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Hepatite B: Transmissão, Sintomas, Tratamento e Vacinação, Notas de estudo de Enfermagem

Este trabalho aborda a hepatite b, um vírus hepatotrópico que pode causar infecção aguda ou crônica no fígado. Discutem-se os sintomas, os métodos de transmissão, o tratamento e as medidas de prevenção, com ênfase na vacinação no brasil. Além disso, apresentam-se dados epidemiológicos sobre a prevalência do vírus em diferentes regiões do país.

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 05/06/2013

nilton-vieira-4
nilton-vieira-4 🇧🇷

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Baixe Hepatite B: Transmissão, Sintomas, Tratamento e Vacinação e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! Faculdade de Ciências Humanas de Curvelo 3º Período de Enfermagem Hepatite B Daiana de Cássia Ferreira Marbele Borges Lima Nilton Sebastião Vieira Renata Kelly Souto Menezes Abril 2011 Curvelo-MG Faculdade de Ciências Humanas de Curvelo 3º Período de Enfermagem Faculdade de Ciências Humanas de Curvelo 3º Período de Enfermagem Aspectos Clínicos e Epidemiológicos Descrição: doença viral que cursa de forma assintomática ou sintomática ( até formas fulminantes ). As formas sintomáticas são caracterizadas por mal-estar, cefaléia,febre baixa, anorexia, astenia, fadiga, artralgia, náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio direito e aversão a alguns alimentos e ao cigarro. A icterícia, geralmente inicia-se quando a febre desaparece, podendo ser precedida por colúria e hipocolia fecal. Hepatomegalia ou hepatoesplenomegaliva tambem podem estar presentes. Na forma aguda, os sintomas vão desaparecendo paulatinamente. Algumas pessoas desenvolvem a forma crônica mantendo um processo inflamatório hepático por mais de 6 meses. O risco de cronificaçao pelo vírus B depende da idade na qual ocorre a infecção. Assim em menores de um ano chega a 90%, entre 1 a 5 anos esse risco varia entre 20 e 50 % e em adultos, entre 5 e 10%. Portadores de imunodeficiência congênita ou adquirida evoluem para a cronicidade com maior freqüência. Agente etiológico Vírus da Hepatite B (HBV). Um vírus DNA, da família Hepadnaviridae. Reservatório O homem. Experimentalmente, chimpanzés espécies de pato e esquilo. Modo de transmissão O HBV é altamente infectivo e facilmente transmitido pela via sexual, por transfusões de sangue, procedimentos médicos e odontológicos e hemodiálises sem as adequadas normas de biossegurança, pela transmissão vertical (mãe-filho), por contatos íntimos domiciliares (compartilhamento de Faculdade de Ciências Humanas de Curvelo 3º Período de Enfermagem escova dental e laminas de barbear), acidentes perfurocortantes, compartilhamento de seringas e de material para a realização de tatuagens e piercings. Período de incubação De 30 a 180 dias ( em media, de 60 a 90 dias). Período de transmissibilidade De 2 a 3 semanas antes dos primeiros sintomas mantendo-se durante a evolução clínica da doença. O portador crônico pode transmitir por vários anos. Complicações Cronificação da infecção, cirrose hepática e suas complicações (ascite , hemorragia digestiva,peritonite bacteriana espontânea, encefalopatia hepática) e carcinoma hepatocelular. Diagnóstico Clínico-laboratorial e laboratorial, apenas com os aspectos clínicos não é possível identificar o agente etiológico, sendo necessária a realização de exames laboratoriais inespecíficos incluem as dosagens de aminotransferases – ALT/ TGP e AST/TGO – que denunciam lesão do parênquima hepático. O nível pode estar até 25 a 100 vezes acima do normal. As bilirrubinas são elevadas e o tempo de protrombina pode estar aumentada ( TP > 17s ou INR > 1,5), indicando gravidade. Os exames específicos são feitos por meio de métodos sorológicos e de biologia molecular. Faculdade de Ciências Humanas de Curvelo 3º Período de Enfermagem Quadro 15. Interpretação e conduta do screening sorológico para Hepatite B. HBs Ag Anti- Hbc total Interpretação/ conduta (+) (-) Inicio de fase aguda ou falso positivo. Repetir sorologia após 30 dias (+) (+) Hepatite aguda ou crônica. Solicitar anti-HBc IgM ( - ) (+) Falso positivo ou cura ( desaparecimento do HBsAg). Solicitar Anti-HBs ( - ) (-) Suscetível não têm nenhum valor terapêutico. A forma crônica da Hepatite B tem diretrizes clinico- terapeiticas definidas por meio de portarias do Ministerio da Saude. Devido à alta complexidade do tratamento, acompanhamento e manejo dos efeitos colaterais, ele deve ser realizado em serviços especializados ( média ou alta complexidade do SUS). O mesmo ocorrendo com as formas fulminantes. Características epidemiológicas Estima-se que o HBV seja responsável por um milhão de mortes ao ano e existam 350 milhões de portadores crônicos no mundo. A estabilidade do vírus, variedades nas formas de transmissão e a existência de portadores crônicos permitem a sobrevida e persistência do HBV na população. As infecções materno-infantil (vertical) e a horizontal, nos primeiros anos de vida, ocorrem em regiões de alta endemicidade como África, China e sudeste asiático. Já em regiões de baixa endemicidade como Europa, EUA e Austrália, a contaminação ocorre na vida adulta, principalmente em grupos de risco acrescido. No Brasil, alguns estudos do final da década de 80 e inicio de 90 sugeriram uma tendência crescente do HBV em direção à região Sul/Norte, descrevendo três padrões de distribuição da Hepatite: alta endemicidade, presente na região Amazonica, alguns locais do Espírito Santo e oeste de Santa Catarina, endemicidade intermediaria, nas regiões Nordeste, Centro-oeste e Sudeste; baixa endemicidade na região Sul do país. No entanto esse padrão vem se modificando com a política com a política de vacinação contra o HBV, iniciada sob a forma de campanha em 1989, no estado do Amazonas, e de rotina a partir de 1991, em uma seqüencia de inclusão crescente de estados e faixas etárias maiores em função da endemicidade local. Assim, trabalhos mais recentes mostram que, na região de Lábrea, estado do Amazonas,a taxa de portadores do HBV passou de15,3% em 1988, para 3,7% em 1998. Na região de Ipixuna, no mesmo estado, a queda foi de 18 para 7%. No estado do Acre, estudo de base populacional, em 12 de seus 24 municipios, apresentou taxa Faculdade de Ciências Humanas de Curvelo 3º Período de Enfermagem de HBsAg de 3,4%. Outros trabalhos também classificam a região Norte como de baixa ou moderada endemicidade, permanecendo com alta endemicidade a região Sudeste do Pará. Na região Sul, a região oeste de Santa Catarina apresenta prevalência moderada e o oeste do Paraná, alta endemicidade. Toda a região Sudeste apresenta baixa endemicidade, com exceção do Sul do Espírito Santo e do Nordeste de Minas Gerais, onde ainda são encontradas altas prevalências. Grupos populacionais com comportamentos sexuais de risco acrescido, como profissionais do sexo e homens que fazem sexo com homens, além de usuários de drogas injetáveis que compartilham seringas, profissionais de saúde e pessoas submetidas à hemodiálise apresentam prevalências maiores que a população em geral. Vigilância epidemiológica Objetivos: controlar as Hepatites virais no Brasil, através do conhecimento da magnitude, tendência e distribuição geográfica e por faixa etária, visando identificar os principais fatores de risco e fortalecer as atividades de vacinação de vacinação em áreas ou grupos de maior risco. Notificação: os casos suspeitos e confirmados devem ser notificados e investigados, visando a proteção dos contatos não-infectados. Medidas de controle Incluem a profilaxia pré-exposição, pós-exposição; o não-compartilhamento ou reutilização de seringas e agulhas; triagem obrigatória dos doadores de sangue; inativação viral de hemoderivados; e medidas adequadas de biossegurança nos estabelecimentos de saúde. A vacinação é a medida mais segura para a prevenção da Hepatite B. Faculdade de Ciências Humanas de Curvelo 3º Período de Enfermagem No Brasil, a vacina contra Hepatite B esta disponível nas salas de vacinação do SUS para faixas etárias especificas e para situações de maior vulnerabilidade, conforme descrito a seguir. Faixas etárias especificas: - Menores de 1 ano de idade, a partir do nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o parto.. - Crianças e adolescentes entre 1 e 19 anos de idade. Em recém-nascidos, a primeira dose da vacina deve ser aplicada logo após o nascimento , nas primeiras 12 horas de vida, para evitar a transformação vertical. Caso não tenha sido possível, iniciar o esquema o mais precocemente possível, na unidade neonatal ou na primeira visita ao Posto de Saúde. A vacina contra Hepatite B pode ser administrada em qualquer idade e simultaneamente com outras vacinas do calendário básico. Para todas as faixas etárias : A vacina contra a Hepatite B está disponível nos Centros de referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), conforme Manual do CRIE, 3º edição , do Ministério as Saúde, 2006 para os seguintes casos: - vítimas de abuso sexual - vítimas de acidentes com material biológico positivo ou fortemente suspeito de infecção por VHB; - comunicantes sexuais de portadores de HBV; - profissionais de saúde; - hepatopatias crônicas e portadores de Hepatite C;
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