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Guias e Dicas
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Corte e Costura, Notas de estudo de Cultura

Curso de Corte & Costura - Autora: Tânia Neiva Dias Silva

Tipologia: Notas de estudo

2012
Em oferta
30 Pontos
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Compartilhado em 08/11/2012

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Baixe Corte e Costura e outras Notas de estudo em PDF para Cultura, somente na Docsity! Curso de Corte & Costura Autora: Tânia Neiva Dias Silva 2 O que você irá aprender: Preparação do Tecido ........................................................................................... 03 Estrutura dos Tecidos ........................................................................................... 05 Dicas para compra de Tecidos ............................................................................. 06 Como reconhecer o Avesso e o Direito do Tecido .............................................. 06 Como Trabalhar com: Tecidos Delicados, Pêlos, Lisos e Transparentes, Elastano, Fios metálicos e Rendas ....................................................................... 08 Relação de Tecido, Agulha, Linha e Ponto ......................................................... 13 Sobre o Risco e o Corte ....................................................................................... 15 Sobre o Passar do Ferro ....................................................................................... 16 Acabamentos Finos Manuais ............................................................................... 17 Acabamentos Finos a Máquina ............................................................................ 18 Princípios de Composição do Vestuário .............................................................. 19 Etiqueta no Vestir ................................................................................................ 20 Como reconhecer e adequar tipo de Silhueta ....................................................... 22 Apêndice – Dicas Básicas .................................................................................... 25 Bibliografia .......................................................................................................... 37 5 ESTRUTURA DOS TECIDOS Todos os tecidos de tear são produzidos pelo entrelaçamento de dois tipos de fios: os da teia (dispostos no sentido do comprimento) e os da trama (no sentido da largura). Os fios da teia são dispostos perpendicularmente aos da trama. A estrutura do tecido pode ser modificada alterando o padrão de entrecruzamento da teia e da trama. Existem três tipos fundamentais de estruturas – tafetá, sarja e cetim -, sendo o restante, em sua maioria, variantes destes três tipos, com exceção da estrutura Jacquard. Devido à sua estrutura ou ao seu acabamento, os tecidos mais finos e delicados exigem cuidados especiais. O conhecimento das características destes tecidos é importante para determinar o modelo, o tipo de acabamento e os equipamentos e utensílios adequados. Conhecer as principais estruturas dos tecidos é de grande utilidade para que você saiba identificar um tecido, mesmo que não haja nenhuma informação mais específica na etiqueta de fábrica, pois nomes dados aos tecidos variam muito de fabricante para fabricante. Saber qual a estrutura do tecido pode ser de grande utilidade para decidir a sua utilização, o seu manuseio e que tipos de acabamentos poderão ser feitos na peça a ser confeccionada. Estrutura tafetá: esta é a estrutura mais simples, onde os fios da trama passam alternadamente sobre e sob os fios da teia. A tenacidade varia em função da resistência dos fios e da compacidade da sua estrutura. Exemplos: tafetá, musselina, voile, percal. Estrutura sarja: é uma das estruturas fundamentais em que o fio da trama passa no mínimo sobre dois fios da teia e no máximo sobre quatro.Em cada nova passagem a trama avança uma unidade para a direita ou para a esquerda, formando uma estria em diagonal. Exemplos: sarja, gabardine, danine. Estrutura cetim: cada fio da teia passa sobre quatro a oito fios da trama, numa disposição em zig-zag. Exemplos: cetim, peau de soie, sablé. Estrutura jacquard: esta estrutura é conseguida por meio de uma mecânica Jacquard, que controla separadamente os fios da teia e da trama de modo a formar desenhos elaborados na superfície do tecido. Exemplos: damasco, brocado, tecidos para decoração. Estrutura com pêlo: obtém-se acrescentando um fio de trama a uma estrutura de tafetá ou sarja. Este fio surge então no meio do tecido sob a forma de laçadas, que podem ser cortadas 6 ou aparadas. Exemplos: veludo, pelúcia, imitação de peles. Estrutura de brocado: nesta estrutura, um fio da trama forma um desenho sobre a superfície da estrutura de base. Este fio segue pelo avesso, de um desenho para o outro, sendo cortado no final da tecelagem. Exemplo: cambraia suíça. Enredamento: esta estrutura forma nós nos pontos em que os fios se interceptam, formando uma teia. É a estrutura encontrada nas rendas em geral. Exemplos: tule, filó, parte em rede das rendas. Estrutura cesto: variante da estrutura tafetá. Nesta estrutura cruzam-se fios duplos ou múltiplos, os quais são colocados lado a lado sem que sejam submetidos à torção. É uma estrutura menos firme e menos durável que a estrutura tafetá. Estrutura Gaze: nesta estrutura os fios da teia alternam-se na sua posição, tomando a forma de um oito em torno dos fios da trama. A COMPRA DO TECIDO Ao comprar um tecido verifique os critérios abaixo: • Estrutura: deve ser firme, sem fios soltos ou rompidos, de uma espessura uniforme. • Fios: os fios da trama devem ser perpendiculares às ourelas. Caso contrário, o tecido está desalinhado. • Cor: deve ser uniforme e firme. No caso de tecido estampado, verifique se há falhas na estampa. • Sempre ao comprar um tecido, verifique a sua composição para saber como manuseá-lo durante a confecção da peça e como passar e lavar a peça já pronta. De preferência, anote a composição do mesmo na hora da compra. COMO RECONHECER O AVESSO E O DIREITO DO TECIDO Sempre devemos identificar o direito do tecido antes de cortar uma peça, pois o risco deve ser feito sempre pelo avesso. Nos tecidos que são enrolados em peça ou tubos, o 7 direito está sempre para dentro e você deve observar isso quando estiver comprando. Outras formas de identificação são: • Os tecidos macios são mais brilhantes do lado direito; • Nos tecidos com textura, esta apresenta mais definição do lado direito e no lado avesso pode-se observar irregularidades como bolinhas ou linhas soltas; • Tecidos com textura no estilo brocado são mais macios do lado direito e tem fios levantados do lado avesso; • Nos tecidos estampados as cores são mais vivas do lado direito; • Geralmente a ourela dos tecidos é mais macia do lado direito; • Muitas malhas quando esticadas, enrolam as suas bordas para o lado direito; • Existem tecidos que o lado direito e o avesso são muito semelhantes, neste caso, escolha um dos lados para ser o direito e marque o avesso com giz, para não confundir. 10 • Antes de passar, faça um teste num pequeno retalho, para saber se o tecido tem a tendência a encolher ou franzir ao ser passado; TECIDOS COM ELASTANO Atualmente a Indústria Têxtil tem produzido tecidos finos como crepes, veludos e rendas com fios de elastano, para dar mais aderência e conforto às roupas mais sofisticadas. Porém, a utilização destes tecidos é bem mais difícil. São precisos alguns cuidados no corte e na montagem das peças feitas com tecidos que contenham fios de elastano. Risco e corte • Estenda o tecido sobre uma superfície plana e lisa, com cuidado para não esticá- lo; • Prenda as partes do molde ao tecido com alfinetes finos, pois os alfinetes mais grossos podem romper os fios de elastano e deixar marcas no tecido; • Se o tecido tiver a tendência a deslizar, corte as partes do molde em papel de seda como já foi explicado acima; • Se for riscar o tecido, faça-o sempre pelo lado avesso; Montagem • Para evitar que as costuras arrebentem, utilize linha adequada ao tipo de fibra do tecido e agulha fina de ponta arredondada; • Nos locais onde a elasticidade não for conveniente (como nos ombros, por exemplo), costure uma fita de tecido como reforço; • Para que as partes não estiquem ao serem costuradas, alinhave antes e se for preciso, faça pontos de fixação em locais estratégicos; Passar a ferro • Manuseie suavemente o tecido, para evitar que este se distenda ou deforme; • Para evitar que as margens das costuras deixem marcas do lado direito, coloque tiras de papel por baixo destas; • Use ferro com temperatura baixa. TECIDOS COM FIOS METÁLICOS Os tecidos para noite ganham um glamour a mais quando têm em sua trama fios metálicos, o que lhes confere brilho e um aspecto luxuoso. Estes fios metálicos são geralmente muito frágeis e é preciso atenção para não danifica-los. Risco e corte • Estenda o tecido sobre uma superfície plana e lisa; • Ao cortar o tecido tenha cuidado para não puxar ou deformar os fios metálicos durante o corte; 11 Montagem • Costure apenas uma vez, pois os pontos depois de desmanchados deixam marcas no tecido; • Para evitar que os fios metálicos se partam ao costurar, utilize uma agulha fina e por precaução, verifique sempre se a sua ponta está em forma; • Forre a peça para evitar que os fios arranhem a pele. Passar a ferro • Passe o a seco, pois os fios metálicos perdem o brilho pela ação do vapor; • Passe com o ferro em temperatura sempre baixa. RENDAS A renda é um tecido de trama muito aberta, geralmente combina estrutura de enredamento e bordados com ou sem relevo. As rendas podem ser leves ou pesadas. Risco e corte • Corte a renda procurando conservar todos os desenhos na mesma direção, de forma que haja uma continuidade sem interrompê-los; • O forro deve ser cortado em primeiro lugar. Deve ser de uma cor harmoniosa com a renda e a composição de sua fibra também tem que ser compatível com a renda que será utilizada; • Corte a renda de acordo com o forro e transfira todas as marcações para o forro. Uma boa opção é riscar as partes do molde em papel fino, prendendo o papel à renda com alfinetes e cortar os dois juntos. Depois de cortadas as partes, retire o papel; • Risque cuidadosamente as partes do molde com giz sobre o forro, cortando em cima da linha riscada. Separe as partes e identifique todas do lado avesso do forro e prenda com alfinetes as partes de renda e de forro correspondentes, para não confundi-las. • Da mesma maneira que a renda leve deve ser cortada procurando conservar todos os desenhos na mesma direção, de forma que haja uma continuidade sem interrompe-los. Os desenhos nas costuras laterais e nos ombros devem ser harmoniosos; • Todas as marcas de costuras devem ser feitas pelo avesso da peça, através de alinhavos Montagem • Para evitar que a renda deslize ao costurar, coloque tiras de papel de seda entre o impelente e o tecido; • Use agulha de máquina “ponta bola” nº 11 e de mão nº 10, bem fina e longa, se a renda for fina. Se a renda for mais pesada, pode ser usada uma agulha mais grossa; • Se for colocar forro solto, todas as costuras feitas na renda devem ter acabamento perfeito. Para isso, pode-se recorrer a costurar debruadas; 12 • Se a renda exigir forro preso, este deve ter a função de entretela, de forma que a renda se uma a ele, formando uma tela única. O forro deve ser preso à peça por meio de alinhavo diagonal, sobre uma superfície plana; • A bainha deve ser feita com todo o cuidado, de forma a manter o desenho na posição certa. Nas rendas pesadas, a barra pode ser recortada, aproveitando o contorno do desenho; • Para bainhas em renda pesada, recomenda-se uma bainha postiça. Para uma renda leve, recomenda-se a bainha em rolinho ou a aplicação de uma tira para reforçar. Pode-se ainda optar-se pela aplicação de uma renda decorativa como arremate da bainha, costurada com ponto de luva ou zig-zag. Algumas rendas permitem que se recorte o contorno dos motivos, sendo isso suficiente para o acabamento da barra. Passar a ferro • Proceda cautelosamente ao passar peças com renda. A temperatura do ferro deve ser correspondente à fibra; • A renda deve ser passada o menos possível, pelo avesso, protegida por um tecido; • A tábua de passar deve ser bem acolchoada, por causa da delicadeza da renda. 15 jérsei, pelúcia aveludada, veludo tipo helanca. poliéster Náilon “A” Algodão mercerizado 50 Seda “A” amarela) Couros – camurça, pelica, couro verniz, cobra, couros forrados, couros naturais e couros sintéticos. Poliéster misto com algodão 100% poliéster Algodão mercerizado 50 Náilon “A” Seda “A” 2,5 – 3 2020 15 x 1 Ponta facetada 11 14 16 Fonte: O novo livro da costura SINGER 4 – RISCO E CORTE Esta etapa é uma das mais delicadas na confecção de uma peça de vestuário, pois se deve proceder minuciosamente no risco e no corte das partes do molde, para que estas realmente se encaixem na montagem. Quando o molde é mal cortado, dificilmente a peça cairá bem e seria muito complicado fazer correções. Como utilizar as peças do molde 1. Reúna todas as partes necessárias ao modelo; 2. Verifique quantas vezes deverá cortar cada peça; 3. Se as peças do molde estiverem muito amarrotadas, passe-as a ferro; 4. Prenda as peças do molde ao tecido com alfinetes ou alinhavos. Como prender o molde ao tecido 1. Comece a prender os alfinetes sempre partindo da dobra do tecido, passando depois para os cantos e depois para as bordas; 2. Os alfinetes devem ser pregados diagonalmente nos cantos e perpendicularmente às beiradas, com as pontas para fora do molde; 3. Utilize apenas os alfinetes necessários, exceto em tecidos maleáveis e escorregadios; 16 4. Estude a posição de todas as peças do molde antes mesmo de riscar; 5. Depois que fizer o risco, siga-o rigorosamente. Processos de marcação A marcação consiste em transferir as indicações do molde para o tecido. Deve-se marcar as linhas de costura, as pences, os pontos de encontro, as partes que serão dobradas, etc. As marcações podem ser feitas com carbono e carretilha, ou giz. Para marcar com carretilha e papel carbono, coloque o papel carbono sobre o avesso do tecido e por cima deste o molde correspondente. Em seguida passe a carretilha seguindo todas as marcações contidas no molde, para reproduzi-las no tecido. Este processo de marcação é aconselhável para tecidos lisos e opacos. Para marcar com giz, uma o tecido à parte do molde correspondente, em seguida, espete alfinetes por cima de cada marcação. Faça as marcações com o giz seguindo o caminho dos alfinetes. Este método é aconselhável para tecidos mais delicados ou multicoloridos, onde a marca do carbono não seria muito visível. Como cortar Antes de cortar certifique-se se é necessário dobrar o tecido. Em caso afirmativo, isto deve ser feito com o máximo de precisão, unindo as ourelas perfeitamente, prendendo- as com alfinetes. Verifique também se há alguma falha de fabricação no tecido, para não cortar uma das partes do molde neste local. Lembre-se de sempre dobrar o tecido unindo direito com direito. Para cortar o tecido perfeitamente, mantenha o tecido bem esticado sobre uma superfície lisa adequada para o corte e siga as orientações alistadas abaixo: 1. Utilize uma tesoura adequada para este fim. Verifique sempre se as lâminas estão bem afiadas, para que estas não “mastiguem” o tecido. Tenha cuidado para não prender os alfinetes entre as lâminas da tesoura, ao cortar, pois isso prejudica as mesmas; 2. Durante o corte segure o molde com uma das mãos, para que este não saia do lugar; 3. Não levante o tecido da superfície em que ele se encontra enquanto estiver cortando; 4. Corte junto às margens do molde, com golpes longos e firmes nas partes mais retas e golpes curtos nas partes curvas e nos cantos; 5. Deixe a tesoura deslizar livremente, tendo o cuidado para não cortar o molde, pois além de danificá-lo, poderá haver uma alteração na margem de costura. 5 – PASSAR A FERRO No processo de montagem de uma peça de vestuário, é muito importante passar a ferro à medida que se costura. Pode ser uma coisa dispensável, porém, isto irá garantir o bom 17 caimento da peça e evitará qualquer defeito de montagem. Para isso, deve-se ter alguns cuidados: 1. Sempre faça um teste com um retalho do tecido antes de passar a peça; 2. Retire alfinetes e alinhavos antes de passar a ferro, pois os alfinetes estragam o tecido e a chapa do ferro e os alinhavos podem deixar marcas. Se necessitar passar a peça o com alinhavo, use linha bem fina e alinhavos diagonais; 3. Passe sempre pelo lado avesso; 4. Use um pano de passar entre o ferro e o tecido a ser passado. O tipo de pano de passar irá depender do tipo de tecido a ser passado. Os únicos tecidos que dispensam este cuidado são o algodão puro e o linho; 5. Faça o mínimo de pressão no ferro e acompanhe o sentido do fio do tecido ao passa-lo; 6. Os detalhes que devem sempre ser passados a ferro são: costuras, pences, pregas, bolsos, golas, mangas, acabamentos de decotes, etc. Ou seja, deve-se passar a peça praticamente em todas as operações de montagem. 5 – ACABAMENTOS FINOS MANUAIS Escolha uma agulha que seja adequada ao tecido. Para fazer os pontos a seguir, prefira agulhas mais finas e curtas para pontos pequenos, e mais longas para alinhavos. Costure com linha relativamente curta, de 45 a 60 cm para costuras definitivas. Para os alinhavos, pode ser usada uma linha maior. A linha só deverá ser dobrada para pregar botões e colchetes. Para alinhavar e fazer marcações, utiliza-se linhas de cores claras, que façam um certo contraste no tecido. As linhas muito escuras podem deixar marcas no tecido. A seguir, estão os mais utilizados pontos à mão. BAINHAS Para fazer bainhas viradas, dobre na altura desejada, marque e pregue os alfinetes perpendicularmente à dobra, passando um alinhavo, não esquecendo de que a bainha deve ter uma altura uniforme. Passe a bainha a ferro e costure com um dos pontos de bainha. A seguir, estão os pontos mais utilizados para fazer bainhas à mão. De acordo com o tecido, deve-se escolher o ponto que mais se aplica ao resultado desejado para a peça. Bainha dobrada com ponto espinha de peixe: indicada para peças de tecidos médiosa pesados sem forro e que desfiam muito. Bainha debruada com ponto espinha de peixe: indicada para peças de tecidos médios a pesados sem forro, quando a peça não tem corte reto. Bainha com ponto Invisível: este ponto é simples e rápido, executado por dentro, indicado para tecidos leves. Bainha com ponto clássico: é bastante prático, porém menos resistente, indicado para peças delicadas. 20 • Black-tie (tênue de soirée): é o traje mais chique, noite de gala, com glamour e requinte. Mulheres: vestidos longos, sofisticados, com bordados e tecidos nobres, saltos alto, meias finas, carteiras e bolsas pequenas, e uso de jóias. Homens: smoking, camisa branca, gravata borboleta e faixa preta na cintura, sapato liso com verniz. Festas ao ar livre: smoking branco. ETIQUETA NO VESTIR Trajes Masculinos Esporte: camisa sem gravata ou suéter de malha. Esporte Completo: acrescenta-se o blazer ou paletó esportivo acompanhado de gravata esporte. Passeio Completo: terno padrão único para homens mais formais. Recepção: terno escuro, camisa branca, gravata discreta. Rapazes ou homens jovens que queiram sair mais descontraídos tendem a abolir a gravata, usando camisa lisa e camiseta branca. Para Entrevistas: opte por roupas sóbrias, não usando e nem misturando cores vivas. O sapato deve combinar com o cinto, e nunca use meias claras com calças escuras. Trajes femininos Esporte: calça comprida, bermuda. Saia e blusa. Não se deve usar este tipo de roupa em cerimônias oficiais. Esporte Completo: são os tailleurs, vestidos e chemisier. Passeio Completo: usa-se vestido, tailleur, sapato scarpin; pode acompanhar uma bolsa pequena combinando com o sapato e/ou cinto. Recepção: o traje de recepção é feito por vestidos de deux pièces (saia/blusa, ou tailleur) em tecidos nobres. Para entrevistas: evite roupas decoradas ou curtas, prefira roupas sóbrias e discretas; evite as roupas de tecidos transparentes ou muito justas. TIPO FÍSICO Além da ocasião em que a roupa será usada, deve-se levar também em consideração o tipo físico ou biótipo do cliente a fim de fazer com que a roupa lhe caia bem. Os principais biótipos são: • Longilineo: é o tipo manequim, pouco busto, pouco quadril, pernas alongadas e estatura acima de 1,64m, geralmente todas as peças de roupas caem bem. • Mini-longilíneo: as mesmas características do longilineo, apenas com estatura inferior. Deve tomar o cuidado apenas de não usar comprimentos muito longos para não achatar a silhueta. • Triangular: pouco busto, ombros estreitos, quadris largos, deve usar roupas que proporcione volume ao busto e não usar peças inferiores volumosas. 21 • Triangular invertido: contrario ao triangular, ombros largos, busto volumoso e quadris estreitos, valorizar o busto e procurar usar roupas que dêem mais volume aos quadris. • Quadrado: ombros e quadris da mesma largura, cintura não muito definida, estatura mediana, não deve usar roupas muito justas. • Forte: muito parecida com o quadrado, porém mais alto. 22 8. COMO RECONHECER O TIPO DE SILHUETA A silhueta varia de pessoa para pessoa. A estatura é uma das indicações do tipo de silhueta, juntamente com o comprimento do tronco e a localização da linha do busto, da cintura e do quadril. COMO ADEQUAR O MODELO AO TIPO DE SILHUETA Para favorecer a silhueta, além de escolher o tecido mais adequado, devemos atentar para quatro elementos básicos: a linha, o detalhe, a textura e a cor. Cada um destes tem o poder de criar ilusões, porém, para tirar partido destes efeitos, é necessária uma análise realista do tipo de figura e decidir que características podem ser realçadas ou disfarçadas. As linhas principais de uma peça de vestuário são aquelas que formam a silhueta ou linha de contorno. Podemos distinguir quatro tipos de formas: justo, semijusto, ligeiramente solto e solto. Uma peça justa ao corpo realça os contornos, enquanto que quanto mais solta a roupa, mais despercebida ficará a forma do corpo. Na elaboração de modelos sob medida, deve-se procurar o equilíbrio e a harmonia – a relação esteticamente agradável entre todos os elementos. LINHAS ESTRUTURAIS As linhas interiores de uma peça podem conferir uma nova dimensão à silhueta. Cada tipo de linha influencia de modo particular uma figura. Os nossos olhos tendem a se mover numa determinada direção – da esquerda para a direita e de cima para baixo. Existem alguns princípios gerais quanto à utilização das linhas: 1. Quanto mais longa, mais larga e mais repetida for a linha, maior será a sua influência; 2. As dobras de tecido (pregas, franzidos, drapejados) criam linhas e aumentam o volume; 3. Quanto mais linhas existirem no padrão do tecido, menos detalhes deverão ter a peça de roupa. • Linhas verticais – Criam uma ilusão de altura e aspecto esguio. Porém, quando repetidas a intervalos regulares, podem dar à figura um aspecto mais largo e mais baixo, pois os olhos são atraídos de um lado para o outro. • Linhas horizontais – Têm a tendência para cortar a altura, especialmente quando dividem a figura ao maio. Mas uma linha horizontal colocada acima ou abaixo da linha média realça a zona menor, parecendo alongar visualmente a maior. • Linhas em diagonal – Podem contribuir para aumentar a altura ou a largura, conforme o seu comprimento e ângulo. Uma diagonal longa cria uma ilusão de maior largura. • Linhas curvas – Criam os mesmos efeitos que as linhas retas de localização semelhante, embora de uma forma mais sutil. O efeito visual é mais suave. Uma linha curva produz sempre um efeito de arredondamento e de maior corpulência. DETALHES 25 APÊNDICE – DICAS BÁSICAS A costura é uma forma simples de aliviar as tensões do dia-a-dia. Acompanhe nossas dicas de costura e aprenda como fazer algumas operações básicas. DICAS BÁSICAS • FORMAÇÃO DO PONTO • COSTURANDO COM AGULHA DUPLA • FAZENDO CASAS • PREGANDO BOTÕES • FAZENDO CHULEADO • FAZENDO UM FRANZIDO • PREGANDO UM ZÍPER • PREGANDO ELÁSTICOS • FAZENDO UMA BAINHA INVISÍVEL • FAZENDO O ZIGUEZAGUE FORMAÇÃO DO PONTO Você sabe como um ponto se forma na máquina de costura? 1. A agulha perfura o tecido e desce até seu ponto mais baixo, transportando a linha do carretel. 2. A agulha sobe um pouco, fazendo com que a linha superior forme um pequeno laço. 3. A lançadeira gira, no sentido anti-horário, e pega esse laço, expandindo-o e fazendo com que ele envolva a caixa de bobina. 4. Nesse momento, a linha superior envolve a linha inferior (da bobina), formando o nó. 5. A agulha sobe até seu ponto mais alto e os guia-fios transportam a linha para cima, deixando o nó no meio do tecido. Todo esse processo ocorre rapidamente e se repete várias vezes, formando as costuras. COSTURANDO COM AGULHA DUPLA 26 Para costurar com a agulha dupla: 1. Substitua a agulha da máquina pela agulha dupla (se tiver alguma dificuldade, consulte o manual da sua máquina). 2. Coloque na máquina o feltro e o pino porta-retrós vertical. 3. Passe as duas linhas normalmente pelos guia-fios. 4. Passe apenas a linha do pino porta-retrós horizontal pelo guia-fio da agulha e passe a linha na agulha esquerda da frente para trás. 5. Passe a outra linha, do pino porta-retrós vertical, na agulha direita, também da frente para trás. DICAS: - Ao selecionar a largura do ponto ziguezague, nunca ultrapasse a marca da agulha dupla no seletor, evitando que a agulha bata na sapatilha e provoque danos à máquina. - Quando for costurar os tecidos flexíveis, use fio de overloque na bobina. A elasticidade do fio acompanha a flexibilidade do tecido, evitando que as costuras rasguem. FAZENDO CASAS 27 Este procedimento, válido para as máquinas com caseador automático de 4 passos, é bem simples. Veja como fazer: 1. Marque no tecido o local onde as casas serão feitas e a distância entre elas. 2. Pegue a sapatilha especial para caseado e monte-a na máquina, observando a posição correta. 3. Gire o seletor de comprimento do ponto até o desenho do caseador marcado com o número 1. 4. Selecione a largura desejada do ziguezague e inicie a costura. 5. Ao final da primeira lateral da casa, gire o seletor para o próximo passo. 6. Arremate e abra as casas com cuidado para não rasgar. DICA: - Para que as casas fiquem na posição correta, marque o início e o final de cada uma no tecido. PREGANDO BOTÕES Pregar botões à máquina é um procedimento muito simples. Seguindo as instruções corretamente, os botões não soltam. 1. Coloque na máquina a sapatilha especial para pregar botões. 30 PREGANDO UM ZÍPER Pregar um zíper é um procedimento simples. 1. Coloque na máquina a sapatilha especial para pregar zíperes. 2. Selecione a costura reta e ajuste o comprimento do ponto (sugerimos 2,5). 3. Marque a área onde deverá ser inserido e alinhave o zíper entreaberto do lado direito do tecido. 4. Monte a sapatilha na posição esquerda e costure. 5. Agora alinhave o zíper do lado esquerdo. 6. Monte a sapatilha na posição direita e costure. DICA: Para facilitar a inserção do zíper, mantenha-o entreaberto no início da costura e, ao chegar com a máquina próxima ao gancho, feche-o e termine a costura. PREGANDO ELÁSTICOS Para pregar elásticos em lingeries, moda praia ou outras peças proceda da seguinte forma: 1. Tire a medida da área onde o elástico será aplicado e divida o valor por 4. 2. Calcule 3/4 da medida e corte o elástico. 3. Divida a área em 4 partes iguais e marque as extremidades com um alfinete. 4. Divida o elástico também em 4 partes e marque. 5. Prenda as marcas do elástico nas marcas da peça com alfinetes. 31 6. Costure, esticando um pouco o tecido para que o elástico fique bem distribuído. 7. Corte os excessos de tecido e dobre o elástico para dentro da peça. 8. Rebata a costura utilizando o Multiziguezague (3 pontinhos) ou o ziguezague comum. FAZENDO UMA BAINHA INVISÍVEL O ponto invisível pode ser encontrado nos modelos Millenna, Nina, Bella, Carina e Facilita Plus. 1. Antes de fazer a bainha invisível, faça um ziguezague na borda do tecido para não desfiar. 2. Determine o comprimento desejado e dobre a barra. 3. Vire a peça pelo avesso, fazendo a segunda dobra, voltada para o direito da peça. 4. Selecione o ponto de bainha invisível e use a sapatilha especial. 5. Alinhe a sapatilha à borda do tecido e costure de forma que a agulha entre levemente na dobra que está paralela à borda, sem que apareça os pontos do lado direito. DICA: - Não se esqueça de usar sempre linhas da mesma cor do tecido. FAZENDO O ZIGUEZAGUE A costura ziguezague, assim como a costura reta, é uma das operações básicas de qualquer modelo de máquina de costura. 1. Utilize a sapatilha de uso geral. 2. Selecione a largura do ziguezague no seletor de largura (se estiver costurando com agulha dupla, não ultrapasse a marca indicada no painel). 3. Escolha o comprimento do ponto, sugerimos iniciar com a posição 2,5 ou 3. 4. Ajuste a tensão, conforme o tecido e a linha. 5. Inicie a costura, faça aproximadamente 1 cm e aperte o botão de retrocesso para fazer o arremate. 32 6. Continue costurando e faça o arremate novamente no final. DICA: - A tensão da linha varia conforme o tipo de linha e tecido utilizado. Para saber qual é a tensão correta, faça um teste, utilizando uma amostra de linha e tecido. - Um ponto perfeito deve ter o nó localizado entre as duas faces do tecido. Muita tensão produz pontos muito apertados, franzindo o tecido. Pouca tensão produz pontos soltos com linha embolada. TIPOS DE PONTOS 35 Ponto elástico de alinhavo Ponto elástico "M" Costura reta elástica Ponto tipo overloque PONTOS DECORATIVOS Os pontos decorativos podem ser utilizados para acabamento e decoração de peças. Veja abaixo alguns pontos decorativos. Ponto coroa Ponto crescente Ponto divisa Ponto dominó 36 Ponto espinho Ponto fagote Ponto montanha Ponto pluma Ponto rampart PONTO ACETINADO O ponto acetinado, também conhecido como ponto cheio, é um ziguezague bem fechado, com comprimento entre 0 e 1. O ponto acetinado pode ser usado para aplicações, monogramas e decoração. 37 BIBLIOGRAFIA ARAÚJO, Mário de. Tecnologia do vestuário. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1996. ABREU, Dener Pamplona de. Curso Básico de Corte e Costura. São Paulo: Rideel, s/d. 3° Vol. BRANDÃO, Gil. Aprenda a Costurar. 6ª ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1981. CRAWFORD, Connie Amaden. A Guide to Fashion Sewing: A Detailed Illustrated Approach to Sewing. New York: Fairchild Publications, 1986. FERREIRA, Regina Silva O e PESSOA, Germana Maria B. de Pinhyo. Estudos de Decotes, Golas e Mangas. Fortaleza: Departamento de Economia Domestica – UFC 1983. MOURA, Maria Augusta Bittencourt. Como Costurar Cantos e Curvas. Viçosa – MG: Universidade Federal de Viçosa, 1972 O GRANDE LIVRO DA COSTURA – Seleções do Reader’s Digest. São Paulo, 1979. SUGAI, Chieko.Princípios Básicos de Costura. Piracicaba: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – USO. 1968. SANTOS, Laércio F. e FILHO, José Ferreira de A. Introdução à Tecnologia Têxtil. CENAI/CETIQT, 1987. STERBLITCH, Vera. Acabamentos de Costura, Edições de Ouro: Rio de Janeiro, 1989. SOUZA, Maria Tereza F. Aprenda a Trabalhar com Renda e Crepe. Universidade Federal de Viçosa, 1986. O GRANDE LIVRO DA COSTURA – Seleções do Reader’s Digest. Ambar. Porugal, 1990. O NOVO LIVRO DA COSTURA SINGER – Edições Melhoramentos, 1989.
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