Baixe Administração Participativa e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia de Produção, somente na Docsity! Colaboraram nesta edição: Guilherme de Oliveira Pereira (SEBRAE-SP), Marco Antonio Del Corso (Work Group) Fascículo Nº3 do programa Novo Varejo Educação, uma iniciativa da Novo Meio com o apoio da Andap, do Sincopeças e dos distribuidores Reportagem e redação: Tatfiana Rosa Ela está na lei 10.101/00 que, segundo diz, trata-se de instrumento de integração entre o capital e o trabalho e como incentivo à produtividade. A Participação nos Lucros e Resultados é conseqüência do aumento dos lucros e da melhoria dos resultados. Por isso, somente após a justa remuneração do capital da empresa é que se pode distribuir lucros. Seu valor deve ser determinado a partir de uma convenção coletiva entre empresa e empregados. Esse recurso passa por todos os departamentos a fim de consultar os funcionários de base e a criar mecanismos para que haja participação mais efetiva e frutífera. Recorrer aos funcionários é uma prova de que se quer ter qualidade. Eles sabem como as coisas são feitas na prática, por isso são capazes de identificar erros e indicar mudanças. O resultado desse processo são empresas mais produtivas e criativas e funcionários mais motivados (pois passam a ser ouvidos), mais responsáveis, mais comprometidos. Para exercer esse tipo de administração, nada mais justo que os funcionários também sejam recompensados de acordo com a lei da participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados das empresas (PLR). COMUNICAÇÃO É TUDO Funcionários orientados e bem informados sobre a missão da empresa, estarão capacitados a opinar e sugerir melhorias, com toda a responsabilidade. Conscientes de sua posição, treinados e munidos de informações, funcionários passam a ter maior poder de decisão sobre sua área. Eles são agentes realizadores e, em geral, conhecem como poucos sua área de trabalho. Seus dirigentes tomam decisões estratégicas mais seguras. Eles geram um importante fluxo de informações internas e externas e são conscientes de sua importância e do valor do seu trabalho no produto final. Empregados envolvidos nos planejamentos tornam-se comprometidos com o aumento da produtividade e motivados com os resultados alcançados. Não se pode falar em qualidade de produtos e serviços se quem vai produzi-los não têm qualidade de vida no trabalho. É buscando esta nova relação de convivência dentro das empresas, que a administração participativa pretende caminhar, no sentido de aumentar o processo de desenvolvimento, identificando interesses convergentes entre a base e o topo das organizações. Resultados, a médio e longo prazo, da prática da administração participativa: • Aumento da competência (não substituição) • Mais respeito humano • Engajamento do principal executivo • Confiança mútua e lealdade • Aumenta produtividade e obtenção do resultado • Atenção ao nível intermediário de chefia A atenção a atitudes simples como as relacionadas a seguir é determinante para que haja resultados e harmonia dentro do ambiente de trabalho. Siga estas dicas: Administração participativa Esse novo conceito de gestão de pessoas, muito mais humano e produtivo, resulta na integração de trabalhadores, empresas e comunidade. Pode-se dizer que é uma revolução silenciosa no interior das organizações, uma tendência que deve partir do empresário, no sentido de perceber a real importância dos funcionários e fazer com que suas atitudes revertam no melhor desempenho da loja. • Crie um ambiente sem ameaças e que encoraje a discussão. • Escute pacientemente. • Use suas habilidades de audição ativa: forneça respostas de apoio. • Concentre-se nas expectativas de desempenho no trabalho. • Ajude o funcionário a identificar e articular o problema. • Ajude o funcionário a considerar alternativas à solução do problema. • Encoraje o funcionário a articular um plano de ação. Há quem diga que é preciso conseguir primeiro administrar pessoas para então saber administrar empresas, lares, países, etc. O bom empresário, aquele que sabe planejar, organizar, direcionar e controlar seu negócio, tem consciência de que não faz nada sozinho. Ele precisa de pessoas que lhe inspirem confiança. Por isso, critérios de seleção são tão importantes para formar equipe. Mas só isso não basta. Descentralizar atividades, confiando e delegando funções, é mais do que necessário – é a partir daí que começa a gestão pessoal. Com a habilidade humana do empresário é que se desenvolve uma liderança eficaz, que se promove a possibilidade de comunicação com (e entre) os funcionários, compreende suas necessidades, enxerga e reconhece seus potenciais e, enfim, motiva toda a equipe. Fascículo nº3 O seu papel Administrando pessoas Gestão comportamental é administrar pessoas: suas atitudes, posturas, valores e comportamentos. É o relacionamento entre o empresário, seus colaboradores diretos e suas implicações. O ambiente harmonioso e coeso são fatores preponderantes para atingir o alto índice de produtividade e eficiência, gerando resultados positivos para a empresa. O empresário é o espelho da empresa. É a partir dos seus valores e comportamento que se molda a cultura, especialmente, das micro e pequenas empresas – cultura que é refletida diretamente na relação com o público externo. Para começar, relembre as suas funções básicas como empresário e perceba como essa figura central está presente em cada processo – e como tudo está diretamente ligado ao relacionamento interpessoal. É feito em conjunto e determina a missão da empresa, os objetivos a serem atingidos e o programa de ações, que inclui quantidade de pessoas necessárias. Organizar é estruturar, dividir trabalho, designar atividades para cada cargo, estabelecer relação entre as atribuições e destinar recursos. Assegura os resultados do que foi planejado; monitora e avalia o desempenho de cada um em suas funções e determina ações corretivas. É a maneira pela qual os objetivos devem ser alcançados a partir das pessoas designadas. Refere-se às relações entre administrador, gerentes e funcionários. Informática aliada Organização Direção ControlePlanejamento Como poderia a informática ser aliada no processo de gerenciamento de funcionários? Grandes e médias empresas até que têm a necessidade do uso de um software exclusivo para os recursos humanos, mas no caso das micro e pequenas empresas, isso seria um luxo desnecessário devido ao alto custo (por baixo, de R$ 50 mil a R$ 100 mil pela aquisição, fora a manutenção) e a pequena estrutura da maior parte das lojas de autopeças. No entanto, quem já conta com softwares de gestão administrativa também pode usá-lo para gerenciar o desempenho dos funcionários. É possível medir vendas e produtividade em função das comissões, da quantidade de operações realizadas, do tempo dessas operações, enfim, saber o desempenho de cada um dentro da empresa com instrumentos que estão ao alcance das mãos. Mas, para avaliar, não bastam os números dos relatórios. É preciso contar com um profissional que tenha bons olhos para analisar os dados e reconhecer com justiça o desempenho e qualidades de cada um.