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Guias e Dicas
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manual tecnicas redação, Manuais, Projetos, Pesquisas de Educação Física

Técnicas de Redação para concursos

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2010

Compartilhado em 25/10/2010

greicy-mary-2
greicy-mary-2 🇧🇷

5

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Baixe manual tecnicas redação e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Educação Física, somente na Docsity! MANUAL DE TÉCNICAS DE REDAÇÃO Muitas vezes se tira nota baixa em REDAÇÃO simplesmente porque se comete uma série de erros gramaticais bobos, tolos, inadmissíveis. A principal finalidade do MANUAL... será contribuir de forma decisiva para que erros dessa natureza não mais sejam repetidos. É uma obra que se destina a estudantes que estejam fazendo o último ano do curso pré-escolar, cursando os ensinos fundamental e médio, até aqueles que estão se preparando para concurso ou vestibular. Servirá, portanto, para qualquer membro da família, inclusive para quem já concluiu o curso universitário e queira aprimorar-se na arte de escrever. 1ª. A (minúsculo). Faça-o um pouco achatado, com os contornos fechados (e não abertos), sem qualquer traço no meio dele. 2ª. ABAIXO-ASSINADO. É um documento assinado por várias pessoas, que contém pedido, reivindicação ou manifestação de protesto. 3ª. ABREVIAÇÕES. Escreva as palavras por extenso. As abreviações são consideradas incorretas. Portanto, não use abreviações quando no corpo do texto de sua redação. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet ERRADO CERTO P/, c/, tá, pra, qdo Para, com, está, para, quando Prof., edif., pop Professor, edifício, população Fone, cine Telefone, cinema 4ª. ABSURDO. Use o raciocínio absurdo, a percepção exagerada dos fatos, para sugerir a visão alterada da personagem. Embriagado, achou que a mulher estava conversando com o amante e atirou no seu próprio cunhado. Achava que o cãozinho estava silencioso apenas para ludibriá-lo, que preparava um ataque feroz; talvez até saltasse no seu pescoço em um momento de distração. 5ª. AÇÃO. Quando quiser, em narrações, fazer sentir a atenção dada pela personagem às próprias ações, mostre os pormenores da cena. Colocou cuidadosamente o cristal sobre a mesa, pegando a taça com a ponta dos dedos, pressionando-a levemente, mas com firmeza. Aproximava-a da mesa muito lentamente, quase sem fazer barulho algum ao tocá-la. Se desejar mostrar ações sucessivas da personagem, efetuadas sem pressa e valorizadas uma a uma, separe-as em períodos diferentes. Entrou na sala. Caminhou lentamente em direção ao cofre. Observou se o sistema de segurança estava desativado. Tirou o quadro da parede. Passou a girar lentamente o segredo do cofre, escutando atentamente quando daria o estalo que lhe permitiria abri-lo com segurança. Para construir na narrativa a idéia de rapidez, use períodos curtos. Se buscar transmitir a sensação de um longo tempo transcorrido, use frases extensas. Correu até o outro lado da rua. Girou a chave na fechadura. Entrou no prédio. Acenou para o porteiro. Entrou no elevador. Estacionou o carro na frente do prédio, observando se a esposa já havia descido. Abriu a caixa de discos, escolhendo o que faria a mulher lembrar dos tempos de namoro. Reclinou o banco do automóvel, baixando o volume do rádio; pensou que a mulher estava atrasada; devia estar escolhendo seu melhor vestido ou talvez terminando de fazer a maquiagem com o cuidado que a ocasião merecia. 6ª. ACENTOS. Coloque-os com clareza e corretamente, e não simples traços displicentes (em pé ou deitados). O acento grave, levemente voltado para a esquerda; o agudo, levemente inclinado para a direita. Tanto o acento grave, quanto o agudo e o circunflexo, devem ser colocados bem próximos das respectivas letras e bem centralizados (e não distantes e de lado). O acento não pode ser um risquinho qualquer, torto, deformado, ilegível. Tem que ser escrito de maneira correta, clara e precisa. Faça-os de tamanho normal, nem demasiado grandes, nem demasiado pequenos. 7ª. ACENTUAÇÃO. Verifique sempre a acentuação dos vocábulos. Procure conhecer as regras de acentuação sem, contudo, decorá-las como papagaio. Uma técnica de aprendizagem infalível: Estude o assunto, por exemplo, em mais de dois autores, fazendo, depois, os respectivos exercícios. Proceda da mesma forma com os demais assuntos de gramática, que jamais precisará tomar curso de Português desse capítulo. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet A Guerra do Iraque foi duramente criticada, vai daí que os americanos tiveram abalado seu conceito de democracia. A expressão “vai daí que” é da fala coloquial, devendo ser substituída por uma construção mais adequada: A Guerra do Iraque foi duramente criticada e, em função de sua postura, os americanos tiveram abalado seu conceito de democracia. Ele repetia tudo o que dizia, que nem um papagaio de madame. A palavra adequada é como; “que nem” desmerece o texto em que está inserido, a não ser que represente a fala popular da personagem. 21ª. BILHETE. É uma forma de comunicação da língua escrita, bastante simples e breve. 22ª. BOM SENSO. Evite construções complexas. Leia o texto várias vezes para ter certeza de que ficou claro e preciso. 23ª. BRANCO. Em caso de dar branco, procure relaxar e tente escrever qualquer coisa, desde que dentro do assunto e com um mínimo de sentido. 24ª. CABEÇALHO. Não há pontuação após os dados do cabeçalho. Faça o cabeçalho de sua redação completo, com todos os dados indispensáveis, dentro da estética, ou seja, organizado, perfeitamente alinhado um embaixo do outro e no centro do papel. 25ª. CACOFONIA OU CACÓFATO. É o encontro de sílabas que formam palavras de sentido ridículo ou obsceno, com a produção de som desagradável. ORAÇÕES COM CACÓFATOS ESCREVA-AS ASSIM Meu coração por ti gela. Meu coração gela por ti. Vou-me já para casa. Já estou indo para casa. O noivo beijou a boca dela. O noivo beijou-a na boca. Nunca gaste dinheiro com bobagens. Jamais gaste dinheiro com bobagens. 26ª. CALIGRAFIA. Escreva com capricho e nitidez, procurando tornar sua grafia clara, uniforme e bem legível. Se tiver a grafia ruim, faça de tudo para melhorá-la, porque uma redação escrita com capricho e grafia bonita impressiona favoravelmente. Não invente traços novos nas letras e não enfeite demais as maiúsculas, pois o leitor do texto pode não compreender o que você está escrevendo. 27ª. CARACTERÍSTICO. Observe os seres no que têm de mais característico. Procure traduzir essas impressões ou os fatos sem se alongar em considerações desnecessárias, que nada acrescentem de importante à cena ou ao fato. Ombros curvados, cabelos escuros que o pente mal vira, passos arrastados – um homem ainda moço, levando consigo a carga de uma pesada e infeliz vida. Em um canto, calada, estava Maria, com seus grandes olhos negros, cabelos que caíam em cascata pelos ombros, dona de uma beleza intrigante e misteriosa. Para ela tudo era novo e assustador. 28ª. CARTA. É uma das formas de comunicação da língua escrita, usada desde a antiguidade. Por meio dela você (remetente) pode dizer às pessoas (destinatários) o que faz, o que pensa, o que deseja. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet A primeira carta de que se tem registro foi escrita há 4 mil anos, na Babilônia e se tratava de uma correspondência amorosa. 29ª. CENA. Para descrever aspectos de uma cena, veja se deve empregar pronomes indefinidos ou adjuntos adverbiais, de modo a ordená-la. A escada já lhe era conhecida. No entanto, uma passadeira nova cobria os degraus desgastados, tentando trazer um pouco de claridade e alegria ao ambiente envelhecido e quase sem vida. Uma mulher ainda jovem procurava o endereço que trazia nas mãos. Seu olhar vagava aflito. Quem a observasse poderia confundir aquela expressão ansiosa... Na verdade, o que ela esperava é que, realmente, o tal endereço não existisse. 30ª. CHAVÕES, CLICHÊS, FRASES FEITAS, JARGÕES, LUGARES COMUNS, MODISMOS. Evite-os, pois empobrecem o texto e demonstram a ausência de originalidade, falta de imaginação e de bom gosto. A inflação galopante, rigoroso inquérito, vitória esmagadora, astro-rei. Caixinha de surpresas, nos píncaros da glória, encerrar com chave de ouro, nos primórdios da humanidade. Não é fácil falar a respeito de… Bem, eu acho que… A esperança é a última que morre. …um dos problemas mais discutidos da atualidade. 31ª. CLAREZA. Redija frases curtas e, portanto, use ponto à vontade. Escreva com toda a simplicidade e clareza, sem embolar o assunto. Ser claro é ser coerente, conciso, não se contradizer. São inimigos da clareza: a desobediência às normas da língua, os períodos longos e o vocabulário difícil, rebuscado ou impreciso. O segredo está em não deixar nada subentendido, nem imaginar que o leitor sabe o que se quer dizer. Evidencie todo o conteúdo da escrita. Lembre-se de que está dando uma opinião, desenvolvendo idéias, narrando um fato. O mais importante é fazer-se entender. TEXTOS EMBOLADOS— CONFUSOS CORREÇÃO Participei de um campeonato tirei segundo lugar em ping-pong e ganhei medalha de prata. Participei de um campeonato de “ping-pong”, no qual tirei segundo lugar, tendo ganhado uma medalha de prata. NOTA: “Ping-pong”, entre aspas, por ser estrangeirismo. Comemoramos o aniversário de meu pai que foi uma surpresa para ele, fizemos um churrasco com muitas bebidas. Comemoramos o aniversário de meu pai e, como surpresa para ele, fizemos-lhe um churrasco com muitas bebidas. Na hora de ir embora nós fomos pela canoa, a mesma começou a balançar, eu na ponta da canoa fazendo a danada balançar, teve uma vez que a canoa quase emborcava, eu tomei um choque. Na hora de voltarmos, viemos numa canoa que começou a balançar, sendo que eu, que estava na ponta da canoa, fi-la balançar mais ainda. Houve um momento em que ela quase emborcava, quando tomei um grande susto. ATENÇÃO: “Tomar um choque” é receber uma descarga elétrica. Portanto, a expressão está usada indevidamente. No caso, a expressão adequada é “tomar um susto”. 32ª. COERÊNCIA. A coerência entre todas as partes do texto é fator primordial para se escrever bem. É necessário que elas formem um todo, ou seja, que estabeleçam uma ordem para as idéias, se completem e formem o corpo da narrativa. Explique, mostre as causas e as conseqüências. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Em muitas redações fica patente a falta de coerência. O candidato apresenta um argumento e o contradiz mais adiante. As idéias contidas no texto devem estar interligadas de maneira lógica. O vestibulando não pode expor uma opinião no início do texto e desmenti-la no final. Deve-se ter cuidado redobrado para não se cometer esse tipo de erro. Em vestibular da FUVEST, o candidato saiu-se com a seguinte frase: “...a palidez do sol tropical refletia nas águas do rio Amazonas”. Convenhamos que o sol tropical pode ser acusado de muitas coisas, menos de palidez. O riso provocado pela leitura do texto poético é derivado de um caso de incoerência no uso da imagem. 33ª. COESÃO. A falta de coesão provoca a redundância. Fica-se dando voltas num assunto, sem acrescentar-lhe nada de novo. É típico de quem não tem informação suficiente para compor o texto. Em lugar de: Comprei sorvetes. Dei os sorvetes a meus filhos. Deve-se usar: Comprei sorvetes. Dei-os a meus filhos. 34ª. COLISÃO. É a seqüência desagradável de consoantes ou sílabas idênticas. ORAÇÕES COM COLISÃO REDAÇÃO MELHOR Jorge já jantou. Jorge acabou de jantar. O rato roeu a roupa da rainha. O rato roeu os nobres tecidos que compunham os trajes da rainha. 35ª. COLOQUIALISMO. Uso da língua na forma como é escrita, ou seja, é uma armadilha para o aluno o emprego de termos coloquiais, gíria e jargão. Expressões coloquiais só são aceitas na reprodução de diálogos. Isso não significa que o texto tenha de ser empolado, de difícil entendimento. Evite usar as expressões: só que, que nem, é o seguinte, etc. 36ª. COLORIDA. Procure dar, às suas personagens, uma linguagem não só adequada, mas, também, colorida por imagens pertinentes, ligadas a elas e ao assunto. A senhora soltou um pequeno grito, e o rapaz, de vermelho que estava, fez-se cor de cera; mas Botelho procurou tranqüilizá-los. O primeiro raio do sol encontrou Tapirapé moreno, pele molhada, com cabelo e olho bem cor de noite sem lua, sentado na folha redonda do mururu. 37ª. COMEÇO. Uma redação não é nenhum bicho de sete cabeças. Respire fundo. Três vezes. Devagarinho. Deixe o ar chegar lá em baixo, no fundão da barriga. Visualize o umbigo. Sorria para ele. Por dentro e por fora. Escolha uma frase bem atraente. Pode ser uma declaração, uma citação, uma pergunta, um verso, a letra de uma música. Depois desenvolva o seu tema. Cada idéia num parágrafo. Por fim, conclua. Com fecho de ouro. 38ª. COMPARAÇÃO. É a aproximação de dois termos entre os quais existe alguma relação de semelhança, como na metáfora. Quando usar comparações, escolha a conjunção que as introduz em função do tipo de linguagem que está empregada. Use a comparação, hipotética ou não, quando perceber que estabeleceu entre o ser que você descreve e outro uma semelhança interessante e que ela vai enriquecer seu texto. A liberdade das almas, frágil, frágil como o vidro. A chuva caía como lágrimas de um céu entristecido. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet O caso estava praticamente resolvido, mas alguma coisa ainda perturbava o Inspetor. A testemunha jurara ter dito a verdade, contudo sua voz não parecia firme como deveria estar naquela circunstância. 50ª. CONTRASTE. Para manter a curiosidade do leitor com relação a personagens (ou cenário) contrastantes, oponha um a um os elementos em contraste. Letícia, bonita, rica e cheia de preconceitos, olhava com desprezo a jovenzinha mirrada e pobremente vestida que tentava vender doces, aproveitando o sinal fechado. A magreza e a palidez da jovem que se inspirava nas modelos de passarela, contrastava violentamente com as faces coradas e cheias de vida da amiga saudável, cujos padrões de estética divergiam frontalmente das de sua companheira. 51ª. COORDENAÇÃO. Coordene suas idéias como se estivesse contanto uma história: o seu texto deve ter início (introdução), meio (desenvolvimento) e fim (conclusão). 52ª. COR. Escreva apenas com caneta preta ou azul. O rascunho ou o esboço das idéias podem ser feitos a lápis e rasurados. O texto não será corrigido em caso da utilização de lápis ou caneta vermelha, verde, etc na redação definitiva. 53ª. CORREÇÃO GRAMATICAL. A linguagem utilizada na redação precisa estar de acordo com a norma culta, ou seja, deve obedecer aos princípios estabelecidos pela gramática. Tenha o máximo de cuidado para que sua redação não apresente, principalmente, nenhum erro de ortografia, acentuação, pontuação e concordância, seja ela verbal ou nominal. Conhecer as normas que regem o uso da língua é fundamental para a produção de um texto correto. Em caso de dúvidas na redação, consulte sempre um bom livro de gramática. 54ª. CRASE. Expressões com crase: À beça, à toa, etc. Uso corriqueiro da crase, mas absolutamente errado: Marcelo reside à Rua (Avenida, Praça, etc). O correto é: Marcelo reside na Rua, na Avenida, na Praça, etc. (Quem reside, reside em algum lugar). 55ª. CRIATIVIDADE. É claro que uma abordagem original do tema valoriza seu texto. No entanto, o vestibulando deve ter cuidado para não confundir criatividade com idéias esdrúxulas. Na gíria estudantil, não viaje. Lembre-se: Ninguém pode exigir que escreva bem, como um escritor, pois isto pressupõe talento; as faculdades querem que se escreva certo. 56ª. CRÍTICA. É um tipo de redação que aprecia e avalia livros de caráter científico ou literário, além de manifestações artísticas ligadas ao cinema, ao teatro, à música, etc. Habitue-se a criticar sua redação, procurando ver se todos os seus pormenores colaboram para criar a idéia que tem em mente. Solicite a uma terceira pessoa, de bom conhecimento técnico ou nível escolar, para ler e fazer críticas sobre o seu texto, pois a leitura demasiada de nossos próprios trabalhos torna-nos cegos para determinados pontos. 57ª. CRÔNICA. É uma narrativa curta que retrata, em geral, fatos do cotidiano, presenciados ou não pelo narrador, escrita numa linguagem leve, de caráter jornalístico. 58ª. CURRÍCULO. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet É um documento que reúne as informações profissionais para alguém que se candidata a um emprego. Contém objetivo, formação escolar, idiomas que domina, experiência profissional, pretensão salarial, etc. 59ª. DESCRIÇÃO. Descrever é fazer um retrato com palavras, isto é, apresentar, detalhadamente, características de pessoas, animais, objetos, lugares, etc. Quando quiser estabelecer uma ordem cronológica na sua descrição, mostrando as mudanças sucessivas da paisagem, use termos que indicam sucessão (sobretudo adjuntos adverbiais de tempo). 60ª. DESENVOLVIMENTO. É a redação propriamente dita. No desenvolvimento, o aluno deverá discutir os argumentos apresentados na introdução. Em cada parágrafo, escreve-se sobre um argumento. Tenha sempre em mente que o examinador de sua dissertação provavelmente seja uma pessoa culta, que lê bons jornais e revistas e tem bastante conhecimento geral, portanto não generalize. É a parte mais importante em qualquer texto. É quando podemos nos aprofundar nas idéias que, por enquanto, foram apenas mencionadas na introdução. Os argumentos devem ser apresentados em função da idéia e organizados com clareza para não confundir o leitor. Devemos ser cuidadosos para que o texto não se torne inconsistente e imaturo por falta de informação de nossa parte. Para isso, é preciso que nos ilustremos, lendo revistas, jornais e livros; assistindo a noticiários na televisão; freqüentando o maior número possível de produções culturais a que tivermos acesso - teatro, “shows”, exposições, etc. Em qualquer uma dessas atividades, assuma uma posição crítica questionadora que resultará em análises objetivas e, conseqüentemente, em julgamentos coerentes. Evite radicalismos, ofensas pessoais, nacionalismos piegas e “achismos” (eu acho, eu penso) 61ª. DIÁLOGO. É a conversa entre duas ou mais pessoas. A fala de cada personagem é indicada, na escrita, por um travessão. Ao apresentar um diálogo, ou a personagem pensando, use o presente do indicativo para sugerir a proximidade do fato futuro. 62ª. DIÁRIO. É uma das formas do registro do mundo interior, ou seja, das confissões, dos segredos, etc, de uma pessoa. 63ª. DICAS. Ao escrever uma redação, faça, primeiramente, uma lista de tudo o que lhe vier à memória. Quanto mais idéias, melhor. Não se preocupe em saber se as idéias são boas ou más. Escreva-as, simplesmente. Anote tudo, sem ordem, sem critério, sem censura. Use palavras simples e frases curtas. Selecione as idéias e estruture o seu texto. 64ª. DICIONÁRIO. Em vez de sair por aí “chutando” palavras cujos significados você não conhece bem, utilize-se de um bom dicionário, em livro ou disquete, para aumentar o vocabulário. 65ª. DIMINUTIVO. Use o diminutivo com muito cuidado, e sempre quando for importante marcar a dimensão dos seres, ou a afetividade (carinho, desprezo) da personagem com relação a esses seres. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Pegou o banquinho para apoiar o pé enquanto tocaria violão. Disse para a avozinha que lhe traria o doce de goiaba de que tanto gostava. 66ª. DISCUSSÃO. Falar e ouvir são meios de desenvolvimento do espírito humano. O debate de idéias pode levar a um resultado enriquecedor. 67ª. DISSERTAÇÃO. Nunca se inclua em sua dissertação, principalmente para contar fatos de sua vida particular. É uma redação que, através do raciocínio, expõe idéias, doutrinas, impressões, pontos de vista. Utilize sempre, em suas dissertações, a primeira pessoa do plural em vez da primeira pessoa do singular. A dissertação é a forma mais comum de redação. É a mais solicitada nos exames vestibulares e provas de colégio. Dissertar é defender uma opinião a respeito de determinada questão. Para isto, precisamos conhecer o assunto e refletir sobre ele. É analisar um assunto proposto, emitindo opiniões gerais. Deve ser feito de modo impessoal e com total objetividade. Essa visão imparcial perde-se quando o autor confunde a problemática que está analisando com os problemas particulares que possa ter. 68ª. DIVAGAR. “Estou sem inspiração para fazer uma redação. Escrever sobre a situação dos sem-terra? Bem que o professor poderia propor outro tema.” Não fale de sua redação dentro do próprio texto, porque isso demonstra insegurança e vazio de idéias. Ademais, sua nota ficará seriamente comprometida quando da avaliação do conteúdo. 69ª. DOIS PONTOS. As citações vêm sempre após dois pontos. Lá, fiz diversas coisas: tomei banho de piscina, na sauna, montei cavalo e charrete, comi cacau, etc. Use dois pontos, antes de uma enumeração, se quiser valorizar os termos que a constituem. Descobri a grande razão da minha vida: você. Já dizia o poeta: Deus dá o frio conforme o cobertor. 70ª. E (minúsculo). Faça-o um pouco aberto, para não ficar parecendo “i”, de forma que o seu interior apareça com toda a nitidez. 71ª. ECO OU ASSONÂNCIA. É a repetição desnecessária de palavras terminadas pelo mesmo som, provocando rimas desagradáveis, com um ritmo batido e monótono. FRASES COM ECO ESCREVA-AS ASSIM Neste momento eu tive um aumento de vencimento. Tive aumento de salário. Clemente, certamente, está descontente com o parente. Clemente, com certeza, está aborrecido com o primo dele (como poderia ser irmão, etc). 72ª. EDITORIAL. É um artigo que exprime a opinião do órgão jornalístico. É o jornalismo opinativo. 73ª. ELEGÂNCIA. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Não existem fórmulas mágicas para se redigir bem. O exercício contínuo, aliado à constante leitura de bons autores e à reflexão, é indispensável para a criação de bons textos. Enganam-se aqueles que pensam que é fácil escrever. Todos os grandes escritores desmentem o mito da inspiração. Uma das frases mais famosas sobre o assunto afirma o seguinte: "O ato de redigir requer 1% de inspiração e 99% de transpiração". Se você se limitar a repetir o que todo mundo escreve, com medo de errar, provavelmente cairá no lugar-comum e na mediocridade. Inove sempre, sem medo. Seja atrevido! A segurança virá aos poucos e com a satisfação de perceber que fez algo seu, com seu próprio padrão de qualidade. Quer escrever bem? Leia, então, muito e sempre. É atividade que requer treino, perseverança e até uma boa dose de teimosia. Ninguém nasce sabendo redigir bem. Escreva na ordem direta, dispense os detalhes irrelevantes e vá diretamente ao que interessa, sem rodeios. Redigir bem é uma questão de prática, como qualquer outra atividade. Ninguém vai ensiná-lo a pintar segurando os pincéis para você. Se quiser escrever bem, leia muito e sempre. Uma redação bem escrita é vaga garantida para o ingresso à universidade. Escreva diários, cartas, e-mails, crônicas, poesias, redações, qualquer texto. Só se aprende a escrever, escrevendo. Escrever é falar no papel, e sem rascunho é impossível. Escreva sem medo e sem preguiça, fazendo vários rascunhos, lendo em voz alta o texto escrito para descobrir as falhas. Muitas vezes a impropriedade vocabular se transforma claramente em erro, às vezes grosseiro. O relâmpago atingiu o ônibus. O que atingiu o ônibus foi o raio. Havia cem pessoas no féretro. O féretro é o caixão, e não o enterro. Redigir bem depende de bastante leitura (jornais, livros, revistas), que lhe fornecem informações novas e atuais, e de muita prática. Todos os dias, antes de dormir, sente-se num local adequado e confortável em seu quarto e escreva em uma folha de papel como foi o seu dia. Eis um bom começo. Adquira o hábito de escrever, exercitando-se, principalmente, com os temas que têm caído nos vestibulares mais recentes. Meça bem as palavras, usando as mais simples, não se esquecendo de acentuá-las e pontuá-las com precisão. Jamais se desvie do tema. Seja o mais claro possível. Mostre raciocínio lógico, agudeza mental, inteligência e conhecimentos. Texto bom e legível é aquele no qual as palavras estão adequadamente dispostas na frase, com elegância, precisão, clareza e objetividade. 85ª. ESPAÇOS ENTRE LINHAS. O cabeçalho da redação deve começar na primeira linha do papel. O título, uma ou duas linhas após a última linha do cabeçalho. A redação, uma ou duas linhas depois do título. 86ª. ESPAÇOS ENTRE PALAVRAS. Use espaços normais entre as palavras, devendo estas ficar nem muito distanciadas nem muito próximas umas das outras. 87ª. ESQUEMA. Antes de iniciar a redação (antes mesmo do rascunho), faça um esquema de um roteiro de idéias. O esquema é um mapa e um guia, que evitará desvios ou retrocessos quando da elaboração do texto. Esquematizar é planejar. É caminhar com os olhos abertos. É saber o terreno onde pisa. É dar à redação um destino, um sentido, um fim. 88ª. ESTÁTICA. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Sempre que quiser apresentar uma cena estática, evite a repetição dos verbos ser e estar e empregue frases nominais. Papéis por toda a parte. Memorandos, relatórios, ofícios, anotações. Roberto, paralisado, no meio da rua. Sentado. Olhar ao longe. Tristeza. 89ª. ESTÉTICA. Capriche na parte estética de sua redação, ou seja, faça letras bonitas e bem legíveis, margens regulares, espaço uniforme no início do parágrafo, tudo isso sem qualquer tipo de rasura. 90ª. ESTICAR. Expedientes muito usados para “esticar” uma redação, mas que não enganam ninguém, muito menos uma banca corretora: Letra muito grande ou espichada, nova margem, enormes margens de parágrafo, paragrafação excessiva, citações falsas ou impertinentes, etc. 91ª. ESTILO. Você já ouviu alguém dizer que cada pessoa tem uma maneira diferente (estilo) de escrever? Paulo Mendes Campos, já falecido, que foi um dos maiores cronistas brasileiros, era um grande estilista. Veja, a seguir, alguns textos deliciosos e imperdíveis! ESTILO NÉLSON RODRIGUES. Usava gravata cor de bolinhas azuis e morreu! ESTILO INTERJETIVO. Um cadáver! Encontrado em plena madrugada! Em pleno bairro de Ipanema! Um homem desconhecido! Coitado! Menos de quarenta anos! Um que morreu quando a cidade acordava! Que pena! ESTILO COLORIDO. Na hora cor-de-rosa da aurora, à margem da cinzenta Lagoa Rodrigo de Freitas, quem via de cor preta encontrou o cadáver de um homem branco, cabelos louros, olhos azuis, trajando calça amarela, casaco pardo, sapato marrom, gravata branca com bolinhas azuis. Para este o destino foi negro. ESTILO PRECIOSISTA. No crepúsculo matutino de hoje, quando fulgia solitária e longínqua a Estrela-d ´Alva, o atalaia de uma construção civil, que perambulava insone pela orla sinuosa e murmurante de uma lagoa serena, deparou com a lúrida visão de um ignoto e gélido ser humano, já eternamente sem o hausto que vivifica. ESTILO SEM JEITO. Eu queria ter o dom da palavra, o gênio de Rui e o estro de um Castro Alves, para descrever o que se passou na manhã de hoje. Mas não sei escrever, porque nem todas as pessoas que têm sentimentos são capazes de expressá-los. Mas eu gostaria de deixar, ainda que sem brilho literário, tudo aquilo que senti. Não sei se cabe aqui a palavra sensibilidade. Provavelmente não. Talvez seja uma tragédia. Não sei escrever, mas o leitor poderá perfeitamente imaginar o que aconteceu. Triste, muito triste. Ah, se eu soubesse escrever. 92ª. ETC. Evite escrever o termo “etc”, por ser incompleto, a não ser em casos especiais, para determinadas sugestões. 93ª. EUFEMISMO. É o mesmo que suavização ou abrandamento. Trata-se do uso de uma expressão menos áspera, rude e chocante com relação a uma realidade. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Ele deu seu último suspiro. Você faltou com a verdade a um homem. José desviou recursos dos cofres públicos. 94ª. EVITE. Termos e expressões supérfluas (desnecessárias), excesso de adjetivos, intercalações desnecessárias, digressões inúteis (“enche lingüiça”), períodos extensos e confusos. Tudo isso leva à prolixidade, que deve ser evitada. 95ª. EXCLAMAÇÃO. Não exclame a todo momento. Procure palavras fortes e convincentes. 96ª. EXEMPLOS. Evite mau uso de exemplos, ilustrações, citações. Aqui, os aposentados recebem vinte salários mínimos por mês. Dado incorreto, porque, na verdade, apenas alguns aposentados recebem a referida quantia. Obedecer uma ordem cronológica é um maneira de se acertar sempre. Parta do geral para o particular, do objetivo para o subjetivo, do concreto para o abstrato. Use figuras de linguagem para que o texto fique interessante. As metáforas também enriquecem a redação. 97ª. EXPERIÊNCIA. Use sua experiência de vida para produzir textos. Ouse, incorpore personagens, envolva-se na trama, sinta, julgue, denuncie, critique, manifeste-se, viva o tema. Evite chavões e clichês. 98ª. EXPRESSÃO. Nunca escreva uma expressão que desconheça, pois os erros de ortografia e acentuação tiram pontos preciosos de uma redação. Não exagere no uso das expressões: a nível de, através de, devido a, face a, frente a, tendo em vista, etc. 99ª. EXPRESSÕES GASTAS. Você pode ter conhecimento do vocabulário e das regras gramaticais e, assim, construir um texto sem erros. Entretanto, se reproduz sem nenhuma crítica ou reflexão expressões gastas, vulgarizadas pelo uso contínuo, a boa qualidade do texto fica comprometida. 100ª. EXPRESSÕES POPULARES. Não use expressões populares e cristalizadas pela população, mormente na dissertação, que é um trabalho muito técnico. 101ª. EXPRESSÕES VULGARES. Jamais use expressões vulgares ou chulas. 102ª. EXTENSÃO. Num exame vestibular, ou numa redação de colégio, o professor corrigirá ou avaliará, em curto espaço de tempo, centenas de redações. Por este motivo, pede-se que os candidatos ou alunos escrevam um número limitado de linhas. Qualquer exagero representa um fator grandemente desfavorável ao estudante. Mais importante do que escrever muito é o candidato ou aluno ter tempo para rever a sua redação. 103ª. FÁBULA. É uma pequena história (uma narrativa inverossímil), com fundo didático, que tem como objetivo transmitir uma lição de moral. A VIÚVA. Quando a amiga lhe apresentou o garotinho lindo dizendo que era seu filho mais novo, ela não resistiu e exclamou: — Mas, como, seu marido não morreu há cinco anos? — Sim, é verdade — respondeu a outra, cheia de compreensão, sabedoria e calor que fazem os seres humanos — mas eu não! estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet gerais de seu autor. Uma maneira prática para solucionar o problema é a leitura de qualquer gênero, como jornais, revistas e livros. Assista a programas de reportagens, a filmes, a documentários. Interesse-se pela cultura. Alimente sua inteligência. GENERALIZAÇÕES QUE PECAM PELA IMPRECISÃO: As crianças são inocentes. Os homens batem nas mulheres com freqüência. Os homossexuais são desavergonhados. Todo político é ladrão. Os velhos são sábios. 117ª. GERÚNDIO. Evite a predominância do uso do gerúndio, pois este empobrece o texto. Prefira orações desenvolvidas ou o verbo na forma finitiva mais conjunção. Use o verbo no gerúndio somente quando quiser caracterizar os seres enfatizando suas ações. 118ª. GÍRIA. As gírias são um meio de expressão perfeitamente aceitável em certos momentos de textos narrativos, em especial nos diálogos travados por alguns personagens. Tornam- se, entretanto, completamente inadequadas quando usadas em uma dissertação. Jamais use gírias ou qualquer outra variação lingüística que limite o entendimento do texto. Somente use gírias se o assunto e suas personagens exigirem na situação apresentada. Com isso, poderá aumentar o realismo da narração. FRASES COM GÍRIAS PREFIRA O marmanjo bolou um jeito maneiro de se pirulitar. O homem criou uma forma inteligente de fugir da situação. O cara deve procurar sacar se a lei está com ele ou não. O cidadão deve procurar certificar-se de que está agindo dentro da lei. Fiquei gamado naquele broto porque ela é bacana pra chuchu. Fiquei apaixonado por aquela garota, porque ela é muito simpática e atraente. O deputado pisou na bola e deu a maior bandeira no seu depoimento. O deputado cometeu um erro e acabou se comprometendo no seu depoimento. 119ª. GRAFIA. Prefira as palavras de grafias fáceis (mais fáceis de serem escritas). Lembre-se de que a língua portuguesa é muito rica em sinônimos. Tome cuidado com a grafia de palavras que não conheça. Quando tiver dúvidas, consulte o dicionário. Se não for possível, substitua a palavra por outra cuja grafia você conheça bem. Portanto, descarte palavras de grafia duvidosa. EM VEZ DE PREFIRA Escassa Rara Neném Criança Sucinto Breve Exíguo Pequeno Expor Mostrar Parcimoniosa Econômica Submissa Obediente Nódoa Mancha 120ª. GRAMÁTICA. Nunca, mas nunca mesmo, entregue o seu trabalho sem uma boa revisão gramatical e ortográfica. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Evite erros gramaticais primários e básicos. Use só termos que você conhece. Respeite a gramática e as regras de grafia. Capriche na parte gramatical de sua redação, ou seja, não se esqueça de fazer, com toda a clareza possível, as devidas pontuações e acentuar as palavras que tiverem acento. Não adianta fazer uma redação espetacular quanto ao conteúdo e estilo mas cometer dezenas de erros de português. O primeiro passo para aceitar a gramática positivamente é imaginá-la como algo dinâmico que movimenta a nossa linguagem e cria nossa identidade cultural. Tenha sempre ao alcance um livro de gramática, acompanhado de um dicionário. Uma pessoa que redige bem tem mais clareza de suas idéias e mais segurança em suas afirmações. As falhas gramaticais podem ser um entrave para isso. 121ª. GROSSERIA. “Ele deu um pum fedido pacas. Foi aquele auê!” Gostou dessa frase ridícula? O examinador iria aprová-la? Com certeza que não! Cuidado para não entrar na linguagem do “liberou geral”, do vale-tudo! É um território muito perigoso. Deixe a “franqueza” vocabular de lado e evite grosserias na sua redação. Não é só você que tem mãe, irmã, etc. Os examinadores também têm e nem todos são apaixonados pelo “exótico”. 122ª. HARMONIA. O aluno deve usar a musicalidade, o ritmo resultante da adequada escolha das palavras, da combinação dos sons na oração e do equilíbrio das orações no período. A linguagem não pode ser áspera, dura. A redação deve ser agradável ao ouvido. 123ª. HIATO. É a seqüência desagradável de vogais ou sílabas idênticas. Evite-o. FRASES COM HIATO MELHOR Andréia irá ainda hoje ao oculista. Andréia terá consulta com seu oculista, hoje. Traga a água à aula. Queira trazer o recipiente com água para a sala. 124ª. HIPÉRBATO. É inversão da ordem natural dos termos ou orações da frase com o fim de lhes dar maior destaque. FRASES COM HIPÉRBATOS ORDEM INVERSA ORDEM NATURAL Na roda do mundo, mãos dadas aos homens, lá vai o menino… O menino vai lá na roda do mundo, mãos dadas aos homens... Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante... As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico... 125ª. HIPÉRBOLE. É a figura que através do exagero procura tornar mais expressiva e emocionante uma idéia. Ele chorou rios de lágrimas. Falei trezentas vezes para você! Possuo um mar de sonhos e aspirações. 126ª. I (minúsculo). Coloque o pingo no “i” com capricho e clareza, redondo, bem visível (mas não uma bolinha) e de forma centralizada (no lugar certo), nem à esquerda, nem à direita. 127ª. IDÉIA. Não exponha idéias vulgares (impropérios, palavrões). estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Separe as diferentes idéias em parágrafos distintos, guardando-lhes a devida conexão. Elimine idéias ridículas, infantis, contraditórias, desnecessárias, que não se ajustem ao tema proposto. Não inicie uma redação com uma idéia genial mas que não se relaciona com a segunda parte da composição. Evite idéias artificiais, o nacionalismo piegas e o exagero nas expressões de modéstia, como: Futuramente, quando o Brasil atingir o ápice do desenvolvimento, todas as nações se curvarão ante a capacidade empreendedora do homem brasileiro. Não entendo muito do assunto, mas tentarei, apesar dos meus parcos conhecimentos, dissertar sobre o tema escolhido. 128ª. IMPRECISÃO. Evite escrever e/ou, por ser incompleto e impreciso e, também, porque denota pobreza vocabular. EM VEZ DE ESCREVA O jovem e/ou seu pai poderiam ir ao banco ver o saldo da conta. O pai poderia ir ao banco ver o saldo da conta, sozinho ou acompanhado do filho. Poderíamos ir ao clube e/ou ao teatro, porque o tempo seria suficiente. Poderíamos ir a um dos dois locais, ou a ambos – ao teatro e ao clube –, pois o tempo seria suficiente. 129ª. IMPROPRIEDADES SEMÂNTICAS E OUTROS VÍCIOS. Evite o tal de “através de”, que é uma expressão largamente utilizada, mas de maneira errada! Não é, em absoluto, sinônimo de “por intermédio de”. Consegui aprender redação através do meu professor. Caso escreva isso, o sentido literal é que conseguiu aprender redação atravessando seu professor de um lado para outro, o que seria uma pena! Substitua, nesse caso, a expressão por “com o auxílio de”. 130ª. INADEQUADO. Hoje, ao receber alguns presentes no qual completo vinte anos, tenho muitas novidades para contar. Eis um exemplo de uso inadequado do pronome relativo. Provoca falta de coesão, pois não consegue mostrar a que antecedente ele se refere e, portanto, nada conecta e produz uma relação absurda. 131ª. INCOERÊNCIA. Não faça afirmações incoerentes, que demonstram faltam de conhecimento e, às vezes, até ignorância, como: “Ninguém gosta de ler...” Exemplo de incoerência numa dissertação: O verdadeiro amigo não comenta sobre o próprio sucesso quando o outro está deprimido. Para distraí-lo, conta-lhe sobre seu prestígio profissional, conquistas amorosas e capacidade de sair-se bem das situações. Isso, com certeza, vai melhorar o estado de espírito do infeliz. Exemplo de incoerência numa narração: O quarto espelha as características de seu dono: um esportista, que adorava a vida ao ar livre e não tinha o menor gosto pelas atividades intelectuais. Por toda a parte, havia sinais disso: raquetes de tênis, prancha de “surf”, equipamento de alpinismo, “skate”, um tabuleiro de xadrez com as peças arrumadas sobre uma mesinha, as obras completas de Shakespeare. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Como é a sua letra? Uma letra bonita traz inúmeras vantagens. O profissional que apresenta uma escrita legível e estética agradável sempre tem vantagens sobre o seu concorrente na hora de procurar emprego. Para fazer uma boa redação no vestibular ou nas escolas, não é preciso cursar uma escola de caligrafia. No entanto, a letra, mesmo sendo feia, deve ser legível. Os professores se rebelam contra os alunos cujas letras são verdadeiros caracteres hieroglíficos e podem até dar-lhes notas ruins. 142ª. LETRAS DE FORMA OU DE IMPRENSA. Não faça letra de forma, porque algumas letras de forma minúsculas parecem maiúsculas (como o “j”, por exemplo), o que poderá prejudicá-lo na correção de sua redação, tirando-lhe pontos preciosos. Quem usar letra de forma, em vestibular ou concurso, poderá ter sua prova anulada ou tirar nota 0 (zero). A letra de forma dificulta a distinção entre maiúsculas e minúsculas. Uma boa grafia - legível e sem floreios - e limpeza são fundamentais. Não se esqueça dos pingos (e não bolinhas) nos "i". 143ª. LETRAS FLOREADAS. Evite fazer letras floreadas, enfeitadas, com perninhas e rabinhos porque, às vezes, confundem-se umas com as outras e ficam até deformadas (o “r” minúsculo, estando floreado, parece “s”), o que dificulta sobremaneira o perfeito entendimento do que está escrito. O “o”, por exemplo, é redondo e não tem perninha. Portanto, NÃO FAÇA: palavras descendo morro; última letra do vocábulo com prolongamento exagerado para baixo; linha ou traços que cortem a palavra; a letra “c” com traços enrolados sobre ela; palavra com letras separadas; “n” parecido com “r”; “m” com cara de “n”; “t” se confundindo com “f”; “rr” parecido com “m” ou vice-versa. 144ª. LIMPEZA. Faça a redação limpa, sem borrões ou garranchos, e bem legível. A limpeza contribui muito para deixar a redação bem apresentável. O que dizer das redações cheias de borrões e sujeiras? Uma prova limpa, sem rasuras e legível, causará boa impressão ao professor. Não risque as palavras nem faça qualquer tipo de rasura na redação, pois esse tipo de detalhe deixará uma impressão muito ruim de você. Procure manter uma letra razoável, e nada de emporcalhar a folha. É o mínimo que se deve fazer para que o conteúdo e a qualidade do texto não desapareçam no meio de rabiscos. 145ª. LINGUAGEM COLOQUIAL. Evite o uso da linguagem popular (coloquial) ou extravagante, bem como as que atribuem referências grandiosas sem que possam ser aceitas ou cientificamente comprovadas. 146ª. LINHAS. Não exceda o número de linhas pedidas como limites máximos e mínimos. A tolerância máxima é de aproximadamente cinco linhas aquém ou além dos limites. 147ª. LONGO. Evite escrever palavras ou frases longas. Construa frases que tenham, no máximo, três orações. Períodos excessivamente longos tornam o estilo monótono e cansativo. 148ª. MARGENS. Atente para o alinhamento das margens e dos parágrafos. Faça margens regulares. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Lembre-se de que a margem lateral esquerda (do início da linha) deve ser um pouco maior (4 cm) que a margem lateral direita (do final da linha, 2,5 cm). 149ª. MEDO DO ERRO. Muita gente não gosta de ser corrigida, fica constrangida. Em geral, esse sentimento acaba provocando uma aversão por escrever. Mas redigir não pode ser causa de sofrimento, principalmente em função da correção gramatical. Errar faz parte de qualquer atividade criativa, mas é preciso trabalhar – prestar atenção no que se lê e no que se escreve, procurar tirar as dúvidas, quando elas aparecem, ou estudar gramática para valer. 150ª. METÁFORA. É o emprego de uma palavra fora de seu sentido normal, por efeito de analogia (comparação subentendida). A Amazônia é o pulmão do mundo. Esse homem é perigoso como uma fera! As chamas eram centenas de línguas gigantescas. 151ª. MISTÉRIO. Use a interrogação e a negativa quando quiser criar mistério e curiosidade em torno dos fatos. Quem seria aquele homem que nos visitava todas as semanas e que ficava por horas conversando com meu pai? O que os dois tanto discutiam? Por que nunca podíamos estar presentes quando ele conversava com meu pai? Se quiser criar expectativa e dúvidas, envolva sua personagem em mistério, falando dela sem a identificar no início da narrativa. O homem do capote bateu na porta, foi atendido por meu pai, e passou umas duas horas no escritório trancado com ele. Voltou à minha casa durante anos e sempre que chegava meu pai mandava que eu fosse para o quarto. Mamãe ficava na cozinha. 152ª. MONÓLOGO. É um tipo de texto em que alguém expressa sua maneira de ser, seu interior, suas emoções, seu pensamento. É uma conversa consigo mesmo. Se não tem ninguém para conversar e fala sozinho (“com seus próprios botões”) ou com alguém (ou algo) que não pode responder, está, então, monologando. Deveria falar-lhe, dizer-lhe o que sentia por ela? Talvez não pudesse conter as emoções toda vez que a visse. E então diria a ela tudo o que sempre quisera. Que a amara desde a primeira vez que a vira, que aguardava ansiosamente o momento em que a veria de novo. Que não hesitaria em fugir com ela, se essa fosse a condição para ficarmos juntos. Largaria tudo: casa, emprego, posição social, amigos... 153ª. NÃO USE. Palavras ou frases ridículas, contraditórias, desnecessárias, que não se ajustem ao tema proposto. Expressões vulgares, pobres, como: Em primeiro lugar, em segundo lugar, essas mal traçadas linhas, etc. 154ª. NARRAÇÃO. É o relato de um fato, de um acontecimento. Há personagens atuando e um narrador que relata a ação. Tente fazer com que os diálogos escritos, em caso de narração, pareçam uma conversa. A narração está vinculada à nossa vida, pois sempre temos algo a contar. Narrar é relatar fatos e acontecimentos, reais ou fictícios, vividos por indivíduos, envolvendo ação e movimento. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet 155ª. NATURALIDADE. Seja natural. Evite o uso de palavras de efeito apenas para impressionar a banca corretora. Imagine o leitor à sua frente ou ao telefone conversando com você. Fique à vontade. Espaceje suas frases com pausas. Sempre que couber, introduza uma pergunta direta. Confira a seu texto um toque humano. Está redigindo para pessoas. Gente de carne e osso. 156ª. NEOLOGISMOS. O candidato a uma vaga nas universidades precisa usar a língua portuguesa de maneira adequada e se utilizar de termos semanticamente precisos e corretos. Jamais escreva uma palavra cujo sentido real não conhece. Norma culta não quer dizer termos sofisticados, mas palavras simples e precisas no contexto da redação. Preciosismos (palavras complicadas)? Nem pensar! Portanto, nunca use os neologismos incultos do tipo “imexível”, “windsurfar”, “inconstitucionalizável”, etc. 157ª. NOTÍCIA. É a expressão de um fato novo, que desperta o interesse do público a que o jornal se destina. Caracteriza-se por ter uma linguagem clara, impessoal, concisa e adequada ao veículo que a transmite. 158ª. NÚMERO. Escreva o número por extenso, como: dois, três, oito, quinze, vinte... antes de substantivo funcionando como adjunto adnominal. 159ª. O. Tanto maiúsculo, quanto minúsculo, têm que ser redondos, fechados, sem “perninha” embaixo. 160ª. OBJETIVIDADE. Seja objetivo e imparcial. Não use de forma exagerada e nem abuse de verbos no imperativo. Como 20 (vinte) a 30 (trinta) linhas proporcionam um espaço muito pequeno para você discorrer sobre qualquer assunto, procure ser objetivo, abordando, somente, os fatos principais, evitando entrar em detalhes que não interessam muito. Você tem que expressar o máximo de conteúdo com o menor número de palavras possíveis. Portanto, não repita idéias nem use palavras demais que só aumentem as linhas desnecessariamente. Concentre-se no que é realmente indispensável para o texto. A pesquisa prévia ajuda a selecionar melhor o que se deve usar. 161ª. OBSCURIDADE. Significa falta de clareza, em razão de frases excessivamente longas (prolixas) ou exageradamente curtas (lacônicas), linguagem rebuscada, má pontuação ou pontuação defeituosa, impropriedade dos termos. Tenho uma prima que trabalha num circo como mágica e uma das mágicas mais engraçadas era uma caneta com tinta invisível que em vez de tinta havia saído suco de lima. Observe aí a incapacidade de se organizar sintaticamente o período. Selecionar as frases e organizar as idéias é imprescindível. Escrever com clareza é de fundamental importância. EXEMPLO DE TEXTO OBSCURO: A exegese de textos religiosos não pode prescindir do conhecimento filológico que o diletante não deve hesitar em considerar como propedêutica para qualquer trabalho heurístico com textos arcaicos. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Evite escrever palavras ou expressões que, depois de entrarem na moda, tornam- se gastas, como: desmistificar, contexto, sofisticado, inacreditável, principalmente, devido a, através de, em nível de, tendo em vista, etc. ...é aos dezoito anos que se começa a procurar o caminho do amanhã e encontrar as perspectivas que nos acompanharão para sempre na estrada da vida. Não se utilize de expressões parecidas com as grifadas no texto, porque são consideradas gastas e vulgarizadas pelo uso contínuo e irão comprometer a boa qualidade do texto. 173ª. PALAVRAS REPETIDAS. Evite as repetições de palavras. Troque-as por sinônimos. Se já usou linda, por exemplo, use bela (ou bonita), a depender da ênfase que queira dar à frase. Após ter usado professor, use educador ou docente. Para não repetir o adjetivo doente, use enfermo. Portanto, nunca repita várias vezes a mesma palavra. Um dos erros que mais prejudica a expressão adequada de suas idéias é a insistente repetição de um mesmo vocábulo. Isso causa uma impressão desagradável a quem lê ou corrige sua redação, além de sugerir pobreza de vocabulário. FRASE COM PALAVAS REPETIDAS MELHOR Ela estava que era uma vaidade só, exibia seus vaidosos colares, sua vaidosa fala, seu vaidoso jeito de andar. Ela estava muito vaidosa aquele dia, exibia colares caros, fala pedante, andava com pompa. 174ª. PARÁGRAFOS. Use parágrafos diferentes para idéias (assuntos) diferentes. Uma redação sobre o carnaval atual, por exemplo, você poderá subdividi-la em três parágrafos, a saber: PRIMEIRO PARÁGRAFO Carnaval de clube, mencionando a grande beleza na sua decoração, a presença de dois conjuntos tocando, quando for o caso, para que o folião pule o tempo todo, sem parar, com mais conforto, pelo fato de o ambiente ser fechado, etc. SEGUNDO PARÁGRAFO Carnaval de rua, dando especial destaque ao desfile dos blocos, das escolas de samba e aos trios elétricos. TERCEIRO PARÁGRAFO Conclusão, citando a ressaca (o cansaço), o dinheiro gasto, as noites sem dormir, etc. O texto deve ter parágrafos bem distribuídos, articulados e interligados um ao outro coerentemente. Não construa parágrafos longos, constituídos de um só período composto, recheado de orações e de relações sintáticas. Não faça parágrafos muito curtos nem muito longos. O ideal seria que contivessem, no mínimo, 4 linhas e, no máximo, 7 linhas. Não deixe parágrafos soltos. Faça uma ligação entre eles, pois a ausência de elementos coesivos entre orações, períodos e parágrafos é erro grave. Obedeça ao parágrafo ao iniciar a redação, isto é, não comece a escrever logo no início da linha. O parágrafo é marcado por um ligeiro afastamento com relação à margem esquerda da folha (três centímetros estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet aproximadamente). E sempre que houver outros parágrafos no decorrer da redação, siga o alinhamento do parágrafo inicial. 175ª. PARÊNTESES, TRAVESSÃO DUPLO. Sempre que quiser fazer dentro da narração ou da descrição, um comentário à parte, empregue os parênteses ou o travessão duplo. 176ª. PARÓDIA. É a imitação engraçada ou ridícula de outro texto. 177ª. PERÍFRASE OU AUTONOMÁSIA. É uma expressão que designa um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou de um fato que o celebrizou. Visitou a cidade do forró. Pelé, o Rei do Futebol, fez muitíssimo pelo esporte. O Príncipe dos Poetas também teve outras atividades que o tornaram famoso. 178ª. PERÍODO. Construa períodos com duas ou três linhas no máximo. 179ª. PINGO. Não faça “carnaval” na redação. Para levar a escrita a sério e responsavelmente, coloque pingo (e não bolinha) sobre o "i" e o "j" minúsculos. 180ª. PLANEJAMENTO. Toda redação tem: Introdução (princípio), desenvolvimento (meio) e conclusão (fim). O planejamento do texto que escreve não deve ser visto como algo contra sua liberdade de expressão, mas como um guia para aumentar suas chances de sucesso. Planeje o texto. Delimite o tema, defina o objetivo, selecione as idéias capazes de sustentar sua tese. Depois, faça um plano com o assunto geral do texto, o aspecto do tema que vai ser tratado, aonde quer chegar e, finalmente, os argumentos, exemplos, comparações, confrontos e tudo que ajudar na sustentação do ponto de vista que quer defender. 181ª. PLANO. Faça sempre, antes de escrever, um plano escrito de sua redação, para orientar-se e observar melhor a seqüência das idéias apresentadas. 182ª. PLEONASMO OU REDUNDÂNCIA. É a repetição desnecessária de palavras, expressões ou idéias. FRASES COM PLEONASMOS CORRIJA-AS PARA Subir para cima Subir Entrar para dentro Entrar Voltar para trás Voltar A brisa matinal da manhã enchia-o de alegria. A brisa matinal enchia-o de alegria. Ele teve uma hemorragia de sangue. Ele teve uma hemorragia. No entanto, pode ser usado como figura de construção, com função estilística, para enfatizar uma idéia e tornar a mensagem mais expressiva. A mim, ensinou-me tudo. A música exige ouvidos de ouvir! As flores, dou-as a você, com carinho. 183ª. PLURAL. Cuidado com a formação do plural de algumas palavras, sobretudo as compostas — primeiro-ministro, abaixo-assinado, luso-brasileiro, etc. 184ª. POLISSEMIA. Tire proveito da polissemia das palavras, para criar situações de mal-entendidos e de humor. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Os políticos fazem na vida pública o que os outros fazem na privada. A máquina de ferro resfolegava à distância, seu apito chegando até os passageiros que esperavam pelo embarque. Quando o trem parou, a movimentação tomou conta da plataforma da estação. 185ª. POLISSÍNDETO. É a repetição de conjunções para conseguir determinado efeito na frase. Use-o nas enumerações para sugerir o excesso e a reação da personagem ou do narrador a esse exagero. FRASES COM POLISSÍNDETOS Mão gentil, mas cruel, mas traiçoeira. Falei, e falei, e pedi, e supliquei, tudo em vão. Foi então que chorei e chorei até que ele me ouvisse. 186ª. PONTO. Depois de ponto usa-se, sempre, inicial maiúscula. Evite escrever mais de duas linhas sem um ponto final sequer. Use-o à vontade. Pontos encurtam frases, dão clareza ao texto e facilitam a compreensão. Não há ponto após siglas (LTDA, CIA) ou abreviaturas de metros (m), horas (h), quilômetros (km), etc. Ao colocar o ponto, faça-o bem redondo (mas não uma bolota) e bem perto da última letra da palavra. Qualquer rabisco que ele contiver vai ficar parecendo uma vírgula, o que é errado. 187ª. PONTO DE EXCLAMAÇÃO. Após um ponto de exclamação (!) a palavra seguinte não precisa começar com letra maiúscula, pois o ponto de exclamação funciona como vírgula, não significando o fim da frase. Ah! como Renata era linda. 188ª. PONTO E VÍRGULA. Evite usá-lo, porque só é empregado em casos muito especiais e serve para marcar uma pausa maior que a vírgula. Os sem-terra não quiseram resistir; a situação parecia tensa demais. Vermelho é o sinal para parar; amarelo, para aguardar; verde, para seguir adiante. O voto é obrigatório; os eleitores, portanto, deverão exercer esse direito com consciência. 189ª. PONTUAÇÃO. Uma pontuação errada pode comprometer toda a assimilação do conteúdo textual. A pontuação existe para facilitar a leitura do texto. O seu texto está bem pontuado? Distribua harmoniosa e adequadamente as pausas ao longo da frase, pontuando- a devidamente. Empregue a pontuação corretamente, pois uma simples vírgula, fora do lugar adequado, pode mudar profundamente o sentido da frase. A pontuação deve obedecer às paradas respiratórias e, também, à entonação que queiramos dar a cada frase. Uma parada breve na respiração significa a colocação de uma vírgula, enquanto uma respiração longa pedirá a colocação de um ponto na frase. EXEMPLOS DE TEXTOS CONFUSOS, CORRIJA-OS PARA estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Eu estud ei Estu d ei Eu dormi Dor m i Não empregue pronomes pessoais do caso reto no lugar do pronome oblíquo. Escreva sempre “julgá-lo”, nunca “julgar ele”. 200ª. PROSOPOPÉIA. É a atribuição de qualidades ou sentimentos humanos a seres irracionais ou inanimados. A Lua espia-nos através da vidraça. A raposa disse algo que convenceu o corvo. O tempo passou na janela e só Carolina não viu. 201ª. PROVÉRBIO OU DITO POPULAR. Não utilize provérbios, ditos populares, frases feitas, pois eles empobrecem a redação. Faz parecer que seu autor não tem criatividade ao lançar mão de formas já gastas pelo uso freqüente. Portanto, nada de ficar usando: A palavra é de prata e o silêncio de ouro. Quem com o ferro fere, com o ferro será ferido. Entretanto, como já diziam os sábios: depois da tempestade sempre vem a bonança. Após longo suplício, meu coração apaziguava as tormentas e a sensatez me mostrava que só estaríamos separadas carnalmente. 202ª. QUANTIDADE DE LINHAS. Não deixe linhas em branco no corpo do texto. Não faça menos nem ultrapasse o máximo de linhas exigido na redação. Quando for redigir alguns temas, para efeito de treinamento, escreva 15 (quinze) linhas no mínimo a 30 (trinta) linhas no máximo, pois é assim que são pedidas as redações em vestibulares e concursos. 203ª. QUE, DE QUE. Lembre-se de que os verbos gostar e precisar são transitivos diretos e, portanto, são sempre precedidos de “de que”. ERRADO CERTO Outra coisa que gostei. Outra coisa de que gostei. O livro que precisava era aquele. O livro de que precisava era aquele. Este é o professor que lhe falei. Este é o professor de quem lhe falei. 204ª. QUEÍSMO. É o uso excessivo do “que”, cuja conseqüência é produzir períodos longos. Evite-o. ERRADO CERTO Aquele que diz que faz que é forte e que tudo pode é que teme que se diga dele que é fraco e que nada pode. Quem diz ser forte e tudo poder teme que se revele sua fraqueza e impotência. Este é o apartamento que comprei de João, que tinha outros seis Este é o apartamento que comprei de João, dono também de outros seis estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet imóveis que estavam todos à venda. imóveis. Estavam todos à venda. 205ª. RADICALISMO. Não afirme o que não pode provar. Evite análises radicais e posições extremistas, injustas e levianas. Nada como um texto equilibrado. Posicione-se, mas sem exagero. Todos os deputados são corruptos. A bem da verdade, nem todos o são, não é mesmo? Esse tipo de gente merece ser exterminado. Radical demais, não lhe parece? E até grosseiro! 206ª. RASCUNHO. Jamais deixe de fazer o rascunho. Ele é a primeira versão do texto. Os escritores fazem várias versões de seus livros antes de publicá-los. Não seja você, um iniciante, a querer dispensá-lo. Nele há a possibilidade de melhorar sua redação, alterar palavras, construir melhor os períodos, mudar a posição dos parágrafos, etc. Para evitar rasuras no texto definitivo, releia o rascunho com muita atenção. Não tenha preguiça nem pressa em passá-lo a limpo. O sucesso do seu texto depende, muitas vezes, de uma leitura atenta e cuidadosa do rascunho. Ao reler o rascunho, você se torna um leitor crítico do próprio texto. Revise-o com muita atenção: elimine, acrescente, substitua. Questione o seu texto. Esse trabalho irá, certamente, contribuir para a qualidade de seu texto definitivo. 207ª . RASURAS, BORRÕES. Não use borracha. Não apresente as questões desarrumadas e riscadas. Não faça rasuras, marcas, sinais e borrões no corpo da redação. Em caso de erro na redação já passada a limpo, risque o que estiver errado e escreva adiante de modo correto. 208ª. REALIDADE. A realidade pode ser reproduzida literalmente ou, a partir dela, pode-se criar uma outra, com sensibilidade e imaginação. Dorme a floresta circundante, sem sussurros de brisas, nem regorjeio de aves. Só o urutau pia longe, e uma ou outra suindara perpassa. No centro do terreiro, atado a um poste da canjerana rija, o prisioneiro branco vela. As lágrimas da cidade enchiam bueiros que não agüentavam e empurravam para fora toda a sujeira interior. Os carros parados, na infinita espera de algo que não iria acontecer, com suas buzinas destoantes do choro de São Paulo. 209ª. RECIBO. É um documento que comprova o recebimento de um pagamento. 210ª. REDAÇÃO OU COMPOSIÇÃO. Leia atentamente o que está sendo solicitado. As provas de redação têm maior peso na maioria dos vestibulares. Planeje o texto sem utilizar fórmulas prontas. O fio condutor deve ser seu pensamento. Acredite em seus pontos de vista e defenda-os com convicção. Eles são seu maior trunfo. Capriche no conteúdo, não se desviando do tema proposto, e não se descuide da parte gramatical. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Escrever uma redação é como vender um peixe. Você precisa convencer o cliente da qualidade do seu produto. O texto escrito não é para você. Será lido e entendido por outras pessoas. Ninguém vai perder tempo para ler textos confusos e ininteligíveis. Portanto, capriche na escrita, alinhe os parágrafos, escolha bem o vocabulário, mostre organização. Leia e releia aquilo que escreveu e faça a você mesmo as seguintes perguntas: será que vão entender minhas idéias? Fui claro em minhas exposições? As orações estão bem coordenadas entre si? Será que os períodos estão muito longos e cansativos para quem irá lê-los? Escrevi muito e não disse nada? Houve fuga do tema? Escrevi o mínimo de linhas exigido pelo vestibular? 211ª. REDUNDÂNCIA. Cuidado com as redundâncias. É errado escrever, por exemplo: “Há cinco anos atrás”. Corte o “há” ou dispense o “atrás”. O certo é “Há cinco anos...”. 212ª. REGÊNCIA. Fique atento à regência de verbos e nomes, sobretudo daqueles que exigem a preposição “a”, para não cometer erro no emprego da crase. 213ª. REGÊNCIA VERBAL. Regência Verbal é um assunto complicado, não acha? Não deveria ser, mas é. Existem vícios que desvirtuam a correta regência de diversos verbos. O verbo “desfrutar” é muito empregado com regência errada. Por ser transitivo direto, não exige preposição antes de seu complemento. No entanto, o que mais se vê é um “de” insistente acompanhando-o, como na frase: “Eu e meu amigo desfrutamos das férias num paradisíaco balneário”. Errado! O correto é: “Eu e meu amigo desfrutamos as férias num paradisíaco balneário”. 214ª. RELER. Releia com o máximo de atenção o texto que escreveu, antes de passá-lo a limpo, para não deixar ficar erros bobos, tolos, que poderão comprometer seriamente sua nota final. Lembre-se: é fundamental pensar, planejar, escrever e reler seu texto. Mesmo com todos os cuidados, pode ser que não consiga se expressar de forma clara e concisa. A pressa pode atrapalhar. Com calma, verifique se os períodos não ficaram longos, obscuros. Veja se não repetiu palavras e idéias. À medida que relê o texto, essas falhas aparecem, inclusive erros de ortografia e acentuação. Não se apegue ao escrito. Refaça o texto, se for preciso. Não tenha preguiça, passe tudo a limpo quantas vezes forem necessárias. No computador, esta tarefa se torna mais fácil. Faça sempre uma cópia do texto original. Assim se sentirá à vontade para corrigi-lo quantas vezes quiser. 215ª. RELIGIÃO. Não faça propaganda de doutrinas religiosas na redação. Mantenha-se sempre imparcial. A religião, qualquer que seja ela, é uma questão de fé; a dissertação, por sua vez, é uma questão de argumentação, que se baseia na lógica. São, portanto, duas áreas situadas em diferentes planos. Não há como argumentar de modo convincente com base em dogmas religiosos; os preceitos de fé independem de provas ou evidências constatáveis. Torna-se, assim, completamente descabido fundamentar qualquer tema dissertativo em idéias que se situem em um plano que transcende a razão. 216ª. REPETIÇÃO. Evite: estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Faltou muitos alunos no dia do jogo da Seleção do Brasil. Que fique bem claro uma coisa: as frases acima estão gramaticalmente incorretas. 229ª. SUBSTANTIVO, VERBO. Abuse do uso de substantivos e verbos. Seja sovina com adjetivos e advérbios. Eles são os inimigos do estilo enxuto. Matar ou matar. De quebra, morrer. No campo de batalha o soldado pouca chances tem de escolhas diferentes dessas. A tarde cai. O céu escurece rapidamente, como convém à estação outonal. O silêncio vai se instalando na pequena vila onde, a partir de agora, só o luar iluminará as ruas. 230ª. SUJEITO. A menos que queira enfatizar muito o sujeito, ou precise evitar confusão na interpretação sobre quem está falando, omita o pronome sujeito, ou não abuse de seu emprego. Ao longe, avistaram um velho abatido vindo ao encontro deles. Decidiram parar. “Credo! Isso é coisa do demo!”, falou o terceiro se benzendo. É... e eles tinham razão. Pedro resolveu omitir seu nome. Na verdade, ninguém precisaria saber que era filho de empresário famoso; nada lhe acrescentaria de bom e, ao contrário, poderia tornar-se alvo de bandidos naquela região perigosa do Rio. 231ª. SUPERLATIVOS. Cuidado com “superlativos criativos” do tipo “mesmamente”, “apenasmente”, etc. 232ª. SUSPENSE. Quando quiser criar suspense, acumule dados, ação inesperada, apresente conseqüências, deixando a causa para o final. Todos estavam apreensivos, esperando o anúncio do vencedor do concurso. O mestre-de-cerimômias abre a solenidade com uma longa lista de agradecimentos. A cada nome, a ovação da platéia interrompe o correr da solenidade. Começa agora a leitura dos nomes dos vencedores. Juliano está com o coração na mão. O envelope vai ser aberto. Mas tudo escurece subitamente. Não é que falta luz no exato momento em que os nomes seriam anunciados! Juliano não agüenta a ansiedade. 233ª. T (minúsculo). Corte-o corretamente, sem floreio, mais ou menos no meio, totalmente, e não um traço qualquer, em cima. 234ª. TAMANHO DA FOLHA. Use, para treinamento, folha de papel almaço (pautado) ou, então, folha de caderno escolar para 10 (dez) matérias (o maior), espiral. 235ª. TAMANHO DAS LETRAS. Escreva com letras médias (nem muito grandes, nem muito pequenas). Letras muito pequenas vão dificultar a correção do texto e letras muito grandes vão proporcionar poucas palavras em cada linha e, conseqüentemente, uma abordagem superficial do assunto. 236ª. TELEGRAMA. É utilizado para comunicação urgente. Deve-se suprimir do pequeno texto qualquer palavra dispensável, como artigos, preposições, conjunções e sinais de pontuação. Ponto será grafado com PT e vírgula com VG. 237ª. TEMA. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Leia o tema que vai desenvolver com atenção, analisando com profundidade as idéias nele contidas. Fácil ou difícil, agradável ou não, o tema terá que ser enfrentado. A melhor atitude será recebê-lo com simpatia, disposição e otimismo. Redija usando argumentos fortes e consistentes. O floreio e o enche lingüiça nada acrescentam à qualidade do texto de uma redação. O tema é o assunto sobre o qual se escreve, ou seja, a idéia que será defendida ao longo da dissertação. Deve tê-lo como um elemento abstrato. Nunca se refira a ele como parte do texto. Não fuja do tema proposto, nem invente títulos, escolhendo outro argumento com o qual tenha maior afinidade. O distanciamento do assunto pode custar pontos importantes na avaliação da redação. Não fugir do tema significa abordá-lo da maneira como foi proposto, isto é, nem restringindo demais a abordagem nem extrapolando para assuntos que não tenham relação direta com ele. Se o seu objetivo é ser favorável à privatização das estradas, use argumentos sólidos que justifiquem o porquê de sua posição. Tente convencer o leitor e mantenha clara a sua opção. Se o tema for “O clima do Brasil”, não adiantará fazer uma obra- prima versando sobre “O clima de Minas Gerais”, porquanto o seu trabalho resultará inútil. Os corretores vão considerar que houve fuga ao tema proposto. Sabe qual a nota que terá nesse caso? ZERO! Quais os temas que podem cair nas provas de Redação? A tendência das bancas examinadoras tem sido solicitar dois tipos de temas: objetivos, os relacionados aos problemas atuais, presentes na mídia (sociais, tecnológicos, econômicos, etc.); subjetivos, os que envolvem o comportamento e o sentimento das pessoas. 238ª. TEMPO. Não acelere o ritmo para acabar logo a redação nem demore demais para não perder tempo. 239ª. TEMPOS VERBAIS. Procure tirar proveito da mudança dos tempos verbais, usando-os, por exemplo, para fazer generalizações. O larápio não deixou de roubar após ter passado um bom tempo na prisão. Ora, por esse caso podemos ver que nem sempre a prisão recupera os criminosos. 240ª. TEORIA. Se precisar provar a alguém, ou a você mesmo, uma teoria, use o raciocínio lógico e, se for o caso, hipotético. Democracia verdadeira não existe sem educação. O indivíduo sem estudo é presa fácil do engodo, da retórica vazia, das promessas irrealizáveis. Imagine alguém que mal sabe escrever o nome ouvindo o discurso embolado de um de nossos políticos. Poderá julgar com clareza o que estão lhe dizendo, avaliando a proposta que melhor satisfaz aos seus interesses? 241ª. TERCEIROS. Não utilize exemplos contando fatos ocorridos com terceiros, que não sejam de domínio público. 242ª. TEXTO. O fato que contou, em seu texto, é interessante? Gostaria de ouvi-lo de outra pessoa? Tenha sempre senso crítico. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Não utilize os termos “eu acho”, “penso”, “para mim”, etc. O texto já é sua opinião pessoal, não precisa enfatizar, ser repetitivo. Em vez de escrever “Eu acho a internet legal”, escreva: “A internet é legal”. Não use expressões como “vou ir” e “de leve”, mas, sim, “irei” e “levemente”. 243ª. TÍTULO. Evite o uso das aspas no título. Pule uma ou duas linhas entre o título e o início do texto. Evite iniciar a redação com as mesmas palavras do título. Os títulos devem ser escritos de forma abreviada (resumida). Não há pontuação após o título, a não ser que seja frase ou citação. Coloque o título centralizado (no centro da folha), antes do início da redação. É uma expressão, geralmente curta e sem verbo, colocada antes da dissertação. Em títulos de redação, por questão de ênfase, usam-se iniciais maiúsculas: Minhas Férias de Julho, Nossa Visita ao Frisuba. Não coloque a palavra título antes do TÍTULO nem o termo FIM ao terminar a redação. O óbvio não precisa ser explicado. 244ª. “TRANSPIRAÇÃO”. É a hora da montagem do texto, a escolha do que deve ficar e do que deve sair. Após a seleção das idéias que serão usadas, ordene as frases, percebendo a diferença entre o principal e o secundário, hierarquizando a seqüência de parágrafos de modo a tornar claro o seu texto. 245ª. TRAVESSÃO. Na redação, o travessão tem a função dos parênteses ou das vírgulas usadas em dupla, sendo empregado para separar expressões intercaladas. Pelé — o maior jogador de futebol de todos os tempos — hoje é um empresário bem-sucedido. A sociedade precisa lutar por conquistas sociais - tão prometidas pelos governos, mas nunca concretizadas - a fim de ver reduzidas as diferenças entre pobres e ricos. 246ª. TREMA. Cuidado! O trema não caiu. Muitas pessoas escrevem textos e “esquecem” de usá-lo. É muito comum, nos jornais diários, encontrar-se palavras como tranqüilo, seqüestro, seqüência, agüentar, argüição, lingüiça, entre outras, sem o coitado do trema. 247ª. U, V. Faça-os com clareza e nitidez porque, caso contrário, o U ficará parecendo o V. 248ª. ÚLTIMO. Evite escrever “último”, no sentido de “mais recente”. 249ª. UNIDADE A redação deve ter unidade, por mais longa que seja. Trace uma linha coerente do começo ao final do texto. Não pode perder de vista essa trajetória. Muita atenção no que escreve para não fugir do assunto. 250ª. VERBO. Evite o emprego de verbos auxiliares. Faça a concordância correta dos tempos verbais. Evite o uso de verbos genéricos, como “dar”, “fazer”, “ser” e “ter”. Flexione corretamente os verbos quando for usar o gerúndio ou o particípio. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Ora, tal fecho revela a forma artificial e pedante como a Língua Portuguesa às vezes é tratada. Valho-me de uma Reportagem da Revista Veja, Seção: Cultura, Falar e escrever, eis a questão; edição 1.725, páginas 104 a 112, do dia 7.11.2001, cujo enfoque tem bastante relação com a frase acima. Na referida matéria, avalia um professor universitário de São Paulo: “Num país com tantas carências educacionais, falar de maneira rebuscada é indicador de status, mesmo que o falante não esteja dizendo coisa com coisa.” (Francisco Platão Savioli, Professor da USP, autor da excelente GRAMÁTICA EM 44 LIÇÕES). Não é preciso fazer grande esforço para perceber que o que o Professor Savioli apontou com relação à fala pode ser estendido para a escrita e com muita propriedade em relação às aberrações cometidas por certos inventores do meio jurídico brasileiro. Continua a reportagem: “O português empolado (pomposo) persiste, no entanto, até hoje, em formas degeneradas. Uma delas é o chamado burocratês, a linguagem dos memorandos das empresas, nos quais mesmo para solicitar a compra de uma caixa de clipes são necessárias várias saudações e salamaleques.” Saiba o leitor que na Justiça do Trabalho não é diferente. Mas vou morrer lutando para que a mentalidade tacanha dos colegas mude. Pergunto às pessoas que adoram complicar tudo: Atenciosamente ou Cordialmente não seriam fórmulas mais do que adequadas e suficientes, na sua clareza e simplicidade, para o fechamento do ofício?! Os vocábulos protestos e elevada, em especial, no trecho referido, não seriam exemplos típicos das empolações e salamaleques mencionados pela reportagem?! Ressalte-se a advertência da matéria: “As novas gerações de advogados perceberam que o discurso empolado, muitas vezes, atrapalha a argumentação lógica.” Espero, da mesma forma, que de Diretores de Secretaria também! Nesse ponto, alguém poderia alegar: todos usam a referida expressão, no meio jurídico, no Brasil inteiro! E daí?! A repetição do vício, porém, não o torna uma virtude. No caso em pauta, ocorre que a maioria das pessoas reproduz um comportamento lingüístico sancionado por nossa cultura bacharelesca, é verdade, mas, ainda assim, reprovável do ponto de vista do bom uso da linguagem! A cultura meramente acadêmica, de incentivo à prepotência e à arrogância, não deveria ser aceita sob nenhum pretexto. É oportuno lembrar que a maioria dos alemães apoiava o facínora e o monstro Hitler. Não é preciso ser nenhum teólogo para saber, recorrendo-se à Bíblia, que o povo absolveu Barrabás e condenou Jesus Cristo! Nem sempre a voz do povo é a voz de Deus! Não quero provocar polêmica, mas todos os católicos adoram santos, apesar de na Bíblia haver várias passagens condenando esse tipo de heresia. Será que o mandamento que diz: “Não adorarás nem farás para ti imagens e esculturas” nada vale?! Embora todo o respeito que tenho à hierarquia — porque sou um funcionário disciplinado —, não posso me omitir: quem elabora um ofício desses, recheado de burocratês, e o leva com o desfecho já mencionado para um Juiz assiná-lo, certamente o está induzindo ao erro, sem sombra de dúvida! Zé Carlos está querendo mudar o mundo?! Não, de jeito nenhum! estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Sempre foi dito aos funcionários, por todos os Diretores de Secretaria que passaram pela Vara do Trabalho de Ipiaú, que o servidor não deve realizar uma tarefa de forma autômata, como um robô. E como sou um funcionário público cioso dos meus deveres, caprichoso, dedicado, criativo e inovador, não me acomodo jamais. Antes, busco a perfeição em tudo o que faço. Como recompensa, já recebi elogio exclusivo de um Corregedor do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região. Perceba, leitor — especialmente você, funcionário da Justiça do Trabalho —, como nossa língua às vezes é tão maltratada! Que ninguém fique melindrado nem ofendido com os despautérios apontados, mas, ao contrário, procure corrigir-se! Considere que errar é humano, mas permanecer no erro é diabólico. E indo um pouco mais longe, quem sabe se permanecer no erro não é descuido, falta de interesse, relaxamento, preguiça física e mental, carência fosfática, etc. estibular1 – A melhor ajuda ao vestibulando na Internet
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