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Guias e Dicas
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Caracterização e gerenciamento de resíduos em aterros no Estado de São Paulo, Notas de estudo de Engenharia Ambiental

A caracterização do estado de são paulo e da floresta atlântica, com foco na gestão de resíduos em aterros. Inclui informações sobre o clima de são paulo, a mata atlântica e as leis e resoluções vigentes no estado para o gerenciamento de resíduos. Além disso, apresenta detalhes sobre o processo de impermeabilização de fundo do aterro estudado, a importância da drenagem de águas pluviais e o controle da geração e migração de gases nos aterros.

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 05/09/2011

rdrigo-feitoza-2
rdrigo-feitoza-2 🇧🇷

4.6

(4)

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Baixe Caracterização e gerenciamento de resíduos em aterros no Estado de São Paulo e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Ambiental, somente na Docsity! SUMÁRIO 1. Introdução..................................................................................................................00 2. Caracterização do Estado de São Paulo e da Floresta Atlântica..........................00 2.2 Fauna e Flora da Região.............................................................................00 3. Estrutura e Funcionamento de um aterro sanitário...............................................00 3.1 Como é feito o controle da quantidade de resíduos que são descarregado em um aterro......................................................................................................00 3.2 Processo de Impermeabilização de fundo do aterro estudado................00 3.3 Importância da drenagem das águas pluviais em um aterro...................00 3.3.1 Finalidade dos drenos verticais e horizontais em um aterro...............00 . Conclusão...................................................................................................................00 . Referências Bibliográficas..........................................................................................00 LISTAGEM DE TABELAS Tabela 1: Médias de temperatura do ar e precipitação para São Paulo..................00 Tabela 2: Vantagens e desvantagens do tratamento de chorume com peróxido de hidrogênio.......................................................................................................................00 LISTAGEM DE FIGURAS Figura 1: Corte esquemático do aterro: estrutura e operação..................................00 Figura 2: Processo de impermeabilização do Aterro.................................................00 1. Introdução O aterro de resíduos consiste no seu confinamento no solo em condições de segurança física, mecânica e de ambiente e saúde pública. É uma técnica conceitualmente bastante simples, mas que envolve, contudo, um conjunto extremamente complexo de fenômenos físicos, químicos e biológicos, e ainda uma série de alterações mecânicas, algumas das quais ainda mal conhecidas. O aterro é um componente indispensável em qualquer sistema de gestão integrada de resíduos. Representa de fato o destino final para todos aqueles resíduos em relação aos quais não foi possível encontrar um processo de reciclagem ou de valorização (incineração, tratamento biológico). Como não é possível concepção um sistema de gestão que seja 100% eficiente, não produzindo resíduos, temos de aceitar que o aterro virtualmente nunca desaparecerá. (F.J.M.Antunes Pereira, 2003). A regulamentação recai sobre os aspectos técnicos e construtivos, além dos parâmetros e planos de monitoramento ambiental durante todo o seu ciclo de vida. Considerando o aterro estudado, suas características convergem para uma localização parecida com o Estado de São Paulo, usaremos as leis, resoluções e decretos vigentes desse estado para todos os aspectos competentes ao aterro. 2. Caracterização do Estado de São Paulo e da Floresta Atlântica O Estado de São Paulo estende entre as latitudes 19°47’ e 25°19’S e as longitudes 53°06’ e 44°10’W, e tem uma área total de 248.256 km2. A altitude varia desde o nível do mar até 2770m na Serra da Mantiqueira (WANDERLEY, SHEPHERD E GIULIETTI, 2001). O clima de São Paulo é considerado subtropical, com diminuição de chuvas no inverno e temperatura média anual de 19,25 °C, tendo invernos brandos verões com temperaturas moderadamente altas, aumentadas pelo efeito da poluição e da altíssima concentração de edifícios. O mês mais quente, fevereiro, tem temperatura média de 22,5°C e o mês mais frio, julho, de 16 °C, por causa do efeito das ilhas de calor, causado por excessos de prédio, asfalto, concreto e poucas áreas verdes, a cidade de São Paulo tem sofrido com os dias quentes e secos durante o inverno, ultrapassando a marca dos 28 °C nos meses de julho e agosto. Devido à proximidade do mar, a maritimidade é uma constante do clima local, sendo responsável por evitar dias de calor intenso no composto por grande número de epífitas, liquens e samambaias. Na Floresta Atlântica, o índice de endemismo de bromélias, orquídeas, palmeiras e epífitas chega a cerca de 70% (AMBIENTE BRASIL, 2011). No Anexo 1, há uma tabela com as principais famílias e espécies de vegetação da Floresta Atlântica. FAUNA 3. Estrutura e Funcionamento de um aterro sanitário 3.1. Como é feito o controle da quantidade de resíduos que são descarregados em um aterro É efetuado controle de entrada de resíduos industriais no aterro, com objetivo de assegurar e garantir que se recebem somente resíduos industriais autorizados e compatíveis com as suas instalações e licenciamento ambiental. Os órgãos fiscalizadores, CETESB e Polícia Ambiental, recebem relatórios mensais de todos os resíduos recebidos no aterro. Como forma de assegurar o atendimento ao disposto na Licença Ambiental, o aterro conta com infra-estrutura local e serviços de apoio, que adotam os procedimentos abaixo descritos: PROCEDIMENTOS: Caracterização dos resíduos: Previamente à disposição final no Aterro, toda empresa deverá apresentar ao aterro, Laudo de Classificação para Caracterização de Resíduos Sólidos gerados no seu processo produtivo, como forma de comprovar a classificação dos mesmos. Verificações preliminares e inspeção visual na balança do aterro: Como o Aterro só receberá resíduos industriais autorizados e compatíveis com as suas instalações e licenciamento ambiental, serão feitas verificações visuais pelo fiscal do aterro, além do funcionário da balança de acesso ao Aterro, para checar se o registro (CADRI) está de acordo com a carga contida no caminhão e, com o Laudo de Classificação do resíduo a ser recebido. Layout de entrada: O(s) caminhão(ões) com carga de resíduos, que chegarem na área da balança de pesagem, fica estacionado em local adequado para espera junto ao acostamento lateral da balança, até que as verificações preliminares e, eventuais coletas de amostras para realização de ensaios expeditos comprovem a caracterização e adequação dos resíduos industriais. Coleta de amostras: Constatada alguma irregularidade na carga quando da inspeção visual, será acionado o Técnico Químico do Laboratório do aterro, responsável pela coleta de amostras da carga, assim como para execução dos ensaios expeditos. Contraprovas: Em caso de persistirem dúvidas sobre a caracterização dos resíduos industriais contidos na carga, serão novamente coletadas amostras e levadas ao Laboratório interno para repetição dos ensaios expeditos, com guarda de uma ou mais amostras em depósito e arquivo interno ao Laboratório, para eventual contraprova posterior. Encaminhamento do transportador: Este aguardará na área de espera, orientações para liberação ou proibição de descarga, em função dos resultados das análises e ensaios a serem executados no Laboratório. Liberação para disposição: Se os resultados dos ensaios indicarem a conformidade com o laudo de classificação dos resíduos, e, desde que sejam classes IIA e IIB, será(ão) liberado(s) o(s) caminhão(ões) para descarga. Inconformidades: Na constatação de eventual inconformidade em função do resultado das análises expeditas, o transportador será proibido de proceder à descarga. Casos especiais: Em determinados casos, na constatação de eventual inconformidade, será susceptível de coleta de amostra suplementar para encaminhamento de análises completas em Laboratório externo, quando os tipos de resíduos, procedimentos ou orientações prévias, assim o determinarem necessário. Informações à CETESB: Todas as informações referentes às cargas que adentram no Aterro, como quantidades, tipos de resíduos e sua conformidade com o Laudo de Classificação dos resíduos e o CADRI, serão compilados diariamente, devendo ser enviados no formato de relatório periódico mensal à CETESB. 3.2. Processo de Impermeabilização de fundo do aterro estudado O processo de impermeabilização de fundo é feita com duas geomembranas envolvendo uma camada de argila (1); a geomembrana inferior está em contato direto com o subsolo escavado, enquanto que a superior está separada dos resíduos por uma camada de areia ou cascalho para drenagem dos lixiviados, os quais são recolhidos em tubagem perfurada, por sua vez envolvida por uma camada de cascalho drenante e uma geotêxtil (para filtração de partículas) (2). O gás é recolhido por sucção através de tubagem (6) e enviado para a incineradora (7) para produção de eletricidade. Os resíduos são depositados no solo e compactados em células (4) que são cobertas com uma camada de terra (5) no final do dia, para evitar cheiros e evitar atrair animais vetores de doenças (aves, roedores, insetos). Após completo, o aterro é coberto por uma camada impermeabilizante (8), que pode ser argila ou um material sintético (geomembrana); finalmente toda a área é coberta com solo vegetal (cerca de 60-100 cm) e vegetação, para recuperação paisagista. Abaixo as figuras 1 e 2 esquematizam o sistema de impermeabilização do fundo do aterro: Figura 1: Corte esquemático do aterro: estrutura e operação. 1-Impermeabilização do fundo (argila e 2 geomembranas) 2-Tubagem (perfurada) para coleta dos lixiviados 3-Piezômetro periférico, para monitorar da qualidade das águas subterrâneas 4-Célula em construção 5-Terra de cobertura diária 6-Tubagem de sucção (recolha) de biogás 7-Grupo moto gerador (queima do gás e produção de eletricidade) 8-Impermeabilização de topo 9-Rede de drenagem
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