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Guias e Dicas
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Princípios Básicos da Sustentabilidade Ambiental e Desenvolvimento Sustentado, Trabalhos de Engenharia Civil

Este documento discute os princípios fundamentais da sustentabilidade ambiental, incluindo a restrição ao uso de energias não renováveis, o uso cuidadoso de energias renováveis, a atenção da sociedade à complexidade dos sistemas e dinâmica de mudanças, e a educação e investimento em um sistema de educação sólido. O texto também aborda a importância de estabelecer procedimentos internos para integrar questões ambientais e desenvolvimento na tomada de decisões, reduzir o uso de energia e recursos, e a necessidade de adotar desenvolvimento industrial sustentado no meio empresarial. Além disso, o documento discute a importância da responsabilidade corporativa e a necessidade de otimização de recursos para manter competitividade.

Tipologia: Trabalhos

2012

Compartilhado em 24/11/2012

adenilson-de-seixas-7
adenilson-de-seixas-7 🇧🇷

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Baixe Princípios Básicos da Sustentabilidade Ambiental e Desenvolvimento Sustentado e outras Trabalhos em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity! 1.1 Sustentabilidade Social Esta dimensão social da estabilidade realça o papel dos indivíduos e da sociedade, eestá intimamente ligada à noção de bem-estar. Os princípios da sustentabilidade socialclarificam o papel dos indivíduos e a organização da sociedade e, tendo por objetivo aestabilidade social beneficiam também as gerações futuras. Estes são: • a garantia da auto-determinação e dos direitos humanos dos cidadãos; • a garantia de segurança e justiça através de um sistema judicial digno e independente; • a luta constante pela melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, que não deve ser reduzidaao bem-estar material; • a promoção da igualdade de oportunidades; • a inclusão dos cidadãos nos processos de decisão social, a promoção da autonomia dasolidariedade e da capacidade de auto-ajuda dos cidadãos; • a garantia de meios de proteção social fundamentais para os indivíduos mais necessitados. 1.2 Sustentabilidade Econômica O conceito é redutor já que também os recursos econômicos têm de ser preservados,assim como o espaço de manobra para as gerações futuras. Além do mais, a sustentabilidadeecológica só pode ser alcançada por sociedades que desenvolvam comportamentoseconomicamente sustentáveis. Os seus princípios residem sobretudo: • na organização de estruturas econômicas de longo prazo que devem responder às exigênciasde sistemas estáveis; • na preservação do capital real, como infraestruturas e edifícios; • na estabilização do valor monetário, prevenindo a inflação; • no fato dos custos dos benefícios e serviços deverem ser pagos pela geração que delesbeneficia; • na restrição parcial ou total do endividamento, pois cada geração deve pelo menos preservaro seu próprio capital real recebido da geração dos seus pais e passá-lo à geração seguinte; • no uso eficaz dos recursos; • na garantia de todos os serviços econômicos deverem ser produzidos de forma transparente etendo em conta todas as despesas; • no fato de os impostos pagos por cidadãos e empresas deverem ser orientados para a suacapacidade de pagamento; • na negociação de pactos intergeracionais justos, que não coloquem em desvantagem asgerações futuras. 1.3 Sustentabilidade Ecológica Sendo o Ambiente fundamental para a vida é natural que estes aspectos tenhamdominado a discussão inicial em volta da sustentabilidade. Até porque é contemporânea dasprimeiras percepções de risco ambiental e ameaças à vida no planeta. Os princípiosfundamentais associados à sustentabilidade ambiental são: O objetivo geral é melhorar ou reestruturar o processo de tomadas de decisões, de modo aintegrar plenamente a esse processo a consideração de medida maior de participação do público. Reconhecendo que os países irão determinar suas próprias prioridades, em conformidade com suas situações, necessidades, planos, políticas e programas nacionais preponderantes. Outros objetivos: • realizar um exame nacional das políticas, estratégias e planos econômicos, setoriais eambientais, para efetivar uma integração gradual entre as questões de meio ambiente edesenvolvimento; • fortalecer as estruturas institucionais para permitir uma integração plena entre as questõesrelativas a meio ambiente e desenvolvimento, em todos os níveis do processo de tomada dedecisões; • criar ou melhorar mecanismos que facilitem a participação, em todos os níveis do processode tomada de decisões, dos indivíduos, grupos e organizações interessadas; • estabelecer procedimentos determinados internamente para a integração das questõesrelativas a meio ambiente e desenvolvimento no processo de tomada de decisões. 1.7 Sustentabilidade Ambiental Entende-se a capacidade de uma dada população de ocupar uma determinada área eexplorar seus recursos naturais sem ameaçar, ao longo do tempo, a integridade ecológica domeio ambiente. Salientando a necessidade de sustentabilidade ecológica de longo prazo, destaca-se que os sistemas de produção devem: • reduzir o uso de energia e recursos e regular a entrada total de energia de modo que arelação entre saídas e entradas seja alta; • reduzir as perdas de nutrientes detendo a lixiviação, o escorrimento e a erosão, e melhorandoa reciclagem de nutrientes com o uso de leguminosas, adubação orgânica e compostos, eoutros mecanismos eficientes de reciclagem; • incentivar a produção local de cultivos adaptados ao meio natural e socioeconômico; • sustentar um excedente líquido desejável, preservando os recursos naturais, isto é,minimizando a degradação do solo; • reduzir custos e aumentar a eficiência e a viabilidade econômica das pequenas e médiasunidades de produção agrícola. 2. Abordagem Sócio-Ambiental A deterioração do meio ambiente vem instigando reflexões da sociedade, ONGs,organizações privadas e do poder público para à busca de soluções ecológicas globalizadas,uma vez que se percebe com facilidade, os problemas de efeitos ambientais como poluição,aquecimento global, lançamento de resíduos tóxicos, lixo industrial, emissões atmosféricasentre outros que estão expostos nos relatórios de ONGs e organizações internacionais, como aUNIDO (2005) e o Worldwatch Institute (2001) e que “combinados” aumentam a exclusãosocial. No ambiente empresarial além de pressões por responsabilidade sócio- ambiental, têm-se a necessidade de otimização dos recursos para manter-se no mercado. Faz-se necessário aadoção de atitudes alinhadas a conceitos empresariais que visem solucionar estas questões. Na empresa, a responsabilidade de desenvolver e coordenar ações de preservação, reutilização, reciclagem e reabilitação de áreas degradadas configura-se como habilidades necessárias aos engenheiros de produção. Nessas circunstâncias, a administração estratégica define os planos de atuação, cabendo a esse profissional relacionar as estratégias organizacionais à capacidadedos meios de fabricação, ou seja, produzir com qualidade, confiabilidade, rapidez, flexibilidade e baixo custo adotando melhorias para competir com os concorrentes. A Responsabilidade Social, no seu sentido amplo, aborda questões relativas aos deveres de cada indivíduo e organização com o bem-estar da sociedade, enfatizando que todosdevem preocupar-se em assumir seus atos. No sentido mais restrito podem ser direcionadas especificamente às organizações, que é adaptada às capacidades e limitações das empresas. Neste caso, geralmente, a Responsabilidade Social passa a ser discutida como uma Estratégia Organizacional que se utiliza principalmente de orientações e ferramentas externas como normalizações para conduzir o processo. Isto decorre das necessidades de atender as pressões sociais que exigem das sociais eambientais incluem objetivos não-econômicos, ou seja, voltados para a melhoria do bem-estar social. No contexto atual, grande parte das empresas está descobrindo que as percepções dosconsumidores quanto à responsabilidade sócio-ambiental, ou sua falta, afetam as vendas.Percebe-se então que se deve ressaltar a importância de uma estratégia que esteja voltada paraa questão sócio- ambiental, onde as organizações possam obter uma parcela significativa demercado, atendendo consumidores. De forma crescente, a gestão de Responsabilidade Social e Ambiental foi uma estratégia acertada para as empresas que buscavam competitividade, de maneira que isto setornou um diferencial no planejamento estratégico que visa atender com qualidade os clientes, fornecedores, colaboradores e a sociedade em geral, na qual a empresa está inserida. Sob o aspecto da responsabilidade corporativa, Barbieri (2004)2 ressalva que o modelo de gestão ambiental visa contribuir para“[...] gerar renda e riqueza, que são os objetivosbásicos das empresas, minimizar seus impactos ambientais adversos, maximizar os benefíciose tornar a sociedade mais justa”,apoiando-se nos critérios de “eficiência econômica,equidade social e respeito ao meio ambiente”. Segundo a Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade apud Tachizawa, as organizações devem passar pelos seguintes estágios para atuar com responsabilidade social. Estágio 1: a organização não assume responsabilidades perante a sociedade e não toma açõesem relação ao exercício da cidadania. Não há promoção do comportamento ético. 2 BARBIERI, J. C. Gestão Ambiental Empresarial: Conceitos, Modelos e Instrumentos , 1 ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2004 Estágio 2: a organização reconhece os impactos causados pelos seus produtos, processos einstalações, apresentado algumas ações isoladas no sentido de minimizá-los. Eventualmente, busca promover o comportamento ético. Estágio 3: a organização está iniciando a sistematização de um processo de avaliação dos impactos de seus produtos, processos e instalações e exerce alguma liderança em questões de interesse da comunidade. Existe envolvimento das pessoas em esforços de desenvolvimentosocial. Estágio 4: o processo de avaliação dos impactos dos produtos, processos e instalações está emfase de sistematização. A organização exerce liderança em questões de interesse dacomunidade de diversas formas. O envolvimento das pessoas em esforços de desenvolvimento social é freqüente. A organização promove o comportamento ético. Estágio 5: o processo de avaliação dos impactos dos produtos, processos e instalações estásistematizado, buscando antecipar as questões públicas. A organização lidera questões deinteresse da comunidade e do setor. O estímulo à participação das pessoas em esforços de desenvolvimento social é sistemático. Existem formas implementadas de avaliação e melhoria da atuação do mais avançado e inclui as normas ISO 9000, da qualidade, e a 14000, para o meio ambiente. Com relação a ampliação de fronteiras organizacionais, salienta-se que elas ocorrem em função das questões ambientais e sociais, das parcerias e alianças estratégicas entreorganizações, por último das tecnologias de informação. Envolvendo os stakeholders num novo estilo de administração com mudanças apreciadas na abordagem sistêmica de negócios, aponta-se a Gestão Ecológica como sendo capaz de permitir o exame e a revisão das operações de uma empresa na perspectiva ecológica. 3. Energia Renovável Desde o início do século XX, o mundo tem sofrido com a exploração de seus recursos naturais, com a poluição da atmosfera e com a degradação do solo. O petróleo, por exemplo, considerado uma fonte tradicional de energia, foi tão continuamente extraído que seus poços já começam a se esgotar, pouco menos de 100 anos após o início de sua utilização efetiva. O carvão, um recurso ainda mais antigo, também é considerado esgotável. A energia nuclear, da mesma forma, nos alerta para o perigo dos resíduos radioativos. O uso das fontes tradicionais traça sua trajetória ao declínio, não só pela sua característica efêmera, mas por que é umaameaça ao meio ambiente. Na esteira da questão ecológica, as chamadas “fontes alternativasde energia” ganham um espaço cada vez maior. É natural que nos preocupemos com um futuro seguro no tocante à energia, pois ela proporciona "serviços essenciais" à vida humana - calor para aquecimento, para cozinhar e para atividades manufatureiras, ou força para o transporte e para o trabalho mecânico. Em muitos países, desperdiça-se grande quantidade de energia primária devido ao planejamentoou ao funcionamento ineficientes do equipamento usado para converter a energia nos serviços necessários, embora felizmente já se tenha mais consciência da necessidade de conservar aenergia e usá-la com eficiência. Sem dúvida, não há desenvolvimento sem energia, o desenvolvimento futuro depende de que se disponha dela por muito tempo, em quantidades cada vez maiores e de fontes seguras, confiáveis e adequadas ao meio ambiente. Por isso, só há desenvolvimento sustentável com energia vinda de novas fontes renováveis. A demanda por energia é, hoje em dia, indiscutível, mas é preciso encontrar maneiras de suprir a essa demanda e, ao mesmo tempo, integrar-se à comunidade internacional no debate sobre como lidar com o efeito estufa. Boa parte das emissões de gás carbônico vem da 3.2 As Principais Fontes Renováveis de Energia A opção pelas fontes renováveis já é viável econômica e tecnicamente. Os processos eequipamentos contam com um elevado grau de qualidade e confiabilidade, e a implementaçãoé rápida e fácil. A EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), no entanto, recomenda uma análise detalhada das características da região antes da instalação de quaisquer equipamentos. Um exame prévio ajuda na decisão correta sobre a fonte apropriada,otimizando os recursos e obtendo um melhor aproveitamento do potencial de energia. Energia Solar – Pode-se usá-la para a produção de eletricidade através de painéis solares e células fotovoltaicas. No Brasil, a quantidade de sol abundante durante quase todo o ano estimula o uso deste recurso. Energia Eólica - Gerada pelo vento, é utilizada há anos sob a forma de moinhos de vento, pode ser canalizada pelas modernas turbinas eólicas ou pelo tradicional cata-vento. Os especialistas explicam que no Brasil há ventos favoráveis para a ampliação dos instrumentoseólicos. Energia Hídrica - Utiliza a força cinética das águas de um rio e a converte em energia elétrica, com a rotação de uma turbina hidráulica. À exceção das grandes indústrias hidrelétricas, que atendem ao vasto mercado, há também a aplicação da energia hídrica no campo através de pequenas centrais hidrelétricas (PCHI), baseadas em rios de pequeno porte. A região Centro-sul do país é especialmente propícia ao uso desse tipo de recurso. Biomassa - Há três classes de biomassa: a biomassa sólida, líquida e gasosa. A biomassa sólida tem como fonte os produtos e resíduos da agricultura (incluindo substâncias vegetais e animais), os resíduos das florestas e a fração biodegradável dos resíduos industriais e urbanos. A biomassa líquida existe em uma série de biocombustíveis líquidos com potencial de utilização, todos com origem nas chamadas "culturas energéticas". São exemplos o biodiesel, obtido a partir de óleos; o etanol, produzido com a fermentação de hidratos de carbono (açúcar, amido, celulose); e o metanol, gerado pela síntese do gás natural. Já a biomassa gasosa é encontrada nos efluentes agropecuários provenientes da agroindústria e do meio urbano. É achada também nos aterros de RSU (resíduos sólidosurbanos). Estes resíduos são resultado da degradação biológica anaeróbia da matéria orgânica,e são constituídos por uma mistura de metano e gás carbônico. Esses materiais são submetidos à combustão para a geração de energia Outras Fontes Alternativas - Há outras fontes renováveis de energia que, no Brasil, ainda carecem de investimento e pesquisa. O hidrogênio, por exemplo, é abundante na natureza, e pode ser usado para produzir eletricidade através de pilhas de combustível. A energia geotérmica também é uma opção, assim como a força dos oceanos (traduzida em energia das marés, energia associada ao diferencial térmico, correntes marítimas e energia das ondas). 3.3 Revolução Energética A iminência das mudanças climáticas exige nada menos que uma Revolução Energética, que pode ser alcançada pela adesão a cinco princípios fundamentais: 1 - implantar sistemas de energia limpa, soluções renováveis e descentralizadas 2 - respeitar os limites naturais 3- eliminar gradualmente energias sujas e não sustentáveis 4- promover equidade e justiça 5- desvincular crescimento econômico do uso de combustíveis fósseis Sistemas descentralizados de energia, nos quais energia ou calor são produzidos próximos ao destino final de uso, evitam o atual desperdício de energia durante a conversão e distribuição. A descentralização é essencial para empreender a Revolução Energética, bemcomo para garantir o fornecimento de energia para os dois bilhões de pessoas no mundo todoque hoje vivem sem acesso à energia elétrica. Conclusão Com a conscientização da sociedade da necessidade de preservação do meio ambiente e decorrente legislação que assegurasse isso, as empresas precisaram adaptar-se a essa novarealidade. Para tanto é necessário investimento em modificações de processos de produção.
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