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Conectividade Sem Fio, Notas de estudo de Análise de Sistemas de Engenharia

Conectividade Sem Fio / wirelless

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 14/02/2011

luciana-sampaio-10
luciana-sampaio-10 🇧🇷

4.4

(19)

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Baixe Conectividade Sem Fio e outras Notas de estudo em PDF para Análise de Sistemas de Engenharia, somente na Docsity! - 1 – CONECTIVIDADE SEM FIO Módulo 1 - Conceituação O avanço tecnológico registrado nas últimas décadas modificou profundamente as relações pessoais e profissionais. Depois da verdadeira revolução provocada pela Internet, uma nova onda de mudanças, sintetizada na possibilidade de uma comunicação total sem fio – a chamada tecnologia wireless – promete elevar a patamares nunca imaginados conceitos como conectividade e mobilidade, criando novos hábitos, relações e formas de trabalho. Há muito tempo os dispositivos móveis deixaram de ser simples organizadores pessoais. Com o desenvolvimento tecnológico de fabricação de circuitos integrados que ocorreu, principalmente, desde o ano 2000, tem sido possível fabricar dispositivos computacionais com um novo paradigma: o da mobilidade. A tecnologia de hoje permite uma enorme mudança na nossa forma de trabalhar, de se comunicar, se divertir, estudar e qualquer outra atividade que preferimos fazer enquanto estamos em movimento e não queremos mais ficar presos aos fios e cabos de uma infra-estrutura fixa de comunicação de dados. A cada ano, a computação móvel ganha território e fica cada vez mais fácil prever que dentro em breve irá dominar o panorama computacional nas empresas e casas. Dispositivos móveis, como os handhelds, tornam-se cada vez mais sofisticados e estão sendo substituídos pelos smartphones, que unem as funcionalidades de um PDA (assistente pessoal digital ou “personal digital assistant”, do inglês) à capacidade de comunicação dos celulares. Os dispositivos móveis do futuro terão incorporado funcionalidades e interfaces como o cada vez mais popular GPS (Global Positioning System), tocadores de áudio e câmeras fotográficas digitais, jogos eletrônicos e capacidade de conexão à Internet por banda larga sem fio. Essas facilidades não ficarão restritas a apenas um mercado, mas serão aproveitadas nas mais diferentes áreas, dos negócios à indústria, da educação à saúde, sem falar no uso doméstico. Sem fio, mas conectado A tecnologia móvel Intel® Centrino® foi a primeira plataforma lançada pela companhia. Até o seu lançamento, em março de 2003, os notebooks eram construídos por componentes convencionais adaptados, a partir de modelos inicialmente projetados para desktops, por exemplo. Partindo da premissa que os usuários de notebooks precisam de modelos leves e compactos, com baixo consumo de energia – para que as baterias durem mais – e conexão por banda larga sem fio à Internet, é que foi desenvolvida a plataforma Centrino, projetada especificamente - 2 – para a computação móvel, que reúne essas funcionalidades e garante a compatibilidade de seus componentes. O lançamento da Tecnologia Móvel Intel® Centrino® Duo, com o processador Intel® Core™ Duo, representa a evolução da plataforma lançada em 2003, agora em um projeto único com dois processadores, que proporciona um aumento significativo de desempenho (mais de 70%), e reduz o consumo de energia em até 28%, em comparação aos modelos das gerações anteriores. O resultado possibilita a resposta mais rápida do sistema e uma melhoria na vida útil da bateria, além de uma grande variedade de modelos inovadores de notebooks, cada vez mais portáteis. Os notebooks que contam com a Tecnologia Móvel Intel® Centrino® Duo se destinam àqueles que desejam uma nova experiência em relação a alto desempenho, conectividade sem fio, e eficiência no consumo de bateria, podendo, assim, usufruir da liberdade trazida pela mobilidade. A conectividade sem fio dá total liberdade aos usuários de computadores. Mas para ter mobilidade de verdade é preciso estar em um espaço conhecido como “hot spot”, ou seja, coberto por tecnologia de conexão à Internet por banda larga sem fio, e possuir um computador capaz de estabelecer essa conexão. A conexão à Internet por banda larga sem fio é uma realidade que já se consolida no Brasil e que, pouco a pouco, toma o espaço das redes tradicionais. Um dos conceitos que mudará completamente com a conectividade sem fio é o do trabalho, que deixa de ser um lugar para onde você vai, mas sim algo que você faz, onde quer que esteja. Essa é uma vantagem competitiva que significa estar conectado a qualquer hora, em qualquer lugar, com acesso às informações que você precisa para fazer o seu trabalho. Por que mobilidade? Ao adotar a estratégia de mobilidade, a empresa pode obter ganhos significativos de produtividade, agilidade nas respostas e na tomada de decisão, além de mais satisfação dos seus clientes. Estudos mostraram que um aumento de duas horas na produtividade dos funcionários é um retorno maior do que o pago pelos upgrades já no primeiro ano. Pesquisas realizadas junto aos usuários de tecnologia wireless mostram que eles ficaram entusiasmados com a maior duração da bateria, que aprovaram a capacidade de processamento, e que aproveitaram as novas oportunidades de conectividade oferecidas pelo acesso sem fio. Foram realizados diversos testes em cidades do Brasil como Brasília, Ouro Preto, Mangaratiba e São Paulo, com a transmissão de dados por redes sem fios. Além disso, governos e prefeituras brasileiras também se engajaram para ajudar na - 5 – CONECTIVIDADE SEM FIO Módulo 2 – Segurança As vantagens dos equipamentos móveis são inúmeras para o ambiente corporativo: aumento da produtividade, disponibilidade e flexibilidade de trabalho. Não é por acaso que todas as médias e grandes empresas de todo o mundo estão se rendendo ao mundo da conectividade sem fio. Uma questão, no entanto, permanece sem resposta: até que ponto o produto nas mãos do executivo é seguro? Não é difícil imaginar que essa questão tenha sido repetida inúmeras vezes quando o mainframe perdeu seu reinado para os computadores pessoais. Na época, especialistas em Tecnologia da Informação não poderiam prever o tamanho das vulnerabilidades que decorreram do final da utilização dos terminais “burros” para o uso de desktops. Os benefícios se mostraram gritantes demais para que as brechas em segurança pudessem representar um entrave no que foi uma das maiores revoluções na era tecnológica. Hoje temos os terminais móveis dominando completamente o cenário, predominantemente os notebooks, mas também com a presença crescente de handhelds, smartphones, PDAs e os próprios telefones celulares. Para se ter uma idéia do tamanho da presença dos dispositivos móveis no mundo atual, é só imaginar algum executivo de sucesso, em qualquer vertical de atuação, que não carregue consigo seu aparelho sem fio, seja qual for ele. A explicação maior está no contexto do mercado globalizado: é obrigatório ter a capacidade de estar conectado a qualquer momento, pronto para fazer algum negócio assim que ele surja. O preço da mobilidade Não é nenhuma novidade dizer que essa reestruturação está revolucionando o mercado corporativo. É possível atingir níveis de produtividade inalcançáveis no formato antigo – com o executivo preso no ambiente tradicional de escritório –, além disso, garantir uma grande disponibilidade, o acesso a informações da rede da companhia em qualquer horário, e a flexibilidade única, de qualquer lugar. Por outro lado, a Segurança da Informação surge como o seu calcanhar-de-aquiles. É o preço da mobilidade. Os desafios para Segurança da Informação se alteram com a nova realidade. Um erro comum de diversos gestores de tecnologia tem sido replicar as mesmas estratégias consagradas no universo com fio para o mundo wireless. Além de demonstrar falta de conhecimento, esse tipo de postura ignora a fragilidade dos dispositivos móveis, que não encontram paralelo nas estações fixas. Isso não significa, contudo, que certas políticas não possam ser replicadas de um universo para o outro, mas sim que a conectividade sem fio exige uma nova abordagem de segurança, precedida por uma rigorosa fase de análise. - 6 – Para diminuir os riscos do uso de soluções móveis no ambiente corporativo, diversas ferramentas foram desenvolvidas. Uma dessas ferramentas, que possui maior escopo de atuação, é o software de conformidade de terminal. Com esse tipo de arma, a corporação aproveita a estrutura de proteção já consolidada dentro da própria empresa para a defesa no mundo com fio. Assim, o dispositivo móvel só pode acessar a rede corporativa se estiver de acordo com as políticas de segurança especificadas internamente. Essas soluções, normalmente, colocam o usuário de um aparelho móvel numa VPN, que funciona como quarentena, tendo seu acesso à rede corporativa liberado apenas quando atender todos os pré-requisitos, como instalação das atualizações de antivírus e patches de segurança. Esse tipo de solução previne que um worm ou vírus instalado num notebook corporativo acabe infectando toda a rede corporativa, sem conhecimento do usuário do computador móvel e do próprio administrador da rede. A mesma lógica serve também para os outros dispositivos sem fio, como PDAs e handhelds que tenham acesso a aplicações da rede da companhia. De qualquer maneira, as soluções de conformidade não podem ser a única forma de proteção para o mundo da conectividade sem fio. Esse tipo de ferramenta é o primeiro passo para a estruturação de uma política de Segurança da Informação efetiva também para o mundo sem fio, sendo responsável por aumentar o controle da organização. Para ser plenamente eficaz, essa política precisa avaliar as vulnerabilidades de cada dispositivo móvel em uso no dia-a-dia da empresa, definindo quais são as ferramentas de proteção, conforme as necessidades das plataformas e do tipo de dados com os quais elas lidam. Proteção por terminal A melhor resposta para a definição da estratégia de proteção é pela análise do terminal, observando quais ameaças podem atacar e o nível de confidencialidade das informações que manipula. As pragas que atacam os desktops também representam ameaça bem factível para o laptop, o que obriga a criação de uma estrutura de proteção semelhante à da estação de trabalho fixa, com soluções que combinem antivírus, anti-spam, anti-spyware e firewall; dependendo do caso, até um sistema de prevenção de intrusos (IPS). Em qualquer dispositivo, no entanto, a criptografia dos dados é um passo obrigatório. Os outros dispositivos exigem uma abordagem diferenciada. O esquema de proteção para aparelhos como PDAs e handhelds são definidos exclusivamente pelos dados e aplicações que utilizam. Empresas de venda em campo, que mantêm nesse tipo de terminais informações importantíssimas e confidenciais para o bom desempenho de seus negócios, devem estudar formas de se proteger contra invasões direcionadas pelas tecnologias sem fio – de bluetooth ao Wi-Fi – pela instalação de um firewall ou de outro recurso de segurança que mantenha as pragas afastadas. - 7 – Já os celulares, atualmente, precisam estar protegidos para enfrentar atentados contra a privacidade. Celebridades já tiveram seus aparelhos invadidos em busca da sua agenda de contatos, assim como vírus que se espalhavam por bluetooth, que inutilizavam os aparelhos infectados. No entanto, a maior parte dos especialistas define o celular como o aparelho que vai consolidar as funções multimídia no futuro, o que abre a possibilidade desse tipo de ameaça piorar sensivelmente. Essa receita, no entanto, pode mudar rapidamente com o desenvolvimento dessas aplicações. Se, hoje, elas ainda não têm capacidade de processamento e nem a utilização em larga escala que fazem do notebook um dos alvos preferidos, essa situação pode mudar com o passar do tempo. Para se ter uma idéia, o desenvolvimento do primeiro worm de rede demorou 20 anos, enquanto o primeiro verme de celular surgiu em 8 meses. As ameaças virtuais seguem em ritmo jamais visto e, sem sombra de dúvida, vão migrar para a plataforma que oferecer mais possibilidade de lucro e, claro, estiver mais desprotegida. Inimigo Interno As aplicações móveis preocupam em função do que podem fazer na rede da empresa, mas também é preciso tomar cuidado com as informações que elas armazenam. Isso, dentro do contexto do desenvolvimento da tecnologia, que permitiu uma evolução considerável da capacidade dos discos de armazenamento, gerou um comportamento problemático dos usuários. Ao contrário do que deveriam, não é raro os dispositivos armazenarem dados confidenciais da empresa no hard disk do terminal, o que representa um problema de segurança. Por outro lado, a disseminação de USB Drives, bem como gravadores de CDs e DVDs, preocupam pela proteção à propriedade intelectual e aos dados confidenciais da empresa. Se dentro da estrutura da companhia já é difícil controlar o que esses aparelhos possibilitam em cópias de informações para espionagem industrial, num ambiente externo – que pode ser da casa do empregado a um aeroporto – torna-se praticamente impossível esse controle, se não existir uma política clara e estruturada definindo as responsabilidades sobre esses conteúdos. Um tópico que também vem sendo ignorado está muito mais relacionado com o status desses objetos do que com a tecnologia em si. Pelo seu valor e fetiche, os dispositivos móveis atraem muita atenção dos criminosos e são roubados constantemente. Em São Paulo, para citar um exemplo, existem quadrilhas especializadas em furtos e roubos de laptops, procurando suas vítimas constantemente em locais estratégicos, especialmente aeroportos ou regiões com concentração de grandes empresas. Existem também casos de roubo direcionados de notebooks que buscam não o terminal, mas sim as informações ali armazenadas. A miniaturização dos dispositivos trouxe um fator colateral preocupante para segurança. Além da possibilidade de roubos, a perda desses aparelhos também é um - 10 – Na nova era da tecnologia móvel, o bluetooth tem sido um padrão bastante utilizado em diversos produtos como celulares, computadores de mão e notebooks. A tecnologia é um padrão para comunicação sem fio por meio de conexões ad hoc. Dessa forma, os usuários podem conectar dispositivos de computação, de telecomunicações e eletrodomésticos sem que haja necessidade de carregar ou conectar cabos de ligação. Esse padrão facilita as transmissões em tempo real de voz e dados. A idéia é eliminar a necessidade de cabos, ao mesmo tempo em que se efetiva a comunicação entre dispositivos. Essa atuação está se expandindo cada dia mais. Hoje já se utiliza a conexão sem fio para conectar o computador de mesa ou o laptop a impressoras, scanners ou mesmo à rede local, além do mouse e do teclado. O celular é outro aparelho que tem sido muito utilizado em conjunto com o bluetooth, já que com a ferramenta é possível se conectar e enviar mensagens, fotos ou qualquer arquivo para todo dispositivo que tenha o mesmo padrão. Além disso, há muitos aparelhos celulares que são comercializados com um fone de ouvido sem fio com bluetooth, para que o usuário fale ao telefone enquanto faz outras atividades, por exemplo. Há ainda a possibilidade de utilizar a tecnologia como um identificador pessoal. Um exemplo é usá-la para que alguns elementos de uma casa reconheçam o dono e iniciem o seu funcionamento, ao detectar o bluetooth que identifica o usuário correto. Pode ser feita uma programação para que as portas abram, as luzes acendam, entre outras ações. Outra atuação que surge e em breve poderá ser utilizada em mais larga escala é a possibilidade de funcionar como carteira eletrônica de dinheiro ou mesmo como chave de um quarto de hotel previamente liberado para acesso de determinado cliente. O celular na era do negócio móvel O celular é o mais popular dispositivo móvel do momento. Quando surgiu, era privilégio de poucos, porém hoje, com o barateamento dos preços, o produto já atinge grande parte da população brasileira e bilhões de usuários no mundo. Além disso, a telefonia móvel começou a roubar parte do mercado de linhas fixas, desde 2005. A empresa de consultoria em telecomunicações Teleco divulgou uma pesquisa que mostra que a receita do setor de celulares cresceu 21% entre 2004 e 2005, subindo de R$ 35 bilhões para R$ 43 bilhões. Por outro lado, a telefonia fixa teve aumento de R$ 64 bilhões para R$ 69 bilhões, no mesmo período, o que representa uma alta de 8%. O incremento da receita está relacionado com o fato de os celulares estarem cada vez mais atraentes. Exemplo disso é que o número de aparelhos cresceu 30% em - 11 – 2005. Em contrapartida, a telefonia fixa está sofrendo um grande impacto em suas receitas em virtude da aceitação do VoIP, principalmente nas chamadas de longa distância. Porém, o fator de maior importância nessa briga entre mobilidade e fios é que os celulares têm maior participação no rendimento geral das empresas que trabalham tanto com telefonia fixa quanto com móvel. Para se ter uma idéia, houve uma inversão no reflexo dessas tecnologias na produtividade: a participação da telefonia celular na receita geral cresceu de 35% em 2004 para 38% em 2005, por outro lado, a telefonia fixa (serviço local, fixo-móvel e longa distância) teve queda de 57% para 53% no mesmo período. Uma pesquisa feita pela A T. Kearney e pela Universidade de Cambridge ouviu 4 mil usuários de celulares em 21 países da América Latina, América do Norte, Europa e Ásia e constatou que um em cada quatro usuários utiliza o celular para transmissão de dados. Além disso, 53% dos celulares usados pelos entrevistados eram capacitados para receber e transmitir dados em 2005. Desses, 56% afirmaram utilizar serviços web ou acessar e-mails pelo menos uma vez por mês. A importância tem crescido tanto que algumas empresas aéreas, como a pioneira Air France, por exemplo, passaram a utilizar, em suas aeronaves, tecnologias que permitem o uso do aparelho celular durante o vôo, sem que haja interferência nas ferramentas eletrônicas do avião. Computadores de mão ou smartphones Conhecidos como palmtops, handhelds ou PDAs, os computadores de mão deixaram de ser usados como agenda e estão se tornando microcomputadores, pois o desempenho pode ser equiparado ao dos desktops e notebooks, porém pesam pouco mais de 100g e cabem no bolso do usuário. Desde 2006, já era possível acessar a Internet via Wi-Fi, conectar um teclado por bluetooth, transmitir arquivos por infravermelho e conectar o produto ao computador. Também em 2006, começaram a ser lançados no mercado modelos de celulares que apresentavam funcionalidades como câmera de foto e vídeo, mp3, editor de textos e a possibilidade de instalar uma série de programas que podem aumentar a produtividade dos usuários. Entre janeiro e março de 2006 foram vendidos 3,4 milhões de PDAs, o que significa crescimento de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior. Por outro lado, tem crescido muito o mercado de smartphones, que oferecem o serviço de celular acoplado ao computador de mão, substituindo, inclusive, os usuários de handhelds. Por esse motivo, as previsões eram que as vendas do convergente computador de mão com celular cresceriam de 46 milhões de unidade em 2005 para 96 milhões em 2006, segundo o Gartner. - 12 – Outro ponto a ser destacado no mundo dos computadores de mão é o crescimento das vendas dos blackberrys, que iniciam uma corrida de liderança no mercado de PDAs, com 20,8% do mercado. Isso porque o usuário pode receber seus e-mails diretamente no aparelho, sem que precise baixar. Inicialmente, a linha de handhelds da Palm One era campeã de vendas, mas já no primeiro trimestre de 2005, a empresa terminou em queda nas vendas, com 18% do mercado. Os sistemas operativos ficam com as seguintes proporções do mercado: Windows PC na liderança com 46%, seguido pelo Blackberry com 20,8%, PalmOS com 20% e Symbian com 9,9%. Notebooks Universidade, escritórios, cafés e diversos outros ambientes estão abrindo espaço para que os laptops sejam utilizados da mesma forma como o desktop é usado dentro de um escritório. A adoção de redes wireless toma conta do mercado corporativo pouco a pouco. Um bom exemplo da aplicação dessa funcionalidade são as redes locais sem fio (WLANs) que surgem como uma alternativa às redes convencionais com fio, isso porque oferecem as mesmas características, porém de forma mais flexível, com fácil configuração e com boa conectividade. Dependendo da tecnologia utilizada (rádio-freqüência ou infravermelho) é possível atingir distâncias de até 18 metros. Soma-se aí a mobilidade do usuário com velocidades de até 155 Mbps. Esse contexto impulsiona ainda mais o mercado de notebooks, os quais agora ganham um maior alcance sem que haja a necessidade de fios para conexão, o que de certa forma, privava a atuação do produto feito para a mobilidade. Em virtude dessa maior demanda, os preços dos aparelhos caíram cerca de 30%, de acordo com a IDC e estimava-se que as vendas cresceriam 50% no Brasil em 2006. O mercado se expande tanto para usuários corporativos quanto para domésticos. Os primeiros começam a utilizar o laptop em virtude da facilidade, mobilidade e do aumento da produtividade. Os segundos estão optando pelo notebook no momento de trocar seu desktop. Todo esse cenário está sendo construído não apenas pelas vantagens obtidas, mas também porque os custos dos produtos e da implementação estão caindo. CONECTIVIDADE SEM FIO Módulo 4 – Notebooks Para quem usa o computador como ferramenta de trabalho, é essencial o acesso a ferramentas e às informações em qualquer local e não mais apenas no escritório ou - 15 – O estudo “Update Your Security Practices to Protect Notebook PC”, realizado pelo Gartner, aponta outras dificuldades com essa nova relação corporativa. Uma delas é a falta de abrangência dos fornecedores, no que se refere tanto ao software quanto aos serviços. Ainda não há uma abordagem que considere todas as vulnerabilidades dos notebooks, principalmente porque os produtos são recentes e as estratégias específicas ainda estão sendo criadas. A recomendação é que as empresas invistam em ferramentas de segurança, em práticas e políticas específicas para os usuários de notebooks. É preciso estar atento às ameaças para que estas não interfiram nos negócios, visto que o perigo de ter os dados estratégicos acessados por pessoas não autorizadas aumenta consideravelmente. Aumenta a responsabilidade A conscientização dos usuários de notebooks em relação ao cumprimento das políticas de segurança é um procedimento de extrema importância no mundo da conectividade sem fio. Com o crescimento do uso dos notebooks, aumenta também a responsabilidade dos usuários e especialmente da corporação. Um CEO que possui um notebook, por exemplo, precisa estar atento quando usar acesso wireless, porque mais do que qualquer funcionário da companhia, é bem provável que ele tenha informações sigilosas e com grande valor para o negócio. Nesse caso, é preciso considerar os locais de acesso fora do escritório e respeitar políticas de segurança. O Gartner recomenda ainda que as empresas coloquem em prática ações complementares que atuem conjuntamente para minimizar os riscos e não apenas antivírus, por exemplo. É preciso observar as prioridades e obedecer a ordem de implementação dos procedimentos de segurança, pois colocar em prática determinadas ações fora da seqüência podem comprometer a eficiência das práticas de segurança e aumentar a possibilidade de falhas. Os computadores pessoais também estão sendo trocados por notebooks. O número ainda é baixo, mas a previsão é que haja crescimento em virtude da queda dos preços. Em 2005, 6% dos 5,6 milhões de equipamentos vendidos no Brasil eram notebooks. Por outro lado, o Japão já serve como exemplo da tendência que deve invadir o resto do mundo. Neste país, os notebooks já estão na proporção de um para um em relação aos desktops. O Gartner dá uma idéia da dinâmica dos negócios e tecnologia nos próximos anos. Em 2008, aproximadamente 10% das empresas irão requerer que os funcionários tenham seus próprios notebooks. Essa utilização está intimamente ligada às políticas de segurança, já que o computador corporativo comumente usado para assuntos pessoais, como e-mail, músicas e vídeo, agora deixa de ser responsabilidade da - 16 – empresa e passa para as mãos do usuário. É uma forma de a companhia ficar isenta das responsabilidades que têm criado grandes problemas. Com isso, será criada uma rotina de concessão de notebooks, assim como acontece hoje com os carros. Ou seja, a empresa paga pelo uso do computador pessoal do funcionário. A vantagem dessa utilização é que apesar dos custos da plataforma ainda ficarem nas mãos da corporação, os operacionais da solução passam para o usuário. Redes sem fio Pela mobilidade que oferece, o mercado de notebooks corporativos está movimentando também as tecnologias de comunicação por redes sem fio (wireless). Isso porque a junção dessas tecnologias traz ganho de produtividade. Primeiro porque há a possibilidade de transmitir dados em locais remotos e segundo porque essas tecnologias estão cada vez mais baratas. Por esses motivos, o mercado sem fio está crescendo cerca de 50% ao ano. Em 2006 houve um salto ainda maior, já que além do varejo, que utiliza os recursos, outros segmentos passaram a buscar a tecnologia. Até mesmo hospitais e repartições públicas passaram a consumir mais as soluções de mobilidade. Nos Estados Unidos, os negócios ligados à tecnologia wireless movimentaram US$ 158,6 bilhões em 2005, de acordo com a Telecommunications Industry Association (TIA). Como a tecnologia é utilizada há mais tempo, a TIA previu que até 2008, o valor chegaria a US$ 212,5 bilhões e US$ 446 bilhões nos demais mercados, incluindo a América Latina. A conectividade sem fio traz um ganho para empresa não somente pela facilidade de ter acesso em qualquer lugar, mas também porque tem um custo de implementação muito mais baixo do que a conectividade convencional. Mais cuidados A facilidade que o uso de notebooks traz aos usuários e para as corporações – além da vantagem de ocuparem menos espaço, com capacidade de armazenamento e processamento compatível com a dos desktops – tem um alto preço: vulnerabilidade. As máquinas ficam a maior parte do tempo em trânsito e por isso tornam-se mais vulneráveis a ameaças lógicas e também físicas, como assaltos, exposição à chuva e quedas. Por esse motivo, as companhias precisam estar atentas em relação ao tratamento dado aos novos equipamentos. É preciso considerar algumas dicas. As corporações devem: - Reconhecer e incluir os notebooks no inventário de ativos da companhia - 17 – - Ter o mesmo grau de cuidado dedicado aos desktops, com instalação de antivírus e outros programas de segurança - Projetar a aquisição de um seguro para os equipamentos - Estabelecer um termo de cessão temporária do direito de uso para o funcionário - Conscientizar os usuários de que a utilização indevida de software nos notebooks é de responsabilidade deles - Adotar programas educacionais que incentivem os cuidados com o aparelho CONECTIVIDADE SEM FIO Módulo 5 – WiMax Se a conectividade sem fio foi uma das maiores revoluções tecnológicas desde a mudança do ambiente de mainframe para uma estrutura baseada em cliente- servidor, ela também abriu a disputa entre diversas tecnologias wireless que buscam se tornar padrão de mercado. Depois da consolidação do bluetooth para distâncias menores e do Wi-Fi para um ambiente de conectividade maior, questões técnicas como cobrir grandes distâncias e ultrapassar paredes e muros sem perder qualidade de serviço ainda se colocam como entraves para a banda larga sem fio. Para tanto, inúmeras tecnologias foram lançadas e começaram a disputar espaço a fim de se tornar o padrão de mercado. Nesse momento, começou a discussão em torno do WiMax (Worldwide Interoperability for Microwave Access), WiMesh, 3G, UWB (Ultra Wideband), Flash-OFDM, entre muitas outras. Mais do que tornar-se o padrão de tecnologia banda larga sem fio por rádio, a disputa gira em torno de conquistar o maior número de fabricantes e oferecer as melhores soluções para os clientes, sejam eles usuários finais ou grandes organizações espalhadas pelo mundo. Nesse contexto, ainda não está definido quem é o vencedor. O WiMax, padrão aberto definido pelo IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) sob o nome de 802.16, se mostra um dos mais sólidos competidores pelo domínio do mercado, não só pelas suas capacidades técnicas que abordaremos no tópico seguinte, mas, também, por contar com a adoção de peso de grandes fornecedores de tecnologia do mercado. Além disso, mais do que um padrão de transferência de dados sem fio, o WiMax também está preocupado com a interoperabilidade entre suas soluções. Vale a pergunta: O WiMax tem a capacidade de se tornar o padrão de tecnologia sem fio? Sim, segundo o WiMax Fórum (www.wimax.com), responsável por estimular a adoção do WiMax no mundo e certificar as soluções. Contando com a adoção de mais de 300 companhias das mais diversas especialidades, entre elas Alcatel, AT&T, Cisco e Intel, o WiMax Fórum tem também a atribuição de certificar produtos, avaliando não só sua capacidade dentro do padrão de tecnologia sem fio, mas também formula - 20 – que incorporem a habilidade de funcionar entre as diversas plataformas. De forma geral, a migração será gradual para sistemas mais robustos baseados em WiMax conforme os casos de negócios provarem o valor”. Os primeiros produtos com WiMax integrado conheçam a ser lançados no mercado. A Nokia apresentou o Nokia N810 Internet Tablet - WiMax Edition, o primeiro modelo da companhia compatível com as novas redes móveis WiMax. O aparelho vem com navegador Mozilla, tela sensível a toques de 4,13 polegadas e do teclado QWERTY deslizante. Estão disponíveis diversos aplicativos de voz sobre IP (VoIP) e de Mensagens Instantâneas (IM), inclusive o Skype (TM), o Google Talk (TM) e o Gizmo5, que também utilizar a câmera integrada. O telefone tem GPS e um reprodutor integrado de mídia e 2 GB de memória interna, expansível a até 10 GB com o acréscimo de um cartão de memória microSD opcional. A novidade deve estar disponível nos Estados Unidos durante o terceiro trimestre de 2008, em áreas onde há conectividade de WiMax. De maneira análoga, outros padrões tecnológicos de LAN como Bluetooth, Ultrawideband e o emergente 802.11n, que ofereçam valor agregado em distâncias menores, também continuarão crescendo, demandando novos chipsets e laptop radios que deverão, segundo a visão do Fórum, cruzar essas redes de dados de curta capacidade de maneira transparente para o usuário, da mesma forma que transita pelas redes de telefonia celular e redes WiMax. O relatório conclui que “o padrão WiMax é parte majoritária numa visão de futuro brilhante, na qual o acesso sem fio à banda larga tenha realmente toda a flexibilidade que prometeu no seu início”. O Futuro Dentro da clássica lei da oferta e da procura, com pretendentes buscando se tornar o padrão de mercado, uma previsão sobre o futuro do mundo da tecnologia wireless se mostra um tanto quanto óbvia: a disputa muito acirrada por market share. Fazendo esse raciocínio para o futuro próximo, o WiMax vai competir e “roubar” fatias de mercado tanto do 3G quanto de DSL. Segundo a empresa de pesquisa TelecomView, esse caminho é inexorável, já que o padrão WiMax vai ser a opção escolhida entre os dois concorrentes, atuando em locais em que os outros não podem e, inclusive, substituindo aplicações dos concorrentes. O instituto estima que o WiMax será responsável por mais de 40% do mercado de banda larga sem fio em 2009, com o restante do mercado nas mãos do 3G. Além de “roubar” mercado da terceira geração de redes, o padrão aberto de tecnologia sem fio também vai representar uma ameaça de canibalização dos serviços fixos de banda larga, baseado tanto em cabo quanto em DSL. A TelecomView aponta que o WiMax vai ser o vencedor “claro” entre as tecnologias de transporte de dados, graças a sua alta performance e flexibilidade se comparado aos concorrentes. Ainda que o 3G seja importante por sua mobilidade, de acordo com a instituição de pesquisa, apenas o WiMax vai competir diretamente com o DSL. - 21 – Os maiores diferenciadores do WiMax são, segundo a TelecomView, um único padrão global, como o DSL, e sua adoção é impulsionada por uma significativa economia de escala graças à atuação forte de diversos fornecedores de Tecnologia da Informação e a disponibilidade da tecnologia wireless em seus produtos. Apesar de destacar a mais lenta adoção do padrão 802,12, a empresa de pesquisa acredita que a adoção do WiMax terá um movimento similar ao da introdução do Wi-Fi. Como regra geral, continua valendo a velha máxima do capitalismo: a solução mais acessível vence. Mais do que a questão específica do preço, também contam muitos pontos a disponibilidade do serviço, o nível de adoção dos fornecedores de infra- estrutura e a capacidade de suportar inovações, como IPTV. Nesse sentido, o WiMax saiu na frente em todos os aspectos. CONECTIVIDADE SEM FIO Módulo 6 – Hotspots Cada vez mais gente não só aprende o que é um hotspot – nome dado ao local onde a tecnologia Wi-Fi está disponível – como também procura saber onde ele está instalado para que possa usar seu notebook, confortavelmente sentado em um café, restaurante ou shopping. Os aeroportos brasileiros já estão todos cobertos por sinal de Internet por banda larga sem fio. Sem falar nos cafés, muitos shoppings e até hospitais. E o número não pára de crescer. Esse cenário demonstra como se alastra a tecnologia Wi-Fi, sigla de Wireless Fidelity, baseada no protocolo 802.11 e suas variações. Uma das vantagens desse sistema é a facilidade de instalação de um ponto de acesso. O principal equipamento para iniciar uma rede wireless é um receptor Wi-Fi com uma ou mais antenas, que se comunica com outros periféricos com a mesma tecnologia. Para compartilhar a Internet, é preciso um ponto de acesso wireless com roteador embutido (wireless router). Ao comprar o receptor, muitos usuários leigos decidem implementar a rede sem fazer alterações na configuração. Assim, as redes ficam abertas e vulneráveis a qualquer pessoa que tenha um dispositivo cliente de Wi-Fi. Ao descobrir que alguns adolescentes ficavam sentados em frente à loja e baixavam vídeos da Internet pela conexão da loja Fnac de Brasília, decidiu-se adotar senhas para que somente usuários autorizados pudessem fazer uso da rede. Porém, tomadas as devidas precauções, a tendência é que a conectividade sem fio se espalhe cada vez mais. Hoje, o número de hotspots no Brasil ultrapassa a marca de 1.900 e continua a crescer, de acordo com a empresa JiWire. Fundada em 2003, para prover informações e serviços para ajudar os “profissionais móveis” e os entusiastas da computação a encontrar e se conectar à Internet sem fio, a empresa criou a maior comunidade Wi-Fi do mundo. - 22 – De fato, cada vez mais locais públicos como cafés, restaurantes, hotéis e aeroportos são cobertos por sinal Wi-Fi e permitem usar notebooks, PDAs ou videogames portáteis, como o PlayStation Portable (PSP) ou o Nintendo DS. O local onde se pretende criar um hotspot deve ser bem estudado, pois vários objetos podem agir como barreiras na comunicação sem fio como, por exemplo, botijões de água ou microondas. A evolução do Wi-Fi Em 2006, o Brasil deverá ganhar pelo menos dez redes WiMax. A tecnologia é uma evolução do Wi-Fi, com muito mais cobertura, mais banda e mais segurança. Além disso, permite às operadoras aumentar a receita ao oferecerem novos serviços. O WiMax Fórum, organização que reúne um grupo de empresas mundiais especializadas em redes sem fio, previu um aumento de 7% na base de usuários da tecnologia de banda larga na América Latina. Depois de mais de três anos de discussões, alinhamento e educação do mercado, na definição da especificação e início de produção dos equipamentos baseados no padrão WiMax, 2006 foi o ano do início da instalação das primeiras redes desse tipo. O WiMax é uma das melhores alternativas para os projetos de inclusão digital no Brasil, devido à sua flexibilidade e velocidade de implementação, bem como ao seu custo competitivo em relação a outras tecnologias já utilizadas. Dezenas de solicitações são feitas por parte do governo federal e de outros governos estaduais e municipais para melhor entender a tecnologia WiMax e como aplicá-la em seus programas de inclusão digital. Essa tecnologia pode oferecer aos países emergentes a oportunidade de “tirar o atraso” e compensar a falta de investimentos do passado em conectividade, ao permitir que o país esteja mais competitivo nos próximos anos. Se bem utilizado, o WiMax alavancará o crescimento nas próximas décadas, se concordamos que acesso à informação e à educação são pontos fundamentais. No exterior também há diversos projetos em andamento, que aguardam a chegada dos novos equipamentos. Nos países onde a banda larga já tem escala, o foco será a versão WiMax de mobilidade (802.16e). Países como o Brasil começaram a tirar proveito dessa tecnologia em 2006, da versão fixa (802.16-2004), em função de sua necessidade de banda larga (mesmo fixa), e a mobilidade virá naturalmente na seqüência. Primeiros produtos Em 2006, empresas como Siemens e Samsung mostraram na CeBIT, a maior feira mundial de tecnologia, ocorrida em Hannover, na Alemanha, seus primeiros equipamentos para a tecnologia WiMax, já com a promessa de acesso móvel à - 25 – Hotspots chegam aos 200 mil Em janeiro de 2006, os hotspots alcançaram a marca de 100 mil pontos em todo o mundo. Em apenas quatro anos, a tecnologia Wi-Fi se enraizou de maneira definitiva, alcançando a marca histórica. Menos de um décimo, entretanto, oferece acesso gratuito à web. Segundo a JiWire, que relaciona em seu site (www.jiwire.com) mais de 200 mil hotspots em 135 países, os Estados Unidos são o país que mais possui pontos de acesso, com 67.426 (em março de 2008), seguido pelo Reino Unido, com 32.143, e pela França, com 25.485. Os outros países que aparecem em destaque na lista são a Alemanha (21.905), Coréia do Sul (21.076), Japão (10.998), Rússia (8.373), Espanha (6.073), Itália (5.406) e Taiwan (4.413). O ranking das cidades está assim (março de 2008): Moscou (8.244), Londres (3.429), Paris (3.285), Taipei (2.749), Seul (2.498), Hong Kong (2.435), Tókio (2.388), Berlim (1.631), Nova York (1.176) e Madri (1.174). O ano de 2005 marcou a explosão wireless, quando o número de hotspots quase duplicou: de 57 mil no final de 2004 para 100.355 no início de 2006. Desse total, porém, apenas 8.118 são de acesso livre, enquanto os outros 92.237 cobram taxas por tempo de conexão. As taxas diárias médias para uso de um hotspot variam de US$ 2 a US$ 15 em um hotel, por exemplo, enquanto uma mensalidade pode chegar a US$ 40. Os locais em que mais se registram hotspots são os hotéis (48.274), outros (35.670) e restaurantes (33.439). Os cafés, categoria à parte, alcançam 28.572 hotspots. Em alguns casos, certos hotspots se tornaram tão populares que os seus donos foram obrigados a fechá-los. Um café na cidade de Seattle, EUA, por exemplo, era freqüentado por visitantes de outros municípios e estudantes de universidade, que iam ali com o único objetivo de acessar a Internet. Além disso, as pessoas ficavam tão concentradas com os seus laptops que ninguém mais demonstrava vontade de socializar. Os donos do café preferiam a freqüência de uma comunidade mais comunicativa. CONECTIVIDADE SEM FIO Módulo 7 – Mercado No segundo semestre de 2006, a Brasil Telecom lançou um telefone capaz de conectar-se a linhas fixas usando redes Wi-Fi. O aparelho detecta o sinal de Internet e se conecta a uma linha fixa da BrT, e faz as chamadas a partir dessa linha. Quem estiver em um cybercafé na China, com um celular que receba o sinal Wi-Fi, poderá - 26 – se conectar, por exemplo, a uma linha fixa da Brasil Telecom numa central em Brasília e realizar chamadas para telefones fixos em Brasília pagando tarifa fixo-fixo. O UOL, maior portal brasileiro de Internet, anunciou em fevereiro de 2006 seu serviço de acesso à internet sem fio por meio da tecnologia Wi-Fi. A empresa oferece a conexão em centenas de hotspots espalhados por shoppings, hotéis, cafés e aeroportos em todo o país. Esses são apenas dois dos exemplos das inúmeras oportunidades de negócio que a tecnologia Wi-Fi abre para empresários que estejam conectados com a questão da inovação e atentos aos movimentos e às demandas do mercado. As redes WiMax também estão crescendo e estimulando a criação de novos projetos e negócios no Brasil. A Intel já soma 43 projetos de WiMax no país, dos quais cinco em atividade. E a empresa previa que, ainda em 2006, pelo menos mais dez novos projetos seriam iniciados na América Latina. Em março de 2006, a Intel anunciou o acordo com a Companhia de Processamento de Dados do Município de São Paulo (Prodam). O projeto “São Paulo Digital” inclui a instalação de antenas em escolas, hospitais e órgãos públicos. A primeira antena instalada pela empresa fica na Zona Norte da capital. A empresa Symbol Technologies anunciou arquitetura sem fio de próxima geração, que integrará Wi-Fi e RFID para impulsionar a nova geração de mobilidade das empresas. A arquitetura Wi-NG (Wireless Next Generation – Próxima Geração Sem Fio) ajuda as empresas a usar de forma econômica e a administrar centralmente aparelhos sem fio para voz, dados e infra-estrutura em todo o espectro de RF (radiofreqüência). A arquitetura permite a consolidação de Wi-Fi, RFID, VoWLAN (voz sobre rede LAN sem fios), redes WiMax e mesh na primeira plataforma de comutação de RF integrada do setor. De acordo com pesquisas divulgadas pela própria Symbol, o mercado de RFID atingirá US$ 2,5 bilhões em 2009 e o mercado de WLAN para empresas crescerá para US$ 2,9 bilhões. Em vez de continuar a montar redes separadas, a Symbol ajudará os clientes a consolidar as duas, criando um domínio de comutação de RF que integre ambos os ambientes. A empresa acredita que a arquitetura Wi-NG é a matriz para montagem da rede de quarta geração e representa o próximo passo da estratégia de mobilidade de empresas da Symbol. A rede Wi-NG dá suporte às tecnologias atuais e emergentes para comunicação sem fio em banda larga, inclusive 802.11n, WiMAX, GPRS, EV-DO, e integrará múltiplas redes Wi-Fi em uma rede LAN. Novidades no Dia do Smartphone Em março de 2006, no Dia do Smartphone – evento que integrou a programação da Semana da Mobilidade Intel – foram anunciados cinco novos aparelhos. Atualmente, - 27 – existem no mundo mais de 100 dispositivos baseados nessa tecnologia. No mundo, são mais de 100 dispositivos baseados nesse processador Intel XScale, que rodam aplicações dos sistemas operacionais Windows 2003 Pocket PC, Windows Mobile 5.0, Palm OS ou Linux. A empresa procura atender todas as tecnologias de sistema operacional, não fazendo distinção entre eles. A linha de processadores para handhelds e handsets Intel XScale é composta pelos modelos PXA 270, PXA 271, PXA 263 e PXA 901, que variam de 208 a 520 MHz. Os recursos de alta performance e baixo consumo de energia estão atraindo a indústria na fabricação de dispositivos digitais portáteis cada vez mais práticos, funcionais, com design moderno, e capacidade de convergência de dados e voz. A BenQ-Siemens mostrou o P-50, smartphone GSM com o processador Intel PXA 272, 416 MHz e sistema operacional Microsoft Pocket PC 2003, com conexão Wi-Fi, em conjunto com as operadoras Brasil Telecom e Oi. O P50 oferece recursos necessários para os executivos. O aparelho permite sincronização com o Microsoft Outlook, edição e busca de documentos, comando de voz e VoIP via Wi-Fi (Skype). Além disso, traz controle remoto universal, para o comando de equipamentos eletrônicos de qualquer marca. O smartphone conta com função multimídia completa, câmera de 1.3 megapixel e Windows Media Player, para gravação e reprodução de vídeo. Além de MP3 player, entrada USB e conectividade bluetooth, o aparelho possui teclado QWERTY para a digitação e a entrada de texto. MP3, TV e foto no celular A Digitron e a Gigabyte anunciaram o g.Smart, primeiro smartphone do mundo com central multimídia completa. O g.Smart é um produto GSM com tela sensível ao toque, equipado com o Microsoft Windows Mobile 5.0. Entre as várias características inéditas, o celular oferece recepção de TV aberta (Pal-M e NTSC), rádio FM, MP3 player e câmera fotográfica de 2.1 megapixels. Além disso, o g.Smart oferece comunicação Wi-Fi, bluetooth, fax modem e conexão GPRS. O produto estaria disponível em junho de 2006. O outro produto da Gigabyte é o g Smart i PDA, com tela de 2,4 polegadas sensível ao toque, equipado com o Microsoft Windows Mobile 5.0 e processador Intel PXA272 de 416 MHz. O PDA possui rádio FM, MP3 Player e câmera fotográfica de 2.1 megapixels com Flash LED, reconhecimento de escrita, Push Mail, bluetooth, fax modem e conexão GPRS em operação GSM Triband. A Motorola mostrou o A910, um celular híbrido Wi-Fi/ UMA (Unlicensed Mobile Access), produto da empresa para a convergência fixo-móvel. Com um sistema de comando de voz, o A910 reproduz músicas em MP3, fotografa com câmera de 1,3 Megapixel com flash Lumi-LED e acessa e-mails. Seu sistema operacional é o Linux- - 30 – Quando se fala em conectividade sem fio, mobilidade, WiMax e tendências para o futuro, é preciso analisar a adoção dessas novas tecnologias por parte das empresas, governos e usuários finais. Cada público tem as suas necessidades particulares. Desde 2006, as empresas que trabalham nessa área já têm traçado um panorama completo sobre as perspectivas e planos futuros para o mundo móvel no Brasil. Em geral, a estratégia delas baseia-se sobre quatro pilares: • Estímulo à adoção de notebooks • Disseminação dos dispositivos móveis portáteis (como celulares e PDAs) • Ampliação de infra-estrutura de acesso à internet sem fio (Wi-Fi e WiMax) • Produção de conteúdo digital como filmes, músicas, jogos etc. No quesito conteúdo digital, foi assinado um acordo de cooperação entre a Intel e a Rede Globo, que foi a primeira empresa brasileira de comunicação a testar conteúdo digital especialmente desenvolvido para a tecnologia Intel® Viiv™ (pronuncia-se "vaiv"). As duas empresas estão empenhadas e investindo na melhoria da experiência das pessoas que acessam conteúdo digital pela Internet. A idéia é que as próximas versões do Globo Media Center contem com novas funcionalidades, alinhadas à disponibilidade da plataforma Intel ViiV no Brasil. Dessa forma, o conceito de “Casa Digital” aproxima-se do brasileiro, que poderá, a um simples clique no controle remoto, acessar todo o conteúdo digital (músicas, filmes, vídeos e jogos). Casa Digital Para dar um novo impulso ao conceito de “Casa Digital”, foi criado um laboratório de mídia digital de testes e desenvolvimento para conteúdo digital, com as mais recentes tecnologias para o consumidor doméstico, tais como processadores com núcleo duplo, além de servidores de alta performance para conversão de vídeo para padrão digital. A divulgação do acordo com a TV Globo no Brasil chegou depois do anúncio, em janeiro de 2006, de acordos da Intel Corporation com as maiores companhias americanas e internacionais de entretenimento, como AOL, DIRECTV, NBC, NBC Universal, Turner Broadcasting 's Tap, ESPN, Televisa e Eros. Mas a conectividade sem fio não estará restrita às residências. O governo está muito interessado em todo esse movimento. A prefeitura do município de São Paulo testou a tecnologia WiMAX. Foram inaugurados dois pontos de transmissão de um projeto- piloto para viabilizar conexões em WiMAX para órgãos do poder municipal. A infra- estrutura foi desenvolvida pela Companhia de Processamento de Dados do Município de São Paulo (PRODAM). A primeira antena transmissora foi instalada na zona norte da cidade e coloca em rede a subprefeitura do Tucuruvi com duas unidades de saúde e uma escola municipal, todas ao redor do bairro do Tucuruvi. Nesses quatro locais, foram instalados hotspots para conexão em Wi-Fi. - 31 – Outro ponto de transmissão foi instalado no centro da cidade e coloca em rede o gabinete do prefeito e a Secretaria de Gestão. A parceria estuda implementar aplicações de VoIP e transmissão de imagens captadas por câmeras de segurança no sistema WiMAX. São Paulo é o terceiro município a atrair investimentos da Intel para transmissão de dados em WiMAX. Antes, as cidades de Outro Preto (MG) e Mangaratiba (RJ) haviam recebido investimentos desse tipo. O ano de 2006 foi decisivo para que toda essa movimentação em torno do tema mobilidade alcançasse proporções maiores, transformando ainda mais a postura de usuários e desenvolvedores. Além do varejo, que já usa recursos de comunicação sem fio, outra tendência é a de que hospitais, indústrias e repartições públicas adotem esse tipo de tecnologia. Assim, os provedores de soluções e equipamentos wireless têm metas ambiciosas para chegar a dobrar sua base de clientes. Previsões otimistas O WiMAX será a grande solução de comunicação para países emergentes e de grande extensão territorial, como o Brasil, conforme atesta o grande crescimento verificado no segmento de notebooks e de telefones celulares. Também a crescente substituição dos desktops pelos notebooks é um fenômeno que começa a ser verificado no Brasil, por se tratar de uma tendência da indústria mundial. O crescimento do Wi-Fi foi demonstrado com exemplos práticos. Os hotspots existentes hoje são capazes de fazer chegar 40 sinais diferentes ao mesmo tempo, em um hotel em Nova York, por exemplo. Até mesmo no Brasil, em um hotel como o Hyatt, por exemplo, é possível identificar mais de cinco sinais provenientes de diferentes redes wireless nos quartos. A única restrição da tecnologia Wi-Fi é a distância de alcance do sinal. E a solução se configura com o padrão WiMax. Diversas empresas estão fazendo testes usando o novo padrão e a tendência é que, com a padronização, os preços devam cair cada vez mais, o que é ótimo para o usuário final. Com isso, estão sendo desenvolvidos processadores específicos para uma gama variada de produtos, desde celulares cada vez mais inteligentes, até notebooks cada vez menores, mais finos, com maior duração de bateria e capacidades cada vez mais amplas de comunicação. O Brasil ainda não se destaca pelo volume de notebooks comercializados, embora seja um país conhecido pela rápida adoção de novas tecnologias (um exemplo é a rede de relacionamento Orkut, cujo maior número de usuários encontra-se no Brasil, 53,98, dados de abril de 2008). Possivelmente o padrão WiMax estimulará ainda mais a venda de notebooks no País. As aplicações móveis de banda larga serão capazes de modificar as áreas de educação, entretenimento e governo eletrônico. Existem disponíveis na Internet mais de 60 milhões de websites, 29 milhões de livros escaneados (dados de 2006), entre outra quantidade imensa de conteúdo. A - 32 – integração da Internet com o PC e os telefones enriquecerá cada vez mais a experiência digital. Por outro lado, usuários e a própria indústria tornam-se cada vez mais exigentes sobre a necessidade de redução de custos. Os fabricantes de hardware, atentos a esse fenômeno, apostam na padronização, como sendo a alavanca capaz de impulsionar o desenvolvimento da indústria de comunicação a um novo patamar, em que todos os segmentos de mercado, de escolas a hospitais, de empresários a políticos, se beneficiem da tecnologia da informação em suas respectivas áreas. A operadora de tevê por assinatura TVA iniciou em maio de 2006 os testes para a transmissão de banda larga por WiMax. De acordo com a TVA, três células de transmissão foram instaladas na cidade de São Paulo para testar a tecnologia. O serviço é uma parceria da operadora, que possui licença para a utilização de faixas de freqüência de 2,5GHz, com a Samsung. Durante o período de experiência, seriam testadas transmissão de dados, vídeos em streaming, downloads, games e serviço de voz. As empresas envolvidas na parceria não divulgaram o modelo de negócios que pretendem usar para explorar o serviço comercialmente. Esperava-se que os leilões de faixas de freqüência de 3,5 GHz, previstos para ser realizados em 2006 pelo governo federal, atrairiam outras empresas para esse segmento. Shopping Center vira hotspot Outra forte tendência, quando se fala em conectividade sem fio, é a ampliação do número de shoppings que oferece o sinal de Internet sem fio aos seus freqüentadores, como é o caso do shopping Villa Lobos, em São Paulo, que desde maio de 2006, integra a rede da Vex, provedora de redes Wi-Fi em todo o Brasil. Usuários de notebooks e PDAs que visitarem o shopping Villa-Lobos poderão ter acesso à Internet sem fio em diversas dependências, incluindo o saguão principal, o primeiro andar, a praça de alimentação e o subsolo. O objetivo é proporcionar um serviço diferenciado e conveniente ao cliente. Essa é uma tendência: a idéia de oferecer Internet sem fio no shopping surgiu pela necessidade dos clientes que, mesmo ausentes do escritório, desejam checar um e-mail durante o almoço, por exemplo. Para a Vex, o crescimento no número de hotspots no Brasil revela que o mercado de Wi-Fi começa a se popularizar por aqui, fazendo com que cada vez mais pessoas percebam a comodidade do acesso sem fio e passem a incorporá-lo à sua rotina, seja de trabalho ou de lazer. Para utilizar o serviço Wi-Fi no shopping, o usuário precisa ser assinante de um provedor de Internet ou operadora de telecom parceira da Vex. O acesso também pode ser feito no modelo pré-pago, por meio da compra de cartões. Para garantir a navegação, notebooks e PDAs devem estar preparados para acesso a redes Wi-Fi. Equipamentos novos já vêm de fábrica com esse recurso.
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