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Guias e Dicas
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Macrobiotica Zen - A Arte da Longevidade e do Rejuvenescimento - George Ohsawa, Notas de estudo de Engenharia de Minas

Um livro sore alimentação macrobiótica escrito por George Ohsawa segundo o qual "É necessário haver saúde para haver paz"

Tipologia: Notas de estudo

2011
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Compartilhado em 27/10/2011

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Baixe Macrobiotica Zen - A Arte da Longevidade e do Rejuvenescimento - George Ohsawa e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia de Minas, somente na Docsity! Macrobiótica Zen - a Arte da Longevidade e do Rejuvenescimento - Sakurazawa Nyoiti (George Ohsawa) É NECESSÁRIO SAÚDE PARA HAVER PAZ Todas as grandes religiões nasceram no Oriente. Do Oriente emana a luz. Graças a elas, os povos orientais, sobretudo os do Extremo Oriente, viveram pacificamente, durante milhares de anos, até a chegada da civilização ocidental. O Japão foi sempre denominado “O pais da longevidade e da paz”. Tudo muda, porém, neste mundo “flutuante”, efêmero e relativo em que vivemos. Os países da Ásia e da África foram colonizados pela civilização ocidental. Eram tão pacíficos que abandonaram as suas próprias tradições e adotaram os costumes do Ocidente. A civilização importada torna-se cada vez mais poderosa, as guerras mais cruéis, e a civilização científica é, agora, a nova religião do homem. Nós a admiramos muito. Poderemos, contudo, esperar que ela concorde com a velha civilização da saúde, da liberdade, da felicidade e da paz ? Procurei complementar, durante 48 anos, estas duas civilizações, e creio haver encontrado a maneira de fazê-lo. Penso que, se os ocidentais estudassem a verdadeira filosofia oriental, resolveriam não somente os numerosos problemas de ordem científica e social, mas também as grandes questões, como as da felicidade e da liberdade. O primeiro passo consiste em aprender a maneira de comer e beber do Oriente: a Macrobiótica é a estrutura básica da felicidade e da saúde. No Japão, por exemplo, o comer e o beber era considerado como a mais importante ARTE DIVINA da vida. Enquanto que nós, no Oriente, desenvolvemos um método calcado em bem elaborados e estabelecidos princípios, os americanos parecem ser guiados somente pelo prazer sensorial e baixo discernimento nos seus hábitos alimentares. Neste livro, encontrareis centenas de receitas e ensinamentos de como cozinhar e como comer, todos visando à felicidade e à saúde. São inteiramente diferentes dos sistemas adotados pelos restaurantes, lancherias, e pela cozinha caseira habitual. Os pratos que são servidos nos restaurantes japoneses e chineses e que são o ”chic” em New York, atualmente, satisfazem apenas ao baixo prazer sensorial e eclipsam totalmente o discernimento superior, mas os autênticos mestres de cozinha, chineses e japoneses, sabem preparar pratos que não só são deliciosos, mas excelentes para a saúde e a felicidade, segundo os princípios da Macrobiótica. A Macrobiótica é o regime alimentar fundamental adotado nos mosteiros budistas Zen e, no Japão, é chamado SYOZIN RYORI, isto é, “cozinha que melhora o discernimento supremo”. A filosofia precede e determina a psicologia. Se a indústria alimentícia americana pudesse adotar e industrializar os alimentos e bebidas macrobióticos, seria isso a primeira revolução alimentar na história da humanidade e a primeira declaração de guerra contra a doença e a miséria humanas. AOS MEUS LEITORES Se vos decidirdes a estudar essa filosofia de cinco mil anos, a fim de sentirdes liberdade infinita, felicidade eterna e justiça absoluta, procurai compreender que isso deverá ser conseguido independentemente, por vós mesmos, e para vós mesmos, como o fazem os pássaros, os insetos, os peixes e todos os animais. Antes de tudo, procurai debelar vossa doença, não a dele ou dela, mas a vossa! Procurai conhecer a natureza de vossa doença e suas causas. Se estiverdes interessado somente no desaparecimento dos sintomas, das dificuldades ou da dor, não tendes necessidade de estudar este livro! Esta filosofia única não cogita de medicina sintomática. Tereis que compreender e assimilar completamente este Princípio Único, deveis vivê-lo em vossa vida diária. (A filosofia da Medicina do Extremo Oriente é autossuficiente. Não há necessidade de ler e memorizar milhares de livros complicados). Observai, então, a dieta macrobiótica explicada neste pequeno livro. Se não encontrardes nele o tratamento específico para a doença que estiverdes interessados em curar, deveis usar um ou outro tratamento, ou procurar combinar diversos tratamentos, descritos no Capítulo X, de acordo com os sintomas que se apresentarem. Fazei-o cautelosa e sistematicamente, e sereis bem sucedidos. George Ohsawa Por que no Ocidente existem tantos hospitais e sanatórios, tantos remédios e drogas, tantas doenças físicas e mentais? Por que há tantas prisões, tanta polícia e tantos exércitos de ar, mar e terra? A resposta é muito simples: somos todos doentes fisiológica e mentalmente. Mas, por que isto está acontecendo numa sociedade tão altamente civilizada? É porque ignoramos completamente a causa real de todo o sofrimento, suas raízes filosóficas, biológicas, morais e psicológicas. Como se explica isto? É porque assim fomos educados. A educação moderna não desenvolve a capacidade que têm os seres humanos de conquistarem sua liberdade, felicidade e justiça. Ao contrário, converte o homem em um “profissional”, ou seja, em um escravo irracional, ou senhor cruel, de mentalidade curta, simplista e presa ao dinheiro. Felicidade ou miséria, doença ou saúde, liberdade ou escravidão, dependem da maneira como conduzimos nossa vida diária e nossas atividades. Nossa conduta é ditada pelo nosso discernimento. Este, por sua vez, é o resultado de nossa compreensão da constituição do mundo e do Universo Infinito. Lamentavelmente, não existem escolas nem universidades onde possamos aprender a discernir, a pensar, e a compreender com clareza e liberdade. As palavras LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE estão inscritas por todos os lados na França. A sua aplicação é, contudo, apenas teórica. A vida é infinitamente interessante e maravilhosa. Com a única exceção do homem, todos os seres, pássaros, insetos, peixes, micróbios, e mesmo os parasitas, vivem felizes na Natureza: livres de obrigações com respeito a si próprios e para com os outros. Passei dois anos nas florestas hindus e um nas africanas, e jamais vi um só macaco, crocodilo, serpente, inseto ou elefante, que fosse infeliz, doente ou obrigado a trabalhar para os outros, ou por dinheiro. Entre essas criaturas da Natureza, não encontrei uma que fosse asmática, cancerosa, diabética, reumática, ou vítima de baixa ou alta pressão sangüínea. Todos os povos primitivos que viviam entre eles eram também relativamente felizes, antes da invasão pelos seus “colonizadores”, armados de fuzis, de álcool, de açúcar, de chocolate e de religião. A única norma de vida destes povos primitivos era: quem não sabe se divertir não deve comer. Sou o único. e talvez o último revoltado de cor amarela, que deseja viver tão feliz quanto os seus ancestrais. Desejaria restabelecer o reino onde, aqueles que não acham prazer em viver, não devem comer; onde cada um deve viver feliz, pois como dizia Epícteto, a infelicidade é culpa de cada um. Nesse reino, não haveria nem empregador, nem empregado, nem laboratório farmacêutico, nem escolas, nem hospitais, nem “indústria médica”, nem polícia, nem prisões, nem guerra, nem inimigo, porém, todos seriam íntimos amigos, irmãos, pais e filhos, maridos e esposas; não haveria trabalho forçado nem crimes, nem castigos, e todos seriam independentes e autônomos. Não sou, contudo, um revolucionário, nem tenho a intenção de restabelecer um império mundial aparente: desejaria, simplesmente, convidar algumas pessoas a viverem no meu invisível país das maravilhas, chamado “Erewhon” por Samuel Butler e “Wonderland” por Lewis Carrol, onde temos 365 dias de natal por ano, em vez de um só. A entrada nele é livre e gratuita, sendo suficiente estudar e passar a viver o regime macrobiótico e compreender o livro que expõe a ,”Filosofia da Medicina do Extremo-Oriente”. QUE É A FILOSOFIA DO EXTREMO-ORIENTE? Era uma vez um homem grande e livre chamado “Hou-i”, que encontrou uma curiosa chave de pedra para abrir a porta invisível do Reino dos Céus, “Erewhon” em inglês, que significa “Nowhere)”, de trás para diante (em parte alguma) ou “Moni-Kodo”. Vivia no alto de uma colina, em certo lugar no coração de um velho continente, muito quente durante o dia, muito frio à noite, sem armas, sem instrumentos, sem vestimenta, nem calçado, nem casa, nem papel chamado dinheiro, nem drogaria. Apesar de tudo isso, gozava a vida com todos os seus companheiros, os pássaros, os peixes, as borboletas e todos os animais pré- históricos. Não havia leis, nem ninguém para o obrigar, não havia ditadores, nem ladrões, nem jornalistas, nem médicos, nem telefone, nem vistos em passaportes, nem inspetores, nem taxas. Nada o importunava. Milhões de anos se passaram. A sociedade nasceu e veio, depois, a civilização. Os mestres apareceram e a educação começou, isto é, mestres profissionais fabricaram imitações da curiosa chave de pedra de Hou-i e venderam-na a preço elevado, visto que todos a queriam. Estas imitações têm sido vendidas muito bem durante milhares de anos, e até o presente momento. Proponho-me a distribuir a genuína chave do reino da liberdade, da felicidade e da justiça. Ao contrário dos mestres profissionais, gozo fartamente a vida como cidadão desse reino e não estou ligado a posses ou ao dinheiro. Posso, por isso, oferecer essa chave gratuitamente a todos os que se interessam possuí- Ia. A fim de cumprir com a minha missão, expresso-me numa linguagem especial, quase infantil, que, porém, pode facilmente ser compreendida somente por aqueles que se tornam merecedores de admissão gratuita nesse reino, porque, aqueles que a compreendem, logo recuperam a saúde física e mental, e possuem liberdade, felicidade e justiça. Minha interpretação desse reino é chamada “a filosofia do Extremo-Oriente”, fácil de entender e praticar por aqueles que não foram ainda totalmente dogmatizados, e muito difícil para os que foram educados por mestres profissionais durante longos anos. Sentir-me-ia feliz, se um punhado de pessoas pudesse compreendê-la integralmente. Ofereço esta chave, que, na realidade, é um livro-guia para o Reino-dos-Céus, no qual interpreto a filosofia do Extremo Oriente, de mais de 5.000 anos. É a minha reinterpretação dessa filosofia antiga, que foi completamente falsificada, mutilada e transformada por aqueles que eram chamados “profissionais”, no decurso de milhares de anos, bem como pelos eruditos e pelos “santos” de todas as épocas no passado. Os mestres da civilização atual continuam, infelizmente, com essa mutilação. A minha nova versão (minha interpretação dessa filosofia antiga) está alicerçada no firme fundamento da medicina do Extremo-Oriente. Esta medicina é uma aplicação fisiológica e biológica da filosofia pré-histórica. Não só essa medicina, mas todas as cinco grandes religiões da humanidade foram erigidas sobre os mesmos fundamentos. Essa a razão por que Jesus curava tão miraculosamente, tanto doenças físicas como mentais. A medicina que só pode curar doenças físicas é um péssimo mago ou um “Satan”, que nos torna mais infelizes do que éramos antes de encontrá-lo. Curar somente o físico é impossível. A agonia mental e a ansiedade são o verdadeiro inferno, que nenhum “sputnik” ou microscópio eletrônico conseguiram atingir. Esta natureza de moléstia é característica da mentalidade daqueles que ignoram a constituição do Universo e suas leis, pois tentar a, cura de enfermidades do corpo, negligenciando as da mente, é tentar o impossível. Estou cada vez mais convencido da eficácia miraculosa e da superioridade de nossa medicina-filosófica: a Macrobiótica. Devo a ela minha cura da tuberculose e de outras doenças, assim chamadas “incuráveis”, após ter tido a boa sorte de ter sido desenganado pelos médicos, antes de atingir os meus 20 anos. Desde então, testemunhei milhares de curas surpreendentes de pessoas pobres, desesperadas, que aplicaram este método na Ásia, na África e na Europa, encontrando sua liberdade, tão simples e naturalmente como o fazem os pássaros no céu, os peixes no mar e os animais nas selvas. Abandonei o meu país natal, o Japão, há dez anos, com a única idéia de visitar todos os países do mundo, na busca de um punhado de amigos capazes de entender e de adotar minha filosofia, e de restabelecer, neste planeta, o reino invisível da pureza, da felicidade e da saúde. Torno a repetir que a minha filosofia-medicina é paradoxal, dialética, fácil de ser aprendida, mesmo pelas crianças, e a mais prática que existe. A teoria é simples, e há só um princípio que deve ser compreendido, o mesmo a cuja conclusão Toynbee chegou, após suas longas pesquisas através da história: Yin- Yang, fundamento cosmológico da existência, uma bússola universal, o centro e coração de uma concepção do mundo, que pode ser aplicado em qualquer aspecto e nível da vida diária, quer no que se relaciona com a família, como com a vida conjugal, social ou política. Que mais posso dizer? A minha filosofia não é uma medicina que visa a destruir somente os sintomas, a qualquer preço, mesmo com violência, quimicamente, fisicamente ou mortalmente. É ela um simples método-teoria prático, que pode assegurar não só uma cura clínica (a simples eliminação de sintomas), ou o controle da saúde fisiológica. Ela vai mais longe, pois traz a paz para a alma e estabelece a liberdade e a justiça em nossas vidas. E isto, sem o auxílio de nenhum instrumento! Esta concepção do Universo é mais revolucionária do que a energia atômica e bombas de hidrogênio. Altera todos os valores, toda a filosofia e técnicas modernas. Após ter ensinado este método durante 47 anos, estou convencido do seu grande valor. No entanto, talvez eu esteja enganado, pois, que, no decurso de todos esses anos, só encontrei uns poucos médicos filósofos que compreenderam a unidade da filosofia e da medicina, que eram aceitas e reconhecidas no Oriente, no longínquo passado. Justiça). Não compreendem que sem esse conhecimento, jamais terão a fé que remove montanhas e as lança ao mar. Se não tiverdes a vontade de viver a vida mais simples e sentir-vos felizes com o mínimo indispensável, não deveis nem podeis ser curados. VIVER PARVO As pessoas doentes incessantemente expressam o desejo de serem curadas; firmam que têm a vontade de se libertar do seu mal, a todo preço. Vontade desta categoria não é senão o simples desejo de se recolherem em si próprias; de escapar do estado em que se encontram, por outras palavras, mera forma de derrotismo. Revela a recusa em aceitar a ordem eterna da vida, a ordem que oscila entre o problema e o prazer. Viver em um estado estático, que inclui somente uma condição e exclui a outra, é impossível: temos que recriar, continuamente, nossa própria felicidade pelo reconhecimento e a cura de doenças a cada instante de nossas vidas. Muitas pessoas desejam ser curadas por outras ou por qualquer instrumento, passando por cima de sua própria responsabilidade, a causa de sua doença: “mea-culpa”, meu crime. São os descendentes da raça de serpentes. Não devem e não podem ser curadas. Não merecem uma cura completa ou o Reino dos Céus. O “querer”, em contraste, é único e atua de maneira bem diferente. A vontade de viver começa pela pesquisa da causa primária de toda a infelicidade, de todas as doenças, de todas as injustiças no mundo, e então procura eliminá-Ias, sem o uso de meios violentos e artificiais. Vence e conquista através de métodos que estão de acordo com as normas do Universo Infinito, natural e pacificamente. Procurar curar somente os sintomas e controlar a saúde sem aceitar a responsabilidade, não é senão a manifestação de exclusivismo e egoísmo. Eclipsa e nega a Vontade, a ordem do Universo Infinito. SATORI O Satori, para o oriental, é a convicção tangível e lógica a que ele chegou, corpo e alma do Reino da Liberdade, da Felicidade e da Justiça. Se vossa jornada em direção ao Satori vos parece interminavelmente longa, é porque vossa orientação está errada, e vosso progresso lento; é porque aplicais, a fórmula (“IGNORAMUS, IGNORABIMUS”), (não sabemos e jamais saberemos), ponto de vista originalmente expresso por cientistas como Du Bois Raymond, e Henri Poincaré, etc. Esta, em essência, é a posição de todas as pesquisas científicas e filosóficas do Ocidente, que atualmente prevalecem em todo o mundo. E, não obstante, o que a ciência preconiza que jamais poderá ser conhecido, era conhecido há milhares de anos no Oriente. Para encontrar Satori, basta modificardes vossa orientação: “Ignoramus” Satori. Nós, humildemente, admitimos que não sabemos nada, mas acreditamos que é possível saber. Meditemos (pensemos) e estudemos profundamente, e então saberemos tudo”. (Por esta razão, os centros macrobióticos são chamados Centre Ignoramus). Não há nada oculto ou místico a respeito da concepção do Satori. Se desejas atingir o Satori, deveis, antes de mais nada, estudar a nossa filosofia (base de todas as religiões), para que possais compreender a maravilhosa estrutura (constituição) do Universo Infinito e sua Justiça e praticar todos os dias, estritamente, a técnica chamada macrobiótica. Para vos tornardes um bom motorista ou um bom piloto é necessário começardes por aprender o mecanismo, valor, funcionamento do veículo e as leis da energia. Do mesmo modo, sois obrigados, a conhecer o vosso corpo e ser seu médico. Os pássaros, os peixes e todos os animais na Natureza são bons volantes e pilotos. Mesmo um micróbio é o seu próprio médico, e não necessita de hospital ou de farmácia. A farmácia é o símbolo ou o barômetro da ignorância do povo, que ignora o “Mea Culpa”. CORAGEM, HONESTIDADE E JUSTIÇA Aquele que é aplaudido como corajoso, ignora a coragem; está tão totalmente envolvido em sua ação corajosa, que não tem tempo de contemplar o que está fazendo. Isto é, ele não sabe o que é a coragem no sentido como nós, como observadores de sua ação, o sabemos. Aquele que é perfeitamente honesto, da mesma forma ignora o que seja a honestidade; como também aquele que é justo, ignora o que seja a justiça; aquele que tem boa saúde, ignora a saúde. São todos humildes. O conhecimento é a carteira de identidade do mundo limitado, relativo e ilusório, e não a do Reino Infinito dos Céus. Se estiverdes seguros das vossas aptidões, das vossas qualidades, dos vossos conhecimentos, da vossa fortuna, sois prisioneiros deste mundo limitado. Se afirmais saber o que é coragem, honestidade, justiça, paciência, saúde, não sois modestos e na realidade sois alheios a todas essas qualidades. Aqui está a ausência do problema: a coragem, a honestidade, a justiça, a felicidade e a liberdade não podem ser concedidas por outrem; deveis vivê-Ias por vós mesmos e para vós mesmos. Se elas dependem de outros, ou de certas condições, são emprestadas e não vossas. Se alguém garantir a vossa liberdade, vossa liberdade será vossa dívida. Quanto maior tal liberdade, tanto maior vosso débito. Felicidade, liberdade e justiça devem ser infinitas, incondicionais e ilimitadas. Procurá-las nos outros ou de outros ou se dependerem das condições da Sociedade em que viveis, vossa dívida será interminável. Tereis que viver uma vida de escravo. TOLERÂNCIA Se tiverdes que aprender a ser tolerante, revelais que vossa compreensão é limitada. Não há nada intolerável neste mundo. Todas as coisas são toleráveis. Toda a Natureza (pássaros, abelhas, animais, peixes) e toda a criatura humana realmente livre, aceita tudo, tanto o bom como o mau tempo, tanto a morte como a vida, tanto as dificuldades como os prazeres, sempre com grande satisfação. Não há protestos e nem objeções, nem queixas, porque tudo está em perfeito equilíbrio. Se achardes a mais insignificante coisa intolerável neste mundo, é porque sois intolerável e exclusivista e, como não podeis expulsar ou destruir todas as coisas deste mundo que considerais intoleráveis, vossa existência necessariamente será frustrada, e vivereis no inferno. Se tolerância for a vossa divisa, sois uma pessoa intolerante porque todos os lemas desta espécie são uma confissão involuntária de vossa verdadeira natureza. A medicina, por exemplo, não pode realmente curar a doença, mas simplesmente declara guerra ao sintoma, enquanto ignora completamente as causas primárias. Como conseqüência, pacientes e médicos, ambos morrem de uma moléstia ou outra, a despeito de campanhas intermináveis para erradicar germes, micróbios e vírus. Este é um caso notável de intolerância para com a existência das criaturas de Deus. Absoluta justiça é outra designação que se dá à ordem irrevogável do Universo. Inclui ela o bom e o ruim, certo e o errado. Esses opostos são antagônicos, porque se opõem um ao outro; não obstante são complementares, porque existem e têm que existir lado a lado neste nosso mundo; são eles a frente e o dorso da mesma moeda. Eliminar um em benefício do outro é impossível, mesmo uma tentativa desse extermínio é o máximo da ignorância e intolerância. O juiz não pode de forma alguma julgar corretamente, se nada conhece da justiça absoluta; e mais, a imposição da lei pela polícia, como bem se sabe, jamais curará a sociedade do crime e nada mais faz do que combater os sintomas sem sucesso pela prisão e punição do criminoso. Substitui a intolerância do sintoma (no caso, o criminoso) pelo estudo e a análise profunda das causas primárias do mal (o crime) e sua cura total. Quem aceita tudo com grande prazer, não necessita saber o significado da tolerância. CAPITULO III AS SETE CONDIÇOES ESSENCIAIS DA SAÚDE E DA FELICIDADE Antes de seguir nas minhas orientações sobre o regime, convém examinar o vosso estado de saúde, segundo as sete condições seguintes: As três primeiras são fisiológicas. Se as satisfizerdes, tereis 15 pontos., 5 para cada uma. Pela quarta, quinta e sexta, de natureza psicológica, deveis receber 10 pontos de cada; a sétima, a condição mais importante de todas, podeis obter 55 pontos. Ao todo, deveis totalizar 100 pontos. Se, de início, obtiverdes mais de 40 pontos, considerai-vos em boa forma, e, se ganhardes 60 pontos em três meses, será um grande sucesso. E assim por diante. Começai, porém, fazendo este exame, antes de iniciardes o regime macrobiótico, e novamente no começo de cada mês. Desta forma podereis observar vosso progresso, segundo o rigor com o qual tiverdes aplicado o regime. estamos com péssima saúde e somos especialmente deficientes nesta quinta condição. Um homem com boa saúde nunca se encoleriza. Quantos amigos íntimos tendes? Um grande número de amigos íntimos e variados, indica uma larga e profunda compreensão do Universo. Não conto aqui como vossos amigos, os vossos pais e vossos irmãos e irmãs. Um amigo é alguém a quem amais, admirais e respeitais e que vos retribui de igual maneira e que vos ajuda a realizar os melhores sonhos custe o que custar, sem que lho peçais. Quantos amigos de coração tendes? Se tendes poucos é porque sois exclusivista ou um triste delinqüente, e não tendes suficiente bom humor para tornar os outros felizes. Se, porém, tiverdes mais de dois bilhões de amigos íntimos, podeis dizer que sois amigo de toda a humanidade. Isto, porém, não é suficiente se considerais somente os seres humanos mortos ou vivos. Tereis que admirar e amar todos os seres e todas as coisas, mesmo as folhas da grama, os grãos de areia, as gotas de água. Eis aí o bom humor. O Dr. S. Margine disse: “Cada vez que estou na presença de uma obra da Natureza, sempre amo e admiro a simplicidade de sua manifestação.” Will Rogers também disse: “Nunca encontrei um homem de que não gostasse.” Se não conseguirdes fazer de vossa esposa ou de vossos filhos amigos íntimos, isto prova que estais muito enfermo. Se não estiverdes sempre alegres sob qualquer circunstância, sois um cego que não vê nada deste mundo limitado da relatividade nem do Universo Infinito, ambos cheios de maravilhas. Se tendes qualquer queixa a formular, de ordem moral, mental, física ou social, mesmo insignificante, o melhor é vos fechardes em vosso quarto, como um caramujo na sua concha, e falar a vós mesmos sobre a vossa tristeza. Se tiverdes poucos amigos íntimos e leais, seria prudente aceitar este meu conselho: tomai uma pequena colherada de “gomásio” (semente de gergelim torrado e moído com dez a quinze por cento de sal marinho) a fim de neutralizar a acidez do vosso sangue. Podereis testar o valor desta minha sugestão em vossos próprios filhos: deixai de lhes dar açúcar, mel, chocolate, etc.. ., que acidificam seu sangue, e em uma semana ou duas, uma criança muito Yin (passiva, melancólica e infeliz) se tornará muito Yang (ativa e cheia de alegria). As sementes de gergelim combinadas com o sal (quatro partes de sementes torradas e bem moldas para uma de sal marinho torrado bem moído) destroem os maus efeitos do açúcar em todo o organismo humano, muito especialmente no sistema nervoso e cerebral). O óleo de gergelim do “gomásio” reveste cada partícula do sal e impede a sede. Penetra na circulação sangüínea e normaliza a hiperacidez do sangue. Lembrai-vos: excesso de acidez e morte são a mesma coisa! Raramente se encontram homens e mulheres de temperamento agradável. A grande maioria é doente, mas isenta de culpa porque não sabe como conseguir o bom humor. Ignoram do que devem alimentar-se e como devem comer. Se estiverdes sinceramente conscientes da constituição maravilhosa do Universo, deveis estar plenos de infinita alegria e gratidão, e não podereis deixar de compartilhar com os outros. Oferecei bom humor, sorri e falai, com voz agradável, a simples palavra “obrigado”, em todas as circunstâncias e tantas vezes quantas possível. No Ocidente diz-se: “dai e recebei” (get and take)! Nós, no Oriente, porém, dizemos: “dai, dai e dai, tanto quanto puderdes!” Não perdereis nada em imitar-nos, pois que recebestes a própria vida - o Universo inteiro - sem nada pagar. Sois o filho unigênito ou a filha, do Universo Infinito, que cria, anima, destrói e reproduz tudo o que necessitais. Se souberdes disso, tudo vos será dada com abundância. Se tiverdes medo de perder vosso dinheiro ou vossa propriedade, praticando o princípio de “dar, dar, dar”, isto prova que sois doentes e infelizes, vítimas do esquecimento. Esquecestes completamente a origem de vossa fortuna e de vossa vida, do Universo Infinito; vosso julgamento (discernimento) supremo está parcial ou totalmente eclipsado, sois incapazes de ver a majestosa ordem da Natureza (“Universo Infinito”). A cegueira do espírito é bem mais perigosa do que a cegueira física. Se doardes uma pequena ou uma grande parcela de vossa fortuna, geralmente não fazeis segundo a máxima oriental de “dar, dar, dar infinitamente”. Estais aplicando o princípio ocidental do “dar e receber”, que é uma péssima camuflagem da teoria de todos os economistas ocidentais, que nada mais é do que um instrumento para justificar a colonização e a exploração, pela violência, de todos os povos de cor. O “dar” oriental é o oposto, é um sacrifício, uma expressão de gratidão infinita e a compreensão de autoliberação de todas as dívidas. Sacrificar-se significa dar mais o melhor daquilo que se possui. O sacrifício é um oferecimento ao amor eterno, à liberdade infinita e à justiça absoluta da vida. O verdadeiro sacrifício é o ato de dar alegremente nossa vida ou o principio onisciente, onipotente e onipresente da vida. É o - SATORI - autolibertação, (auto-realização). Os muitos assim chamados “assistentes sociais”, provavelmente os piores criminosos do Ocidente, dão somente os frutos da exploração e das doações. Dar o que se recebe dos outros não implica em nenhum sacrifício, faz-nos lembrar Ali Babá, que dava o que antes havia roubado dos 40 ladrões. Nossa mãe Terra dá-se a si mesma infinitamente para alimentar a erva. A erva dá-se a si mesma infinitamente para alimentar os animais. Os animais dão sua vida para tornar este mundo alegre, feliz e interessante, ano após ano. Mas a criatura humana é a única exceção; mata e destrói tudo porque o homem não se dá aos outros! Na Natureza, o que morre é transformado em nova vida. O homem, por sua vez, deveria dar-se para realizar o mais espetacular milagre da criação: a liberdade infinita, felicidade eterna , justiça absoluta. Os que não compreendem isto, ou são escravos, doentes ou dementes. Se fordes alegres e estimados por todos, seja onde for, dando sempre aos outros a maior e melhor coisa deste mundo, sereis a mais feliz das criaturas - um entre milhões, que é capaz de expressar a maior alegria. Podereis conseguir isso, observando as diretrizes macrobióticas. Encontrareis, então, os novos horizontes do país com o qual o homem sonha, de acordo com Toynbee, Shangrá e Erewhon, desde há mais de 300.000 anos. A medicina macrobiótica é real- mente, uma espécie de lâmpada de Aladim, um Tapete Voador, com o qual podeis realizar todos os vossos sonhos. Para consegui-lo, deveis restabelecer, antes de mais nada, a vossa saúde, de modo a ganhar pelo menos 60 pontos, de acordo com as sete condições da saúde e da felicidade. 6. RAPIDEZ E DINAMISMO DE RACIOCÍNIO E DE EXECUÇÁO As pessoas que têm boa saúde devem possuir a habilidade de pensar, julgar e agir corretamente com rapidez, inteligência e clareza. A rapidez é a expressão da liberdade. Os que são rápidos e precisos, bem como os que estão prontos a responder a qualquer desafio, acidente, ou necessidade, gozam de boa saúde. Eles se destacam pela sua habilidade de pôr ordem em tudo e em toda parte. Isto se verifica no reino dos animais e das plantas. A beleza da forma ou da ação é uma expressão da compreensão da ordem do Universo Infinito. A saúde e a felicidade, a integridade e a santidade são igualmente manifestações dessa ordem, expressas na nossa vida quotidiana. Vida, Saúde Divindade e Eternidade são uma só coisa. 7. A NATUREZA DA JUSTIÇA As pessoas que possuem compreensão total da justiça alcançaram Satori, visto que justiça = saúde = discernimento supremo = unicidade = infinito _ Satori. Conhecem a filosofia do Extremo Oriente em toda a sua profundidade e alcançaram os 100 pontos integrais de nosso teste de autovalorização. Se, no entanto, não atingistes esse nível, podeis ainda chegar aos 55 pontos, presumindo-se que justiça não seja simplesmente uma concepção teórica, ou uma idéia, objeto de vossos sonhos. Se vos estiverdes movimentando ativamente no sentido de chegar a saber o 28 que ela representa, se cada dia que passa mais vos aproximardes a uma compreensão plena da Ordem do Universo, se sua intenção ou seu alvo consiste em conscientizar o mais profundo significado da Filosofia do Extremo Oriente, então apanhastes a natureza (o caráter) da justiça. Sua compreensão, em expansão, conduzir-vos-a à auto-realização e merece 55 pontos. A natureza da justiça é revelada pela sua inclinação em viver de acordo com a ordem natural do Universo, pondo em prática o seu Princípio único, Yin-Yang. Revela-se pela sua tendência de reconhecer Yin e Yang em cada fenômeno, seja físico, mental ou espiritual, em cada aspecto ou atividade de vossa vida diária, como comer, beber, pensar, julgar, fazer, falar, comprar, vender, ler, caminhar e trabalhar. Em outras palavras, deveis viver a lei biológica: De um grão dez mil grãos. Todos os vegetais e animais devolvem dez mil vezes mais do que recebem. A terra recebe um grão, a terra devolve dez mil grãos. Um bicho da seda, alimentado pelo homem, devolve centenas de milhares de ovos, mais dez mil jardas de fio de seda. Algumas fêmeas de peixes dão milhões de ovos. Essa é a lei natural biológica. Se vossos pais vos deram a vida e vos alimentaram até atingirdes dez anos, tomai conta e cuidai deles infinitamente, dez vezes dez mil. Quando tiverem partido, ajudai aos pais de outros diretamente, através de vossa ação, ou indiretamente, por outros meios. Esta é a concepção oriental de ON,* que foi totalmente mal interpretado no Ocidente. Não se trata apenas da liquidação de todas as pessoas, dia e noite, sobretudo com um inimigo forte e cruel; sem inimigos, tornamo-nos preguiçosos, fracos e estúpidos. Este livro-guia para a vida é mais do que suficiente, porque o mestre Oriental da Grande Escola ensina fazendo perguntas. Raramente dá respostas, a fim de fortalecer a habilidade do estudante de julgar por si mesmo. Na grande Escola da Felicidade e da Liberdade, o aprendizado é através da prática. A teoria deve ser imaginada, ou improvisada e inventada pela intuição e pelo pensamento. Não é de admirar, portanto, que antes de eu vir para o Ocidente, nunca havia escrito um livro que respondesse a tantas perguntas, nenhum único volume desse tipo, entre mais de 300 livros que publiquei em japonês. DEVEMOS GOZAR DE LIBERDADE INFINITA Sendo o homem superior aos animais, deveria poder curar-se melhor do que qualquer animal. Um homem que não pode curar-se e que não pode alcançar a sua própria liberdade, felicidade e justiça absoluta, por si próprio e para si próprio, sem ser ajudado pelos outros, ou por invenções e aparelhos mecânicos, está destinado a ser explorado e devorado pelos outros, para alimentar vermes e micróbios. Não tem necessidade de ir para o inferno após a morte, pois já sua existência é um inferno vivo. Os ensinamentos de todas as grandes religiões insistem sobre a importância de comer e beber corretamente. Um dos mais antigos códigos, o do Manu, (da Índia antiga), mostra-nos um caminho muito prático, fisiológico e biológico, para estabelecer a felicidade e a paz na Terra. É realmente de pasmar. Não obstante, esta sabedoria não foi posta em uso, está esquecida. Todos nascemos felizes. Se alguém não continua a sê-lo, a culpa é sua, por ignorância violou, continua violando as leis do Universo. Se desejardes viver uma vida feliz, alegre e longa, tereis de fortalecer a vossa compreensão e desvelar o vosso julgamento Supremo pelo consumo de alimentos naturais, corretos. Este método foi ensinado por todos os homens livres, (os santos do Oriente) conforme indicam -os livros sagrados: a Bíblia, o Cânone do Imperador Amarelo, o I-King, o Tao-Té-King, o Baghavad-Gita e o Charak-Samhita. Eis aqui outra chave para a felicidade: se existir neste mundo uma só pessoa ou uma só coisa de que não possais gostar, jamais podereis ser feliz, e, se sois infeliz, estais enfermo, de corpo ou de espírito. Deveis curar-vos sem dependerdes e sem usardes quaisquer artifícios. De outro modo, vossa cura será incompleta, porque perdestes vossa independência e vossa liberdade. A FELICIDADE Vossa felicidade, liberdade, justiça, saúde e alegria de viver devem ser cem por cento vossas. A saúde e a felicidade, que nos são dadas pelos outros, é uma divida que deverá ser paga, cedo ou tarde. De outra forma, sereis um escravo ou um ladrão. Aqueles que nunca dizem “obrigado”, aqueles que muitas vezes dizem “obrigado”, mas nunca pagam o que devem; os que pensam que pagaram tudo o que devem, dizendo apenas “obrigado” ou “muito obrigado”, esses são infelizes. São mais indesejáveis e detestáveis do que um bandido. Sofrem até o último alento de suas vidas, porque sua existência é uma longa série de dividas. Com efeito, não podereis, na verdade, reembolsar tudo o que deveis nesta vida, porque só tendes aquilo que deveis. Libertai-vos-eis, se distribuirdes alegria infinita e gratidão a todos os que encontrardes em vossa vida. Isso implica em uma verdadeira compreensão da ordem do Universo Infinito e sua Justiça. A terra devolve 10.000 grãos por um só que recebeu, “um por dez mil” é a lei biológica deste mundo, e todo aquele que a violar, não poderá viver feliz. Se não puderdes viver de acordo com esta lei, sois desventurado, sois um homem castigado e confinado na prisão denominada Doença, Miséria ou Dificuldade. CADA UM DE NÓS DEVE SER O SEU PRÓPRIO MÉDICO A medicina macrobiótica, da longevidade e do rejuvenescimento, é extremamente simples e econômica. Pode ser aplicada em qualquer tempo, em qualquer estágio da vida e sob quaisquer circunstâncias. É mais educativa do que curativa e depende inteiramente de vossa compreensão, de vossa vontade. Ela é, na verdade, o estudo do caminho que leva ao SATORI, auto-realização e libertação. Este estado deve ser alcançado por vós mesmos. Os muitos livros escritos com esse propósito, em todas as idades, são, em termos gerais, mais ou menos conceptuais. Não são práticos. São maravilhosos e muito bons para ler e recitar, mas muito difíceis de seguir na vida diária. Contrastando, a arte do rejuvenescimento e/ da longevidade, - a Macrobiótica - é prática, isto é, baseia-se na experiência e, em particular, naquela que será vossa. Podeis descobri-Ia por vós mesmos, pela completa e estrita observância de suas diretrizes fundamentais, durante dez dias apenas. Este volume acentua a importância da maneira correta de comer e beber. Se desejardes aprofundar vossa compreensão da filosofia em que se fundamenta a Macrobiótica, procurai ler “A Filosofia da Medicina do Extremo Oriente (o livro do discernimento)”.* Publicado pela Associação Macrobiótica de Porto Alegre com o título "A Filosofia da Medicina Oriental" - Leia comentário a respeito no final deste livro. (Nota da Editora). CAPÍTULO V AS DEZ MANEIRAS DE NOS ALIMENTARMOS CONVENIENTEMENTE Existem dez maneiras de comer e de beber pelas quais podereis obter uma vida sadia e feliz. O alvo é manter um bom equilíbrio Yin-Yang, de acordo com nossa filosofia cosmológica, biológica e fisiológica. Mas mesmo sem compreender a teoria, podereis seguir e escolher qualquer um dos dez caminhos, que conduzem para a saúde, paz e felicidade, indicados no quadro abaixo, observando as indicações muito cautelosamente. DEZ CAMINHOS DA SAÚDE PARA A FELICIDADE N úmeros C ereais % V egetais % S opas % C arnes % S aladas e frutas % S obremesas % B ebidas 7 1 00 - - - - - O 6 9 0 1 0 - - - - M enos 5 8 0 2 0 - - - - P ossível 4 7 0 2 0 1 0 - - - O 3 6 0 3 0 1 0 - - - M enos 2 5 0 3 0 1 0 1 0 - - P ossível 1 4 0 3 0 1 0 2 0 - - O - 1 3 0 3 0 1 0 2 0 1 0 - M enos - 2 2 0 3 0 1 0 2 5 1 0 5 P ossível - 3 1 0 3 0 1 0 3 0 1 5 5 Podereis começar por substituir todos os alimentos de origem animal pelas frutas e saladas, tornando-vos deste modo vegetarianos. Se, porém, não chegardes ao bem-estar desejado, experimentai um dos regimes mais altos. O mais alto, o n11 7, é o mais fácil, o mais simples e o mais sábio. Quanto menor o número da dieta, tanto mais difícil. Experimentai o regime mais simples e mais fácil durante 10 dias, observando as seguintes regras: no entanto, não é encanamento de ferro fundido. IR feito de tecidos, que devem ser flexíveis e porosos, de forma que os processos de filtração, difusão e reabsorção possam ter lugar. No caso de se tomar liquido em grandes quantidades, as minúsculas aberturas no tecido semipermeável dos rins diminuem de tamanho (essas aberturas são circundadas por um tecido tipo esponja, que absorve o líquido e incha (se expande), quando então pouco ou nenhum líquido pode penetrar e passar). Para todos os fins práticos, os rins ficam bloqueados. O resultado final é uma completa reversão daquilo que o sistema beba quanto puder pretende. Ajudai vossos rins sobrecarregados e cansados! BEBEI MENOS! A DELICIOSA COZINHA MACROBIÓTICA Na cozinha macrobiótica, que pode ser muito deliciosa, requer um cozinheiro de mente criadora, que também compreenda do equilíbrio Yin-Yang. Infelizmente, a educação moderna negligencia a capacidade criadora a tal ponto, que é raro encontrar um cozinheiro no Ocidente. E, no entanto, viver é criar. Sem criação não podemos existir, porque os nossos corpos criam o nosso sangue do alimento e das bebidas que ingerimos diariamente. O nosso poder de adaptação humana é, em si, o resultado dessa capacidade criadora. A vida é a expressão da criatividade, e por sua vez depende completamente da composição, proporção, prepa ração e a ordem dos elementos Yin-Yang daquilo que comemos e bebemos. O sangue é o criador e o motivador de todas as nossas atividades. No começo, desconhecendo a cozinha macrobiótica, preparareis pratos que não serão tão deliciosos. Não deveis dar a isso nenhuma importância: comereis menos e dareis umas férias ao vosso estômago e intestinos cansados. Minhas congratulações! Além disso, vossos primeiros pratos provavelmente não serão muito bem equilibrados. Não vos preocupeis demasiado com isso. Pela prática e o estudo de nossa teoria, desenvolvereis o vosso discernimento no preparo Yin e Yang de vossos alimentos, que é a arte mais importante e básica de nossa vida. CAPITULO VI O "YlN" E O "YANG" Yin-Yang são forças antagônicas, porem complementares. Segundo minha experiência, esta afirmação já é, em si, incompreensível à maioria dos ocidentais. Por isso, neste guia, simplifiquei a teoria em que ela subjaz. Enquanto tratardes de compreender a fundo essa filosofia, procurai seguir fiel e rigorosamente as minhas indicações; sem o menor receio nos vossos momentos de incerteza, tomai a decisão de prosseguir até o feliz final, como o professor Herrigel seguiu as do mestre Awa.1 Isto é menos difícil do que o jejum. Lembrai-vos de que podeis comer tanto quanto vos apetecer, contanto que mastigueis bastante. Tendes o direito e a responsabilidade de ir em busca da saúde e da felicidade, porém devereis fazê-lo, vós mesmos, e para vós, sem depender de outros. Nada mais fazeis, assim procedendo, do que seguir o exemplo que nos dão os animais silvestres. Eis a seguir, um pequeno esboço da teoria Yin-Yang: De acordo com a nossa filosofia, tudo se resume, neste mundo, sob o aspecto físico, em Yin força centrífuga, e Yang, força centrípeta. A força centrípeta é a construtiva e produz o som, o calor, ação e luz; a força centrífuga é expansiva, fonte do silêncio, da calma, do frio e da escuridão. Os fenômenos físicos seguintes são conseqüências dessas duas forças fundamentais: YIN YANG TENDÊNCIA Expansão Contração POSIÇÃO Exterior (para fora) Interior (para dentro) ESTRUTURA Espaço Tempo DIREÇÃO Ascendente (para cima) Descendente (para baixo) COR Púrpura Vermelho TEMEPARTUR A Frio Quente PESO Leve Pesado FATOR Água Fogo ATÔMICO Elétron Próton 1 - Ler "ZEN et le tir à l'arc", de Herrigel. ELEMENTOS Potássio (K) - o elemento representativo "Yin". Todos os elementos químicos na tabela periódica (O. P. Ca, N. Sódio (NA) - o elemento representativo Yang. Os elementos Yang na tabela periódica são: H, As, C, Li, Na, Mg. etc.) são Yin, exceto os poucos enumerados na coluna "Yang". BIOLÓGICO E FISIOLÓGICO YIN YANG REINO Vegetal Animal VEGETAIS Verduras Cereais SISTEMA NERVOSO Simpático Parassimpático SEXO Feminino Masculino MOVIMENTO Inverno Verão GOSTO (SABOR) Apimentado, ácido Salgado VITAMINAS C. A. D. K. BIO-ECOLOGICO YIN YANG PAÍS DE ORIGEM Tropical Frígido ESTAÇÃO Que nasce no verão Que nasce no inverno O que devemos comer? O que é melhor, ser vegetariano ou frugívero? Ambos são desaconselháveis? Pense, pense e pense mais ainda. Somente o raciocínio vos dará compreensão, saúde e felicidade. O raciocínio correto é feito em termos de Yin e de Yang, dialética prática, chave para o Reino dos Céus. Para quem conhece as forças Yin e Yang e sabe como equilibrá-las, o Universo e a vida constituem a maior universidade gratuita à disposição do homem. Para o indi- víduo que nada sabe deste princípio, a vida é um inferno na terra. O Yang e o Yin derivam um do outro: As regiões do globo que são Yin produzem animais e vegetais Yang; reciprocamente, os animais e vegetais que nasceram em regiões Yang, isto é, quentes, são Yin. Da mesma maneira, o óvulo produzido pelo sexo feminino (Yin) é Yang, enquanto que, inversamente, o espermatozóide produzido pelo sexo masculino (Yang) é Yin. As sete leis da Ordem do Universo são suplementadas por doze teoremas do Principio Único. Estes teoremas definem o funcionamento do mundo relativo e são assim formulados: Em tudo existe o Yin e o Yang. Considereis, por exemplo, o arroz. Basicamente, o arroz integral é mais Yang do que o arroz polido. Não obstante, entre as diversas variedades de arroz integral, existem umas que são mais Yin ou mais Yang do que outras. A conclusão final depende, pelo menos, de três fatores: Como foi o arroz cultivado? Em que clima? Qual o tamanho do grão, forma, conteúdo de H,O, e tonalidade de cor? O que se revela como fator de primordial importância, é conscientizar que, a fim de alcançar um grau elevado de saúde e felicidade, o indivíduo precisa: 1. Compreender, pelo estudo, a Ordem do Universo de que ele é uma parte; 2. Aprender a tornar-se consciente de si mesmo (autoconhecer-se) e de suas reações, com relação ao seu ambiente; 3. Pensar, pensar e pensar, durante todo o tempo. TABELA DE ALIMENTOS E BEBIDAS (V = Yin A = Yang) A 1. CEREAIS V Milho Trigo Centeio Painço Cevada A Arroz integral Aveia A A Trigo mourisco (Sarraceno) Aveia em flocos 2. VEGETAIS V VV Beringela Repolho Branco Tomate A Dente de Leão (folha e aste) Batata Doce Alface Batata Inglesa Escarola Cogumelo Japonês Couve Chinesa Pimentão Rabanete Feijões( exceto azuki ou azuki-miudo vermelho) Alho Aspargo Cebola Espinafre Salsa Verde Alcachofra A A Abóbora de Hokkaido Palmito Cenoura Cogumelo Tussilagem V V Ervilha Verde Bardana Aipo Agrião Lentilhas Agrião Silvestre Repolho Roxo Dente de Leão ( raiz) Beterraba A AA Cará Escarola 3. PEIXES V Ostra Solha Marisco A Salmão Polvo Camarão Enguia Arengue Carpa Sardinha Bacalhau Caranha Vermelha Linguado A A Caviar Lagosta Tutra 4. PRODUTOS ANIMAIS V V Caracol A Pomba Rã Perdiz * Carne de Porco Pato Carne de Boi Peru * Carne de Cavalo A A Ovo ** Lebre A AA Faisão V Galinha, galeto * 5. LATICINIOS V VV Yogurt Queijo Camembert Coalhada Queijo Gruyere Nata A Queijo Roquefort Requeijão Queijo Holandês ( ou do reino) Manteiga A A Leite de cabra V V Leite 6. FRUTAS V VV Abacaxi Melão Mamão Amêndoa Manga Amendoim Toronja Castanha de caju Laranja A Azeitona Banana Moranguinho Figo Castanha Pera Cereja V V Pêssego A A Maça Lima 7. DIVERSOS V VV Mel Óleo de Gergelim Melado Óleo de Soja Gorduras e Margarinas Óleo de açafrão V V Óleo de Coco Óleo de Egoma (feito de semente de gergelim) Oleo de Amendoin Òleo de Milho Óleo de Oliva V Oleo de girassol Podeis adicionar sempre, gomásio (Gergelim e sal torrado e moído -gersal) e molho de soja aos vossos alimentos, Chá de três anos (Banchá) com molho de soja (shoyu) é recomendado antes e depois de cada refeição. Molho de soja (shoyu, tamari) pasta de soja (missô), queijo de soja, substituem a manteiga, o queijo de origem animal e a margarina. NOTA DO EDITOR BRASILEIRO Mesmo sendo ingredientes indispensáveis na alimentação macrobiótica, o gersal (gomásio), o shoyu (tamari) e o missô (pasta de soja), pelas elevadas proporções de sal que contém, sempre devem ser consumidos com moderação. O seu uso em maiores quantidades só é indicado com finalidades terapêuticas e, neste caso, recomenda-se ao leitor que se aconselhe com um orientador macrobiótico experiente. CAPÍTULO VII ALIMENTOS PRINCIPAIS A meu ver, a coisa mais estranha, no Ocidente, é a ausência total da concepção mais fundamental da vida, isto é, a do alimento principal. Minha descoberta mais significativa na América, de equivalente importância à que fez Cristóvão Colombo, é que, aqui, a idéia de uma alimentação básica desapareceu por completo. Nenhum mestre ou erudito da medicina, na época atual, parece ter consciência de sua grande importância. Por contraste, no Oriente, sempre foi o alimento tido como fator mais importante da existência, chegando a ser divinizado desde os primórdios da história dos povos orientais. Nos “Upanishads” lê-se que os sábios, à procura de Deus, acreditavam que Ele era representado na Terra pelo cereal. De acordo com esta tradição, as famílias Bráhmanes do sul da Índia ainda oferecem uma oração ao arroz, antes de ingeri-lo. A idéia do alimento básico, cujo fundamento e significação é primariamente biológico e fisiológico, sendo de segunda consideração o aspecto econômico, geográfico e agrícola, é uma das descobertas mais importantes feitas pelo homem. É totalmente equivalente à descoberta do fogo, que possibilitou ao homem criar a civilização (a união ou fusão de toda a religião, filosofia, ciência e tecnologia) e que determinou a história e a evolução do alimento. Obviamente, pode-se viver comendo quase tudo o que agrada ao nosso discernimento, tanto sensorial, sentimental, intelectual, econômico como moral ou ideológico. Mas existe um limite para esse tipo de alimentação, isto é, a infelicidade, de que decorrem inúmeros males, como a escravidão, a doença, guerras e crimes. Em certa época, o claro conceito da distinção entre alimentos principais e secundários possibilitou ao povo do Oriente a viver uma vida relativamente feliz, livre e pacifica, até surgir a importação da falsa civilização Ocidental, violenta, “fascinante” com suas invenções e expedientes industriais e científicos. Minha experiência pessoal é prova cabal do que afirmo. Na minha infância, há cerca de 60 anos, era eu feliz, comendo e bebendo segundo as normas tradicionais. No entanto, com a penetração daquela civilização, nossa vida familiar foi por ela destruída. Presenciei a morte de minha mãe, com apenas 30 anos de idade, de minhas duas irmãs e de meu irmão mais moço, como conseqüência direta da introdução de alimentos e remédios ocidentais em suas vidas. Chegou, em seguida, a minha vez. órfão e pobre, com 10 anos, por felicidade fui obrigado a abandonar os alimentos e medicamentos ocidentalizados, por falta de recursos financeiros. Mesmo assim, aos 16 anos estive à beira da morte, em conseqüência das grandes quantidades de açúcar refinado e doces que continuei a usar. Aos 18 anos, redescobri a medicina Oriental com sua base sólida, calcada em uma filosofia Cosmológica, que me curou radicalmente. Desde então, decorridos 48 anos, não estive mais doente, salvo quando em certa ocasião, eu, deliberadamente, provoquei a terrível (e geralmente incurável) moléstia conhecida por “úlceras tropiciais”, ao fazer pesquisas sobre os grandes problemas da medicina, no hospital do Dr. Schweitzer, em Lambarene, na África. Pela medicina macrobiótica venci essa doença em poucos dias. Venho ensinando há 48 anos, ininterruptamente, minha filosofia (a higiene de “Hygeia”) a todos os que encontro em meu caminho. Nunca encontrei alguém que não tivesse melhorado ao segui-Ia de maneira absoluta e rigorosa. Os únicos que não podem ser curados são os incapazes de compreender esta filosofia pragmática, simples e dialética, a Ordem do Universo e o seu Principio Único. Lembrai-vos, pelo menos 60% de vossa alimentação deve ser constituída de Alimentos Principais. PRATOS À BASE DE ARROZ (Nota do Tradutor - Estando o autor mais familiarizado com a cozinha tradicional japonesa, foram incluídos na tradução os nomes de certas receitas em japonês, para melhor identificação e internacionalização dos pratos macrobióticos). 1 - Arroz integral - Escolha bem o arroz, adicione duas ou três vezes o seu volume de água, em uma pequena quantidade de sal. Quando ele ferver, deixe-o cozinhar lentamente, em fogo brando, durante uma hora, até que o arroz no fundo da panela esteja ligeiramente torrado (queimado). A parte amarela é mais Yang, portanto a melhor, porque é a mais pesada, a mais rica em minerais e a de maior valor nutritivo. É por essa razão que ela é particularmente eficaz para as pessoas doentes, e Yinizadas. Se utilizar uma panela de pressão, convém usar um pouco mais de água e cozinhar com fogo brando, depois de ferver durante 20 a 25 minutos. Em seguida, apague o fogo e deixe em repouso, durante 10 a 20 minutos, antes de remover a tampa. 2 - Arroz (sakura) - Adicionar ao arroz 5 a 10 % de molho japonês (de soja) puro e cozinhar conforme explicação acima (nº1). 3 - Arroz com feijão “Azuki” - Preparar o arroz como nº 1, adicionar o feijão japonês (feijão vermelho de grãos pequenos), parcialmente cozido, salgar e pô-lo a ferver. Se tiverdes uma panela de pressão, podereis adicionar o feijão cru, desde o começo. (Nota do tradutor: o feijão “azukh” é plantado em São Paulo e Paraná pelos agricultores japoneses. É o único feijão usado na Macrobiótica). 4 - Arroz com verdura (Gomoko) - Misturar, ao arroz fervido, 5 a 10% de legumes cozidos (nituke). (Nota do tradutor: “Nituke” refere-se ao ensopado de vegetais, sem caldo). 5 - Arroz com verduras fritas, Shahan (Receita nº1) - Adicionar ao arroz cozido os legumes refogados com um pouco de molho, japonês sem água (como no nº 4) e fritar numa reduzida quantidade de óleo vegetal. 6 - Arroz com verduras fritas (Receita nº2) - pôr os legumes refogados numa frigideira. Adicionar o arroz cozido, conforme explica no nº1, e fritar. Salgar ligeiramente. Nota - Refogado: cozinhar sem água, com um pouco de molho, de soja (“Nituke”). 7 - Croquetes - Misturar os legumes refogados (nituke) ao arroz cozido e adicionar um pouco de farinha. Acrescentar um pouco de água e fazer os bolinhos chatos. Fritá-los em bastante óleo. 8 - Bolinhos de arroz - Molhar a mão esquerda numa solução forte de sal (5%). Tomar duas colheres de sopa de arroz cozido, prensar com a mão direita e dar-lhes a forma de uma bola triangular. Cobrir com sementes de gergelim torrado. 9 - Bolinhos fritos - Fritar os bolinhos de arroz da receita acima, em bastante óleo, até torrar os dois lados. 10 - Bolinhos com legumes diversos - Formar bolas triangulares de arroz cozido com legumes refogados (Nituke). 11 - Arroz de gergelim - Adicionar 10% de sementes de gergelim torrado e um pouco de sal ao arroz preparado, conforme o nº 1. 12 - Bolinhos de arroz com gergelim - Adicionar 20% de sementes de gergelim torrado ao cozido, e formar bolas triangulares. 13 - Bolinhos de arroz e feijão “Azuki” - Fazer bolinhos com o arroz, com feijão preparado conforme receita nº 3. 14 - Bolinhos de arroz com algas (“Nori”) - Enrolar os bolinhos em folhas de algas “nori” tostadas. É um prato muito agradável para piqueniques e viagens. 15 - Bolinhos de arroz com algas de cará marinho (Tororo) -Cubram-se os bolos de arroz com algas de cará marinho em pó (tororo ou oboro). 16 - Bolinhos de arroz com ameixas salgadas de três anos (Ume- boshi) - Pôr uma destas ameixas no centro de cada bolinho; não somente o sabor melhorará, mas o arroz se conservará por muitos dias, mesmo no verão. Deverão ser usadas só 10 gramas de uma das ameixas indicadas. ótimo para viagens. 39 - Trigo sarraceno ensopado com verduras fritas (Tempura) (à milanesa) - Aquecer o talharim de trigo mourisco (soba) e colocá-lo em tigelas. Colocar em cima camarão ou verduras à milanesa, (tempura) (78) e cobrir com molho de trigo mourisco (receita 37). 40 - Trigo sarraceno com feijão frito (Kitune) - Aquecer o talharim de trigo mourisco (soba), colocando-o em tigelas. Adicionar feijão vagem, cebolinha verde cozida. Acrescentar molho de sarraceno sobre tudo (37). 41 - Trigo sarraceno cremoso (Ankake) - Aquecer (soba) talharim de sarraceno e servir em tigelas. Fritar ligeiramente em óleo, cebola verde, cenoura, couve, etc. Adicionar molho de sarraceno (37), e em seguida acrescentar um pouco de pasta de farinha de araruta, que se obtém misturando farinha de araruta com água, pouco a pouco. Ferver até alcançar determinada consistência (que engrosse) e derramar a mistura assim obtida sobre o talharim. 42 - Trigo sarraceno frito (Jaki) - Fritar o talharim doméstico (ou soba em pouco óleo; colocar num prato e despejar por cima legumes teremosos7, Ankake (41). 43 - Missô à Sarasina - Preparar molho da pasta de soja (“missô”) (ver nº 201) e de "tahin” (manteiga de gergelim) e derramá-lo sobre o talharim de sarraceno. 44 - Trigo sarraceno “gratiné” - Fritar ligeiramente em pouco óleo, cebolas, cenouras, couve-flor, etc. Preparar molho bechamel (219) e misturar com os legumes. Por o talharim de sarraceno cozido numa caçarola, despejar por cima a mistura e levar ao forno. Sal ao sabor. MASSAS DE FARINHA DE TRIGO INTEGRAL 45 - Macarrão, talharim “vermicelli”, etc. - Ferver, escoar, lavar em água fria. Estes alimentos podem ser preparados do mesmo modo que o trigo sarraceno. PRATOS À BASE DE PAINÇO E OUTROS CEREAIS 46 - Painço - Fritar ligeiramente uma xícara, de painço em duas colheres de sopa de óleo, adicionar um pouco de sal e quatro partes de água. Aquecer em fogo brando, baixando a chama quando entrar em ebulição. Ferver a fogo lento até que fique macio. Servir com creme-de-pasta-de-soja (“missô”), refogadinhos de verduras (Nituke) (cozidos com uma pequena quantidade de molho de soja) ou pasta-de-soja. Este painço poderá ser usado para fazer croquetes de cachá, cachá frito, etc. 47 - Cuscuz - Poderá ser cozido em banho-maria, ou fervido como o cachá. Ferver cebolas picadas até que estejam bem cozidas. Adicionar pequena quantidade de óleo e sal quando macio. Servir tudo junto. 2 uma receita árabe. Não se encontrando nas casas do gênero, poderá ser usada a farinha de trigo integral grossa. 48 - Bour-gour - Prepara-se do mesmo modo que o cachá, conforme o processo armênio. Para isso, deve-se usar farinha grossa cozida em banho-maria e seca, que é oferecida à venda. 49 - Mingau de aveia - Da mesma maneira que o nº 47. Não usar leite. ALIMENTOS-MEDICAMENTOS 50 - Arroz cru - Tomai um punhado de arroz cru, em lugar do café da manhã. Expelireis todos os parasitas de vosso intestino, e, em particular, do duodeno. Se continuardes durante alguns dias, ficareis surpreendidos de ver surgir tantos parasitas, às vezes, até pela boca e pelo nariz. Não conheço nada mais eficiente, porém é necessário mastigar ao menos 100 vezes. 51 - Sementes de abóbora “Hokkaido” (Hokkaido é a região norte do Japão, extremamente fria) - Aquecer bem as sementes desta abóbora. Salpicar sobre elas um pouco de água salgada ou fritá-las em pouca quantidade de óleo e sal. Pode-se comer como sobremesa, como é costume na China. É excelente para expelir parasitas, em particular a solitária. 52 - Sal e gergelim (Gomásio) - Tostar sementes de gergelim. Moer cuidadosamente e adicionar 20% de sal tostado. Aquecer novamente e moer bem a mistura. Adicioná-la ao arroz, ao pão, etc. Consumir umas duas colheres de café por dia. 0 gomásio deve ser conservado em recipiente (vidro) hermeticamente fechado. 2 um dos melhores desacidificantes do sangue. 53 - Ameixa japonesa salgada (“Umeboshi”) - São ameixas japonesas, conservadas no sal, pelo menos, durante 3 anos. Todas as famílias japonesas tradicionalistas as preparam anualmente. CAPÍTULO VIII ALIMENTOS SECUNDÃRIOS REFOGADINHOS (NITUKE) (Hortaliças, verduras ou legumes, cozidos com um pouco de molho japonês (Shoyu), sem água, nem óleo; em japonês, denomina-se “nituke”. Devem servir-se secos). 61 - De cenouras - Para preparar cenouras e “Nituke” de cenouras com gergelim, corta-se duas cenouras o menor possível e refoga-se bem numa colher de sopa de óleo. Adiciona-se grãos de gergelim torrados e salga-se. (Todo “refogadinho” é um pouco salgado). 62 - De chicória ou escarola - Cortam-se 5 folhas pela metade, no sentido do comprimento. Refogam-se em duas colheres de sopa de óleo; adiciona-se uma colher de chá de sal; cobre-se e ferve-se em fogo brando até amolecer. Adiciona-se um pouco de molho de soja (Shoyu). 63 - De bardana e cenoura - (Kinpira) - Cortam-se em pedacinhos bem fininhos, no sentido longitudinal, raízes de bardana e de cenoura, na proporção de 3 da primeira, por uma da última. Refogam-se em óleo as raízes de bardana, até que elas estejam bem cozidas; adicionam-se cenouras e cozinham-se em um pou- co de água até amaciar. Salga-se e adiciona-se uma pitada de molho de soja. 64 - De cebola - Cortar duas cebolas grandes, no sentido de com- primento. Refogar bem em uma colher de sopa de óleo; temperar com sal e adicionar um pouco de molho de soja (shoyu) no final. 65 - De agrião - Corta-se o agrião em pedaços de três centímetros. Refoga-se com óleo em fogo brando. Adiciona-se sal. Pode-se acentuar o sabor com um pouco de tahin (manteiga de gergelim). 66 - De couve com cebola - 0 mesmo que o precedente. 67 - De cenoura com cebolas - 0 mesmo que o precedente. 68 - De aipo com cebolinha verde - Refogar em óleo; temperar com sal. Os diversos tipos de “Nituke”, retromencionados, devem ser secos. Alimentos com molhos, caldos, não podem ser chamados de Nituke. 69 - De cozido “variado” (Hisime) - Cortam-se em pedaços grandes, cenouras, raízes de bardana, raízes de lótus, nabo branco, feijão vagens, queijo de soja seco, peixe seco, alga marinha (kombu) cm pedaços grandes, etc., adiciona-se água e ferve-se até amolecer bem. Salga-se e adiciona-se um pouco de soja (shoyu) Não deve ter caldo ao ficar pronto. SOPAS 70 - Sopa Russa - Uma cenoura, 3 cebolas, um pouco de couve, 150 gramas de arroz, quatro colheres de sopa de óleo e sal. Cortar bem fino e refogar de novo até tostar. Ferver em fogo médio durante longo tempo. Quando a sopa engrossar, salgar ao sabor. 71 - À jardineira - Cortar em pequenos pedaços cenouras, cebolinha verde (a parte branca) couve-flor, etc., e refogar em óleo. Adicionar água e ferver até amolecer. Salgar a gosto. 0 verde da cebolinha verde pode ser utilizado para fazer “refogadinho” (Nituke). 72 - De polenta (farinha grossa de milho ou painço) - Cortar em grandes fatias nabo branco, cenouras, cebolas, etc. Refogá-los em óleo. Adicionar água que cubra completamente os legumes. Ferver até amolecer. Tostar 3 colheres de sopa cheias de polenta, em 3 colheres de sopa de óleo; misturar com água até obter-se uma massa fina. Despejar esta pasta sobre a mistura de legumes e ferver tudo lentamente, com chama baixa. Temperar com sal. 73 - De painço - Preparar polenta e milho moído grosso, de modo semelhante à polenta, utilizando farinha fina de painço. 74 - De legumes - Refogar em óleo, nabos, cebolas, cenouras, couve- flor, etc., em seguida ferver. Após cozidos e bem amolecidos, espalha-se sobre os legumes a farinha tostada no óleo e adiciona-se água e sal. Cozinhar até engrossar. 75 - De legumes gratinados (Cozido-puchero) - Fervem-se os vegetais, como para sopa, numa caçarola, cobrindo-os de polenta ou de farinha fina de painço, ou de trigo mourisco, etc. preparadas como para o molho bechamel (Assar no forno) (ver 219). 76 - De abóbora - Tomam-se 400 gramas de abóbora, ou massa de abóbora, uma cebola, óleo, sal, 4 colheres de farinha. Corta-se a cenoura em pequenos pedaços e refoga-se em óleo; adiciona-se a abóbora em pequenos pedaços e refoga-se de novo. Ferver em panela com a metade de água até 94 - Torta de hortaliças (verduras) - Refogar em óleo cenouras, cebolas, couve, couve-flor, etc. e após cozinhar em água até amolecer. Colocar a massa do pastelão no prato, recheando-a com as verduras. Ao molho do Nituke, misturar farinha tostada num pouco de óleo para engrossar. Despejar este molho por cima do recheio, em vez de cobri-lo com a massa e levar ao forno. 95 - Torta de cenoura e cebola - Preparar a massa de pastelão e deitar num prato de torta. Usar 3 cenouras para cada cebola, refogar ambas em óleo e temperar com sal. Adicionar um ovo batido. Encher a forma do pastelão e levar ao forno. 96 - Torta de maçã - Forrar a forma com a massa do pastelão. Cortar 3 maçãs em forma de lua crescente e colocá-las na forma atraentemente, como uma flor redonda. Salpicar com sal e levar ao forno, até que a parte de cima fique bronzeada. Misturar a farinha de araruta (Kazu) na água e levar ao fogo até engrossar e derramar atrativamente a mistura sobre as maçãs, deixando esfriar. “Agar-agar” ou gelatina podem ser usados, em vez de araruta, mas esta é preferível. 97 - Torta de ameixas - Retirar os caroços das ameixas secas e cozinhá-las, num pouco de água até ficarem macias; adicionar uma pitada de sal e canela e preparar o pastelão como o de abóbora, levando ao forno. 98 - De maçã e castanha Kinton - (Não deve ser usado pelos doentes) - Use castanhas e maçãs à razão de 3 por 1. Cozinhe as castanhas, deixando 1/3 de lado. Adicione as maçãs já picadas e cozinhe-as até ficarem no ponto. Passar na peneira e, após, adicionar a totalidade das castanhas restantes. PASTÉiS (GYOZZA) 99 - “Pirosiki” (Permitido aos doentes) - Prepare a massa de pastelão, cortando-a em pedaços redondos, de 3 a 4 polegadas de diâmetro. Lasque cenouras, cebolas, agrião, etc., em pedaços finos, e refogue em óleo. Adicione arroz cozido, tempere com sal, e refogue bem. Forme pequenas bolas com as mãos, colocando-as em pedaços de massa. Dobre a massa e pressione as pontas com um garfo. Frite no óleo. Prepare diferentes “Pirosiki”, usando vários ingredientes como acima, assando no forno, em vez de fritar. Dê o acabamento com gema de ovo para ficar atraente. Pequenos pratos individuais para o pastelão poderão ser usados para melhor efeito. As crianças gostam muito destes pastéis individuais. 100 - De verduras - (Gyoza) - Adicione um pouco de sal à farinha e amasse com água para formar uma massa macia. Passe no rolo até ficar bem fina e corte em pedaços redondos, de 2 a 3 polegadas de diâmetro. Corte as verduras em cubos, refogue e tempere com sal. Adicione um pouco de farinha e mexa. Enrole a mistura de verduras em pedaços da massa de formato longo e estreito. Coloque em água fervendo, cozinhe até chegar no ponto. Servir com molho de soja (shoyu), creme de (missô), etc. 101 - Fritos - Frite os pastéis já cozidos em um pouco de óleo, até ficarem quebradiços. 102 - Fritos em muito óleo - Frite os pastéis (gyoza) já cozidos, em bastante óleo. 103 - Gyoza “Au Gratim” Coloque os pastéis fritos numa forma de forno. Prepare creme de arroz, de painço, etc., bem fino, e derrame sobre os pastéis, levando-os ao forno. Quando houver visitas, é permitido adicionar um pequeno camarão, peixe de carne branca, ou carne branca de aves. Para doentes, a massa do pastel é feita de farinha de trigo mourisco. 104 - Pãezinhos ou biscoitos - Chapati - (Recomendáveis para doentes, como alimento suplementar, assim como para pessoas Yin) - Adicione pequena quantidade de sal à farinha amassando com água até que forme massa macia. Com a quantidade de uma colher de sopa cheia de cada vez, fazer as bolas ou fazer um rolo e cortar em círculos - Levar ao forno; em vez de levados ao forno, poderão ser tostados sobre a chama ou no calor. Servir com “refogadinho” (nituke) (Trigo mourisco, farinha de painço, etc.); são muito Yang e, portanto ótimos para doentes. 105 - Puri - o “Chapati” deverá ser preparado em pequenas bolinhas redondas. Fritando em bastante óleo, crescerão bastante e ficarão cheios como balões. Servi-los com refogadinho (nituke). Na Índia, os “chapati”, feitos com farinha de trigo integral, são comidos diariamente. PRATOS À BASE DE CARÃ COM INHAME (JINENJO) 106 - Cará - (Jinenjo - batata silvestre) - Cortar o cará em pedaços de 1 polegada. Espargir com sal. Fritar em bastante óleo. Depois cozinhar com molho de soja numa panela (shoyu). 107 - Cará Hamburgo - (Jinenjo-Hamburgo) - Raspar o cará. Picar em talhadas uma cebola ou uma cebolinha verde e misturar. Temperar com sal. Usando uma boa quantidade de óleo numa frigideira, tapar e fritar até ficar macio e fofo. (Jinenjo). 108 - Bolos ou bolas de cará - Prepara-se como acima, fritando-se em bastante óleo. 109 - Cará “au grati” - (Jinenjo) - Colocar os ingredientes, como acima, numa caçarola. Levar ao forno. 110 - Cará ralado - (Tororo) - Rale o cará e coloque-o num prato pequeno; esparrame algas “nori” tostadas e sirva com molho de soja (shoyu-tamari). 111 - Sopa de cará ralado - (Tororo) - Raspe o cará. Misture com a sopa ou com soja “missô” e deixe ferver alguns minutos (em fogo baixo). Nota - Raspando o cará, ele se converte em massa líquida ou fluida. PRATOS À BASE DE GRÃO-DE-BICO (FEIJÃO EGIPCIO) 112 - Lave o grão-de-bico e deixe-o de molho em água quente, durante a noite. Cozinhe-o até amolecer. Tempere com sal. Sirva-o com molho ou após fervido, de forma que não sobre nenhum líquido. 113 - Adicione farinha ao grão-de-bico cozido, afim de engrossar (quando secar, adicione mais água). Tempere com sal e frite em óleo, uma colher de sopa por vez. 114 - Bolos de chana (Cereal hindu que se encontra em alguns arma- zéns) - Mistura-se a farinha de chana com água e amassa-se. Tempere com sal. Corta-se uma cebola miudinha e adiciona-se à massa. Frita-se em bastante óleo deitando com uma colher. 115 - “Pakodi” - Prepare a massa da farinha de chana com água; tempere com sal e cebola grelhada ou cortada como acima. 116 - Croquetes - Misture farinha com grão-de-bico cozido, forme boIas e achate-as. Cubra com migalhas de pão torrado e frite em bastante óleo. PRATOS À BASE DE FEIJOES 117 - Feijão soja com “missô” - Toste feijões soja numa frigideira, até rebentarem. Adicione “missô” diluído em água. Adicione mais uma pequena quantidade de água, cubra a frigideira e deixe cozinhar até ficar macio. Retire a tampa e deixe ferver até que o liquido se evapore. 118 - Feijão cozido - Ferva o feijão até ficar macio; tempere com molho de soja e sal. Ferva até que o líquido se evapore completamente. Prepare feijão preto ou outros feijões da mesma maneira. 119 - Feijão gomoku - Ferva o feijão soja até ficar macio; corte nabo branco comprido japonês (daikon), cenouras, raízes de bardana e de Iótus, etc. em pequenos cubos. Refogue em óleo. Junte ao feijão e ferva até amolecer. Tempere com sal e molho de soja (shoyu). 120 - Ensopado de soja cru (Sopa Goziro) - Deixe o feijão soja de molho durante a noite, esmague-o até ficar cremoso. Prepare a sopa com cebolas, cenouras, nabo comprido, etc. Coloque a massa assim obtida na sopa e ferva bem. Tempere com sal e molho de soja (shoyu). 121 - Feijão vermelho japonês (Azuki) - Ferva em água que cubra o feijão até ficar macio. Tempere com sal e ferva até engrossar. Se tiver à mão bolo de arroz (moti), aqueça e adicione. 122 - Feijão vermelho japonês (Azuki) - Ferva até ficar macio. Tempere com sal. Retire a água e amasse. 122.1 - Feijão vermelho (azuki) com talharim - Ferva o feijão vermelho japonês até que fique tenro e cremoso. Tempere com sal. Misture com talharim cozido e aqueça bem numa panela. Disponha tudo numa forma retangular e deixe esfriar até endurecer. Tire da forma e corte em pedaços retangulares (para climas quentes). Pode ser servido quente em climas frios. 122.2 - Raiz de Iótus com feijão japonês (Azuki) - Prepare as raízes de Iótus como para “refogadinho”. Junte azuki japonês. 123 - Diversos feijões - Ferva os feijões ou ervilhas em água. Tempere com sal e adicione um pouco de óleo. Refogue um pouquinho após bem cozido. 124 - Vagens - Refogue a vagem inteira em óleo. Adicione água e ferva lentamente em fogo brando. Tempere com sal e molho de soja. Cozinhe até que o líquido desapareça e as vagens fiquem enrugadas. PRATOS À BASE DE MILHO 151 - Verduras enroladas com alga grossa (kobu) ~ Tomar uma folha fina de “kobu” e cortá-la em pedaços de 12 em de comprimento. Cortar cenouras, raízes de bardana e de lótus no mesmo comprimento e enrolar na alga duas vezes; amarrar tudo com kampy (uma corda feita com certo tipo de abóbora). Cozinhar bastante com água em que lavou o kobu. Leva algum tempo. Salgar e adicionar Shoyu. 152 - Alga kobu frita - Corte uma alga grossa em quadrados de 9 cm. Frite no óleo e salgue. É um excelente prato, que pode ser servido como sobremesa. 153 - Alga grossa - (“kobu)”) - Corte uma alga em tirinhas do tamanho do dedo mínimo, faça um nó em cada uma delas e frite-as. 154 - Sopa de alga kobu - Tome uma alga de 12 centímetros por 30 cm, mergulhe-a num litro de água (para 5 pessoas) e salgue. Adicione qualquer legume e molho de soja. 155 - Alga kobu frita - Corte uma alga kobu em pedaços de 1x2 em, parta-os ao meio e frite. 156 - Cabeça de salmão enrolada com alga kobu - Corte a cabeça de um salmão seco salgado e enrole-a numa alga, como na receita 151; cozinhe bem (sem salgar). Adicione um pouco de molho de soja. 2 indicada contra o pólio, a paralisia e todas as doenças descalcificantes. 157 - Alga “hiffiki” seca - Mergulhe 30 g desta alga (“eystophyllum fusiforme”) na água, durante 5 minutos. Corte a alga em pequenos pedaços, juntamente com 60 g de raiz de lótus e frite em duas colheres de sopa de óleo. Adicione a alga “hijiki” e a sua água (água da lavagem) e, após, uma colher de chá de sal. Cozinhe bastante até à evaporação total. Adicione molho de soja e cozinhe ainda um pouco mais. 158 - Alga “hijiki” ensopada - (Nituke) - Mergulhe esta alga em água. Corte em pequenos pedaços. Frite bem em duas colheres de sopa de óleo e adicione um pouco de água, e após molho de soja. Deixe ferver lentamente até evaporar a água. 159 - Alga “hijiki” e queijo de soja frito (age) - Prepare a alga como anteriormente, adicione queijo de soja frito cortado (age) em pequenos pedaços e cozinhe em um pouco de água e com molho de soja. 160 - “Hijiki” e feijão de soja - Prepare de acordo com a receita n9 157, após, adicione feijão de soja bem cozido e um pouco de molho de soja. 161 - “Hijiki” com verduras - (Gomiku) - Corte cenouras em pequenos pedaços, raízes de lótus e bardana (como na receita nº 157) e frite em pouco óleo. 162 - Arroz com “hijik” - Adicione ao arroz cozido “hijiki” preparada conforme receita acima. PLANTAS SILVESTRES 163 - Folhas de dente-de-leão - Lave-as bem, corte as folhas em pe- quenos pedaços e prepare como “refogadinho”. Salgue e adicione molho de soja (shoyu). 164 - Raízes de dente-de-leão - Lave bem, sem tirar-lhes a casca, e corte-as em pedaços pequenos, fininhos e redondos. Cozinhe bem uma xícara disto em uma colher de sopa de óleo. Salgue e adicione molho de soja. lã um alimento excelente para artrite, reumatismo, cardíacos e doentes de pólio. 165 - Caruru (espinafre selvagem) (Aoza) - Preparar um “refogadinho” com shoyu. 166 - “Fuki” Vegetal silvestre - Tome um talo de “fuki” e cozinhe-o durante longo tempo em um pouco de água e molho de soja. Pode-se igualmente cozinhar as folhas, cortá-las em pequenos pedaços e fazer “refogadinho”. Este prato conserva-se por muito tempo, como todos os “refogadinhos”. PRATOS COM PASTA MISSÔ E MOLHO DE SOJA (SHOYU, TAMARI) Nota importante: Tanto a massa de soja (“missô”), quanto o molho de soja (shoyu) devem ser prepara- dos à maneira tradicional japonesa. Não devem nunca ser usados os tipos industrializados e comercializados, à venda em muitos países, especialmente em São Paulo - Brasil, por conterem açúcar e ingredientes químicos, e não terem suficiente tempo de “amadurecimento” - (pelo menos 3 anos). 201 - Molho de “missô” - Misture 45 g (uma colherada de sopa bem cheia de pasta-de-soja (missô), três de manteiga de gergelim (tahin), adicione uma taça de água e mexa bem deixando cozinhar. Após cozinhar, misture 1 colher de casca de laranja ralada. Sirva este molho com arroz, trigo sarraceno em grão, massas ou kasha, legumes, verduras, etc. 202 - Creme de “missô” - 0 mesmo que o precedente, porém com pouco menos água. Este creme pode ser usado como acima ou para substituir a manteiga e o queijo. 203 - “Missô” - Misture uma colher de sopa de pasta de soja com quatro colheres de sopa de tehin ou manteiga de gergelim. Adicione um pouco de casca de laranja ralada e sirva com arroz, pão, etc. 204 - Sopa de “missô”, - Para 5 pessoas: Uma xícara de cebola picada, 1/3 de xícara de cenoura, uma folha de couve picada e uma colher de sopa de óleo de gergelim. ou de oliveira. Aqueça o óleo primeiro, junte a cebola e as cenouras, depois a couve. Quando estas estiverem bem cozidas, adicione as cenouras e deixe cozinhar bem. Derrame sobre esta mistura quatro xícaras de água e, por último, um pouco de missô diluído. Adicione uma pequena cebola crua picada e alga “nori” tostada. 205 - Cenouras e cebolas com "missô” para 10 pessoas - Tome 400 g de cebola, uma cenoura, 2 colheres de sopa de pasta-de-soja, 1/2 colher de chá de sal, 1 colher de sopa de óleo. Pique miudinho 2 ou 3 cebolas, cozinhe-as em óleo e adicione o resto da cebola sem cortar. Acrescente a cenoura cortada em pequenos pedaços, cozinhe bem em água e adicione pasta de soja (missô). 206 - Legumes com “missô”, - Tome uma cenoura, duas cebolas, quatro folhas de couve, duas colheres de sopa de óleo e uma de pasta de soja. Corte as cebolas em quatro; cozinhe-as em óleo e adicione a couve, cozinhe bem e junte as cenouras cortadas em pequenas fatias; adicione duas xícaras de água, pasta-de-soja diluída e um pouco de sal. 207 - Gelatina ao “missô” - Cebolas, nabo branco, inhame (Satoimo) tudo inteiro e pedaços grandes de cenoura. Coloque tudo sobre uma alga grossa “kobu” e ponha na panela. Adicione água e cozinhe bem com um pouco de sal; acrescente cebolinha verde em espetos, palitos de bambu (5 por espeto) e missô ou shoyu. Quanto mais tempo e lentamente cozinhar, tanto mais delicioso. 208 - Bolinhos de sarraceno com "missô" - Fazer bolas de trigo sar- raceno e cozinhá-las em água. Colocar em espetos de bambu (5 pôr espeto). Cobrir essas bolas com um pouco de pasta-de-soja e aquecer. Usar creme de pasta-de-soja. (Podem ser usados outros cremes). 209 - Hortaliças (verduras) com “missô” - Cozinhar em água, cenouras, cebolas, agrião, couve-flor, nabo-branco, escarola, salsa, etc., servir com creme de missô. 210 - Especial nº 1 (“tekka” nº 2 ) - Ingredientes: 30 g de raiz de lótus, 45 g de bardana (raiz), 30 g de cenouras, 5 g de gengibre, 90 g de óleo de gergelim, 150 g de pasta-de-soja. Picar todos os legumes. Primeiramente fritar as raízes da bardana em 60 gramas de óleo e adicionar a cenoura e o lótus e cozinhar bem. Acrescentar, a seguir, o gengibre e o missô. Adicionar 30 g. de óleo e cozinhar até secar bem. Este prato é excelente para todas as doenças Yin. 211 - Especial nº 2 (,”tekka” nº 2) - 60 gramas de raízes de lótus, 15 de bardana, 15 de cenouras e 5 de raízes de dente-de-leão. Pique todos os vegetais e faça como no número anterior. Muito bom para tosse, asma, tuberculose, etc. - MOLHOS - (SHOYU) 212 - Arroz - Satura - Cozinhar arroz com 57o de shoyu. É um prato saborosíssimo. 213 - Molho de soja (shoyu) especial - Picar bem uma cebola; fritar em uma colher de óleo; adicionar uma xícara de água e 3 colheres de sopa de manteiga de gergelim (thain). Misturar bem, salgar com 1/2 colher de chá de sal e cozinhar bem. 214 - Molho de gergelim - Tostar 40 gramas de grãos de gergelim e amassar até ficar oleoso. Acrescentar 30 ou 60 gramas de molho de soja. É ótimo molho para legumes, arroz, pão, sanduíches, etc. 215 - Caldo ao molho de soja - Picar meia cebola e fritar numa colher de chá de óleo. Adicionar duas xícaras de água. Após o cozimento, temperar com molho de soja. 216 - Verduras cozidas com água - (Ositashi) - Cozinhar em água, agrião, espinafres, alface, couve, ou qualquer outro legume e servir com molho de soja. 217 - Creme de aveia - Tostar 4 colheres de sopa de farinha de aveia em uma colher de sopa de óleo e adicionar molho de soja, sal e água à vontade. 218 - Mingau de farinha de aveia - Adicionar volume de água próprio para mingau; salpicar salsa picada, agrião ou outro tempero verde. Pode-se fazer 322 - Ovo com shoyu - (Ransyo) - Partir cuidadosamente um ovo fecundado, de maneira que a casca quebre em partes iguais - Bater bem o ovo. Encher uma das metades da casca com molho de soja (shoyu) (Tamari) e adicionar ao ovo. Bater novamente. Engolir esta mistura de uma vez, sem sentir o sabor. Tomar uma vez por dia antes de deitar-se e somente durante três dias. Muito bom para doenças cardíacas severas (agudas). 323 - Chá de trigo sarraceno (soba) - É a água na qual foi cozido o macarrão de sarraceno, com um pouco de molho de soja e sal. 324 - Suco de ameixa japonesa salgada (“Umeboshi”) - Ferver 3 ou 4 ameixas num litro de água. Passar pela peneira. Adicionar um litro de água. Tomar fria, como bebida. Delicioso refresco para o verão. 325 - Ume-syo-Kozu - Chá para resfriados - 1 ameixa japonesa sal- gada; 1 colher de chá cheia de araruta, 3 colheres de chá de molho de soja, 1 de gengibre e três quartos de litro de água. Esmagar a ameixa num quarto de litro de água, adicionar a araruta, juntar o gengibre e o resto da água e ferver até a mistura se tornar espessa. Ao tomar, adicionar um pouco de molho de soja. ótimo para resfriados (gripe). 326 - Suco especial de creme de arroz - Caldo - Tostar 1 xícara de arroz. Fervê-lo durante duas horas, em quatro vezes o seu volume de água. Quanto mais ferver, melhor. Coar num pano de algodão. É um excelente tônico para tomar de manhã, em caso de doença, e à tarde, em caso de fadiga. PRATOS ESPECIAIS - PEIXE, ETC. 401 - Carpa com bardana e pasta-de-soja (Koi-Koku) - 1 carpa, três vezes mais de raiz de bardana, três colheres de sopa cheias de pasta de soja - missa - Retirar, cuidadosamente, somente as partes amargas da carpa (a vesícula), deixando todas as escamas, e cortá-la em postas de dois em de espessura. Aquecer uma colher de sopa de óleo na frigideira e refogar as tiras de bardana. Colocar a carpa por cima e cobri-la com folhas de chá usadas, enroladas e amarradas num pano. Colocar água suficiente para cobrir os ingredientes. Ferver em fogo lento por três horas. Se a água se evaporar, adicionar mais, aos poucos. Quando as espinhas estiverem moles, retirar as folhas de chá e despejar a pasta de soja diluída em um pouquinho de água; ferver, novamente, em fogo lento. É um prato excelente contra as febres e inflamações, especialmente indicadas para as mães que não têm suficiente leite e que devem consumir todo este prato em cinco dias. É igualmente recomendado contra as pneumonias, as otites, as artrites e os reumatismos. 402 - Caranha-vermelha (TAI) - Remover as escamas e limpar o peixe. Salpicar com sal. Cobrir com farinha e fritar com bastante óleo em fogo médio. Quando o peixe estiver bem frito, colocá-lo numa travessa, temperar com molho de soja e servir. 403 - Molho - Cortar uma cebola em fatias fininhas no sentido do comprimento, picar uma couve chinesa, couve-flor, cenouras, misturar tudo e salgar. Adicionar um pouco de água e refogar lentamente até amolecer. Engrossar, ligeiramente, com um pouco de araruta e água. Este molho pode ser usado com trigo sarraceno frito, macarrão, talharim, etc. 404 - Cavala - Lavar e limpar o peixe. Salgá-lo. Cobrir e enrolar com farinha e cozinhar da mesma maneira do nº 402. 0 creme de “missa” combinará bem com este peixe. 405 - Peixe miúdo - Limpar e lavar bem pequenos peixes, de apro- ximadamente 6 centímetros, tais como trutas, sardinhas, etc. Salpicá-los com sal e cobri-los com farinha. Fritá-los com óleo e servi-los com molho de soja. Este prato é recomendado contra todas as doenças Yin. 406 Ostras fritas - Tirar-lhes todo o liquido e salgá-las; passá-las na farinha, após no ovo batido com pão ralado. Fritar em bastante óleo. 407 - Caranha frita - Cortar o peixe em grandes pedaços e salgar. Cobrir com farinha, depois com ovo batido e, por fim, com pão ralado. Fritar em óleo. Servir com refogado de agrião, couve, cenoura em fatias, etc. Outros peixes como o bonito, a sardinha, o rabo amarelo, etc., são fritos do mesmo modo. Servir com gengibre ralado. 408 - Ostras a São Tiago (Coquille São Jaques) - Retirar a carne das ostras e lavá-las. Cortá-las em pedaços pequenos e refogar com cenouras, cebolas, etc. Colocar a carne no interior das conchas e sobre elas derramar molho bechamel (219). Cozinhar no forno. Os legumes podem ser comidos (sem carne) pelos doentes. 409 - Camarão à milanesa - (Tenpura de camarão) - Retirar as cascas e salpicar com sal. Cobrir com massa de farinha e fritar. Preparo da massa: dissolver uma parte de farinha peneirada em duas de água, sem bater muito. As massas muito batidas ficam pegajosas e não saem bem. Com farinha de arroz aglutinado, a proporção é de um para cinco (5 de água e 1 de farinha de arroz). Adicionar a este liquido um ovo batido Para o molho: preparar um “consommé” de alga marinha (“kobu”) e de atum seco. Temperar com sal e molho de soja. Escorrer todo o óleo dos camarões, colocando-os sobre uma folha de papel. colocar os camarões numa travessa forrada de guardanapos de papel numa bonita disposição. Guarnecer com nabo branco ralado e com salsa. Servir o molho em tigelas individuais pequenas. 410 - Peixe-espada à milanesa - Tempura de Cavala - Cortar os filés do peixe e mergulhá-los em massa liquida, conforme foi indicado anteriormente e fritar. 411 - Calamar - (Polvo que se encontra em águas do Brasil) - N. do Tr., à milanesa - Retirar a pele de um calamar e cortá-lo ao comprido, em pedaços de 3 a 6 em. Fritá-los, após tê-los coberto com a massa acima mencionada (409). Estes pedaços de calamar fritos à milanesa (tempura) devem ser servidos com agrião, vagens, salsa, cenouras, etc. Também fritos à milanesa (tempera). 412 - Mexidos fritos - Utilizar ostras, postas de calamar, mariscos e cebolas refogadas, cenouras em pedacinhos, etc. Mergulhá-los na massa e deitá-los às colheradas no óleo. Fritar. 413 - Fritada de ovo - (Tempura de ovo) - Aqueça bastante óleo, quebre e frite nele um ovo imediatamente. 414 - Atum cru - Tirar a pele e as partes sangrentas de um atum e cortá-lo em fatias finas. Servir da mesma maneira atraente da caranha crua (415). Esfrie e sirva. 415 - Caranha-vermelha crua em tiras n9 1 - Tai - (sasimo) - Cortar uma caranha vermelha em pequenas postas; arranjá-las sobre uma travessa com nabo branco e cenoura cortadas em rodelas. Servir com nabo branco comprido ralado (daikon) e com molho de soja em pratinhos de sobremesa. 416 - Caranha-vermelha n9 2 - Cortar em filetes fininhos, compridos, uma caranha vermelha. Salpicar com sal e colocar numa cesta ou numa peneira. Após 20 minutos, escorrer água fria da torneira lentamente sobre eles. Quando a carne estiver firme, colocá-los sobre uma camada de nabos brancos, de cenouras, etc. bem picadinhos. Servir em pratinhos de sobremesa. 417 - Carpa crua - Preparar a carpa do mesmo modo que a caranha vermelha nº 2 (416). A carpa lavada é muito Yin, razão por que não deve ser comida com freqüência ou diariamente. 418 - Sopa de cadozes (peixinhos de água doce) - Preparar uma sopa de missô e adicionar cebolinha verde. Lavar os peixinhos e mergulhá-los na sopa fervente. 419 - Outro prato com peixinhos de água doce - (Yanagawa). Cortar os peixinhos ao comprido em dois, deixando as duas metades unidas. Refogar em pouco óleo raízes de bardana cortadas bem fino no sentido longitudinal. Arrumá-las numa frigideira, tipo yanagawa, e sobre elas dispor os peixinhos com os lados abertos para cima, sobre os quais derrame um ovo batido. Adicione um molho bem temperado com sal e shoyu e ferva. Ao servir na travessa, ter cuidado para que o peixe não se desagregue, caso tenha usado frigideira comum, por não dispor do tipo yanangawa. 420 - Caranha vermelha salgada, grelhada ou assada no forno -Escamar e limpar uma caranha, salpicar com sal. Cozinhar no forno ou sobre a chama do gás. Pode ser assado no espeto. Neste caso, as barbatanas e a cauda devem ser cobertas com um papel molhado. Quando assada no forno, untar a travessa ou forma com óleo. Cortar em pedaços grandes. 421 - Peixe salgado e grelhado - Escamar e limpar o peixe. Pulverizá-lo com sal e grelhá-lo sobre a chama de gás. Servir com molho de soja. Pode-se fazer o mesmo com cavala, lúcio, sardinhas, carapaus, etc. 422 - Atum assado ou (rabo amarelo assado) - Cortar o atum ou rabo amarelo em pedaços grandes e assar no forno. Mergulhar os pedaços numa mistura de molho shoyu e água (em partes iguais) levar novamente ao forno. Colocá-los em seguida numa travessa; derramar em cima o resto da solução de molho de soja engrossado com farinha de araruta. 423 - Peixe espada - Cavalla - estufado - Refogar em óleo grossos pedaços de cenouras, cebolas, couve, couve-flor; adicionar água e ferver bem. Cortar o peixe em pequenos pedaços e fritar em bastante óleo até dourar. Adicioná-los aos legumes e ferver. Fazer uma massa fina de farinha torrada no forno com um pouco de óleo e derramá-la sobre o peixe e os legumes para engrossar. A couve-flor se desmancha quando é fervida durante longo tempo; por isso deve ser cozida à parte e adicionada por último, antes de engrossar, fazendo um prato atraente. 514 - Sanduíches - (Nituke) - Pode-se fazer “refogadinho” (“nituke”) de diferentes variedades, com creme de abóbora, creme de nozes, geléia de maçã, etc., usados como recheio entre as fatias de pão, resultando em sanduíches gostosos. Para os doentes, o melhor pão é o “Ohsawa”, só com cereais, cozido ao forno e cortado em fatias finas, com recheio de vegetais, etc. Pode-se, igualmente, utilizar pastéis, crepes, chapati, etc. 515 - Canapés - Coloquem-se alimentos variados sobre pequenos qua- drados de pão, que se levam ao forno, por breves instantes. CAPÍTULO IX PRATOS ESPECIAIS ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL Todo alimento de origem animal é proibido pelo budismo, sobretudo pelo Budismo ZEN, que representa o ramo mais evoluído, sob os aspectos biológicos e fisiológicos. Sem Macrobiótica não há, pois, Budismo! A Macrobiótica não é um vegetarismo sentimental, e evita todos os produtos hemoglobínicos, unicamente, por motivos biológicos e fisiológicos e para desenvolver ao máximo as faculdades cerebrais. A carne é ideal para as feras: as suas glândulas segregam hormônios adequados para criaturas que não estão habituadas a pensar, e que agem por instinto, anatomicamente. Seu centro sensitivo e, por conseguinte, seu juízo, não estão desenvolvidos como o nosso, por isso elas são exploradas pelo homem e mortas para serem comidas. 2 por esta razão que os homens que comem os produtos de origem animal são explorados e mesmo mortos pelos outros e, algumas vezes, por si próprios. Não creio que existam animais que mobilizem seus irmãos e filhotes para destruírem outras nações de criaturas, como o faz o homem, que é insensato sob este ponto de vista, e cujo discernimento a esse respeito é inferior ao dos animais. Todos aqueles que consomem produtos contendo hemoglobina dependem para seu sustento de animais, cujas faculdades de discernimento são inferiores e simplistas. Pavlov cometeu o erro de considerar o homem como uma máquina de reflexos condicionados, pois o homem tem, pelo menos, seis capacidades diferentes de discernimentos: 1 - discernimento cego (reflexo condicionado) 2 - discernimento sensorial 3 - discernimento sentimental 4 - discernimento intelectual 5 - discernimento social 6 - discernimento ideológico 7 - discernimento supremo. É pela sua quinta capacidade do discernimento que o homem se suicida após ter morto a esposa que o traiu, e é pela sua sétima capacidade que o homem perdoa ao pior criminoso. Os mentirosos, os assassinos e os covardes não devem ser nem punidos nem lastimados; é necessário mostrar-lhes que são infelizes por causa de sua péssima alimentação ou da de seus pais, e refazer a sua educação. A educação profissional transforma os homens em gramofones, sem desenvolver-lhes a capacidade de discernimento e de iniciativa. No Oriente, ensina-se, desde a escola primária, as crianças a pensar, julgar e serem independentes. Este ensinamento, porém, torna-se inútil se as crianças não têm o cérebro convenientemente desenvolvido ou se permanecem como os animais. Há alguns indivíduos insaciáveis, que procuram dinheiro, poder, reputação e honrarias a todo o preço e durante toda a vida. Como os crocodilos, têm a cabeça pequena e os maxilares fortes. Isto quer dizer que seu cérebro é menos desenvolvido do que a sua boca e as suas mandíbulas. São homens de ação e não de pensamento. Nas regiões onde numerosas pessoas têm estas características, onde se consome muita carne e onde o clima é muito quente (Yang) existe a lei de Lynch. A prática do linchamento será esquecida quando essas pessoas deixarem de comer carne. A educação escolar não modificará este estado de coisas, pois o problema é de natureza fisiológica. Se Gandhi, que bem ilustra a tese, não houvesse renunciado, totalmente, a comer qualquer espécie animal durante a sua estada na Inglaterra, ele se teria tornado um revolucionário violento. Espero que tenhais compreendido que não é somente a forma da cabeça que determina a vossa conduta. Seu conteúdo, sua composição e o que alimenta são da máxima importância. É por esta razão que podeis controlar a vossa conduta pela vossa alimentação. Pode-se ser seu próprio mestre ou um escravo com discernimento animal. Uma pessoa de constituição básica muito Yin pode matar o seu cônjuge, se comer alimento Yin em excesso. Pode tornar-se mais cruel do que um assassino Yang. Aqueles que comem alimentos Yin em excesso, como os frugívoros ou os vegetarianos da Índia, são capazes de causar grandes tragédias - a infindável divisão das nações. Em última análise, no entanto, não há razão de temer os produtos de origem animal, porque tudo depende da quantidade, visto que a quantidade altera a qualidade. Aquilo que é agradável torna-se menos agradável se a medida for ultrapassada; o desejável torna-se repugnante pelo excesso. É aqui que se pode ver a superioridade da dialética sobre a lógica formal. Os princípios fundamentais da lógica ocidental, a base do pensamento e da ciência, no Ocidente, são por demais rígidos e simplistas para o oriental. Essa a razão por que o professor Northrup, autor do interessante livro: “O encontro do Oriente com o Ocidente” (The meeting of East and West) ficou tão assombrado e surpreendido com a mentalidade oriental. Os orientais compreendem muito bem que um mesmo resultado pode ser produzido por dois fatores opostos, enquanto que dois resultados contrários podem ser produzidos por quantidades diferentes do mesmo fator. Se conhecerdes os princípios da cozinha macrobiótica e a sua filosofia dialética, podeis Minimizar ou neutralizar alimentos excessivamente Yang (produtos animais) e evitar assim o domínio fatal do discernimento inferior (cruel, violento, criminoso, delinqüente) sobre o julgamento superior. Como porém, não estais habituados à Macrobiótica pura e não estais com muita pressa de entrar no Reino dos Céus ou o Infinito, (Satori) podeis comer, ocasionalmente, um pouco de carne, ou pratos de alimentos de origem animal, porém cada vez menos, até que estejais completamente libertos. Os pratos especiais recomendados são dosados de maneira a es- tabelecer um bom equilíbrio, neutralizando os excessos de Yang e Yin (este último é o mais perigoso), sendo porém condição essencial não estarem os alimentos usados contaminados pelo D.D.T. ou outros inseticidas.
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