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Guias e Dicas
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Liderança X Chefia, Trabalhos de Farmácia

Este trabalho repassa alguns dos principais conceitos sobre liderança, confrontando com conceitos de chefia, comentando alguns pontos específicos.

Tipologia: Trabalhos

2011

Compartilhado em 29/06/2011

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anderson-rafael-rentz-3 🇧🇷

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Baixe Liderança X Chefia e outras Trabalhos em PDF para Farmácia, somente na Docsity! Liderança X Chefia Anderson Rafael Rentz (nov/2009) Resumo Este trabalho repassa alguns dos principais conceitos sobre liderança, confrontando com conceitos de chefia, comentando alguns pontos específicos. I. Introdução A liderança é um assunto que sempre despertou interesse. Tanto é, que especulações em torno dela remontam a “A República”, de Platão, e mesmo aos diversos livros do Antigo Testamento, da Bíblia. Nos últimos 60 anos esse interesse acirrou-se, especialmente com o advento das teorias científicas da administração e dos estudos organizacionais. II. O que é liderança? O dicionário informa: Liderança: espírito de chefia; forma de dominação baseada no prestígio pessoal e aceita pelos dirigidos. Função, posição, caráter de líder; espírito de chefia; autoridade, ascendência . Líder: Indivíduo que chefia, comanda e/ou orienta, em qualquer tipo de ação, empresa ou linha de idéias; guia, chefe ou condutor que representa um grupo, uma corrente de opinião, etc. Indivíduo que tem autoridade para comandar ou coordenar outros; pessoa cujas ações e palavras exercem influência sobre o pensamento e comportamento de outras; pessoa que se encontra à frente de um movimento de caráter religioso, filosófico, artístico, científico, etc.; algo ou alguém que guia, conduz . Além de incompletos, se queremos entender como o fenômeno ocorre no interior do grupo e da organização, as definições acima começam com uma falha grosseira, para quem já se ateve um pouco que seja sobre o assunto – confunde liderança com chefia e líder com chefe. O processo de liderança normalmente envolve um relacionamento de influência e duplo sentido, orientado principalmente para o atendimento de objetivos mútuos, tais como aqueles de um grupo, organização ou sociedade. Portanto, a liderança não é apenas o cargo do líder mas também requer esforços de cooperação por parte de outras pessoas. As organizações precisam de liderança forte e administração forte para atingir sua eficácia ótima. No mundo dinâmico de hoje, precisamos de líderes que desafiem o status “quo”, criem visões de futuro e sejam capazes de inspirar os membros da organização a querer realizar essas visões. Também precisamos de administradores para elaborar planos detalhados, criar estruturas organizacionais eficientes e gerenciar as operações do dia-a-dia. “Liderar é, antes de tudo, ser capaz de administrar o sentido que as pessoas dão àquilo que estão fazendo”, acrescentando que “essa administração do sentido implica o conhecimento e domínio das características da cultura da organização, ao mesmo tempo em que liderar exige também o conhecimento do sentido que cada um dá à atividade que desempenha”, para finalizar reconhecendo que “no cruzamento dessas duas fontes de significado é que o líder se tem proposto, cada vez de forma mais clara, como elemento-chave dentro das organizações. III. Chefes ou líderes A essa altura já deverá estar suficientemente claro a diferença entre chefe e líder. Vamos a mais alguns registros para deixar ainda mais nítida a distância que separa um do outro. Gerentes e líderes não são necessariamente parentes e liderança é sinônimo de motivação. O chefe é essencialmente manipulador e sua grande virtude está em manter a passividade dos funcionários na luta pelos objetivos, que são dele ou da empresa, mas raramente deles. Age como se o trabalho não fosse fonte legítima de satisfação e, sendo assim, os trabalhadores têm que ser forçados a realizá-lo. Promete, alicia e ameaça com a mesma facilidade. Suborna, disfarçando de campanha motivacional. Gere pelo movimento, ao invés de pela motivação. Em sintonia com a filosofia empresarial que lhe dá guarida, parte do pressuposto de que problemas técnicos exigem conhecimento, mas para problemas com pessoas basta um pouco de bom senso. É presa fácil de treinamentos que visam desenvolver o chefe ideal (afinal, crê na existência dele!), acreditando haver uma forma ideal de se lidar com pessoas. O líder vai exatamente na contramão de tudo isso: Em uma comunidade de trabalho produtiva, os líderes não são comandantes e controladores, chefes e mandachuvas. “Eles são servidores e sustentáculos, parceiros e prestadores.” Neste ponto, chamam a atenção para a dificuldade de assimilarmos essa nova condição, pelo condicionamento imposto pela visão cúpula-base, superior- subordinado. “Não somos ingênuos, é claro. Reconhecemos que as posições que as pessoas ocupam nas organizações fazem a diferença: a categoria tem seus privilégios”. (...) [Porém] Acreditamos que a antiga hierarquia organizacional é oca. E os gerentes esclarecidos sabem que servir e apoiar libera muito mais energia, aptidão e compromisso do que comandar e controlar. (...) Embora não estejamos defendendo as eleições abertas dentro das organizações [para a escolha de chefias], sugerimos que as gerências não se iludam. As pessoas votam – com a sua energia, a sua dedicação, a sua lealdade, as suas aptidões, as suas ações. Você não se esforça mais quando acredita que as pessoas que o lideram estão aí para atender às suas necessidades, e não apenas às delas próprias?. A arte de mobilizar os outros para que estes queiram lutar por aspirações compartilhadas, e fazem um desafio: Para sentir a verdadeira essência da liderança, parta do pressuposto de que todos os que trabalham com você são voluntários. Suponha que seus funcionários estão lá porque querem estar, não porque são obrigados. (De fato, eles na verdade são voluntários – sobretudo aqueles de quem você mais precisa. As melhores pessoas são sempre as mais procuradas e podem escolher a quem emprestar seus talentos e seus dons. Elas permanecem porque têm vontade de ficar.) Que condições seriam necessárias para que sua equipe quisesse se engajar em sua organização ‘voluntária’? Sob condições de trabalho voluntário, o que você precisa fazer se quisesse que seu pessoal apresentasse um desempenho de alto nível? O que você teria de fazer se quisesse que elas permanecessem leais à sua organização? Concluindo: Se existe um aspecto característico do processo de liderança, ele reside na distinção entre mobilizar os outros para fazer e mobilizá-los para querer fazer. Os ocupantes de cargos de autoridade podem levar outras pessoas a fazer algo devido ao poder que possuem, mas os líderes mobilizam os outros para que queiram agir graças à credibilidade de que dispõem. Há uma diferença monumental entre arregimentar apoio e dar ordens, entre conquistar compromisso e impor obediência. Os líderes mantêm a credibilidade em conseqüência de suas ações – ao desafiar, inspirar, permitir, guiar e encorajar.
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