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HIDROGEOQUÍMICA DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL NO SOLO DE UMA MESOBACIA NO NORDESTE PARAENSE, Notas de estudo de Agronomia

RESUMO A hidrogeoquímica do escoamento superficial pode auxiliar em tomadas de decisão direcionadas a gestão de recursos hídricos em bacias hidrográficas, principalmente em áreas com atividades agropecuárias, como o nordeste paraense, em que a sustentabilidade é comprometida pelo inadequado manejo e uso da terra. Com esse intuito elaborou-se a seguinte questão: Qual é o efeito de diferentes ecossistemas (agricultura, sistema agroflorestal, agroecossistema de pastagem, sistema de corte-queima-cul

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 27/05/2012

cristiane-formigosa-10
cristiane-formigosa-10 🇧🇷

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Baixe HIDROGEOQUÍMICA DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL NO SOLO DE UMA MESOBACIA NO NORDESTE PARAENSE e outras Notas de estudo em PDF para Agronomia, somente na Docsity! CRISTIANE FORMIGOSA GADELHA DA COSTA HIDROGEOQUÍMICA DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL NO SOLO DE UMA MESOBACIA NO NORDESTE PARAENSE BELÉM 2011 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA-UFRA INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CRISTIANE FORMIGOSA GADELHA DA COSTA HIDROGEOQUÍMICA DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL NO SOLO DE UMA MESOBACIA NO NORDESTE PARAENSE BELÉM 2011 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA-UFRA INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Dissertação apresentada à Universidade Federal Rural da Amazônia, como parte das exigências do Curso de Mestrado em Ciências Florestais: Área de Concentração em Manejo de ecossistemas & bacias hidrográficas, para obtenção do título de Mestre. Orientador: Prof. Dr. Francisco de Assis Oliveira Co-orientador: Prof. Dr. Ricardo de Oliveira Figueiredo EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL DEDICATÓRIA A Deus, por ser meu amor, força, sabedoria e vida! Aos meus pais pelo apoio e carinho em todos os momentos. “... os que esperam no Senhor renovam suas forças, sobem com asas como águia, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.” Is. 40:31 “Se, porém algum de vós necessitardes de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhe impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém com fé, em nada duvidando...” Tg. 1:5-6 DEDICO AGRADECIMENTOS A Deus, pois tudo que tenho e tudo que sou vem Dele. Aos meus pais Maria das Graças Formigosa Gadelha e Valdeci Gadelha da Costa por sempre me darem todo o apoio nos meus estudos. Ao Programa de Pós-Graduação “strictu sensu” em Ciências Florestais da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), pela oportunidade de realizar este curso. À EMBRAPA Amazônia Oriental pelo apoio e estrutura proporcionada para a execução do projeto de pesquisa. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior – CAPES, pela concessão de bolsa de estudo. Aos Professores Dr. Francisco de Assis Oliveira (orientador) e Dr. Ricardo de Oliveira Figueiredo (co-orientador), pela confiança depositada, apoio, horas de conversas e discussões sobre os dados, sempre atentos a qualquer pergunta, sugestão ou dúvida. Aos Drs. Steel Silva Vasconcelos e Pedro Gerhard, coordenadores dos projetos “GESTABACIAS - Conservação de recursos naturais em mesobacias hidrográficas na Amazônia Oriental: iniciativas integradoras para promover o planejamento participativo da gestão ambiental no meio rural. Sistemas agroflorestais na Amazônia oriental: potencial de mitigação de efeitos das mudanças climáticas” (Financiado pela EMBRAPA – Macroprograma 2) e “Agricultura familiar e qualidade de água no Nordeste Paraense: Conservação de serviços agro-ecossistêmicos em escala de bacia hidrográfica”, (Financiado pelo CNPQ – CT-HIDRO), pela oportunidade e pelos recursos financeiros para as atividades de campo e laboratório. Aos professores e colegas de Curso do Programa de Pós-Graduação “strictu sensu” em Ciências Florestais da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Em especial à Deivison Venicio de Souza, Larissa Santos de Almeida, Ana Paula Lima Baldez, Simone Marinho de Oliveira e Rafaella Fernandes Damasceno Silva pela grande amizade conquistada e palavras confortantes nos momento críticos. Ao técnico da EMBRAPA Amazônia Oriental, Reginaldo Frazão, pelo apoio em campo, amizade e agradável realização dos trabalhos nas áreas estudadas. Aos estagiários e amigos do Laboratório de Ecofisiologia da EMBRAPA Amazônia oriental. Em especial à Fabíola Fernandes, Camila Pires, Daniel Barroso e Izabela Santos, pelo apoio em campo, amizade e ensinamentos. Colaborando para um ambiente de trabalho agradável. Aos agricultores donos das áreas avaliadas na comunidade São João, Sr. Manoel Silva, Gabriel Silva e Christiano, pela colaboração. Aos amigos e em especial ao amigo Camilo Ferreira pela amizade, conversas, momentos de força e palavras de motivação. À secretária da Pós-graduação em Ciências Florestais, Mylena Rodrigues, pelo bom atendimento e serviço eficiente sempre que precisei. A todos da minha Igreja Profética Sião, sem exceção, pelas orações e palavras ministradas. E a todos que de alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho. ABSTRACT The hydrogeochemical of the overland flow can assist in decision-directed management of water resources in river wathershed, especially in areas with agricultural activities, such as the northeast of Pará, that sustainability is compromised by inadequate management and land use. In face of this we elaborated the following question: What is the effect of different agricultural production systems on the runoff in a northeastern Pará watershed? It was evaluated some hydrogeochemical variables of the overland flow at different agricultural systems in the watershed of Timboteua and Buiuna streams situated in the northeast of Pará state, a region where family farming is the main land use. Physico-chemical variables and dissolved inorganic anions concentrations were measured in the material transported by rainwater and overland flowat soils of agricultural fields with different management types (chop-and-mulch and slash-and-burn) in the following ecosystems: i) 20 years Secondary forest (“Capoeira”)(CP), ii) Agroforestry system (SAF) - slash-and-burn (SQ), iii) Agroforestry System (SAF) - chop-and-mulch (ST), iv ) Agroecosystem - chop-and-mulch (RT), v) Agroecosystem - slash-and-burn (RQ), vi) Cattle Pasture Agroecosystem - slash-and- burn (PQ). The experiment consisted of three overland flow plots (1m2) in each one of the six ecosystems (totaling 18 plots). Also it were installed three collectors of rainwater and two rain gauges near by the ecosystems. Monitoring was done from January to June 2010, being collected 234 samples rainwater and runoff. In the first chapter, assessing the influence of land use and soil management to water losses by overland flow, we measured the highest runoff total volumes at [PQ] (34,79 mm) and SAF [ST] (15,25 mm). In the Chapter 2, monitoring the physico-chemical aspects of the overland flow, we could see that rainwater samples where the most acid ones , followed by [CP] and [SQ] samples, what can be related to organic matter sources. Finally at Chapter 3, regarding to the anions (Cl-, NO3 -, PO4 3-, SO4 2-) concentrations in the rainwater and overland flow, it is likely a moderate and positive correlation of pH with the anions, being stronger with the nitrate (ρ = 0.448 **), as well as a positive correlation of electrical conductivity with chloride (ρ = 0.625 **) and sulfate (ρ = 0.629 **) and a negative one with the volume (ρ = -0, 531 **). In summary it was observed the influence of land use and management types at the different studied ecosystemsto the overland flow volume, and its physico-chemical parameters (pH, EC) and anions concentrations. Keywords: Hydrogeochemistry, runoff, land use, anions. 11 1. CONTEXTUALIZAÇÃO A água é considerada como uma das bases do desenvolvimento da sociedade moderna e, por isso, a qualidade e o seu uso sustentável tem suscitado grande preocupação. A qualidade da água dos rios de áreas naturais é resultado das influências do clima, geologia, fisiografia, solos e vegetação da bacia hidrográfica (FORTESCUE, 1980). Esses componentes comuns da paisagem são importantes na dinâmica de nutrientes e no ciclo hidrológico em diferentes tipos de ecossistemas terrestres. Em áreas onde atividades antrópicas são desenvolvidas, como a agricultura, o uso do solo interfere nas características físicas, químicas e biológicas da água. Nas bacias com ecossistema de floresta natural, por exemplo, a vegetação promove a proteção contra a erosão dos solos, a sedimentação, a lixiviação excessiva de nutrientes e a elevação da temperatura da água (SOPPER, 1975). Ou seja, os rios são coletores naturais das paisagens, refletindo o uso e ocupação do solo de sua respectiva bacia hidrográfica. Em estudos ambientais, há uma tendência à escolha da bacia hidrográfica como unidade de investigação, por apresentar área com limites topográficos definidos e uma interação intrassistêmica, entre atmosfera e vegetação, plantas e solo, rocha e água subterrânea, cursos d'água ou lagos e suas áreas circundantes (MOLDAN e CERNÝ, 1994). Nos últimos anos, estudos ambientais e socioeconômicos realizados na parte leste do Estado do Pará, localizada no denominado “arco do desflorestamento” da Amazônia, têm demonstrado impactos negativos do processo de ocupação espacial da região sobre a sustentabilidade do uso da terra e a conservação de recursos naturais (WATRIN; VENTURIERI; SAMPAIO, 1998). As atividades agropecuárias têm se expandido, para áreas de vegetação ripária, resultando em redução da qualidade da água em microbacias hidrográficas dessa região (FIGUEIREDO et al., 2006; METZGER, 2002; KATO et al., 2004; LIMA; SOUZA; FIGUEIREDO, 2007; ROSA, 2007; VIEIRA; TOLEDO; ALMEIDA, 2007). Na Amazônia, a prática agropecuária da agricultura itinerante ou migratória está amplamente difundida na produção de base econômica familiar. Normalmente é utilizado o sistema tradicional da agricultura, chamado de derruba-e-queima, caracterizado pelo uso de uma área por um a dois anos, seguido por vários anos de pousio (SCHMITZ, 2007). A vegetação secundária (capoeira) se desenvolve para, após algum tempo, ser transformada em 12 “fertilizante” por meio da prática agrícola de queima para o próximo período de cultivo (KATO et al., 2010). Por causar perdas de nutrientes, emissões nocivas de gases à atmosfera, contaminação dos mananciais hídricos e riscos de incêndio, a agricultura itinerante vem sendo muito discutida pela sociedade em geral (BROWN, 1988; SOMMER et al., 2004; MORAN, 1990; HÖLSCHER et al., 1997; NEPSTAD; MOREIRA; ALENCAR, 1999). Visto que setores de produção agrônomica negligenciam a necessidade do balanço energético na produção para verificar a eficiência da utilização da energia utilizada ou desperdiçada. Assim, a possibilidade das gerações futuras atenderem suas próprias necessidades fica comprometida (GIORDANO, 1995). Na pespectiva da agricultura sustentável, processos que aperfeiçoam sistemas produtivos tradicionais, que normalmente não têm um manejo conservacionista dos solos e fazem uso inadequado de agrotóxicos e de fertilizantes minerais e orgânicos, são cada vez mais necessários para maximização e otimização da utilização dos recursos naturais na agricultura. Segundo Holanda (2003) e Gliessman (2001) em termos de sistemas é possível a interação do ecossistema aberto, como o de produção agrícola, com a natureza e com a sociedade, através do desenvolvimento de um sistema alimentar sustentável, que trabalha a eficiência do processo de conversão de recursos naturais na produção agrícola. Esses se posicionam na interface entre os sistemas naturais e sociais, e que não somente agem como fonte de inputs (insumos), mas também como dreno de outputs (produção). O movimento da água na superfície dos ecossistemas terrestres age como transportador de massa pelo ciclo hidrológico. Por sua vez, é um dos ciclos biogeoquímicos mais importantes para a manutenção dos ecossistemas, caracterizado por conter um conjunto ativo de pequenos reservatórios atmosféricos, vulneráveis às pertubações antrópicas (ODUM, 1988). Os ecossistemas (ODUM, 1988) aquáticos têm sido alterados na composição hidrogeoquímica de maneira significativa em função de múltiplos impactos ambientais advindos de atividades antrópicas. Segundo Neill et al. (2001) os nutrientes que ciclam nos ecossistemas terrestres, eventualmente alcançam os recursos hídricos, sejam subterrâneos ou superficiais, e possuem grande importância para a biota aquática e para a qualidade da água e seu uso múltiplo. Em uma sociedade que faz uso crescente de água, e que tende a ocupar a bacia de forma desordenada, há a necessidade de organizar e orientar o uso da terra e de outros recursos naturais de uma bacia hidrográfica. Dessa forma, o manejo de bacias, por ser um 15 três diferentes escalas: microbacias (áreas menores que 10 km2); mesobacia (área de aproximadamente 10.000 km2); e a Bacia do Rio Amazonas (com aproximadamente 7 x 106 km2). O experimento foi instalado em duas propriedades (área 1 e 2) de pequenos agricultores pertencentes à Comunidade São João (Figura 2), situada a 47º 38’ 38,7”W e 01º 00’ 41,4”S no município de Marapanim-PA, que tem como limites as comunidades: São José, Ubussu, Nossa Senhora de Aparecida e Santa Rosa, além do Rio Marapanim. Apesar da Comunidade São João (Figura 2) estar situada no município de Marapanim, esta dista cerca de 18 km da sede municipal de Igarapé-Açu e observa-se que aspectos biofísicos como solo e clima se assemelham bastante aos de Igarapé-Açu (OLIVEIRA, 2002). O município de Marapanim tem uma população de 28.011 habitantes, distribuídos entre zona rural (62%) e urbana (38%); tem uma área de 791,96 km2 com uma densidade populacional de 35,5 hab/km2 (IBGE, 2010). A comunidade São João (Figuras 2 e 3) é composta por aproximadamente 436 habitantes, com 82 famílias que praticam agricultura de pequeno porte de base familiar (Figura 2) e fazem parte da Associação Comunitária Rural de São João (ACRSJ), que tem como objetivo promover desenvolvimento comunitário por meio das potencialidades locais com uma agricultura sustentável (SANTOS, 2006). Figura 1. Localização da mesobacia dos igarapés contíguos Timboteua e Buiuna, onde se situa a área experimental na comunidade São João, nordeste do Estado do Pará, Marapanim (PA), Brasil (1). 16 Figura 2: a) Agricultores de produção de base familiar da Comunidade São João-PA; b) espaço utilizado como Igreja; c) microbacia utilizada para usos múltiplos como: serviços domésticos, recreação e irrigação; d) agricultor da primeira área escolhida para instalação do experimento (Sr. Manoel) em seu plantio de milho e mandioca; e) casa de farinha do Agricultor (Cristiano) dono da segunda área escolhida para a instalação do experimento; f) plantio de Piper nigrum L. (pimenta-do-reino) próximo da primeira área escolhida (2). Figura 3: Fases do sistema de derruba-e-queima: a) Processo manual de derruba da capoeira; b) queima da capoeira; c) área queimada pronta para o plantio. Fases do sistema corte-e-trituração:d) Processo mecanizado de derruba da capoeira; e) trituração da capoeira com o trator tritucap; f) área triturada pronta para o plantio(2). (1) Imagem gerada no laborátorio de Sensoriamento remoto da EMBRAPA Amazônia Oriental (Projeto GESTABACIAS). (2) Fotos: Cristiane Formigosa. a b c d e f d a f c b e 17 1.3.2. Aspectos fisiográficos Geologia e Geomorfologia A geologia da região é representada por unidades cenozóicas, que estratigraficamente dividem-se em: sedimentos terciários do Oligo-Mioceno (Formação Pirabas), e Mio-Plioceno (Grupo Barreiras; arenitos, argilitos, silto-ferrosos) (ARAI et al., 1988) e sedimentos quaternários do Pleistoceno (Formação Pós-Barreiras) e do Holoceno (Sedimentos Recente), representados pelas várzeas do rio Marapanim, presentes em quase todo o seu trecho e nos seus afluentes do baixo curso (BEMERGUY; BORGES; COSTA, 1992; ROSSETTI et al., 1989; SILVA JÚNIOR, 1998). A unidade geológica dominante área em estudo é o Grupo Barreira, contemplando argilitos, siltitos, arenitos e conglomerados (CPRM, 2006; ROSSETTI, 2001). Como relatado por Wickel (2004) a estratigrafia da região da área de estudo é dominada pelo Grupo Barreiras. Esse em alguns locais atinge uma espessura de 120 m, foi depositado a partir do Terciário (Plioceno) para início do Quaternário (Pleistoceno) em uma alternância flúvio- lacustre e ambientes marinhos. O Grupo Barreiras é coberto com uma série de sedimentos quaternário de espessura variável, constituídos por areias e argilas chamado de “Grupo Pós-Barreiras” (ROSSETTI, 2001). Essa formação consiste em sedimentos arenosos com grãos de quartzo finos e grossos, com camadas argilosas de cores variadas, não consolidados. As formações Barreiras e Pós- Barreiras são geralmente separadas por uma crosta laterítica de espessura variável. Os sedimentos quaternários são representados por sedimentos aluvionares, situados nos vales dos rios e igarapés que drenam a região nordeste do Pará. Esses sedimentos são constituídos principalmente por quartzo, o mineral dominante nas frações areia e silte, argilominerais (caulinita e illita), além de hematita e goethit (BERRÊDO; COSTA; PROGENE, 2008). Ocorrem minerais acessórios representados principalmente por zircão, turmalina, estaurolita, cianita, rutilo e anatásio, além de ocorrências esporádicas de sillimanita, andaluzita, granada, topázio, anfibólio e minerais opacos (NASCIMENTO, 2002). As areias são constituídas por frações finas e médias, de coloração marrom, com siltes e 20 altamente sazonal, contribuindo com grande quantidade de sedimentos e água doce durante os períodos mais chuvosos. Clima De acordo com a classificação de Köppen, o clima é predominantemente do tipo climático Ami e do sub-tipo climático Am2 (Köppen) com temperatura média anual em torno de 26,5 ºC. A amplitude térmica é mínima e o clima é amenizado pela proximidade do oceano, sendo que a variação climática nesta região está associada com a distribuição das chuvas (MARTORANO et al., 1993; PACHÊCO e BASTOS, 2006). Porém, segundo Pachêco e Bastos (2007), as chuvas não se distribuem homogeneamente durante o ano, apresentando as maiores médias dos totais mensais de chuva nos meses de fevereiro, março e abril e as menores nos meses de setembro, outubro e novembro. Assim, as precipitações pluviométricas são relativamente elevadas, com cerca de 2500- 3000 mm entre os meses de janeiro a junho. Ocorre um período de estiagem característico entre os meses de julho a dezembro, caracterizado por baixas precipitações (inferiores a 60 mm) (SUDAM, 1984). A umidade relativa do ar situa-se entre 80-85% (média anual), associada ao regime de chuvas (MARTORANO et al., 1993). Ecossistema terrestre O ecossistema terrestre original da região do nordeste paraense é do tipo Floresta Equatorial Subperenifólia e Hidrófila (RADAMBRASIL, 1973). Atualmente, há predomínio de ecossistemas sucessionais em vários estágios, denominados popularmente de “capoeiras”. A capoeira (vegetação secundária espontânea) como vegetação de pousio, assume um papel central no agroecossistema da agricultura itinerante, pois ela recupera a perda do potencial produtivo ocasionada pela derruba, queima e breve fase de cultivo, além de ser uma comunidade vegetal rica em diversidade de espécies (HUBER, 1909; DENICH, 1991). 21 Segundo pesquisas na literatura, estudos de caracterização da vegetação realizados em Igarapé-Açu descreveram cerca de seis famílias mais importantes e ocorrentes em “capoeiras”: Leguminosae, Myrtaceae, Sanpidaceae, Bignoniaceae, Connaraceae, Flacourtiaceae (DENICH, 1991). Em estudos quantitativos em “capoeiras” foram identificadas vinte espécies mais importantes de acordo com a frequência de ocorrência (Anexo A), que compõem 79,2% do total de plantas individuais. Bem como foram descrito as vinte espécies mais importantes em relação à biomassa (Anexo B). Estas vinte espécies compõem 79% da biomassa total (DENICH, 1991). Esses estudos, concluiram também que a maioria das espécies arbóreas e arbustivas das “capoeiras” avaliadas sobreviveu devido à sua capacidade de regeneração, de acordo com a utilização da área. A vegetação secundária de terra intensamente alterada sobrevive nas fases iniciais da sucessão e pode ser considerada uma comunidade vegetal substituída pelo homem (DENICH, 1991). A região do nordeste paraense possui também vários agroecossistemas como unidades agrícolas, que tipicamente consistem de um mosaico de vegetação secundária em estágios sucessionais diversificados em períodos de pousio e pequenos campos agrícolas, sendo as principais culturas o (Milho) Zea mays, (Feijão-caupi) Vigna unguiculata, e a (Mandioca) Manihot esculenta Crantz. Além de cultivos semiperenes plantados sob sistema convencional, como o (Maracujazeiro) Passiflora edulis Sims, a (Pimenta-do-reino) Piper nigrum L. e o (Dendezeiro) Elaeis guineensi. Ocorre ainda, agroecossistemas de pastagens geralmente degradados de dimensões diversas, tendo a predominância da agricultura familiar nas unidades agropecuárias (WICKEL, 2004; SILVA et al., 1999; SAMPAIO; KATO; NASCIMENTO-E-SILVA, 2007). Por meio de classificação do uso da terra (Satélite Landsat, sensor TM, RGB-345, 2008) na mesobacia dos igarapés Timboteua e Buiuna observam-se as seguintes classes com suas respectivas áreas e percentuais de área em relação à área total dessa mesobacia: floresta antropizada (605 ha ou 6,9%); ecossistema sucessional maduro − “capoeira alta” (1.803 ha ou 20,6%); ecossistema sucessional intermediário − “capoeira baixa” (3.302 ha ou 37,8%); campos aluviais (192 ha ou 2,2%); agroecossistema de pastagem não manejado − “pasto sujo” (1.358 ha ou 15,5%); agroecossistema de pastagem − “pasto limpo” (1.259 ha ou 14,4%); agroecossistemas − “cultivos agrícolas” (41 ha ou 0,47%); e formação de agroecossistemas − “solo sob preparo” (136 ha ou 1,6 %). 22 1.4. CARACTERIZAÇÃO DO EXPERIMENTO Em duas propriedades agrícolas familiares foram identificados e selecionados seis ecossistemas (tratamentos), onde em cada um se alocaram três parcelas experimentais para amostragem do escoamento superficial no solo (Tabela 1). Foram instalados também três coletores de água de chuva e dois pluviômetros. Tabela 1. Ecossistemas escolhidos na área experimental. Nº Ecossistemas Identificação Características 1 Ecossistema de floresta sucessional “Capoeira” de 20 anos CP Área sob pousio agrícola. 2 Sistema agroflorestal (SAF) - derruba-e- queima SQ Preparo de área por meio da derruba-e- queima da capoeira. 3 Sistema agroflorestal (SAF) - corte-e- trituração ST Preparo de área por meio de corte-e- trituração da capoeira. 4 Agroecossistema de Roça - corte-e- trituração RT Preparo de área por meio de corte-e- trituração da capoeira. 5 Agroecossistema de Roça - derruba-e- queima RQ Plantio de mandioca com preparo de área por meio da derruba-e-queima da capoeira. 6 Agroecossistema de Pastagem PQ Preparo de área por meio da derruba-e- queima da capoeira. O delineamento utilizado apresenta, portanto, 6 tratamentos (ecossistemas) previamente estabelecidos e um tratamento controle (coleta de água da chuva), com três repetições cada, totalizando 21 unidades experimentais. Foram realizadas campanhas de campo em 26 datas diferentes, no período de janeiro a junho de 2010, resultando em 234 amostras de água da chuva e de escoamento superficial. As amostras consideradas referem-se ao escoamento superficial decorrente tanto de apenas um dia de chuva como também de vários dias de chuva, haja vista que se necessitava de um volume mínimo de 60 mL de amostra de escoamento, para possibilitar a realização das medições, ou seja, a imersão na amostra dos sensores dos equipamentos utilizados. A amostragem do escoamento superficial foi realizada com a instalação em cada ecossistema de três parcelas fixas de 1m x 1m (1m2) no sentido da declividade. A parcela de escoamento superficial foi estruturada com três de suas laterais delimitadas por tábuas de madeira vedadas pela parte externa (100 x 30 cm) enterradas no solo até a profundidade de 10 cm; uma calha coletora de polietileno de alta densidade (HDPE; Ø = 50 mm) medindo 1 m de comprimento e conectada a uma mangueira de silicone (Ø = 20 mm) para condução da água escoada até um recipiente de polipropileno (20 L) (Figura 4), segundo Silva et al. (2005) e Moraes et al. (2006). Previamente foi feita, em laboratório, a lavagem do material utilizado em campo com solução ácida (HCl 5%) e água deionizada, Milli-Q. 25 Sistema agroflorestal (SAF) - corte-e-trituração (ST): área com preparo realizado há cinco anos por meio de corte-e-trituração da capoeira, localizada a 47º37’59,80’’W e 01º00’30,24”S, com aproximadamente 6.050 m² e declividade média de 4,29 %, contendo plantio de (Bananeira) Musa paradisiaca, (Mogno) Swietenia macrophylla King., (Açaizeiro) Euterpe oleracea, (Pimenta-do-reino) Piper nigrum L., (Teca) Tectona grandis L. f., e (Gliricídia) Gliricidia sepium (Jacq.) Steud., em que foi feito adubação em cova quatro vezes no ano de 2007 com composto orgânico de torta de mamona, cinzas, folhas de capim (Braquiarão) Brachiaria Brizantha, folhas de (Ingazeiro) Inga edulis, cama de aviário, esterco bovino, casca de (Mandioca) Manihot esculenta Crantz. Antes do SAF ser implantado em 2006 a área foi utizada por sete anos para plantio (1995) de (Feijão-caupi) Vigna unguiculata, que foi adubado durante o período de cultivo com 5 g de NPK-18.18.18 nos primeiros quinze dias de plantio e NPK-10.28.20 antes da floração. Posteriormente, por cinco anos foi feito plantio (2002) de (Pimenta-do-reino) Piper nigrum L. As parcelas instaladas foram identificadas em campo como ST-1, ST-2 e ST-3 (Figura 7 e Apêndice D). Figura 7: (a) Sistema agroflorestal com preparo de área por meio de corte-e-trituração (ST); (b) coletor (ST) do escoamento superficial no solo em campo com dimensão de 1m2. Agricultura itinerante - Agroecossistema de Roça (RQ): área localizada a 47º38’22,8”W e 01º01’04,81”S, com aproximadamente 5.050 m², declividade média de 4,64 %. Preparo de área realizado em janeiro/2010 por meio da derruba-e-queima da capoeira para cultivo de (Mandioca) Manihot esculenta Crantz. No entanto, até a finalização das amostragens do escoamento superficial, no mês de junho de 2010, o agricultor havia feito o plantio planejado. Inicialmente a composição da área era de um ecossistema de floresta sucessional de aproximadamente vinte anos, queimado pela primeira vez no ano de 1994 para implantação da primeira roça. No ano de 2009 foi realizado plantio de (Mandioca) Manihot esculenta Crantz e (Milho) Zea mays sem adubação e calagem. As parcelas instaladas foram codificadas em campo como RQ-1, RQ-2 e RQ-3 (Figura 8). a b 26 Figura 8: (a) Roça com preparo de área convencional de derruba-e-queima (RQ); (b) coletor (RQ) do escoamento superficial no solo em campo com dimensão de 1m2. Agricultura alternativa – Agroecossistema de Roça (RT): área com preparo realizado em janeiro/2010 por meio de corte-e-trituração da capoeira para cultivo de (Mandioca) Manihot esculenta Crantz, localizada a 47º38’02,33”W e 01º00’28,42”S, com aproximadamente 6.050 m2 e declividade média de 3,29 %. Porém, até a finalização das amostragens do escoamento superficial, no mês de junho de 2010, o agricultor havia realizado o plantio planejado. No ano de 2009 foi realizado plantio de (Cacaueiro) Theobroma cacao L. e (Açaizeiro) Euterpe oleracea, adubado no momento do plantio em cova com composto orgânico de torta de mamona, cinzas, folhas de capim (Braquiarão) Brachiaria Brizantha, folhas de (Ingazeiro) Inga edulis, cama de aviário, esterco bovino, casca de (Mandioca) Manihot esculenta Crantz. As parcelas instaladas foram codificadas em campo como RT-1, RT-2 e RT-3 (Figura 9). Figura 9: (a) Preparo de área mecanizado do agroecossistema de roça, por meio de corte-e-trituração da capoeira, feito em janeiro /2010 (RT); (b) coletor (RT) do escoamento superficial no solo em campo com dimensão de 1m2. Agroecossistema de Pastagem (PQ): área com preparo realizado há cerca de dez anos por meio de derruba-e-queima da capoeira destinada à criação de bovinos, localizada a a b b a 27 47º38’27,73”W e 01º00’57,13”S, com aproximadamente 6.050 m², declividade média de 5,03 % e presença de capim do gênero Brachiaria. Desde a implantação da pastagem, foi feito na área limpeza e roçagem uma vez por ano; a área nunca recebeu aplicação de calcário. Os animais foram suplementados com casca de (Mandioca) Manihot esculenta Crantz e sal mineral (Purinafós, Purina, Brasil) com as seguintes especificações nutricionais (dieta para animais de 450 kg com consumo de 100g/dia): macronutrientes − 17 g/dia de cálcio (Ca2+), 10 g/dia de fósforo (P), 10 g/dia de sódio (Na+), 1,5 g/dia de magnésio (Mg2+) e 1 g/dia de enxofre (S) e, micronutrientes − 4,5 mg/dia de cobalto (Co), 134 mg/dia de cobre (Cu), 9 mg/dia de Iodo (I), 201 mg/dia de manganês (Mn), 3 mg/dia de Selênio (Se), 492 mg/dia de Zinco (Zn), 48 mg/dia de Ferro(Fe). As parcelas instaladas foram codificadas em campo como PQ-1, PQ-2 e PQ-3 (Figura 10). Figura 10: (a) Agroecossistema de Pastagem, área com manejo de derruba-e-queima (PQ); (b) coletor (PQ) do escoamento superficial do solo em campo com dimensão de 1m2. Amostragem local da precipitação (CH): Para o monitoramento da pluviometria local e da química da água da chuva foram instalados três coletores de chuva, a 47º38’03,31’’W e 01º00’25,61”S, em local sem interceptação da precipitação para evitar a descaracterização e contaminação das amostras. Os coletores constituem-se de um recipiente plástico (5 L), e funil (diâmetro de 103,2 mm), ambos de polipropileno, conectados por uma mangueira (diâmetro de 20 mm) de silicone inerte. A abertura do funil está a 1,5 m acima da superfície do solo, protegida com tela de nylon (0,5 mm de malha) para evitar a entrada de insetos e restos de folhagem. Os coletores foram codificados em campo como CH-1, CH-2 e CH-3 (Figura 11). a b 30 1.5.2. Procedimentos analíticos No máximo em quarenta e oito horas após a coleta, as amostras de água foram filtradas (Apêndice E) através de membranas de policarbonato (Ø poro = 0,4 µm; marca Millipore) em kit de filtração de polipropileno (Sterifil Aseptic System Millipore), utilizando uma bomba a vácuo livre de óleo lubrificante (marca Gast). Após a referida filtração para separação da fração dissolvida, as amostras foram armazenadas sob refrigeração (aproximadamente 4 ºC) até o momento de se realizarem as determinações de cátions e ânions (APHA, 1985). As concentrações de nitrato (NO3 -), fosfato (PO4 3-), cloreto(Cl-) e sulfato (SO4 2-) dissolvidos, foram determinadas por meio de cromatografia líquida por troca iônica (cromatógrafo de íons Dionex DX-120, acoplado ao amostrador automático Dionex AS-40, com coluna supressora Dionex ASRS-ULTRA II 4 mm). As espécies químicas após interação com coluna analítica específica (AS22 - ânions) foram medidas por meio de um detector de condutividade que compõe o sistema de análise (Apêndice E). Nas análises utilizou-se volume de injeção de 150 µl e fluxo de 1,22 ml min-1, tendo como ferramenta analítica de automação o Software Chromeleon. Todas as soluções, incluindo eluente, regenerante, solução-estoque e solução-padrão foram preparadas com água ultrapura (Milli-Q® – marca Millipore), de baixa condutividade (0,054 µS a 25ºC). Com o objetivo de garantia da qualidade das análises realizadas foram utilizadas soluções-padrão internacionais de referência (Environmental Research Associates). 1.6. ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO A dissertação foi dividida em duas partes: a primeira parte consiste na contextualização do tema abordado (contendo a problemática, os objetivos, as hipóteses e caracterização do estudo com procedimentos adotados), e a segunda parte é uma estrutura composta com artigos. Esses artigos pretendem discutir os principais resultados de análises das variáveis hidrogeoquímicas do escoamento superficial no solo de diferentes ecossistemas presentes em uma mesobacia no nordeste paraense com uso predominante de agricultura familiar, para responder a problemática em questão. Todos os temas abordados buscam compreender a relação entre o uso da terra e a qualidade dos recursos hídricos. No primeiro artigo (capítulo 1) apresentou-se a relação da precipitação com o volume escoado nas parcelas experimentais e avaliou-se a influência das mudanças ocorridas nos usos da terra e no manejo (corte-e-trituração e derruba-e-queima) do solo nas perdas de água por 31 escoamento superficial no solo na mesobacia dos igarapés Timboteua e Buiuna no nordeste paraense. No segundo artigo (capítulo 2), apresentou-se a avaliação hidroquímica com alguns dos principais ânions inorgânicos [nitrato (NO3 -), fosfato (PO4 3-), cloreto(Cl-), sulfato (SO4 2-)], pH e condutividade elétrica e a relação dessas variáveis com o uso da terra. Bem como sua influência ou possíveis alterações na água de escoamento superficial. REFERÊNCIAS ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO/IEC 17025-Requisitos gerais para competência de laboratórios de ensaio e calibração. Rio de Janeiro: ABNT, 2001. 20 p. APHA. American Public Health Association. Standard methods for the examination of water and wastewater. 19.ed. Washington: American Public Health Association, 1995. 140 p. ARAI, M.; UESUGUI, N.; ROSSETTI, D.F.; GÓES, A.M. Considerações sobre a idade do Grupo Barreiras no Nordeste do estado do Pará. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 35., 1988, Belém. Anais... Belém: SBG, 1988. p.738-752. ABER, J. D.; MELLILO, J. M. Terrestrial Ecosystems. 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Nº espécies Família Ind./ha % 1 Lacistema pubescens Lacistemataceae 11080 13,8 2 Davilla kunthii Dilleniaceae 8760 10,9 3 Myrcia bracteata Myrtaceae 6000 7,5 4 Myrciaria floribunda Myrtaceae 5440 6,8 5 Phenakospenum guianense Strelitziaceae 4280 5,3 6 Myrcia deflexa Myrtaceae 3520 4,4 7 Vismia guianensis Guttiferae 3360 4,2 8 Myrciaria tenella Myrtaceae 3280 4,1 9 Rourea cf. ligulata Connaraceae 2280 2,8 10 Bernardinia fluminensis Connaraceae 1880 2,3 11 Myrcia cuprea Myrtaceae 1680 2,1 12 Cassia chrysocarpa Leg.Caesalpinaceae 1600 2,0 13 Memora allamandiflora Bignoniaceae 1560 1,9 14 Machaerium quinata Leg. Fabaceae 1480 1,8 15 Terminalia amazonica Combretaceae 1440 1,8 16 Doliocarpus major Dilleniaceae 1360 1,7 17 Memora flavida Bignoniaceae 1360 1,7 18 Pithecellobium cochleatum Leg. Mimosaceae 1120 1,4 19 Rourea cf. cuspidata Connaraceae 1120 1,4 20 Inga heterophylla Leg. Mimosaceae 1040 1,3 * Ind./ha=indivíduo/ha (Fonte: DENICH ,1991) 41 ANEXO B – Espécies mais importantes encontradas em cinco ecossistemas sucessionais de floresta “capoeiras” no nordeste paraense, e sua porcentagem da biomassa total. Nº espécies Família kg/ha % 1 Pithecellobium cochleatum Leg. Mimosaceae 2480 12,4 2 Lacistema pubescens Lacistemataceae 1856 9,3 3 Vismia guianensis Guttiferae 1568 7,8 4 Myrciaria floribunda Myrtaceae 1040 5,2 5 Myrcia cuprea Myrtaceae 960 4,8 6 Banara guianensis Flacourtiaceae 904 4,5 7 Osmosia paraensis Leg. Fabaceae 872 4,4 8 Davilla kunthii Dilleniaceae 680 3,4 9 Phenakospenum guianense Strelitziaceae 624 3,1 10 Inga heterophylla Leg. Mimosaceae 588 2,9 11 Myrcia bracteata Myrtaceae 520 2,6 12 Eschweilera cortacea Lecythidaceae 492 2,5 13 Inga thibaudiana Leg. Mimosaceae 468 2,3 14 Myrcia deflexa Myrtaceae 460 2,3 15 Bombax longipedicellatum Bombacaceae 456 2,3 16 Virola calophylla Myristicaceae 444 2,2 17 Inga macrophylla Leg. Mimosaceae 416 2,1 18 Rollinia exsucca Annonaceae 380 1,9 19 Tapura amazonica Dichapetalaceae 352 1,8 20 Mabea angustifolia Euphorbiaceae 260 1,3 * Ind./ha=indivíduo/ha (Fonte: DENICH ,1991) 42 ANEXO C – Normas para apresentação de dissertação e tese da Universidade Federal Rural da Amazônia (Pós-graduação 2011). 45 ANEXO D – Normas ABNT – NBR 6023 – Normas para referenciação de documentos da Universidade Federal Rural da Amazônia ( Utilizado pela Pós-graduação em Ciências Florestais 2011). 46 APÊNDICES 47 APÊNDICE A – Mesobacia dos Igarapés contíguos Timbuteua e Buiuna nordeste do Estado do Pará-Brasil. 50 APÊNDICE D – Dimensionamento, disposição e espaçamento das culturas de Musa paradisiaca (bananeira), Swietenia macrophylla King. (mogno), Euterpe oleracea (açaizeiro), Piper nigrum L. (pimenta-do-reino), Tectona grandis L. f. (teca), e Gliricidia sepium (Jacq.) Steud. (gliricídia) plantadas sob manejo de corte-e-trituração (SAF-ST) localizada na comunidade São João, mesobacia dos Igarapés Timboteua e Buiuna, PA. 51 APÊNDICE E – (a) Bomba a vácuo livre de óleo lubrificante Gast e kit de filtração Sterifil Aseptic System Millipore. (b) Processo laboratorial de filtragem das amostras de água de escoamento superficial do solo para separação da fração dissolvida. (c) Cromatógrafo de íons Dionex DX-120 com amostrador automático Dionex AS-40. a b c 52 Escoamento superficial em latossolo sob diferentes usos da terra no nordeste paraense Cristiane Formigosa Gadelha da Costa1, Ricardo de Oliveira Figueiredo2, Francisco de Assis Oliveira1 & Izabela Penha de Oliveira Santos3 RESUMO Na bacia dos igarapés Timboteua e Buiuna - PA, foi avaliada a influência das mudanças nos usos da terra e no manejo do solo sobre as taxas de escoamento superficial. Para isso foram estabelecidas 18 parcelas experimentais (1m2), sendo três em cada um dos seis agroecossistemas avaliados, a saber: i) Capoeira de 20 anos (CP); ii) Sistema agroflorestal / derruba-e-queima (SQ); iii) Sistema agroflorestal / corte-e-trituração (ST); iv) Cultivo de manidoca / corte-e-trituração; v) Cultivo de manidoca / derruba-e-queima (RQ); vi) Pastagem / derruba-e-queima (PQ). Adicionalmente foram instalados na mesma localidade dois pluviômetros e três coletores de água de chuva (CH), adotados como testemunha. Em 26 datas ao longo da estação chuvosa de 2010, foram coletadas um total de 234 amostras, obtendo-se alta correlação entre volumes precipitados e escoados. A maior média e soma total de escoamento ocorreu em PQ. O uso da terra e o tipo de manejo agrícola influenciaram no volume escoado nos solos dos agroecossistemas avaliados. No entanto, não se observou relação do escoamento superficial com os atributos físicos do solo. Palavras-chave: derruba-e-queima, corte-e-trituração, agroecossistemas, fluxos hídricos, Amazônia oriental Overland flow at Oxisol under different land use in the Northeastern of Pará state ABSTRACT In the watershed of the Timboteua and Buiuna streams, Pará state, we evaluated the effect of land use change and soil management on the overland flow rates. We established 18 experimental plots (1m2), three in each one of the six evaluated agroecosystems as follows: i) 20 years Secondary Vegetation (“Capoeira”) (CP), ii) Agroforestry system / slash-and-burn (SQ), iii) Agroforestry System / chop-and-mulch (ST), iv) Cassava crop / chop-and-mulch (RT), v) Cassava crop / slash-and-burn (RQ), vi) Cattle Pasture / slash-and-burn (PQ). It was also installed nearby these plots two rain gauges and three rainwater collectors which was assumed as control. Along 2010 rainy season we collected 234 samples in 26 different dates. A strong correlation was found between precipitation and overland flow, being the highest mean and sum of volumes for PQ overland flow. Land use and soil management affected overland flow amounts at the 1 Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA, Tv. Dr. Eneas Pinheiro, s/n, CEP 66077 530, Belém – PA. E-mail: cristianeformigosa@yahoo.com.br, francisco.oliveira@ufra.edu.br 2 Embrapa Meio Ambiente, Rodovia SP 340 - Km 127,5, CEP 13820-000, Jaguariúna – SP. Email: ricfig@cnpma.embrapa.br 3 Universidade Estadual do Pará – UEPA, Tv. Dr. Eneas Pinheiro, s/n, CEP 66095-100, Belem – PA. E- mail:bela_santos04@hotmail.com Cristiane F. G. C. et al. 55 áreas percentuais em relação à área total da bacia: floresta antropizada (605 ha ou 6,9%); ecossistema sucessional maduro - “capoeira alta” (1.803 ha ou 20,6%); ecossistema sucessional intermediário - “capoeira baixa” (3.302 ha ou 37,8%); campos aluviais (192 ha ou 2,2%); agroecossistema de pastagem não manejado - “pasto sujo” (1.358 ha ou 15,5%); agroecossistema de pastagem - “pasto limpo” (1.259 ha ou 14,4%); agroecossistemas - “cultivos agrícolas” (41 ha ou 0,47%); e formação de agroecossistemas - “solo sob preparo” (136 ha ou 1,6 %) (Oliveira et al., 2010). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com sete tratamentos sendo uma testemunha, e três repetições. Totalizando assim, 21 parcelas experimentais. As avaliações ocorreram em duas propriedades agrícolas familiares, onde foram alocadas três parcelas experimentais para amostragem do escoamento superficial no solo em cada um de seis diferentes ecossistemas (tratamentos) sob mesmas condições biofísicas de solo e clima. A água de chuva foi amostrada utilizando-se três coletores, servindo assim como testemunha em relação à água do escoamento superficial. Adicionalmente foram instalados dois pluviômetros para registro do volume de chuva ocorridos nos períodos amostrados. Todas as parcelas foram implantadas em áreas com declividade aproximada de 5% e representativa percentagem de cobertura do solo e vegetação de cada ecossistema. Em 26 diferentes datas no período de janeiro a junho de 2010 (estação chuvosa) foram coletadas 234 amostras de água de chuva e de escoamento superficial. Nessas campanhas de campo foi avaliado o escoamento ocorrido ao longo de diferentes números de dias (tanto de apenas um dia de chuva como de vários dias de chuva). A razão disso decorre da necessidade de um volume mínimo de 60 mL de escoamento superficial para possibilitar as medições in situ e análises laboratoriais realizadas em pesquisa paralela. Dessa forma, durante a época chuvosa do ano de 2010, o escoamento superficial foi monitoradonos seguintes ecossistemas: i) Capoeira de 20 anos (CP); ii) Sistema agroflorestal (SAF) com preparo de área por derruba-e-queima (SQ); iii) Sistema agroflorestal (SAF) com preparo de área por corte-e-trituração (ST); iv) Cultivo de mandioca - com preparo de área por corte- e-trituração (RT); v) Cultivo de mandioca - com preparo de área por derruba-e-queima (RQ); vi) Pastagem com preparo de área por derruba-e-queima (PQ). O histórico de uso da terra e a descrição detalhada de cada ecossistema são apresentados na Tabela 1. 56 Tabela 1. Localização, dimensão, preparo de área, histórico de manejo e características dos seis diferentes ecossistemas avaliados neste estudo. Para a avaliação do escoamento superficial foram instaladas em cada ecossistema parcelas de 1m x 1m (1m2). Cada uma das parcelas possuía três de suas laterais delimitadas por tábuas de madeira (100 x 30 cm) enterradas no solo até a profundidade de 10 cm, enquanto que na lateral receptora da água escoada foi colocada uma calha de polietileno de alta densidade (HDPE; Ø = 50 mm) medindo um metro de comprimento e conectada a uma mangueira de silicone (Ø = 20 mm) Ecossistema Localização e Dimensão Preparo de Área Características e Manejo “Capoeira”(CP) - Ecossistema de floresta sucessional 01º00’26,46”S/ 47º38’06,34”W ˜ 36.300m2 Derruba-e- queima da capoeira realizada há mais de 20 anos Área há 20 anos sob pousio agrícola. Sistema agroflorestal [SAF] com preparo de área por derruba-e- queima (SQ) 01º00’27,25”S/ 47º38’00,17”W ˜ 9.075 m² Derruba-e- queima da capoeira realizada há 7 anos Agrocossistema inicial de roça de mandioca, posteriormente ocorreu plantio de (Pimenta-do- reino) Piper nigrum L. (5 anos) e (Maracujazeiro) Passiflora edulis Sims. Atualmente tem-se SAF de 7 anos:- (Urucuzeiro) Bixa orellana /- (Mogno) Swietenia macrophylla . Abubações no plantio de Piper nigrum L.: NPK- 18.18.18 (1º ano) e NPK- 10.28.20 (2º ano) em todos os meses. Adubação em cova em 2004 com composto de: torta de mamona, farinha de osso, Yoorin. Capinas: 4 a cada ano. Sistema agroflorestal [SAF] com preparo de área por corte-e- trituração (ST) 01º00’30,24”S/ 47º37’59,80’’W ˜ 6.050 m² Corte-e- trituração da capoeira realizado há 5 anos SAF de 5 anos: - (Bananeira) Musa paradisiaca / - (Mogno) Swietenia macrophylla / - (Açaizeiro) Euterpe oleracea / - (Pimenta-do-reino) Piper nigrum L. / - (Teca) Tectona grandis L. f. /- (Gliricídia) Gliricidia sepium. 4 adubações em cova (2007): composto orgânico de torta de mamona, cinzas, folhas de capim Brachiaria Brizantha (Braquiarão), folhas de Inga edulis (Ingazeiro), cama de aviário, esterco bovino, casca de (Mandioca) Manihot esculenta Crantz. Cultivo de mandioca com preparo de área por derruba-e-queima (RQ) 47º38’22,8”W/ 01º01’04,81”S ˜ 5.050 m2 Derruba-e- queima da capoeira realizada em janeiro/2010 Cultivo de (Mandioca) Manihot esculenta Crantz. Inicialmente era um ecossistema de floresta sucessional de ˜ 20 anos, queimado pela primeira vez no ano de 1994 para implantação da primeira roça. Cultivo de mandioca com preparo de área por corte-e-trituração (RT) 01º00’28,42”S/ 47º38’02,33”W ˜ 6.050 m2 Corte-e- trituração da capoeira realizado em janeiro/2010 Atualmente cultivo de Manihot esculenta Crantz. Ano de 2009: realizado plantio de (Cacaueiro) Theobroma cacao L. e (Açaizeiro) Euterpe oleracea, adubado no momento do plantio em cova com composto orgânico de torta de mamona, cinzas, folhas de capim Brachiaria Brizantha, folhas de Inga edulis, cama de aviário, esterco bovino, casca de (Mandioca) Manihot esculenta Crantz. Pastagem com preparo de área por derruba-e-queima (PQ) 01º00’57,13”S/ 47º38’27,73”W ˜ 6.050 m 2 Derruba-e- queima da capoeira realizada há cerca de 10 anos Pequena pastagem destinada à criação de bovinos, contendo capim do gênero Brachiaria, sem processo de calagem. Limpeza e roçagem: 1/ano. Suplementação animal : -Casca de (Mandioca) Manihot esculenta Crantz. - Sal mineral, (Purinafós, Purina, Brasil) dieta para animais de 450kg com consumo de 100g/dia. Especificações nutricionais Purinafós: Macronutrientes - 17 g/dia (Ca2+),10 g/dia (P), 10 g/dia (Na+), 1,5 g/dia (Mg2+) e 1 g/dia (S). Micronutrientes- 4,5 g/dia (Co), 134 mg/dia (Cu), 9 mg/dia (I), 201 mg/dia (Mn), 3 mg/dia (Se), 492 mg/dia (Zn), 48 mg/dia (Fe). Cristiane F. G. C. et al. 57 para condução da água escoada até um recipiente de polipropileno (20 L) alocado em um pequeno buraco fora da parcela. Trata-se de método adotado por Silva et al. (2005) e Moraes et al. (2006). Para controle do experimento e comparação de dados foram coletadas amostras de solo para cálculo de densidade. Nessa amostragem foram retiradas três amostras de solo nas profundidades de 0-0,05 m e 0,05-0,10 m em cada parcela monitorada, totalizando 54 amostras em cada profundidade. Os equipamentos utilizados foram anel volumétrico de Kopeck; estufa de 105 ºC e balança de precisão. A densidade do solo foi determinada conforme Embrapa (1997). Os coletores de água de chuva (CH) foram instalados na mesma localidade, a 01º00’25,61” S e 47º38’03,31” W, em área aberta, ou seja, local sem interceptação da precipitação. Cada coletor constituiu-se de um funil de polipropileno (Ø = 103,2 mm) instalado a 1,5 m acima do solo, com sua abertura superior recoberta com tela de nylon (Ø malha = 0,5 mm), e conectado por uma mangueira de silicone inerte (Ø = 20 mm) até um recipiente de polipropileno (5 L). Para o registro do volume precipitado dois pluviômetros foram instalados segundo a padronização da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica e o INMET – Instituto Nacional de Meteorologia (DNAEE, 1970). Os dados foram analisados quanto à natureza da distribuição (paramétrica ou não-paramétrica) a partir de teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk, e de homogeneidade através do teste de variância de Levene. Após esta análise preliminar dos resultados foi feita a análise descritiva, análise de correlação de Spearman (p<0,05; 0,01) e teste de significância de Tukey (p<0,05) e Kruskal- wallis (p<0,05). Para as análises estatísticas, elaboração de gráficos e gerenciamento do banco de dados foram utilizados os programas computacionais SPSS e MS Excel. RESULTADOS E DISCUSSÃO Ao longo do período estudado (Jan- Jun/2010) o total precipitado na área experimental foi 1.276,80 mm (Figura 2). O maior índice pluviométrico mensal ocorreu em junho (324,6 mm), seguido de março (306,4 mm). O total médio precipitado nos seis primeiros meses do ano em 1995-2010 foi de 1.963,1 mm. Dessa forma, os valores observados das precipitações nos seis primeiros meses de 2010, que se referem ao período do presente estudo, foram atípicos (Cordeiro et al., 2010). 60 Ocorreu diferença estatística para os valores de densidade do solo em um dos tratamentos (p<0,05) - RQ (Tabela 3). A densidade do solo depende do peso, da forma e distribuição do tamanho e arranjo das partículas, valores acima de 1,6Mgm-3 são prejudiciais ao crescimento das raízes das plantas. O manejo inadequado aumenta a suscetibilidade do solo ao escoamento superficial e, concomitantemente, a erosão hídrica (Canillas & Salokhe, 2002). Tabela 3. Densidade do solo (Mg m-3) e declividade (%) nos diferentes ecossistemas Ecossistemas Densidade do solo Declividade (%) (2) 0-0,05 m(1) 0,05-0,10 m(1) (CP) Capoeira 1,37 b 1,41 7,9 (PQ) Agroecossistema de Pastagem 1,28 b 1,32 5,0 (RQ) Cultivo de mandioca/ derruba- e-queima-Agroecossistema de Roça 1,04 a 1,32 4,6 (RT) Cultivo de mandioca/ corte-e- trituração- Agroecossistema de Roça 1,28 b 1,31 3,3 (SQ)SAF derruba-e-queima 1,29 b 1,23 4,8 (ST)SAF corte-e-trituração 1,22 ba 1,14 4,3 Desvio padrão 0,193 0,196 Erro padrão 0,026 0,026 (1) Medida estatística de posição, média. N=9; (2)Declividade média =5% * O perfil 0,05-0,10 m teve dados não normais, com isso, foram considerados os valores de erro padrão ao invés do desvio padrão. N=54; *No perfil 0-0,05 m médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey para amostras independentes CV = 13,04 % (p<0,05). Relacionando os valores de volume escoado nas parcelas e densidade do solo, verificou-se que no agroecossistema de Roça (RQ), onde ocorreu a menor densidade no perfil de 0-0,05 m (1,04 Mg m-3), encontrou-se baixo volume total escoado (2,85 mm). Tal ocorrência pode ser explicada por uma maior infiltração de água no solo nesse agroecossistema e, consequentemente, menor escoamento superficial. Apesar de não se explicar a relação entre atributos fisico-hídricos do solo somente por uma única variável, neste caso, é notável a correlação positiva dessas variáveis (ρ= 0,257). O agroecossistema Roça (derruba-e-queima) por muitos anos foi submetido a manejo não mecanizado e com queima da vegetação (Tabela 1). De acordo com Souza et al. (2004) solos sem mecanização apresentam melhores condições de qualidade e menores alterações nos atributos físicos do solo, pois oferece uma melhor quantidade, continuidade espacial e tamanho dos poros, que são alguns dos fatores responsáveis pela infiltração de água no solo. Cristiane F. G. C. et al. 61 Não obstante, os ecossistemas de Pastagem (PQ), Roça (RT) e SAF (SQ) mesmo apresentando valores muito próximos de densidade mostraram uma grande variação no volume total escoado. Tais valores foram confirmados pelo teste estatístico (Tabela 2). A Pastagem representa 37,8% da área total da bacia avaliada. Segundo a relação da percentagem da área total da bacia com a área dos ecossistemas avaliados, ocorreu no agroecossistema de Pastagem 92,7% do total de lâmina de escoamento superficial. Pinheiro et al. (2009), determinando a capacidade de infiltração da água em solos de diferentes usos e práticas de manejo, encontraram resultados semelhantes e concluiram as raízes das gramíneas dificultam o movimento vertical da água na camada superficial do solo, reduzindo a capacidade de infiltração. O agroecossistema (PQ), por sua vez, apresentava microrelevo (trilhas), solo desprotegido e um manejo bem precário, com visível degradação. Tais fatos podem ter favorecido o maior escoamento superficial. O volume de água escoado superficialmente em um sistema de pastagem é potencialmente maior devido à baixa capacidade de infiltração do solo que é determinada diretamente pela pressão do pastoreio (Alegra & Lara, 1991; Greenwood & McKenzie, 2001). A menor taxa de infiltração no solo degradado e sem técnicas para sua recuperação se deve ao processo de degradação da estrutura do solo, aliado à ausência de cobertura morta no solo (Alves et al., 2007). As parcelas foram alocadas em áreas de declividade parecida, sendo um pouco maior na Capoeira (CP) por não ter sido encontrado na área declividade menor (Tabela 3). Porém, tal diferença não afetou a coleta dos dados, pois mesmo com uma declividade maior, o que teoricamente poderia induzir a uma maior coleta, a Capoeira (CP) apresentou um valor baixo de soma total (5,82 mm) (Tabela 2). Ou seja, o escoamento superficial é afetado por diversos fatores agroclimáticos e biofísicos da paisagem. No caso do ecossistema (CP) é visível a influência direta da interceptação do dossel florestal. O percentual de cobertura morta no solo pode ter influenciado no escoamento de água nas parcelas, porque nos ecossistemas em que a quantidade de cobertura morta do solo era visivelmente maior, como na Capoeira (CP), Roça (RT) e SAF (SQ), o volume escoado foi menor. Cardoso et al. (2004) também encontrou a mesma relação. Dessa forma, o SAF (SQ) com preparo de área realizado há sete anos apresentava visivelmente mais cobertura morta no solo do que o SAF (ST). Isso pode ter direcionado os valores inferiores de volume escoado no SAF (SQ), Cristiane F. G. C. et al. 62 provavelmente por causa de uma possível maior infiltração. Alves et al. (2007), estudando densidade do solo e infiltração de água como indicadores da qualidade física de um latossolo vermelho distrófico em recuperação, encontrou valores altos de infiltração em área com cobertura morta no solo. Segundo esse autor, isso deve ter ocorrido por causa da influência que a matéria orgânica exerce sobre as propriedades físicas do solo. O valor de soma total de lâmina escoada do SAF (ST), o qual foi submetido a corte- e-trituração há 5 anos, representa 23,9% em relação área total da bacia. Infere-se que esse valor pode ter ocorrido pelo fato dessa área apresentar uma disposição de árvores visivelmente mais aberta e um menor conteúdo de cobertura morta no solo, facilitando o fluxo de água diferentemente do SAF (SQ), diferença esta confirmada pelo teste estatístico (Tabela 2). Segundo McDowell et al. (2001), a capacidade de infiltração da água da chuva seria menor, quanto menor fosse o percentual de cobertura morta no solo. Quanto maior a percentagem de material orgânico no solo, a rugosidade da superfície do solo e a evapotranspiração da cultura, maiores são as taxas de infiltração de água no solo quando ocorrer uma chuva e, consequentemente, menores são as perdas por escoamento superficial. Santos et al. (2007), em uma análise das perdas de água e solo em diferentes coberturas superficiais no semi-árido da Paraíba, encontraram maiores valores de lâmina escoada e, consequentemente, a maior relação com a precipitação média anual, 35,2% e 38,0% em parcelas desmatadas. No mesmo estudo foi testada uma parcela com vegetação rasteira e cobertura morta, e posteriormente, a retirada dessa vegetação, que provocou um aumento gradual do escoamento superficial. Tal fato confirma o importante papel que a vegetação e a cobertura morta podem desempenhar no controle das perdas de água por escoamento superficial, principalmente, quando considerada a irregularidade temporal e espacial das chuvas. Vários autores comprovaram a eficácia da cobertura morta no solo na redução do efeito da erosão hídrica provocado pelo escoamento superficial (Bertol, 1994; Hernani et al., 1997; Beutler et al., 2003). Ocorreu interrelação entre os valores de volume precipitado e volume escoado, demonstrando associação e interdependência dessas variáveis com coeficiente de correlação positivo (ρ=0,815) e significativo ao nível de 1%(Figura 4). Cristiane F. G. C. et al. 65 hídricos do solo somente por uma única variável, pois o escoamento superficial é afetado por diversos fatores agroclimáticos e outros biofísicos, por exemplo, a densidade dos solos. LITERATURA CITADA Alves, M. C. et al. Densidade do solo e infiltração de água como indicadores da qualidade física de um latossolo vermelho distrófico em recuperação. Revista Brasileira de Ciência do solo, v.31, p.617- 625, 2007. Alegre, J. C.; Lara, P. D. Efecto de los animales en pastoreo sobre las propiedades físicas de suelos de la región tropical húmeda de Peru. Pasturas Tropicales, v.13, p.18-23, 1991. Alencar, D. B. S.; Silva, C. L.; Oliveira, C. A. S. Influência da precipitação no escoamento superficial em uma microbacia hidrográfica do Distrito Federal. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.26, p.103-112, 2006. Bertol, I. Erosão hídrica em Cambissolo Húmico distrófico sob diferentes preparos do solo e rotação de culturas. 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Não devem possuir abreviaturas. l) Agradecimentos (facultativo) m) Literatura Citada: ● O artigo submetido deve ter no mínimo 70% de citações de periódicos, sendo 40% dos últimos oito anos. ● Não serão aceitas citações bibliográficas do tipo apud ou citado por, ou seja, as citações deverão ser apenas das referências originais. ● Citações de artigos no prelo, comunicação pessoal, folder, apostila, monografia, trabalho de conclusão de curso de graduação, relatório técnico e trabalhos em congressos, não são aceitos na elaboração dos artigos. Os trabalhos em congressos serão aceitos apenas quando inexistirem publicações em periódicos sobre o tema em questão. ● Em determinada contextualização, citação de mais de uma referência bibliográfica deve, primeiro, atender a ordem cronológica e, depois, a ordem alfabética dos autores; já em citação de mais de uma referência bibliográfica dos mesmos autores, não se deve repetir seu nome; entretanto, os anos de publicação devem ser separados por vírgula. ● O artigo deverá ter, no mínimo, 15 citações bibliográficas. Para os artigos escritos em Inglês, título, resumo e palavras-chave deverão, também, constar em Português e, para os artigos em Espanhol, em Inglês vindo, em ambos os casos, primeiro no idioma principal. Os artigos subdivididos em partes I, II etc, devem ser submetidos juntos, pois serão encaminhados aos mesmos consultores. A contribuição na forma de Revisão de Literatura deverá ter a seguinte composição sequencial: título, Resumo, Palavras-chave, Título em inglês, Abstract, Key words, Introdução, Itens sobre temas da revisão, Conclusões, Literatura Citada. Edição do texto a) Processador: Word for Windows b) Texto: fonte Times New Roman, tamanho 12. Não deverão existir no texto palavras em negrito nem em itálico, exceto para o título, itens e subitens, que deverão ser em negrito, e os nomes científicos de espécies vegetais e animais, que deverão ser em itálico. Em equações, tabelas e figuras não deverão existir itálico nem negrito. As equações deverão ser escritas no aplicativo MS Equation. Evitar parágrafos muito longos devendo, preferencialmente, ter no máximo 60 palavras. c) Espaçamento: duplo entre o título, nome(s) do(s) autor(es), resumo e abstract; simples entre item e subitem e no texto, espaço 1,5. d) Parágrafo: 0,5 cm. e) Página: Papel A4, orientação retrato, margens superior e inferior de 2,54 cm e esquerda e direita de 3,00 cm, no máximo de 20 páginas, incluindo-se tabelas e figuras. As páginas e as linhas deverão ser numeradas; a numeração das linhas deverá ser continua, isto é, dando continuidade de uma página para outra. f) Todos os itens em letras maiúsculas, em negrito e centralizados, exceto Resumo, Abstract, Palavras-chave e Key words, que deverão ser alinhados à esquerda e apenas a primeira letra maiúscula. Os subitens deverão ser alinhados à esquerda, em negrito e somente a primeira letra maiúscula. g) As grandezas devem ser expressas no SI (Sistema Internacional) e a terminologia científica deve seguir as convenções internacionais de cada área em questão. h) Tabelas e Figuras (gráficos, mapas, imagens, fotografias, desenhos) • As tabelas e figuras devem ser autoexplicativas e apresentarem largura de 9 ou 18 cm, com texto em fonte Times New Roman, tamanho 9, e ser inseridas logo abaixo do parágrafo no qual foram citadas a primeira vez. Exemplos de citações no texto: Figura 1; Tabela 1. Tabelas e figuras que possuem praticamente o mesmo título deverão ser agrupadas em uma única tabela ou figura criando-se, no entanto, um indicador de diferenciação. A letra indicadora de cada subfigura em uma figura agrupada deve ser maiúscula e com um ponto (exemplo: A.), posicionada ao lado esquerdo superior da figura. As figuras agrupadas devem ser citadas no texto, da seguinte forma: Figura 1A; Figura 1B; Figura 1C. As tabelas e figuras com 18 cm de largura ultrapassarão as margens esquerda e direita de 3 cm, sem nenhum problema. • As tabelas não devem ter tracejado vertical e o mínimo de tracejado horizontal. Nas colunas os valores numéricos deverão ser alinhados pelo último algarismo. Exemplo do título, o qual deve ficar acima da tabela: Tabela 1. Estações do INMET selecionadas (sem ponto no final). Em tabelas que apresentam a comparação de médias, segundo análise estatística, deverá haver um espaço entre o valor numérico (média) e a letra. As unidades deverão estar entre parêntesis. • As figuras não devem ter bordadura e suas curvas (no caso de gráficos) deverão ter espessura de 0,5 pt, podendo ser coloridas mas possuindo, sempre, marcadores de legenda diversos, porque legendas baseadas apenas em cores quando xerocadas desaparecerão. Exemplo do título, o qual deve ficar abaixo da figura: Figura 1. Perda acumulada de solo em função do tempo de aplicação da chuva simulada (sem ponto no final). Para não se tornar redundante, as figuras não devem ter dados constantes em tabelas. Se o título e a numeração dos eixos x e/ou y forem iguais em figuras agrupadas, deixar só um título centralizado e a numeração em apenas um eixo. Gráficos, diagramas (curvas em geral) devem vir em imagem vetorial. Quando se tratar de figuras bitmap (mapa de bit), a resolução mínima deve ser de 300 bpi. Os autores deverão primar pela qualidade de resolução das figuras, tendo em vista a boa compreensão sobre elas. As unidades nos eixos das figuras devem estar entre parêntesis mas sem ser separadas do título por vírgula. Cristiane F. G. C. et al. 71 Exemplos de citações no texto a) Quando a citação possuir apenas um autor: Zonta (2010) ou (Zonta, 2010). b) Quando a citação possuir dois autores: Mielniczuk & Tornquist (2010) ou (Mielniczuk & Tornquist, 2010). c) Quando a citação possuir mais de dois autores: Pezzopane et al. (2010) ou (Pezzopane et al., 2010). Quando a autoria do trabalho for uma instituição/empresa, a citação deverá ser de sua sigla, em letras maiúsculas. Exemplo: EMBRAPA (2010). Lista da Literatura Citada As bibliografias citadas no texto deverão ser dispostas na lista em ordem alfabética, pelo último sobrenome do primeiro autor e em ordem cronológica crescente e conter os nomes de todos os autores. A seguir, são apresentados exemplos de formatação: a) Livros Paz, V. P. S.; Oliveira, A.; Perreira, F. A.; Gheyi, H. R. Manejo e sustentabilidade da irrigação em regiões áridas e semiáridas. 1.ed. Cruz das Armas: UFRB, 2009. 344p. b) Capítulo de livros Antuniassi, U. R.; Baio, F. H. R. Tecnologia de aplicação de defensivos. In: Vargas, L.; Roman, E. S. Manual de manejo e controle de plantas daninhas. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2009. Cap.5, p.173-212. c) Revistas Silva, V. G. de F.; Andrade, A. P. de; Fernandes, P. D.; Silva, I. de F. da; Azevedo, C. A. V.; Araujo, J. S. Productive characteristics and water use efficiency in cotton plants under different irrigation strategies. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.14, p.451-457, 2010. d) Dissertações e teses Paixão, F. J. R. da. Doses de nitrogênio e conteúdo de água do solo no cultivo da mamoneira, variedade BRS Energia. Campina Grande: UFCG, 2010. 76p. Tese Doutorado e) Trabalhos apresentados em congressos (Anais, Resumos, Proceedings, Disquetes, CD Roms) Centeno, C. R. M.; Azevedo, C. A. V.; Santos, D. B. dos; Lira, V. M. de; Lima, V. L. A. de. Coeficiente de cultivo da mamona BRS energia irrigada com diferentes níveis de água salina. In: Congresso Latino-Americano e do Caribe de Engenharia Agrícola, 9, e Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola, 39, 2010, Vitória. Anais... Jaboticabal: SBEA, 2010. CD Rom. No caso de CD Rom o título da publicação continuará sendo Anais, Resumos ou Proceedings mas o número de páginas será substituído pelas palavras CD Rom. Para as revistas disponibilizadas na internet não colocar nenhuma informação de endereço da página, conforme o exemplo acima (item c). Outras informações sobre normatização de artigos a) Não colocar ponto no final das palavras-chave, key words e títulos de tabelas e figuras. b) Na descrição dos parâmetros e variáveis de uma equação deverá haver um traço separando o símbolo de sua descrição. A numeração de uma equação deverá estar entre parêntesis e alinhada à direita: exemplo: (1). As equações deverão ser citadas no texto, conforme os seguintes exemplos: Eq. 1; Eqs. 3 e 4. c) Todas as letras de uma sigla devem ser maiúsculas; já o nome por extenso de uma instituição deve ter maiúsculo apenas a primeira letra de cada palavra. d) Nos exemplos seguintes de citações no texto de valores numéricos, o formato correto é o que se encontra no lado direito da igualdade: 10 horas = 10 h; 32 minutos = 32 min; 5 litros = 5 L; 45 mililitros = 45 mL; l/s = L s-1; 27oC = 27 oC; 0,14 m3/min/m = 0,14 m3 min-1 m-1; 100 g de peso/ave = 100 g de peso por ave; 2 toneladas = 2 t; 2 mm/dia = 2 mm d-1; 2x3 = 2 x 3 (deve ser separado); 45,2 - 61,5 = 45,2–61,5 (deve ser junto). A % é a única unidade que deve estar junto ao número (45%). Quando no texto existirem valores numéricos seguidos, que possuem a mesma unidade, colocar a unidade somente no último valor. Exemplos: 20 m e 40 m = 20 e 40 m; 56,1%, 82,5% e 90,2% = 56,1, 82,5 e 90,2%. e) Quando pertinente, deixar os valores numéricos no texto, tabelas e figuras com no máximo duas casas decimais. f) Os títulos das bibliografias listadas devem ter apenas a primeira letra da primeira palavra maiúscula, com exceção de nomes próprios. O título de eventos deverá ter apenas a 1ª letra de cada palavra maiúscula. Etapas de submissão on-line dos artigos A submissão dos artigos se dará apenas on-line, em quatro etapas descritas a seguir: Cristiane F. G. C. et al. 72 1ª ETAPA DA SUBMISSÃO: VERIFICAÇÃO DAS NORMAS DA REVISTA Para agilizar o processo de avaliação do artigo será solicitado ao autor correspondente verificar no ato da submissão do artigo, o atendimento integral das normas da Revista de vez que o artigo submetido será encaminhado para avaliação apenas quando estiver integralmente dentro das normas da Revista. 2ª ETAPA DA SUBMISSÃO: INCLUSÃO DE METADADOS (INDEXAÇÃO) Nesta etapa deverão ser fornecidas as seguintes informações: área em que se enquadra o artigo; idioma do artigo; nome dos autores; Título; Resumo; Palavras-chave; Title; Abstract; Key words e informar os dados para emissão da fatura referente ao pagamento da taxa de submissão, caso deseje recebê-la. Antes da submissão do artigo cada autor deverá cadastrar-se no sistema, fornecendo as seguintes informações: nome abreviado, instituição, função, telefone, formação acadêmica, maior titulação, áreas de atuação, informar se tem interesse em avaliar artigos da Revista Agriambi, endereço completo, dados de acesso ao sistema (login, email e senha). Na submissão de futuros artigos autores já cadastrados não precisarão se cadastrar novamente. Caso seja necessário, os autores poderão atualizar seus dados cadastrais no sistema a qualquer momento. 3ª ETAPA DA SUBMISSÃO: TRANSFERÊNCIA DO MANUSCRITO Nesta etapa será feita a transferência do arquivo do artigo submetido, o qual não deverá ter os nomes dos autores nem seus endereços institucionais e eletrônicos; entretanto, quando da devolução da 3ª versão do artigo, o autor correspondente deverá inserir estas informações. 4ª ETAPA DA SUBMISSÃO: TRANSFERÊNCIA DE DOCUMENTOS SUPLEMENTARES Nesta etapa da submissão dois tipos de arquivos devem ser transferidos: o primeiro é um arquivo que diz respeito à concordância dos autores sobre da submissão do artigo e o segundo é referente ao comprovante escaneado de pagamento da taxa de submissão. Existem duas opções para o arquivo da concordância dos autores sobre da submissão do artigo, podendo uma ser a declaração de concordância no modelo fornecido pela Revista Agriambi (clique aqui para obter o modelo) e a outra um arquivo do Word, no qual o autor correspondente cola todos os emails dos outros autores sobre a concordância da submissão do artigo; para gerar esse arquivo, o autor correspondente deverá encaminhar a cada autor, email com o texto a seguir: ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Prezado Nome do Autor Sobre a submissão de nosso artigo solicito-lhe inserir, por gentileza, seu nome no texto abaixo e responder a este email. Atenciosamente Rosiane L. S. de Lima Autora Correspondente ******************************************************************************** Eu, ............................................................, concordo com o conteúdo e a sequência dos nomes dos autores do artigo intitulado “Teores e redistribuição de nutrientes em folhas de pinhão-manso”, dos autores: Rosiane L. S. de Lima, Liv. S. Severino, Jairo O. Cazetta, Carlos. A. V. de Azevedo, Valdinei Sofiatti & Nair H. C. Arriel, a ser submetido à Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, tendo como autor correspondente o Sr........................................................., que ficará responsável por sua tramitação e correção. Informo, ainda, que o referido artigo trata-se de um trabalho original, em que seu conteúdo não foi ou não está sendo considerado para publicação em outra Revista, quer seja no formato impresso e/ou eletrônico. Atenciosamente Nome do autor ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Em cada email recebido dos autores, o autor correspondente deverá marcar toda a mensagem (incluindo assunto, data, de e para) copiando-a; em seguida, ela deve ser colada em um único arquivo do Word, o qual deverá ser transmitido no ato da submissão do artigo. Ao final do processo de submissão, os autores serão informados por email sobre o número de recebimento da submissão. Na falta do envio de qualquer arquivo requerido, a submissão será posteriormente excluída do sistema. Em seguida, os autores serão informados por email sobre o número de protocolo do artigo; a partir daí, eles poderão acompanhar o processo de análise do artigo, através do link Situação de Artigos da página principal da Revista. Para qualquer informação sobre o andamento do artigo solicitada à Secretaria da Revista, os autores deverão fornecer o número de seu C. F. G. Costa et al. Introdução O escoamento superficial, uma das etapas do ciclo hidrológico associada à erosão hídrica, gera desequilíbrio ao ecossistema e eventualmente altera os ciclos biogeoquímicos. Na Amazônia existem poucos estudos de avaliação e monitoramento das condições hidrogeoquímicas das águas de escoamento superficial em solos sob diferentes situações de uso e manejo. Tais estudos podem subsidiar estratégias que se fazem necessárias para a conservação e recuperação de recursos naturais diante de alterações antropogênicas da paisagem rural (Mertens et al., 2002; Vieira et al., 2007), tais como as que ocorrem no nordeste paraense, localizado no chamado "arco do desmatamento". A substituição de ecossistemas naturais por agroecossistemas, como pastagens, por exemplo, ocasionam alterações nos fluxos hídricos afetando a qualidade dos ambientes aquáticos (Godsey et al., 2004). Assim as transformações de origem antrópica modificam os ciclos biogeoquímicos em uma bacia hidrográfica e os respectivos processos que apresentam claras conexões entre ambientes terrestres e aquáticos (Biggs et al., 2002, 2004; Krusche et al., 2005). Os impactos do transporte de solutos na água do escoamento superficial pode ter efeito direto e imediato na deterioração da qualidade de água nos mananciais hídricos das bacias. Alterações na entrada de nutrientes e sedimentos por escoamento superficial em cursos d’água podem modificar o funcionamento dos ecossistemas aquáticos e a qualidade dos recursos hídricos. Dessa forma, a hidrogeoquímica do escoamento superficial precisa ser avaliada e compreendida quando atividades agropecuárias são realizadas, assim como se torna necessária à adoção de medidas adequadas no manejo das propriedades rurais para a conservação desse recurso natural (Oliveira et al., 2005). Visando o entendimento da interrelação das mudanças ocorridas nos usos da terra e as alterações já observadas na qualidade dos recursos hídricos da Amazônia, objetivou-se caracterizar a hidrogeoquímica do escoamento superficial no solo sob manejo de corte-e- trituração e derruba-e-queima em áreas de agricultura familiar na bacia de drenagem dos igarapés contíguos Timboteua e Buiuna, localizada no nordeste paraense. Material e Métodos O experimento foi instalado em duas propriedades pequenos agricultores localizadas na Comunidade São João (01º 00’ 41,4” S e 47º 38’ 38,7” W), na mesobacia (≈8.756 ha) dos igarapés contíguos Timboteua e Buiuna (afluentes do rio Marapanim), de janeiro a junho de 2010. A mesobacia localiza-se em dois municípios do nordeste do Estado do Pará: região sul de Marapanim e região norte de Igarapé-Açu. O termo “mesobacia” aqui adotado foi proposto por Richey et al. (1997), 76 e se aplica a bacias amazônicas com áreas de 1.000 ha a 1.000.000 ha. A unidade geológica dominante na região em estudo é o Grupo Barreira (Rossetti, 2006). O solo dominante da área experimental é o Latossolo Amarelo distrófico típico textura média (Wickel, 2004; IBGE, 2007). O clima é predominantemente do tipo Am e do subtipo climático Am2 (Köppen) com temperatura média anual em torno de 26,5 ºC. A média anual de precipitação pluviométrica está em torno de 2500-3000 mm e de umidade relativa do ar entre 80-85% (Pachêco e Bastos, 2006). Por meio de classificação do uso da terra (Satélite Landsat, sensor TM, RGB-345, 2008) na mesobacia dos igarapés Timboteua e Buiuna observam-se as seguintes classes com suas respectivas áreas e percentuais de área em relação à área total dessa mesobacia: floresta antropizada (605 ha ou 6,9%); ecossistema sucessional maduro − “capoeira alta” (1.803 ha ou 20,6%); ecossistema sucessional intermediário − “capoeira baixa” (3.302 ha ou 37,8%); campos aluviais (192 ha ou 2,2%); agroecossistema de pastagem não manejado − “pasto sujo” (1.358 ha ou 15,5%); agroecossistema de pastagem − “pasto limpo” (1.259 ha ou 14,4%); agroecossistemas − “cultivos agrícolas” (41 ha ou 0,47%); e formação de agroecossistemas − “solo sob preparo” (136 ha ou 1,6 %). Foram avaliados seis diferentes ecossistemas, onde foram alocados em cada um três parcelas experimentais para amostragem do escoamento superficial. Todas as parcelas foram implantadas em áreas com declividade aproximada de 5%. Adicionalmente foram instalados três coletores de água de chuva e dois pluviômetros (DNAEE, 1970) em uma das propriedades, em local sem interceptação da precipitação. Cada uma das parcelas para amostragem do escoamento superficial foi instalada no sentido da declividade com área de 1 m2. Três de suas laterais foram delimitadas por tábuas de madeira (100 x 30 cm) enterradas no solo até a profundidade de 10 cm, enquanto que na lateral receptora da água escoada foi colocada uma calha de polietileno de alta densidade (HDPE; Ø = 50 mm) medindo 1 m de comprimento e conectada a uma mangueira de silicone (Ø = 20 mm) para condução da água escoada até um recipiente de polipropileno (20 L) alocado logo abaixo da parcela em um pequeno buraco. Esse mesmo método foi adotado por Moraes et al. (2006). Os coletores de chuva constituíram-se de um funil de polipropileno (Ø = 103,2 mm) instalado a 1,5 m acima do solo, com sua abertura superior recoberta com tela de nylon (Ø malha = 0,5 mm), e conectado por mangueira de silicone inerte (Ø = 20 mm) até um recipiente de polipropileno (5 L). Em cada um desses recipientes foi adicionado cerca de 25 mg do preservante Thymol (C10H14O). Para assegurar a integridade das amostras, todas as calhas, mangueiras, funis e coletores foram higienizados, sempre que ocorriam coletas de 77 amostras, por meio do enxágue com água ultra-pura deionizada. Os ecossistemas monitorados neste estudo foram: i) “Capoeira” de 20 anos (CP); ii) Sistema agroflorestal com preparo de área por derruba-e-queima (SQ); iii) Sistema agroflorestal com preparo de área por corte-e- trituração (ST); iv) Agroecossistema de Roça com preparo de área por derruba-e-queima (RQ); v) Agroecossistema de Roça com preparo de área por corte-e-trituração (RT); vi) Agroecossistema de Pastagem com preparo de área por derruba-e-queima (PQ). Na Tabela 1 pode ser visualizado o histórico de uso da terra e descrição detalhada de cada um desses ecossistemas. Tabela 1. Localização, dimensão, preparo de área, histórico de manejo e características dos seis diferentes ecossistemas avaliados neste estudo. Ecossistema Características “Capoeira”(CP) - Ecossistema de floresta sucessional ≈36.300m 2 (47º38’06,34”W/ 01º00’26,46”S) Manejo: Derruba-e-queima da capoeira Área de 20 anos de idade sob pousio. Sistema agroflorestal [SAF] (SQ)≈9.075 m² (47º38’00,17”W/ 01º00’27,25”S) Manejo: Derruba-e-queima da capoeira realizada há 7 anos. Ecossistema de Roça inicial, posteriormente ocorreu plantio de (Pimenta-do-reino) Piper nigrum L. (5 anos) e (Maracujazeiro) Passiflora edulis Sims. (2004) implantação do SAF de 7 anos:- (Urucuzeiro) Bixa orellana/- (Mogno) Swietenia macrophylla . Especificações: Abubações do plantio de Piper nigrum L.: NPK-18.18.18 (1º ano) e NPK-10.28.20 (2º ano) todos os meses. 1 adubação em cova em 2004 com composto de: torta de mamona, farinha de osso, Yoorin. Capinas: 4 em cada ano de cultivo. Sistema agroflorestal [SAF] (ST) ≈6.050 m² (47º37’59,80’’W/ 01º00’30,24”S) Manejo: Corte-e-trituração da capoeira realizado há 5 anos. Contém plantios de: (Bananeira) Musa paradisiaca/ (Mogno) Swietenia macrophylla/ (Açaizeiro) Euterpe oleracea/ (Pimenta-do-reino) Piper nigrum L./ (Teca) Tectona grandis L. f./ (Gliricídia) Gliricidia sepium.. Especificações: 4 adubações em cova (2007): composto orgânico de torta de mamona, cinzas, folhas de capim Brachiaria Brizantha (Braquiarão), folhas de Inga edulis (Ingazeiro), cama de aviário, esterco bovino, casca de (Mandioca) Manihot esculenta Crantz. “Roça”(RQ) - Agricultura intinerante ≈5.050 m2 (47º38’22,8”W/ 01º01’04,81”S) Manejo: Derruba-e-queima da capoeira realizada em janeiro/2010. Cultivo de (Mandioca) Manihot esculenta Crantz. Inicialmente era um ecossistema de floresta sucessional de ≈20 anos, queimado pela primeira vez no ano de 1994 para implantação da primeira roça. “Roça” (RT) - Agricultura alternativa ≈6.050 m2 (47º38’02,33”W/ 01º00’28,42”S) Manejo: Corte-e-trituração da capoeira realizado em janeiro/2010. Cultivo de Manihot esculenta Crantz. Ano de 2009: realizado plantio de (Cacaueiro) Theobroma cacao L. e (Açaizeiro) Euterpe oleracea, adubado no momento do plantio em cova com composto orgânico de torta de mamona, cinzas, folhas de capim Brachiaria Brizantha, folhas de Inga edulis, cama de aviário, esterco bovino, casca de (Mandioca) Manihot esculenta Crantz. Agroecossistema de pastagem (PQ) ≈6.050 m 2 (47º38’27,73”W/ 01º00’57,13”S) Manejo: Derruba-e-queima da capoeira realizada há cerca de 10 anos. Destinada à criação de bovinos, contendo capim do gênero Brachiaria, sem processo de calagem. Limpeza e roçagem: 1/ano. Suplementação animal : -Casca de (Mandioca) Manihot esculenta Crantz. -Sal mineral, (Purinafós, Purina, Brasil) dieta para animais de 450kg com consumo de 100g/dia. Especificações nutricionais Purinafós: Macronutrientes − 17 g/dia (Ca2+),10 g/dia (P), 10 g/dia (Na+), 1,5 g/dia (Mg2+) e 1 g/dia (S). Micronutrientes−4,5 g/dia (Co), 134 mg/dia (Cu), 9 mg/dia (I), 201 mg/dia (Mn), 3 mg/dia (Se), 492 mg/dia (Zn), 48 mg/dia (Fe). Foram realizadas 26 campanhas de campo, ao longo da estação chuvosa de 2010 (janeiro a junho), as quais resultaram em um total de 234 amostras de água de chuva e de escoamento superficial. Nessas coletas foi avaliado o escoamento superficial decorrente tanto de 80 Tabela 2. Valores de pH e condutividade elétrica (CE, em µS) nos diferentes ecossistemas ao longo do período de 26-jan a 21-jun de 2010. Tratamentos pH (1) Média CE(2) Média pH Mediana CE Mediana pH Dv. Padrão CE Erro Padrão pH(3) Mín. CE(3) Mín. pH(3) Máx. CE (3) Máx. Chuva 4,867*a 8,36 4,832 7,33 0,286 0,86 4,498 3,56 5,420 19,35 Capoeira 5,295*b 25,01 5,232 19,15 0,466 2,99 4,469 6,71 6,255 54,95 Pastagem 5,525*bc 27,13 5,526 15,87 0,581 7,15 3,973 6,19 6,477 107,80 Roça (derruba-e- queima) 6,034*d 36,36 6,061 28,50 0,627 6,30 4,675 13,64 7,111 121,10 Roça (corte-e- trituração) 5,732* bcd 19,91 5,651 13,17 0,499 5,43 5,068 7,10 6,894 70,70 SAF (derruba-e- queima) 5,339*b 19,60 5,370 16,10 0,516 3,09 4,401 8,10 6,378 38,00 SAF (corte-e- trituração) 5,911*cd 29,30 5,844 24,84 0,290 3,66 5,523 11,19 6,724 77,93 (1)pH - Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey para amostras independentes CV = 14,98 % (p<0,05). Medidas estatisticas de posição e dispersão. N=26. (2)CE - dados não normais, com isso, foram considerados os valores de erro padrão ao invés do desvio padrão. Medidas estatisticas de posição e dispersão. N=26. (3) Medidas de posição: Mín. = mínimo e Máx. = máximo. Quanto à condutividade elétrica (CE), Chuva (CH) apresentou valores bem mais baixos do que os ecossistemas, sendo medido o valor máximo em 04-fev-2010 (Tabela 2). Comparando os valores médios de condutividade elétrica das amostras de água de escoamento superficial nos ecossistemas com os de CH, observa-se incremento nos valores dessa variável. Ou seja, as condições naturais da condutividade elétrica da água da chuva foram alteradas devido a sua interação com a vegetação e a superfície do solo, fato este que retrata maiores concentrações de íons dissolvidos nas águas de escoamento superficial compara às águas pluviais. Esses dados demonstram a eficácia do procedimento amostral, em que a água de chuva coletada foi utilizada como controle do experimento para comparação com a água de escoamento superficial dos ecossistemas, pois a água da chuva tem suas concentrações iônicas enriquecidas a medida que interage com os ambientes terrestres. Em pelo menos um dos tratamentos ocorreu diferença estatística para as concentrações dos ânions NO3 -, PO4 3- e SO4 2-. Porém, não houve diferença significativa para o Cl- nos diferentes tratamentos (Kruskal- Wallis; p< 0,05). Por sua vez, o Cl- se destacou pelas maiores concentrações em todos os ecossistemas e na água da chuva (CH), apresentando maior soma (Cl- = 3674,12 µM) e valor máximo de 1046,19 µM (em 28-Jan- 2010) na Pastagem (PQ), e valor mínimo em CH (Cl-= 5,84 µM, em 10-Mai-2010). SAF derruba-e-queima (SQ) e PQ apresentaram os maiores valores médios de Cl- com 210,10 µM e 204,12 µM, respectivamente. O valor máximo de Cl- encontrado na Pastagem (PQ) 81 foi atípico em relação às demais coletas, porém, tal valor foi confirmado já que a condutividade elétrica (CE) também foi alta (107,8 µS). Além disso, CE apresentou alto coeficiente de correlação com Cl- (ρ= 0,625) (Figura 1). 26 /1 /2 01 0 27 /1 /2 01 0 28 /1 /2 01 0 29 /1 /2 01 0 1/ 2/ 20 10 4/ 2/ 20 10 8/ 2/ 20 10 11 /2 /2 01 0 1/ 3/ 20 10 4/ 3/ 20 10 11 /3 /2 01 0 29 /3 /2 01 0 6/ 4/ 20 10 12 /4 /2 01 0 15 /4 /2 01 0 19 /4 /2 01 0 22 /4 /2 01 0 26 /4 /2 01 0 4/ 5/ 20 10 6/ 5/ 20 10 10 /5 /2 01 0 13 /5 /2 01 0 17 /5 /2 01 0 2/ 6/ 20 10 9/ 6/ 20 10 21 /6 /2 01 0 0 200 400 600 800 1000 CH CP PQ RQ RT SQ ST CH CP PQ RQ RT SQ ST L n C l - µ M 0 2 4 6 8 pH 3 4 5 6 7 8 a a a a a a a Ln C l - µ M 1 2 3 4 5 6 7 8 L n C E µ S 1 2 3 4 5 6 0 50 100 150 200 Precipitação (mm) p=0,625 a) b) c) Figura 1. a) Precipitação acumulada e concentrações de cloreto (Cl-) nas amostras de água da chuva e de escoamento superficial nos diferentes ecossistemas em cada data de coleta; b) Gráficos tipo box plot da distribuição das concentrações de Cl- (transformadas para logaritmo natural) e dos valores de pH na chuva e no escoamento dos ecossistemas avaliados; c) Correlação entre Cl- e condutividade elétrica (CE) medidos em todas as amostras (valores em logaritmo natural). CH=Chuva, CP=Capoeira, PQ=Pastagem, RQ=Roça derruba-e-queima, RT=Roça corte-e-trituração, SQ=SAF derruba-e-queima, ST=SAF corte-e-trituração. (Medianas seguidas pela mesma letra minúscula no gráfico não diferem significativamente entre si pelo teste de Kruskal-Wallis (p<0,05), quando os dados são ajustados para logaritmo natural). Os maiores valores de concentração de Cl- ocorreram em geral nos períodos de menor precipitação acumulada (Figura 1). Infere-se que o volume escoado tem correlação inversa com a concentração de cloreto (ρ= - 0,291), determinando a diluição desse ânion. Os resultados de alta concentração de Cl- pode estar ligado à proximidade da área experimental com o Oceano Atlântico (menor que 100 km), onde é maior a influência de aerossóis de sal marinho, que tem como principal constituinte o cloreto de sódio. A 82 atmosfera é um sistema aberto, não isolado, e como tal a composição em termos de aerossóis e gases traço é influenciada não só pelas emissões locais, mas também pelo transporte à distância (Artaxo et al., 2005). As concentrações medianas de NO3 -, considerando-se as 26 coletas realizadas, ocorreram em ordem decrescente da seguinte forma: SAF corte-e-trituração> Pastagem> Roça derruba-e-queima> SAF derruba-e- queima> Chuva> Roça corte-e-trituração> Capoeira. SAF corte-e-trituração (ST) apresentou diferença estatística (p<0,05) em relação a chuva e todos os outros ecossistemas (Figura 2). 0 50 100 150 200 26 /1 /2 01 0 27 /1 /2 01 0 28 /1 /2 01 0 29 /1 /2 01 0 1/ 2/ 20 10 4/ 2/ 20 10 8/ 2/ 20 10 11 /2 /2 01 0 1/ 3/ 20 10 4/ 3/ 20 10 11 /3 /2 01 0 29 /3 /2 01 0 6/ 4/ 20 10 12 /4 /2 01 0 15 /4 /2 01 0 19 /4 /2 01 0 22 /4 /2 01 0 26 /4 /2 01 0 4/ 5/ 20 10 6/ 5/ 20 10 10 /5 /2 01 0 13 /5 /2 01 0 17 /5 /2 01 0 2/ 6/ 20 10 9/ 6/ 20 10 21 /6 /2 01 0 0 10 20 30 40 CH CP PQ RQ RT SQ ST CH CP PQ RQ RT SQ ST pH 3 4 5 6 7 8 a) b) c) Ln NO3 - µ M 0 1 2 3 4 5 L n C E µ S 0 1 2 3 4 5 6 p=0,373 L n N O 3 - µ M 0 1 2 3 4 5 b b b b b b a Precipitação(mm) Figura 2. a) Precipitação acumulada e concentrações de nitrato (NO3 -) nas amostras de água da chuva e de escoamento superfical nos diferentes ecossistemas em cada data de coleta; b) Gráficos tipo box plot da distribuição das concentrações de NO3 - (transformadas para logaritmo natural) e dos valores de pH na chuva e no escoamento dos ecossistemas avaliados; c) Correlação entre NO3 - e condutividade elétrica (CE) medidos em todas as amostras (valores em logaritmo natural). CH-Chuva, CP-Capoeira, PQ-Pastagem, RQ-Roça derruba-e-queima, RT-Roça corte-e-trituração, SQ-SAF derruba-e-queima, ST-SAF corte-e-trituração. (Medianas seguidas pela mesma letra minúscula no gráfico não diferem significativamente entre si pelo teste de Kruskal-Wallis (p<0,05), quando os dados são ajustados para logaritmo natural). 85 parte dos nutrientes circundantes como K+, Mg2+ e Ca2+, assim como, diminuem as perdas por escoamento superficial de outros compostos que se acumulam mais no solo, como ocorre com N e P. O fato dos nutrientes N e P se acumularem mais no solo do que no material em decomposição, representa uma ciclagem de nutrientes eficiente em ecossistemas florestais (Moreira & Siqueira, 2006; Cattanio et al., 2008). A faixa de variação elevada encontrada no SAF derruba-e-queima (SQ) pode ser explicada pela adubação com NPK (formulação 10-28-20) feita sete anos antes do sistema agroflorestal ser implantado, promovendo um estoque de P não disponível para as plantas durante os primeiros plantios. Com a implantação do SQ o nível de matéria orgânica tenderia a aumentar ao longo do tempo, e dessa forma haveria um aumento também de ácidos orgânicos, os quais competem com PO4 3- pelos mesmos sítios de adsorção, tornando-o lábil. A capacidade da matéria orgânica em diminuir a adsorção de P pelo solo é relatada por Andrade et al. (2003) e Ribeiro et al. (2011). Além disso, existem no SQ espécies de plantas ricas em oxalato, o que pode promover a dessorção do PO4 3-. Inicialmente na Roça derruba-e-queima (RQ), houve um valor elevado de PO4 3- (8,87 µM, em 26-Jan-2010) e uma queda brusca posterior (Figura 3). Esse comportamento foi também observado nos valores de condutividade elétrica (CE) (121,10 µS, em 26-Jan-2010) e pH (7,111, em 26-Jan-2010). Infere-se que, com a queima recente da área em pousio realizada em Janeiro/2010, houve liberação de PO4 3- e outros íons dissolvidos, que presentes nas cinzas, elevaram os valores da CE e pH do escoamento superficial. Por sua vez, em relação às concentrações de SO4 2-, o SAF corte-e-trituração (ST) apresentou diferença estatística (p<0,05) entre Pastagem (PQ) e Chuva (CH). Os demais tratamentos não apresentaram diferença em nível de 5% de significância. As maiores concentrações de SO4 2- coincidiram com os dias de menor precipitação (Figura 4). 86 Precipitação(mm) 0 50 100 150 200 a) c) 26 /1 /2 01 0 27 /1 /2 01 0 28 /1 /2 01 0 29 /1 /2 01 0 1/ 2/ 20 10 4/ 2/ 20 10 8/ 2/ 20 10 11 /2 /2 01 0 1/ 3/ 20 10 4/ 3/ 20 10 11 /3 /2 01 0 29 /3 /2 01 0 6/ 4/ 20 10 12 /4 /2 01 0 15 /4 /2 01 0 19 /4 /2 01 0 22 /4 /2 01 0 26 /4 /2 01 0 4/ 5/ 20 10 6/ 5/ 20 10 10 /5 /2 01 0 13 /5 /2 01 0 17 /5 /2 01 0 2/ 6/ 20 10 9/ 6/ 20 10 21 /6 /2 01 0 0 5 10 15 20 CH CP PQ RQ RT SQ ST Ln SO4 2- µ M 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 L n C E µ S 0 1 2 3 4 5 6 p=0,629 b) CH CP PQ RQ RT SQ ST pH 3 4 5 6 7 8 L n S O 4 2- µ M 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 b ab b ab ab a b a cipitação( m) Figura 4. a) Precipitação acumulada e concentrações de sulfato (SO4 2-) nas amostras de água da chuva e de escoamento superficial nos diferentes ecossistemas em cada data de coleta; b) Gráficos tipo box plot da distribuição das concentrações de SO4 2- (transformadas em logaritmo natural) e dos valores de pH na chuva e no escoamento dos ecossistemas avaliados; c) correlação entre SO4 2- e condutividade elétrica (CE) medidos em todas as amostras (valores em logaritmo natural). CH-Chuva, CP-Capoeira, PQ-Pastagem, RQ-Roça derruba-e-queima, RT-Roça corte-e-trituração, SQ-SAF derruba-e-queima, ST-SAF corte-e-trituração.(Medianas seguidas pela mesma letra minúscula no gráfico não diferem significativamente entre si pelo teste de Kruskal-Wallis (p<0,05), quando os dados são ajustados para logaritmo natural). As amostras de água da Chuva (CH) apresentaram a menor concentração mediana de SO4 2- (1,9 µM) e uma estreita faixa de variação (0,4 a 9,6 µM). As maiores faixas de variação de SO4 2- ocorreram na Capoeira (0,7 a 21,5 µM), e na Roça derruba-e-queima (0,7 a 20,0 µM). Os maiores valores de mediana aconteceram no SAF corte-e-trituração (5,3 µM) e na Roça derruba-e-queima (5,1 µM) (Figura 4). Infere-se pelos valores elevados de SO4 2- na Capoeira, que esse ecossistema florestal pode ter absorvido SO4 2- advindo de chuvas com composição química com forte influência marinha, o qual pode ter ficado retido no material em decomposição presente nesses 87 solos florestais, já que a área de estudo fica a uma distância inferior a 100 km do Oceano Atlântico. Ocorreu na Pastagem a menor faixa de variação de SO4 2- durante os eventos: 0,6 a 9,7 µM. Já o valor mínimo ao longo dos eventos foi encontrado no SAF derruba-e- queima: 0,1 µM, em 26-Abr-2010. Na Roça derruba-e-queima, logo após a área ser queimada, verificou-se uma alta concentração de SO4 2- (20,0 µM, em 26-Jan-2010). Notou- se, portanto, influência da queima na disponibilidade de SO4 2-, assim como de PO4 3- e no processo de perda do NO3 -. Krusche et al. (2005) avaliando os efeitos das mudanças do uso da terra na biogeoquímica dos cursos d’água da bacia do rio Ji-Paraná, em Rondônia, observaram que em áreas que passaram por prática de manejo tradicional de derruba e queima onde o percentual de desflorestamento era maior (30 a 75%) o nível de concentração de SO4 2- também era grande. De uma maneira geral, observaram-se indícios de que a presença de matéria orgânica nos solos influenciou a concentração de ânions na água de escoamento superficial nos ecossistemas investigados. A capoeira de 20 anos apresentou nas águas de escoamento superficial pH ácido, CE média de 25,01 µS, baixa perda de NO3 - (0,2 µM) e de PO4 3- (0,05 µM), e ampla faixa de variação de SO4 2- (0,7 a 21,5 µM). Tais resultados concordam com Kato et al. (2004) e Costa (2005), que relatam que geralmente em áreas que permanecem sob pousio por 8 a 15 anos, ocorre recuperação da fertilidade dos solos, pela presença de espécies fixadoras de nitrogênio e pela melhoria da ciclagem e absorção de nutrientes, assim como se espera menores efeitos de processos físicos de perda como escoamento superficial, lixiviação e erosão. Conclusão 1. O monitoramento dos parâmetros condutividade elétrica, pH e aniôns (cloreto, sulfato, nitrato e fosfato) permitiu a caracterização da hidrogeoquímica do escoamento superficial no solo sob manejo de corte-e-trituração e derruba-e-queima em diferentes ecossistemas no contexto da agricultura familiar do nordeste paraense. 2. Os ecossistemas avaliados apresentaram algumas características distintas na hidrogeoquímica da água de escoamento superficial, fato que resulta em diferenças na contribuição dessa etapa do ciclo hidrológico para a hidrogeoquímica dos igarapés da mesobacia em foco. 3. Enquanto as concentrações observadas de cloreto e sulfato no escoamento superficial foram influenciadas pelas variações pluviométricas, a elevação das concentrações de nitrato e fosfato esteve mais diretamente relacionada ao manejo dos ecossistemas, o primeiro respondendo a presença de espécies fixadoras de nitrogênio e o segundo respondendo às queimadas. 90 ANEXOS 91 ANEXO A – Normas e instruções para submissão de trabalhos na revista Pesquisa Agropecuária Brasileira – PAB. Os trabalhos enviados à PAB devem ser inéditos e não podem ter sido encaminhados a outro periódico científico ou técnico. Dados publicados na forma de resumos, com mais de 250 palavras, não devem ser incluídos no trabalho. A Comissão Editorial faz análise dos trabalhos antes de submetê-los à assessoria científica. Nessa análise, consideram-se aspectos como: escopo; apresentação do artigo segundo as normas da revista; formulação do objetivo de forma clara; clareza da redação; fundamentação teórica; atualização da revisão da literatura; coerência e precisão da metodologia; resultados com contribuição significativa; discussão dos fatos observados frente aos descritos na literatura; qualidade das tabelas e figuras; originalidade e consistência das conclusões. Após a aplicação desses critérios, se o número de trabalhos aprovados ultrapassa a capacidade mensal de publicação, é aplicado o critério da relevância relativa, pelo qual são aprovados os trabalhos cuja contribuição para o avanço do conhecimento científico é considerada mais significativa. Esse critério só é aplicado aos trabalhos que atendem aos requisitos de qualidade para publicação na revista, mas que, em razão do elevado número, não podem ser todos aprovados para publicação. Os trabalhos rejeitados são devolvidos aos autores e os demais são submetidos à análise de assessores científicos, especialistas da área técnica do artigo. São considerados, para publicação, os seguintes tipos de trabalho: Artigos Científicos, Notas Científicas e Artigos de Revisão, este último a convite do Editor. Os trabalhos publicados na PAB são agrupados em áreas técnicas, cujas principais são: Entomologia, Fisiologia Vegetal, Fitopatologia, Fitotecnia, Fruticultura, Genética, Microbiologia, Nutrição Mineral, Solos e Zootecnia. O texto deve ser digitado no editor de texto Word, em espaço duplo, fonte Times New Roman, corpo 12, folha formato A4, margens de 2,5 cm, com páginas e linhas numeradas. Escopo e política editorial A revista Pesquisa Agropecuária Brasileira (PAB) é uma publicação mensal da embrapa, que edita e publica trabalhos técnico-científicos originais, em português, espanhol ou inglês, resultantes de pesquisas de interesse agropecuário. A principal forma de contribuição é o Artigo, mas a PAB também publica Notas Científicas e Revisões a convite do Editor. Análise dos artigos A Comissão Editorial faz a análise dos trabalhos antes de submetê-los à assessoria científica. Nessa análise, consideram-se aspectos como escopo, apresentação do artigo segundo as normas da revista, formulação do objetivo de forma clara, clareza da redação, fundamentação teórica, atualização da revisão da literatura, coerência e precisão da metodologia, resultados com contribuição significativa, discussão dos fatos observados em relação aos descritos na literatura, qualidade das tabelas e figuras, originalidade e consistência das conclusões. Após a aplicação desses critérios, se o número de trabalhos aprovados ultrapassa a capacidade mensal de publicação, é aplicado o critério da relevância relativa, pelo qual são aprovados os trabalhos cuja contribuição para o avanço do conhecimento científico é considerada mais significativa. Esse critério é aplicado somente aos trabalhos que atendem aos requisitos de qualidade para publicação na revista, mas que, em razão do elevado número, não podem ser todos aprovados para publicação. Os trabalhos rejeitados são devolvidos aos autores e os demais são submetidos à análise de assessores científicos, especialistas da área técnica do artigo. Forma e preparação de manuscritos - Os trabalhos enviados à PAB devem ser inéditos (não terem dados – tabelas e figuras – publicadas parcial ou integralmente em nenhum outro veículo de divulgação técnico-científica, como boletins institucionais, anais de eventos, comunicados técnicos, notas científicas etc.) e não podem ter sido encaminhados simultaneamente a outro periódico científico ou técnico. Dados publicados na forma de resumos, com mais de 250 palavras, não devem ser incluídos no trabalho. - São considerados, para publicação, os seguintes tipos de trabalho: Artigos Científicos, Notas Científicas e Artigos de Revisão, este último a convite do Editor. - Os trabalhos publicados na PAB são agrupados em áreas técnicas, cujas principais são: Entomologia, Fisiologia Vegetal, Fitopatologia, Fitotecnia, Fruticultura, Genética, Microbiologia, Nutrição Mineral, Solos e Zootecnia. - O texto deve ser digitado no editor de texto Microsoft Word, em espaço duplo, fonte Times New Roman, corpo 12, folha formato A4, com margens de 2,5 cm e com páginas e linhas numeradas. Informações necessárias na submissão on-line de trabalhos No passo 1 da submissão (Início), em "comentários ao editor", informar a relevância e o aspecto inédito do trabalho.No passo 2 da submissão (Inclusão de metadados), em "resumo da biografia" de cada autor, informar a formação e o grau acadêmico. Clicar em "incluir autor" para inserir todos os coautores do trabalho, na ordem de autoria. Ainda no passo 2, copiar e colar o título, resumo e termos para indexação (key words) do trabalho nos respectivos campos do sistema. Depois, ir à parte superior da tela, no campo "Idioma do formulário", e selecionar "English". Descer a tela (clicar na barra de rolagem) e copiar e colar o "title", "abstract" e os "index terms" nos campos correspondentes. (Para dar continuidade ao processo de submissão, é necessário que tanto o título, o resumo e os termos para indexação quanto o title, o abstract e os index terms do manuscrito tenham sido fornecidos.)No passo 3 da submissão (Transferência do manuscrito), carregar o trabalho completo em arquivo Microsoft Word 1997 a 2003.No passo 4 da submissão (Transferência de documentos suplementares), carregar, no sistema on- line da revista PAB, um arquivo Word com todas as cartas (mensagens) de concordância dos coautores coladas conforme as explicações abaixo: Colar um e-mail no arquivo word de cada coautor de concordância com o seguinte conteúdo: "Eu, ..., concordo com o conteúdo do trabalho intitulado "....." e com a submissão para a publicação na revista PAB.Como fazer: Peça ao coautor que lhe envie um e-mail de concordância, encaminhe-o para o seu próprio e-mail (assim gerará os dados da mensagem original: assunto, data, de e para), marque todo o email e copie e depois cole no arquivo word. Assim, teremos todas as cartas de concordâncias dos co-autores num mesmo arquivo. Organização do Artigo Científico - A ordenação do artigo deve ser feita da seguinte forma: - Artigos em português - Título, autoria, 92 endereços institucionais e eletrônicos, Resumo, Termos para indexação, título em inglês, Abstract, Index terms, Introdução, Material e Métodos, Resultados e Discussão, Conclusões, Agradecimentos, Referências, tabelas e figuras. - Artigos em inglês - Título, autoria, endereços institucionais e eletrônicos, Abstract, Index terms, título em português, Resumo, Termos para indexação, Introduction, Materials and Methods, Results and Discussion, Conclusions, Acknowledgements, References, tables, figures. - Artigos em espanhol - Título, autoria, endereços institucionais e eletrônicos, Resumen, Términos para indexación; título em inglês, Abstract, Index terms, Introducción, Materiales y Métodos, Resultados y Discusión, Conclusiones, Agradecimientos, Referencias, cuadros e figuras. - O título, o resumo e os termos para indexação devem ser vertidos fielmente para o inglês, no caso de artigos redigidos em português e espanhol, e para o português, no caso de artigos redigidos em inglês. - O artigo científico deve ter, no máximo, 20 páginas, incluindo-se as ilustrações (tabelas e figuras), que devem ser limitadas a seis, sempre que possível. Título - Deve representar o conteúdo e o objetivo do trabalho e ter no máximo 15 palavras, incluindo-se os artigos, as preposições e as conjunções. - Deve ser grafado em letras minúsculas, exceto a letra inicial, e em negrito. - Deve ser iniciado com palavras chaves e não com palavras como "efeito" ou "influência". - Não deve conter nome científico, exceto de espécies pouco conhecidas; neste caso, apresentar somente o nome binário. - Não deve conter subtítulo, abreviações, fórmulas e símbolos. - As palavras do título devem facilitar a recuperação do artigo por índices desenvolvidos por bases de dados que catalogam a literatura. Nomes dos autores - Grafar os nomes dos autores com letra inicial maiúscula, por extenso, separados por vírgula; os dois últimos são separados pela conjunção "e", "y" ou "and", no caso de artigo em português, espanhol ou em inglês, respectivamente. - O último sobrenome de cada autor deve ser seguido de um número em algarismo arábico, em forma de expoente, entre parênteses, correspondente à chamada de endereço o autor. Endereço dos autores - São apresentados abaixo dos nomes dos autores, o nome e o endereço postal completos da instituição e o endereço eletrônico dos autores, indicados pelo número em algarismo arábico, entre parênteses, em forma de expoente. - Devem ser agrupados pelo endereço da instituição. - Os endereços eletrônicos de autores da mesma instituição devem ser separados por vírgula. Resumo - O termo Resumo deve ser grafado em letras minúsculas, exceto a letra inicial, na margem esquerda, e separado do texto por travessão. - Deve conter, no máximo, 200 palavras, incluindo números, preposições, conjunções e artigos. - Deve ser elaborado em frases curtas e conter o objetivo, o material e os métodos, os resultados e a conclusão. - Não deve conter citações bibliográficas nem abreviaturas. - O final do texto deve conter a principal conclusão, com o verbo no presente do indicativo. Termos para indexação - A expressão Termos para indexação, seguida de dois-pontos, deve ser grafada em letras minúsculas, exceto a letra inicial. - Os termos devem ser separados por vírgula e iniciados com letra minúscula. - Devem ser no mínimo três e no máximo seis, considerando-se que um termo pode possuir duas ou mais palavras. - Não devem conter palavras que componham o título. - Devem conter o nome científico (só o nome binário) da espécie estudada. - Devem, preferencialmente, ser termos contidos no AGROVOC: Multilingual Agricultural Thesaurus ou no Índice de Assuntos da base SciELO . Introdução - A palavra Introdução deve ser centralizada e grafada com letras minúsculas, exceto a letra inicial, e em negrito. - Deve apresentar a justificativa para a realização do trabalho, situar a importância do problema científico a ser solucionado e estabelecer sua relação com outros trabalhos publicados sobre o assunto. - O último parágrafo deve expressar o objetivo de forma coerente com o descrito no início do Resumo. Material e Métodos - A expressão Material e Métodos deve ser centralizada e grafada em negrito; os termos Material e Métodos devem ser grafados com letras minúsculas, exceto as letras iniciais. - Deve ser organizado, de preferência, em ordem cronológica. - Deve apresentar a descrição do local, a data e o delineamento do experimento, e indicar os tratamentos, o número de repetições e o tamanho da unidade experimental. - Deve conter a descrição detalhada dos tratamentos e variáveis. - Deve-se evitar o uso de abreviações ou as siglas. - Os materiais e os métodos devem ser descritos de modo que outro pesquisador possa repetir o experimento. - Devem ser evitados detalhes supérfluos e extensas descrições de técnicas de uso corrente. - Deve conter informação sobre os métodos estatísticos e as transformações de dados. - Deve-se evitar o uso de subtítulos; quando indispensáveis, grafá-los em negrito, com letras minúsculas, exceto a letra inicial, na margem esquerda da página. Resultados e Discussão - A expressão Resultados e Discussão deve ser centralizada e grafada em negrito, com letras minúsculas, exceto a letra inicial. - Todos os dados apresentados em tabelas ou figuras devem ser discutidos. - As tabelas e figuras são citadas seqüencialmente. - Os dados das tabelas e figuras não devem ser repetidos no texto, mas discutidos em relação aos apresentados por outros autores. - Evitar o uso de nomes de variáveis e tratamentos abreviados. - Dados não apresentados não podem ser discutidos. - Não deve conter afirmações que não possam ser sustentadas pelos dados obtidos no próprio trabalho ou por outros trabalhos citados. - As chamadas às tabelas ou às figuras devem ser feitas no final da primeira oração do texto em questão; se as demais sentenças do parágrafo referirem-se à mesma tabela ou figura, não é necessária nova chamada. - Não apresentar os mesmos dados em tabelas e em figuras. - As novas descobertas devem ser confrontadas com o conhecimento anteriormente obtido. Conclusões - O termo Conclusões deve ser centralizado e grafado em negrito, com letras minúsculas, exceto a letra inicial. - Devem ser apresentadas em frases curtas, sem comentários adicionais, com o verbo no presente do indicativo.
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