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Souza
Programação,
Planejamento e Controle
da Manutenção
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico O PCM 2 O planejamento da manutenção desponta como uma atividade imprescindível para a atuação do setor, sendo responsável principalmente pelo fluxo e gerenciamento das informações, preparando a sistematização da mão de obra, materiais, máquinas e equipamentos e realizando o gerenciamento da rotina, definindo suas entradas (fornecedores internos) e saídas (clientes), bem como suas prioridades. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico O PCM 5 Se tivermos atividades de manutenção realizadas sem planejamento, corremos o risco de trazer prejuízos e comprometer inclusive a imagem da empresa junto a seus clientes. • Exemplo: Uma empresa deixa de produzir porque está com equipamentos danificados e o tempo de reparo destes foi muito grande e comprometeu a produção diária. Esta empresa está correndo o risco de comprometer os prazos de entrega dos produtos junto aos seus clientes, perder a credibilidade e afetar negativamente a imagem da empresa. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico O PCM 6 Estudos realizados nos EUA referentes à utilização do tempo pago à mão-de-obra de manutenção: • Não programada: 30 a 40% • Boa programação: pode chegar a 80% É através de um planejamento adequado de manutenção que se consegue obter melhores níveis de disponibilidade do equipamento e conseqüentemente do processo produtivo, sendo a disponibilidade operacional o grande indicador da excelência da manutenção e da garantia de produtividade. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico O PCM 7 Os objetivos e princípios do planejamento e controle da manutenção são universais e aplicáveis em qualquer tipo de empresa. A diferença está apenas no seu grau de complexidade e no sistema adotado de atuação. O processo de manutenção, cada vez mais tem importância no alcance dos objetivos globais da organização, principalmente aqueles relacionados com a estratégia de produção. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico O PCM 10 A necessidade de uma melhor organização da manutenção, controles adequados e planejamento e programação efetivos é enfatizada por diversos fatores: • As necessidades de manutenção tendem a aumentar à medida que as fábricas ficam obsoletas e os equipamentos mais sofisticados. • Também, com a necessidade de rodar as máquinas na capacidade máxima e manter inventários mínimos de produto tem tornado intoleráveis as paradas de emergência de qualquer natureza, o que inclui Manutenção; Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico O PCM 11 • Falta de coordenação entre setores como produção, engenharia e manutenção é um problema disseminado e de alto custo. Estes conflitos se desenvolvem à medida que a gerência de operação insiste em atingir valores de produção e esperar que a manutenção minimize as quebras de emergência de máquina sem permitir paradas programadas para a execução de atividades efetivas de manutenção preventiva ou a manutenção radicaliza em relação a itens de menor impacto imediato em confiabilidade ou não desenvolve planos preventivos eficazes. • A falta de comunicação entre engenharia e manutenção resulta em todo tipo de desencontros em relação à instalação, comissionamento e pós “startup” de equipamentos. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico O PCM 12 • Os altos custos de energia solicitam que os equipamentos estejam operando com sua eficiência plena, o que força a obtenção de perdas mínimas devido à falta de lubrificação, vazamentos, etc. Um maquinário bem mantido contribui significativamente para o bom uso da energia; Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Vantagens • Diminui os custos: quando bem cuidados, os equipamentos funcionam com maior eficiência • Aumenta a vida útil: cuidados simples, como limpeza e lubrificação, garantem a durabilidade da máquina, reduzindo os pequenos problemas que podem causar desgaste ou deterioração • Melhora a segurança: máquinas e equipamentos bem mantidos têm menos chance e se comportar de forma não previsível ou não padronizada, evitando assim, possíveis riscos ao operário. 15 Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Vantagens 16 Quando se planeja as atividades de manutenção dos equipamentos da organização, tem-se que considerar as especificações e particularidades da organização, ou seja, trabalhar para manter o pleno funcionamento do sistema, pois cada organização tem sua forma de produzir, seus equipamentos específicos, sua forma de gestão e até mesmo tipo de profissional que exige. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Etapas 17 Quanto maior for a empresa e sua linha de equipamentos, tanto maior a multiplicidade de procedimentos e de controles. O planejamento e o controle da manutenção são funções de importância fundamental, pois estabelecem o ritmo das atividades gerais, para que a fabricação execute suas operações com um máximo de disponibilidade. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Planejamento da Manutenção 20 Definem-se os prazos para o início das atividades de coleta de dados e elaboração dos indicadores, estipulam-se as metas do setor, realizada a normatização dos procedimentos das atividades críticas e estudado o comportamento dos equipamentos a partir dos primeiros dados coletados pelas paradas para a elaboração dos planos de manutenção e da matriz de critcidade, definindo a política de manutenção mais adequada para tais. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Planejamento da Manutenção 21 Os planos de manutenção são abordados a partir de uma análise de gráficos de pareto e análises das causas e modos de falhas dos equipamentos em confronto com o grau de impacto definido na matriz de critcidade e experiência dos funcionários da produção e manutenção. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Gráfico de Pareto 22 O Gráfico de Pareto dispõe a informação de forma a permitir a concentração de esforços para a melhoria nas áreas onde os maiores ganhos podem ser obtidos. • Os poucos vitais representam um pequeno número de problemas, mas que no entanto resultam em grandes perdas para a empresa. • Já os muitos triviais são uma extensa lista de problemas, mas que apesar de seu grande número, convertem-se em perdas pouco significativas Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Planejamento da Manutenção 25 A grande maioria dos pesquisadores não revela qual ferramenta é utilizada para fazer a avaliação de cada etapa na análise para a escolha e só indica as ferramentas que já são utilizadas, tais como FMEA (Failure Mode and Effect Analysis) e a Análise de Criticidade. O planejamento do serviço é uma etapa muito importante independente do tamanho e complexidade do trabalho e pode ser executado em um tempo muito curto (serviço padrão) ou demandar meses de trabalho (serviços complexos, grandes paradas de manutenção, reformas). Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Benefícios 26 O planejamento tem o mais profundo efeito na realização do trabalho de manutenção no tempo previsto; Evitar atrasos é o objetivo básico do planejamento e programação; Para cada hora de planejamento eficiente há um retorno de três horas de trabalho de campo. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Funções 27 Receber as solicitações de manutenção Revisar as solicitações de manutenção Visitar o local onde as tarefas serão executadas para mehor entender o solicitado Conferir com o solicitante a tarefa que será realizada Estimar a quantidade de mão-de-obra necessária para a execução da tarefa Reservar/requisitar os materiais necessários Emitir pedido de compra dos materiais não disponíveis no estoque Garantir que os materiais estejam disponíveis antes da entrega da ordem de serviço para os executantes Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Programação da Manutenção 30 A programação da manutenção tem a responsabilidade de emitir programas coordenados à fábrica, e em conjunto com o PCP (Planejamento e Controle da Produção), de modo que os serviços sejam executados, no prazo previsto e determinados aos clientes internos. Portanto, a programação tem como função operacional planejar a coordenação de muitos detalhes complexos, para obter fluxo produtivo contínuo, através da disponibilidade do sistema. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Programação da Manutenção 31 Para o preparo de qualquer tipo de programa de produção se faz necessário considerar os seguintes fatores: 1. Liberação de equipamentos para manutenções; 2. Disponibilidade de mão de obra; 3. Disponibilidade de materiais e ferramentas; 4. Regime de trabalho; 5. Tempo necessário para a execução dos serviços; Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Programação da Manutenção 32 A programação segue basicamente o cronograma estipulado pelas periodicidades definida nos planos de manutenção, sendo também incrementada por ações necessárias e identificadas nas análises preditivas e geradas também por solicitações de serviço casuais originadas pela produção. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Fase de Cadastro 35 Um grande problema existente na maioria das empresas, é a falta de padronização na nomenclatura de equipamentos, componentes e setores. Portanto, normalmente é necessária a realização de um trabalho para tornar comuns os termos técnicos, nomes de equipamentos, tipos de causa, sintoma e intervenção nas paradas, bem como os centros de custos contábeis e desenhos de peças de reposição. Todo esse trabalho é executado pelo Planejador de Manutenção. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Fase de Coleta 36 Para que seja possível analisar qualquer informação é preciso que haja uma coleta de dados operante no sistema da empresa, assim, normalmente elabora-se alguns formulários ou utiliza-se alguns programas definidos de software para que os dados possam ser inseridos em um banco macro que possibilite seu manuseio de tal forma a possibilitar a extração das informações necessárias para o controle. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Fase de Coleta 37 Essa coleta deve ser de forma simples e padronizada, não interrompendo ou prejudicando a execução dos serviços. É imprescindível a fidedignidade das informações, para isso, fez necessário o treinamento dos funcionários responsáveis por coletas de dados em busca da padronização dos apontamentos. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Fase de Análise 40 A análise do desempenho do setor e avaliação das atividades permite, aos gestores, a capacidade de tomar decisões mais objetivas e confiáveis pelo fato deles, através de indicadores e relatórios gerenciais, poderem acompanhar as oscilações e variações do processo na suas mais diversas vertentes: • Qualidade, • Custo, • Atendimento, • Moral e • Segurança. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Fase de Análise 41 A análise de informações é realizada a partir da coleta e processamento dos dados do processo e para cada item que oscile com grande freqüência ou apresente pontos fora da meta é realizado um Relatório, com o intuito de acompanhar os valores realizados e em realização, e excuta-se um plano de ação para estipular-se os novos valores. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Fase de Análise 42 São então abordados alguns componentes relativos à análise de informações implementadas nas empresas e que compõem parte das atividades realizadas no período de trabalho executadas por meio de estudos e utilizando o diagrama de Ishikawa. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Fase de Análise 45 Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Fase de Análise Análise da Moral: Para realizar a avaliação da moral da equipe há dois tipos de fontes, a primeira o índice de horas faltas e a segunda a realização da avaliação anual de desempenho, onde são realizadas análises do desempenho do funcionário e sua participação nos resultados obtidos pelo setor. 46 Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Fase de Análise 47 Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Fase de Análise Análise de Custo: Os custos são analisados de diversas formas. Faz-se a análise do custo interno da manutenção, como Overhead (despesas de funcionamento de uma empresa, incluindo os custos de aluguel, utilitários, decoração de interiores e impostos, líquido de mão de obra e materiais) e Horas Extras e das despesas de manutenção estratificadas por Centros de Custos Produtivos. Todas essas informações são extremamente importantes pois farão parte do memorial para o planejamento do orçamento fiscal do ano seguinte (Budget) e serão então reportadas para a alta diretoria e acionistas da empresa. 50 Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Fase de Análise 51 Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Fase de Análise Análise de Qualidade: Para análise da qualidade do produto, são colhidas, informações do setor da qualidade e estudadas as possíveis causas das não conformidades, por meio das paradas e Cartas de Controle (CEP). Quando detectado o problema, é elaborado um plano de ação na busca de minimizar ou eliminar tal problema, atribuindo a cada setor suas responsabilidades e autoridades nas ações efetivas. 52