Baixe Eletrônica Básica - Teoria e Prática e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Informática, somente na Docsity! Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
Eletrônica Básica:
teoria e prática
Fº Edição
EDITORA
RIDEEL
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Andrey, João Michel
Eletrônica básica : teoria e prática / João Michel
Andrey. -- São Paulo : Rideel, 1999.
ISBN 85-339-0283-2
1. Eletrônica 2. Eletrônica — Problemas, exercícios
etc. |. Título.
99-1155 CDD-621.381
Índices para catálogo sistemático:
1. Eletrônica : Engenharia 621.381
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EpiTORA AFILIADA
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
IX
Conteúdo
Prefácio v
4 Anina?
O que é a eletrônica?
INTRODUÇÃO err res mem meant 1
INSTRUÇÃO . em 1
O que são os Elétrons? 1
O que é a Corrente de Elétrons' 2
Como acompanhar um Circuito? rm 3
O que é preciso para que um sistema seja Eletrônico? 3
Quais foram os primeiros Componentes Eletrônicos? 4
Efeito Edison e Válvula à Vácuo ... 5
Como se desenvolveu a Rádio-comun 6
O que é um Áudion? e 6
INSTRUÇÕES PARA RESPONDER ÀS PERGUNTAS DE REVISÃO PROGRAMADA 8
PERGUNTAS DE REVISÃO PROGRAMADA 8
EXPERIÊNCIAS ' 12
AUTOTESTE COM RESPOSTAS 15
Ea Quais são os componentes de dois terminais
. . Aus
usados em circuitos eletrônicos?
INTRODUÇÃO 17
INSTRUÇÃO ........ msi 17
Para que são usados os Resistores? 17
O que é um Ohm? 18
O que são os Resistores de Carvão? er ue 19
Como são marcados os valores da resistência nos Resistores de Carvão? 19
Qual é o significado de Potência e como se determina a mesma? 20
O que são Resistores de Fio Enrolado? ............. 20
O que são Resistores Variáveis? za
Como é estabelecida a capacidade dos Resistores Variáveis? 2
O que são os Termistores e os VDRs? ......... 22
Para que são usados os capacitores? ... 23
O que é o Farad? 23
Eletrônica Básica: teoria e prática
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
X
O que é uma Reatância Capacitiva? . . a
Qual é o significado da Tensão Nominal de um Capacitor? , acer 24
Alguns tipos de Capacitores fixos . ma . A
Capacitores de Poliéster e Cerâmica 25
O que são os Capacitores Variáveis? ...... 2
Para que são usados os Indutores? e 28
O que é o Henry? att em . 28
O que é uma Reatância Tndutiva? ........ ams mimo BB
Alguns tipos de Indutores 28
Para que são usados os Diodos? 30
Alguns exemplos de Diodos Retificadores ...... ema 30
O que são os Diodos Reguladores? rimam e x
O que é um LED? reeeeimstentats arms M
PERGUNTAS DE REVISÃO PROGRAMADA 33
Componentes SMD a nu ria 35
Histórico msmo emma 35
Componentes passivos ... . . . 36
Nomenclatura metia mini 36
Componentes Ativos SMD tim 37
Eletrostática x Semicondutor nm estatais 38
EXPERIÊNCIAS , 39
AUTOTESTE COM RESPOSTAS 46
2x A sas
3! Quais são os componentes de três terminais
usados em circuitos eletrônicos?
INTRODUÇÃO . enem ias 49
INSTRUÇÃO eo a
O que é um Transistor Bipolar NPN? as
O que é um Transistor Bipolar PNP? 5
Qual é a relação entre a Corrente de Base e à Corrente de Coletor num Transistor Bipolar? 52
O que é um Transistor JFET? mu 52
O que é um Transistor MOSFET do Tipo Redução? an 54
O que é um Transistor MOSFET Tipo Aumento? ereta . cm 55
O que são os Transistores MOSFET Tipo P? . 55
O que é um Tiristor? cu 56
PERGUNTAS DE REVISÃO PROGRAMADA iate rsrsrsrs ea meti 58
EXPERIÊNCIAS mm . RR
AUTOTESTE COM RESPOSTAS temem eim Ra . 66
Eletrônica Básica: tearia e prática
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
Conteúdo xi
am 248
ES Quais são os componentes eletromagnéticos
usados em circuitos eletrônicos?
INTRODUÇÃO 69
INSTRUÇÃO 69
Qual é a relação entre Corrente e Magnctismo 6
O que é a Lei de Indução Eletromagnética de Faraday? 70
O que é a Lei de Lene? n
O que são Transformadores? 72
O que é um Autotransformador? 3
Alguns tipos de perdas em Transformadores 73
O que é uma Corrente Parasita? 73
O que significa q termo Perdas por Histerese? 74
O que são as Perdas de Cobre de um Transformador? 75
Quais são os usos dos Transformadores em Circuitos Eletrônicos"? 75
Transformadores passar tensões em Corrente Contínua? 75
O que é um Transformador de Isolamento? 76
O que é um Transformador Elevador? 76
O que é um Transformador Abaixador? 7
Qual é o desempenho dos Transformadores como ) Componentes
de Combinação de Impedâncias? eee ementas n
Como um Transformador é usado para a seleção de Eregiiências? 78
Como funciona o Relé? enem 79
Como reconhecer um Circuito com Relé? pm so
Quais são os tipos de símbolos usados para Relés? so
Alguns exemplos de Circuitos de Relés 82
PERGUNTAS DE REVISÃO PROGRAMADA 8a
EXPERIÊNCIAS 88
AUTOTESTE COM RESPOSTAS s
g O que são os transdutores e como eles são usados?
INTRODUÇÃO ........ 93
INSTRUÇÃO 94
Qual é a diferença entre um Transdutor Ativo e um Transdutor Passivo? 9a
Alguns exemplos de usos de Transdutores 96
Alguns exemplos de Transdutores Passivos a
Como são feitos os Transdutores Resistivos? 97
Como são feitos os Transdutores Capacitivos? 98
Como são feitos os Transdutores Indutivos? 99
O que é uma Ponte de Whcatstone'? 99
Eletrônica básica: teoria e prática
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
XIV
El Como funcionam os osciladores?
INTRODUÇÃO ..... des . . 177
INSTRUÇÃO 178
Quais são as configurações dos Amplificadores? ue tt vu 178
O que é o Efeito de Volante? emersiaso = . esse etc 180
O que determina à Fregiiência de Oscilação? ........ cum ue «181
Alguns exemplos de Circuitos Osciladores de Onda Senoidal . . 182
O que é um Oscilador Armstrong? . 182
Qual é a diferença entre Circuitos Alimentados em Série e Cicenitos
Alimentados em Paralelo? ......... ea ecoa 183
O que é um Oscilador Hartley? ...i ao 183
O que é um Oscilador Colpitts? . emma 184
O que é um Oscilador RC com Deslocamento de Fase? om 184
O que é um Oscilador de Cristal! eres amas mms mesa 185
O que Faz o Cristal! centeio . 185
Um exemplo de circuito com Oscilador de Cristal aeee 186
Como funciona um Oscilador de Relaxação? 186
Um exemplo de circuito Oscilador de Relaxação 187
PERGUNTAS DE REVISÃO PROGRAMADA. .... arenas tmn ear memo 188
EXPERIÊNCIAS . e rar erro TOR
AUTOTESTE COM RESPOSTAS .. e 199
10] O que são circuitos integrados e
amplificadores operacionais?
INTRODUÇÃO sm 201
INSTRUÇÃO sesta eres seseeranie ia 203
O que são Circuitos Integrados? e 203
O que são Circuitos Integrados MSI c LS? “203
Como são fabricados os Circuitos Integrados? tem . eremita 04
Quai a diferença entre um Circuito Integrado Linear
e um Circuito Integrado Digital? mio 204
O que é um Amplificador Operacional? 206
O que a Compensação de Fregiiência nos Amplificadores Operacionais? 207
Que tipo de Circuito de Alimentação é usado com Amplificadores Operacionais? ... 208
Como é usado um Amplificador Operacional num Circuito Amplificador 209
O que determina o ganho em Circuito Fechado de um Circuito
de Amplificador Operacional? 210
Como é usado o Amplificador Operacional como Amplificador Não-Inversor? mm 2
Eletrônica Básiva: teoria e prática
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
Conteúdo Xv
Como é usado um Amplificador Operacional como Seguidor de Tensão? 212
Alguns outros tipos de Circuitos de Amplificadores Operacionais 213
PERGUNTAS DE REVISÃO PROGRAMADA 215
EXPERIÊNCIAS 219
AUTOTESTE COM RESPOSTAS ai mens 221
4 . =
Como é usada a realimentação
em amplificadores?
INTRODUÇÃO 223
INSTRUÇÃO 224
Como são acoplados os sinais de um | amplificador p para à outro? 224
O que é Acoplamento RC? nem unter , 224
O que é Compensação de Alta Frequência? a mei 225
O que é Acoplamento por Transformador? . 226
O que é Acoplamento Direto? 227
Como é utilizada a realimentação em amplif adores? 229
Como é usada a Realimentação Positiva em Amplificadores? 230
Como é usada a Realimentação Negativa em Amplificadores? 231
O que é Realimentação de Corrente e como é obtida? 232
O que é Realimentação de Tensão e como é obtida? 233
Como pode ser evitada a Realimentação Negativa? 234
O que é Compensação de Baixa Fregiiência? 235
PERGUNTAS DE REVISÃO PROGRAMADA 236
EXPERIÊNCIAS 240
AUTOTESTE COM RESPOSTAS 247
12] Como funcionam os Transmissores
e os Receptores?
INTRODUÇÃO ....... 249
INSTRUÇÃO 250
Quais são as seções de um Transmissor de Onda Contínua? 250
O que é um Sinal de Onda Contínua? 250
O gue é um Modulador ? 250
O que são os Gráficos de Domínio de Fregúência e Domínio de Tempo? 252
Quais são os tipos de Transmissão usados em Sistemas de Rádio? 253
Quais são as seções de um Transmissor de Rádio AM? 254
Quais são as seções de um Transmissor de Rádio EM? 255
Quais são as seções básicas de um Receptor de Rádio? 257
Camo funciona um Rádio de Cristal? 257
Eletrônica Básica: teoria e prática
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
O que é um Receptor TRF?
O gue é um Receptor de AM Super-Heteródin:
O que é um Receptor de FM Super-Heteródino?
PERGUNTAS DE REVISÃO PROGRAMADA
EXPERIÊNCIAS
AUTOTESTE COM RESPOSTAS
Como funcionam os Sistemas de Áudio?
INTRODUÇÃO
INSTRUÇÃO
Quais são os componentes de um m Sistema Áudio de Alta Fidelidade?
Como são usados Transdutores em Sistemas de Áudio?
Coma funciona um Microfone?
Como funciona um Gravador de Fitas?
Quais são os componentes de um Conjunto de Cabeças de Grava
Como funciona um Toca-Discos?
Como funciona um Alto-Falante?
Como é controlada a qualidade do som de um Alto-Falante?
O gue faz um Sintonizador num Sistema de Áudio? .
O que há de especial nos Amplificadores de Tensão e de Potência de Áudio?
Por que foi desenvolvido o Som Quadrifônico?
Quais são os tipos de Som Quadrifônico?
Quais são as diferenças entre a gravação em Fita e a gravação em m disco?
Alguns princípios básicos da Gravação cm Fitas!
Alguns princípios básicos da Gravação em Disco ..
PERGUNTAS DE REVISÃO PROGRAMADA
EXPERIÊNCIAS
Áudio Digital
Padrão Internacional de CD
Codificação de Áudio
Decodificação e Reprodução do Sinal de Áudio
AUTOTESTE COM RESPOSTAS
Como funcionam Receptores de TVC, TV
e Aparelhos de Vídeo-Cassete?
INTRODUÇÃO
INSTRUÇÃO
Como são convertidas as Imagens em Preto e Branco em Sinais Elétricos?
Como são convertidos os Sinais Elétricos em Cenas Tiuminadas?
258
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261
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304
- 305
Eletrônica 3ásica: teoria e prática
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
Apresentação
A Editora Rideel, com satisfação, apre-
sentaa obra Eletrônica Básica: teoria e prática,
como objetivo de contribuir para a eficiência do
estudo da ciência eletrônica, que é vasta e abran-
gente.
Este livro foi criado de forma a satisfazer
todo aquele que se propõe a estudar Eletrônica,
seja qual for o ramo escolhido.
O livro é rico em informações e funda-
mentos técnicos; demonstta de forma prática a
operacionalização de componentes eletrônicos;
apresenta diferentes estratégias de instrução téc-
nica; é todo ilustrado e tem um anexo sobre
Instrumentação Virtual, em cores, acompanha-
do de CD-ROM, que além de conter todo o texto
e ilustrações do livro, apresenta um software
Eletrônica Básica: teoria e prática
(Picoscope) que auxilia o leitor a transformar
seu PC em “múltiplo instrumento de teste”.
Ao reduzir as expressões numéricas e os
simbolos, comumente utilizados em livros de
ciências exatas, e mesmo substituindo-os pelo
desenvolvimento de experiências para a com-
provação dc conceitos teóricos, faz com que
este livro seja de fácil compreensão, oferecendo
uma leitura agradável e atraente.
Eletrônica Básica: teoria e prática é um
livro destinado a estudantes, profissionais da
área e interessados em geral que querem desen-
volver ou atualizar os conhecimentos em Ele-
trônica, abrindo o seu campo de atuação.
Os EpiToRES
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
Prefácio
A Eletrônica é uma ciência que vem se
desenvolvendo desde a década de 20. No início,
lentamente, e depois a passos largos. Primeiro
foi a válvula termoiônica, depois o transistor e
finalmente o circuito integrado. Atualmente, es-
tamos em tempo de SMDS e memórias conduzi-
das por microprocessador.
A ciência eletrônica é vasta e abrangente
em suas aplicações. Por meio dela foram desen-
volvidos sistemas de comunicação, medicina
instrumental, pesquisa espacial, controles auto-
máticos industriais, entretenimento e computa-
ção. Seu campo de aplicações é tão grande,
tornando-se necessária uma imensa diversifi-
cação de ramos especializados.
Para um estudo eficiente de qualquer dos
ramos de aplicação necessita-se de uma fase
fundamenta! — Eletrônica Básica — objeto prin-
cipal deste livro.
A obra é rica de conteúdo didático e foi
claborada de modo a servir de guia à condução
de qualquer área de aperfeiçoamento.
Os primeiros capítulos abordam os prin-
cípios que norteiam a operação de componentes
eletrônicos. No capítulo 6 é iniciada a discussão
sobre os circuitos eletrônicos que compõem os
sistemas operacionais, e a partir do 12, os estu-
dos sobrerádio, áudio, TVC, TV e videocassete.
Os capitulos finais tratam dos circuitos lógicos
do computador e eletrônica industrial, e o estu-
do de técnicas para localização e reparação de
defeitos em equipamentos eletrônicos.
De uma forma peculiar, cada capítulo do
livro foi dividido em seções:
Eletrônica Básica: teoria e prática
pi!
INTRODUÇÃO, em que o leitor tem uma
visão global daquilo que vai aprender com a
leitura do assunto naquele capítulo,
INSTRUÇÃO, na qual a teoria e as aplicações
práticas do assunto em questão são descritos,
acompanhados por uma grande quantidade de
ilustrações.
PERGUNTAS DE REVISÃO PROGRAMADA, Em
que o leitor pode rever o assunto abordado no
capítulo, tendo o domínio total da abordagem
na seção Instrução. Também nesta seção estão
incluídos resumos que servem para “reavivar” a
mente do leitor.
EXPERIÊNCIAS — esta seção permite ao
leitor comprovar, na prática, a teoria aprendida
na seção de Instrução; o anexo € fornece infor-
mações detalhadas referentes às placas de cir-
cuitos destinadas às experiências.
AUTOTESTE COM RESPOSTAS — destina-se à
testar o grau de aprendizagem do leitor, com-
posto por questões cujas respostas possuem
múltiplas escolhas, sendo que algumas delas
contêm explicação adicional.
O anexo D contém grande quantidade de
informações referentes à moderna forma de
medir e analisar circuitos eletrônicos, a chama-
da: “Instrumentação Virtual".
Com certeza, Eletrônica Básica: teoria e
prática será de grande proveito para o leitor que
poderá somar à sua experiência um número
maior de informações e conhecimentos sobre
Eletrônica.
PRroFr. J. MICHEL ANDREY
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
O que é a eletrônica?
INTRODUÇÃO
A palavra eletrônica é usada tão inadeguadamen-
te que quase perde sua identidade real, Aqueles que
dizem: “Trabalho em eletrônica”, estão dando apenas
uma vaga idéia de seu trabalho.
Por exemplo, se projetam equipamentos ele-
trônicos. são engenheiros eletrônicos. Se localizam e
consertam defeitos em cquipamentos eletrônicos, são
técnicos eletrônicos. Se giram botões para operar
equipamentos eletrônicos, são operadores.
Neste capítulo, iremos discutir um significado
básico da palavra eletrônica. Iremos mostrar como a
eletrônica se desenvolveu de uma simples experiência
até constituir uma ciência que afetou quase todos os
campos da indústria e do lazer. Alguns princípios muito
importantes da eletrônica e da eletricidade serão revistos
Eles irão servir de fundamento para seu estudo futuro de
sistemas eletrônicos.
Depois de estudar este capítulo, você poderá
responder às seguintes perguntas:
o elétrons?
O ques
O que é a corrente de elétrons
Como acompanhar um circuito?
O que é preciso para que um sistema
seja eletrônico?
Quais foram os primeiros
componentes eletrônicos?
Efeito Edison e Válvula à Vácuo
Como se desenvolveu a
radiocomunicação?
E O que éum áudion?
Eletrónica Básica: teoria e prática
INSTRUÇÃO
O que são os Elétrons?
Vamos supor que alguém lhe peça para fazer uma
lista de todos os diversos tipos de materiais existentes no
mundo. Mesmo que você dedicasse toda sua vida para
fazer a lísta, é muito duvidoso que pudesse completar
estatarefa. Você teria que incluir todos os tipos diferentes
de metais, plásticos, madeiras, produtos químicos, etc.
A lista seria interminável.
Filósofos antigos se preocupavam com a idéia de
que deveria haver algumas coisas muito básicas que
poderiam ser combinadas para formar todos os mate-
riais que conhecemos. Uma das teorias mais antigas
dizia que tudo no universo cra formado por quatro
ingredientes básicos: a água, o fogo, o are a terra.
Pensava-se que, se esses ingredientes fossem combina-
dos nas quantidades corretas, podia-se produzir qual-
quer material conhecido. Os primeiros alquimistas pas-
saram a vida inteira tentando combinar esses clementos
de mancira correta para produzir ouro.
Sabemos hoje que os ingredientes básicos não
são o ar, a lerra, o fogo c a água. De fato, existem 92
ingredientes básicos — chamados efementos — que, em
várias combinações. produzem todos os materiais co-
nhecidos. Cada material no universo é um desses cle-
mentos ou é formado pela combinação deles.
O hidrogênio c o oxigênio são, ambos, elemen-
tos. Combinando-os nas proporções corretas. você pode
produzir água. O sal é Formado pelos elementos: sódio
e cloro e o açúcar é formado pelos elementos: carbono,
hidrogênio e oxigênio.
Sem dúvida, você sabe que uma colher de açúcar
é formada por grânulos muito pequenos. Vamos supor
um grão de açúcar e dividi-lo em elementos sempre
menores.
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
Da mesma forma, motores e geradores operam
com fluxo de elétrons. porém não são considerados
como dispositivos eletrônicos. Um dispositivo eletrôni-
co não apenas permite um movimento de elétrons atra-
vés de si, como também é capaz de controlar este movi-
mento. Para definir um componente eletrônico, pode-
mos dizer que é um dispo-
Capítulo 1
Quais foram os primeiros
Componentes Eletrônicos?
Quando fazia experiências com sua lâmpada elé-
trica, Thomas Edison ficou preocupado com depósitos
escuros nas paredes internas do vidro da lâmpada.
sitivo capaz de controlar o
número de clétrons que
AMPOLA DE VIDRO
o DA QUALFOI O
passa através deste dispo- RETIRADO O AR
sitivo durante determi- PLACA
nado intervalo de tempo.
Exemplos de componen-
tes eletrônicos: válvula a
vácuo, transistores FET
(transistores com efeito de
campo) e tubos de raios
catódicos (como o tubo de
imagem de um aparelho
FILAMENTO
(a)
BATERIA bo)
PLACA
x MICROAMPE-
N RÍMETRO
MICRGAMPERÍMETRO i
Lo.
BATERIA
+
E
Fig. 1-5: Uma das primeiras experiências de Edison: (a) diagrama em perspectiva; (b) diagrama esquemático.
a
ea O
Num esforço para descobrir a natureza desses
depósitos escuros, Edison realizou uma experiência que
está ilustrada na Figura 1-5. A Figura 1-Sa ilustra a expe-
riência e a Figura 1-5b mostra os mesmos componentes
representados em forma esquemática, Seria impossível
desenhar todos os complexos sistemas eletrônicos com
os quais estamos trabalhando usando desenhos em pers-
pectiva, de modo que os componentes são geralmente
representados pelos tipos de símbolos esquemáticos
usados na Figura 1-5b. É muito importante você me-
morizar os símbolos esquemáticos. de modo à poder
“ler” o diagrama esquemático dos sistemas eletrônicos.
Para sua experiência, Edison ligou uma bateria ao
filamento. À corrente elétrica fluindo através do filamento
causou o aquecimento do mesmo, levando-o à incandes-
cência, isto é, o filamento começou a irradiar luz. Edison
colocou, então, uma placa metálica dentro da ampola de
vidro, esperando obter parte do depósito indescjável na
placa. Por alguma razão, Edison ligou um microam-
perímetro entre a placa e um dos conectores do filamento.
Para sua grande surpresa, o microamperímetro mostrou
a existência de uma corrente de elétrons. Ísto era contrá-
rio à todos os princípios básicos de eletricidade que
Edison conhecia.
Edison sabia. por exemplo, que. para a corrente
elétrica fluir, esta poderia deixar a [onte de tensão e
sempre volt mesma. Porém, no circuito simples da
Figura 1-5 não parecia haver uma [onte de tensão para
movimentar a corrente através do microamperímetro.
Hletrônica Básica: rearia e prática
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
O que é a eletrônica?
Ademais, a placa era colocada no vácuo de modo que pa-
recia haver um circuito aberto. Em outras palavras,
parecia não haver um caminho completo para o fluxo de
corrente
As setas cheias na Figura 1-5a mostram o cami-
nho de fluxo da corrente elétrica partindo do terminal
negativo da bateria e voltando para o terminal positivo
da mesma. Esta corrente, como você sabe, envolve o
fluxo de um grande número de elétrons. Porém, lembre-
se de que a corrente irá fluir somente se o circuito for
completo. isto é, com a condição de que haja um cami-
nho condutor partindo da fonte de tensão e voltando para
a mesma. Isto era à princípio básico conhecido de
Edison, porém o instrumento mostrava nitidamente a
existência de fluxo de corrente, conforme indicado pelas
setas tracejadas
Edison não levou adiante esta experiência, porém
tomou nota dela. Como resultado disto, este fluxo de
elétrons c os resultados de sua experiência são conheci-
dos como efeito Edison.
Efeito Edison e
Válvula à Vácuo
No ítem anterior, você ficou sabendo como surgiu
a válvula eletrônica: partindo de uma lâmpada incandes-
cente, Edison descobriu que, uma corrente de elétrons
tinha início no pólo negativo de uma bateria e retornava
ao pólo positivo da mesma, atravessando o espaço interior
de sua lâmpada incadescente e o microamperímetro. No
interior da lâmpada, os clétrons eram emitidos pelo
filamento incandescente, devido ao aquecimento deste.
Sempre que as moléculas ou átomos de um material
são elevados à certa temperatura. surge o fenômeno do
desprendimento e emissão de elétrons. À esse fenômeno
dá-se o nome de “efeito Edison”.
A válvula eletrônica surgiu bascada nas pesquisas
de TA. Fleming, um físico inglês que, aproveitando a
descoberta de Edison, criou um dispositivo eletrônico
capaz de retificar e amplificar tensões elétricas. Esse
dispositivo chamou-se “válvula eletrônica” e permitiu o
desenvolvimento e crescimento muito grandes nas rádio-
comunicações da época.
Como a maioria dos sistemas eletrônicos antigos
emodemos dependem da amplificação de sinais elétricos,
a válvula eletrônica foi utilizada por muitos anos, até o
surgimento do transistor. Ainda encontramos válvulas
em equipamentos mais antigos, mas isso é tão raro que
não há mais razão para qualquer discussão técnica a esse
respeito.
Fietrônica Básicas teoria e prática
No Capítulo 14, estaremos discutindo: “Tubos de
Raios Catódicos” utilizados nos televisores, osciloscó-
pios e terminais de vídeo, e nesse ponto daremos mais
informações sobre válvulas.
Tuhos de raios catódicos ou cinescópios. seguem
os mesmos princípios de operação das válvulas
eletrônicas.
de
e
dão
>
4 asd dano did
ei aa
nas
grande nene iate
ajvitanriodo:
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É E Oia h lula ouieiteinda elemento:
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Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
Como se desenvolveu
a Rádio-comunicação?
No período de 1865 a 1873, James Clerk Maxwell
realizou muitas pesquisas sobre a teoria das ondas cle-
tromagnéticas. Ele previu que seria possível transmitir
essas ondas, que chamamos ondas de rádio, de um ponto
para outro. Porém. foi somente no ano de 1887 que
Heinrich Hertz pôde realmente transmitir uma onda de
rádio a uma distância curta. Hertz usou uma faísca
elétrica formada no espaço entre dois eletrodos para
produzir as ondas de rádio.
Em 1896 Marconi operou, pela primeira vez, seu
sistema de telegrafia sem fio, enviando uma mensagem
em cúdigo Morse a uma distância de 30 metros. Esse foi
O primeiro uso prático das ondas de rádio para comuni-
cação. Apesar do sucesso das primeiras experiências da
telegrafia sem fio, houve muitos críticos que insistiam
que à comunicação cm longa distância não seria possí-
vel. Os críticos raciocinavam que as ondas de rádio
escapariam para o espaço, em vez de seguir a curvatura
da Terra. Pensavam também que as ondas de rádio teriam
as mesmas características que as ondas luminosas.
Sabiam que, por causa da curvatura da Terra, não é
possível ver a uma distância superior a 50-60 km.
Hoje em dia. sabemos que a comunicação em
longa distância é possível. O que os críticos não sabiam
é que existe uma camada de íons em volta da Terra,
acima du atmosfera terrestre. Esta camada de fons é
conhecida como a camada Kenneliy-Heaviside e é
também chamada ionosfera. Sinais de rádio de Irequência
relativamente baixa são refletidos de volta para a Terra
por esta camada ionizada.
A Figura 1-6 mostra como a comunicação em
longa distância é possível. O sinal de rádio vai direta-
mente ao longo da superfície terrestre, até umreceptor no
Capítulo 1
ponto 4. Este sinal de rádio é chamado onda terrestre.
Além do ponto À, que é a distância máxima da linha do
horizonte, a onda destoca-se no espaço.
O transmissor não emite apenas uma única onda
de rádio bem definida. Em vez disso, as ondas de rádio
afastam-se da antena transmissora de maneira muito
semelhante às ondas de luz emitidas por uma lâmpada
elétrica. A Figura 1-6 mostra como parte do sinal é refle-
tida pela camada Kennelly-Heaviside c bate na antena
receptora no ponto 8. Este ponto está além da distância
da linha do horizonte do transmissor.
As reflexões da ionosfera tornam possível a re-
cepção dos sinais de rádio a grandes distâncias do trans-
missor. À primeira transmissão transatlântica em código
Morse foi realizada no ano de 1901. Porém, foi somente
em 1904 que Fleming usou 9 diodo como detector de
sinais de rádio. Em outro capítulo, iremos discutir a
operação dos detectores de sinais de rádio c você irá
estudar como funciona o detector a diodo.
O que é um Áudion?
Até o ano de 1906, os meios para transmissão e
recepção dos sinais de rádio eram muito rudimentares
Osinal transmitido era produzido por uma faísca elétrica
no espaço entre dois eletrodos. A faísca produzia ondas
eletromagnéticas numa ampla faixa de treguências. Uma
vez que todos os transmissores com abertura de faisca-
mento transmitiam aproximadamente a mesma laixa de
fregiência, não era possível sintonizar uma estação €
excluir todas as outras. A estação com maior possibilida-
de de ser ouvida era aquela com maior abertura de
faiscamento. Os sinais recebidos provacavam tensões
muito fracas nas antenas de recepção e não existia meio
algum para amplificar os sinais.
Hoje, a cada transmissor de rádio é atribuída uma
frequência ou uma faixa
CAMADA KEMNELLY-HEAVISIDE (JONOSFERA
TRANSMISSOR
DISTÂNCIA DA LINHA DE HORIZONTE
de Iregiiências c a lei é
muito rigorosa sobre a
observância destas [re-
quências
Em 1906, DeForest
introduziu uma invenção
que ajudou à mudar com-
pletamente o processo de
Fig. 1-6; Como as ondas de rádio
são transmitidas além da
| distância da linha do horizonte.
Eletrônica Básita: teoria e prática
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
O que é a eletrônica? 9
BEM Sesia resposta para a pergunano irem 2664,
está errada. Os amperimeiros nunca devem ser
considerados como sendo uma fonte de pressão
elétrica, Passe para o item 23.
MILIAMPERÍMETRO
EEB Sesi vesposta para a pergunso no item 1 6 B,
está errada. A camada Kennelly-Heaviside é cha-
mada camada iônica ou ionosfera e reflete as
ondas de rádio de volta para a Terra, porém não
é conhecida como refletômetro iônico.
Passe para o item 17.
MICROAMPERÍMETRO
Fig. 1-8: Circuito para a pergunto Fig. 1-9: Circuito para
EE Se sua resposta para a pergunta no iem 2364, dottemas a pergunta do item 16
está errada. Áudion é o nome dado por DeForest
a sua válvula triodo. Passe para o item 4. ELE Se sua resposta para a pergunta no iem 184,
está errada, Comece no terminal negativo da
BE Se sua resposta para a pergunta no irem 21 €B. bateria na Figura 1-10 e acompanhe o caminho
está errada. Existem muitos usos diferentes para da corrente de elétrons de volta para à bateria
a palavra eletrônica, porém ela não é usada em Passe agora para o item 26
relação à combinação de elementos.
Passe para o item 16. KER A resposta correia para a pergunta no item 20 é
A. Uma maneira de acompanhar um circuito
consiste em seguir o caminho da corrente de
elétrons, do terminal negativo da bateria, para o
terminal positivo.
Aqui está à próxima pergunta:
BEER A resposta correta para a perguniano item 46B.
Não pode existir um número ilimitado de estações
de rádio e de televisão, mesmo que a cada estação
seja determinado um comprimento de onda. Com
transmissores por faiscamento. apenas poucas
estações podiam transmitir do mesmo tempo,
Aqui está à próxima pergunta:
O miliamperímetro da Figura 1-3 irá indicar
um fluxo de corrente?
LAS
Qual das respostas abaixo descreve melhor a CES Não
característica dos triodos que torna possível a
amplificação dos sinais?
(passe para o item 27)
(passe para o item 21)
KR A resposta correia para a pergunta no item 21 é
A. O estudo de como os elementos são combina-
dos para formar os diversos materiais é chamado
química. Na eletrônica. o objetivo é encontrar
meios para pôr os elétrons para trabalhar para
nós. Aqui está a próxima pergunta:
“A ] A grade de controle pode ser tornada
suficientemente negativa para parar o
fluxo de elétrons dentro da válvula
(passe para a item 6).
[LB Uma pequena alteração na tensão da
grade provoca uma alteração relativa-
mente grande na corrente da placa
(passe para o item 25).
Uma placa metálica é colocada num invólucro
em vácuo, junto com um filamento aquecido.
Uma corrente flui quando for ligado um fio
condutor entre a placa e o filamento. À Figura
EEE Se sua resposta para a pergunta no irem 25 é B, 1.9 mostra o cireuito. Isto é conhecido como
está errada. O tamanho do componente amplifi-
cador não pode ser diretamente relacionado com ÃO Leide Ohm — (passe para o item 2)
o sinal, Passe para o item 19. TB. Efeito Edison (passe para o item 5)
Ssetrômica Básicas tera e nrárica
Eletrônica básica:
10
eoria e prática - Editora Rideel
KEM A respossa correia pera perguntano item tea.
A lonosfera — como é mais comumente chamada
— localiza-se na atmosfera superior à uma
distância superior a 100 km, acima da superfície
terrestre, Na realidade, consiste de várias
camadas individuais que são identificadas por
tetras do alfabeto, Por exemplo, a camada D é
presente apenas durante o dia. A camada F é
dividida em duas camadas durante o dia, desig-
nadas por E, a 240 km acima da superfície
terrestre e F> à cercu de 320 km acima da
superfície terrestre. Estas camadas se fundem
numa única camada durante a noite. A camada E
está a cerca de 120 km acima do superfície da
Terra. Também desaparece após o pôr-do-sol.
Cada uma dessas camadas tem uma influência
sobre as comunicações. Os técnicos de rádio
aprenderam a predizer com precisão as probabi-
lidades de realização de comunicação em longa
distância, por meio do estudo das características
dessas camadas ionizadas.
Aqui está a próxima pergunta;
O dudion de grade inventado por DeForest,
é considerado, por muitos, como o início
da indústria eletrônica. Hoje em dia esta
invenção é mais comumente conhecida como
A] Diodo
(passe para o item 7)
CB] Triodo
(passe para o item 20).
KEH A resposta correia para a pergunano items éA
Convencionalmente, a corrente elétrica era sem-
pre acompanhada através do circuito do terminal
positivo da fonte de tensão até o terminal negati-
vo. Isto é chamado de fluxo convencional da
corrente. Neste tivro iremos seguir o caminho dos
elétrons, Em outras palavras, iremos usar o fluxo
da corrente de elétrons que ocorre a partir do
terminal negativo até o terminal positivo.
Aqui está a próxima pergunta:
Na Figura 1-10 a direção de fluxo da corrente
de elétrons, através de R, é
CA Do ponto « em direção ao ponto b
(passe para o item 14).
".B. 1] Do ponto 6 em direção ao ponto «
(passe para o item 26)
Capítulo 1
EEE Asesposta correra para a pergunta no item 25 é
A. À temperatura mais baixa de operação é uma
vantagem muito importante do transistor sobre a
válvula; o fato de o transistor não possuir um
filamento significa não apenas que opera à tem-
peratura mais baixa, mas também que é mais
confiável. A próxima pergunta é:
Um motor de corrente contínua é um exemplo
de componente eletrônico?
Sim ou Não
(passe para o item 28).
Fig. 1-10: Circuito para a pergunta do item 18
EEE A esposta correta para a pergunta no item 17 é
B. Desde a invenção do triodo, grades adicionais
foram acrescentadas entre a grade de controle e
o ânodo para conseguir efeitos especiais em aí-
guns ripos de válvulas. A próxima pergunta é:
Uma corrente elétrica passando num fio
condutor pode ser considerada um fluxo de
“A | Elétrons
(passe para o item 15).
LB | Prótons
(passe para 0 item 3).
Elrrrônica Básica: teoria à prática
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
O que é a eletrônica?
BEE A resposta correta para a pergunta do item 15 é
B. A tensão negativa na placa do diodo repele os
elétrons e nenhuma corrente de elétrons flui no
circuito de placa. A próxima pergunta é:
Qual das propostas abaixo descreve melhor a
palavra eletrônica?
SA] É o estudo do elétron e de como
os elétrons podem ser postos para
trabalhar
(passe para 0 item 16).
É um estudo de como os 92 elementos
básicos podem ser combinados para
formar todos os materiais no mundo
(passe para 0 item 11).
EEE Se sua resposta para a pergunta no em 5 6 B,
está errada. Para acompanhar uma corrente de
elétrons, você começa no terminal negativo da
fonte de tensão e acompanha todo o circuito, até
o terminal positivo. Passe para o item 18.
BEE A vesposta correta para a pergunta do item 26 é
B. Uma bateria ou um gerador fornecem tensão.
Um amperimetro é um instrumento usado para
medir corrente. À próxima pergunta é:
Qutro nome para a válvula Fleming é
DA] Áudion
(passe para o item 10)
LB] Diodo a vácuo
(passe para o item 4).
BEM Se sua resposta para a pergunta do item 4 c A,
está errada. O custo não foi o fator decisivo para
o abandono da transmissão por faiscamento.
e para o item 12.
EEE A resposta correta pera « pergunta do item 12 é
B. Comotriodo, assim como com o transistor, um
pequeno sinal de entrada produz um grande sinal
de saída. Isto é chamado amplificação.
A próxima pergunta é:
Qual das afirmações a seguir constitui uma
vantagem de um transistor sobre uma válvula
triodo?
Hetrônica Básica: teoria à prática
“1
O transistor não opera com um
filamento, portanto opera a uma
temperatura mais baixa c com
menos problemas de manutenção
(passe para o item 19).
[LB Uma vez que o transistor é menor
que a válvula, pode ser usado para
amplificar sinais menores
(passe para o item 13).
ig. 1-11: Circuito para a pergunta do item 26.
BEBO A resposta correta para a pergunta do irem 18 é
B.A Figura 1-1 mostra os caminhos da corrente
de elétrons. Note que Ry e R> estão em paralelo.
A próxima pergunta é:
A pressão elétrica para forçar uma corrente
a fluir num circuito é fornecida por
CAS Um amperímetro
(passe para à item 8).
[LB Uma bateria ou um gerador
(passe para o item 23).
EE Se sua resposia para a pergunta do item IS EA,
está errada. Observe que o terminal negativo da
bateria B está ligado à placa da válvula.
Passe para o item 21.
EH Arespostapara a pergunta do item 19 E NÃO. Um
motor elétrico é um componente elétrico, não um
componente eletrônico.
Você já completou as perguntas da revisão pro-
gramada. À próxima etapa será colocar algumas dessas
idéias em prática, em experiências de laboratório. Passe
agora para a seção de Experiências deste capítulo
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
14
Na Figura |-1da quando a chave está na posição
a, à fonte de alimentação fornece energia para Rip.
Quando a chave está na posição b. a »
fornece energia para Rç>. Na posição c não há forneci-
mento de energia a qualquer um dos dois resistores de
carga
fontede alimentação
Vamos supor que temos uma terceira carga — neste
caso, uma lâmpada. Você quer que haja fornecimento de
energia para a lâmpada toda vez que houver fornecimen-
to de energia para R$, ou Ryo. Você não quer que a
lâmpada esteja ligada quando à chave estiver na posição
«. porque neste caso não há [ornecimento de energia para
a carga.
A Figura |-14b mostra como isto pode ser reali-
zado. Os diodos são ligados em oposição. Quando a
chave está na posição a, a lâmpada recebe corrente
somente através de X,.
Fig. 114: Montagem para a segunda parte da experiência:
(a) uma chave de três posições para controlar a potência para À; e Ri;
(bj montagem do teste; (c) montagem do teste chapeada.
Capítulo 1
Quando à chave está na posição b, a lâmpada
recebe corrente somente através do diodo Xp. Na posição
« nenhuma energia é fornecida para a lâmpada.
Você não poderia obter os mesmos resultados
ligando um fio condutor entre os pontos a e b, em vez dos
diodos. O tio condutor permitiria o fluxo da corrente em
ambos os resistores, quer a chave estivesse na posição a
ou na posição ».
O arranjo de diodos da Figura |-I4b é, às vezes.
chamado cireuito de diodos ou circuito lógico. A lâmpa-
da está ligada se a chave estiver na posição a ou b. porém
fica desligada quando a chave estiver na posição c.
= MONTAGEM DO TESTE
Efetuar as ligações do circuito, conforme indica-
do na Figura |-14h. Este é um diagrama esquemático.
A Figura 1-14b mostra um diagrama chapcado da mon-
tagem do teste.
(a)
b
Bo
+ c Lts
FONTE DE ALIMENTAÇÃO K º FONTE DE ALIMENTAÇÃO
CIGUAL ABR BGURA 13) [Os a IGUAL À DA FIGURA 1-13) use do : 5 x
Ru £Rz R
35k0 Fasko t Ea
=X, = diodos
retificadores de íliio
£ = Lâmpada de 12V
te E ko
Eletrônica Básicas teoria e prático
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
O que é a eletrônica? 15
E PROCEDIMENTO
D Frapa !: Girar a chave para a posição
registrar os seguintes dados:
A lâmpada está ligada”
Sim ou Não,
Existe tensão sobre Rp,?
Sim ou Não
Existe tensão sobre Ry2'!
im ou Não
Se você tiver realizado corretamente as ligações
do vireuito e se os componentes funcionam, deve obser-
var uma tensão sobre Ry,. à lâmpada deve estar ligada e
não deve haver tensão alguma sobre Ry2. É muito impor-
tante que os diodos estejam adequadamente instalados.
Se seu circuito não funcionar adequadamente, você deve
iniciar sua procura de defeitos verificando as conexões
para os diodos.
[O Etapa 2: Girar a chave para a posição b e
registrar os seguintes dados:
A lâmpada está ligada? à j | ; pa
pd arg
dan
; . dp
Sim ou Não nes
o
o
a:
ge:
Existe tensão sobre Rr?
Sim ou Não
SE
as E:
Existe tensão sobre Ry2?
ge
eeé
Sim ou Não e ramo a ar dc
iai dg
did aço pdoe
Você deve ter a lâmpada ligada e uma tensão
sobre Ry3, porém não deve haver tensão alguma sobre
Rir
sedia
do
E ore
M CONCLUSÃO
Um diodo irá apenas permitir o fluxo de corrente
num sentido só, de modo que pode ser usado para
converter corrente alternada em contínua. Nesta aplica-
ção o diodo é chamado retificador.
Um diodo pode também ser usado como compo-
nente do chaveamento. Nesta experiência, você demons-
trou o uso de diodos num circuito lógico simples, chamado
circuito OR. Os primeiros somputadores usavam muitos
diodos nessa aplicação.
tletrônica Básica: tearia e prárica
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
16
A
De
a eta ds
Capítulo 1
RESPOSTAS DO AUTOTESTE
1
5
(a)
do-
tb)
fa)
td)
Quando o ânodo de um diodo é positivo, tom relação aq seu
cátodo, diz-se do diado que é polarizado diretamente e ele irá
conduzir uma corrente de elétrons.
Uma faísca entre dois eletrodos metálicos produz andas de
rádio. O espaço entre os eletrados é chamado abertura de
faiscamento.
- Na realidade, a ionosfera é formada por várias camadas
identificadas por letras do alfabeto
- O componente de Edison consistia de um filamento e de uma
placa metálica num invólucro de vidro no qual era feito q
vácuo, Isto é de fato um diado.
- Se você começar sempre no terminal negativo e voltar para
a bateria no terminal positivo, terá certeza de ter coberto o
circuito completo
(d) - Uma bateria fornece tensão que pode ser considerada uma
. td)
te)
tal
pressão elétrica.
- À ampla gama de frequências significa que apenas poucas
estações irão ocupar uma faixa ínteira. Hoje, um número muito
maior de estações pode transmitir na mesma faixa.
- O filamento faz com que a válvula opere a temperaturas mais
elevadas. Além disso a filamento pode queimar-se de modo que
a válvula é menos confiável que a transistor. Essas são duas
desvantagens das válvulas, em comparação com as transistores
- Fleming chamou seu componente de válvula porque este
permitia a fluxo da corrente apenas num sentida
10.(d) - DeForest anunciou a invenção do áudion, ou triado, em 1906
Eletrônica Básica: tearia e prática
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
Quais são os componentes de dois terminais usados em circuitos eletrônicos? 19
Código de Cares o o
Cor | Valor | Tolerância
(Quarta faixa)
Preta A QUINTA FAIXA INDICA A
Marrom 1 CONFIABILIDADE (NO USO)
Vermelha — 2 TOLERÂNCIA
Laranja 3 NUMERO DE ZEROS
Amatea 4 [00 SEGUNDO DÍGITO
PRIMEIRO DIGITO
Verde 5
Reul 5
Violeta | 7 Exemplos o -
Cinza 8
Branca 3 Primeiro digita | Segundo digito | Número de zeros Tolerância | Valor
ouro” "Toi É Sh Vermelho Vermelho Vermelho Ouro 2.200 ohms + 5%
Prata? [x001 ER 2 2 oo +5% tisto é 22 seguido por2 zeros) 1
Sem cor EI Anarelo Violeta Preto] Prata 47 ohms £ 10%
= Quando a terceira faixa é 4 7 nenhum zero +10% (A terceira faixa é preta, o que
“dourada, os dois primeiros digitos significa nenhom zerop
são multiplicados por 0,01 Laranja | azul Ouro Nenhuma | 3,60hm5 + 20%
+ Quanda a terceira faixa é 3 is Deslocar a decimal uma | Cor CA terceira faixa e dourada, :
prateada, os dois primeiros dígitos : casa para a esquerda | +20% o que signitica que é preciso
são multiplicados por 0,01 ; multiplicar 36 por 0,1)
Fig. 2-3: Como os valores da resistência são determinados
por côdigo de cores. |” Tolerância 5% Tolerância ton — Tolerância 20%
10 1 10
m . n | msm
O que são os Resistores 2 2 !
= 3
de Carvão? ET ECT
Resistores fixos podem scr feitos de carvão. óxi- a =
dos metálicos, silício, germânio ou outros materiais E -—
semicondutores. º 2 2 2
Resistores de carvão (ou resistores de composi- 24
ção de carbono como são mais corretamente chamados) 7 7
são disponíveis numa ampla gama de valores de resis- 30
tência « potência. São os resistores mais baratos e os 3 32 33
mais comumente usados, 36 -
E as
. 43
Como são marcados os [E Ti a
valores da resistência nos E 7. T
1 a, [!
Resistores de Carvão? FE e A——s
O valor da resistência e a porcentagem de tolcrân- E
cia de um resistor de carvão são determinados por faixas 8 a2
coloridas com código de cores. A Figura 2-3 explica E = — o —
como se usa o código de cores para indicar os valores de a E
cistêncis q nTáng: * Multiplicar os valores fornecidos aqui por qualquer múltiplo de 10.
resistência c as Lolerâncias. Exemplos: 470 ohms + 10%, 62 k62 + 5% e 3.3 megaahms são valores
normalizados. Porêm, valores de 450 ohms, 65 k£2 e 3,5 megaohms
é não são valores normalizados.
Valores não normalizados podem ser obtidas usando combinações.
em série ou em paralelo.
Tabela 2-1: Valores normalizados
de resistência para resistores com
composição de carbono”.
Eletrônica Rásica: teoria e prática
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
20
O código de cores indica qual é o valor da resis-
tência que este resistor deve ter. Porém, os resistores
raramente têm exatamente esse valor. É permitida uma
diferença em relação a esse valor em uma quantidade
chamada tolerância. Por exemplo, uma tolerância de
mais ou menos 5% significa que a resistência pode ter
5%: a mais que o valor da resistência dada pelo código de
cor ou 5% a menos
Vamos supor que um resistor tenha uma resistên-
cia com valor de 100 ohms c uma tolerância de mais ou
menos 5%. Cinco por cento de 100 é 5 (ou seja, 100 x
0,05 = 5). O valor mais alto que o resistor pode ter e
ainda estar dentro da sua toterância é 100 + 5 = 105
ohms. O valor mais baixo é 100 - 5 = 95 ohms. Logo, o
valor de um resistor ou 100 ohms (5%) está entre 95 c
105 ohms
8 vet
14 vet
E ao
E uia
Ss
Fig. 2-4: A potência nominal de um resistor com composição de carbono
é determinada pelo seu tamanho físico.
A Tabela 2-1 mostra os valores normalizados
usados para resistores de carvão. Se você comprar um
resistor de carvão, deve ter um dos valores de resistência
determinados na Tabela 2-1,
Qual é o significado
de Potência e como se
determina a mesma?
Além da resistência c da tolerância, o re:
vebe uma capacidade nominal em watts. Isto irá indicar
quanto calor este resistor pode suportar em uso normal
sem se queimar. Em regra geral. os resistores maior:
podem suportar mais calor que os resistores menores.
Capítulo 2
A Figura 2-4 mostra a capacidade em watts de
resistores de carvão. Observe que a capacidade é deter-
minada pelo tamanho tísico.
O que são Resistores
de Fio Enrolado?
Resistências de fio enrolado são obtidas enrolan-
do um fio de resistência — isto é, um fio com alta re-
sistência por centímetro — sobre um núcleo isolado.
A estrutura é selada para impedir a entrada de ar e de
umidade. Resistores com fio enrolado são geralmente
usados quando são necessárias maiores capacidades em
watts [acima de 2 watts (W)]. O valor da resistência e a
capacidade em watts de um resistor de fio enrolado estão
geralmente impressos na capa externa.
dei
Ftpintaso
Fo
e
and
ardida
pa
end
a E a
ipremeçes
E
eletrônica Rásita: teoria e prática
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
Quais são os companentes de dois terminais usados em circuitos eletrônicos?
2
POSIÇÃO DE CORRENTE POSIÇÃO DE CORRENTE
MÁXIMA DO BRAÇO MÍNIMA DO BRAÇO
a
b a
E CORRENTE DO
E CIRCUITO (ma) |
R2 :
(a)
POSIÇÃO DE TENSÃO
MÁXIMA DO BRAÇO
DIREÇÃO DO FLUXO R
DE ELÉTRONS .
POSIÇÃO DE TENSÃO
MÍNIMA DO BRAÇO TENSÃO
DE SAÍDA
Fig, 2-5: Um resistor variável pode ser ligado (a) como reostato;
b) como potenciômetro
O que são Resistores
Variáveis?
Um resistor variável pode ser ajustado para qual-
quer valor desejado, dentro de sua faixa e pode ser ligado
de duas formas dentro de um circuito. Quando um
resistor variável é ligado num circuito de forma que a
corrente varia, é chamado reostato. Quando um resistor
variável é ligado para fazer variar uma tensão, é chamado
potenciômetro. O mesmo tipo de resistor variável pode
ser usado para ambas as aplicações.
A Figura 2-5 mostra os dois tipos de conexões.
Observe que o reostato na Figura 2-5a possui uma
conexão com dois terminais e o potenciômetro na Figura
2-5b possui uma conexão com três terminais.
Na Figura 2-Sa o resistor variável é ligado em
série com um medidor para medir o fluxo da corrente.
Quando o braço do resistor (indicado pela seta no sím-
bolo) for deslocado para o ponto «, toda a resistência de
Rs está no circuito e a corrente é mínima.
Contorme o braço for deslocado em direção ao
ponto b, valores sempre menores de resistência são in-
troduzidos no circuito, de modo que a corrente aumenta.
Quando o braço está no ponto &, não há resistência no
circuito. O fio do braço foi um curto sobre R, nesta
posição e o fluxo de corrente é máximo.
O resistor R, limita o fluxo de corrente na Figura
a. Sem este resistor haveria um fluxo muito grande de
corrente no amperímetro, quando o braço estivesse na
pasição b.
Elenrénica Básicas teoria e prático
Na Figura 2-Sh o resistor variável está ligado
sobre a fonte de tensão e o braço é deslocado entre os
pontosa eb, No ponto«, a tensão máxima irá ocorrer nos
terminais de saída. Quando o braço estiver na posição b,
não haverá qualquer tensão de saída.
Como é estabelecida
a capacidade dos Resistores
Variáveis?
Resistores variáveis (geralmente chamados po-
tenciômetros) são determinados pela sua resistência
máxima. Um resistor variável de 10k possui uma faixa
de resistência de O até 10.000 chms.
Lembre-se de gue “K” significa mulriplicar por
1.000. Como no caso de resistores fixos, os potenciôme-
tros são também determinados pela sua wartagem. Isto é
uma indicação de quanto calor o potenciômetro pode
dissipar sem ser destruído.
À seguir, temos uma regra muito importante que
precisa ser lembrada na substituição de qualguer tipo de
resistor num circuito:
€Observe que o símbolo indicado à direita é usado
em lodo livro como símbolo de cuidado. Ele irá chamar
sua atenção sobre detalhes especialmente importantes
para sua segurança pessoal e/ou a operação segura do
equipamento.)
Regra: Nunca substituir um resistor
ou um resistor variável por outro de
menor capacidade em watts.
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
24
mais fregientemente 0 microfarad (yF). Um micro-
farad equivale a um milionésimo de farad. Um picofarad
(pF) equivale a um milionésimo de milionésimo de
farad ou aum milionésima de microtarad. Existe também
à unidade chamada nanofarad (nE) que equivale a um
milésimo de microfarad. É recomendado sempre substi-
tuir um capacitor por outro com o mesmo valor de
capacitância.
O que é uma Reatância
Capacitiva?
Éa oposição que um capacitor oferece ao fluxo de
corrente alternada. É medida em ohms. Quanto maior a
capacitância, mais baixa será a realância ou oposição ao
fluxo da corrente alternada. Da mesma forma, quanto
mais alta [or a frequência, menor será a oposição que um
vapacitor oferecerá ao fluxo de corrente. Matematica-
mente.
Xc=
emque, Xc= rcatância capacitiva em ohms
3,14
f = tregiiência em hertz
C = capacitância em farads.
Essa equação simplesmente diz que a reatância é
inversamente proporcional à fregiiênciac à capacitância.
Em outras palavras, se você aumentar a frequência ou a
capacitância, a reatância irá diminuir Os capacitores
são, às vezes, chamados componentes reativos porque
reagem contra o fluxo de corrente alternada. Os resistores
são não-reativos porque se opõem igualmente ao fluxo
da corrente alternada c da corrente contínua.
Qual é o significado da Tensão
Nominal de um Capacitor?
Não existe um isolante perfeito. Se você aplicar
umu tensão suficiente sobre qualquer material isolante —
como vidro ou ar — o mesmo irá conduzir eletricidade
Isso significa que existe um limite para o valor da
tensão que se pode aplicar sobre um capacitor. Se a ten-
o for demasiadamente elevada, uma faísca irá pular
entre as placas. Em alguns tipos de capacitores, essa
faísca irá destruir o dietétrico — isto é, 0 isolamento entre
as placas do capacitor.
Capítulo 2
A tensão nominal de um capacitor é o valor da
tensão que pode ser aplicada sobre 0 capacitor sem pro-
vocar uma faísca.
Você pode substituir um capacitor por outro com
tensão nominal mais alta, mas nunca substituir um
capacitor por outro de tensão nominal mais baixa.
Alguns tipos de
Capacitores fixo
Um capacitor básico é obtido usando-se duas
placas metálicas separadas por um dielétrico. Quanto
menor for o espaço entre as placas (quanto mais fino o
dielétrico), maior será o valor da capacitância. A Figura
2-8 mostra um capacitor simples. usando ar como
dielétrico. A maioria dos capacitores fixos usa um
dielérrico feito de algum tipo de material isolante.
Os capacitores fixos possuem um valor único de
capacitância. São geralmente identificados pelo tipo de
material usado como dielétrico entre as placas. O ca-
pacitor na Figura 2-8 é chamado capacitor a ar. Iremos
agora discutir alguns outros exemplos de capacitores
usados em circuitos cletrônicos. Capacilores com di-
elétrico de vácuo possuem uma alta capacidade de ten-
são de ruptura. porém são fornecidos com valores
baixos de capacitância. O valor máximo disponível é
geralmente cerca de | nanofarad (um milésimo de micro-
farad).
O dielétrico de papel usado em capacitores de
papel pode ser revestido com cera ou algum outro
material isolante. Quando uma película ptástica for usa-
da em vez de papel, é chamado capacitor de filme. As
placas consistem de uma camada metálica ou de uma
folha metálica em cada lado do papel ou da película.
Se o metal for pulverizado diretamente sobre o
papel ou o plástico, durante a fabricação do capacitor, o
capacitor é chamado capacitor de papel metalizado ou
plástico metalizado.
Uma faixa preta cm volta do capacitor numa das
extremidades indica o terminal ligado à folha metálica
externa. Este terminal deve ser ligado, sempre que pos-
sível, ao lado terra do circuito.
Os capacitores de mica são obtidos empilhando
pequenas tiras metálicas usadas como ptacas e separan-
do-as por um diclétrico de mica.
Os capacitores de prata-mica são obtidos deposi-
tando uma camada de prata diretamente sobre as
superfícies de mica para servir como placas do capacitor.
Eleteânica Básica: tearia e prática
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
Quais são os componentes de dois terminais usados em circuitos eletrônicos? 25
TERMINAL DE FIO
PARA PLACA PLACAS METÁLICAS
SÍMBOLO
3H
TERMINAL DE FIO
(AR) DIELÉTRICO PARA PLACA
Fig. 2-8: Capacitor simples usando ar como dielétrica
São geralmente fabricados com valores de capacitância
entre 10 picofarads e 0,01 microfarad e com altas tensões
neminais de 5.000 volts ou alé mais.
Os capacitores de cerâmica usam como dielétrico
algum tipo de material cerâmico. Proporcionam altos
valores de capacitância em forma compacta. São fabri-
cados na gama de capacitâncias de 0,1 picofarad até IO
microfarads.
O coeficiente de temperatura indica quanto a ca-
pacitância varia quando a temperatura muda. Um valor
positivo significa que a capacitância aumenta quando à
temperatura aumenta. Um valor negativo significa que a
capacitância diminui quando a temperatura diminui. Um
valor chamado NPO (negativo-positivo-zero) significa
que o valor da capacitância não varia com a temperatura.
Você deve assegurar que está utilizando o mesmo
coeficiente de temperatura e os mesmos valores de
capacitância c de tensão quando for substituir capacitores
de cerâmica. A razão para isto é que os circuitos são, às
vezes. projetados com certas características de tempera-
tura. Evidentemente, é também importante usar um suhs-
tituto exato para as características de capacitância e de
tensão.
Os capacitores de vidro são obtidos empilhando-
se camadas de placas de folha de alumínio e dielétricos
de fibra de vidro. São fornecidos em valores de ca-
pacitância desde 0,5 picofarad até 10 nanofarads c com
tensões nominais de 6.000 volts. Seus valores de
capacitância são geralmente impressos na capa. Uma
varacterística importante dos capacitores de vidro é o
fato de que conservam seu valor de capacitância durante
um longo período de tempo.
Eletrônica Básica: leoria * prática
Os capacitores etetrolíticos apresentam valores
muito altos de capacitância, porque seu dielétrico con-
siste de uma camada muito fina de óxido metálico. Dois
tipos são comumente usados. Os capacitores eletrolíticos
de alumínio possuem um dielétrico de óxido de alumí-
nio. O óxido de tântalo é usado como dielétrico em
capacitores elerrofíticos de tânialo. Os capacitores
eletrolíticos de alumínio são mais comumente usados
por causa de seu custo mais baixo.
Os capacitores eletrolíticos são polarizados — isto
é. podem ser ligados somente em circuitos pulsantes de
corrente contínua, como o circuito indicado na Figura
2-7a. Os valores da capacitância c as tensões nominais
para os capacitores eletrolíticos são impressos na capa.
O símbolo para um capacitor eletrolítico apresenta um
sinal de mais (+) “o lado de uma das placas (verificar
isto no anexo B)
Capacitores de Poliéster
e Cerâmica
Capacitor de poliéster é uma espécie de capacitor
fixo que tem como dielétrico, uma ou mais camadas
muitas finas (filme) de material plástico chamado
poliéster. Este tipo de capacitor é muito empregado
atualmente nos aparelhos e equipamentos eletrônicos.
São encontrados no comércio, valores que vão desde
1000 picofarads até 2 ou 3 microfarads. A lensão de
isolamento (capacidade do dielétrico para suportar
tensões elétricas sem se romper), vai desde 63 volts até
cerca de 600 volts. A tolerância pode variar de 5 a 20%.
A Figura 2-9 mostra também, a forma mais comum para
impressão de valores no corpo do capacitor. Os valores
de capacidade, tensão de isolamento c tolerância, vêm
impressos em nanofarads ou em um código de cores. À
Figura 2-9c, mostra como é [eita a leitura das faixas
coloridas, impressos no corpo do capacitor. A leitura é
feita sempre de cima para baixo, conforme mostra à
figura. A primeira e segunda faixas, expressam o primeiro
e segundo dígitos significativos da capacidade, À terceira
faixa expressa o número de zeros da capacidade. O valor
de capacidade dado pelo código de cores está sempre em
picofarads. A quarta faixa colorida indica a tolerância
(possível desvio no valor da capacidade, em %)
A Tabela 2-2 mostra como são representados os
valores de capacidade, tensão de isolamento e tolerância,
por meio das faixas coloridas. Não esqueça que o valor
de capacidade é sempre dado em picofarads (pf).
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
26 Capítulo 2
[ cor Viaixa | 2'Faixa [3º Foixa 4ºfaixa | 5º Faixa
! 1º Digito | 2º Digito : 3º Digito - Tolerância | Tensão de
. no Isolamento | fios
Pra o Zero Neon, 2% |O A
Marrom 1 1 1 100 a 150V |
— Vermelha 2 2 i 200.8 250
anja 3.)3 3 3004 350V
Amarela, 4 a 4 400 a 450V | (a)
Verde 5 5 5 500 a 550 V
de $ $ é SO a bsov À 1º FAIXA 1º DígiTO
ioleta é : ç : 2º FAIXA 2º DIGITO
5 5 ci : 3º FAIXA Nº DE ZEROS
4 . 4º FAIXA TOLERÂNCIA
Tabela 2-2
M Exemplo1
Suponha que um certo capacitor de poliéster
possua as seguintes faixas coloridas:
[º Faixa: Marrom
2º Faixa: Preta
3º Faixa: Vermelha
4º Faixa: Preta
5º Faixa: Vermelha
Observando a Figura 2-9 e a Tabela 2-2, tiramos
a seguinte conclusão:
Tº Faixa: 1º Dígito =1
2º Faixa: 2º Dígito 0
3º Faixa: nº de zeros = 40
4* Faixa: Tolerância = U%
5º Faixa: Tensão de
Isolamento = MWa250 volts
Portanto, nosso capacitor possui uma capacidade
de 1.000 picofarads; uma tensão de isolamento que varia
de 200 a 250 volts e a capacidade do mesmo pode sofrer
um desvio, para cima ou para baixo, de até 20%.
E Exemplo?
Durante o conserto de um televisor. encontramos
um capacitor de poliéster com fuga. Observando as
faixas coloridas no seu corpo, identificamos:
[º Faixa: Vermelha
2º Faixa: Vermelha
3 Faixa: Amarela
4º Faixa: Branea
5º Faixa: Verde
5º FAIXA TENSÃO DE
ISOLAMENTO
to)
. 2-3: Modelos de capacitor de poliéster
De acordo com a Tabela 2-2 a primeira faixa
vale 2. A segunda faixa também vale 2, À terceira faixa
representa 4 zeros. portanto, a capacidade desse capaci-
tor é de 220.000 picofarads ou 220 nanofarads. A quarta
faixa, branca, mostra uma tolerância de 10%, e a quinta
faixa, verde, indica gue a tensão de isolamento equivale
a 500 ou até 550 volts.
Os capacitores de cerâmica mais encontrados
atualmente têm a forma de disco ou retângulo, conforme
mostra a Figura 2-10. Esse tipo de capacitor é bastante
empregado nos circuitos dc rádio-freguência. São muito
estáveis quanto à tolerância ou flutuação no valor da
capacidade por causa de variações de temperatura.
Também, são bastante resistentes quanto a fugas no di-
elétrico.
Os valores de capacidade, comercialmente encon-
trados, vão desde 0,56 picofarad até 220 nanofarads.
A tolerância, num capacitor de cerâmica, pode variar
Fig. 2-10: Formas mais comuns dos capacitores de cerâmica
ta) th) (e (a)
Eletrônica Básica: teoria e prática
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
Quais são os componentes de dois terminais usados em circuitos eletrônicos? 28
Estas linhas indicam que a
bobina estã enrolada sobre
um núcleo de ferro
N somma De
x
FILTRO,
2-14: Uso de uma bobina de filtro num circuito de alimentação. Os
sinais de mais (+) nos símbolos dos capacitores significam que os
mesmos são eletroliticos.
indutores variáveis são projetados de tal forma
que o material do núcleo pode ser deslocado para dentro
ou para fora do centro. À indutância aumenta, conforme
o núcleo vai se destocando dentro da bobina. O material
Cótigo de Cores
Cor Número Multiplicador” Tolerância
i Signiticativo
Preta, 9 1
Marrom 1 19
Vermelha z 00
Laranja 3" 1.000 !
Amarela a
"Verde 5
Azul 6 -
E violeta 7 no
Cinza 8 o
Branca” õ o
Nenhuma + Ponto + 20%
Prata, decimal E TO
“Ouro E05%
* O multiplicador é o fator pelo qual são multiplicados os dois números
significativos para abter o valor nominal da indutância
3 Indica à coro corpo
TOLERÂNCIA
SEGUNDO NÚMERO SIGNIFICATIVO
PONTO DECIMAL
PRIMEIRO NÚMERO SIGNIFICATIVO
IDENTIFICADOR DE MILÉSIMOS
Fig. 2-15: Cádiga de cores para bubinas cilindricas de rádio-fregiiência
Eletrônica Básica: teoria e prática
do núclco pode ser de ferro em pó sinterizado ou de fer-
rite. E: materiais são usados por causa de suas baixas
perdas emaltas fregiências. O ferro em pó é moldado em
forma de cilíndros pequenos sob alta pressão, de modo
que parecem ser feitos de material sólido. Estes indutores
são somente usados para as rádio-(requências.
Pérolas de ferrite são bolinhas de material mag-
nético que agem como “choques” de rádio-fregiência.
Um fio percorrido por uma corrente elétrica passa atra-
vés da bolinha. Isto tem 0 mesmo efeito de ligar uma
bobina de “choque” em série com o fio, As bolinhas de
ferrite iêm excelentes propriedades de indutância, com
perdas muito baixas.
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
30
Para que são usados
os Diodos?
Diodos são componentes que conduzem a corren-
te de elétrons num sentido determinado (do cátodo para
o ânodo), porém não no sentido oposto (ânodo para
cátodo). Já passou o tempo em que o uso mais extenso
dos diodos era em fontes de alimentação, nas quais eram
usados como retificadores. Um retificador é um diodo
usado para converter à corrente alternada da linha para
uma corrente contínua. Hoje, a retificação é apenas uma
das muitas funções realizadas pelos diodos
Alguns exemplos de
Diodos Retificadores
A Figura 2-16 mostra os tipos de diodos usados
em circuitos relificadores. O diodo indicado na Figura
2-16a usa um filamento como cátodo. O filamento é
aquecido até à ponto em que elétrons são liberados de
sua superfície. Quando a tensão da placa é positiva, à
placa irá atrair esses elétrons negativos. Assim, o fluxo
da corrente de elétrons é do cútodo para à placa. Os
elétrons liberados vêm diretamente da superfícic do
filamento e as válvulas diodo são chamadas válvulas
com cátodo de aquecimento direto.
A Figura 2-16b mostra um diodo com cátodo de
aquecimento indireto. Um filamento que não está indi-
cado no símbolo (ver o suplemento) aquece o cátodo.
Elétrons são emitidos da superfície aquecida do cátodo.
Ocátodo tem a forma de um cilíndro como filamento por
dentro.
Capítulo 2
+ + +
DUDSS
D
—» CAMINHOS DE
ELÉTRONS
O MOLÉCULAS
Í
I cáTODO 1
Fig. 2-17: Efeito de avalanche numa válvula com enchimento de gás.
Isso está indicado na Figura 2-16. Quando a placa
é tornada positiva. ela atrai os elétrons emitidos pelo
cátodo.
O diodo semicondutor também conduz uma cor-
rente de elétrons de seu cátodo para seu ânodo. Como no
caso das válvulas diodo, não irá conduzir do ânedo para
o cátodo, O simbolo para este componente está indicado
na Figura 2-16€. Os diodos semicondutores são também
chamados de diodos de estado sólido. Possuem a
vantagem de não precisar de um cátodo quente para sua
operação. O resultado é um componente mais simples
que opera a uma tempe-
ratura mais baixa e não
O ponto indica
que existe gás
no invólucro
do diodo.
(d)
PLACA OU tac ou requer energia para o fila-
ANDO e HODO ==, = fároDo mento. A composição
FILAMENTO física e química do diodo
au cáTODO 7 semicondutor lhe permite
| — muamento '
: AQUECEDOR retificar a corrente.
(a) (b) A Figura Z-lódé o
símbolo para um diodo a
MACA OU gás. Ele possui um cátodo
ANgDo —
— cároDO
Fig. 2-16: Diodos usados para
retificação: (a) válvula diodo com
filamento (cátodo); (b) válvula
diado com cátodo de
aquecimento indireto; (c) diodo
semicondutor; (dj diodo com
instrumento a gás.
Eletrônica Básicas teoria e prática
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
Quais são os componentes de dois terminais usados em circuitos eletrônicos? 31
de aquecimento indireto c uma placa exatamente como
a da Figura 2-16b. A diferença é que o interior do tubo
está cheio de gás. Este produz o assim chamado “efeito
de avalanche” quando o tubo está conduzindo uma
corrente de elétrons
A Figura 2-17 ilustra a condição de avalanche.
Um elétron deixa o cátodo c é atraído em direção à placa
positiva. Antes de ter se deslocado para muito longe, ele
colide com uma molécula de gás e solta um elétron da
molécula. Os dois elétrons colidem, em seguida, com
mais duas moléculas de gás c soltam mais dois elétrons
O processo continua, de modo que o número de clétrons
que atinge a placa é bastante grande, Uma característica
importante de um diodo à gás é sua capacidade de
conduzir correntes de intensidades relativamente altas.
Quando esse diodo conduz uma corrente. ele brilha.
valor que faz o diodo disparar. Isto significa que o diodo
começa à brilhar. Uma vez atingida a tensão de disparo,
a tensão sobre o diodo permanece constante dentro da
faixa operacional nominal da corrente. É aconselhável
nunca permitir que a corrente exceda o valor fornecido
nas folhas de dados para a válvula.
A lâmpada neon da Figura 2-18b é semelhante ao
regulador a gás. Possui dois eletrodos de tamanho idên-
tico, de modo que os elétrons podem facilmente pass:
em qualquer direção, através da lâmpada. As lâmpadas
neon são menores que os reguladores a gás. São usadas
como fontes luminosas e como reguladores de tensão
devido às suas propriedades.
Uma característica inusitada do diodo zener de
estado sólido, da Figura 2-18c, é que deve scr operado
com polarização reversa — isto é, 0 ânodo deve ser
negativo, com relação ao
Anoo Anono ou cároDo
+ N de eua
— - (0U+)
CÁTODO CÁTODO OU ÂNODO
ta) (b)
ÂNODO
CATODO
cátodo. Normalmente, um
diodo não iria conduzir
com essa polaridade de
tensão sobre si, mas o
diodo zener conduz.
Os diodos regu-
ladores são usados cm
circuitos em que a tensão
precisa sermantida em um
valor constante com as
(9 mudanças normais nas
condições do circuito.
Não existem regu-
PARA SÍMBOLOS
ALTERNATIVOS
VIDE ANEXO E
/T
Fig. 2-18: Diodos reguladores de tensão: (a) regulador a gês:
(b) lâmpada neon; (c) dindo Zener. Para outros simbolos veja anexo B.
O que são os Diodos
Reguladores?
Um diodo regulador sempre possui a mesma
tensão sobre si dentro de sua faixa operacional de cor-
rente. Ambos os tipos, válvula e semicondutor, são indi-
cados na Figura 2-18.
O diodo regulador a gás da Figura 2-18a não
possui um cátodo aquecido, Os elétrons são retirados do
cátodo por emissão de campo. Isto significa simples-
mentc que os elétrons são arrancados da superfície do
cátodo pela tensão positiva aplicada ao ânodo.
Uma baixa tensão sobre o diodo regulador a gás
não irá causar qualquer fluxo de corrente através do
mesmo. Conforme aumenta a tensão, aunge-se certo
Eletrônica Dásica: teoria e prática
ladores à gás para regular
tensões abaixo de 50 volts, enquanto os diodos zener
podem ser obtidos para tensões nominais de apenas
alguns volts.
O que é um LED?
Um componente optoeletrônico tem uma das se-
guintes características:
19 Produzir luz quando for aplicada a tensão
correta. Um exemplo deste tipo é o LED.
2º) Suas caraclerísticas variam de alguma
forma quando é exposto à luz. Existem
dois tipos: fotocondutivo e fotovoltáico.
O LED é um exemplo de um componente
optoeletrônico de dois terminais. As iniciais LED signi-
ficam Light Emitting Diode (diodo emissor de luz).
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
ME Arespossa corretaparaa pergunano irem 12 éA.
As letras NPO sig-
mificam Negativo-
Positivo-Zero. Um
capacitor com esta
designação não so-
fre mudança no
valor da capacitân-
cia por pequenas
mudanças de 1em-
peratura. Aqui está
a próxima pergun-
ta:
Fig. 2:21: Qual é o componente
representado por este simbolo?
A Figura 2-21
mostra o símbolo
para
Uma lâmpada neon
(passe para o item 6).
f 8 | Uma válvula diodo
(passe para o item 16).
BEM A resposta correra para a pergunto no item 15 é
B, Conforme indicado no Anexo B, existe mais de
um tipo de símbolo usado para os diodos zener.
A seguir, está a próxima pergunta:
Uma indicação NPO do coeficiente de
temperatura para um capacitor de cerâmica
significa
Que o mesmo não sofre qualquer
alteração da capacitância com uma
pequena mudança na temperatura
(passe para o item 11)
-B | Que o mesmo sofre uma mudança
importante de capacitância, com uma
pequena mudança na temperatura
(passe para o item 14).
KER Se sua resposta para a pergunta no irem 2.64,
está errada. Um indutor (e não um resistor) é
usado para deixar passar as baixas fregilências e
rejeitar as altas frequências.
Passe para o item 10
EE Se sua resposta para a pergunta no item 2. é B,
está errada. Passe para o item [1.
EM A sesposta para a
Capítulo 2
pergunta no item 3
é B. Esta é uma das
características im-
portantes dos capa-
citores.
Aqui está a próxi-
ma pergunta:
A Figura 2-22
mostra o símbolo
para
Fig. 2-22: Qual é o componente
representado por este símbolo?
CAS Um diodo a gás
(passe para o ilem 4).
CB Um diodo zener
(passe para o item 12),
A resposta correta para a pergunta no item 11 é B.
A ilustração mostra o símbolo para um diodo com
cátedo de aquecimento direto. Aqui está sua pró-
xima pergunta:
Qual dos seguintes componentes é usado para
produzir uma queda constante da tensão, ape-
sar da mudança de intensidade da corrente
passando através do mesmo?
[à 1 O diodo zener
(passe para 0 item 2).
Uma bobina “choque”
de rádio-fregiiência
(passe para 0 item 7).
A resposta correta da pergunta no item 1 é B. O
diodo a gás conduz a corrente de elétrons do
cátodo para a placa, porém não da placa para o
eátodo. Um resistor é um componente bilateral
Conduz corrente em ambos os sentidos de dire-
ção. Agui está a próxima pergunt
A maneira com a qual a resistência de
um resistor variável muda com a rotação
do cixo é chamada
[A] Gradiente
(passe para o item 3).
LE Taxa de atenuação
(passe para o item 19)
Eletrônica Básica: teoria é praxica
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
Quais são as componentes de dois terminais usados em circuitos eletrônicos? 35
EEE A resposta correta para a pergunta no item 10 € Componentes SMD
B. Um sensor, também chamado rransdutor, é
usado para “semir” a remperamra na estufa SMD's são componentes eletrônicos usados na
para cristal da Figura 2-20. Pequenas mudanças maioria dos aparelhos fabricados atualmente. Exemplos
na temperatura causam grandes mudanças da — são: vídeo-cassetes, gravadores e auto-rádios. A sigla
resistência num termistor Aqui está a próxima | SMD, significa “Surface Montage Device”, ou seja,
pergunta: Dispositivo de Montagem de Superfície. À diferença
desses componentes, em relação aos componentes
O componente de dois terminais que se opõe eletrônicos tradicionais está principalmente no tamanho
a qualquer mudança na corrente passando cc forma como são montados nas placas de circuito
através do mesmo é o impresso. Os componentes tradicionais têm seus ter-
minais inseridos nos furos da placa de circuito impresso
e são soldados na mesma. O componente fica na face
(passe para o item 20) superior da placa e a solda é feita numa pista cobreada da
face inferior da mesma. Veja a Figura 2-23.
KER Sua resposiaparaa perguniano irem 1768. Esta O componente SMD é muitas vezes, colado na
resposta está errada. O termo taxa de atenuação placa e depois soldado. Esse tipo de componente não
não é aplicável para resistores variáveis. Passe possui terminais compridos, como geralmente acontece
para o item 3. com o componente tradicional, A solda é feita nas
extremidades do componente SMD e a parte cobreada da
MEO Incutor (um capacitor que se opõe a mudanças — Placa fica na mesma (ace onde está o componente. Veja
na tensão). a Figura 2-24,
Histórico
Embora o desenvolvimento e aplicação do SMD
tenha maior ênfase sobre os aparelhos eletrônicos,
fabricados no Japão e Europa, já a cerca de 30 anos atrás
(por volta de 1965) os Estados Unidos da América
começava a desenvolver esse tipo de componente. Muitos
dos chamados micro-circuitos abriram caminho para os
componentes SMD. Esses micro-circuitos usaram as
duas formas de componente: SMD e Tradicional. Da
mesma forma, os primeiros Circuitos Integrados (CT's)
chamados “Híbridos”, eram feitos com uma pequena
pastilha de material iso-
COMPONENTE TRADICIONAL
PLACA DE CIRCUITO SOLDA FURONA FACE COBREADA
IMPRESSO PLACA DA PLACA
Fig. 2-23: Componente tante, conhecido como
| tradicional soldado na placa substrato e os compo-
de circuito impresso.
nentes SMD eram monta-
dos sobre a mesma.
Fig. 2-24: Como é soldado
o componente SMD, na placa Por volta de 1967.
TERMINAL DE SOLDAGEM de circuito impresso. os Laboratórios Phillips
DG COMPONENTE SOLDA da Holanda, lançavam no
FACE COBREADA Mr Fo biSTA mercado um transistor SMD de modelo SOT-23, em
| ConREADA substituição ao tradicional TO-92. O tipo SOT-23 tinha
tamanho 10 vezes menor que o modelo tradicional. Em
1971, a Phillips já produzia componentes SMD para 4
indústria Suiça de relógios. Hoje, o Japão fabrica os
menores componentes SMD que são usados nos modernos
aparelhos eletrônicos.
Eletrônica Básica: teoria e prática
Eletrônica básica:
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36
Componentes passiv
Componentes eletrônicos que amplificam,
retificam e operam como chave, são chamados compo-
nentes ativos. Componentes eletrônicos que não
executam essas funções são chamados componentes
passivos. Exemplos de componentes passivos: resistor,
capacitor e indutor.
No caso dos componentes tradicionais, a constru-
ção e operação se dá conforme vimos nesse capítulo
Quando se trata de componentes SMD, a operação é da
mesma forma. A diferença entre os dois tipos de
componentes está principalmente no tamanho.
2 mm = 55mm
RS
RESISTOR RESISTOR.
SMD TRADICIONAL
Capítulo 2
TERMINAIS DE
CONEXÃO
ELETROLÍTICO
DE ALUMÍNIO
Fig. 2-25: Dimensões principais de dois resistores: SMB e Tradicional
A Figura 2-25 mostra como exemplos as
dimensões de dois resistores, um do tipo tradicional e
outro do tipo SMD. Os dois componentes são resistores
do tipo metal film, com potência de 1/8 de watt. Os
resistores SMD podem ser construídos em metal film ou
na forma de chip. Nesta última, o resistor é feito de um
diminuto substrato — geralmente alumina — coberto pelo
material resistivo e por uma camada protetora de vídeo.
Fig. 2-26: Vista interior de um resistor do tipo chip
Fig. 2-27: Dois capacitores SMD: Chip Cerâmico e Eletrolítico.
A Figura 2-26 mostra a vista interna de um resistor do
tipo chip.
Os capacitores do tipo SMD usam geralmente o
mesmo Lipo de material usado nos componentes tra-
dicionais. Os capacitores também podem scr fabricados
na forma de chip. À Figura 2-27 mostra a forma básica de
dois capacitores SMD, um em chip cerâmico, e outro,
eletrolítico.
Observe que os componentes SMD não possuem
terminais de ligação, como acontece com os componentes
tradicionais. À conexão de um componente SMD é feita
pela soldagem dos extremos do seu corpo diretamente à
placa de circuito impresso. A Figura 2-28 mostra um
típico indutor SMD em chip. Observe os terminais de
tigação do componente.
Nomenclatura
O valor da resistência ou capacidade de um
componente SMD é. na maioria das vezes, registrado no
corpo do componente. À potência de dissipação dos
resistores é geralmente determinada por um código
numérico exibido no corpo do componente. Neste
caso, o código é fornecido por um manual de referência
do fabricante.
Eletrônica Básica: teoria e prática
Eletrônica básica:
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Quais são os componentes de dois terminais usados em circuitos eletrônicos? 39
A tecnologia MOSFET, vem se acentuando a cada
dia e tomando vulto nas áreas digitais. Micro-
processadores, Memórias e Circuitos Integrados Digitais,
cada vez mais, usam MOSFET na sua consirução
Embora todo avanço tecnológico tenha trazido
componentes mais compactos, baratos e confiáveis, a
“Eletrostática” que nos rodeia torna os componentes
eletrônicos cada vez mais vulneráveis.
Teoricamente, um componente feito de material
semicondutor tem vida muito longa. Na prática, essa
vida acaba sendo reduzida ou interrompida pele ataque
dos Canais Eletrostáticos ambientais. Quando se trata de
um componente SMD, o perigo cresce c passa a atingir
um número maior de componentes. Como sabemos,
muitos resistores e capacitores são construídos na forma
de chip.
Os campos eletrostálicos que atacam os com-
ponentes eletrônicos têm origem no contato entre
materiais não-condutores. Entre estes estão os materiais
plásticos em geral e os diversos tipos de papele papelão.
Como geralmente os componentes eletrônicos
são embalados ou depositados em saquinhos ou
recipientes plásticos, é fácil imaginar o perigo a que
estão sujeitos.
Quando dois materiais não-condutores estão, ou
entram em contato e são afastados, produz-se uma des-
carga estástica. Essa descarga atinge, muitas vezes, a
ordem de centenas ou até milhares de volts. Um saco
plástico fechado, que é aberto, torna-se uma fonte ativa
de descarga estática. Até nosso próprio corpo, devido à
pele não-condutora, cria campo eletrostático quando em
contato com as roupas.
Portanto torna-se necessário ter certos cuidados
para manejar componentes como CT's, Transistores FET,
MOSFET, Microprocessadores. Memórias e compo-
nentes SMD, Esses componentes devem ser embalados
em sacos plásticos especiais, depositados cm recipientes
ou caixas, também de material anti-estático e manejados
com os devidos cuidados.
Muitos componentes, como Memórias e Micro-
processadores. contêm dispositivos internos de proteção.
Mas nem sempre esses dispositivos são eficazes. Até o
próprio dispositivo de proteção é atacado pela clctros-
tática.
Os campos cletrostáticos tornam-se mais perigo-
sos em condições climáticas onde a umidade relativa do
ar torna-se baixa.
A confiabilidade e a própria vida dos componentes
eletrônicos semicondutores ou em SMD dependem em
muito dos cuidados e da proteção dispensados aos
mesmos.
Eletrônica básica: tenria é prática
EXPERIÊNCIAS
(A experiência descrita nesta seção pode ser rea-
lizada na placa de circuitos descrita no Anexo € ou numa
montagem semelhante de laboratório.)
PRIMEIRA PARTE
5 OBJETIVO
O objetivo desta experiência é demonstrar a tco-
ria básica de cálculo c medições da tensão.
mM TEORIA
Quando você está usando um voltímetro para lo-
calização de falhas num circuito, deve saber qual é à
escala correta de voltagem para cada medição. Às vezes,
o fabricante fornece o valor da tensão nos desenhos do
circuito. Às vezes, você precisa calcular o valor das
informações fornecidas.
Com um pouco de prática, você irá aprender a
calcular os valores da tensão e da corrente com apenas
alguns conhecimentos básicos de matemática. Se você
observar bons técnicos trabalhando, poderá ver que cles,
geralmente, não precisam parar e calcular os valores da
tensão e da corrente. Eles
podemresolver problemas
envolvendo a lei de Ohm
“de cabeça”. Podemos
mostrar como fazer isso;
porém. você deve praticar
muito antes de poder fazer
esses cálculos com tanta
facilidade.
Se você colocar dois
resistores do mesmo valor
em série sobre uma fonte
de tensão, haverá uma que-
da de tensão equivalente à
metade da tensão da fonte
sobre cada resistor. Sc forem usados três resistores do
mesmo valor em séric, então a queda de tensão sobre
cada resistor será igual à um terço da tensão da fonte.
Se os resistores tiverem valores diferentes, é
ainda bastante fácil obter as quedas da tensão. A Figura
2-32 mostra um circuito em série bastante simples com
dois resistores (Ry é R$). Os resistores são ligados em
série quando a mesma corrente flui através dos mesmos
As setas mostram o caminhe do fluxo da corrente de
elétrons.
Led
Fig. 2-32: Um ciscuito em série
simples.
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
ao
Todos os elétrons que passam através de R> de-
vem também passar através de R, para poder voltar para
o terminal positivo da bateria. Assim, R, e R, estão em
ric.
Uma parte da tensão da bateria fica sobre cada
resistor.
Os resistores podem ter o mesmo valor ou não. Se
você usar V; como valor da tensão sobre R; e V2 como
valor da tensão sobre R>, pode facilmente determinar
qual é a queda da tensão sobre cada resistor.
Em eletrônica, usamos uma equação (ou fórmula)
para poder lembrar-nos mais [acilmente de como resolver
um problema:
v=E (im)
Va=E (ré)
Outra maneira de dizer isso é que a queda de
tensão sobre um resistor em séric com outros resistores
pode ser obtida dividindo o valor do resistor pela resis-
tência total e multiplicando o resultado pela tensão da
bateria.
Vamos tentar isso para o circuito da Figura 2-33.
A tensão da bateria é 400 volts. À queda de tensão sobre
RyéVA:
V=E (rim)
Substituindo os valores no circuito, você obtém:
100
vr=400 (Too som
=400 E)
1
=400 (4)
= 100 volls
Vy = 100 volts
Em outras palavras, a queda de tensão sobre o
resistor de 100 ohms é igual a um guario da tensão apli-
cada,
Capitulo 2
A tensão sobre Ro é Vo
Ro
E( Rs E )
Substituindo os valores do circuito,
Vo = 400 (6)
300 volts
Em outras palavras, a queda de tensão sobre o
resistor de 300 ohms é igual a três quartos da tensão apli-
cada.
Fig. 2-33: Detecminar a tensão sobre cata resistor
Uma coisa muito importante que precisa ser lem-
brada sobre quedas de tensão é que a soma das quedas de
tensão deve ser igual à tensão aplicada. Por exemplo. no
circuito da Figura 2-33 existem duas quedas de tensão:
100 volts sobre R, e 300 volts sobre R>. À soma das
quedas de tensão é 100 + 300 = 400 volts, que é igual à
tensão aplicada E.
Essa lei é muito importante porque pode ser usada
de várias formas em eletricidade e eletrônica. É conhe-
cida como Lei de Tensão de Kirchoff.
Eletrânica Hásicas teoria e prática
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
Quais são os componentes de dois terminais usados em circuitos eletrônicos? 4
m MONTAGEM DO TESTE
Observar o circuito da Figura 2-34. Realizar as
ligações do circuito conforme indicado na Figura 2-34a.
O diagrama chapeado desse circuito está indicado na
Figura 2-34b. A tensão no circuito dos resistores em
série é uma tensão alternada do secundário do transfor-
mador. Os métodos que você aprendeu para determinar
quedas de tensão irão funcionar nesse circuito de corren-
te alternada tão bem quanto em circuitos de corrente
contínua, contanto que não se usem componentesteativos
(resistores são componentes não-reativos). Os capacitores
e os indutores são componentes reativos.
“ PROCEDIMENTO
L) Etapa !: Medir e anotar o valor da tensão
sobre o secundário — ou seja, a tensão alternada entre
auch
Essa medição é feita com os resistores R, c Rz
ligados sobre o enrolamento do secundário.
Anotar o valor da tensão, (Você deve usar um
voltímetro para corrente alternada para [azer essa medi-
ção e todas as outras medições de tensão alternada.)
E- volts ca
Use esse valor para £ em cada uma das equações
da Etapa 2.
Você deve obter cerca de 12,6 volts sobre o
secundário do transformador (no Capítulo 4 você irá
estudar como funcionam os transformadores).
Fig. 2:34: Circuito para a primeira parte da experiência
nova |)
td Las
FuSÍveL
* Este fusivel pade ser parte integrante do circuito
primário do transformador. Pode não ser indicado em todas os diagramas
esquemáticos mas presume-se sempre que ele faz parte do circuito primário.
Eletrônica Básica: teoria e prática
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
Você pode ver aqui que dois terços da corrente
passam através do resistor menor. Para achar a corrente
através de R,
= 300 miliampêres(-400)
= 106 miliampêres
Pelo resultado você pode ver que um terço da
corrente flui através do resistor maior, Outra regra muito
importante nos circuitos é que a soma dus correntes em
todos os ramos paralelos deve ser igual à corrente total,
Fig. 2-37: Circuito para a segunda parte da experiência.
Capítulo 2
Isto é a Lei de Kirchaff para corrente, c é geralmente
enunciada como seguc: a soma das correntes que entram
num ponto deve ser igual à soma das correntes que
deixam este ponto.
Na Figura 2-36 a corrente total fr que entra no
ponto a é de 300 miliampêres e a corrente total que deixa
o ponto a é 100 + 200 = 300 mitiampêres.
mM MONTAGEM DO TESTE
Refcrir-se à Figura 2-37. Efetuar as ligações no
circuito conforme indicado na Figura 2-374. O diagrama
chapcado para esse circuito está indicado na Figura 2-
37. A tensão sobre o circuito de resistores em série e em
paralelo é uma tensão alternada do secundário do
transformador. O método descrito para achar o valor da
corrente em resistores ligados em paralelo pode ser
usado tanto para corrente alternada como para corrente
contínua.
Es,
nsva ID)
(a)
O
NÃO
USADO
Rz Rz
35k0 az
FUSÍVEL
MILIAMPERÍMETRO 4
Eletrica Básica: teoria e prática
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
Quais são os componentes de dois terminais usados em circuitos eletrônicos? 45
E PROCEDIMENTO
D Etapa !: Medir eanatar V,, a tensão sobre R,.
Vi= volts ca
D Etapa 2: Caleutar a intensidade da corrente
através de Ri, usando a lei de Ohm. Isto é,
tr = Hr
Ry
= Vi,
3,3 kilohms
WE miliampêres
Essa é a corrente total que entra no ponto «
D Etapa 3: Usando o método descrito na seção
teórica, calcular a corrente fo que passa através de Ro.
Usar, para /y, o valor encontrado na Etapa 2.
o Ra
fa =Ir EE)
=1 ( 4,7 kilohms )
733 kilohms + 4,7 kilohms
; 4,7 kilohms )
TA 8,0 Kilohms
b= . miliampéres
D Etapa 4: Usando o método descrito na seção
teórica, determinar a corrente É; que é a corrente que
passa através de 3. Usar para 47 0 valor encontrado na
Etapa 2.
Ro
k =1( qm; )
4 3,3 kilohms. )
T 713,3 kilohms + 4,7 Kilohms
kilohms
= (Sosiiotms)
= miliampêres
Eletrôvica Básica: tearia e prática
D Etapa 5: Adicionar os valores da corrente
obtidos nos itens 3 c 4.
h4b= miliampêres
A soma dessas correntes é igual à corrente total
do item 2?
Sim ou Não
Sua resposta deve ser sim. À soma das correntes
nos dois ramos de resistores deve ser igual à corrente
total.
D Efapa 6: Medir e anotar o valor de Vs, à
tensão sobre Ro.
Vaz nm YSMS
O Etapa 7: Caleular a corrente que passa atra-
vés de R> usando a lei de Ohm.
h=
R,
= Vo
3,3 kilohms
= miliampêres
D Etapa 8: Medire anotar Va, a tensão sobre R,.
volts
DD Etapa 9: As quedas de tensão sobre Ro c R$
ais? (Compare com suas respostas nas Etapas 6 €
Sim ou Não
Os dois valores da tensão devem ser os mesmos
porque a tensão sobre todas as partes de um circuito
paralelo é a mesma.
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
46 Capítulo 2
D Etapa 10: Calcular a corrente através de ks.
usando a lei de Ohm.
h= Mo
Rá
- Vi
4.7 kilohms
ns miliampêres
É] Etapa PH: As correntes nas Etapas 5 e 7 são
comparáveis com as correntes nas Etapas 2 e 3º Sua re:
posta deve ser sim. Isto mostra que o método para cal-
cufar as correntes que foi descrito na seção teórica
fornece as respostas corretas.
E CONCLUSÃO
Se não existirem componentes reativos (indutores
ou capacitores) num circuito, você pode usar a lei de
Ohm, tanto para circuitos de corrente alternada como
para circuitos de corrente contínua.
Os técnicos usam os métodos anteriormente vistos
para calcular a tensão ou a corrente que deve ser obtida
num circuito. Em seguida, medem a tensão ou a corrente
atuais. Se o valor medido não for aproximadamente
igual ao valor calculado, sabem que existe problema no
circuito. Antes de você aprender a localizar corretamen-
te os defeitos, deve praticar esses métodos de determi-
nação de tensões e correntes.
a
de
e
&
Eletrónica Básica: teoria e prática
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
49
Quais são os componentes
de três terminais usados em
circuitos eletrônicos?
INTRODUÇÃO
Considera-se, em geral, que à história da eletrôni-
ca começou quando Lee DeForest inventou o triodo.
Antes do triodo existia alguma comunicação por rádio,
porém não havia circuitos para amplificar os sinais.
Portanto, a rádio-comunicação era, principalmente,
bascada na intensidade do sinal transmitido, A comuni-
ão em longa distância cra difícil e freguentemente
impossível
A maior parte dos avanços tecnológicos, no sen-
tido de obterem-se comunicações mais confiáveis. não
podê ser aplicada até que o sinal de rádio pudesse ser
amplificado. A válvula triodo tornou isto, pela primeira
vez. possível.
Este capítuio explica como Iuncionam os diversos
tipos de componentes de estado sólido. Todos os compo-
nentes de amplificadores possuem uma coisa cm comum:
três terminais de ligação.
O maierial deste capítulo descreve apenas como
funcionam esses componentes. O que ocorre quando
você coloca esse tipo de componente num circuito, será
discutido em outros capítulos.
Depois de estudar este capítulo, você poderá
responder às seguintes perguntas:
O que é um transistor bipolar NPN?
O que é um transistor bipalar PNP?
O que é um transistor JFET?
O que é um transistor MOSFET,
do tipo redução?
O que é um transistor MOSFET,
do tipo aumento?
O que são os transistores MOSFET,
tipo P?
O que é um tiristor?
Eletrônica Básica: teoria e prática
INSTRUÇÃO
O que é um Transistor
Bipolar NPN?
Antes de começarmos à discussão sobre os
transistores é importante rever alguns exemplos de fluxo
da corrente elétrica, Neste livro tratamos da corrente
elétrica como sendo um fluxo de elétrons. Parte-se da
premissa de que os elétrons negativos devem fluir do
terminal negativo da fonte de tensão c em direção ao
terminal positivo. (Cargas semelhantes se repelem e
cargas diferentes sc atraem.)
Os elétrons são considerados como os portadores
de corrente elétrica e são chamados portadores de carga
negativa. Porém, existem certos materiais que possuem
poucos elétrons disponíveis para o fluxo da corrente.
Um exemplo disso é o material semicondutor tipo P,
usado para a fabricação de transistores. No material tipo
P a maior parte do fluxo de corrente é proporcionada
pelos portadores de carga positiva que são chamados
lacunas (falta de elétrons)
Outro tipo de material semicondutor é chamado
tipo N. Neste material a maioria dos portadores de carga
são elétrons
Os materiais semicondutores (tanto do tipo P
como do tipo NJ irão conduzir a corrente elétrica, porém
não irão conduzir corrente tão bem quanto um condutor.
Quando um componente é feito de um tipo de material
(ou tipo P ou tipo N) diz-se que o componente é unipolar.
Isto significa que sua operação depende principalmente
de apenas um portador de carga (elétrons ou lacunas)
Um componente bipolar depende tanto das lacu-
-omo dos elétrons para sua operação.
A relação entre o fluxo de clétrons e o fluxo das
lacunas pode ser expressa com a ajuda da Figura 3-1. As
bolas nessa ilustração representam elétrons e o espaço
representa uma lacuna,
nº
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
50
Capítulo 3
ELÉTRONS em
2 . (mo emma)
teme LACUNAS
o CX)
(dy - ()
Be
Toda vez que a cor-
rente flui num material,
existem sempre dois tipos
de fluxo: um fluxo de clé-
tons e um fluxo de lacu-
nas. Num material de tipo
Pacorrente consiste prin-
cipalmente de fluxo de la-
, cunas, porém existe sem-
pre um pequeno fluxo de
elétrons. No material de
tipo P, as lacunas são cha-
madas portadores majo-
ritários de carga e os elé-
trons são chamados por-
tadores minoritários de
carga. No material de tipo
Nosclétrons são portado-
res majoritários de carga
e as lacunas são portado-
tes minoritários de carga.
LACUNA
+
Fig, 3-1; Esta ilustração mostra como são relacionados o fluxo de
elétrons e o fluxo de lacunas. A lacuna em (a) aparece deslocando-se
para a esquerda em [b), (c) e (5). Ao mesmo tempo três elétrons
aparecem depois de terem se deslocado um de cada vez até aparecer
como em (a)
Você pode ver aqui que os elétrons movimentam-
se da esquerda para a direita ou do negativo para o posi-
tivo. À lacuna movimenta-se da direita para a esquerda
ou do positivo para o negativo.
++
TERMINAL DO COLETOR
CORRENTE DO
COLETOR
REGIÃO DO
TERMINAL COLETOR
DA BASE €
+ REGIÃO DA
x BASE COLETOR | ++
REGIÃO DO
CORRENTE
Gene EMISSOR | BASE
TERMINAL eso As setas indicam emissor Lov
EMISSOR o fluxo de elétrons
no transistor
ta) (b)
Fig. 3 2:0transistor bipolar NPN: (a) fluxo de corrente; (bs) simboto
A Figura 3-2 mostra como é feito um tipo de
transistor bipolar. Ele consistc em três camadas de
material, sendo que duas delas são feitas de material do
tipo N. e a outra é feita de material do tipo P. Este tipo é
chamado transistor NPN. Os portadores de carga dentro
do transistor consistem de elétrons e de lacunas, Estamos
também interessados no tipo de corrente que flui exter-
namente ao transistor. Esta corrente externa é sempre
considerada uma corrente de elétrons. Pode-se ver na
Figura 3-2 que o transistor possui três seções que são
chamadas emissor, buse e coletor
O diagrama da Figura 3-2a mostra que apenas um
pequeno número de elétrons irá passar através da região
P (base) e para fora através do terminal da base do
transistor, Portanto, a maioria dos elétrons passa através
da base para o coletor. O sinal de mais (+) no terminal de
basc da Figura 3-2a significa que a base é positiva, com
relação ao emissor (O volts). O sinal duplo de mais (++)
no coletor significa que o coletor é mais posilivo que a
base. Estas são as condições normais de operação. Se
você aplicar as tensões sobre o transistor conforme
indicado na Figura 3-2, a corrente irá consistir principal-
mente de elétrons fluindo entre o emissor e o coletor.
Porém, lembre-se de que uma pequena quantidade de
elétrons irá fluir através da basc.
O princípio de operação desse componente, e
uma das coisas mais importantes para você lembrar, é
que uma pequena quantidade de corrente na base irá
provocar 9 [luxo de uma grande quantidade de corrente
Eletrônica Básica: tearia e prática
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
Quais são os componentes de três terminais usados em circuitos etetrônicos? 51
no coletor, Da mesma forma, uma peguena mudança na
corrente da base irá causar uma mudança importante na
corrente de coletor. O transistor é chamado componente
operado por corrente porque a corrente de base controla
a intensidade da corrente do coletor.
O símbolo para o transistor NPN está indicado na
Figura 3-2b. O emissor é representado por uma seta que
aponta para fora do transistor.
O que é um Transistor
Bipolar PNP?
A Figura 3-3 mostra outra maneira de obter um
transistor. É chamado Transistor bipolar PNP ou
simplesmente transistor PNP. Você pode ver aqui que as
tensões na base e no emissor são opostas àquelas indica-
das na Figura 3-2. Às setas na Figura 3-3a mostram o
fluxo das lacunas através do transistor. Observe que
o [luxo das lacunas do emissor é em direção ao coletor
negativo e à base negativa. No emissor e no coletor, as
lacunas são portadoras majoritárias de carga. Isto porque
a lacuna é considerada uma carga positiva. Lembre-se de
que o elétron é atraído para tensões positivas e a lacuna
é atraída pelas tensões negativas.
Fig. 3-3: O transistor PNP: (a) fluxo de lacunas; (33) símbolo.
TERMINAL DO COLETOR
CORRENTE DO
COLEFOR
REGIÃO DO
TERMINAL COLETOR
Da BASE
- região DA
BasE COLEIOR |-—
REGIÃO DO
CORRENTE EMISSOR
DE BASE — BASE
EMISSOR low
TERMINAL DO Jow As setas indicam
EMISSOR o fiuxo de elétrons
no transistor
(a) tb)
Eletrônica Basica: teoria e peávica
Como no caso do transistor do tipo NPN, uma
pequena corrente de hase provoca uma alteração impor-
tante na corrente do coletor.
O símbolo para o transistor PNP está indicado na
Figura 3-3b. Observe que a seta no símbolo aponta para
dentro.
É preciso lembrar algo muito importante com
relação a todos os símbolos usados para semicondutores
ou componentes eletrônicos de estado sólido. A seta
sempre indica uma região N no material. A linha vertical
no símbolo representa a base do transistor bipolar. No
tipo PNP (Figura 3-3b) o material de tipo N é usado para
a base com a seta apontando em sua direção. No tipo
NPN (Figura 3-2) a seta aponta em direção ao emissor
que é feilo de material do tipo N
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
54
O que é um
Transistor MOSFET
do Tipo Redução?
Existe uma desvantagem importante no JFET que
pode ser entendida se observarmos novamente à Figura
3-5. Iremos discutir essa desvantagem com relação ao
transistor JFET de canal N da Figura 3-5. Você irá notar
que o material Pe o material N formam uma junção na
região da porta c do canal. Esta junção é a mesma de um
diodo de estado sólido.
A Figura 3-6 mostra como
um diodo de junção de
estado sólido é feito.
Observe que o âno-
do é feito de material tipo
-= Peo cátodo de material
tipo N. Você pode rever a
ação desse diado referin-
ANODO
ANODO
cátoDO do-se à Figura 3-7.
Quando o ânodo é
cátoDo simBOLO positivo, com relação ao
cátodo, conforme indica-
do na Figura 3-74, há um
fluxo de corrente através
do mesmo.
a. 4-6: Construção esimboto
para um diodo de junção de
estado sólido.
+
É UMA CORRENTE
é DE ELÉTRONS FLUI
º (a) + €b)
NENHUMA CORRENTE
DE ELÉTRONS FLUI
Fig. 3-7: Um diodo de junção: (a) com polarização direta; (b) com
polarização reversa
Issochama-se polarização direta. Quando odiodo
está com polarização reversa, conforme indicado na
Figura 3-7b, seu ânodo é negativo com relação ao seu
cátodo e não há fluxo de corrente.
Refira-se mais uma vez ao transistor JFET de
canal N, da Figura 3-5a. A porta e o canal formam uma
junção PN igual àquela oxistente no diodo. Enquanto
esta junção estiver com polarização positiva, não há
fluxo de corrente no terminal da porta. Porém. se o
terminal da porta do transistor JFET de canal N for
tornado positivo, em relação ao canal, a junção PN terá
polarização direta.
Capitulo 3
DRENO
CANAL
+
- DRENO
ISOLAMENTO — =
REGIÃO DE Porta
REBUERO av | FONTE
FONTE Rad simgoLo
Fig. 3-8: Transistor MOSFET canal Ntipo redução.
Isso irá provocar o fluxo da corrente da porta. Isto
é altamente indesejável, porque o transistor JFET opera
mesmo sem corrente na porta. É a tensão que controla a
corrente do dreno e presume-se sempre que não há fluxo
de corrente na porta, no circuito do transistor JFET.
O transistor MOSFET é semelhante ao transistor
JFET, possui uma camada isolante colocada em volta da
porta. A região isolante em volta da porta está claramen-
te indicada na Figura 3-8.
Uma vez que existe material isolante em volta da
porta, é muito mais difícil provocar o fluxo de corrente
na porta mesmo se a junção porta-canal tiver acidental-
mente polarização direta (em livros mais antigos, esse
componente pode ser designado por transistor FET com
porta isolada).
O isolamento é feito de material Metal-Óxido
Semicondutor, daí o nome MOSFET. Possui a mesma
forma de operação do transistor JFET de canal N e à
Tabela 3-1 pode scr usada para determinar polaridades,
assim como o efeito de mudanças na tensão da porta.
Observe o símbolo para o transistor MOSFET de
canal N. A porta é mostrada separada do canal indicando
que existe isolamento entre a porta « O canal, À seta
aponta na direção do canal N
Conforme aumenta a polarização negativa sobre
aportado transistor MOSFET de canal N, a área sombrea-
da na Figura 3-8 aumenta. Isto significa que a área para
fluxo dos elétrons torna-se menor e a corrente de elé-
trons diminui. Outra maneira de dizer isso é que uma
tensão negativa maior na porta causa uma redução maior
do caminho de condução. Por esta razão, o componente
na Figura 3-8 é chamado srunsistor com efeito de campo
metat-óxido semicondutor canal N. tipo redução ou.
simplesmente, transistor MOSFET canal N tipo redução.
Eletrônica Sásica: teoria e prática
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
Quais são os componentes de três terminais usados em circuitos eletrônicos? 55
O que é um
Transistor MOSFET
Tipo Aumento?
Uma vez que existe uma região isolante entre a
porta é o canal, é possível operar o transistor MOSFET
com polarização direta na porta com relação ao canal. De
fato, existe um tipo especial de transistor MOSFET que
opera com polarização direta.
CANAL
++
DRENO
ovIroNTE
siMBoLO
Fig. 3-9:Transistor MOSFET canal N tipo aumento.
A Figura 3-9 mostra um transistor MOSFET do
tipo aumento, Neste componente, a região não-condutora,
que é também conhecida como região de redução, é
tornada tão extensa que impede qualquer fluxo de corren-
te no canal. À única maneira de obter fluxo de corrente
através desse componente é aplicar uma tensão po
redução ampliando assim
fluxo de corrente, a menos que uma tensão positiva seja
aplicada na porta. (A Tabela 3-1 não é aplicável ao
transistor MOSFET tipo aumento.)
Compare as polaridades da tensão do transistor
MOSFET dc canal N tipo aumento na Figura 3-9 com
aquelas sobre o transistor bipolar NPN na Figura 3-2
(pág. 50) e poderá observar que são operados com as
mesmas.
Você poderá lembrar que, como transistor bipolar
NPN, a corrente de base deve fluir antes da corrente do
coletor. Porém, com o transistor MOSFET tipo aumento,
uma tensão positiva é aplicada à porta para obter [luxo
da corrente de dreno. Porém, por causa da porta isolada,
essa tensão não resulta em fluxo de corrente na porta.
O que são os Transistores
MOSFET Tipo P?
Como podia se esperar, uma vez que é possível ter
um transistor MOSFET tipo N é também possível ter
transistores MOSFET tipo P. Os transistores MOSFET
tipo P são indicados na Figura 3-10. Observe que o
transistor MOSFET de canal P tipo redução (Figura
3-10a) possui polaridades de tensão opostas àquelas do
transistor MOSFET dc canal N (vide Figura 3-8). Com
exceção dessa diferença, a operação dos componentes
de canal N e de canal P é bastante semelhante. As setas
nos símbolos do transistor MOSFET de canal P tipo
redução (Figura 3-10a) e do transistor MOSFET de
canal P tipo aumento (Figura 3- 10b) apontam em direção
oposta ao canal porque este é feito de material tipo P.
Você deve lembrar que essas setas normalmente apontam
Fig. 3-10:Doistipos de transistor MOSFET canal P:
(a) tipo redução; (b) tipo aumento.
a área através da qual à
corrente pode fluir.
Comparec os símbo-
los para o transistor MOS- FLUXO DE
FET do lipo aumento na aaa
Figura 3-9 com aqueles do
transistor MOSFET tipo
ção na Figura 3-: - REGIÃO DE =
redução na Figura 3-8. Ob sesaoo
serve que, num transistor +
MOSFET do tipo aumen- FONTE O
to, o canal está indicado
por uma linha pontilhada.
Isto mostra que não é um
caminho completo para o
ta)
- CANAL
3
PORTA
- ISOLAMENTO Pod
DRENO peão Dt =| DRENO
REDUÇÃO
tone PORTA
ov | rome ov lronte
simoLO siMboLO
tb)
Eletrônica Básica: teoria e prática
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
56
em direção do material N e em direção oposta ao tipo P.
O transistor MOSFET de canal P tipo aumento
está indicado na Figura 3-10a. Compare as polaridades
da tensão com a Figura 3-9. Neste componente, é pre-
ciso ter uma tensão negativa, tanto sobre a porta como
sobre o dreno (mais negativo) para pôr o mesmo em ope-
ração. Em outras palavras. você precisa, em primeiro
lugar, aplicar uma tensão negativa sobre a porta para ini-
ciar à fluxo de lacunas do componente, Não é possível
obter um fluxo de corrente num transistor MOSFET tipo
aumento de canai N ou P sem a presença de tensão na
porta. Num transistor MOSFET de canal P tipo aumento
as Lensões da porta e do dreno são negalivas cm operação
normal
Capitulo 3
O que é um Tiristor?
É um componente semicondutor de dois. três ou
quatro terminais que pode ser usado como interrnptor de
ação rápida, À condição de um tiristor é LIGA ou DES-
LIGA, dependendo da tensão de entrada no clemento da
porta.
Os dois tipos mais importantes de tiristores são
indicados na Figura 3-11: 0 SCR (do inglês “Silicon
Controlled Rectifier” ou retificador controlado por silí-
cio) — veja a Figura 3-1la — e o triac (Figura 3-11b).
Ambos são interruptores de ação rápida. São postos em
condição LIGA por uma tensão aplicada na porta, porém
não podem ser postos em condição DESLIGA com uma
tensão na porta. Para colocar esses componentes em
condição DESLIGA é preciso abrir o circuito do ânodo
ou do cátodo.
PORTA
CATODO
ta) tb)
Fig. 2-1 :Tiristores de3 terminais:(a) SCR; (is) Triac.
A operação de um tiristor SCR está indicada na
Figura 3-12. Aqui você pode ver um circuito com tiristor
SCR no qual à tensão para a porta do SCR e o caminho
da corrente do ânodo são controlados por chaves.
A tensão aplicada E é usada para alimentar tanto o
eletrodo do ânodo como o eletrodo da porta, dependendo
das posições das chaves $, e S2. O resistor R reduz a
tensão E de modo a fornecer uma tensão menor para a
porta do tiristor SCR quando a chave S; está fechada.
Na Figura 3-12a não existe fluxo de corrente no
circuito do ânodo, porque a chave 5, está aberta. Não há
tensão na porta porque a chave $; está aberta, de modo
que a lâmpada £ não está ligada
Flenrônica Básica: tegria e prática
Eletrônica básica:
Quais são os componentes de trés terminais usados em circuitos eletrônicos?
eoria e prática - Editora Rideel
BEM se sia resposta para a pergunano item 1868,
EH A resposta correia
está errada, Existe apenas um tipo de portador de
corrente usado num transistor JFET, de modo
que é um transistor unipotar e não bipolar.
Passe para o item 24.
para a pergunta no
item é A. 4 hase
de um transistor
PNP deve sernega-
tiva com relação ao
emissor O coletor
émaisnegativo que
a base. Aqui está a
próxima pergunta: Fig. 3-14:Quetipode
componente é estez
A Figura 3-14
mostra o símbolo para:
CA Um transistor MOSFET de canal N
com aumento
(passe para o item 2)
Um transistor MOSFET de canal P
com aumento
(passe para o item 6).
€ Um transistor MOSFET de canal N
com redução
(passe para o item 11).
=D] Um transistor MOSFET de canal P
com redução
(passe para o item 16).
ELE A resposta correia para a pergunta no item 24 é
BA buse co coletor num transistor NPN devem
ser mais positivos que o emissor O coletor é mais
positivo que à base.
Aqui está a próxima pergunta:
Paraa operação normal de uma válvula triodo,
se você aumentar a polarização da grade, tor-
nando-a mais negativa, a corrente da placa
irá:
DA] Aumentar
(passe para o item 20).
[8.º Diminuir
(passe para o item 25).
Eletrônica Básica: tearia e prática
9
BE Se sua resposta pera pergunta no item DEC,
está errada. A seta do símbolo na Figura 3-14
aponta em direção contrária ao canal, de modo
que não pode ser um transistor MOSFET de canal
N.A linha do canal também está pontilhada, o
que significa que é um transistor MOSKET com
aumento. Passe para o item 6.
A resposta correta para a pergunta no item 5 é B,
Uma vez que um tiristor SCR está conduzindo,
sua porta não tem controle sobre a corrente que
passa através do mesmo, Isto também é certo
para o triac. Uma maneira de parar a condução
consiste em reduzir a tensão do ânodo para O
volt; e então ele não pode mais atrair elétrons.
Outra muneira é abrir o circuito de ânodo. Aqui
está a próxima pergunta:
Quat dos seguintes componentes
é operado com corrente?
CA Um transistor PNP
(passe para o item 4).
[ B Uma válvula triodo
(passe para o item 26).
Se sua resposta para « pergunta no item 24 é A,
está errada. Você deve conhecer as polaridades
corretas da tensão para os componentes de 3
terminais. Reveja a seção sobre o transistor NPN
e. em seguida, passe para o item 10,
Se sua resposta para a pergunta no item 26 é B.
está errada. A válvula triodo não causa tanto
ruído como a válvula pentodo.
Passe para O item 18.
Se sua resposta para a pergunta no item 6 é B.
está errada. O tiristor SCR não tem resistência
negativa. Passe para o item 23
Se su resposta para « pergunta no item 9 é D,
está errada. À linha pontilhada de canal significa
que se trata de um iransistor MOSFET com au-
mento. Passe para O item 6.
Eletrônica básica:
so
eoria e prática - Editora Rideel
EMA Sc sua resposta para a pergunta do item 1 éB,
está errada. O transistor é do tipo PNP de modo
que é necessária uma tensão negativa sobre a
base e o coletor. Passe para o ilem 9
EEE A resposta correta para a pergunta no item 26 é
A. A regra básica é que a intensidade do ruído é
naior para válvulas com maior número de gra-
des. Os pentodos possuem três grades e os triodos
apenas uma. Aqui está a próxima pergunta:
Qual dos seguintes componentes é um exemplo
de um transistor bipolar?
CA) Um transistor NPN
(passe para o item 24).
Um transistor de junção com efeito
de campo
(passe para o item 8).
EEE A esposta correta para « pergunta no izem 25 é
A. Tanto o tiristor SCR como o triac são exemplos
de tiristores. Uma tensão na porta pode ser usada
para pô-los em condição LIGA, porém não po-
«dem ser postos em condição DESLIGA, com uma
tensão na porta.
Aqui está a próxima pergunta:
A corrente de dreno de um transistor JFET
de canal P operando normalmente irá
aumentar ou diminuir quando a porta é
tornada mais positiva?
(passe para o item 28).
EB Se sua resposta para a pergunta no item 10 é A,
está errada. Tornar a tensão da grade mais nega-
tiva, irá reduzir a corrente de placa.
Passe para 0 item 25.
EEE se sua resposta para a pergunta no item 12 é B,
está errada. Um triodo é um componente operado
por tensão. Passe para o item 4.
EEH Se sia resposta para a pergunta no item Sé A,
está errada. Um tiristor SCR não pode ser posto
em condição de DESLIGA tornando sua porta
negativa. Isto se aplica também ao triac.
Passe para O item 12.
Capítulo 3
EEE A resposta correia para a perguntano iremõéa.
A resistência negativa de um retrodo é causada
pelos elétrons secundários que atingem a grade
auxiliar, em vez de voltarem para a placa.
Aqui está à próxima pergunta:
Qual dos seguintes componentes conduz
igualmente bem em duas direções?
CAS Um triodo
(passe para o item 27).
Um triac
(passe para o item 5).
A resposta correta para a pergunta no item 18 é
A. Um transistor bipolar NPN do tipo NPN ou
PNP possui dois tipos de portadores de carga que
fluem ao mesmo tempo. São as lacunas é os
eléirons. Um transistor JF ET de canal N usa ape-
nas elétrons como portadores de carga. O tran-
sistor JFET de canal P usa apenas as lacunas
como portadores de carga. Aqui está a próxima
pergunta:
Na operação normal de um transistor NPN
a base é:
LA” Negativa, com relação ao emissor
(passe para o item 13)
LB Positiva, com relação ao emissor
(passe para o item 10)
A resposta correia para a pergunta no item TO é
B. Quando a grade é tornada mais negativa, um
número menor de elétrons pode passar para a
placa. Portanto, a corrente da placa diminui,
Aqui está a próxima pergunta:
Qual dos seguintes componentes pode ser
posto em condição LIGA, mas não na condição
DESLIGA?
[CAS Triac
(passe para o item 19),
[8 Transistor MOSFET
(passe para o item 3)
Eletrônica Básica: tearia e prática
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
Quais são os componentes de três terminais usados em circuitos eletrônicos? 6
EEE A cesposta correra para a pergunia no irem 464.
O sinal de entrada pessa para a grade de contro-
te. A grade auxiliar tem uma tensão negativa em
relação ao cátodo. Aqui está a próxima pergunta
Qual das seguintes válvulas causa maior ruído
no circuito amplificador?
A” Pentodo (passe para o item 18).
[6 Triodo (passe para o item 14)
EEB Se sua resposta para a pergunia no item 23 EA,
está errada. Um triodo irá conduzir do cátodo
para a placa, porém não da placa para o cátodo.
Passe para o item 5,
EEE A corrente de dreno de um transistor JFET canal
P em operação normal irá diminuir quando à
porta for tornada mais positiva
Você agora completou as perguntas de revisão
programada. À segunda etapa é colocar algumas dessas
idéias na prática, em experiências de laboratório. Passe
para a seção de experiências deste capítulo.
Fletrênica Básica: seoria é prática
EXPERIÊNCIAS
(As experiências descritas nesta seção podem ser
realizadas na placa de circuitos descrita no Anexo € ou
numa montagem de laboratório similar.)
mm FINALIDADE
A finalidade dessas experiências é demonstrar
para você como realizar medições de tensão num ampli-
ficador típico com transistores e também demonstrar o
que elas informam sobre o amplificador
H TEORIA
Todos os componentes amplificadores de 3 termi-
nais que você estudou neste capítulo possuem, pelo
menos, uma coisa em comum. Todos eles requerem que
um dos eletrodos seja ou positivo ou negativo, em re-
lação aos outros eletrodos. Por exemplo, a placa de uma
válvula a vácuo deve ser positiva, em relação ao cátodo
O coletor de um transistor PNP deve ser negativo, em
Telação ao seu emissor, c o dreno de um transistor JFET
de canal N deve ser positivo, em relação à sua fonte. Sem
a tensão adequada sobre um componente 0 mesmo não
pode operar.
Outro requisito que esses componentes têm em
comum é que deve haver uma rensão de polarização
sobre um eletrodo que normalmente é usado para contro-
le. A grade de uma válvula à vácuo deve ser negativa, em
relação ao seu cátodo. A base de um transistor PNP deve
ser negativa, em relação ao seu emissor, e a porta de um
transistor JFET de canal N deve ser negativa, em relação
à sua fonte. Sem a tensão adequada de polarização, o
componente pode entrar em saturação.
Isso signífica que a corrente máxima possível
está (fluindo através do mesmo e o sinal de entrada terá
pouco ou nenhum controle sobre o fluxo de corrente. Em
alguns casos, a corrente de saturação será tão elevada
que o componente será destruído pelo calor excessivo
gerado peta corrente,
Em resumo, todos os componentes de três
terminais devem ter 4 polaridade adequada de tensão
aplicada aos mesmos e devem também ter a polarização
adequada para limitar o fluxo de corrente através dos
mesmos, durante a operação normal.
A tensão sobre 9 componente e a tensão de pola-
rização são geralmente proporcionadas por uma fonte de
corrente contínua. Essa nem sempre é a maneira mais
adeguada. Um tiristor, por exemplo, algumas vezes
obtém sua Lensão de operação de um meio ciclo da
tensão da linha de alimentação.
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
4
D Eiapa 8: Como voltímetro ligado para medir
a tensão do coletor, colocar em curto o emissor e a base
no transistor. Tenha bastante cuidado para não colocar
outra coisa em curto, Um curto emissor-base está indi-
cado com uma linha pontilhada na Figura 3-15
O curto emissor-base causa alguma mudança na
tensão do coletor Vp?
Sim ou Não
q. 3-16: Circuito de fonte de alimentação para experiência:
(a) diagrama esquemático; (h) diagrama chapeado para a fonte de
alimentação mostrando as conexões para o circuito transistorizado
para a experiência (Fig. 315 / pág 62)
Capituto 3
Sua resposta deve ser “sim”. O curto entre o
emissor e a base inferrompe a condução do transistor e
impede os portadores de carga de se deslocarem sobre a
junção emissor-base. Lembre-se de que a corrente da
base deve fluir no transistor para que haja fluxo de cor-
rente do coletor. Quando você colocar em curto a base
com o emissor, não há fluxo de corrente do coletor
através de Rs. Portanto, não havendo tensão sobre Rs, Vs
torna-se igual a Ep.
O teste de colocar em curto o emissor e a base é
usado para indicar se a corrente da base de um transistor
pode controlar a corrente do coletor e nunca deve ser
usado para testar válvulas (curto entre grade e cátodo),
transistores de junção JFET eu transistores MOSFET.
115 Vac
(a)
FUSÍVEL
VOLTÍMEIRO
= ALIMENTADOR
= DEMASSA
— COMUM
SEM USO
2Nas05A
Eletrônica Básira: tearia e prática
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
Quais são os componentes de três terminais usados em circuitos efetrânicos? 65
D Etapa 9: Determinar a queda de tensão sobre
o resistor do coletor R, Chamar essa queda de tensão V;.
V5=Ep-Vo= volts
Mais uma vez você pode ignorar os sinais negati-
vos porque quer apenas o valor da queda de tensão.
O Etapa 10: Você conhece a tensão sobre Re à
resistência de R:. Use a lei de Ohm para encontrar a
corrente através de R;. Esta é a corrente do coletor fe.
Ma
R
le =
= miliampêres
D Etapa 1]: Girar R, para sua posição máxima
no sentido horário. Você irá agora achar a corrente da
base /y e a corrente do coletor fc. Uma vez que a re-
sistência do circuito da base é diferente, a corrente da
base também será diferente, Se 0 transistor estiver ope-
rando corretamente, a alteração da corrente da base irá
causar uma alteração na corrente do coletor.
O Etapa 12: Medir V'q Este é 0 novo valor de Vi
já que a resistência de Ro foi alterada.
Vv
- volts
D Etapa 13: Determinar a nova tensão sobre R,
ou Vº,.
Vis Ep Va
= volts
D Etapa 14: Determinar o novo valor da cor-
rente da base que agora está fluindo.
. Vi Vir
Pa= Lo = — TI
Ri 47 kilohoms
- miliampêres
Eletrônica Básica: teoria e prática
D Etapa 15: Medir à nova tensão de coletor do
transistor Vº,
volts
D Eiapa 16: Determinar a nova tensão sobre R;.
E-V'p= volts
D Etapa 17: Determinar a corrente do coletor
usando a lei de Ohm.
Vi
Ra
Fes
= miliampêres
D Etapa 18: Num transistor bipolar uma mu-
dança da corrente da base causa uma mudança da corrente
do coletor. O símbolo é usado com o signif icado de
variação, de modo que Fa significa variação de fg.
Determinar a variação na corrente de base quando o re-
sistor variável Ro for alterado totalmente da sua resistência
mínima no sentido anti-horário, para a resistência
máxima, totalmente no sentido horário
le =
z «... Miliampêres
OD Etapa 19: Determinar a variação na corrente
do coletor quando R» foi alterado do valor mínimo da
resistência para o seu valor máximo.
le=tc=
= miliampêres
D Etapa 20: O ganho de corrente é a magnitu-
de da variação da corrente do coletor, dividido pela
magnitude da variação na corrente da base que produziu
a variação na corrente do coletor. Determinar o ganho de
corrente.
te
Ganho de corrente = =
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
66 Capítulo 3
O fabricante indica o ganho de corrente & (pro-
nunciado BETA). Atualmente, o valor deveria ser en-
contrado considerando variações muito pequenas na
corrente da base /p, medindo em seguida a variação
resultante na corrente do coletor fe. O fabricante indica
o ganho de corrente para um transistor 2N2905A como
sendo 100. Compare isso com a valor que você encon-
trou, Você não irá obter o mesmo valor porque a corrente
de base variou sobre uma faixa muito grande e porque os
transistores diferem. Além disso, o valor que você obteve
para o ganho de corrente aqui é pata O circuito inteiro e
não para o transistor individualmente
M CONCLUSÃO
Nessa experiência. você realizou medições de
tensão contínua para determinar se o circuito transistori-
gado está operando adequadamente. A primeira etapa na
análise do comportamento de um circuito amplificador
é fazer as medições de corrente contínua. Sc você não
tiveras tensões das correntes contínuas corretas, o compo-
nente amplificador de 3 terminais não pode estar operan-
do corretamente. Para a maioria dos circuitos que usam
componentes de 3 terminais, medições de corrente con-
tínua são sulicientes para indicar se o circuito está
trabalhando corretamente.
Você demonstrou aqui que a corrente de base num
circuito com transistores bipolares controla a corrente
do coletor. Para a verificação rápida de cireuitos trans
torizados, alguns técnicos colocam em curto o emissor
com a base e anotam a mudança na tensão do coletor,
Este método de teste nunca deve ser usado para qualquer
componente amplificador de 3 terminais, a não ser nos
transistores bipolares NPN e PNP. Da mesma forma,
não deve ser usado com amplificadores de acoplamento
direto que você irá estudar no Capítulo 8.
Eletrênica Básica: teoria e prática
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
Quais são os componentes
eletromagnéticos usados em
circuitos eletrônicos?
INTRODUÇÃO
Anteriormente, definimos a eletrônica como a
ciência de pôr os elétrons para trabalhar. A eletrônica
trata do uso de diodos, válvulas eletrônicas, transistores
de cfeito de campo e FETs. Existem alguns exemplos de
componentes que controlam o fluxo de elétrons. Além
dos componentes eletrônicos que controlam o fluxo de
elétrons, você poderá também encontrar componentes
elétricos como: resistores, capacitores, indutores, Lrans-
formadores e relés. Os dois últimos componentes cons-
tituem o assunto deste capítulo. São chamados eletro-
magnéticos porque seu funcionamento depende tanto
das correntes elétricas como dos campos magnéticos.
Neste capítulo, você irá rever alguns dos princí-
pios básicos do cletromagnetismo. Em seguida, você irá
estudar a aplicação de transformadores e de relés em ele-
trônica e estará capacitado a responder às seguintes
perguntas, depois de estudar este capítulo:
M Qual é à relação entre corrente
e magnetismo?
O que é a Lei de Indução Eletromagnética
de Faraday?
O que é a Lei de Lenz?
O que são transformadores?
Indique alguns tipos de perdas de
transformadores.
Quais são os usos de transformadores
em circuitos eletrônicos?
Como funciona um relé?
Elecrânica Básicas teoria e prárica
E
INSTRUÇÃO
Qual é a relação entre
Corrente e Magnetismo?
Nos primeiros dias de experiências com eletrici-
dade, concluiu-se que a eletricidade e o magnetismo
eram duas coisas completamente diferentes. Conforme a
história, Hans Christian Oersted estava convencido de
que não existia relação entre eles. Durante uma de suas
conferências, ele descobriu, acidentalmente, que sempre
existe um campo magnético quando existe uma corrente
elétrica.
BÚSSOLA
Fig. 4-1: Experiência de Oersted, As setas mostram o fluxo da corrente
de elétrons.
A experiência de Oersted está ilustrada na Figura
4-1. As setas da ilustração mostram a direção do [luxo da
corrente de elétrons, Uma bússola é colocada sobre o
condutor no circuito. A agulha da bússola sempre gira
colocando-se em ângulo reto com a direção do fluxo da
corrente. Tsto está indicado na figura. Desta simples ex-
periência, podemos deduzir uma regra: quando existe
um fluxo de corrente de elétrons, existe sempre um
campo magnético. O campo magnético está em ângulo
reto com a direção do fluxa da corrente. Isto sempre
acontece dessa forma.
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
DIREÇÃO DO FLUXO DA
CORRENTE DE ELÉTRONS
FLUXO MAGNÉFICO
«sair
asa
REGRA DA MÃO ESQUERDA
MOSTRANDO A DIREÇÃO DO
CAMPO MAGNÉTICO
Fig. 4-2: Quando à corrente flui, um campo magnético à envolve
A direção do campo pode ser determinada pela regra da mão esquerda.
O campo magnético que acompanha a corrente
está em volta do fio condutor, conforme indicado na Fi-
gura 4-2. O aumento da corrente torna o campo magnético
mais forte. Invertendo a direção da corrente, inverte-se
a direção do campo magnético. O campo magnético é,
geralmente, representado por linhas ou setas. As setas
mostram a direção do campo magnético. Presume-se,
sempre, que o campo magnético vai do pólo sul do imã
para o pólo norte. A palavra fluxo É tregiientemente
usada em vez de campo magnético ou linhas de campo.
De fato, o fluxo pode ser definido como as linhas do
campo magnético.
Capítulo 4
A direção do campo magnético pode ser facil-
mente determinada pelo que se chama « regra da mão
esquerda. À regra rege que se você segurar o fio condu-
tor (mentalmente) com sua mão esquerda, de modo que
seu polegar indique a direção do fluxo da corrente de elé-
trons, seus dedos irão ficar em volta do fio condutor, na
direção do campo magnético. Isto está. também, ilustra-
dona Figura 4-2. (O fluxo da corrente de clétrons é usa-
do neste livro. Em outras palavras. a direção do fluxo de
corrente é sempre considerada do negativo para o posi-
tivo)
O fato de que existe sempre um campo magnético
com fluxo de corrente e de que a força do campo magné-
tico depende diretamente da intensidade do fluxo de
corrente são as duas coisas básicas mais importantes a
serem lembradas em seu estudo sobre eletromagnetismo.
O que é a Lei de
Indução Eletromagnética
de Faraday?
Uma lei básica muito importante que relaciona o
magnetismo e a eletricidade é a ei de indução cletro-
magnética de Faraday. Esta lei afirma que toda vez que
honver movimento entre um campo magnético e um
condutor, ocorre uma tensão.
A idéia básica da lei de Faraday está ilustrada na
Figura 4-3. O aparelho medidor nessas ilustrações indica
8 voltno centro da escala. Uma tensão positiva no ponto
A faz com que o voltímetro se desloque para a direita;
uma tensão negativa faz o
DIREÇÃO DE MOVIMENTO DIREÇÃO DE MOVIMENTO
TE ES
e ta
a
BOBINA NÃO-MAGNÉTICA
a
VOLTIMETRO
(a) (b)
ponteiro deslocar-se para
a esquerda. Na Figura
4-3a. você está puxando o
ímã para fora do centro de
uma bobina. O campo
magnético em volta do imã
corta as espiras da bobina
e provaca indução de uma
DIREÇÃO DE MOVIMENTO
DA BOBINA
Fig. 4-3: Uma demonstração
da Lei de Faraday de indução
eletromagnética: (a) puxar o
imã do centro da bobina causa
indução de uma tensão;
(by) inverter a direção de
movimento inverte a polaridade
to da tensão induzida;
fe) se o imã não se destocar, mas
à bobina se deslacar, uma tensão
será também induzida
Eletrônica Básica tenta e prática
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
Quais são os componentes eletromagnéticos usados em circuitos eletrônicos? nm
tensão. Conforme indicado na Figura 4-3h, se você
inverter a direção de movimento do ímã, isso irá inverter
a polaridade da tensão. Na Figura 4-3c, o ímã é estacio-
nário e a bobina está sendo deslocada.
Mais uma vez, existe um movimento entre as
espiras da bobina e o campo magnético, induzindo uma
tensão. O valor da tensão produzida pelo movimento
entre um campo magnético e os condutores depende de
duas coisas: a velocidade com a qual os condutores se
deslocam através das linhas do campo magnético e o
número de condutores. -
Os geradores elétricos e os transformadores ope-
ram sob o princípio da lei de Faraday. A energia elétrica
gerada, para o uso em casa € indústria, é produzida
deslocando condutores de grandes dimensões através
de campos magnéticos. Os transformadores, que serão
discutidos mais adiante neste capítulo, operam pelo
movimento de campos magnéticos.
O que é a Lei de Lenz?
A lei de Lenz está relacionada com as tensões
geradas por condutores que se deslocam em campos
magnéticos. (Conforme indicado anteriormente, não im-
porta se você deslocar o condutor ou o campo magnético
para produzir a tensão.)
Fig. 4-4: Uma demonstração simples da lei de Lenz: (a) a manivela gira
facilmente na ausência da corrente do gerador; (h) quando a corrente da
gerador flui, é mais difícil girar a manivela
A lei indica que a tensão gerada produz uma
corrente com campo magnético que se opõe ao movi-
mento. A Figura 4-4 mostra uma experiência simples
que demonstra a lci de Lenz. Na Figura 4-4a, a manivela
Eletrônica Básica: tearia e prática
de um gerador manual é girada: isto produz uma tensão
da saída V subre os terminais do gerador. A única opo-
sição à rotação da manivela é o atrito das partes girató-
rias dentro do gerador.
Nu Figura 4-4b foi colocado um resistor sobre os
terminais do gerador; a tensão gerada provoca um fluxo
de corrente no circuito. Esta corrente deve fluir nas
bobinas do gerador; de acordo com a lei de Lenz, a cor-
rente nas bobinas do gerador produz um campo magné-
tico que se opõe ao movimento do gerador. Sc vo
estiver girando a manivela do gerador, irá notar que se
torna mais difícil girar a manivela quando o resistor de
carga for ligado em seus terminais. Isto demonstra que à
corrente induzida produz um campo magnético que se
opõe ao movimento.
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
za
O que significa o termo
Perdas por Histerese?
As perdas por histerese ocorrem num transfor-
mador porque o núcleo de ferro torna-se magnetizado
durante cada meio ciclo da corrente. Este magnetismo
deve ser removido antes de o fluxo ter atingido a segun-
da metade do ciclo.
A Figura 4-8 mostra como o magnetismo no
núcleo muda quando a corrente alternada (lui no enro-
lamento primário. A Figura d-8 mostra que, quando o
primeiro meio ciclo de corrente atingir seu valor mi
ximo, o magnetismo atingirá também seu valor máximo.
A força magnetizante é, de fato, o campo magnético da
corrente no enrolamento primário. O primeiro meio
ciclo é completado na Figura 4-8. Durante esse período,
as correntes dessa bobina caem para O, porém o magne-
tismo no ferro não cai para 0. A quantidade de magnetis-
mo que permanece no ferro é marcada na curva com a.
O magnetismo remanescente no núcleo é chamado rema-
nência. Será melhor se o magnetismo cair para O quando
a corrente na bobina cair para 0. A Figura 4-8c mostra
que a corrente na bobina primária deve fluir na direção
Capitulo 4
inversa, durante certo período, para reduzir à fluxo
magnético para 0. Isto significa que parte da onda de cor-
tente deve ser usada para desmagnetizar o ferro. Esta
corrente provoca uma força magnetizante marcada com
umB nailustração. À força magnetizante necessária para
remover o magnetismo é chamada força coerciva. A
Figura 4-Bd mostra gue o fluxo atinge o valor máximo
quando a corrente está no máximo e a Figura 4-8c mastra
a curva característica para vários ciclos de uma entrada
alternada de corrente, À curva da Figura 4-8e é chamada
curva de histerese. A amplitude do espaço aberto dentro
da curva irá indicar quanta perda por histerese o trans-
formador tem.
As curvas da Figura 4-9 mostram que materiais
diferentes possuem perdas diferentes por histerese.
A única maneira de manter esse tipo de perda em um
valor baixo é tendo o máximo cuidado na escolha do tipo
do material do núcleo. Você não terá qualquer controle
sabre isso, de modo que deverá confiar no fabricante.
A Figura 4-9a é a curva de histerese para o ar. Note que
é uma linha reta, não existe força coerciva, não existe
remanência. Portanto, não há perda por histerese num
transformador com núcleo de ar. À Figura 4-9b mostra a
curva de histerese para um
núcico de ferro com ma-
terial de boa qualidade.
A curva geralmente é aber-
ta. de modo que existe uma
pequena quantidade de
perda por histerese. Isto
não pode ser evitado, mcs-
FORMATO DA MAGNETIZAÇÃO DO FERRO
ONDA DA
CORRENTEDE circuito
ENTRADA
E]
4 > ali
MAGNETISMO I FORÇA I
MAGNETIZANTE
(a)
(ey Í ta)
mo os melhores materiais
tb) para o núcleo têm uma pe-
quena quantidade de per-
da por histerese.
A Figura 4-9c mos-
tra uma curva de histerese
de forma quadrada: é um
Fig. 4-8; Geração de uma curva
de histerese: (a) o núcleo de ferro
é magnetizado durante à primeira
alternância de corrente; (b)
quando a corrente cai para zero,
existe ainda algum magnetismo
no núcleo; (€) a corrente deve
fuir no sentido oposto para
reduzir o magnetismo a zero; (d)
quanda a corrente atinge seu
valor máxima, o magnetismo
tambêm é máximo; (e) curva de
histerese para um ciclo completo
de corrente
Eletrônica Rásica: tearia e peática
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
Quais são os componentes eletromagnéticos usados em circuitos eletrônicos?
75
tipo de curva de histerese
que você irá obter se usar
um ímã permanente no
núcleo do transformador.
Note gue a quantidade de
remanência c de força co-
erciva é muito grande em
comparação com o materi-
aldas Figuras 4-9a e 4-9b.
Você não vai querer usar
um material de magnetis-
mo permanente para o nú-
cleo do transformador.
MAGNETISMO
FORÇA
MAGNETIZANTE
ta)
tb) to)
à = remanência
b = força cnerciva
A grande área dentro das
curvas significa uma grande perda por histeresc.
O que são as Perdas de Cobre
de um Transformador?
Os condutores usados para os enrolamentos pri-
mário e secundário de um transformador possuem certa
resistência. As correntes que fluem nesses condutores
produzem perda por calor, Nos transformadores é
chamada perda de cobre. Esta perda pode ser reduzida
usando-se condutores com diâmetros maiores.
SS Co ia agi iii
rg Per
ds dE ai
e id
ds ama qu dvd atrai bad
Eletrânica Básica: teoria e prática
Fig.4-3: Comparação da perda por histerese para três tipos de
materiais; (a) ar; (b) bom núcleo de ferro de um transformador:
(e) núcleo do tipo imã permanente.
Quais são os usos
dos Transformadores em
Circuitos Eletrônicos?
Os transformadores podem ser pesados, grandes
e caros. Porém. existem alguns casos em que realizam o
melhor serviço. É muito útil para você saber por que são
usados transformadores em circuitos eletrônicos.
Transformadores irão
passar tensões em Corrente
Contínua?
Para uma tensão ser induzida no secundário do
transformador é necessário que 0 fluxo no primário
esteja se expandindo e contraindo, Se você aplicar uma
tensão contínua ao primário de um transformador, a
corrente e o campo magnético irão aumentar até certo
valor c permanecer aí. Enquanto uma corrente contínua
constante fluir no primário, não há qualquer indução de
tensão no secundário. Isto torna os transformadores
úteis para separar tensões contínuas e tensões alterna-
das.
A Figura 4-10 mostra como isso é realizado.
Existem duas tensões sobre o entolamento primário.
Uma alternada e uma contínua, fornecida pela bateria E.
Ambas são aplicadas ao enrolamento primário ao mesmo
tempo. A forma da onda ilustrada indica que a corrente
primária variando. mas não atinge o valor zero.
A corrente variável faz com que o fluxo do primário se
expanda e contraia cortando as espiras do secundário.
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
76
FORMATO DA ONDA DE ENTRADA FORMATO DA ONDA DE SAIDA
CORRENTE ALTERNADA SOMENTE CORRENTE
E CORRENTE CONTÍNUA ALTERNADA
INÍVEL DE
CORRENTE e
= CONTÍNUA) rd
0
=
Fig. 4-10: Um transformador irá deixar passar uma tensão alternada,
mas não irá deixar passar uma tensão continua.
A tensão secundária é causada apenas pelas cx-
pansão e contração do fluxo e não está de qualquer forma
relacionada com o fluxo contínuo da corrente da bateria.
Desta forma, com as tensões contínua e alternada aplíca-
das no primário, a tensão secundária é apenas alternada.
O que é um Transformador
de Isolamento?
Os transformadores às vezes são usados por ra-
zões de segurança. Isto pode ser entendido com a ajuda
da Figura 4-11. O primário do transformador é ligado à
um gerador de corrente alternada que possui um termina!
aterrado. Você irá entender que a energia fornecida para
sua casa c para a indústria possui uma linha que está no
potencial de “terra”.
Fig. 4-11; Um transformador de Isolamento.
115vac
E
Los,
Capítulo 4
Esse é um circuito típico. Se você estiver em pé
sobre a terra, ou tocando uma ligação “terra” e ao mesmo
tempo tocar com a outra mão no circuito, haverá uma
queda de tensão de 115 volts sobre seu corpo e isto pode
ser (utal. No secundário do transformador de isolamen-
to, nenhum dos terminais x e y é aterrado. Se você ficar
em pé sobre um ponto “terra” e, acidentalmente, tocar o
ponto x,o ponto x irá ser aterrado através do seu corpo,
mas você não receberá choque algum. Da mesma forma
se você locar o ponto 3, O ponto y tornar-se-á aterrado,
mas você não receberá choque algum. Evidentemente.
se você tocar ambos os terminais x e x ao mesmo tempo,
poderá receber um choque fatal,
O que é um Transformador
Elevador?
O valor da tensão sobre o secundário de um trans-
formador depende do número de voltas de fio no enrola-
mento secundário. Se houver um maior número de voltas
de fio no secundário do que no primário, a tensão no
secundário será maior do que a tensão no primário. O
símbolo para um transformador elevador está indicado
na Figura 4-12.
PRIMÁRIO SECUNDÁRIO PRIMÁRIO SECUNDÁRIO
Loo
Fig. 4-12: Um transformador
elevador tem mais espiras
de fio no secundário do que
no primário.
Fig. 4-13: Um transformador
abaixadar tem mais espiras
de fio no primário do que no
secundário.
Matemalicamente, a tensão secundária é calculada
da seguinte forma
em que, E; = tensão secundária
N>= número de voltas do secundário
N, = número de voltas do primário
E, = tensão primária.
Elenrônica Básica: tearia e právica
Eletrônica básica: Teoria e prática - Editora Rideel
Quais são os componentes etetromagnéticos usados em circuitos eletrônicos? 79
FREQUÊNCIAS FREQUÊNCIA
DE ENTRADA DE SAÍDA
> O
1.000 KHz SOMENTE
Loto KHz
3000KHz
2.000 KHz
Fig. 4-16: Um transformador sintonizado.
A Figura 4-16 mostra o primário básico. Neste
transformador existem 3 fregiências no primário:
1.000 kHz, 2.000 kHz e 3.000 kHz. Vamos supor que se
descja passar apenas o sinal de 2.000 kHz paraa próxima
fase. Tanto o primário como o secundário do trans-
formador são sintonizados para essa frequência, Todas
as fregiiências que não sejam de 2.000 kHz são rejeita-
das, isto é, não são acopladas dentro do circuito secun-
dário.
Existem variações dos circuitos de transformado-
res sintonizados. Em algumas aplicações, somente o
primário ou o secundário são sintonizados. Às vezes os
capacitores são fixos em vez de serem variávei
dutâncias do primário ou do secundário são variáveis.
A indutância geralmente é alterada pelo deslocamento
de um núcleo de ferro em pó ou ferrite para dentro ou
para fora das espiras do transformador.
as in-
E
Eletrônica Básica: teoria é urática
Como funciona o Relé?
Orelé éumachave operada cletricamente. A Figu-
ra4-17 mostra como funciona um relé simples de batente.
A Figura 4-17a mostra que o relé do tipo batente possui
uma bobina enrolada sobre um núcleo de aço-doce
magnético. Quando a corrente flui na bobina, o núcleo
torna-se imantado c atrai a armadura. A armadura desloca
os contatos elétricos ligando-os. Os contatos estão locali-
zados numa placa isolada. Quando a corrente não flui na
bobina, uma mola volta à armadura para a posição
desenergizada, indicada na Figura 4-17a. Os símbolos
dos contatos do relé são também indicados na Figura
4-17a. Note que, quando o relé não for energizado, há
contato entre 4 e Ce não há contato entre À c B. O relé
é energizado fechando o interruptor; isto está indicado
na Figura 4-17b.
Fig. 4-17: Um relé simples tipo batente: (a) na posição desenergizada;
(b) na posição energizada
ARMADURA PLACA ISOLANTE
A
DIAGRAMA,
A DOSCONTATOS
f [|
MOLA BOBINA NÚCLEO
INTERRUPTOR ABERTO
SEM
CORRENTE
NA BOBINA
ju.
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Nag ms
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DIAGRAMA
A DOSCONTATOS
| INTERRUPTOR FECHADO
É UMA
CORRENTE
FLU ATRAVÉS
DA BOBINA
mo —n
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
so
A corrente flui na bobina e magnetiza o núclco.
O núcleo magnetizado atrai a armadura, a armadura
desloca os contatos e o diagrama mostra que há contato
elétrico entre os terminais À e 8. Neste momento, não há
contato entre os terminais A e C. Os contatos A e € são
chamados normalmente fechados porque na posi
normal desenergizada do relé eles fazem contato.
Os terminais À e B são chamados normalmente abertos,
porque quando o relé está na posição desencrgizada não
existe contato entre eles. Você pode pensar que nada é
realizado usando o rels. Você poderia simplesmente ter
ligado os terminais A, B e € diretamente cm vez de usar
uma chave para controlar um relé. Porém, existem várias
vantagens com o sistema de relés, Uma delas é que a
corrente da bobina do relé pode ser bastante peguena, de
modo que uma chave pequena possa ser usada no circui-
to da bohina. Porém, os contatos do relé podem ser
ligados em circuitos de alta corrente ou alta tensão que
requerem grandes contatos de ligação, Assim, usando
um relé você pode operar uma chave pequena e fechar
um circuito de alta potência.
Existe outro uso importante dos relés. São muitas
vezes usados para controle remoto; ademais, o circuito
sendo ligado e destigado através dos terminais A. Be €.
os mesmos podem estar localizados a uma grande
distância de onde você quer fazer a ligação.
O relé do tipo batente da Figura 4-17 é usado
quando uma pequena quantidade de energia na bobina
pode ligar e desligar circuitos com altas tensões e cor-
rentes. À Figura 4-18 mostra alguns tipos adicionais de
relés que você pode encontrar em circuitos industriais.
Como reconhecer um
Circuito com Relé?
Otelé de telefone da Figura 4-18a é usado quando
se deseja ligar um grande número de circuitos ao mesmo
tempo. O relé com travamento mecânico da Figura
4-18b liga quando a bobina for energizada e permanece
na posição ligada mesmo quando a corrente da hobina
for removida. É necessário religar esse relé manualmen-
te para a operação seguinte. A chave múltipla da Figura
4-18c é usada em aplicações em que certo número de
circuitos com relés deve ser ligado em seguência. Isto é,
um depois do outro. O relé diferencial da Figura 4-18d
pode sentir a diferença entre duas tensões ou a diferença
entre duas correntes. Quando à lensão ou a corrente em
dois circuitos é a mesma, as correntes da bobina são
iguais c fluem em direções opost:
Capítulo 4
O fluxo magnético das duas bobinas se anula. Sob
essa condição, o relé não está energizado, porém, sc a
corrente de uma das bobinas tornar-se muito maior do
que a outra, seu Íluxo magnético torna-se suficiente-
mente forte para vencer o fluxo mais fraco c o relé torna-
se energizado. Assim, o relé é usado para determinar
quando existe uma diferença nos valores da tensão ou da
corrente.
O relé térmico da Figura 4-1 Be é usado em aplica-
ções quando uma elevação da temperatura deve ser
sentida. Vamos, por exemplo, supor que um motor co-
meça a ficar superaquecido. É desejável desligar o motor
antes de o mesmo ser destruído. O relétérmico é instalado
na carcaça do motor. Quando à temperatura aumentar
acima de certo valor, o relé desliga o motor.
Orelé de ponteiro da Figura 4-I8f usa o movimen-
to de um ponteiro, Este ponteiro pode ser ligado a um
voltímetro ou amperímetro; enquanto a tensão ou a cor:
rente estiverem dentro dos límites definidos não haverá
contalo. Porém. se a tensão ou a corrente elevar-se além
ou abaixar aquém do limite, ocorre o contato. Este con-
tato pode ser usado para controlar a operação de uma
máquina ou desligar circuitos com sobrecarga.
Para reconhecer o tipo de um relé você deve lem-
brar-se de que existem duas seções a serem verificadas.
Em primeiro lugar existe a bobina do relé. Esta bobina
deve ter corrente fluindo quando o relé for energizado.
Em segundo lugar, existem os contatos do relé que se
abrem ou fecham dependendo sc o relé está energizado
ou desenergizado. À bobina pode ser energizada com um
circuito simples como aquele indicado na Figura 4-17 e
em outros cirçuitos a bobina pode ser energizada pela
corrente de uma válvula eletrônica ou transistores.
Quais são os tipos
de símbolos usados
para Relés?
O circuito de contato por relé pode ser desenhado
de duas formas. Exemplos são indicados na Figura 4-19.
Os símbolos ANSI são um pouco mais fáceis de serem
lidos, porém são muito mais difíceis de desenhar em es-
quemas grandes. Por essa razão, os símbolos industriais
tornaram-se mais populares,
Os fabricantes de relés identificam os diferentes
arranjos de contatos que se chamam empilhamentos
como sendo formas tais como: 4, B, €, ctc.
Eletrônica Básica: teoria e prática
Eletrônica básica:
eoria e prática - Editora Rideel
Quais são os componentes eletromagnéticos usados em circuitos eletrônicos?
8
(aj
ALAVANCA DA PARAFUSO DE AJUSTE
ARMADURA DA ARMADURA
(b)
PÓLO RETENTOR
MOLA
* - BRAÇO LIMPADOR N +—
BRAÇO LIMPADOR BOBINA 1
—. CONTATOS LIMPADORES [1] |
—
TERMINAIS SOLDADOS
BOBINA 2
CONTATOS N “= ARMADURA DO RELÉ te) (d
NORMALMENTE BOBINA
FECHADOS DE RELÉ
CONTATO ESTACIONÁRIO . BIMETAL
o
AQUECEDOR
AjusTE DO
CONTATO
ENCOSTO TRASEIRO te) EU]
Fig. 4-18: Alguns dos tipos mais populares de relés: (a) tipo para telefone; (b) relé com travamento mecânico; (e) chave passo-a-passo;
(d) relê diferencial; (e) relé térmico; (f) relé medidor.
Eletrênica Básira: teoria é prótica