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DESENHO - T-CNICO - PROJETIVO - prof - Ediane, Notas de estudo de Urbanismo

DESENHO-T-CNICO-PROJETIVO-prof-Ediane

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 01/04/2011

tatiane-freitas-2
tatiane-freitas-2 🇧🇷

4.8

(34)

38 documentos

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Baixe DESENHO - T-CNICO - PROJETIVO - prof - Ediane e outras Notas de estudo em PDF para Urbanismo, somente na Docsity! Prof. MS. Ediane Paranhos ( Esta apostila ainda está sendo trabalhada, portanto alguns dos dados ainda serão completados) REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 1 1. NORMAS PARA FORMATAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIFICAÇÃO As normas procuram unificar os diversos elementos do desenho técnico de modo a facilitar a execução (uso), a consulta (leitura) e a classificação. 1.1 SUPORTE – PAPEL, FORMATO E DOBRAMENTO É a dimensão do papel. Os formatos de papel para execução de desenhos técnicos são padronizados. A série mais usada de formatos é originária da Alemanha e conhecida como: série DIN - A (Deutsch Industrien Normen - A), cuja base é o formato A0 (A zero), constituído por um retângulo de 841 mm x 1189 mm = 1 m², aproximadamente. Mediante uma sucessão de cortes, dividindo em duas partes iguais os formatos, a partir do A0 obtém-se os tamanhos menores da série. Veja pelas figuras abaixo, que a maior dimensão de um formato obtido corresponde à menor do formato anterior. O espaço de utilização do papel fica compreendido por margens, que variam de dimensões, dependendo do formato usado. A margem esquerda, entretanto, é sempre 25 mm a fim de facilitar o arquivamento em pastas próprias. FORMATOS DIMENSÕES MARGENS A0 841 x 1189 10 A1 594 x 841 10 A2 420 x 594 10 A3 297 x 420 10 A4 210 x 297 5 A5 148 x 210 5 A6 105 x 148 5 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 4 1.4 ETAPAS DE UM PROJETO 1.4.1 Estudo Preliminar Cabe ao cliente dizer os objetivos que pretende atingir com sua construção, fornecer um programa ou lista de necessidades, fixar o tempo que gastará para construir e o custo máximo para a obra, de modo a orientar suas primeiras idéias (croquis / esboço). 1.4.2 Anteprojeto. Do esboço passado a limpo surge o anteprojeto, feito geralmente a mão livre ou com instrumentos, em cores, perspectivas internas e externas, localização de mobílias etc. 1.4.3 Projeto. Discutido o anteprojeto junto com o cliente, e feitas as modificações necessárias, parte-se para o desenho definitivo - o projeto, o qual é desenhado com instrumentos e servirá de orientação para a construção. 1.4.4 Os detalhes e os projetos complementares O projeto completo deve ser acompanhado de detalhes construtivos (portas, janelas, balcões, armários, e outros) e de especificações de materiais (piso, parede, forros, peças sanitárias, coberturas, ferragens, etc.). Com estes dados preparam-se o orçamento de materiais, e os projetos complementares como: projetos estrutural, elétrico, telefônico, hidro-sanitário, prevenção contra incêndio e outros. 1.5 SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA As projeções ortogonais da geometria descritiva são usadas no desenho arquitetônico apenas mudando os termos técnicos. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 5 Um objeto pode ficar claramente representado por uma só vista ou projeção (ex. lâmpada incandescente). Outros ficarão bem mais representados por meio de 3 projeções ou vistas. Haverá casas ou objetos que somente serão definidos com o uso de maior numero de vistas, como mostra a figura a seguir: REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 6 As Normas Brasileiras estabelecem a convenção usada também pelas normas italianas, alemãs, russas e outras, em que se considera o objeto a representar envolvido por um cubo. O objeto é projetado em cada uma das seis faces do cubo e, em seguida, o cubo é aberto ou planificado, obtendo-se as seis vistas. A vista de frente é também chamada de elevação, a qual deve ser a vista principal. Por esta razão, quando se pensa obter as vistas ortogonais de um objeto, é conveniente que se faça uma análise criteriosa do mesmo, a fim de que se eleja a melhor posição para a vista de frente. Para essa escolha, esta vista deve ser: a) Aquela que mostre a forma mais característica do objeto; b) A que indique a posição de trabalho do objeto, ou seja, como ele é encontrado, isoladamente ou num conjunto; c) Se os critérios acima continuarem insuficientes, escolhe -se a posição que mostre a maior dimensão do objeto e possibilite o menor numero de linhas invisíveis nas outras vistas. Na obtenção das vistas, os contornos e arestas visíveis são desenhados com linha grossa continua. As arestas e contornos que não podem ser vistos da posição ocupada pelo observador, por estarem ocultos pelas partes que lhe ficam à frente, são representados por linha média tracejada (linha invisível). REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 9 Porta pivotante Porta basculante Porta de enrolar 1.8 JANELAS O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m, sendo estas representadas conforme a figura a seguir, sempre tendo como a primeira dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente. Para janelas em que o plano horizontal não o corta, a representação é feita com linhas invisíveis. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 10 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 11 1.9 ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO Todo compartimento deve ter, em plano vertical, ao menos uma abertura para o exterior. Estas aberturas devem ser dotadas de persianas ou dispositivos que permitam a renovação do ar. Nos compartimentos destinados a dormitórios não será permitido apenas o uso de material translúcido, pois é necessário assegurar sombra e ventilação simultaneamente. As áreas destas aberturas serão proporcionais às áreas dos compartimentos a iluminar e ventilar, e variáveis conforme o destino destes compartimentos. As frações que representam as relações entre áreas de piso e de esquadrias apresentadas, são as mínimas. Por isso sempre que houver disponibilidade econômica, os vãos devem ter as maiores áreas possíveis. DORMITÓRIOS (local de permanência prolongada, noturna). A área das aberturas não deverá ser inferior a 1/5 da área do piso. SALAS DE ESTAR, REFEITÓRIOS, COPA, COZINHA, BANHEIRO, WC etc. (local de permanência diurna). Segundo o Código Sanitário, Decreto 12342/78, a área das aberturas não deverá ser inferior a 1/8 da área do piso, para espaços de curta permanência e de 1/5 para as áreas de longa permanência. Porém deve- se pensar em questões como o conforto térmico e a luz natural, para determinar tais aberturas, visto estarmos num momento em que as questões relativas a sustentabilidade do ambiente tornam-se necessárias, buscando a minimização do consumo energético não renovável. Essas relações serão de 1/5 e 1/8, respectivamente, quando os vãos abrirem para áreas cobertas ou varandas e não houver parede oposta a esses vãos a menos de 1.50 m do limite da cobertura dessas áreas. Estas relações só se aplicam às varandas, alpendres e marquises, cujas coberturas excedam a 1.00 m e desde que não exista parede nas condições indicadas: REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 14 1.11 MÓVEIS – SALA / QUARTO / COZINHA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 15 1.12 ÁREA DE SERVIÇO 1.13 AUTOMÓVEIS REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 16 2 . REPRESENTAÇÃO GRÁFICA Tendo esclarecido os principais conceitos referentes ao projeto de edificação e suas particularidades, voltamo-nos para a representação desta. MONTENEGRO, 1978, p. 54. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 19 1- REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 20 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 21 OBS.: Para a montagem dos cortes é útil seguir alguns passos para facilitar o processo: MONTENEGRO, 1978, p. 61. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 24 3. ESCALAS Por meio do Desenho Arquitetônico o arquiteto ou o desenhista gera os documentos necessários para as construções. Esses são reproduzidos em "pranchas", isto é, folhas de papel com dimensões padronizadas, por norma técnica, onde o espaço utilizável é delimitado por linhas chamadas de margens. Uma prancha "A4", por exemplo, tem 21cm de largura por 29,7cm de altura e espaço utilizável de 17,5 cm de largura por 27,7 cm de altura. Desta forma se tivermos que desenhar a planta, o corte e a fachada de uma edificação, nesta prancha, estes deverão estar em ESCALA. As escalas são encontradas em réguas próprias, chamadas de escalímetros. Como este é um projeto pequeno, como tudo indica, em função do tamanho de prancha escolhida, podemos desenhar na escala de 1:100. Isso significa que o desenho estará 100 vezes menor que a verdadeira dimensão (VG). Então, se estamos desenhando uma porta de nosso projeto, com 1 metro de largura (VG), ela aparecerá no desenho, em escala, com 1 cm de largura. Se escolhermos 1:50 o desenho será 50 vezes menor, e assim por diante. Como podemos observar, o tamanho do desenho produzido é inversamente proporcional ao valor da escala, um desenho produzido na escala de 1:50 é maior do que ele na escala de 1:200. Um dos fatores que determina a escala de um desenho é a necessidade de detalhe da informação. Normalmente, na etapa de projeto executivo, quando os elementos da construção estão sendo desenhados para serem executados, como por exemplo as esquadrias (portas, janelas, etc), normalmente as desenhamos o mais próximo possível do tamanho real. Há quem goste de desenhar na escala de 1:1. Ou seja no tamanho verdadeiro. Isso facilita a visualização da dimensão real das peças, às vezes de extrema importância para o projetista ou construtor. Outro fator que influencia a escolha da escala é o tamanho do projeto. Prédios muito longos ou grandes extensões urbanizadas em geral são desenhados nas escalas de 1:500 ou 1:1000. Isto visando não fragmentar o projeto, o que quando ocorre dificulta às vezes a sua compreensão. 3.2 Escalas recomendadas Escala de 1:1, 1:2, 1:5 e 1:10 - Detalhamentos em geral; 1:20 e 1:25 - Ampliações de banheiros, cozinhas ou outros compartimentos para detalhamento; REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 25 1:50 - É a escala mais indicada e usada para desenhos de plantas, cortes e fachadas de projetos arquitetônicos; 1:100 - Opção para plantas, cortes e fachadas quando é inviável o uso de 1:50. Plantas de situação e paisagismo. Também para desenhos de estudos que não necessitem de muitos detalhes; 1:200 e 1:250- Para plantas, cortes e fachadas de grandes projetos, plantas de situação, localização, topografia, paisagismo e desenho urbano; 1:500 e 1:1000 - Planta de localização, paisagismo, urbanismo e topografia; 1:2000 e 1:5000 - Levantamentos aerofotogramétricos, projetos de urbanismo e zoneamento. 3.3 Qual a melhor escala? Com a prática do desenho, a escolha da escala certa se torna um exercício extremamente simples. À medida que a produção dos desenhos acontece, a escolha fica cada vez mais acertada. escala real esc. de redução escala de ampliação esc. real REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 26 4. TIPOS E ESPESSURA DE LINHAS EMPREGADOS NA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE EDIFICAÇÕES REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 29 · Nas paginações de piso ou parede (azulejos, cerâmicas, pedras, etc), as juntas são representadas por linhas finas. Utilizamos normalmente as penas 0.2 ou 0.1, traço muito fino e escuro. A lápis usamos a grafite 0.3mm. Obs: para escalas menores podemos diminuir proporcionalmente a espessura do traço. 4.4 O melhor desenho Sempre que possível o desenho deve estar bem paginado, dentro de pranchas padronizadas com margens e carimbo (legenda ou quadro de identificação) com as informações necessárias. Deve estar limpo e sem rasuras. Conter traços homogêneos, com espessuras diferenciadas que identifiquem e facilitem a compreensão dos elementos desenhados. Textos com caracteres claros que não gerem dúvidas ou dupla interpretação. Dimensões e demais indicações que permitam a boa leitura e perfeita execução da obra. Sempre que possível seguir uma norma de desenho estabelecida, muito utilizadas nos escritórios de arquitetura. Para quem está iniciando parece difícil mas com a prática se torna um prazer. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 30 4.5 As letras e os números: 5. PLANTAS, COTAS, CORTES E ELEVAÇÕES Como já vimos anteriormente, diversos documentos compõem um Projeto de Arquitetura, entre eles as plantas, os cortes e as elevações ou fachadas. Neles encontramos informações sob forma de desenhos, que são fundamentais para a perfeita compreensão de um volume criado com suas compartimentações. Nas plantas, visualizamos o que acontece nos planos horizontais, enquanto nos cortes e elevações o que acontece nos planos verticais. Assim, com o cruzamento das informações contidas nesses documentos, o volume poderá ser construído. Para isso, devemos neles encontrar indicadas as dimensões, designações, áreas, pés direitos, níveis etc. As linhas devem estar bem diferenciadas, em função de suas propriedades (linhas em corte ou vista) e os textos claros e corretos. 5.1 Planta Baixa - onde são indicadas as dimensões horizontais. Este desenho é basicamente voltado para a execução. Contém todos os elementos de projeto fundamentais para a obra. É o resultado da interseção de um plano horizontal com o volume arquitetônico. Consideramos para efeito de desenho, que este plano encontra- se a 1,50m de altura do piso do pavimento que está sendo desenhado, e o sentido de observação é sempre em direção ao piso (de cima para baixo). Então, tudo que é cortado por este plano deve ser desenhado com linhas fortes (grossas e escuras) e o que está abaixo deve ser desenhado em vista, com linhas médias (finas e escuras). REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 31 Sempre considerando a diferença de níveis existentes, o que provoca uma diferenciação entre as linhas médias que representam os desníveis. Assim, a linha da soleira é mais fina que as do peitoril. Normalmente esses desenhos são identificados como: Planta baixa do primeiro pavimento, Planta baixa da cozinha, Planta baixa do hall dos elevadores, etc. 5.1.2 Planta - Estes desenhos não são necessariamente voltados para a obra. Quando desenhamos uma planta, o plano horizontal não precisa estar a 1,50m do piso como na planta baixa. No caso de uma planta de situação por exemplo consideramos como se estivéssemos fazendo o desenho de uma vista aérea do terreno onde se encontra um prédio, assim podemos indicar o seu posicionamento. Uma planta de paginação de piso representa uma vista aérea do trecho da edificação que receberá determinado acabamento de piso (cerâmica, pedra, etc), assim mostraremos seu arranjo. Numa planta de cobertura, a vista aérea de um telhado, e assim por diante. As linhas deverão estar sempre caracterizadas. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 34 médias para traçado das "linhas de cota" – que determina o comprimento do trecho a ser cotado; "linhas de chamada" - que indicam as referências das medidas; e o "tick" - que determina os limites dos trechos a serem dimensionados. Nos desenhos, a linha de cota, normalmente dista 1cm (1/1) da linha externa mais próxima do desenho. Quando isso não for possível admite-se que esteja mais próxima ou mais distante, conforme o caso. As linhas de chamada devem partir de um ponto próximo ao local a ser cotado (mas sem tocar), cruzar a linha de cota e se estender até um pouco mais além desta. O “tick”, sempre a 45 graus à direita, cruza a interseção entre a linha de cota e de chamada. O texto deve estar sempre acima da linha de cota, no meio do trecho cotado e afastado 2mm da linha de cota. Caracteres com 3mm de altura. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 35 ATENÇÃO REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 36 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 39 5.3 Cortes Onde são indicadas as dimensões verticais. Pode ser Geral ou Parcial. Neles encontramos o resultado da interseção do plano vertical com o volume. A posição do plano de corte depende do interesse de visualização. Recomendamos sempre passá- lo pelas áreas molhadas (banheiro e cozinha), pelas escadas e poço dos elevadores. Podem sofrer desvios, sempre dentro do mesmo compartimento, para possibilitar a apresentação de informações mais pertinentes. Podem ser Transversais (plano de corte na menor dimensão do prédio) ou Longitudinais (na maior dimensão). O sentido de observação depende do interesse de visualização. Os cortes devem sempre estar indicados nas plantas para possibilitar sua visualização e interpretação. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 40 MONTENEGRO, 1978, p. 80. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 41 OBS: no caso de desenho a tinta, devemos tomar uma série de cuidados para o bom desempenho do desenhista e do resultado apresentado; MONTENEGRO, 1978, p. 81. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 44 5.5 Perspectiva As perspectivas e as maquetes são também de extrema importância para a visualização e compreensão de um projeto arquitetônico. Nelas temos a visualização da terceira dimensão, o que não ocorre nas plantas, cortes e fachadas já que são desenhos em 2D. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 45 5.5.1 Perspectivas Axonométricas Quando olhamos para um objeto, temos a sensação de profundidade e relevo. As partes que estão mais próximas de nós parecem maiores e as partes mais distantes aparentam ser menores. A fotografia mostra um objeto do mesmo modo como ele é visto pelo olho humano, pois transmite a idéia de três dimensões: comprimento, largura e altura. O desenho, para transmitir essa mesma idéia, precisa recorrer a um modo especial de representação gráfica: a perspectiva. Ela representa graficamente as três dimensões de um objeto em um único plano, de maneira a transmitir a idéia de profundidade e relevo. CHING, 2000, p. 57. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 46 Cada tipo de perspectiva mostra o objeto de um jeito. Comparando as três formas de representação, você pode notar que a perspectiva isométrica é a que dá a idéia menos deformada do objeto. “Iso” quer dizer mesma; métrica quer dizer medida. A perspectiva isométrica mantém as mesmas proporções do comprimento, da largura e da altura do objeto representado. Além disso, o traçado da perspectiva isométrica é relativamente simples. CHING, 2001, p. 115. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 49 CHING, 2001, p. 225. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 50 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 51 LEIS DA PERSPECTIVA 1 - Tudo parece diminuir à medida que se afasta do observador (desenhista) 2 - Linhas retas horizontais ou verticais tendem a se apresentar diagonais quando “entram” para o fundo. Quando “estão” à sua frente, mantêm sua perpendicularidade. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 54 Estes desenhos também podem ser apresentados coloridos, com sombras, padronagens, texturas e etc. Para tanto podem ser usados diversos tipos de mídia. No papel vegetal, o desenho das plantas e equipamentos podem ser feitos à tinta e posteriormente finalizado com bastões de pastel óleo e lápis de cor. Outros papéis texturizados podem ser usados com a aplicação de linhas à tinta e massas de cores e texturas com lápis de cor aquarelado. No computador, a planta pode ser feita no Autocad e posteriormente trabalhada à mão. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 55 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 56 8. COBERTURA MONTENEGRO, 1978, p.99. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 59 9. ESCADAS Em alguns casos, específicos, as escadas são necessárias para circulação vertical nos edifícios, mesmo que estes possuam elevadores. Sendo assim estas devem ser calculadas conforme as normas vigentes de segurança e acessibilidade. MONTENEGRO, 1978, p. 108. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 60 MONTENEGRO, 1978, p. 112. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 61 10. INSTALAÇÕES PREDIAIS Constituem-se da solução para as instalações de água e rede elétrica. 10.1 Representação da rede elétrica MONTENEGRO, 1978, p. 124. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 64 BIBLIOGRAFIA UTILIZADA E INDICADA ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR – 6492, Representação de Projetos de Arquitetura. Rio de janeiro: ABNT, 1994. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR – 10067, Princípios gerais de representação em desenho técnico. Rio de janeiro: ABNT, 1995. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR – 13531, Elaboração de Projetos de Edificações – Atividades técnicas. Rio de janeiro: ABNT, 1995. CHING, F. Representação Gráfica para Desenho e Projeto. Barcelona: Editora GG, 2001. CHING, F. Representação Gráfica em Arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 2000. GURGEL, M. Projetando Espaços: guia de arquitetura de interiores para áreas residenciais. São Paulo: Editora SENAC, 2004. MONTENEGRO, G. Desenho Arquitetônico. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 1978. NEUFERT . NEFF. Casa – Apartamento – Jardim: projetar com conhecimento, construir corretamente. Barcelona: GG, 199?. OBERG, L. Desenho Arquitetônico. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1976. O ELENCO do Telhado. Arquitetura e Construção. Outubro de 2003. São Paulo: Editora Abril, 2003. PLAZOLA, A. Arquitetura Habitacional. México: Editorial Limusa, 1980. TELHADOS. Disponível em: <http://www.cearceramicas.com.br>. Acesso em: 15/4/2005. TELHADOS sem Segredos. Arquitetura e Construção. Encarte. São Paulo: Editora Abril, 2002. VIEIRA, A. C. Normas para Desenho Técnico: Desenho II. Apostila. Taubaté, SP: 2000. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 65 GLOSSÁRIO Abraçadeira: chapa grossa de ferro em esquadro usada como reforço de junturas de madeira. Peças de ferro para segurar vigas ou paredes. Também fixa peças como tubos em paredes ou luminárias em suportes rígidos. Adobe: tijolo cru. Tijolo seco ou cozido ao sol. O mesmo que adobo. Balanço: saliência ou corpo que se projeta para além da prumada de uma construção, sem estrutura de sustentação aparente. Batente: ombreira onde bate a porta quando se fecha; orla de madeira que guarnece a entrada da casa ou de compartimento. Caibro: peça de madeira que sustenta as ripas dos telhados e, as vezes as tábuas do soalho. Caixilharia: conjunto de caixilhos. Caixilho: parte da esquadria que sustenta e guarnece os vidros de portas e janelas. Moldura para quadros ou estampas. Demão: camada de tinta ou cal, cada uma das vezes em que se retoma um trabalho ou um assunto. Domo: parte superior de um edifício, com forma esférica ou convexa. Parte externa da cúpula. Estuque: massa feita de gesso, cal fina, areia, cola, etc. Empregada em revestimentos de paredes, tetos ou confecção de ornatos. Estuque Veneziano: massa rústica que dá às paredes textura similar à das rochas. Flameado: que sofre a ação de chamas para alcançar a forma final. Fuste: parte da coluna entre o capitel e a base. Gazebo: pequena construção, no jardim. Estrutura formada de madeira, ferro ou pedra e normalmente fechada com vidros ou treliças. Guarda-corpo: grade de proteção usada em escadas, balcões, janelas, sacadas ou varandas. Habite-se: documento emitido pela prefeitura do município com a aprovação final de uma obra. Hidráulica: ramo da Engenharia que tem por objetivo a direção e o emprego das águas. Iluminamento: relação entre a intensidade de uma fonte luminosa e o quadrado da distância da superfície iluminada a essa fonte. Isolamento: recurso para resguardar o ambiente do calor, do som e da umidade. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 66 Jirau: estrado de varas que serve para guardar panelas, pratos, legumes, etc. Armação de madeira sobre a qual se edificam as casas para evitar a água e a umidade. Junta de dilatação: recurso que impede rachaduras ou trincas. São réguas muito finas de madeira, metal ou plástico que criam o espaço necessário para que materiais como concreto, cimento, granilite, etc., se expandam sem danificar a superfície. Lambril: revestimento de madeira ripada usado em forros e paredes. Lavabo: pequeno banheiro sem espaço para banho. Listel: filete. Moldura estreita e lisa. Luneta: abertura circular oval para entrar luz e ar nas habitações. Colocada no topo de janelas e portas. Macho-e-fêmea: tipo de encaixe em que uma saliência se adapta a uma reentrância. Madeiramento: madeiras que constituem a armação de uma casa. Nervura: moldura nas arestas de uma abóbada, nas quinas das pedras, etc. Nicho: cavidade na parede para colocar objetos. Ogiva: forma característica das abóbadas góticas. Ornato: o que num edifício é trabalho de acabamento, de lavor artístico, para enfeitar. Pano de vidro: extensão plana, como uma parede, de vidro. Parapeito: peitoril. Proteção que atinge a altura do peito, presente em janelas, terraços, sacadas, patamares, etc. Diferencia-se do guarda-corpo por se tratar de um elemento inteiro, sem grades ou balaústres. Quiosque: pequeno coreto. Pequena construção, normalmente aberta, que realça a decoração do jardim. Reboco: argamassa com que se revestem as paredes. Rococó: gosto ornamental do tempo de Luiz XV (França) profuso e sem gosto. Desprovido de ideal estético. Profusão de ornatos e embrechados de mau gosto. Saibro: argila misturada com areia e pedras. Sanca: cimalha convexa, que liga uma parede a um teto. Pode conter iluminação ou não. Tabique: tapume que serve para dividir interiormente as peças de uma casa. Parede estreita de tijolos. Terça: peça de madeira, que se coloca por baixo dos caibros para estes não vergarem. Umbral: ombreira da porta. Madeira que se atravessa no alto de um vão para sustentar a parede que vai em cima. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 69 O telhado de duas águas apresenta dois planos inclinados que se encontram para formar a cumeeira (Figura 3B) O telhado de três águas, além de ter dois planos inclinados principais, apresenta um outro plano em forma de triângulo que recebe o nome de tacaniça (Figura 3 C). Neste caso, além da cumeeira, o telhado apresenta dois espigões. No caso de telhado de quatro águas, teremos duas águas mestras e duas tacaniças (Figura 3D) Essas são as formas fundamentais de um telhado, as quais podem ser combinadas resultando várias formas em telhados mais complexos. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 70 Não esqueça que as telhas têm a função de proteger toda a estrutura da casa e precisam ser apropriadas ao projeto. Por exemplo, se você quer um telhado com grande inclinação, escolha telhas que já tenham saliências para os furos de amarração, a fim de assegurar total firmeza ao telhado. Prevenção é o melhor remédio para evitar goteiras, telhas quebradas e condutores de água entupidos em meses de chuvas fortes. A principal recomendação é fazer uma revisão de todo telhado a cada ano. A revisão consiste em subir no telhado, verificar se há telhas quebradas ou deslocadas, limpar as calhas e checar se há goteiras em algum ponto da casa. Raramente o serviço de manutenção do telhado se resume à troca de telhas quebradas. A maioria dos casos envolve também a parte de sustentação, calhas e até condutores. A solução para as casas que sofrem com o excesso de calor, é a instalação de um isolamento térmico de fibra de vidro ou isopor. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 71 ANEXO B – INCLINAÇÃO DO TELHADO (TELHADOS sem Segredos, 2002, p. 24, 26 – 28) REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 74 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA PROJETO DE EDIF ICAÇÃO Prof . MS. Ediane Paranhos 75 ANEXO C – O ELENCO DO TELHADO (O ELENCO, 2003, p. 8-9).
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