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Guias e Dicas
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criação de aves, Notas de estudo de Engenharia Elétrica

criação de aves

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 05/10/2011

carlos-mateus-9
carlos-mateus-9 🇧🇷

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Baixe criação de aves e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Elétrica, somente na Docsity! INÉDITO Introdução a nutrição de aves ornamentais Os psitacídeos, conhecidos como “aves de bico tor- to”, são famosos entre animais considerados “pet”. É nesta família que encontramos as araras, papagaios, aratingas e periquitos. Temos também os canários (Serinus canaria), pássaros oriundos das Ilhas Canárias que se propagaram pelo mundo há cerca de 500 anos. Hoje, a prática da cria- ção dessas aves silvestres é considerada uma das ativida- des lúdicas mais praticadas pelo homem. Um dos fatores mais importantes numa criação bem sucedida é a alimen- tação que representa a maior parte do custo total de um criatório. Muitas vezes, a nutrição das aves ornamentais é praticada de forma empírica e com composição nutricional inadequada. Por esse motivo é importante conhecer as necessidades nutricionais dos pássaros, nas diversas con- dições e estágios fisiológicos de modo que as dietas pos- sam ser formuladas a fim de atender todas as necessidades. As rações que utilizam exclusivamente sementes são deficientes em muitos nutrientes essenciais e muitas semen- tes são excessivamente ricas em gorduras (girassol, aça- frão, cânhamo, colza e painço). Quando se suplementam rações formuladas comercialmente com legumes, verdu- ras, frutas, e outros, os petiscos devem ser limitados a fru- tas e legumes e verduras verde-escuras. A conversão ali- mentar das aves que consomem ração formulada comerci- almentes pode ser desafiadora, mas os benefícios de uma nutrição adequada, podem melhorar a higidez e proporci- onar uma vida mais longa. Uma nutrição desbalanceada induz efeitos negativos como baixa fertilidade, diminuição dos índices de postura, defeitos de plumagem entre outros. Os canários atuais são resultados de uma série de mutações ocorridas durante a evolução das espécies. A canaricultura tem cada vez mais adeptos e está mais aper- feiçoada nos países mais desenvolvidos, portanto a nutri- ção desta espécie deveria ser tratada com maior cunho científico. A preferência alimentar dos canários em relação às diferentes sementes fornecidas tem papel fundamental no balanceamento da composição energética de sua dieta. No Brasil, os canários são alimentados com sementes tais como alpiste, aveia, colza, niger, linhaça, nabão e cânha- CRIAÇÃO Carlos Augusto Mallmann” D. Tyska? A. O. Mallmann? B. A. Mallmann* P Dilkin mo que possuem diferentes composições de proteínas, carboidratos e lipídios. No entanto, temos poucos estudos que analisam a preferência alimentar dos canários e como isso pode interferir no seu crescimento, saúde, reprodução e comportamento. Taylor et al. (1994) relatam que o consumo diário de matéria seca para canários, com dietas a base de mistura de sementes, é 0,14 g/g de peso vivo (PV). Taylor et al. (1997) encontraram valores para consumo de matéria seca de 4,94 g/dia para canários de 4 anos e 5,35 g/dia para canários com mais de 5 anos. Kamphues e Wolf (1997) afir- maram que canários adultos (22 9), consomem entre 2,6- 3,3 g MS (dietas à base de sementes). As exigências nutricionais variam conforme a fase de vida do animal. Segundo Euler (2008), em estudos realiza- dos com o objetivo de verificar o nível ótimo de proteína bruta para canários em manutenção, sugerem que 15% de Proteína Bruta podem atender as exigências de manuten- ção neste estágio fisiológico, com concentrações energéticas aproximadamente de 2850 kcal/kg. As aves são animais uricotélicos, isto é, o ácido úrico é o produto final principal no metabolismo do nitrogênio. O nitrogênio do ácido úrico é originário da dieta ou do catabolismo do tecido corporal. Dietas formuladas com excesso de proteína, proteína dietética desequilibrada (mes- mo em baixos níveis), proteína de baixa qualidade, ou ali- mentos pobres, elevam a excreção de ácido úrico urinário. Além disso, o excesso de nitrogênio nas dietas pode pro- vocar um acúmulo de ácido úrico e ureases em vários teci- dos em vez de ser excretado pelos rins, acarretando pro- blemas como hiperuricemia e gota úrica (ULLREY et al., 1991). ! Médico Veterinário. Dr., Prof. LAMIC/DMVP/CCR/UESM, RS - mallmann E lamic.ufsm.br * Acadêmica do Curso de Zootecnia, CCR/UFSM, RS. * Acadêmico do Curso de Med. Veterinária, CCR/UFSM, RS. * Acadêmica do Curso de Med. Veterinária, UFPel, RS. * Médico Veterinário, Dr., Prof. LAMIC/DMVP/CCR/UFSM, RS. Dos 19 aminoácidos requeridos pelas aves, 13 são onsiderados essenciais, porque eles não podem ser sinte- zados pelo organismo da ave e devem ser suplementados a dieta. São eles: Arginina, cistina, glicina, histídina, Soleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, riptofano. tirosina e valina. Alguns, por exemplo, são en- ontrados em farinha de peixe (lisina e metionina), farinha le carne, penas, soja, milho (lisina), farinha de glútem de nilho (metionina). A lisina é o aminoácido essencial para 's aves, fundamental na formação de proteinas, indução lo crescimento e prevenção do canibalismo. A metionina, onsiderada também como um aminoácido essencial pode rovocar atraso no crescimento, mau empenamento, cani- alismo, redução da fertilidade e da eclosão dos ovos. A alimentação de aves em cativeiro pode ser mais omplexa do que se imagina. Os pássaros de vida livre têm cesso as mais variadas espécies de sementes, brotos, olos, insetos e outros para satisfazer suas necessidades. Jma vez presos, como compensar isso? Geralmente pen- a-se que um canário que se tem na gaiola da cozinha pode er mantido só com as sementes que adquirimos na loja de nimais ou supermercado, o que, até certo ponto não dei- LL Indústria e Comércio de Cereais Ltda Rua Aloncio de Camargo, 346 - Loteamento Parque do SolPasso Fundo-RS CEP 99032-040 - CNPJ: 01554358/0001-29 - IE 091/0275378 cercaisiltpo.com.br - Tel. (54) 3312.0212 - Fax (54) 3313-7538 ásta da SOSM | Jun/09 xa de ser verdade. Sabe-se que presos, os pássaros movi- mentam-se menos, e por isso as exigências nutricionais mudam. Infelizmente poucas vezes temos percepção que numa situação em que as aves só podem comer o que ofertamos, sofrem frequentemente de carências alimenta- res que passam despercebidas e vão se agravando com o tempo. Mas, qual seria a forma e a dieta mais correta para alimentar nossos pássaros? Qual dieta atenderia melhor as necessidades nutricionais dessas aves? Alimentando pássaros com alimentos variados não necessariamente estaremos dando uma dieta balanceada ideal, pois estas poderão ser deficientes em aminoácidos essenciais, minerais e vitaminas, causando problemas coma distrofia muscular, distúrbios reprodutivos e problemas re- lacionados a muda de penas. Mas esse não é o maior pro- blema, o excesso de gordura contido nessas sementes, que não pode ser removido após seu consumo representa o maior perigo. Aves presas, nutridas com poucas variedades de sementes, podem ficar desnutridas e se intoxicar com al- gum contaminante que pode ser comum nessa fonte de alimento, como ocorre com as micotoxinas.
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