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Análise de Riscos em Levantamentos Topográficos em Barragens Hidrelétricas, Notas de estudo de Engenharia de Produção

Os levantamentos topográficos requerem cuidados e procedimentos de segurança a serem adotados pelos profissionais da área, pois dessa conduta depende o bom andamento das atividades, incorrendo em ganho de tempo, praticidade e minimização de riscos de acidentes de trabalho. Assim, este trabalho tem como objetivo a identificação e análise de riscos em levantamentos topográficos realizados na barragem hidrelétrica Governador José Richa – Salto Caxias, no município de Capitão Leônidas Marques – PR.

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 13/06/2011

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Baixe Análise de Riscos em Levantamentos Topográficos em Barragens Hidrelétricas e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia de Produção, somente na Docsity! D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS PATO BRANCO IV CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DE RISCOS EM LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS EM BARRAGENS HIDRELÉTRICAS: ESTUDO DE CASO NA UHE GOVERNADOR JOSÉ RICHA - SALTO CAXIAS Aluno: Daniel Carvalho Granemann Orientador: Prof. Dr. Marcelo Fabiano Costella Pato Branco – PR Setembro/2009 D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o DANIEL CARVALHO GRANEMANN IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DE RISCOS EM LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS EM BARRAGENS HIDRELÉTRICAS: ESTUDO DE CASO NA UHE GOVERNADOR JOSÉ RICHA – SALTO CAXIAS Monografia apresentada ao IV Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, como requisito parcial para a obtenção do Título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho, realizado pela UTFPR Campus Pato Branco. Pato Branco - PR Setembro/2009 D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o AGRADECIMENTOS A Deus pela vida, oportunidades, obstáculos e vitórias; Aos amados pais Antonio Francisco e Ana Maria, por todo o amor e compreensão e por nunca medirem esforços para que eu alcançasse meus objetivos; Ao meu irmão Marcelo e aos primos Lucas e Marcus Vinícius, pela irmandade e momentos de alegria e descontração nas rodas de viola e tereré; À Universidade Tecnológica Federal do Paraná pela oportunidade; Ao Prof. Dr. Marcelo Fabiano Costella, pelas orientações importantes na elaboração desta monografia; Aos amigos e parceiros da UTFPR, José Ilo Pereira Filho e Evandro Marcos Kolling, e ao companheiro Marco Aurélio Nadal, pelos conselhos, instruções, apoio, discussões e contribuições diversas a este trabalho; Aos Professores Pedro Luis Faggion, Luis Augusto Koenig Veiga e Carlos Aurélio Nadal - Universidade Federal do Paraná - pelo incentivo na realização deste trabalho; À Companhia Paranaense de Energia (COPEL) pelo apoio, ao gerente de área da UHE Salto Caxias Edson José Marcolin pela atenção, e aos colegas engenheiros da COPEL Marcos Alberto Soares, Elizeu Santos Ferreira e Marcelo Madeira, pelo incondicional apoio, amizade e confiança em nossos trabalhos; Aos que impuseram obstáculos em nosso dia-a-dia, pois foram o diferencial de força na conquista dessa vitória. D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o “Combati o bom combate, Completei a carreira, Guardei a fé.” (São Paulo Apóstolo: 2 Tm 4,7) D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o RESUMO Os levantamentos topográficos requerem cuidados e procedimentos de segurança a serem adotados pelos profissionais da área, pois dessa conduta depende o bom andamento das atividades, incorrendo em ganho de tempo, praticidade e minimização de riscos de acidentes de trabalho. Assim, este trabalho tem como objetivo a identificação e análise de riscos em levantamentos topográficos realizados na barragem hidrelétrica Governador José Richa – Salto Caxias, no município de Capitão Leônidas Marques – PR. O trabalho propõe medidas de controle para os pontos mais críticos, através da Análise Preliminar de Riscos, embasando a implantação futura de um Programa de Gerenciamento de Riscos, uma vez que possibilita a antecipação, identificação, avaliação e conseqüente controle dos riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho. Palavras-chave: riscos, barragem hidrelétrica D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o LISTA DE QUADROS Quadro 1. Avaliação de Frequência .............................................................. 18 Quadro 2. Avaliação de Consequência ......................................................... 19 Quadro 3. Categorias de Riscos .................................................................... 19 Quadro 4. Avaliação Qualitativa de Riscos ................................................... 20 Quadro 5. Categorias de Riscos .................................................................... 20 Quadro 6. Agentes de Riscos – Levantamentos Topográficos em Barragem ...................................................................................... 35 Quadro 7. Análise Preliminar de Riscos – Levantamentos Topográficos na UHE ......................................................................................... 37 D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o LISTA DE TABELAS Tabela 1.Riscos - Frequências e Consequências ........................................ 36 Tabela 2. Avaliação Qualitativa de Riscos .................................................... 36 D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 3 1.1. OBJETIVO .................................................................................................. 3 1.2. JUSTIFICATIVA .......................................................................................... 4 1.3. ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA ................................................................ 4 2. EMBASAMENTO TEÓRICO ............................................................................ 6 2.1. SEGURANÇA EM BARRAGENS HIDRELÉTRICAS .................................. 6 2.2. LEVANTAMENTOS GEODÉSICOS E TOPOGRÁFICOS EM ÁREAS DE BARRAGENS HIDRELÉTRICAS ................................................................ 7 2.2.1. Técnicas de Levantamentos Geodésicos Aplicadas ao Monitoramento de Barragens .................................................................................................... 8 2.2.1.1. Triangulação ......................................................................................... 8 2.2.1.2. Trilateração ........................................................................................... 9 2.2.1.3. Nivelamento Geométrico ....................................................................... 9 2.3. GERENCIAMENTO DE RISCOS ................................................................ 10 2.3.1. Conceitos Básicos em Análise de Riscos ................................................... 11 2.3.2. Estrutura de um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) ............... 12 2.3.3. Riscos em Levantamentos Topográficos .................................................... 13 2.3.3.1. Agentes Físicos ..................................................................................... 15 2.3.3.2. Agentes Químicos ................................................................................. 15 2.3.3.3. Agentes Biológicos ................................................................................ 16 2.3.3.4. Agentes Ergonômicos ........................................................................... 16 2.3.4. Análise de Riscos e Identificação de Perigos ............................................. 16 2.3.4.1. Avaliação de Riscos .............................................................................. 18 2.3.4.2. Categorias de Riscos ............................................................................ 20 2.3.5. Trabalhos em Espaços Confinados ............................................................ 21 2.3.6. Equipamentos de Proteção ......................................................................... 22 2.3.7. Plano de Emergência .................................................................................. 25 3. MÉTODO DE PESQUISA ................................................................................. 26 3.1. LOCAL DE TRABALHO .............................................................................. 26 3.2. OBTENÇÃO DE DADOS ............................................................................ 29 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................... 31 4.1. LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS REALIZADOS NA BARRAGEM HIDRELÉTRICA .......................................................................................... 31 4.1.1. Nivelamento da Crista da Barragem ........................................................... 31 4.1.2. Monitoramento da Rede Externa ................................................................ 32 4.1.3. Monitoramento da Rede Interna ................................................................. 34 4.2. RISCOS PRESENTES NOS LEVANTAMENTOS ...................................... 35 4.3. AVALIAÇÃO DOS RISCOS ........................................................................ 35 5. CONCLUSÕES ................................................................................................. 40 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 41 D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 5 No capítulo 5 são apresentadas recomendações para os pontos críticos, bem como as conclusões sobre a análise de riscos inerentes aos levantamentos topográficos realizados na barragem hidrelétrica. D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 6 2. EMBASAMENTO TEÓRICO 2.1. SEGURANÇA EM BARRAGENS HIDRELÉTRICAS O monitoramento de barragens só não tem importância quando vidas e prejuízos materiais não são computados. No entanto, sabendo-se que o rompimento de uma barragem acaba por inundar cidades, destruindo casas, ocasionando perdas inestimáveis e danos econômicos a toda uma região, a observação e a instrumentação de barragens ganhou importância em meados da década de 50. Desde então há um continuo avanço nos instrumentos e métodos utilizados para a auscultação de barragem (GRANEMANN, 2005). Em 1996 e 1997 o Comitê Brasileiro de Grandes Barragens (CBGB), através da Comissão de Deterioração e Reabilitação de Barragens, elaborou minuta de portaria nº 739, do Ministério de Minas e Energia, criando o Conselho Nacional de Segurança de Barragens. Depois disso, o Ministério criou um grupo de trabalho a fim de elaborar um documento para normalizar procedimentos preventivos e de manutenção com relação à segurança das diversas barragens existentes. Ao final de 1998 o núcleo de São Paulo do CBGB finalizou o “Guia Básico de Segurança de Barragens”, contendo padrões e procedimentos para a orientação dos proprietários de barragens quanto à segurança das mesmas. Atualmente não há legislação específica no Brasil para as atividades de segurança de barragem, apenas um projeto de lei a ser aprovado, que consiste no Manual de Segurança do Ministério da Integração (EMAE, 2004 apud GRANEMANN, 2005, p. 6). D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 7 2.2. LEVANTAMENTOS GEODÉSICOS E TOPOGRÁFICOS EM ÁREAS DE BARRAGENS HIDRELÉTRICAS A Topografia é uma ciência aplicada que emprega métodos, técnicas e equipamentos para o levantamento de uma porção limitada da superfície terrestre, desconsiderando a sua curvatura, tendo por finalidade representá-la graficamente em escala adequada. Tais representações subsidiam estudos preliminares, pré-projetos, implantação e gerenciamento de obras, com dados e informações de grande importância para o monitoramento de estruturas, por exemplo. Por sua própria natureza um levantamento topográfico está em constante movimentação e deslocamento, o que por vezes acarretam situações de risco aos profissionais envolvidos, quer por falta de sinalização adequada no local de trabalho, ausência ou descumprimento de procedimentos, imperícia na operação dos instrumentos topográficos ou mesmo por falta de equipamentos de proteção coletiva e individual. Estudos têm sido realizados em áreas de barragens unindo-se diferentes técnicas, como nivelamento geométrico de precisão integrado com o NAVSTAR- GPS (Navigation System with Time and Ranging – Global Positioning System) no lago Maracaibo, Venezuela, região de extração de petróleo, trabalhos de nivelamento de precisão antes e após o enchimento do reservatório em várias regiões do mundo, como por exemplo o conduzido pelo Serviço Canadense na Barragem La Grande-2 (Quebec) (LAMBERT; LIARD, 1986) e o executado pelo Departamento de Levantamentos da antiga Rodésia no lago artificial Kariba, formado pelo rio Zambezi. Estas mudanças podem provocar deformações na barragem, terremotos e deslizamentos de terra (ZHANG et al., 1996). Pesquisadores alertam ainda que é de extrema importância o estabelecimento de redes geodésicas monitoradas para estudar e analisar as influências de reservatórios em subsequentes observações geodésicas incluindo, por exemplo, medidas da gravidade, observações astrogeodésicas e medidas com GPS (ZHANG et al., 1996). D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 10 2.2.1.3. Nivelamento Geométrico O nivelamento geométrico é a operação que visa a determinação do desnível entre dois pontos (FIGURA 2) a partir da leitura em miras verticais graduadas, através de um nível óptico-mecânico ou eletrônico/digital (VEIGA, 2003, p. 134). É um processo bastante simples, onde o desnível é determinado pela diferença entre uma leitura de ré e uma de vante. Figura 2 – Nivelamento geométrico Fonte: Veiga et al. (2003, p. 138) 2.3. GERENCIAMENTO DE RISCOS Conforme Souza (2009, p. 17), o gerenciamento de riscos consiste na implementação de processos básicos, como: - Identificação de riscos; - Análise de riscos; - Avaliação de riscos; B A A (RÉ) B (VANTE) Desnível (∆h) = Ré - Vante D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 11 - Tratamento de riscos por meio de: - prevenção: eliminação e redução; - financiamento: retenção. 2.3.1. Conceitos Básicos em Análise de Riscos Dentre os conceitos básicos, podem-se citar (SOUZA, 2009, p. 18): - Risco: condição com potencial de causar danos, podendo ser caracterizado também como freqüência ou probabilidade; - Perigo: expressa o grau de exposição em relação a um risco que favorece a sua materialização em danos; - Dano: severidade da lesão ou perda física resultante da perda de controle sobre um risco; - Causa: eventos, falhas ou omissões que podem provocar acidentes; - Segurança: definida como isenção de riscos; - Perda: prejuízo sofrido, sem garantia de ressarcimento por seguros ou outros meios; - Sinistro: prejuízo sofrido, com garantia de ressarcimento por seguros ou outros meios; - Incidente: também chamado de quase-acidente, é entendido como qualquer evento com potencial de causar danos não visíveis; - Acidente: evento não desejado que resulta em lesão, doença, danos à propriedad , interrupções de processos produtivos ou agressões ao meio ambiente. - Tratamento de riscos por meio de: - prevenção: eliminação e redução; - financiamento: retenção. Conforme o autor, em análise de riscos existem as séries, que consistem na relação de todos os riscos capazes de contribuir para a ocorrência de danos, podendo ser divididas em risco: - Inicial: o que dá origem à série; D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 12 - Principal: pode causar lesão, degradação da capacidade funcional dos trabalhadores, mortes, danos ao patrimônio; - Contribuinte: todos os demais riscos que compõem a série. 2.3.2. Estrutura de um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) A primeira etapa de um PGR está voltada à elaboração e implementação, com a antecipação dos riscos ambientais, denominada prevenção, que significa “chegar antes, antecipar”, originada do latim praevenire (PROTEÇÃO, 2009, p. 17). A antecipação envolve a análise de projeto de novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de modificações das já existentes, objetivando a identificação de riscos potenciais e a introdução de medidas de proteção para sua redução ou eliminação. A etapa seguinte refere-se ao reconhecimento dos riscos existentes nos locais de trabalho, estabelecendo prioridades, avaliando fatores de risco e exposição dos trabalhadores, acompanhamento das medidas de controle implementadas, monitorização da exposição aos fatores de riscos, registro e manutenção dos dados e avaliação periódica do programa. Dessa forma, o PGR deve contemplar alguns aspectos, como por exemplo, riscos físicos, químicos e biológicos, ventilação, investigação e análise de acidentes do trabalho, ergonomia e organização do trabalho, riscos decorrentes do trabalho em espaços confinados, equipamento de proteção individual (EPI) e plano de emergência, onde está inserida a prestação de primeiros socorros. Esquematicamente, o gerenciamento de acidentes de trabalho pode ser visualizado conforme a FIGURA 3. D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 15 biológicos e ergonômicos, sendo que em levantamentos topográficos em áreas de barragens, os agentes que estão mais presentes são os físicos e os ergonômicos. 2.3.3.1. Agentes Físicos São representados pelas condições físicas no ambiente de trabalho, como por exemplo, vibração, ruído, calor, frio, podendo causar danos à saúde. A vibração pode ser entendida como o movimento oscilatório de um corpo, devido a forças desequilibradas de componentes rotativos e movimentos alternados de uma máquina ou equipamento. De acordo com OSHA (2009 apud PESSA, 2008), ruído é um som indesejado, que traz uma sensação auditiva desagradável e perturbadora, cuja intensidade é medida em decibéis (dB). A Norma de Higiene Ocupacional 1 - Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído - preconiza que o tempo máximo de exposição diário permissível em função do nível de ruído de 85 db é de 8 horas (NHO, 2001, p. 18). As normas internacionais ISO 7243/89 - Ambientes quentes – e ISO/TR 11079/93 - Ambientes frios, apud Pessa (2008), são adotadas para verificar se os ambientes de trabalho podem ocasionar estresse térmico em virtude do calor e do frio, sendo necessário utilizar o termômetro de globo para estas verificações. 2.3.3.2. Agentes Químicos São encontrados em forma gasosa, líquida, sólida e pastosa. A poeira é um exemplo de partícula sólida, que por ação do vento, e dependendo do tamanho da partícula, pode causar pneumoconiose - doença respiratória provocada pela inalação de partículas suspensas no ar por períodos prolongados - tumores pulmonares, alergias e irritações nas vias respiratórias. D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 16 2.3.3.3. Agentes Biológicos São microorganismos patógenos presentes no ambiente de trabalho, como bactérias, fungos, vírus, bacilos, parasitas, capazes de produzir doenças, deterioração de alimentos, entre outros, e que apresentam facilidade de reprodução, além de contarem com diversos processos de transmissão. 2.3.3.4. Agentes Ergonômicos É o conjunto de conhecimentos sobre o homem e o ambiente de trabalho, fundamentais ao planejamento de tarefas, postos e ambientes de trabalho, ferramentas e máquinas, a fim de que sejam utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência. Dentre os casos mais comuns de problemas ergonômicos têm-se esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, monotonia e repetividade. Trabalhos repetitivos podem ocasionar lesão por esforço repetitivo (LER) e distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT), caso não sejam considerados os agentes ergonômicos presentes no ambiente de trabalho. Exemplo disso é que em 2008 foram concedidos 117353 auxílios-doença acidentáricos devido à LER/DORT, contra 95473 em 2007 e 19556 em 2006, significando um aumento superior a 500% em apenas dois anos. (PROTEÇÃO, 2009, p. 19). 2.3.4. Análise de Riscos e Identificação de Perigos Existem diferenças entre as definições de risco e perigo. Conforme a OSHA 18001 apud Costella (2009): D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 17 - risco é a combinação entre probabilidade e severidade da ocorrência de uma situação de perigo específica; e - perigo é uma fonte ou situação com potencial de causar danos à saúde, prejuízos à propriedade, ao ambiente de trabalho ou combinação entre eles. De acordo com Souza (2009, p. 19), os elementos chaves na identificação e reconhecimento de riscos são: - identificação: onde são reconhecidos todos os riscos inerentes às atividades; - avaliação: que classifica os riscos conforme a sua gravidade; - comunicação: cujo objetivo é a tomada de decisões sobre os riscos constatados; e - controle: constitui a fase final quando o risco é controlado. Dentro das técnicas de análise de riscos encontra-se a Análise Preliminar de Riscos (APR), as quais estão classificadas em: - Convencionais: constituídas por reuniões da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e de segurança, inspeções, relatos, análises e divulgação de acidentes, análise de tarefas e listas de verificações; - Não convencionais: divididas em análises: - Iniciais: destaca-se nessa análise a APR, cujo objetivo é o estudo dos riscos que podem estar presentes na fase operacional de um projeto, sendo uma revisão superficial de problemas gerais de segurança; - Operacionais: cujo objetivo é conhecer todas as operações que o trabalhador realiza, identificando os riscos e as medidas preventivas e corretivas; - Detalhadas: possibilita analisar as falhas dos componentes de um equipamento ou sistema, estimando taxas de falhas, determinando os efeitos provenientes e estabelecendo medidas de correção ou prevenção; e - Quantitativas: determina a seqüência crítica mais provável de eventos, identificando as falhas localizadas mais importantes no sistema, e determinando os elementos de controle das falhas encontradas. A análise de riscos busca discutir o que pode dar errado, e a possibilidade de desvios de projeto, operacionais ou manutenção transformarem-se em acidentes maiores. Assim, devem ser consideradas as questões: - O que pode dar errado; D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 20 Quadro 4. Avaliação Qualitativa de Riscos Categoria Qualitativo Controle 0 Extremamente baixo Basta ser identificado 1 Muito baixo Verificação das possibilidades de ocorrência 2 Baixo Requer ações integrantes de um programa tipo sinalização – ordem – limpeza (SOL), e boas práticas de trabalho (BPT) 3 Médio baixo Requer ações de SOL e BPT 4 Médio tolerado Requer ações de melhoria contínua 5 Médio não tolerado Programa específico de controle de riscos 6 Elevado Ações urgentes 7 Médio Elevado Intervenção urgente com cessação das atividades que geram o risco 8 Individual extremamente elevado Intervenção imediata com cessação das atividades que geram o risco 9 Social extremamente elevado Fonte: Adaptado de Cardella (1999) 2.3.4.2. Categorias de Riscos De acordo com a APR realizada, os riscos podem ser classificados conforme o QUADRO 5. Quadro 5. Categorias de Riscos Categoria Falha 1. Desprezível Não resultará em degradação maior do sistema, nem produzir danos funcionais ou lesões, ou mesmo contribuir com um risco ao sistema 2. Limítrofe Degradação do sistema em uma certa extensão, porém sem causar danos maiores ou lesões 3. Crítica Degradação do sistema causando lesões, danos substanciais, resultando em risco inaceitável, necessitando ações corretivas imediatas 4. Catastrófica Degradação severa do sistema, resultando em perda total, lesões ou morte Fonte: Adaptado de Souza (2009, p. 21) Assim, para realizar a APR recomenda-se rever os problemas conhecidos, determinar os riscos principais, iniciais e contribuintes, os meios de D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 21 eliminação e controle de riscos, analisar os métodos de restrição de danos, e determinar quem realizará as ações corretivas. 2.3.5. Trabalhos em Espaços Confinados A norma regulamentadora NR 33 estabelece os requisitos mínimos para a identificação de espaços confinados, bem como o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços. De acordo com esta norma, espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. Segundo o Anuário Brasileiro de Proteção (2008), publicado pela Revista Proteção, o Paraná ocupa a 11ª posição no ranking dos estados brasileiros, com o maior índice de acidentes no setor extrativo mineral, com 5137 acidentes e nenhuma morte, ocupando uma posição menos grave que Santa Catarina, com 6299 e Rio Grande do Sul, com 5526. O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM/PR) é o órgão que fiscaliza a segurança das atividades de mineração, assim como a pesquisa, lavra e beneficiamento dos bens minerais, realizando vistorias, autuando infratores e impondo sanções conforme a legislação mineral. O setor extrativo mineral paranaense é formado por empresas de pequeno a médio porte, sendo a maioria das minas é a céu aberto. Apenas duas mineradoras em atividade, uma de ouro, em Campo Largo, e outra de carvão, em Figueira, são subterrâneas. Neste setor os trabalhadores ficam expostos a riscos: - Físicos: ruídos, vibrações, umidade, entre outros; - Químicos: poeiras minerais, fumos, gases, etc.; - Biológicos: vírus, parasitas e bactérias; e - Ergonômicos: postura inadequada, esforço físico, turnos alternados. D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 22 A partir de 2001, quando entraram em vigor as Normas Regulamentadoras de Mineração (NRM), as condições de trabalho no setor tiveram melhorias. Antes disso, o trabalho de fiscalização era feito com base no Código da Mineração. As NRM são mais detalhadas, definindo os itens a serem fiscalizados. Ainda assim, de acordo com especialistas, há muito o que melhorar. 2.3.6. Equipamentos de Proteção A importância da proteção coletiva e individual está diretamente ligada à preservação da saúde e da integridade física do trabalhador. No entanto, somente nos casos em que não é possível eliminar as causas de acidentes, com proteção em máquinas, equipamentos ou locais de trabalho, é que o uso de equipamentos de proteção individual torna-se indispensável. Os equipamentos de proteção coletiva são aqueles que visam orientar os trabalhadores para evitar os, até então denominados, atos inseguros1, os quais implicam em acidentes do trabalho, como: proteção de máquinas, sinalização de segurança, normas e regulamentos de segurança, entre outros. Os equipamentos de proteção individual, conforme a NR 06, destinam-se a preservar a saúde do trabalhador no exercício de suas funções. Como exemplos destes equipamentos, pode-se citar: capacetes (FIGURA 4), óculos (FIGURA 5), protetor auricular tipo concha (FIGURA 6) e tipo plug (FIGURA 7), respirador facial (FIGURA 8), cinto travaquedas – modelo paraquedista - (FIGURA 9), entre outros. 1 A expressão “ato inseguro”, contida na alínea “b” do item 1.7 da NR 1, foi retirada da regulamentação, assim como os demais subitens que atribuíam ao trabalhador a culpa pelo acidente de trabalho, através da Portaria 84/09. (PROTEÇÃO, 2009, p. 16). D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 25 2.3.7. Plano de Emergência O objetivo do plano de emergência é a preservação da vida, evitando ou minimizando os danos físicos e psíquicos aos trabalhadores, visando a proteção da propriedade e evitando a paralisação da produção. Basicamente, as fases do plano de emergência são: 1 – Levantamento de riscos e proposição de medidas preventivas; 2 – Instalação de equipamentos de combate à incêndio; 3 – Formação de equipes de abandono de áreas; 4 – Instalação de material de primeiros socorros e formação de equipes de atendimento de urgência. No plano de emergência considera-se também a prestação dos primeiros socorros, que é a atenção imediata prestada a uma pessoa, cujo estado físico coloca em perigo sua vida, tendo por finalidade a manutenção das funções vitais, evitando dessa forma o agravamento de suas condições até receber assistência qualificada. Devido ao ritmo dos levantamentos topográficos, e mesmo estando bem condicionados fisicamente, os trabalhadores estão sujeitos à paradas cardiorespiratórias, lesões em articulações e ossos, incluindo fraturas, convulsões, picadas de insetos e animais peçonhentos, ferimentos, entre outros. Assim, reveste-se de especial importância a presença de socorristas nas equipes de trabalho, de forma que os trabalhadores possam ser prontamente atendidos no caso de algum acidente. Além disso, todos os levantamentos a serem realizados, bem como hora de início e término das atividades, e local de trabalho, devem constar na ordem de serviço do dia, devendo o responsável por cada equipe realizar o Diálogo Diário de Serviço (DDS) com seus encarregados, identificando os riscos naquele local, e os procedimentos na prestação dos primeiros socorros. D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 26 3. MÉTODO DE PESQUISA 3.1. LOCAL DE TRABALHO A Usina Hidrelétrica Governador José Richa - Salto Caxias - está situada no Rio Iguaçu, no município de Capitão Leônidas Marques (FIGURA 10). Figura 10 – Localização da UHE Gov. José Richa - Salto Caxias Fonte: Granemann (2005, p. 36) A construção das obras civis iniciou-se em janeiro de 1995, sendo que a produção comercial da primeira unidade geradora ocorreu em 18 de fevereiro de 1999 (COPEL, s.d.). De acordo com Copel (s.d.) a usina possui uma capacidade instalada de 1240 MW de potência, em quatro unidades instaladas. A barragem de Salto Caxias apresenta 67 m de altura e 1083 m de comprimento, é do tipo gravidade em CCR (concreto compactado a rolo). O vertedouro sobre a barragem abriga 14 CAPITÃO LÊONIDAS MARQUES D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 27 comportas com capacidade máxima de descarga para 49.600 metros cúbicos de água por segundo. A UHE Governador José Richa faz parte do complexo de usinas construídas no Rio Iguaçu, conforme ilustra a FIGURA 11. Figura 11 – Complexo de usinas hidrelétricas no Rio Iguaçu Fonte: Granemann (2005, p. 37) A FIGURA 12 apresenta a vista aérea da área da usina. De acordo com Copel (2004), a barragem de Salto Caxias, com 912.000 m3 de CCR, é a maior da América do Sul construída com esta técnica e a 8ª em volume de CCR no mundo. D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 30 Figura 14. Esquema para a APR Fonte: CPNSP (2009) Dessa forma, considerando que existe procedimento passo a passo para a realização das tarefas, apo a identificação e análise dos riscos, elaborou-se a APR simplificada para as atividades que apresentaram maior grau de risco. D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 31 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1. LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS REALIZADOS NA BARRAGEM HIDRELÉTRICA Os trabalhos realizados nos levantamentos topográficos em barragens hidrelétricas compreendem basicamente o nivelamento geométrico da crista da barragem, monitoramento da rede geodésica externa à barragem e monitoramento da rede topográfica interna à barragem. As atividades são executadas por pessoas devidamente habilitadas e treinadas, em jornadas diárias de 7 a 10 horas, de segunda à sexta-feira. Para orientar a equipe sobre os equipamentos, instrumentos, materiais e metodologias necessários para os levantamentos geodésicos e topográficos na área da barragem da UHE Salto Caxias, bem como o processamento dos dados obtidos em campo, elaborou-se um manual de procedimentos para cada uma das atividades executadas. 4.1.1. Nivelamento da Crista da Barragem O nivelamento geométrico na crista da barragem (FIGURA 15) visa a averiguação de deslocamentos verticais dos blocos que compõem a sua estrutura, através de campanhas periódicas. D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 32 Figura 15. Nivelamento geométrico – crista da barragem Fonte: Arquivo Pessoal No nivelamento a equipe de topografia desloca-se sobre a pista de rolamento, averiguando se há o deslocamento vertical da estrutura ao longo da crista da barragem. A equipe é formada por quatro pessoas, sendo um operador de nível, dois portamiras e um anotador. O nivelamento é realizado sob condições climáticas e atmosféricas variadas - calor, frio, chuva - não havendo intervalo para descanso. O trabalho tem duração média de 5 horas, havendo a passagem constante de veículos no local, além de animais peçonhentos como aranhas e lacraias no trajeto. 4.1.2. Monitoramento da Rede Externa Este levantamento visa a aplicação de métodos e técnicas geodésicas para a triangulação e trilateração da rede externa à barragem, visando o monitoramento de pontos de controle na estrutura desta, a partir dos pilares P1, D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 35 4.2. RISCOS PRESENTES NOS LEVANTAMENTOS De acordo com os levantamentos topográficos realizados, a equipe de trabalho fica exposta aos agentes de riscos apresentados no QUADRO 6. Quadro 6. Agentes de Riscos – Levantamentos Topográficos em Barragem Levantamento Nivelamento Geométrico Rede Externa Rede Interna Riscos Biológicos Picadas de Animais Peçonhentos (cobra, aranha, etc.) X X X Picadas de Mosquitos, Pernilongos, etc. X X Ergonômicos Esforço Físico X Postura Inadequada (tronco curvado a 20º, membros superiores a 90 º em relação ao tronco), quedas, entorces, fraturas X X X Físicos Iluminação Excessiva (visão ofuscada, dores de cabeça) X Iluminação Insuficiente (visão turva, dores de cabeça) X X Ruídos (dores de cabeça) X Temp. Extrema: calor, frio (dores de cabeça, náuseas, insolação, vômitos) X X X Fadiga X Organização do Trabalho Pressão e Cobrança X X Repetitivo e Monótono X X X Turnos Alternados X Analisando-se o quadro, constata-se que a presença de animais peçonhentos, postura inadequada e trabalho repetitivo e monótono são constantes em todos os levantamentos realizados. 4.3. AVALIAÇÃO DOS RISCOS Em virtude do maior número de reclamações de posturas inadequadas, D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 36 excesso e insuficiência de iluminação, ruídos e temperaturas extremas nos monitoramentos interno e externo da barragem, analisaram-se as freqüências com que ocorrem os problemas, e as consequências dos riscos destas atividades, sendo classificados de acordo com o exposto no QUADRO 1 e QUADRO 2, respectivamente. Os enquadramentos são apresentados na TABELA 1. Tabela 1.Riscos - Frequências e Consequências Atividades Freq. Cons. 1. Monitoramento Externo (postura, iluminação, ruídos, temp. extrema) Pilar P1 3 6 Pilar P2 3 6 Pilar P3 2 3 Pilar P6 2 7 2. Monitoramento Interno (postura, iluminação, ruídos, temp. extrema, fadiga) 3 2 Considerando-se a TABELA 1, realizou-se a avaliação qualitativa dos riscos das atividades (TABELA 2), conforme proposto por Cardella (1999). Tabela 2. Avaliação Qualitativa de Riscos Atividades Categoria Qualitativo Controle 1. Monitoramento Externo (postura, iluminação, ruídos e temp. extrema) Pilar P1 6 Elevado Ações Urgentes Pilar P2 6 Elevado Ações Urgentes Pilar P3 3 Médio baixo Requer ações de SOL E BPT Pilar P6 5 Médio não tolerado Programa específico de controle de riscos 2. Monitoramento Interno (postura, iluminação, ruídos, temp. extrema, fadiga) 4 Médio tolerado Requer ações de melhoria contínua D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 37 Na sequência foram elaboradas as APR para os levantamentos que apresentaram o maior grau de risco (QUADRO 7). Quadro 7. Análise Preliminar de Riscos – Levantamentos Topográficos na UHE ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS Local de Trabalho: Rede Geodésica de Monitoramento Externo – UHE Salto Caxias Data: 09/02/2009 Responsável pela análise: Daniel C. Granemann Ponto Risco Causa Efeito Categoria de Risco Tratamento P1, P2 e P6 Biológico: Picadas de aranhas, cobras, lacraias, etc. Locais de trabalho sem aceiro Asfixia, câimbras, inchaço, náuseas, morte Catastrófica Uso de caneleiras até a altura do joelho; Utilização de luvas para a limpeza dos locais de trabalho; botas de segurança, inspeção local antes do início das atividades Picadas de mosquitos e pernilongos Locais de trabalho com acúmulo de água Inchaço, alergia, coceira Crítica Uso de repelentes; camisas manga longa, calça comprida e botas de segurança Ergonômico: Postura inadequada Operação de equipamentos topográficos Lombalgias, fadigas muscular e mental Limítrofe Pausas para descanso; alongamentos, correção dos locais de trabalho para garantir a correção postural Físicos: Iluminação Excessiva Incidência direta dos raios solares Cefaleia; irritabilidade; imprecisão nas mensurações Limítrofe Utilização de chapéu ou boné; óculos de sol, trabalhar em horários com menor insolação direta Iluminação Insuficiente Sistemas de iluminação inadequados Cefaleia; vista cansada; imprecisão nas mensurações Limítrofe Utilização de sistemas de iluminação adequados Ruídos Trânsito de veículos Cefaleia; Irritabillidade; desconcentração Limítrofe Utilização de protetores auriculares Temperatura Extrema Calor Cefaleia, insolação, irritabilidade, desmaios, náuseas, vômitos, Crítica Utilização de chapéu, boné, protetor solar, óculos de sol; trabalhar em períodos com menor insolação direta Frio Cefaleia, congelamento das extremidades do corpo (mãos e pés); desconcentração Crítica Utilização de vestimentas adequadas e luvas, que não comprometam o desempenho das funções D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 40 5. CONCLUSÕES O modelo de APR empregado identifica os riscos, causas, efeitos, categorias de riscos e tratamento para cada um deles. Durante os trabalhos, notou-se que nem todos os colaboradores utilizam EPI adequados. Por exemplo, no monitoramento externo não utilizam caneleiras, para prevenir contra eventuais picadas de cobras, escorpiões e aranhas. No local é constante a presença de animais peçonhentos, tais como cobra cascavel, coral e urutu, cujos venenos podem ser letais, caso não sejam prestados socorros adequados a tempo. Apesar da APR ser uma técnica de análise não convencional, inserida nas análises iniciais de um processo ou sistema, é ferramenta importante no gerenciamento de riscos, embasando o check list específico para cada atividade, como forma de verificar junto aos colaboradores quais os riscos inerentes a estas, e as respectivas medidas mitigadoras. D an ie l C . G ra ne m an n U TF PR - Pa to B ra nc o 41 REFERÊNCIAS CARDELLA, B. Segurança no Trabalho e Prevenção de Acidentes: uma abordagem holística: segurança integrada à missão organizacional com produtividade, qualidade, prevenção ambiental e desenvolvimento de pessoas. São Paulo: Atlas, 1999. CARNEIRO, G. L. Proteção contra Incêndio. IV Turma do Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco. 2009. Formato power point. 1 disquete 3½ polegadas. COSTELLA, M. F. Gerência de Riscos – Fundamentos Matemáticos. Arquivo digital. IV Turma do Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco. 2008. CPNSP – Comissão Tripartite Permanente de Negociação do Setor Elétrico no Estado de São Paulo. Técnicas de Análise de Risco. Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br. Acesso em 17/08/09. DALBERTI – Produtos de Segurança. Capacete. 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Especificações e Normas para Levantamentos Geodésicos. PR 022, 1983. LAMBERT, A., LIARD, J.O. Vertical Movement and Gravity Change near de La Grande-2 Reservoir. J. Geoph. Res. Vol.91, 9 p. 1986. MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL. Norma de Higiene Ocupacional NHO 01. Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído. 2001. 40 p. ______. Norma Regulamentadora 6: Equipamento de Proteção Individual. 1978. ______. Norma Regulamentadora 7: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. 1978. ______. Norma Regulamentadora 9: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. 1978. ______. Norma Regulamentadora 33: Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados. 2006. PESSA, S. L. R. Agentes Físicos – Ruído. IV Turma do Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco. 2008. Formato power point. 1 disquete 3½ polegadas. PROTEÇÃO - Revista Mensal de Saúde e Segurança do Trabalho. Novo Hamburgo. 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