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Guias e Dicas
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Curso de Maquete Didatica, Notas de estudo de Arquitetura

Curso de Maquete Didática. Material para iniciação de confecção de maquetes.

Tipologia: Notas de estudo

2010
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Compartilhado em 26/08/2010

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pablo-ferreira-3 🇧🇷

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Baixe Curso de Maquete Didatica e outras Notas de estudo em PDF para Arquitetura, somente na Docsity! Curso de | Nlaquete | Pidatica | Neianne Panazio Patricia Ferreira Neianne Panazio & Patricia Ferreira Curso de Maquete Didática p.2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 4 TIPOS DE MAQUETE 5 ESCALA DE TRABALHO 6 FASES DE DESENVOLVIMENTO 7 O PROJETO 7 PLANIFICAÇÃO 8 CORTE 8 MONTAGEM E ACABAMENTOS PARCIAIS 8 MONTAGEM E ACABAMENTO FINAL 9 DESENVOLVIMENTO DA MAQUETE 10 PLANIFICAÇÃO E CORTE 10 Paredes (estrutura): 10 Lajes de piso e teto: 11 Revestimento: 11 Telhado: 11 Esquadrias: 16 Terreno: 16 MONTAGEM 17 Paredes: 17 Estrutura em pilares ou vigas: 17 Revestimentos: 18 Esquadrias, balcões e grades: 20 Terrenos: 22 Vegetação: 23 Ruas e calçadas: 24 Espelhos d’água: 24 Outros complementos: 25 DICAS E RECOMENDAÇÕES 26 Neianne Panazio & Patricia Ferreira Curso de Maquete Didática p.5 TIPOS DE MAQUETE As maquetes podem ser de vários tipos, conforme o que visam representar: MAQUETES TOPOGRÁFICAS: representam terrenos, loteamentos ou projetos paisagísticos. MAQUETES DE EDIFICAÇÕES: representam uma ou mais estruturas construídas, de exterior ou interior, com grau variado de detalhamento. Podem ainda ser de elementos ou projetos urbanos. MAQUETES ESPECÍFICAS: representam elementos de alguma área específica, como design, projeto de equipamentos, mobiliário, objetos etc. Quanto ao seu propósito, as maquetes podem ser ainda: MAQUETES DE ESTUDO: executadas no início ou durante o processo de criação do projeto. Servem de auxílio para definição de formas, facilidade de execução ou mesmo viabilidade do projeto. MAQUETES DE EXECUÇÃO: de uso mais restrito, servem para estudo ou esclarecimento de algum elemento ou processo específico que pode vir a causar dificuldades na execução do projeto. MAQUETES DE APRESENTAÇÃO: para uso em concorrências, ou na comercialização de um projeto. MAQUETES PARA EXPOSIÇÃO: representam edificações históricas ou com relevante significado artístico ou social; assim como, em outras áreas, projetos de significativa importância (como uma oleoduto, uma plataforma de petróleo etc.). os materiais utilizados são mais nobres, duráveis e resistentes. Neianne Panazio & Patricia Ferreira Curso de Maquete Didática p.6 ESCALA DE TRABALHO A escolha da escala depende da finalidade da maquete, do grau de detalhamento desejado e, mesmo, do tempo disponível. Formas paisagísticas ou de implantação (jardins, praças, loteamentos, condomínios): de 1/100 até 1/5000. Unidade ou conjunto arquitetônico: de 1/200 (pouco detalhada) até 1/50. Interiores e cenografia: 1/10 até 1/50. Design, estudo de produto, protótipos, objetos de arte: de 1/1 até 1/10. Embora as escalas mais comumente usadas sejam aquelas recomendadas pela ABNT – como as citadas acima -, não se deve desprezar outras escalas para casos específicos. Em ordem de decrescente de tamanho, têm-se as escalas: 1/10, 1/12.5, 1/15, 1/20, 1/25, 1/331/3 (ou 3/100), 1/40, 1/50, 1/75 etc. Os protótipos podem mesmo ser construídos na escala real, 1/1, dependendo de sua finalidade. Neianne Panazio & Patricia Ferreira Curso de Maquete Didática p.7 FASES DE DESENVOLVIMENTO Tendo escolhido a escala de trabalho, o desenvolvimento da maquete será feito em diversas fases, que podem variar, dependendo do tipo de maquete que se deseja representar. O projeto Antes de dar início à maquete é necessário ter disponíveis desenhos relativos ao projeto. Caso estes desenhos não estejam prontos, ou estejam feitos em escala diferente, deve-se reservar um tempo para sua execução na escala correta. Abaixo estão descritos diferentes desenhos referentes à maquete de arquitetura ou engenharia. Nas demais áreas, deve-se adaptar os desenhos de acordo com a necessidade. Planta baixa: desenho das paredes de contorno (fachadas) e das paredes internas quando necessário. Planta de localização ou de situação: posição da construção no terreno, piscina, edículas, jardins, localização de rios, curvas de nível, lagos etc. Fachada: desenho das paredes externas da construção, com a representação de aberturas e recortes, assim como a inclinação da cobertura quando necessário. Planta de cobertura: representação do telhado, terraço, chaminés, e outros detalhes. Caso o interior da edificação seja visível na maquete, pode-se ainda executar os desenhos: Cortes: na quantidade e posicionamento que for necessário. Elevações: vistas das paredes internas, com representação de aberturas e indicação de revestimento. Para maquetes que visem representar apenas interiores, será necessário ainda o desenho ou a medida do mobiliário, luminárias e outros detalhes. Neianne Panazio & Patricia Ferreira Curso de Maquete Didática p.10 DESENVOLVIMENTO DA MAQUETE Neste item serão abordados alguns aspectos da construção de uma maquete, de acordo com cada fase de execução. Planificação e Corte Paredes (estrutura): Nesta fase, a marcação das medidas deve ser feita de modo a compensar a diferença entre a espessura do material de trabalho (papel ou madeira) e a medida real da parede na escala correta. Por exemplo, usando o cartão Paraná de 2 mm de espessura, pode-se simular a espessura de uma parede de 0.15 m na escala 1/50, que vale na verdade 3 mm. Esta diferença será desprezível ao final, depois do revestimento, mas se não for compensada, o contorno da edificação pode não fechar, ou as paredes internas podem ficar com alguns milímetros a mais ou a menos. EXEMPLO: na figura, o comprimento da parede externa (1) é de 10.00 m, a parede interna (2) então mede 9.70 m, descontando 0.15 m de cada parede lateral (3). Mas se a espessura do cartão é apenas de 2 mm (corresponde a 0.10 m na escala 1/50), a parede interna deve ser recortada com 9.80 m para encaixar corretamente. 9.70 10.00 O mesmo raciocínio deve ser usado na marcação de paredes que separam compartimentos de diferentes níveis – como as paredes externas, por exemplo – ou aquelas que servem a mais de um pavimento. 1 2 3 3 Neianne Panazio & Patricia Ferreira Curso de Maquete Didática p.11 OBSERVAÇÃO: as paredes contíguas podem ser desenhadas continuamente e, na montagem, dobradas até formar o contorno correto (o que produz menor número de emendas), ou podem ser cortadas separadamente. Lajes de piso e teto: A medida das lajes pode ser marcada pelo contorno interno ou externo das paredes. No caso de lajes intermediárias entre dois pavimentos, é recomendável usar o contorno interno, para que não apareçam na fachada. A laje do 1º piso pode ser feita pelo contorno externo, para servir de apoio às paredes e facilitar a montagem. A decisão sobre as medidas usadas depende do tipo de maquete que se está construindo. Revestimento: Na planificação dos revestimentos deve-se primeiro ter a base (estrutura) cortada para que se possa verificar as medidas e compensar algum possível erro de corte ou medição. Devem ser deixadas sobras para permitir a colagem e o arremate dos revestimentos. Na parte de montagem, mais à frente, serão abordados os diferentes tipos de revestimento. Telhado: OBSERVAÇÃO: esta parte de execução da maquete é um pouco longa e, talvez, um tanto complexa para quem não tem conhecimentos de representação de telhados. Assim, deve-se procurar auxílio para sua execução. Para aqueles, no entanto, que conhecem desenho ou geometria descritiva, a explicação dada nas próximas páginas deve ser suficiente. O telhado será desenhado levando em conta as distorções de medida. A planta de cobertura e as fachadas não apresentam todas as águas em verdadeira grandeza (V.G.), estas devem ser desenhadas separadamente. [VER FIGURAS NA PÁGINA SEGUINTE] Neianne Panazio & Patricia Ferreira Curso de Maquete Didática p.12 BEIRAL ESPIGÃO RINCÃO CUMEEIRA ÁGUA BEIRAL ESPIGÃO RINCÃO/ ESPIGÃO CUMEEIRA ÁGUA RINCÃO CUMEEIRA ESPIGÃO ÁGUA BEIRAL Neianne Panazio & Patricia Ferreira Curso de Maquete Didática p.15 O telhado pode ser feito apenas com as águas justapostas, ou feito sobre uma estrutura que simule seu madeiramento. Esta estrutura não precisa ser exatamente igual ao real, quando não estiver aparente, servindo apenas para auxiliar a montagem. OBSERVAÇÃO: a parte da estrutura do telhado que avança além do beiral deve ser tratada adequadamente, sendo coberta pela laje de forro, revestida conforme o material de acabamento, ou mesmo recortada para não aparecer. O acabamento do beiral pode ser complementado com pequenas peças que simulem o madeiramento. ALTURA DA CUMEEIRA ALTURA DA CUMEEIRA BEIRAL LAJE COBRE O BEIRAL RECORTAR PARTE DO APOIO Neianne Panazio & Patricia Ferreira Curso de Maquete Didática p.16 101.00 100.00 RN = 100 = 00 102.00 103.00 106.00 105.00 104.00 107.00 108.00 Esquadrias: As esquadrias (portas e janelas fixas ou móveis) podem ser feitas de diferentes formas e materiais, de acordo com o projeto. Seu encaixe pode ser justaposto ou sobreposto ao vão, ou seja, podem ser encaixadas na abertura da parede - processo mais difícil, usado em escalas maiores - ou coladas por fora e/ou por dentro das paredes. Na planificação das esquadrias é recomendável conferir as medidas dos vãos, a fim de compensar possíveis erros cometidos na marcação ou corte das paredes. Caso as esquadrias sejam sobrepostas ao vão, deve-se deixar uma sobra para colar sobre as paredes. OBSERVAÇÃO: em escalas menores (1/100 ou inferior), as esquadrias podem ser apenas desenhadas sobre as paredes, sem maior detalhamento. Terreno: A planificação do terreno varia conforme os detalhes que apresenta. Os terrenos planos são representados apenas por seu contorno, sendo acrescentadas construções e outros elementos existentes (piscina, edícula, jardins etc.). Os terrenos com variação de nível podem ser representados de diversas formas, da mais realista à mais esquemática, e com materiais diversos (serão vistos mais adiante, na parte de acabamentos). Na fase de planificação é necessário marcar os contornos (divisas), e a medida e localização das construções e elementos mais importantes; assim como desenhar as curvas de nível, que irão determinar os desníveis. Neianne Panazio & Patricia Ferreira Curso de Maquete Didática p.17 Montagem Paredes: Caso as paredes tenham sido desenhadas continuamente, será preciso primeiro marcar as dobras nos cantos. Para dobrar o papel mais espesso, é feito um vinco nos pontos de dobra. Para isto usa-se o lado sem fio do estilete, ou, para papéis mais espessos ainda (como o cartão Paraná), corta- se parte de sua espessura — com cuidado. Para as paredes que são cortadas separadamente, o encaixe pode ser feito de outras formas (VER FIGURA); a segunda é mais usada por ser mais simples: Estrutura em pilares ou vigas: Caso sejam de madeira, podem ser usadas pequenas ripas, palitos ou mesmo papelão revestido ou pintado na cor desejada. Para concreto, usa-se o papel Paraná, ou outro tipo de material, revestido também na cor apropriada. Para pilares de secção cilíndrica, pode-se trabalhar também com pequenas tiras de papel (jornal ou similar) enroladas bem firme e coladas. OBSERVAÇÃO: o vinco deve ser feito sempre na parte externa da dobra. Neianne Panazio & Patricia Ferreira Curso de Maquete Didática p.20 Os elementos de acabamento, nos espigões, rincões e cumeeira, são feitos com o mesmo material, cortado ao longo de uma das ondas do papel. Em escalas menores, para simplificar a representação do telhado, este pode ser cortado inteiro, na dimensão da água, e as medidas das telhas apenas sugeridas através de riscos transversais. ― Painéis de vidro: usa-se o acetato, folhas de PVC, acrílico ou o próprio vidro. Painéis de vidro na fachada não são, em geral, transparentes, por isso deve ser colado um papel escuro por trás. OBSERVAÇÃO: para marcar as medidas no acetato de forma mais fácil, deve-se fazer o contorno em um papel comum e, colocando o acetato por cima, recortar da forma desejada. Este processo também pode ser usado para fazer riscos no acetato – com o lado cego do estilete - que simulem as emendas ou desenho das esquadrias. OBSERVAÇÃO 1: o acetato pode ser encontrado em diversas cores como transparente, fumê, prateado etc. Esquadrias, balcões e grades: ― Esquadrias com almofadas: as almofadas de uma porta ou janela podem ser feitas colando camadas de papel ou folhas de madeira, com medidas diferentes, umas sobre as outras, na quantidade e forma desejadas. ― Esquadrias em veneziana: as venezianas podem ser feitas apenas riscando o papel, colando pequenas tiras sobre um outro papel (neste caso é melhor que as divisões já estejam desenhadas), ou mesmo cortando partes do papel e levantando as pequenas abas que se formam. ― Cercas e grades: as cercas ou grades podem ser feitas com diversos materiais; a escolha irá depender da escala e do efeito desejado. Para cercas e grades em madeira o efeito mais próximo ao real é o que usa palitos (de dente, de sorvete, de churrasco, de pirulito etc.). Para outros materiais pode-se usar os palitos pintados na cor desejada – como a cor prateada para alumínio ou outro metal –, Neianne Panazio & Patricia Ferreira Curso de Maquete Didática p.21 pequenos pedaços de papel pintado ou outros materiais como o arame, grampos, grafite etc. OBSERVAÇÃO: para manter o espaçamento entre os componentes da grade ou da cerca, usa-se como guia o papel milimetrado ou, na falta deste, um papel comum com as medidas marcadas a lápis ou caneta. Um bom efeito pode ser conseguido para grades ou treliças usando tiras de jornal enroladas bem firme, coladas e pintadas. Estas tiras podem ser trançadas e recortadas para formar desenhos diversos. OBSERVAÇÃO: as tiras de jornal podem alcançar diâmetros variados dependendo da quantidade de papel usada e de quão firme elas sejam enroladas. Entretanto, diâmetros maiores têm pouca resistência e podem dobrar ou rasgar com mais facilidade. As grades em ferro trabalhadas podem ser simuladas pela aplicação de recorte de papel ou plástico que tenha um desenho adequado. Na verdade, não é viável desenhar todos os detalhes, mas o efeito pode ser alcançado através de uma aproximação. ― Balcões ou balaustradas: podem ser desenhados em papel, moldados com algum tipo de massa (de modelar, durepox etc.) ou representadas aproveitando algum material existente (peças de plástico, pedaços de bijuteria etc.). OBSERVAÇÃO: as tiras de jornal podem alcançar diâmetros variados dependendo da quantidade de papel usada e de quão firme elas sejam enroladas. Entretanto, diâmetros maiores têm pouca resistência e podem dobrar ou rasgar com mais facilidade. Neianne Panazio & Patricia Ferreira Curso de Maquete Didática p.22 Terrenos: Os materiais mais usados para simular terrenos em desnível são: o gesso, a massa corrida (pequenas elevações ou irregularidades do terreno), o papelão ou papel Paraná, e o isopor. Podem ainda ser usados outros materiais como o papel Kraft amassado, o papier-machê, a espuma de poliuretano etc. Para dar forma e suporte ao terreno, com alguns destes materiais, usa-se uma tela de arame por baixo. OBSERVAÇÃO: a base da maquete deve ser feita com material rígido, como a madeira. Para representação esquemática dos terrenos, usa-se apenas o papelão, papel Paraná ou o isopor cortado em camadas segundo as curvas de nível, como nas figuras: O terreno é recortado segundo as dimensões da construção, que será encaixada no local. O acabamento mais perfeito pode ser alcançado ao preencher os espaços entre os níveis com gesso ou massa corrida. OBSERVAÇÃO: o gesso deve ser aplicado sobre um tecido, a fim de permitir moldagem mais elaborada, e evitar que escorra entre as emendas. As superfícies podem ser lixadas para melhorar o acabamento. ― Acabamento: o acabamento do terreno varia conforme o projeto. Para simular terra ou vegetação rasteira (grama) usa-se a serragem pintada, o pó de camurça ou mesmo areia pintada. Para simular piso cimentado ou placas de pedra usa-se o papel na cor desejada. ― Caminhos: os caminhos em terra batida podem ser feitos com areia colada, os de em pedra podem ser simulados com pequenos pedaços de papel recortados e pintados, ou mesmo colando pedras ou seixos. OBSERVAÇÃO: existem à venda pedrinhas para uso em maquete, têm medidas pequenas e se adaptam ao trabalho em escala; podem ainda ser usadas as pedras para decoração de aquários. Neianne Panazio & Patricia Ferreira Curso de Maquete Didática p.25 Outros complementos: ― Balcões em mármore ou granito: a simulação de mármore ou granito pode ser alcançada pelo uso de papel Contact, ou laminado melamínico aplicado sobre uma superfície de papelão ou isopor. ― Churrasqueiras e Lareiras: as churrasqueiras são pequenas construções com acabamento em tijolinhos, normalmente. Para construí-las seguem-se as mesmas orientações dadas para a construção em geral. [VER REVESTIMENTO EM TIJOLINHOS APARENTES] ― Piscinas: o corpo da piscina pode ser feito recortado em placa de isopor ou papelão, com as laterais e o fundo montados no mesmo material. Para dar a impressão de azulejos deve-se traçar o quadriculado sobre um papel a ser colado internamente. As bordas da piscina, em pedra ou madeira (deck), serão executadas de forma semelhante ao que foi dito sobre os revestimentos. ― Quadras de Esporte: o piso das quadras é feito com papel desenhado na forma adequada ou com areia colada e pintada. Outros detalhes como redes, muros etc., podem ser acrescentados para dar maior realismo. ― Bancos e outros mobiliários: o mobiliário é opcional, e pode ser feito pela modelagem em massa, isopor, madeira, papel, papelão, ou pelo aproveitamento de peças pré-fabricadas. Em ambientes como piscinas e varandas eles são um atrativo a mais. ― Postes: podem ser feitos com grampos, alfinetes, pedaços de arame ou madeira, e até mesmo grafite. Para simular lâmpadas aplicam-se bolinhas de isopor ou contas plásticas para bijuteria. OBSERVAÇÃO: a iluminação (interna ou externa) na maquete é feita em geral com o uso de circuitos eletrônicos e leds. ― Automóveis: estes podem ser produzidos com papel ou isopor ou comprados prontos, na escala da maquete. Neianne Panazio & Patricia Ferreira Curso de Maquete Didática p.26 Dicas e recomendações ― Ao usar grande quantidade de cola, coloque-a em um recipiente e espalhe nas peças com um pincel ou um palito. Assim, o trabalho se torna mais prático e limpo. Exceto, obviamente para colas que tenham secagem rápida. ― Use apenas a quantidade de cola necessária para juntar as partes da maquete, retirando o excesso, sempre que necessário, com um cotonete ou pano limpo. ― Escolha com cuidado o tipo de tinta e cola a serem usadas no material, pois algumas provocam reações que podem manchar ou mesmo avariar as peças. ― Alguns materiais como gesso, massa plástica e durepox podem servir para corrigir imperfeições na madeira. E, também, para soldar partes isoladas; basta fazer pequenos furos na madeira e preenchê- los com a massa, depois colocar a parte que deve ser soldada (EXEMPLO: árvores, postes, pilares etc.) e firmá-la até secar. ― Caso a maquete tenha iluminação interna, deve-se deixar espaço reservado para a passagem de fios, atrás e/ou na base da mesma. ― Quando se desenha a fachada no papel de revestimento, como guia para cortar depois, deve-se usar o lado avesso, assim o acabamento fica mais limpo. ― Sempre que possível, deixe uma sobra do material de revestimento para fazer o acabamento mais perfeito. EXEMPLO 1: no encontro entre a calçada e a rua, faça primeiro a rua e deixe uma sobra por baixo da calçada; ao colar o revestimento da calçada este irá cobrir o pedaço que sobrou e fará o arremate. EXEMPLO 2: ao cobrir uma parede deixe uma sobra encima e outra embaixo para dobrar; depois cole o revestimento do lado oposto cobrindo estas sobras. ― O estilete serve tanto para cortar quanto para marcar ou vincar o material (papel, borracha, plástico etc.); use o lado não afiado com cuidado, para não rasgar. Neianne Panazio & Patricia Ferreira Curso de Maquete Didática p.27 ― Ao trabalhar com alguns materiais mais grossos, como o papel Paraná, às vezes o corte sai um pouco irregular; use, então, a lixa para retirar rebarbas. ― A serragem pode ser pintada, depois de aplicada, com tinta guache, tinta para aquarela ou PVA, mas também pode ser tingida antes da aplicação. ― As técnicas de pintura de parede ou móveis podem ser adaptadas para uso nas maquetes, como a pátina, o envelhecimento etc. ― Para simular piso ou revestimento em esteira ou palha, além do próprio material, pode-se trabalhar com casca de bananeira seca. Neianne Panazio & Patricia Ferreira Curso de Maquete Didática p.30 − Pigmentos; − Placas ou bolas de isopor; − Plástico; − Pó de camurça; − Resina; − Serragem; − Solvente para tinta (vários tipos); − Tábuas ou sarrafos de madeira; − Tinta (guache, acrílica, PVA etc.); − Verniz; − Etc. Pode-se também trabalhar com materiais reaproveitados, como: tampas de embalagens, recipientes diversos, etiquetas, peças de bijuteria, palitos de sorvete, palitos de fósforo, peças de brinquedo, miçangas, jornal, recortes de revistas etc. Instrumentos e materiais auxiliares: − Agulha; − Alfinete; − Algodão; − Caixas e potes de tamanhos variados; − Clipes de metal; − Cola plástica, cola de contato, cola para isopor, cola instantânea etc; − Cotonete; − Durepox; − Elástico; − Fita adesiva ou fita crepe; − Furador de papel; − Grampeador; − Grampo de cabelo; − Lixa; − Marcador; − Palito; − Pinça; − Pincel; − Pregadores de roupa; − Régua de aço; − Etc. Neianne Panazio & Patricia Ferreira Curso de Maquete Didática p.31 ALGUMAS TÉCNICAS ARTESANAIS Revestimento em tijolos ou placas de pedra aparentes: Material: − Placa de isopor (bandeja de mercado); − Tinta na cor apropriada. Modo de fazer: 1. marque em um papel (ou use papel milimetrado) as medidas dos tijolos ou das pedras; 2. coloque a placa de isopor sobre este papel, deixando sobras para os lados; 3. use a marcação no papel como guia para riscar no isopor os traços de contorno dos tijolos ou pedras; OBSERVAÇÃO: usa o lado cego do estilete ou um marcador para fazer estes traços. 4. pinte o isopor, fazendo o pincel seguir a direção de cada fileira; OBSERVAÇÃO: pintando desta forma, sem encharcar o pincel, as linhas entre os tijolos ou pedras ficarão brancas, dando a idéia de rejunte. Se quiser, após a secagem da tinta, passe uma nova demão sobre alguns tijolos ou pedras, escurecendo-os e acrescentando uma impressão de rusticidade. Neianne Panazio & Patricia Ferreira Curso de Maquete Didática p.32 Piso gramado ou de terra batida: Material: − grama artificial (papel crepom picotado, serragem pintada etc.); − OU areia. Modo de fazer: 1. espalhar, com o pincel, cola sobre a superfície a ser pintada, com o cuidado de não deixar falhas; OBSERVAÇÃO: se a superfície for muito grande, divida-a em partes. 2. espalhe a grama artificial ou a areia sobre a cola; 3. depois de secar vire a superfície para retirar o material solto de cima; 4. preencha as falhas com mais cola e grama artificial ou areia. Piso em pedra: Material: − papelão grosso (pedaços de embalagens, caixas de ovos etc.); − tinta nas cores da pedra; − grama artificial ou areia. Modo de fazer: 1. recorte à mão (para dar a irregularidade da pedra) pedaços do papelão nas dimensões e formas aproximadas das placas de pedra; 2. cole estes pedaços sobre a superfície a ser coberta; 3. pinte o papelão na cor apropriada; 4. preencha os espaços entre as pedras com a grama ou a areia, como foi visto na técnica de pisos gramados ou em terra batida.
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