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Desafios e Soluções na Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos no Brasil, Notas de estudo de Design

Este documento discute os desafios da coleta seletiva de resíduos sólidos no brasil, enfatizando a necessidade de melhorar o setor de coleta seletiva para reduzir o volume de resíduos enviados aos aterros sanitários, economizar recursos públicos e reduzir impactos ambientais. O autor aponta a educação ambiental e a implementação de práticas de reciclagem como pilares para o desenvolvimento da coleta seletiva. Além disso, o texto discute a importância da gestão integrada de resíduos sólidos, padrões sustentáveis de produção e consumo, e a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.

Tipologia: Notas de estudo

2015

Compartilhado em 28/09/2015

hans-moesl-junior-6
hans-moesl-junior-6 🇧🇷

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Baixe Desafios e Soluções na Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos no Brasil e outras Notas de estudo em PDF para Design, somente na Docsity! rio de janeiro, 2013. UFrj UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Escola de Belas Artes HanS PaUL MÖSL jUnior FoMenTo a CoLeTa SeLeTiVa Por Meio da inTerneT: diSPonoBiLiZando ConTeÚdo ÚTiL e SiMPLeS a QUeM PreCiSa FoMenTo a CoLeTa SeLeTiVa Por Meio da inTerneT: diSPoniBiLiZando ConTeÚdo ÚTiL a QUeM PreCiSa Trabalho de conclusão de curso apresentado à disciplina de projeto final TCC, como requisito parcial para obtenção de graduação em Comunicação Visual – Design, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Orientação: Maria Norma de Menezes rio de janeiro, 2013. HANS PAUL MÖSL JUNIOR Gostaria de agradeçer a todos que tive- ram paciência para com meus inúmeros defei- tos e nunca deixaram de acreditar em mim, por mais que eu tenha dado motivos para isso. Aproveito para agradeçer especialmente: A todo corpo docente do curso de comu- nicação visual, que por tantos anos me aguenta- ram, e tanto me ensinaram; Aos meus velhos amigos e companheiros que embora distantes por questões geográficas ou por falta de tempo, sempre terei comigo em pensmento; A equipe da Enter Design, que investiu em um estagiário barbudo e com cara de malu- co e que me proporcionou momentos de gran- de aprendizado e felicidade; Aos grandes amigos e companheiros de trabalho da JFRJ com os quais tenho tido o pri- vilégio de poder trocar tantos conhecimentos; A minha família com a qual sempre pude contar e que sempre esteve presente nos mo- mentos de maior dificuldade; E a família de minha amada, que tão amarosamente me acolheu. “A educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo.” Paulo Freire PaLaVraS-CHaVe Coleta Seletiva, Sustentabilidade, Design para sustentabilidade social – DSS, Identidade Visual, Projeto Web Resumo Ao levantar a problemática que envolve o atual sistema linear de produção, ficou evi- dente a importância de uma efetiva gestão de resíduos sólidos. A cadeia de reciclagem têm encontrado muitos estímulos no Brasil, contudo uma peça fundamental encontra-se deficiente e atravanca o desenvolvomento da cadeia: o setor de coleta seletiva. A fim de compreender as necessidades e entraves específicos deste segmento, foi desen- volvida uma pesquisa que teve início em um cenário macro econômico, em seguida aprofundan- do-se dentro das esferas regionais e governamentais, atingindo seu menor nível na esfera mu- nicipal, mais específicamente na cidade de São Gonçalo, selecionada para este projeto por suas peculiaridades populacionais e históricas bem como por não possuir coleta seletiva. Os dados obtidos na pesquisa foram analisados segundo uma metodologia de visuali- zação auxiliada por uma ferramenta de visualização fractal e cromática. O objetivo foi alcançar o equilíbrio dos pontos divergentes que, organizados dentro dos aspectos social, ambiental e econômico foram balançeados por combinações cromáticas. A ferramenta revelou seis pontos estratégicos de atuação, que resumidamente agruparam-se em dois pilares: o auxílio ao desen- volvimento da coleta seletiva e a propagação da educação ambiental. Visando atender as necessidades encontradas, foi idealizada uma organização que terá como missão promover a coleta seletiva e a educação ambiental com enfoque local, sendo pas- sível de expansão para outras regiões, e defenderá a visão de que o uso das mídias sociais será essencial para a propagação da consciência ecológica. Tal organização recebeu o nome RECO, sigla para Reconstrução Coletiva, que por sua vez será o fio condutor da entidade. Tais definições permitiram o design de identidade da organização, que originou um ma- nual de aplicação da marca e o desenvolvimento de pontos de contato, como o sítio eletrônico que foi projetado a partir das características de seu público, assim como fez uso de importantes convenções e tecnologias aplicadas na internet. O resultado final objetiva o desenvolvimento do sistema de manejo de conteúdo (“CMS”) Drupal, que por possuir codificação aberta (“open-source”), funcionamento robusto e reunir diversos recursos de extensão, poderá permitir a expansão do projeto. Ainda, o sítio eletrônico almeja ser projetado dentro dos parâmetros de usabilidade e acessibilidade defendidos pelo governo federal (e-Mag) e pelo consórcio internacional da rede mundial de computadores (“W3C”). Fotografias Imagem 33: Fotos de catadores 1 ...............................................................................................................46 Imagem 34: Fotos de catadores 2................................................................................................................ 46 Ilustrações Imagem 35: Estudo de personagem: Catador............................................................................................ 46 Imagem 36: Personagem Catador – Versão com sombra........................................................................ 46 Imagem 37: Personagem Catador – Versão em policromia................................................................... 46 Imagem 38: Personagem Catador – versão em cor institucional........................................................... 46 Imagem 39: Personagem : Político............................................................................................................... 47 Imagem 40: Personagem: Fabricante........................................................................................................... 47 Imagem 41: Personagem: Comerciante...................................................................................................... 48 Imagem 43: Personagens: Estudantes......................................................................................................... 48 Imagem 42: Personagem: Dona de casa...................................................................................................... 48 Capturas de tela Imagem 44: Portal da prefeitura de Rio das Ostras.................................................................................. 52 Imagem 46: Portal corportavio do Cempre Uruguay................................................................................ 53 Imagem 45: Portal da prefeitura de Rio das Ostras, rodapé.................................................................. 53 Imagem 47: Site de vendas de insumos recicláveis da B2Blue............................................................... 54 Imagem 48: Portal Made in Forest............................................................................................................... 55 Imagem 49: Portal do Ministério do Meio Ambiente............................................................................... 55 Telas do Portal Imagem 50: Página Inicial............................................................................................................................... 60 Imagem 51: Página A RECO............................................................................................................................ 60 Imagem 52: Página Humanidades................................................................................................................ 61 Imagem 53: Página Utilidades....................................................................................................................... 61 Imagem 54: Página Diversidades.................................................................................................................. 62 Imagem 55: Página Minha RECO................................................................................................................... 62 11 Sumário Introdução..................................................................................................................................... 12 O Designer e a sociedade.................................................................................................... 13 Obsolescência planejada............................................................................................... 14 A importância da coleta seletiva............................................................................... 15 Resultados alcançados com a coleta seletiva...................................................... 16 A cadeia da reciclagem........................................................................................... 17 Metodologia................................................................................................................................. 19 1. Pesquisa em base de dados.......................................................................................... 20 1.1. Parâmetros de base................................................................................................ 20 1.2. Consulta de dados................................................................................................ 21 Cobertura da coleta domiciliar (convencional).................................................... 21 Massa coletada de resíduos................................................................................... 21 Ocorrência do serviço de coleta seletiva.............................................................. 21 Destinação de Resíduos.......................................................................................... 22 1.3. Construção de cenários......................................................................................... 24 Internacional............................................................................................................ 24 Brasil......................................................................................................................... 24 Estado do Rio de Janeiro........................................................................................ 25 A escolha: Município de São Gonçalo........................................................................... 27 2. Análise de dados............................................................................................................................ 28 2.1. Palavras-chave................................................................................................................... 28 Lista de palavras-chave ................................................................................................. 30 2.2. Gráfico fractal cromático............................................................................................. 31 2.3. Pontos focais e taglines............................................................................................... 32 Conclusões........................................................................................................................ 33 3. Identidade Visual................................................................................................................. 34 3.1. Conceitos, Pesquisa e Estratégia....................................................................... 34 Pesquisa.................................................................................................................... 36 Conclusões......................................................................................................................... 36 Estratégia – o conceito de holo.................................................................................... 36 3.2. Design de Identidade............................................................................................. 37 3.3. Pontos de contato................................................................................................... 45 Ícones........................................................................................................................ 45 Ilustrações................................................................................................................ 46 12 4. Projeto Web.............................................................................................................................. 49 4.1. Conceitos, Pesquisa e Estratégia...................................................................... 49 Breve história sobre a internet.............................................................................. 49 A internet como negócio........................................................................................ 49 Usabilidade.............................................................................................................. 50 Usabilidade enquanto acessibilidade.................................................................. 50 Usabilidade aplicada............................................................................................... 50 Sinalização eficiente............................................................................................... 51 4.2. Arquitetura da informação.................................................................................. 52 Público-Alvo e Análise competitiva....................................................................... 52 Conclusões................................................................................................. 56 Conteúdo e Funções................................................................................................ 56 Estrutura e Navegação........................................................................................... 57 Página – A RECO........................................................................................58 Página – Humanidades............................................................................. 58 Página – Utilidades................................................................................... 58 Página – Diversidades............................................................................... 58 Página – Minha Reco................................................................................. 58 Página Inicial.............................................................................................. 58 Divisão de Áreas...................................................................................................... 59 4.3. Web Design............................................................................................................................ 60 Conclusão........................................................................................................................................ 63 Referências.................................................................................................................................... 65 15 Obsolescência planejada O autor Alan Thein Durning (1992) constatou que os eletrodomésticos fabricados em 1950 duravam mais que os da atualidade e que caso quebrassem, teriam seu conserto viabiliza- do, pois o projeto era feito de modo a preservar o desenho das peças e permitir o reparo. Tal fato ocorria devido à obsolescência planejada, que foi idealizada como solução para contornar o pior e o mais longo período de recessão econômica do século XX, a grande depressão de 1929. Segundo Bernard London (1932: 2-5), durante o período de prosperidade econômica, a população americana passou a não usar seus bens adquiridos até o máximo desgaste, repondo os bens por questões diversas. Tal comportamento foi induzido pelo próprio setor produtivo por meio da “obsolescência progressiva” – meio que instigava a troca do produto antigo pelo novo com base em uma obsolescência em eficiência, economia, estilo ou gosto. Com isso, criou-se um novo hábito de consumo, que aumentou a demanda e consequentemente gerou um aumento da produção. Com os primeiros sinais de crise, tais hábitos mudaram radicalmente e a população passou a aproveitar ao máximo seus bens. Isso gerou uma baixa rotatividade dos mesmos o que somente fez instaurar a crise. O autor argumenta que dez milhões de pessoas acabaram desem- pregadas por conta de uma falha de planejamento econômico. Ao apontar a elevada vida útil dos bens de consumo como o ponto de fragilidade da economia, Bernard London propôs que os produtos fossem planejados para durar pouco mais do que o momento em que deixassem as fábricas. Com isso seria eliminado o fator de risco, ligado ao comportamento do consumidor, e haveria constante demanda dos produtos. Tal medida embora tenha conseguido reestruturar a economia, e reempregar milhões de trabalhadores, não fez nada mais do que contornar um problema que o próprio sistema eco- nômico havia criado, com o agravante de ter gerado outro. A obsolescência planejada foi fator de potencialização da produção de resíduos, posto que um bem de maior durabilidade reduz a necessidade da substituição, do consumo, da extração de matéria-prima e por consequência a produção de resíduo. Tomás Maldonado (2012: 90) destaca que a obsolescência planejada é ainda assessorada pela obsolescência simbólica, fomentada com auxílio da moda e da propaganda. Isso provoca um desvio da função básica do produto, que deixa de ter um fim em si mesmo e passa a ser ferramenta de status. Com isso impera a descartabilidade e a produção de lixo. Nesse cenário a própria figura do designer teve grande contribuição, pois em troca de um benefício de estética/ utilidade o consumidor era induzido a descartar seu antigo bem. Quanto a isso já argumentava Flusser que, entre o bem categórico (pureza) e o bem aplicado (funcional, pragmático) não há compromisso, pois “tudo que é bom no caso do bem aplicado é mau no caso do bem categórico” (FLUSSER, 2010: 26). É preciso repensar o sistema, pois apenas encurtar a vida útil dos bens de consumo e instigar a troca dos bens por uma obsolescência simbólica não sanará as atuais dificuldades que se estruturam principalmente e uma escassez de recursos e espaço físico. A correta gestão dos resíduos por meio de práticas como a reciclagem, mostra-se uma boa solução, contudo, existe outro grave problema por resolver: a implementação da coleta seletiva, necessidade básica para ocorrência da reciclagem. 16 A importância da coleta seletiva Segundo Sabetai Calderoni (1998), o Brasil desperdiça vultuosas quantias de dinheiro ao deixar de aproveitar os recursos recicláveis que repousam em lixões e aterros sanitários, quando não encontram-se obstruindo o escoamento de água das cidades ou flutuando nos rios e nos mares. Ainda segundo o autor, esse não é apenas um desperdício econômico, mas principalmente social, pois a coleta convencional desses materiais custeada pelo poder público municipal onera grande parte dos recursos que poderiam ser destinados a outros serviços públicos, como a edu- cação. Tal custo poderia ser reduzido com a terceirização de parte desse serviço paras as coope- rativas ou associações de catadores que, ao implantarem a coleta seletiva, teriam na comerciali- zação dos materiais parte do custeio do serviço. Isso resulta para o poder público em economia de recursos e aumento da arrecadação por meio das empresas de reciclagem, que representam junto com as de coleta seletiva vasto número de postos de trabalho e são excelente mecanismo de reintegração social e distribuição de renda (por serem atividades de baixa capacitação técni- ca). “É desnecessário recordar uma verdade clara a todos: uma inevitável tendência a marginalização daqueles ao quais foi negado o acesso ao (ou que foram expulsos do) mundo do trabalho. A marginalização, porém, não é um estado em que se possa viver passivamente e muito menos placidamente. Essa é uma fonte do rancor e ressentimento, provocando vontade de cobrança que, de um modo ou de outro, está sempre presente. Não é de assustar que a marginalização seja uma geradora de violência e, portanto, uma das causas da insegurança generalizada, que está mudando a configuração geral das metrópoles.”(MALDONADO, 2012, p.109) Essa questão é de uma importância tamanha que resultou em uma legislação específica, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que levou dez anos para ser aprovada e sancionada, dada sua complexidade e abrangência. Nela constam definições e diretrizes importantes como as se- guintes: “IV - ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final; XI - gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável; XIII - padrões sustentáveis de produção e consumo: produção e consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das necessidades das gerações futuras; XVII - responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei;” (BRASIL, Lei nº 12.305 de 2 de agosto de 2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos). A lei acima citada em seu artigo 7º deixa evidente entre seus objetivos a “não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos”, isso reflete claramente a política dos 3R’s que pregam três práticas para o alcance da sustentabilidade, sendo elas em ordem de importância, a redução, o reuso e a reciclagem. Essa política foi inicialmente sugerida na Conferência da Terra, realizada no Rio de Janeiro em 1992, e posteriormente no 5° Programa Europeu para o Ambiente e Desen- volvimento, realizado em 1993, tendo repercussão ampla desde então. 17 Resultados alcançados com a coleta seletiva Embora a política nacional de resíduos sólidos (PNRS) tenha entrado em vigor em 2010, há mais de três anos de sua publicação os resultados obtidos ainda são pouco expressivos. Se- gundo o CEMPRE – Ciclosoft 2012: “766 municípios brasileiros (cerca de 14% do total) operam programas de coleta seletiva.” embora em uma análise temporal esse número represente um aumento do crescimento, visto que em 2002 esse número era de 192 municípios, esse dado em si não representa progresso, pois o registro de operação da coleta seletiva no município pode se limitar a uma operação inexpressiva, nesse sentido não remetendo grande representatividade e muito menos eficiência da coleta. Como exemplo pode ser citado o município do Rio de Janeiro, cidade sede da copa do mundo e das olimpíadas, cartão postal do país, teve em 2010 uma reciclagem de menos de 1% do lixo produzido por mês (noticias.r7.com, 2010), e conforme dados do CEMPRE–Ciclosoft 2012, a coleta seletiva em 2010 que era de 606 toneladas por mês, passou para 669 toneladas em 2012 (um crescimento de pouco mais de 10%).A publicação do documentário Lixo Extraordinário do artista plástico Vick Muniz em 22 de outubro de 2010, repercutiu mundialmente e certamente contribuiu para o fechamento do lixão Gramacho em junho de 2012, evento igualmente acompa- nhado pela imprensa internacional. Parte da população que vivia da coleta de resíduos do lixão foi indenizada pela prefeitura, recebendo a promessa de que no local seria fundado um centro de reciclagem que comportaria 550 trabalhadores. Após um ano esse cenário não se concretizou (oglobo.globo.com, 2013). Ainda que existam incentivos visando o fomento da coleta seletiva e da reciclagem, como: a isenção de licitação pública para contratação de cooperativas ou associações de catadores de baixa renda; canais de financiamento( como o programa de Apoio a Catadores de Materiais Recicláveis lançado em outubro de 2007 pelo BNDES* e o Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (FINISA)* da caixa econômica federal); e diversos materiais informativos publicados pelo ministério do meio ambiente, ministério das cidades e pelo Sebrae, por que ainda assim tais atividades apresentam um desenvolvimento tão insignificante? Quais seriam as dificuldades que atravancam a cadeia? E, principalmente, como o design pode propor uma solução para esse pro- blema ? Imagem 4 . Cempre – Ciclosoft 2012 20 Metodologia A execução do projeto foi dividia em quatro etapas sendo elas: Pesquisa em base dados; Análise de dados; Identidade visual e Projeto Web. Cada uma delas foi dividida em três etapas. 1. Pesquisa em base de dados 1.1. Parâmetros de base; 1.2. Consulta de dados; 1.3. Construção de cenários. 2. Análise de dados 2.1. Palavras-chave; 2.2. Gráfico fractal; 2.3. Pontos focais e taglines. 3. Identidade Visual 3.1. Conceitos, Pesquisa e Estratégia; 3.2. Design de Identidade; 3.3. Pontos de Contato. 4. Projeto Web 4.1. Conceitos, Pesquisa e Estratégia; 4.2. Arquitetura da Informação; 4.3. Web Design. Cada uma dessas subdivisões serão compostas de diversas etapas, tratadas com mais detalhas no próprio grupo metodológico. 21 1.1. Parâmetros de baseEtapa 1. Pesquisa em base de dados 1. Pesquisa em base de dados 1.1. Parâmetros de base Foi realizada uma pesquisa no intuito de reunir informações a respeito da temática de gestão de resíduos sólidos, com foco na coleta seletiva. É preciso destacar que as informações disponíveis possuem muitas divergências, o que em parte se explica pelo método estatístico que cada unidade de pesquisa adota e com a falta de precisão por parte dos municípios em contabili- zar os dados ligados a coleta de resíduos. O plano nacional de resíduos sólidos, em sua versão preliminar, publicada em setembro de 2011, e recentemente republicado em agosto de 2012 com os mesmos dados estatísticos tendo ciência dessas divergências procurou consultar diversas fontes para então traçar uma informação mais precisa. No entanto, as planilhas disponibilizadas por tal documento, têm como base o ano de 2008, e por isso foi utilizado apenas como fonte complementar. Optou-se pelo uso preferencial do Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos – 2011, publicado em junho de 2013, pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS. Com isso foi possível atender a duas demandas básicas: a utilização de dados consistentes (oficiais) e atualizados (ape- nas 2 anos de defasagem). 22 1.2. Consulta de dadosEtapa 1. Pesquisa em base de dados 1.2. Consulta de dados O Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos – 2011, contou com a colaboração de 2.100 municípios (o que corresponde à 37,7% do total do País) cuja população urbana repre- senta 73,3% to total no Brasil. Tais fatos demonstram a abrangência do diagnóstico. Contudo existem pontos importantes a destacar, como o percentual de municípios de pequeno porte (até 30 mil habitantes) que ainda apresenta baixa adesão ao estudo (33,9%) e o fato dos municípios da região nordeste terem pouca participação (22,6%) em relação aos municípios das regiões sudeste e sul (mais de 80%). Cobertura da coleta domiciliar (convencional) A pesquisa revelou que a cobertura do serviço regular de coleta domiciliar, serviço res- ponsável pelo recolhimento de resíduos sólidos domiciliares e públicos (RDO e RPU), abrangeu 98,4% da população urbana nacional. A parcela da população que ficou sem atendimento, (1,6%) concentra-se nas regiões norte e nordeste (62,4%). Massa coletada de resíduos A massa coletada (declarada) de resíduos (RDO e RPU) chegou a 41,5 milhões de tone- ladas em 2011, equivalendo a uma produção per capita nacional de 0,96 kg/hab./dia. Tal valor permite estimar uma produção de 55,3 milhões de toneladas ao aplicar a média da produção per capita a população dos municípios que não participaram da pesquisa. Quanto maior o porte do município maior a produção per capita, visto que municípios de pequeno porte apresentam o menor índice (0,82 kg/hab./dia) enquanto os de grande porte (1 a 3 milhões de habitantes) apre- sentam (1,20 kg/hab./dia ). Contudo o grande número de municípios de pequeno porte (4.492) concentram 29,1 milhões de habitantes, o que supera a população dos municípios de grande porte (23,6 milhões). Disso resulta expressiva contribuição na geração de resíduos por parte dos municípios pequeno porte (8,7 milhões de toneladas). Ocorrência do serviço de coleta seletiva Os 865 municípios afirmam possuir coleta seletiva, o que representa 41,2% de aten- dimento dentro da faixa dos municípios participantes. As regiões sul e sudeste possuem os maiores índices com 52,4% e 51,8% dos municípios com coleta seletiva, enquanto as regiões norte e nordeste ape- sentam os menores 16,3% e 16,5%. Considerando apenas o porte dos municípios, 33% dos de pequeno porte apesentam o serviço, em contrapartida os de médio e grande porte ultrapassam 80%. A execução do servi- ço de coleta seletiva é feito basicamente por três tipos de agentes executores, sen- do eles a própria prefeitura, empresas contratadas ou, Tabela 1.: Índice per capito de aproveitamento dos resíduos SNIS – Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos – 2011 Índice per capito de aproveitamento dos resíduos conforme região Regiões Coleta Convenc. Coleta Seletiva Massa Recuperada Índice de reaprov. dos resíduoskg/hab/ano kg/hab/ano kg/hab/ano Norte 412,5 11,8 3,4 3,68% Nordeste 397,9 11,0 2,3 3,34% Sudeste 328,5 12,4 5,8 5,54% Sul 281,1 27,5 15,9 15,44% Centro Oeste 500,1 9,4 5,6 2,79% Total 2011 350,4 15 6,8 6,22% Total 2010 339,5 9,6 8,4 5,30% 25 1.3 Construção de CenáriosEtapa 1. Pesquisa em base de dados 1.3. Construção de cenários Foram reunidas informações que de alguma maneira influenciam o desenvolvimento da coleta seletiva. Tais influências foram agrupadas segundo sua abrangência dentro das esferas, internacional, nacional, estadual e municipal. Internacional O Global Alliance of Recycling and sustaintable development – GARSD têm por missão a promoção de ações de manejo de resíduos em países emergentes, da quais vale destacar: o Com- promisso empresarial para reciclagem – CEMPRE, com presença no Brasil, Colômbia e Uruguay, o Recíclame no Peru e o Sustenta, no México. Todos esses portais disponibilizam informações a respeito de localização de pontos de coleta seletiva (Eco pontos); tecnologias de reciclagem, oportunidades comerciais, estudos técnicos; relatórios entre outros. A comissão europeia possui um canal específico para discussão sobre o lixo, nele é possí- vel encontrar publicações e listas de iniciativas praticadas em diversos países. Dessas vale des- tacar o LIPOR, empresa especializada em Gestão de Resíduos sediada em Portugal, atualmente integra em sua plataforma web diversos projetos de conscientização ambiental e manejo de resíduos. Brasil O decreto nº 7404/10, responsável pela regulamentação da Política Nacional dos Resídu- os Sólidos, além de estabelecer diretrizes importantes, para o funcionamento da logística rever- sa e da coleta seletiva, sempre priorizando a utilização de cooperativas e associações de catado- res de baixa renda, também estabelecea criação, do Sistema Nacional de Informações Sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos – SINIR (já em operação), e diversos instrumentos econômicos, para incentivar o gerenciamento de resíduos sólidos. “Art. 81. As instituições financeiras federais poderão também criar linhas especiais de financiamento para: I - cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, com o objetivo de aquisição de máquinas e equipamentos utilizados na gestão de resíduos sólidos; II - atividades destinadas à reciclagem e ao reaproveitamento de resíduos sólidos, bem como atividades de inovação e desenvolvimento relativas ao gerenciamento de resíduos sólidos; e III - atendimento a projetos de investimentos em gerenciamento de resíduos sólidos.” (BRASIL – Decreto nº 7404/10, p.3). O governo federal criou ainda diversos programas como a Coleta Seletiva Solidária, o Pró- catador e o Cataforte. Coleta Seletiva Solidária: Criado por meio do Decreto nº 5.940/06 sua estratégia busca a con- strução de uma cultura institucional para um novo modelo de gestão dos resíduos, no âmbito da administração pública federal, direta e indireta. Pró-catador: criado por meio do Decreto nº7405/10, o programa visa apoiar à organização prod- utiva de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, melhorar suas condições de trabalho e ampliar as oportunidades de inclusão social e econômica. Cata forte: projeto voltado à estruturação de redes de cooperativas e associações para que estas possam prestar serviços de coleta seletiva para prefeituras, participar no mercado de logística reversa e realizar conjuntamente a comercialização e o beneficiamento de produtos recicláveis. 26 1.3 Construção de CenáriosEtapa 1. Pesquisa em base de dados O BNDES assim como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, possuem linhas de crédito específicas para o fomento de associações de catadores e cooperativas de reciclagem, e diversos materiais de grande importância são desenvolvidos pelo ministério do meio ambiente, pelo Sebrae e por outras entidades auxiliando na educação ambiental e no preparo profissional. Estado do Rio de Janeiro O estado possuía 8,4% da população nacional e a maior densidade demográfica do país (em 2010). Composto de 92 municípios foi representado por 47 deles no Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos – 2011, (uma representatividade de 51%). A média da massa coleta- da (RDO+RPU) per capita no estado foi de 1,01 kg / habitante / dia, e dos 47 municípios 10 afir- mam praticar a coleta seletiva, que reuniu 41.178 toneladas de materiais enquanto atividades de triagem recuperaram 28099, gerando um total de 69.277 toneladas. O levantamento aponta que o Estado abriga 39 entidades representativas de catadores e 1010 catadores registrados. Existem ainda diversas iniciativas estaduais para fomento da coleta seletiva e da reciclagem, como os programas Recicla Rio, ICMS Verde, Fábrica Verde, Coleta Sele- tiva Solidária e o PROVE. recicla rio: tem como foco estratégico a implementação de sistemas de logística reversa que incentivem a coleta de lixo reciclável e contemplado pelo PERS (Plano Estadual de Resíduos Sóli- dos). iCMS Verde: as prefeituras que investem na preservação ambiental contam com maior repasse do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Fábrica Verde: almeja desenvolver iniciativas que incentivem a inclusão social em comunidades pacificadas, a partir da promoção de capacitação profissional, de criação de empregos e, conse- quentemente, de geração de alternativas de renda para moradores. na onda do ambiente: primeiro programa de política pública de educomunicação socioambien- tal do estado do Rio de Janeiro. Tabela 4.: Dados adaptados das tabelas Co02a, Co02b.– informações sobre Coleta, Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos – 2011 Tabela 5.: Dados adaptados das tabelas Cs01, Cs02.– info. sobre Coleta Seletiva Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos – 2011 Recolhimento de resíduos (RDO + RPU) no estado do Rio de Janeiro Total Prefeituras Empresas contratadas Assoc. Catadores Outras entidades Toneladas Toneladas Toneladas Toneladas Toneladas 4958363,4 2278789,6 2255033,9 46854,5 377685,4 Recuperação de materiais no estado do Rio de Janeiro Coleta seletiva (exceto matéria orgânica) Total Papel Plástico Metal Vidro Toneladas Toneladas Toneladas Toneladas Toneladas Toneladas 41178,5 28099,7 67949,2 4871,6 864,8 859,4 27 1.3 Construção de CenáriosEtapa 1. Pesquisa em base de dados ProVe: Objetiva evitar o despejo de óleo de cozinha usado em corpos hídricos, ao estimular sua coleta e reutilização na produção de sabão e de fontes alternativas de energia, como o biodiesel. Coleta Seletiva Solidária: visa assessorar os municípios e escolas estaduais para a implantação da coleta seletiva solidária, acompanhar a coleta seletiva implantada em órgãos públicos estad- uais, continuar com o cadastramento de cooperativas do estado do Rio de Janeiro, promover a capacitação de catadores, produzir e articular seminários mensais com temas relativos aos proje- tos ambientais do Estado e prestar assessoria jurídica para formalização de grupos de catadores. Por meio da Secretaria Estadual de Ambiente (SEA), do Instituto Estadual do Ambiente – INEA, e outras organizações, muito material didático é disponibilizado na internet. Há de se destacar o recente desenvolvimento de uma bolsa de valores (BVRio) que visa propiciar a nego- ciação de créditos de carbono, materiais recicláveis e passíveis de logística reversa, como pneus. 30 2.1. Palavras-chaveEtapa 2. Análise de dados [+2] Ótimo | 50% da croma base (Ou 50% de adição de branco): Ações de médio alcance e/ou de eficiência pontual intermediária. [+3] Excelente | 25% da croma base (Ou 75% de adição de branco): Ações de amplo alcance e/ ou de eficiência pontual elevada. A palavra-chave representada graficamente na forma de um triângulo, com aplicação da croma do eixo a que pertence, com a legenda alfanumérica e com a interferência de saturação, compõem um fator. A reunião de diversos fatores de maneira organizada conforme imagens abaixo, possibili- tou a criação de um gráfico: No gráfico ficam evidentes os pontos com maior necessidade de interferência (áreas escuras), sendo possível remediar os vértices do fator de um eixo com a combinação de fatores dos outros dois eixos. A combinação puramente cromática caso se mostre lógica, quanto ao relacionamento das palavras-chave, gera um ponto focal, ou seja, um ponto de equilíbrio. 15e7s 9a Fator 2 Fator 1 Fator 3 Fator 4 Fator 5 ... 12a Imagem 6: representação gráfica da palavra-chave nº12, no eixo ambiente com grau positivo bom (+1). Imagem 7: Lógica de organização dos fatores no gráfico. Imagem 8: Exemplo de ponto-focal, o fator social negativo é equilibrado pelos demais fatores. 31 2.1. Palavras-chaveEtapa 2. Análise de dados Eixo Ambiental 1a[+3] Logística reversa 2a[+3] Política nacional de resíduos Sólidos 3a[+3] Coleta seletiva 4a[+3] Redução na produção/consumo 5a[+3] Reutilização de resíduos 6a[+2] Reciclagem de resíduos 7a[+2] Biodiesel a base de óleo vegetal 8a[+2] Ong’s ambientais 9a[+2] Responsabilidade local 10a[+1] Reciclanip - recolhimento de pneus 11a[+1] PROVE - recolhimento de óleo 12a[+1] Turismo ecológico (sustentável) 13a[+1] Separação obrig. em und. Gov. 14a[-1] Pegada ecológica 15a[-1] Crescimento da população 16a[-1] Aglomeração em centros urbanos 17a[-1] migração (cidades emergentes) 18a[-2] Desperdício 19a[-2] Mistura de metabolismos 20a[-2] Debilitação e morte de animais 21a[-2] Desequilíbrio ecológico 22a[-2] Obsolecência planejada 23a[ -3] Extração de matéria-prima 24a[-3] Contaminação de solo e água 25a[-3] Poluição pela produção industrial 26a[-3] Aumento da produção de rejeitos 27a[-3] Descarte inadequado de resíduos 28a[-3] Depósitos clandestinos (lixões) Eixo Social 1s[+3] PNRS (Fechamento dos lixões) 2s[+3] Projetos de capacitação profissional 3s[+3] Campanhas de educação ambiental 4s[+3] Cooperativas de coleta e reciclagem 5s[+3] Coleta seletiva solidária (União) 6s[+3] Reintegração Social 7s[+3] Ensino público flexível/EJA] 8s[+2] programa Pró-catador 9s[+2] Ecoponto social 10s[+2] Midias de orientação/divulgação 11s[+2] Formalização profissional 12s[+2] Vantagens p/ gerador consciente 13s[+2} Capacitação a distância 14s[+1] Projeto Poupa-Tempo 15s[+1] Padrão de cores CONAMA 16s[+1] Turismo ecológico (sustentável) 17s[+1] Ong’s ambientais 18s[+1] Pegada ecológica 19s[-1] Obstrução de calçadas 20s[-1] Exclusão digital 21s[-2] Baixa adesão da população 22s[-2] Insalubridade (contato com o lixo) 23s[-2] Informalidade 24s[-2] Burocracia 25s[-2] Entupimento de bueiros 26s[-3] Proliferação de vetores de doenças 27s[-3] Baixa capacitação profissional 28s[-3] População Marginal 29s[-3] Desemprego 30s[-3] alcool e outras drogas 31s[-3] Analfabetismo funcional 32s[-3] Oligopólios da reciclagem Eixo Econômico 1e[+3] Obsolecencia planejada 2e[+3] Consumismo 3e[+3] Coleta seletiva 4e[+3] Baixa concorrência 5e[+3] Financiamentos públicos 6e[+2] Crédito de carbono 7e[+2] Rentabilidade pontual (alumínio) 8e[+2] Ecoponto social 9e[+2] Prensagem (redução de volume) 10e[+2] Comércio de resíduos específicos 11e[+2] Tercerização de custos/resp. 12e[+1] ICMS verde 13e[+1] Aumento da produção de rejeitos 14e[+1] Incentivos no uso de insumo recic. 15e[+1] Contratação publica facilitada 16e[+1] Coleta descentralizada 17e[-1] Ong’s ambientais 18e[-1] Responsabilidade compartilhada 19e[-2] Alto custo de infraestrutura 20e[-2] Pouca oferta de matéria prima 21e[-2] Custo dos commodities 22e[-2] Carência de M.O qualificada 23e[-3] Prejuízo por não aproveitamento 24e[-3] Logística Reversa 25e[-3] Marcos regulatorios 26e[-3] Ineficiência de elos da cadeia 27e[-3] Custos com Transporte Lista de palavras-chave Foi feita a classificação quantitativa e qualitativa por extremos do tripé. 32 2.2. Gráfico fractalEtapa 2. Análise de dados 2.2. Gráfico fractal cromático Imagem 9: Gráfico fractal cromático 35 3.1. Conceitos, Pesquisa e EstratégiaEtapa 3. Identidade Visual 3. Identidade Visual Segundo definição de Gilberto Strunck “A programação visual é um conjunto de técnicas que nos permite ordenar a forma pela qual se faz a comunicação visual.” O programador visual enquanto agente intermediário um importantepapel na formação da imagem de uma empresa, aja vista a alta competitividade de nossa sociedade. Segundo Eduardo Tomiya, diretor da Brand analitycs: “A marca é um dos ativos mais importantes de uma empresa.” A marca é informação de forte natureza metonímica e matéria-prima para o programador visual, que deve reunir em um único elemento simbólico: valores, princípios, filosofia e história de toda uma entidade específica, visando facilitar o reconhecimento e memorização. A identidade visual, produto de uma programação visual, “é o conjunto de elementos grá- ficos que irão formalizar a personalidade visual de um nome, ideia, produto ou serviço”1 devendo ser capaz de informar, substancialmente, à primeira vista. Esses elementos, são divididos em institucionais principais (logotipo e símbolo) e secundários (cor e alfabeto), tendo seu uso especi- ficado e regulamentado dentro de um manual de identidade visual. Embora apresente qualidades subjetivas, uma identidade visual deve apresentar parâme- tros técnicos para ser eficiente em sua função e nesse sentido, equilíbrio, pregnância, durabilida- de, legibilidade e escala são indispensáveis. equilíbrio: Obtido com o desenvolvimento de simetrias na marca, por meio de linhas guia, medi- das de espeçamento e proporcionalidades internas. Segundo Alina Wheeler, é preciso considerar os atributos de cada monograma que compõem uma marca, como os relacionamentos entre eles. Pregnância: A leitura de uma marca é processada pelo cérebro primeiro como forma, depois como cor e por fim como texto. Nesse sentido o desenvolvimento de uma marca com simpli- cidade de recursos e dentro de uma forma única e facilmente reconhecível é essencial para o reconhecimento e memorização dessa pelo observador. durabilidade: Ao permitir maior flexibilidade de aplicações, uma marca sobrevive sem necessi- dade de alterações por maior faixa de tempo adequando-se as necessidades futuras. Legibilidade e escala: Evitar arestas muito finas, alinhar os elementos, evitar sobreposições e respeitar a forma básica das letras, contribui para a identificação da marca mesmo que ela seja aplicada em uma caneta ou desenhada no casco de um navio. 3.1. Conceitos, Pesquisa e Estratégia A entidade idealizada nesse projeto visa dar solução aos problemas levantados anterior- mente. Enquanto organização sem fins lucrativos, terá como objetivos: missão: promover a coleta seletiva e a educação ambiental nas comunidades que atender; visão: defenderá a visão de que o uso das mídias sociais será essencial para a propagação da consciência ecológica; valores: O aprendizado, a consciência e a colaboração. a frase: Reconstrução Coletiva, que além de servir como fio condutor da filosofia da organização deu origem ao seu nome por meio da sigla RECO. 1 STRUNCK, Gilberto. Identidade visual : a direção do olhar. Europa, 1989, p. 14 36 3.1. Conceitos, Pesquisa e EstratégiaEtapa 3. Identidade Visual Pesquisa Foram reunidas diversas empresas que após terem suas assinaturas visuais analisadas revelaram aspectos comuns e divergentes. 1. Compromisso empresarial para reciclagem: Têm como missão: a Promoção do conceito de Gerenciamento Integrado do Resíduo Sólido Municipal; a reciclagem pós-consumo e a difusão da educação ambiental. Características: fonte em caixa baixa, sem serifa e uso da cor verde. Uso de setas presença do círculo e da figura humana. 2. Compromiso empresarial para el reciclaje – Uruguay: Têm como missão: A promoção da redução e reciclagem de resíduos no Uruguai. Seus valores são: Proatividade; Intercâmbio de informações; Integração; Unidade entre o pensar e o agir; Conhecimento e informações atualiza- das. Características: fonte caixa alta, sem serifa, uso das cores azul e amarelo. Uso de setas e a figura do sol. 3. recíclame: Organização peruana que tem por missão: Promover a reciclagem, produzir refer- ências e gerar sinergias. Características: fonte caixa baixa e sem serifa apresenta integração com o slogan e presença das cores verde, amarelo, laranja e azul, utilizando setas e ícones. 4. Sustenta: Organização mexicana que tem por missão: Reproduzir, gerar e difundir informa- ções; fomentar projetos municipais de gestão de resíduos e promover a cultura da reciclagem no México. Características: fonte caixa alta sem serifa apresenta setas que formam o símbolo de infinito. Utiliza as cores verde e azul. 5. Lipor: Empresa portuguesa especializada no tratamento de resíduos, possui como missão: conceber, adotar e implementar soluções sustentáveis de gestão de resíduos, tendo em consid- eração as necessidades de seus parceiros e das comunidades que servem. Características: fonte caixa baixa, sem serifa, com presença de figura em forma de coração que circula a figura de uma folha de árvore. Suas cores são um gradiente de preto, verde e amarelo. 6. Made in forest: A primeira rede Ambiental no modelo das redes sociais, possui a finalidade de criar uma vitrine organizada de produtos e serviços verdes. Características: Fonte sem serifa com figura misturando elementos tecnológicos como o código de barra e o “qr code” com linhas orgânicas. Suas cores são o verde e o preto. 1 2 3 6 5 4 Imagem 12: Pesquisa de símbolos de logotipos 37 3.1. Conceitos, Pesquisa e EstratégiaEtapa 3. Identidade Visual Conclusões Todas as marcas apresentaram o uso de fontes sem serifa e setas representando o mane- jo de resíduos são de presença frequente. Formas arredondadas são recorrentes bem como a cor verde. Estratégia – o conceito de holo A assinatura visual deverá permitir ampla capacidade de interferência e ainda assim o seu reconhecimento. Segundo Paul Hughes (Open Manifesto, 2009: 236) A logo procura transmitir uma “verdade singular” por meio de uma forma fixa, o que gera um uso limitado e um conceito estático. O autor argumenta que uma alternativa para a logo deveria ser a holo (de holístico), uma construção simbólica que não busca uma “verdade singular” e não fixa-se em uma única for- ma, possibilitando “múltiplos significados” e uma forma flexível sendo com isso, mutável, fluida e incompleta tal como a vida. Contudo, é preciso cautela, pois o sucesso da holo dar-se-á apenas com o equilíbrio entre mudança e consistência. A mudança exagerada gera inconstância e com isso perda de significado, identidade e conexão. Por outro lado, a consistência excessiva torna a holo sem vida condenan- do-a lentamente a “morte.” Para ilustrar o conceito acima e encontrar uma maneira de atingir o equilíbrio da holo, fo- ram levantados alguns exemplos. Percebe-se que no conjunto logotipo, cor e forma, a mudança de um dos elementos não condena as demais, que ainda assim conseguem manter a identidade. doodles – releituras temáticas da marca google: Os doodles são mundialmente conhecidos, e sua produção por vezes desafia os usuários no reconhecimento da marca. nickelodeon: Logotipo e cor são elementos suficientes para preservar a identidade visual, mesmo com as diversas releituras da forma. oi: Logotipo e cor mantêm o reconhecimento da marca mesmo com ligeiras alterações na forma e no posicionamento. Imagem 13: Exemplos de doodles Imagem 14: aplicações da nickelodeon Imagem 15: aplicações da oi 40 3.2. Design de IdentidadeEtapa 3. Identidade Visual Áreas de proteção Para assegurar a integridade e legibilidade do logotipo foi determinada uma área de pro- teção, que deverá ser respeitada. 2x 2x 32x 2x 2x 11x Imagem 19: Área de proteçãodo logotipo horizontal Imagem 20: Proporções e área de proteção do logotipo vertical 14x 1x 14,5x 0,5x 18x 18x 2x 2x 2x 2x 41 3.2. Design de IdentidadeEtapa 3. Identidade Visual Assinatura visual A criação das assinaturas deu-se com a integração do logotipo com o “tagline”, gerando uma versão horizontal e uma vertical. 2x 2x 32x 2x 2x 15x Imagem 22: proporções da assinatura horizontal 2x 2x 28x Imagem 21: proporções da assinatura vertical Imagem 24: Área de proteção da assinatura horizontal Imagem 23: Área de proteção da assinatura horizontal 14x 19x 1x 1,5x 0,5x 18x 2x 2x 23x 2x 2x 42 3.2. Design de IdentidadeEtapa 3. Identidade Visual Formas Para dar maior diversidade de aplicações para o logotipo e seguindo o conceito de holo abordado anteriormente, foram projetadas formas que serão aplicadas por trás do logotipo. Essas formas são por natureza flexíveis, tendo apenas de respeitar a área de proteção. Cor Segundo Alina Wheller (2012:138), a cor é utilizada para evocar emoções e expressar per- sonalidades. Ela estimula a associação de marca e acelera a diferenciação. Para a Reco foram utilizadas quatro cores, o vermelho, o azul, o amarelo e o verde, por justamente representarem os quatro tipos de materiais recicláveis que pertencem ao metabolis- mo tecnológico. A ordem das cores respeita quantidade dos materiais encontrados no lixo bem como seu nível de impacto no meio ambiente. Representado pela cor vermelha, o primeiro lugar cabe aos plásticos, por ser o material mais facilmente encontrado no lixo e ser o maior causador de impacto ao meio ambiente.Repre- sentado pela cor azul, o papel por ser o segundo material de maior volume no lixo seguido pelos metais que, além da reciclabilidade possuem valor de commodities (cor amarela) e por fim, os vidros (cor verde). Imagem 25: Exemplos de interferência na forma do logotipo Imagem 26: Assinatura horizontal em policromia CMYK: C:15 M:100 Y:95 K:0 RGB: R:210 G:35 B:46 Hexadecimal: d2 23 2e CMYK: C:80 M:50 Y:0 K:0 RGB: R:27 G:117 B:188 Hexadecimal: 1b 75 bc CMYK: C:85 M:15 Y:100 K:0 RGB: R:13 G:156 B:74 Hexadecimal: 0d 9c 4a CMYK: C:0 M:0 Y:0 K:60 RGB: R:128 G:130 B:133 Hexadecimal: 80 82 85 Reconstrução Coletiva 45 3.2. Design de IdentidadeEtapa 3. Identidade Visual Ubuntu – Regular ABCDEFGHIJKLMN OPQRSTUVWXYZ abcdefhijklmnopqr stuvwxyz 1234567890 .:,;’”(!?) +-*/= Ubuntu – Light ABCDEFGHIJKLMN OPQRSTUVWXYZ abcdefhijklmnopqr stuvwxyz 1234567890 .:,;’”(!?) +-*/= Ubuntu – Bold – Italic ABCDEFGHIJKLMN OPQRSTUVWXYZ abcdefhijklmnopqr stuvwxyz 1234567890 .:,;’”(!?) +-*/= Ubuntu – Italic ABCDEFGHIJKLMN OPQRSTUVWXYZ abcdefhijklmnopqr stuvwxyz 1234567890 .:,;’”(!?) +-*/= Ubuntu – Light – Italic ABCDEFGHIJKLMN OPQRSTUVWXYZ abcdefhijklmnopqr stuvwxyz 1234567890 .:,;’”(!?) +-*/= Ubuntu – Medium ABCDEFGHIJKLMN OPQRSTUVWXYZ abcdefhijklmnopqr stuvwxyz 1234567890 .:,;’”(!?) +-*/= Ubuntu – Bold aBCdeFGHijKLMn oPQrSTUVWXYZ abcdefhijklmnopqr stuvwxyz 1234567890 .:,;’”(!?) +-*/= Ubuntu – Medium – Italic ABCDEFGHIJKLMN OPQRSTUVWXYZ abcdefhijklmnopqr stuvwxyz 1234567890 .:,;’”(!?) +-*/= Alfabeto institucional Foi selecionada a família Ubuntu, por ser de uso livre, apresentar um aspecto limpo e ele- gante e possuir ampla gama de pesos, o que trará flexibilidade. 46 3.3. Pontos de contatoEtapa 3. Identidade Visual 3.3. Pontos de contato Os pontos de contato são as aplicações da identidade visual, elementos que objetivam reforçar a presença na memória de seu público. Para este projeto foram desenvolvidos três tipos de pontos de contato: os ícones e as ilustrações que seguem adiante e o sítio eletrônico, que será visto com maiores detalhes em etapa posterior. Ícones Visando complementar a sinalização do sítio eletrônico foram criados ícones que segui- ram as proporções da assinatura visual. a reCo: Representação da categoria de conteúdo referente a própria organização. Humanidades: Representação da categoria veicular de serviços e oportunidades sociais. Utilidades: Representação da categoria destinada a informações de caráter econômico. diversidades: Representação da categoria destinada ao aprendizado e conscientização . Minha reCo: Representação da categoria destinada à abrigar informações dos usuários. Ínício: Ícone para acesso a primeira página. novidades: Plataforma de veiculação de notícias diversas. Imagem 32: Ícones 16x 12x2x 2x 16x 12x 2x 2x 47 3.3. Pontos de contatoEtapa 3. Identidade Visual Ilustrações Foram desenvolvidos seis personagens inspirados nos principais stakeholders da cadeia de reciclagem. As ilustrações foram desenvolvidas com base em imagens de referência. Após os primeiros rascunhos, alguns personagens foram repensados. Por fim cada um deles teve sua versão final com sombras. Abaixo o processo de trabalho aplicado a criação do Catador. Catador Imagem 33: Fotos de catadores 1 Imagem 34: Fotos de catadores 2 Imagem 35: Estudo de personagem catador Imagem 36: Personagem catador Versão final com sombra Imagem 37: Personagem catador Versão em policromia Imagem 38: Personagem catador Versão em cor institucional 50 4.1. Conceitos, Pesquisa e EstratégiaEtapa 4. Projeto Web 4. Projeto Web Todo bom projeto deve ser útil a sociedade e para tanto deve levar em consideração o relacionamento entre a sociedade e a técnica que permitirá sua execução. Por esse motivo, antes de iniciar a projeto do sítio eletrônico foi realizada uma breve pesquisa histórica sobre a internet e a evolução de seu uso pela sociedade. 4.1. Conceitos, Pesquisa e Estratégia Breve história sobre a internet A rede mundial de computadores (mais conhecida como World Wide Web) foi criada por Tim Berners Lee em 19891 com o uso de três tecnologias: Localizador uniforme de recursos (Uniform Resources Localizator – URL): Permite a identifi- cação de informações bem como o local onde estão armazenadas. Linguagem de marcação por hipertextos (Hypertext Markup Language – HTML): Uma codi- ficação simples que permite a organização do conteúdo em uma página, com a possibilidade de indicar um caminho para outro conteúdo (links). Protocolo de transferência de hipertextos (Hypertext Transfer Protocol – HTTP): protocolo específico para transferência de dados criados a partir de hipertextos. Com um uso inicial tímido a internet somente apresentou adesão ampla à partir de 2000, devido a superação de entraves como a organização e descoberta de conteúdo (resolvida pe- los serviços de busca e a adoção de padrões web) e a redução de custo dos recursos e serviços (como os computadores pessoais e os serviços de telefonia). A internet como negócio O uso da rede mundial de computadores embora tenha nascido com uma finalidade de produção e compartilhamento de conteúdo, com o passar dos anos ganhou forte uso comercial e publicitário por meio da propaganda de empresas, produtos e serviços. A internet como espaço colaborativo Essa ênfase mercadológica, embora presente, tem dado espaço a uma outra abordagem, o da participação colaborativa. Nesse sentido Philip Kotler(Marketing 3.0, São Paulo, 2010) argu- menta que os usuários têm mostrado ampla capacidade comunicativa e colaborativa motivada principalmente por: tecnologias “open-source”; facilidade de acesso a recursos (serviços de co- nexão, computadores pessoais e aparelhos móveis) e disponibilidade de serviços de mídia social expressiva (como Flickr, Blogger, YouTube, Facebook, Twitter, Google Plus, etc.) e colaborativa (como Wikipédia, Catarseme, Yahoo Respostas, etc.). A cocriação de certo modo retira do profissional o controle total sobre a obra, mas gera enorme engajamento por parte do usuário, que passa a fazer parte do processo criativo e por esse motivo identifica-se com ela. Nesse sentido o projeto de interface web deve sempre man- ter-se próximo as necessidades de seus usuários bem como dispor de um sistema de uso dentro de parâmetros de usabilidade. 51 4.1. Conceitos, Pesquisa e EstratégiaEtapa 4. Projeto Web Usabilidade Ao entender a eficácia como a possibilidade do usuário atingir seu objetivo; a eficiência como a relação inversa entre o tempo e a dificuldade do usuário atingir a eficácia; a satisfação como o conforto e adequação oriundos do uso; e o desempenho como a capacidade de atingir um objetivo com menor gasto de recursos, é possível compreender a usabilidade como: “a capa- cidade de um produto ser manuseado por usuários específicos para atingir objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em contexto específico de uso, bem como seu desempenho.” (Guidance of usability - ISO 92411-11, 1998). Usabilidade enquanto acessibilidade O principal benefício de uma interface Web que prese por uma boa usabilidade reside no uso universal da mesma. Assim a acessibilidade é fundamental para que a interface seja utilizada por usuários deficientes. O World Wide Web Consortium (W3C) criou em 1999 o WCAG – Web Content Acessibility Guidelines, um conjunto de recomendações para acessibilidade de conteúdo web. Nesse docu- mento entre outras recomendações constam as seguintes: Fornecer alternativas equivalentes entre conteúdo visual, sonoro e escrito;• Não recorrer apenas a cor;• Fornecer informações de contexto e orientações;• Projetar páginas assegurando a independência dos dispositivos;• Assegurar a clareza e simplicidade dos documentos;• Acessibilidade no Brasil O governo brasileiro, impulsionado pela lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que promove a supressão de barreiras de comunicação e tendo como base o WCAG, criou um Modelo de Acessibilidade de Governo Eletrônico (e-Mag). Existem diversos programas de computador que avaliam a acessibilidade de sítios eletrônicos. O ASES - Avaliador e Simulador para a Acessibilidade de Sítios é um bom exemplo de um desses programas, que ao atestar a adequação do site permite o acesso pleno do mesmo a pessoas ce- gas, com baixa visão e problemas de motricidade.2 Usabilidade aplicada Durante o desenvolvimento deste projeto de sítio eletrônico procurou-se aplicar parâ- metros de usabilidade segundo uma lógica simples e eficaz. Segundo Steve Krug (2005: 88-99) a usabilidade na web é simples questão de bom senso e pode ser resumida em três conceitos: economia de pensamento; conteúdo objetivo; e sinalização eficiente. Economia de pensamento Usar nomes e formas óbvia; Tarefas similares devem ter ações similares; Usar a aparência para separar os tipos de conteúdo; Tirar proveito de convenções (pensamento pré-programado); Dividir páginas em áreas bem definidas; Deixa evidente a presença do link; 52 4.1. Conceitos, Pesquisa e EstratégiaEtapa 4. Projeto Web Conteúdo objetivo Dar preferência por ordens lógicas e naturais (auto-explicativas); Usar linguagem simples/abrangentes, evitar jargões e siglas obscuras; Minimizar confusão (remover conteúdo sem relevância); Dar a cada página um nome claro e auto explicativo; Sinalização eficiente Destacar o campo de busca; Tornar a interface consistente e autoexplicativa; Criar hierarquia visual clara em cada página e em seu conteúdo; Evidência a posição do usuário no site ; Apresentação de botões de Início (primeira página) e Voltar (página anterior); Mostrar ao usuário o que à de bom no sítio eletrônico; 55 4.2. Arquitetura da InformaçãoEtapa 4. Projeto Web B2blue Tendo sido premiada em 2012 como iniciativa inovadora, a B2blue é uma empresa que se coloca como intermediário na negociação entre coletores de resíduos e empresas reciclado- ras, facilitando a comercializa- ção do resíduos e estimulando a reciclagem. aparência: O sítio foi estru- turado em 12 colunas com uma barra lateral (4 colunas) que guarda informações complementares e uma área de conteúdo (8 colunas), re- sponsável por listar os anún- cios. A predominância da cor azul está em sintonia com a identidade visual da empresa, contudo as cores amarelo e verde são elementos de difer- enciação e comunicação. Usabilidade: A aplicação da marca nas regiões superior e inferior esquerdos(1) reforçam a memorização. O botão de cadastro (2) é proeminente e a caixa de busca (3) apresenta grande destaque, tendo em seu botão a presença do rótulo “busca” e do ícone da lupa. O botão de anún- cio grátis(4) também possui destaque ao possuir a cor verde. A navegação principal (5) é pouco evidente mas sinaliza a presença de submenus (devido as setas). A barra lateral(6) transmite informação acessória, útil para usuários iniciantes. A área de conteúdo(7) apresenta os anúncios em lista com uma barra de navegação lateral(8). Tecnologia: O sítio apresenta problemas de codificação, como o alinhamento de textos, e por ser desenvolvido em html5, apresenta problemas de compatibilidade com navegadores antigos. Apresenta ainda uso excessivo de recursos javascript, o que gera sobrecarga da máquina do cliente e também reduz o acesso ao conteúdo. Por fim o sítio apresenta botões de mídias sociais e um canal rss. Made in forest A made in forest é uma “Plataforma Global de Desenvolvimento Sustentável” que reúne em uma plataforma diversas associações, organizações e empresas, contando ainda com uma mídia social própria. aparência: O sítio é dividido em uma grade de 24 colunas, com uma área de conteúdo pronun- ciada (20 colunas) e uma barra lateral direita (4 colunas) com formulário de login e uma área de publicidade. A barra de navegação de fundo azul escuro mantêm uma divisão do topo com a área de conteúdo, contudo a marca não encontra harmonia com a identidade do sítio eletrônico. Imagem 47: Site de vendas de insumos recicláveis da B2Blue 56 4.2. Arquitetura da InformaçãoEtapa 4. Projeto Web Usabilidade: A aplicação do símbolo (1) no topo esquerdo e sua repetição na parte inferi- or direita, é positiva por refor- çar a mesma, mas peca devido a sobreposição do caracteres do mapa do site (10) na área de segurança do símbolo. A ferramenta de tradução embora pareça útil é pouco eficiente por ser automática, não preservando a coesão e a sintaxe do conteúdo. A busca é bem evidente (3) contudo não apresenta filtro de busca avançada. A navegação por links no topo (4) complementa a navegação do menu principal (5), que apresenta falha de projeto, por criar uma quebra de linha que sobrepõem a área de conteúdo. Tecnologia: O sítio apresenta um código fonte bem dividido. Há presença de botões para com- partilhamento em mídias sociais (6). Ministério do meio am- biente O ministério do meio ambiente juntamente com o ministério das cidades é um dos principais órgãos de gestão e controle dos resíduos sólidos em nível federal. A ele são vinculados o IBAMA e o CONAMA. aparência: O sítio não apre- senta um posicionamento preciso no sistema de grades. A aplicação de tons cinzentos transmite sobriedade e desta- ca as cores das imagens. A tipografia diferenciada trans- mite personificação. Usabilidade: O logotipo do ministério do ambiente apresenta alinhamento no topo esquerdo(1). Imagem 48: Portal Made in Forest Imagem 49: Portal do Ministério do Meio Ambiente 57 4.2. Arquitetura da InformaçãoEtapa 4. Projeto Web Há presença de botões para alto contraste e regulagem de fonte (2). O sítio no entanto peca na ausência de atalhos para leitores de tela. A busca é bem destacada (4) e a presença de links de acesso rápido (5) sobre ela é positiva. O sítio apresenta um robusto sistema de navegação e localização, ao dispor não somente do menu principal no topo (6), mas também de um menu lateral mais completo (7), uma migalha de pão (8) e um menu contextual. O sítio apresenta ainda a possibilidade de impressão de tela (9) e um último conjunto de links importantes. Tecnologia: Ao utilizar um “Computer management system”(CMS) de licença aberta (mais es- pecificamente o CMS – Joomla) o ministério do meio ambiente certamente se beneficiou com a facilidade para a publicação de conteúdo. A integração com mídias sociais mostra-se presente no sítio tanto nos botões na parte superior (3) como no final de cada matéria. Conclusões Dos seis exemplos apresentados apenas um possuía amplos recursos de acessibilidade e nenhum deles apresentou flexibilidade do leiaute para acesso por meio de aparelhos móveis. A navegação em alguns casos apresentou deficiências leves, contudo todos os exemplos souberam evidenciar os recursos de navegação, bem como vinculação as mídias sociais. A adequação ao sistema de grade de 960 pixels foi encontrado em cinco dos seis sítios estudados. Conteúdo e Funções Todo conteúdo foi dividido em seis categorias que, por sua vez foram divididas em gru- pos, resultando por fim conteúdos específicos. Paralelamente foram incluídos os requisitos funcionais que serão utilizados em conteúdos específicos. 1ª Categoria – a reCo: Todo conteúdo diretamente relacionado a organização. Contato: Conteúdo originado de formulário, da página fale conosco, sendo dividido em: elogio, dúvida, reclamação e denúncia. Alguns desses contatos serão listados como dúvidas frequentes para auxílio dos demais usuários. Planilhas de custos: Conteúdo tabular que mostrará aos usuários a administração dos recursos. Texto de apresentação: Quem somos, Missão, Visão, Valores etc. 2ª Categoria – Humanidades: Envolve todo conteúdo de relevância social. Cursos: Informação sobre cursos de capacitação profissional a distância e presenciais, bem como uma plataforma de ensino a distância EAD, da própria organização. oportunidade: Divulgação de empregos, cursos, vagas de estágio etc. Projeto: Descrição de projetos sociais em desenvolvimento na comunidade, bem como informa- ções para se beneficiar dos mesmos. Serviço: Divulgação de ações de parceiros ou pelo serviço público que sejam úteis a comunidade. 3ª Categoria – Utilidades: Envolve todo conteúdo de relevância econômica. anúncio dos Classificados: Conjunto de ofertas de produtos e serviços cadastrados pelos usuá- rios nos classificados. Cadastro no Catálogo: Uma lista de contatos importantes, como endereços de cooperativas e associações de catadores, entre outras informações. Ponto no reCo-Mapa: Envolve o cadastramento de locais onde há coleta seletiva ou presença de pontos de entrega voluntária (PEV), Centros de comercialização de resíduos e centros de logística reversa. 60 4.2. Arquitetura da InformaçãoEtapa 4. Projeto Web Divisão de Áreas A estrutura do site, foi construída sobre uma largura fixa de novecentos e sessenta (960) pixels, sendo subdivida em um conjunto de dezesseis (16) colunas. Foi dividido em cinco áreas distintas: cabeçalho; barra lateral esquerda; área de conteúdo; barra lateral direita e rodapé. Cabeçalho: Ocupando toda a a estrutura (960 pixels) o cabeçalho será composto de duas versões, uma mais completa para a página inicial e outra compacta para as demais páginas do site, o cabeçalho irá conter uma barra de acessibilidade (que irá conter âncoras para o conteúdo, o submenu e o mapa do site, bem como botões de alto contraste, regulagem de fonte e uma lista de idiomas), o símbolo, tagline, caixa de busca, navegação principal (horizontal) e uma área de login. A versão completa do cabeçalho, visível apenas na página inicial, terá uma área de destaque para comportar um slideshow. Coluna lateral esquerda: Irá conter o menu de navegação em segundo nível e uma área de filtro de busca em páginas com muito conteúdo (como o catálogo e os classificados). Coluna lateral direita:(Atualizações) Irá agrupar conteúdo semelhante ao previamente aces- sado pelo usuário e caso o usuário esteja autenticado, esta coluna apresentará os novos desafios, feitos, e troca de titularidade de outros usuários. Área de conteúdo: Área central que terá um menu do tipo migalha de pão no topo, além do nome da página atual e o conteúdo em lista com paginação caso a quantidade de itens seja ex- cessiva. rodapé: Última área do site que também ocupará toda a largura da página. Terá aplicação do símbolo, informações de contato da RECO, como endereço eletrônico, e-mail, telefone e en- dereço, bem como um menu para páginas específicas como o fale conosco. 61 4.3. Web DesignEtapa 4. Projeto Web 4.3. Web Design A última etapa do projeto envolveu a criação de diversos elementos decorativos como o fundo do sítio eletrônico e o favicon, bem como a personalização do sítio eletrônico com aplica- ção do alfabeto institucional, inclusão de ícones, reforço dos grupos de conteúdo com o auxílio da cor, entre outras medidas. Imagem 50: Página Inicial 62 4.3. Web DesignEtapa 4. Projeto Web Imagem 51: Página A RECO 65 Conclusão Inicialmente foi desenvolvido um questionamento a respeito do papel do designer para com a sociedade. Foram abordados tópicos importantes como, a obsolecência planejada e a es- cassez de recursos naturais, para fortalecer o entendimento de que a atual crise financeira é em grande parte derivada do sistema linear de produção. Evidênciou-se a importância de se adotar um novo sistema produtivo, que sendo cíclico reaproveitaria os materiais de maneria continuada, reduzindo a necessidade de extração de ma- téria prima e o volume de rejeitos no meio ambiente. Verificou-se que a reciclagem dos resíduos sólidos, enquanto peça de grande relevância para a construção desse novo sistema produtivo, ainda encontra dificuldades para ser implemen- tada no Brasil, principalmente pela baixa adesão da população e pela ausência de coleta seletiva em diversos municípios. Foi construído por meio de pesquisa em base de dados, um panorama das ações de apoio a coleta seletiva no país, bem como no estado do Rio de Janeiro e mais específicamente no muni- cípio de São Gonçalo. Por meio da metodologia de visualização foi possível encontrar pontos de equidade dentro de um universo de conflitos e diversidades. Esses pontos foram então aplicados em duas soluções projetuais: A primeira uma identidade visual, desenvolvida com a intenção de gerar uma identidade para uma organização social sem fins lucrativos, cujo nome escolhido foi RECO – Reconstrução Coletiva. Foram desenvolvidos ainda ilustrações tendo como base os diversos público ao qual o projeto se destina. A segunda foi solução foi um sítio eletrônico, projetado para reunir em um só ambiente recursos e informações de cunho didático e prático, tanto para facilitar o desenvolvimento de cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis, como para perpetuar a educa- ção ambiental de maneira alegre e descontraída, inclusive pelas mídias sociais. A interface con- templou ainda critérios de usabilidade e acessibilidade, defendidos pelo governo brasileiro e por convenções internacionais. Embora o projeto não tenha sido implementado, foi desenvolvido tendo como meta o seu efetivo funcionamento e expansão, em versões multi-língue (espanhol e inglês). O furuto desse projeto bem como seus desdobramentos são um mistério, no entanto deve-se deixar claro que ações em nível local e próximas a realidade das pessoas devem ser aboradas para que possa haver entendimento e engajamento. Somente assim a coleta seletiva efetivamente funcionará no Brasil. Embora sejam de grande relevância, não serão as leis ou os programas de governo que modificaram o atual sistema produtivo, cabe apenas a coletividade em micro esferas relacionais o papel de reconstruir para sí um futuro em equidade. 66 Referências BONSIEPE, Gui. Design: como prática de projeto. São Paulo: Edgard Blucher, 2012. CALDERONI, Sabetai. Os Bilhões perdidos no lixo. São Paulo: Humanitas, 2003. DIAS, Cláudia. Usabilidade na Web: Criando portais mais acessíveis. 2 ed. São Paulo: AltaBooks, 2007. DURNING, A. How much is enough? The Consumer Society and the Future of the Earth. New York, WW Norton & Co., 1992. KRUG, Steve. Não me faça pensar! Uma abordagem do bom senso a usabilidade na web, 2ª ed, São Paulo: AltaBooks, 2006. MALDONADO, Tomás. Cultura, Sociedade e Técnica. São Paulo: Blucher, 2012. MCDONOUGH, William. Cradle-to-Cradle: remaking the way we make things / William McDonou- gh e Michael Braungart, New York: North Point Press, 2002. STRUNCK, Gilberto. 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Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/ l10098.htm> Acesso em: 12 jul 2013 COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA RECICLAGEM – CEMPRE. Ciclosoft 2012 Disponível em: <http://www.cempre.org.br/ciclosoft_2012.php> Acesso em: 22 jul 2013. __________. Política Nacional de Resíduos Sólidos – Agora é Lei, São Paulo: 2010 Disponível em: <http://www.cempre.org.br/download/pnrs_002.pdf> Acesso em: 10 set 2012. 67 DIAS, Sônia Maria. Lixo e cidadania: os impactos da política de resíduos sólidos de Belo Horizonte no mundo do trabalho do catador da ASMARE. Brasil: UNICAMP 2002. Disponível em: <http:// www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/2002/GT_MA_ST37_Dias_texto.pdf> Acesso em: 21 out 2012. Guardiões do Mar, Coleta seletiva piloto em São Gonçalo. 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