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Umidade do Ar em Pernambuco: Análise Histórica e Importância Agropecuária, Notas de estudo de Meteorologia

Um estudo sobre a umidade relativa do ar em 11 municípios de pernambuco, brasil, durante o período de 1961-1990. O objetivo é delimitar o trimestre mais úmido e fornecer informações importantes para autoridades federais, estaduais e municipais, além de tomadores de decisões, para um melhor planejamento. O texto discute a importância da umidade relativa do ar para vários ramos da atividade humana, como agricultura, transpiração vegetal e manutenção de produtos.

Tipologia: Notas de estudo

2015

Compartilhado em 18/09/2015

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mainar-medeiros-3 🇧🇷

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Baixe Umidade do Ar em Pernambuco: Análise Histórica e Importância Agropecuária e outras Notas de estudo em PDF para Meteorologia, somente na Docsity! Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia CONTECC’ 2015 Centro de Eventos do Ceará - Fortaleza - CE 15 a 18 de setembro de 2015 VARIAÇÃO MÉDIA MENSAL E ANUAL DA UMIDADE RELATIVA DO AR PARA 11 MUNICIPIOS NO ESTADO DE PERNAMBUCO, BRASIL VALNELI DA SILVA MELO 1* ;RAIMUNDO MAINAR DE MEDEIROS 2 ; FRANCISCO DE ASSIS SALVIANO SOUZA 3 1 Mestranda em Meteorologia - Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande-PB, Brasil, e-mail: valnelismello@hotmail.com 2 Doutorando em Meteorologia, Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas/Universidade Federal de Campina Grande, mainarmedeiros@gmail.com 3 Prof. Dr. Unidade Acadêmica de Ciências Atmosférica, UFCG, Campina Grande-PB. Fone: (83) 2101-1055, Fassis@dca.ufcg.gov.br Apresentado no Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia – CONTECC’2015 15 a 18 de setembro de 2015 - Fortaleza-CE, Brasil RESUMO: Objetivando a delimitação da umidade relativa do ar (UR) para 11 municípios do estado de Pernambuco – PE, Brasil no período de 1961-1990. Com o desenvolvimento e a expansão urbana, grande áreas estão sendo desmatada, não levando em consideração a contribuição de elementos meteorológicos entre eles em especial a UR, que podem miminizar à ocorrência de prejuízos de efeitos anômalos que por ventura aconteça. Deste modo, utilizou-se de dados de umidade relativa do ar observados do referido local como as médias mensais, anuais, máximos e mínimos valores. Observando a variabilidade da umidade relativa do ar para na área em estudo ao longo do ano, foi possível delimitar o trimestre mais úmido e seus valores mensais e anuais, assim como os valores máximos e mínimos absolutos observados. Tais delimitações dos trimestres mais úmidos e as informações das épocas de menores umidades relativas do ar serviram de alerta as autoridades federais, estaduais e municipais além dos tomadores de decisões, para um melhor planejamento. Os períodos úmidos transformam as áreas com possibilidades de focos de queimadas e incêndios em áreas verdes e benéficas a produção de pastagens e grão. PALAVRA-CHAVES: Trimestre mais úmida, média mensal e anual, variabilidade climática. INTRODUÇÃO O ciclo hidrológico é uma sequência fechada de fenômenos naturais que pode ser dividida em duas partes: o ramo aéreo, normalmente estudado no âmbito da Meteorologia e o ramo terrestre, objeto da Hidrologia. A superfície limítrofe dos fenômenos pertinentes a cada um desses ramos é a interface globo- atmosfera. Considera-se que o ramo aéreo do ciclo hidrológico se inicia quando a água é cedida à atmosfera, no estado de vapor, encerrando-se no momento em que é devolvida à superfície terrestre, no estado líquido ou sólido. O vapor da água que surge na interface globo-atmosfera mistura-se ao ar por difusão turbulenta, sendo rapidamente transportado pelas correntes aéreas. Posteriormente, encontrando condições favoráveis, volta ao estado sólido ou líquido no interior da própria atmosfera, ou em algum outro ponto da superfície, em geral, muito distante do local em que se originou. Por tudo isso, a concentração de vapor da água no ar é bastante variável, tanto no espaço como no tempo. Essa variação é, em geral, tanto maior quanto mais próxima da superfície-fonte for à camada que se considere. Sob o ponto de vista puramente meteorológico, a variação da concentração de vapor da água no ar não tem implicações profundas, por influir significativamente na energética da atmosfera (Peixoto, 1969). Medeiros et al., (2014) realizou a delimitação da umidade relativa do ar (UR) para a bacia hidrográfica do rio Uruçuí Preto, composta por 25 municípios e 24 fazendas. Apenas terras ribeirinhas e estreitas áreas próximas às aglomerações urbanas eram usadas por pequenos produtores para desenvolver atividades de subsistência. Com o desenvolvimento e a expansão agropecuária e a extração mineral, grande áreas estão sendo desmatada, não levando em consideração a contribuição de elementos meteorológicos entre eles em especial a UR, que podem miminizar à ocorrência de prejuízos de efeitos anômalos que por ventura aconteça. Deste modo, utilizou-se de dados de umidade relativa do ar observados e interpolados das estações que operam na área em estudo, foram obtidos para os 49 locais da bacia as médias mensais, anuais, máximos e mínimos valores. Observando a variabilidade da umidade relativa do ar para na área da bacia ao longo do ano, foi possível delimitar o trimestre mais úmido e seus valores mensais e anuais, assim como os valores máximos e mínimos absolutos observados. Os resultados mostram que o período úmido transformam as áreas com possibilidades de focos de queimadas e incêndios em áreas verdes e benéficas a produção de pastagens e grão. Tais delimitações dos trimestres mais úmidos e as informações das épocas de menores umidades relativas do ar serviram de alerta as autoridades federais, estaduais e municipais além dos tomadores de decisões, para um melhor planejamento. O conhecimento da quantidade de vapor da água existente no ar é essencial em vários outros ramos da atividade humana. Sabe-se, por exemplo, que a umidade ambiente é dos fatores que condicionam o desenvolvimento de muitos microorganismos patógenos que atacam as plantas cultivadas e a própria transpiração vegetal está intimamente relacionada com o teor de umidade do ar adjacente. Também é conhecida a influência da umidade do ar na longevidade, na fecundidade e na taxa de desenvolvimento de muitas espécies de insetos (Neto et al., 1976). Por outro lado, um dos parâmetros utilizados para definir o grau de conforto ambiental para pessoas e animais é, também, a umidade atmosférica reinante no local em debate. Finalmente, para não tornar a lista de exemplos enfadonha, ressalta-se que a manutenção da faixa ótima de umidade do ar constitui objeto de constante controle durante a armazenagem de inúmeros produtos. Reconhece-se que este parâmetro é pouco explorado na bibliografia atual, o que demonstra a necessidade de se conhecer melhor suas variações espaciais e temporais para o município de Areia – PB. Medeiros (2012) analisou a variabilidade mensal da umidade relativa do ar em Teresina, Piauí, no ano de 2009 visando verificar os horários de melhor produtividade para os trabalhos no comércio e na construção civil. Usaram-se dados de umidade relativa da estação Meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), nos horários das 03h00; 09h00; 15h00 e 21h00 hora local. Observou-se umidade relativa do ar superior a 75% em 65% dos horários de janeiro a maio. Este valor apresenta certo grau de desconforto para os trabalhos da construção civil e no comércio. O período de molhamento foliar pode ser estimado por sensores ou por meio do número de horas com umidade relativa maior ou igual a 90% (Sentelhas et al., 2008; Huber e Gillespie, 1992; Sutton et al., 1984). Sentelhas et al. (2008) ao estudar modelos empíricos utilizados para estimar período de molhamento foliar em 4 regiões da superfície terrestre com diferentes condições climáticas, observaram que o número de horas de umidade relativa maior ou igual a 90% possibilitou obter acurácia satisfatória da duração do período de molhamento foliar quando comparado a dados de sensores testados e calibrados sob condições de laboratório. O objetivo é estimar o comportamento da umidade relativa do ar máxima, média e mínima do ar no período de 1961-1990 para 11 municípios do estado de Pernambuco, visando à delimitação de regime que caracterize o trimestre mais úmido o estado. MATERIAL E MÉTODOS Pernambuco possui uma área de 98.311,616 km², limitada pelos estados: Paraíba (Norte), Ceará (Noroeste), Alagoas (Sudeste), Bahia (Sul) Piauí (Oeste), Oceano Atlântico (Leste). Seu clima é tropical atlântico no litoral e semiárido no interior. A área de estudo localiza-se nas coordenadas geográficas 08º 04' de latitude sul e longitude de 37º 15' ao oeste. O estado tem altitude crescente do litoral ao sertão. As planícies litorâneas tem baixa altitude de até 200m, apresentando relevo peneplano (mamelonar), e alguns pontos do planalto da Borborema ultrapassam os 1000m de altitude. Os dados de umidade relativa do ar mensais utilizados nesta pesquisa foram obtidos de uma série histórica de 1961 a 1990 do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Foram utilizados os seguintes dados de umidadade relativa do ar: totais mensais máximos, médios e mínimos mensais e anuais para os municípios Arcoverde, Cabrobó, Caruaru, Floresta, Garanhus, Pesquira, Petrolina, Recife, Surubim e Triunfo.
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