o seu grau de flexão e deflexão. Após a realização da Manobra de Leopold, verificamos os Batimentos Cárdio-Fetais (BCF). O momento da palpação deverá ser dividido com a gestante e acompanhante, promovendo a interação da família com o filho. Ausculta dos batimentos cardíacos fetais É feita com o objetivo de constatar a cada consulta a presença, o ritmo, a freqüência e a normalidade dos batimentos cardíacos fetais (BCF). A frequencia cardíaca fetal é considerada normal quando oscila entre entre 120 e 160 batimentos por minuto. A ausculta pode ser feita com estetoscópio de Pinard ou com detector fetal Sonar- Doppler. Técnica de ausculta com estetoscópio de Pinard: 40 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Após a análise dos dados colhidos no histórico, identificar os problemas de enfermagem, identificar as necessidades básicas afetadas e do grau de dependência da gestante em relação a enfermagem, para o seu atendimento. Em 1990, durante a 9ª Conferência da North American Nursing Diagnosis Association, foi aprovada uma definição de diagnóstico de enfermagem que consiste em um: julgamento clínico sobre as respostas do indivíduo, da família ou da comunidade a problemas de saúde/processos vitais reais ou potenciais. O diagnóstico de enfermagem constitui a base para a seleção das intervenções de enfermagem para o alcance dos resultados pelos quais a enfermeira é responsável (NANDA, 2008, p.377). “Nesse sentido, na consulta de pré-natal de baixo risco, a utilização do diagnóstico de enfermagem envolve um processo de análise e interpretação das informações obtidas, visando à tomada de decisões sobre a situação da saúde da gestante, em termos de normalidade e anormalidade. É a identificação e definição de problemas” (FREITAS, 2008, p.18). Diagnósticos de enfermagem segundo a NANDA (2010) e prescrições de enfermagem utilizando-se o eixo ação da CIPE - versão 1.0 (2007) 1. Conhecimento deficiente sobre a importância do pré-natal Características definidoras: verbalização do problema e seguimento inadequado de instruções. Fatores relacionados: falta de exposição, falta de familiaridade com os recursos de informações e interpretação errônea de informações. Prescrição de enfermagem: • Orientar a gestante sobre a importância das consultas regulares no pré-natal durante toda a gravidez; • Estimular a participação do cônjuge ou outra pessoa significativa nas consultas do pré-natal; 41 • Ensinar a gestante sobre as alterações/adaptações fisiológicas e psicológicas que ocorrem na gravidez; • Monitorar o aumento de peso durante toda a gestação; • Orientar a gestante qual deverá ser o seu ganho de peso ideal, com base em sua altura e peso pré-gestacional; • Explicar para a gestante sobre os exercícios e repousos adequados durante a gestação - Uma boa preparação corporal e emocional capacita a mulher a vivenciar a gravidez com prazer, permitindo-lhe desfrutar plenamente seu parto (BRASIL, 2005); • Observar a adaptação psicossocial da gestante e família à gestação; • Monitorar a pressão arterial, a glicemia, a presença de proteína na urina e o nível de hemoglobina; • Observar a maneira como a gestante lida com as mudanças desencadeadas pela gestação; • Orientar a gestante quanto ao crescimento e desenvolvimento fetal; • Incentivar a gestante a comparecer em, no mínimo, seis consultas de pré-natal, conforme preconiza o Ministério da Saúde (BRASIL, 2005); • Explicar para a gestante que os intervalos entre as consultas de pré-natal para a gestante saudável deverão ser de até quatro semanas até a 28ª semana de gestação; a cada duas semanas da 29ª até a 36ª semana e, semanalmente até o parto (RICCI, 2008); • Empregar padrão de comunicação compatível com escolaridade da cliente. O aconselhamento e orientação da gestante e de seu parceiro são fundamentais para a obtenção de bons resultados tanto para a mãe quanto para o feto, pois, frequentemente os pais possuem dúvidas, informações errôneas ou mesmo conceitos inadequados sobre diversos assuntos, tais como: o que comer; o ganho de peso; desconfortos físicos; consumo de substâncias psicoativas, tabagismo e álcool e, quanto à prática de intercursos sexuais durante a gestação (RICCI, 2008). 2. Conhecimento deficiente sobre o preparo das mamas para o aleitamento Características definidoras: verbalização do problema. Fatores relacionados: falta de exposição, falta de familiaridade com os recursos de informações. 42 Prescrição de enfermagem: • Instruir a gestante quanto à necessidade do uso de sutiã de sustentação firme, com alças largas para equilibrar o peso das mamas (RICCI, 2008); • Esclarecer que o uso de sabonete, creme ou pomadas no mamilo deve ser evitado (BRASIL, 2005); • Estimular a cliente a enxaguar a área mamilar com água pura durante o banho, para mante-la limpa (RICCI, 2008); • Recomendar banhos de sol nas mamas por 15 minutos, até 10 horas da manhã ou após as 16 horas, ou banhos de luz com lâmpadas de 40 watts, a cerca de um palmo de distância (BRASIL, 2005); • Orientar que a expressão do peito (ou ordenha) durante a gestação para a retirada do colostro está contra-indicada (Ibdem); • Identificar os conhecimentos, experiências prévias, as crenças e as atitudes que a gestante possui em relação à amamentação (Ibdem); • Oferecer às gestantes reuniões de grupo onde seja possível a troca de experiências, com o objetivo de informar as vantagens e o manejo para facilitar a amamentação (Ibdem); • Orientar a gestante sobre: vantagens do aleitamento materno; técnica de amamentação; como lidar com as possíveis complicações do aleitamento materno; como armazenar o leite materno na perspectiva da volta ao trabalho (MOURA; LINARD; ARAÚJO, 2004). 3. Conhecimento deficiente sobre os sinais de trabalho de parto Características definidoras: verbalização do problema. Fatores relacionados: falta de exposição, falta de familiaridade com os recursos de informações. Prescrição de enfermagem: • Orientar a cliente e parceiro sobre os sinais de trabalho de parto, as fases do parto e sua participação em cada uma delas (MOURA; LINARD; ARAÚJO, 2004). • Encaminhar a gestante para as aulas de preparação para o parto no grupo de pré- natal (DOCHTERMAN, 2008); 45 capacidade de limpeza interproximal (SANTOS; RODRIGUES; GARCIA, 2003; BRASIL, 2005; RICCI, 2008); • Encorajar o uso de fio dental, duas vezes ao dia, se houver presença de placa (DOCHTERMAN; BULECHEK, 2008); • Orientar o enxágue frequente da boca com solução de bicarbonato de sódio, soro fisiológico morno ou solução de peróxido de hidrogênio (Ibdem); • Encaminhar, por escrito, a cliente para o serviço odontológico (POZO, 2001 apud RIOS et al., 2007); • Recomendar a ingestão de alimentos ricos em vitamina C (CARPENITO-MOYET, 2009); • Informar à gestante que estas alterações na gengiva são normais na gestação (CARPENITO-MOYET, 2009); • Monitorar sinais e sintomas de glossite e estomatite (DOCHTERMAN; BULECHEK, 2008); • Encaminhar a gestante ao médico se houver sinais de infecção (Ibdem). 6. Náusea Características definidoras: relato de náusea, sialorréia e sensação de vômito. Fatores relacionados: distúrbios bioquímicos (gravidez). O aumento da progesterona leva a diminuição da motilidade do trato digestivo, ocasionando o relaxamento do tônus e aumento do tempo de esvaziamento gástrico que, associado ao relaxamento do cárdia favorece o aparecimento de náuseas e refluxo gastresofágico (PEREIRA, BACHION, 2005). Prescrição de enfermagem: • Explicar para a gestante que a náusea é uma queixa comum na gestação e que normalmente desaparece após a 12ª semana de gestação • Ensinar a gestante as intervenções não farmacológicas para o controle da náusea, tais como: o Identificar e controlar fatores ambientais capazes de evocar a náusea, tais como odores que causam aversão e a estimulação visual desagradável (DOCHTERMAN; BULECHEK, 2008); o Reduzir ou eliminar fatores pessoais que precipitem ou aumentem a náusea, tais como a ansiedade, fadiga e falta de conhecimento (Ibdem); 46 o Ingerir alimentos assim que tiver fome (RICCI, 2008); o Evitar alimentos gordurosos (DOCHTERMAN; BULECHEK, 2008) fritos ou com odores fortes (RICCI, 2008); o Ingerir biscoitos de água e sal, cream-crackers ou torradas na cama, antes de se levantar (Ibdem); o Fracionar a dieta – fazer diversas refeições pequenas (seis refeições leves) ao longo do dia (BRASIL, 2005); • Agendar consulta médica para avaliar a necessidade de usar medicamentos ou referir ao pré-natal de alto risco, em caso de vômitos freqüentes (Ibdem). 7. Eliminação urinária prejudicada Características definidoras: frequência urinária aumentada, incontinência e urgência urinária. Fatores relacionados: Obstrução anatômica (útero em crescimento comprime a bexiga); infecção de trato urinário (ITU) e diabetes gestacional (RICCI, 2008). A discreta hidronefrose (causada pela hipervolemia materna) e a diminuição da resistência vascular e do tônus muscular liso que ocasiona dilatação nos ureteres levam à estase urinária, o que predispõe a grávida às infecções urinárias. Outro elemento que predispõem à infecção de trato urinário é a instalação da glicosúria devido ao aumento da taxa de filtração glomerular (NEME, 2005). Prescrição de enfermagem: • Em caso de queixas de disúria e urgência miccional presentes: o Solicitar exame de Urina Tipo I e Urocultura para avaliar ocorrência de ITU; o Orientar segundo resultado de exames (BRASIL, 2005); • Em caso de queixa de polaciúria: o Explicar que, geralmente, o aumento da freqüência de micções é comum no início e no fim da gestação (aumento do útero e compressão da bexiga) (BRASIL, 2005); o Orientar a gestante para evitar bebidas cafeinadas, que estimulam a micção e reduzir a ingestão de líquidos após o jantar para evitar a micção noturna (RICCI, 2008); • Diante da queixa de incontinência: 47 o Ensinar os exercícios de Kegel para aumentar o controle do esfíncter (RICCI, 2008); o Orientar a cliente a urinar sempre que tiver a sensação de bexiga cheia (Ibdem). 8. Fadiga Características definidoras: aumento das queixas físicas, cansaço, falta de energia, libido comprometida, sonolência e verbalização de uma constante falta de energia. Fatores relacionados: gravidez Prescrição de enfermagem: • Explicar para a cliente as causas da fadiga no primeiro e no terceiro trimestre: o Aumento do metabolismo basal; o Alterações nos níveis hormonais; o Aumento do débito cardíaco; o Anemia (CARPENITO-MOYET, 2009); • Monitorar os níveis de hemoglobina para detectar a ocorrência de anemia; • Explicar sobre a importância de um sono adequado durante a gravidez (DOCHTERMAN; BULECHEK, 2008); • Orientar a cliente a repousar quando se sentir cansada (RICCI, 2008) e cochilar durante o dia (CARPENITO-MOYET, 2009); • Adaptar o ambiente para promover um sono sem interrupções (RICCI, 2008, DOCHTERMAN; BULECHEK, 2008); • Orientar a gestante a evitar ingestão de líquidos próximo da hora de dormir para evitar que a micção noturna interfira no sono (Ibdem). 9. Nutrição desequilibrada: mais que as necessidades corporais Características definidoras: peso 20% acima do ideal para a altura e compleição. Fatores relacionados: ingestão excessiva em relação às necessidades metabólicas. Prescrição de enfermagem: • Explicar para a gestante as necessidades nutricionais durante a gestação (CARPENITO-MOYET, 2009); 50 o Três doses ou mais, sendo a última dose há mais de cinco anos - administrar uma dose de reforço o Três doses ou mais, sendo a última dose há menos de cinco anos - não é necessário vacinar. 14. Risco para amamentação ineficaz∗ Fatores relacionados: conhecimento insuficiente sobre o preparo das mamas para o aleitamento, história prévia de fracasso na amamentação. Prescrição de enfermagem: • Melhorar o conhecimento da gestante esclarecendo conceitos errôneos (CARPENITO-MOYET, 2009); • Explicar o processo de amamentação, suas vantagens e desvantagens (Ibdem); • Instruir a gestante quanto ao preparo das mamas para a amamentação (BRASIL, 2005). 15. Risco de Constipação Fatores de risco: motilidade diminuída do trato gastrointestinal, atividade física insuficiente, ingestão insuficiente de fibras e líquidos, gravidez. Prescrição de enfermagem: • Identificar padrão normal de eliminação (DOCHTERMAN; BULECHEK, 2008); • Encorajar a gestante a beber 8 a 10 copos de água/dia e escolher dieta rica em fibras (CARPENITO-MOYET, 2009); • Ensinar para a cliente quais são os alimentos ricos em fibras (Ibdem); • Encorajar manutenção do nível de atividade física apropriada para o estágio de gravidez; • Explicar os riscos da constipação na gestação e no pós-parto (CARPENITO-MOYET, 2009); • Orientar a cliente a evitar a ingestão de laxantes e enemas, a menos que especificamente prescrito pelo médico.  Apesar de não estar incluído como diagnóstico de risco da NANDA, decidimos utilizá-lo desta forma considerando a frequente identificação de fatores de risco entre as gestantes, em nossa prática profissional. 51 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, AB. Higiene feminina. In: HALBE, H.W. Tratado de ginecologia. 3. ed. São Paulo: Roca, 2000. p. 109. ALVIM, D dos AB; BASSOTO, TR de P e MARQUES, GM. Sistematização da assistência de enfermagem à gestante de baixo risco. Rev. Meio Amb. Saúde 2007; 2(1):258-272. BARROS, SMO; VAZ, MJR; GERK, MA de S. Identificação e classificação das ações de enfermagem para gestantes portadoras do vírus da imunodeficiência humana. Einstein. 2004; 2(1):14-9. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e puerpério: atenção qualificada e humanizada: manual técnico. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. CARPENITO-MOYET LJ. Manual de diagnóstico de enfermagem. 11 ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. CARPENITO-MOYET LJ. Diagnósticos de enfermagem: aplicação à prática clínica. 11 ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. CARVALHO, EC de; BACHION, MM. Processo de enfermagem e sistematização da assistência de enfermagem – intenção de uso por profissionais de enfermagem. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2009;11(3):466. Disponível em <http://www.fen.ufg.br/revista/v11/n3/v11n3a01.htm> Acesso em fev 2010. CIPE Versão 1: Classificação Internacional para a prática de enfermagem. Trad. Heimar de Fátima Marin. São Paulo: Algol, 2008. FREITAS, S.L.F de. Ocorrência das vulvovaginites em gestantes de baixo risco. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. Campo Grande, MS, 2008. FREITAS, SLF de, ARANTES, SL, BARROS, SMO. Role of the obstetric nurse in the Anhanguera community, Campo Grande (MS), for the prevention of cervical uterine cancer. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 6, n. 2, p. 57-64, 1998. LOPES, MHB de M. Experiência de implantação do processo de enfermagem utilizando os diagnósticos de enfermagem (taxionomia da NANDA), resultados esperados, intervenções e problemas colaborativos. Rev. Latino-Am. Enfermagem Ribeirão Preto, v. 8, n. 3, p. 115-118, 2000. LOWDERMILK, D. L.; PERRY, S. E.; BOBAK, I.M. O cuidado em enfermagem materna. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2002. MOURA, ERF; LINARD, AG; ARAÚJO, TL de. Diagnóstico de enfermagem em gestante: estudo de caso. Ciência, Cuidado e Saúde. Maringá, v. 3, n. 2, p. 129-135, mai./ago. 2004 NANDA. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e classificação 2009-2011/ North American Nursing Diagnosis Association. Porto Alegre: Artmed. 2010. PEREIRA, SVM; BACHION, MM. Diagnósticos de Enfermagem identificados em gestantes durante o pré-natal. Rev. bras. enferm., 2005; 58(6): 659-664. 52 RICCI, SS. Conduta de enfermagem durante a gravidez. In: _________. Enfermagem materno-neonatal e saúde da mulher. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2008, p.215- 261. RIOS, CTF; VIEIRA, NFC. Ações educativas no pré-natal: reflexão sobre a consulta de enfermagem como um espaço para educação em saúde. Ciênc. saúde coletiva, 2007; 12(2): 477-486. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 81232007000200024&lng=en. doi: 10.1590/S1413-81232007000200024> Acesso em fev 2010. SANTOS, PA dos; RODRIGUES, J de A; GARCIA, Patrícia, PNS. Conhecimento sobre prevenção de cárie e doença periodontal e comportamento de higiene bucal de professores de ensino fundamental. Cienc Odontol Bras., 2003 jan./mar.; 6 (1): 67-74. SIMÕES, JÁ; DISCACCIATI, MG; BROLAZO, E; PORTUGAL, PM; PAUPÉRIO RPS; AROUTCHEVA, A; TAO, VL. Fatores comportamentais e características da microbiota vaginal envolvidos na gênese da vaginose bacteriana em profissionais do sexo e não- profissionais do sexo. DST – J bras Doenças Sex Transm., 2006; 18(2): 108-112. VIÇOSA, G. R. Grupos com gestantes. In ZIMERMAN, D. E.; OSÓRIO, L. C. Como Trabalhamos com Grupos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. 55 Você gostaria de conversar mais sobre isto? __________________________________________________ Impressões do entrevistador_______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ NECESSIDADES PSICOBIOLÓGICAS (4) A. História ginecológica Menstruação Menarca aos _______ anos DUM: _____/_____/____________ Ciclo menstrual regular irregular Intervalo entre os ciclos: de _____ em _____ dias Perda de sangue fora da menstruação? Não Sim Métodos anticoncepcionais: Não. Por quê?_______________________________________________________________________________ Sim. Qual?___________________________________ Quem indicou?__________________________________ Que métodos anticoncepcionais você conhece? ________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Quais os métodos para evitar gravidez que você já usou?_________________________________________________ Por quanto tempo?_______________________________________________________________________________ Engravidou fazendo uso de algum método contraceptivo? Não Sim Qual? _________________________________________________________________________________ DST Você já teve alguma DST? Não sabe informar Não Sim – Qual? _____________________ Tratou? Não Sim Como?________________________________ ______ O pai da criança já teve alguma DST? Não Sim Não sabe Corrimento vaginal No momento está apresentando corrimento vaginal? Não Sim Não sabe Se sim – coloração? Amarelada Esverdeada Acinzentada Esbranquiçada Amarelo-esverdeada Borra-de-café Quantidade: Pequena Média Grande Cheiro (odor): Não Fétido Ácido Fétido (tipo “peixe podre”) Aspecto Com bolhas (bolhoso, espumoso) Todo igual, liso (homogêneo) Tipo leite talhado (grumoso) Mucóide Leitoso Coceira na genitália (prurido vulvar)? Não Sim B. Hábitos de Vida Tabagismo, etilismo, outras drogas Já fez ou faz uso de algum tipo de droga? Não Sim Há quanto tempo? _________________ De que forma? Inalação injetável aspiração fumo Em sua opinião o uso de drogas a prejudica? Não Sim E o pai da criança, faz uso de alguma droga? Não Sim – tipo: _____________________________ Você fuma? Não Sim - Quantos cigarros por dia? __________________________________ Você considera o cigarro prejudicial à saúde? Não Sim . Por quê? _______________________________________________________________________________ Depois que soube que estava grávida: Não fuma Diminuiu o nº de cigarros Deixou de fumar Aumentou o nº de cigarros Permaneceu o mesmo nº Você ingere bebida alcoólica? Não Sim - Nº de doses/dia _____________________ E o pai da criança? Não Sim - Nº de doses/dia _____________________ Você possui algum outro vício? Não Sim – Qual?_____________________________ Sono e repouso Quantas horas você dorme por dia? ________ horas Alguma alteração depois que engravidou? Não Sim – Qual? _________________________ 56 Atividades de lazer Não Sim – Qual(is)? ________________________________________ C.Transfusão sanguínea? Não Sim - Quando?__________________________________________ D. Está fazendo algum tratamento? Não Sim – Qual? __________________________________ __________________________________________________________________________________________ E. Oxigenação – Relata: padrão respiratório normal dispnéia ao esforço ortopnéia Dispnéia em repouso Outros – Especificar: ___________________________________________________ Houve alguma alteração na sua respiração depois que você engravidou? Qual? __________________________________________________________________________________________ F. Nutrição Peso pré-gestacional (há 1 ano): __________________ kg Peso atual: ______ kg Estatura: ______ cm IMC = _____________ Condição nutricional: baixo peso peso normal sobrepeso obesidade Na gravidez, observou alterações no apetite? Não Sim – Quais? ___________________________ ______________________________________________________________________________________________ Você tem horários para se alimentar? Não Sim (Assinalar as refeições relatadas) Alimentos consumidos Café da manhã _________________________________________________________________ Lanche da manhã _________________________________________________________________ Almoço _________________________________________________________________ Lanche da tarde _________________________________________________________________ Jantar _________________________________________________________________ Outras refeições _________________________________________________________________ G. Hidratação Quantos copos de líquidos você costuma tomar por dia? Menos de 4 De 4 a 8 Mais de 8 Observações: _______________________________________________________________________________ H. Alergias Alimentar: ______________ Medicamentosa: _________________________ Outras alergias: ____________________________________________________________________ I. Eliminação intestinal Sente dor ao defecar? Não Sim Freqüência: ________/________ (d=dia, s=semana) Aspecto das fezes: Cor: __________________ Com raias de sangue: Não Sim Esteatorréia Não Sim Consistência: Ressecadas (endurecidas) Pastosas Líquidas Semi-pastosas Líquidas com restos alimentares Seu hábito intestinal sofreu alteração depois que você engravidou? Não Sim. Qual? ______________________________________________________________________________________________ Faz uso de laxantes? Não Sim. Qual é a freqüência do uso de laxantes?______________________________ Em quais situações faz uso?_______________________________________________________________________ J. Eliminação urinária Freqüência: Normal Aumentada Diminuída Quantidade: Pequena Média Grande Coloração: Amarelo palha Amarelo citrino Amarelo âmbar Outra___________________________ Aspecto: limpo turvo concentrado com sangue Você já teve infecção urinária? não sim Tempo: há ____________________________ (meses? Anos?) Tratamento: não sim Atualmente, dor ou dificuldade a micção? não sim – Se sim: início final da micção Tem apresentado urgência para urinar? não sim 57 K. História pessoal de patologias sarampo rubéola parotidite varicela cardiopatia hepatite tuberculose diabetes outras - Especificar: _____________________________________________________________ Você já foi submetida a alguma cirurgia? não sim Qual? __________________________________________ Já fez tratamento psicológico ou psiquiátrico? não sim – qual? ____________________________________ Faz ou fez uso de medicação controlada? Qual?_______________________________________________________ L. História familiar de patologias Doenças Parentesco Doenças Parentesco diabetes _______________________ hipertensão arterial ___________________________ cardiopatia _______________________ neoplasia ___________________________ tuberculose _______________________ epilepsia ___________________________ doença mental _______________________ Outras ___________________________ M. História obstétrica familiar Alguém da sua família, especialmente do lado materno, teve gestação gemelar? não sim Alguém da sua família e/ou pai da criança nasceu com problema físico ou mental? não sim Especificar: _____________________________________________________________________ N. História 0bstétrica Gesta ________ Para ____ (________) Aborto ______________________ Fez pré-natal nas gestações anteriores? não sim N.º de consultas: __________________________ Problemas ocorridos: ________________________________________________________________________ Em caso de Aborto: espontâneo provocado - como? ____________________________________________ Há quanto tempo? _____________________ Curetagem: não sim Tipos de parto Parto Normal: Com episiotomia - nº_____ Sem episiotomia - nº___________ Domiciliar (nº): _____ Hospitalar (nº): ________________________ Parto Operatório: Cesárea (nº): ____________ Fórcipe (nº): _________________ Houve parto prematuro? não sim Idade gestacional: ___________________________________________ Sexo dos RNs: _________________ Peso dos RNs: ___________________________________________________ lhos vivos: sim não Causa da morte: ________________________________________________________ Problemas de saúde: não sim - Quais? _______________________________________________________ Você teve infecção após os partos? não sim Especificar: _______________________________________ Tratou? não sim Onde? ____________________________________________________________ Você amamentou seus filhos? sim Durante quanto tempo? _________________________________________ não Por que? ___________________________________________________________________ O. História da gravidez atual DUM: ___ / ___ / ____ Data duvidosa: não sim DPP: ____/ ____/ _____ IG____semanas ___ dias(DUM) IG____semanas ___ dias (USG) A gestação foi planejada? não sim E ela é desejada? não sim Observações: ___________________________________________________________________________________ Você tem alguma preocupação relacionada à gestação ou ao parto? não sim Qual? ________________________________________________________________________________ Você já sente os movimentos fetais? não sim - Há quanto tempo?______________________ Fez ou faz uso de algum medicamento? não sim - Qual?________________________________ Prescrito por quem? médico enfermeira recomendado em farmácia auto-medicação Outros – Especificar: _________________________________ Tentou interromper essa gestação? não sim Idade gestacional: _______________________________ De que forma? __________________________________________________________________________________ 60 Aspecto: Bolhoso Grumoso Homogêneo Coloração: Amarelo Esverdeado Esbranquiçado Acinzentado Amarelo-esverdeado Outra__________________ Quantidade: Pequena Média Grande Teste de Whiff Positivo Negativo pH vaginal: _______________ Colo uterino Coloração______________________________________________________________ Orifício externo: Puntiforme Bilabiado Em fenda Forma de estrela Presença de ectopia: Não Sim - Localização _______________________ Teste de Schiller: Negativo Positivo - Localização __________________ Observações _____________________________________________________ ________________________________________________________________ TOQUE VAGINAL SIMPLES Assoalho pélvico: Capacidade de contensão: Preservada Reduzida Distopia genital: Ausente Presente. Especificar: ____________________________________________ Canal vaginal: Elasticidade: Espástico Elástico Lubrificação: Presente Ausente Observações_______________________________________________________________________________ Fundos de saco vaginais: Elasticidade: Presente Ausente Sinal de Goodel Ausente Presente Sinal de Nobile-Budin Ausente Presente Sinal de Osiander Ausente Presente Refere dor? Não Sim Intensidade Pequena Média Grande Localização Fundo de saco vaginal anterior Fundo de saco vaginal posterior Fundo de saco vaginal lateral direito Fundo de saco vaginal lateral esquerdo À manipulação do colo uterino Observações: _________________________________________________________________________ Avaliação da pelve: Promontório atingível Sim Não Espinhas ciáticas proeminentes Sim Não Arco sub-púbico estreito Sim Não Quadro para registro dos Problemas, Diagnósticos (segundo a NANDA) e Intervenções de Enfermagem (segundo a CIPE) Problema de enfermagem Diagnóstico de enfermagem (NANDA) Intervenção de enfermagem (CIPE) 61 Assinatura/carimbo do profissional ________________________________________________
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