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Guias e Dicas
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Botânica Sistemática Conceição1, Notas de estudo de Engenharia Agronômica

Apostila para o ensino de Botânica Sistemática organizada pelo Prof. Antônio Conceição da antiga Escola de Agronomia da UFBA (atual campus da UFRB em Cruz das Almas-BA).

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 02/09/2013

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Baixe Botânica Sistemática Conceição1 e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Agronômica, somente na Docsity! UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE AGRONOMIA DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA APOSTILA DE BOTÃNICA SISTEMÁTICA Iº FASCÍCULO: GINOSPERMAS E MONOCOTILEDÔNEAS Eng° Agr° ANTÔNIO JOSÉ DA CONCEIÇÃO Prof. Titular do Dep. de Fitotecnia Cruz das Almas – Bahia 1986 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE AGRONOMIA DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA APOSTILA DE BOTÂNICA SISTEMÁTICA Iº FASCÍCULO: GINOSPERMAS E MONOCOTILEDÔNEAS Antônio José da Conceição Prof. Titular do Depatº de Fitotecnia Cruz das Almas Bahia 1986 5.1.2.2 – Ordem Arales (Spatiflorae)................................................................................................69 5.1.2.2.1 – Família Araceae...........................................................................................................69-71 6. Chave para identificação de famílias de Ginospermas...................................................................72 7. Chave para identificação de famílias de Monocotiledôneas.....................................................73-76 8. Glossário...................................................................................................................................77-88 9. Agradecimentos..............................................................................................................................88 10. Bibliografia...................................................................................................................................89 APRESENTAÇÃO Existem, no Brasil, duas correntes nitidamente opostas, de opiniões, sobre a convivência do uso das apostilas nas Escolas. Uns as consideram o elemento de contenção do preparo do estudante, bitolando-o em face de novas fontes de informação que poderiam ou deveriam ser consultadas. Outros, pelo contrário, encaram-nas como importante fonte bibliográfica, adrede preparada e devidamente atualizada, podendo servi de livro texto nas unidades universitárias, onde o material bibliográfico é escasso ou não existe o suficiente na língua vernácula, como séria de desejar. Preferimos não entrar na discussão do assunto. Apostila ou apostilha seriam o mesmo, no dizer de Cândido de Figueiredo. O ilustre professor de língua portuguesa da Universidade de São Paulo, Luiz Antônio Saccori considera formas variantes – Apostila ou apostilha ou postilha, considerando-as sinônimas e sorretas. No entanto, o nosso Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, na A2ª. Edição do “pequeno Dicionário Brasileiro de Língua Portuguesa” - 1977, portanto atualíssimo, distingue: “apostila- adição ou anotação a um escrito”. -”Apostilha – pontos ou materiais de aulas publicadas em avulsos para uso de alunos”. São cousas de Linguísticas que nem por sonho nos cabe analisar. Vale a pena o registro. Cabe-nos apreciar, no entanto, as “APOSTILAS DE BOTÂNICA SISTEMÁTICA I FASCÍCULO: Gimnospermas e Monocotiledôneas”, do Prof. Antônio José da Conceição, conceituado mestre, Prof. Do Departamento de Fitotecnia da Escola de Agronomia da UFBA, autor de obra de vulto: “A MANDIOCA”. O conteúdo do presente trabalho parece-nos excelente, porque, além de fazer considerações sobre “SISTEMÁTICA”, “UNIDADES TAXIONÔMICAS E REGRAS DE NOMENCLATURA”, aborda os SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO e seus históricos, dos de Theophrastus (370 a.C) que classificou os vegetais em árvores, arbustos, sub-arbustos e ervas – termos até Rolf. Dahlgren (1975) que apresentou Sistema, baseado em um sem número de caracteres químicos, embriológicos, anatômicos, citológicos, etc.... dentro das famílias botânicas. Faz referência ao “DESENVOLVIMENTO DA BOTÂNICA NO BRASIL”, citando, como botânicos brasileiros, Frei José Mariano da Conceição Veloso, com sua monumental obra em 11 volumes sobre “Flora Fluminense”, João Barbosa Rodrigues com seus “Certum Plantarum Brasilianum” e “Iconografia de Orquídeas”, Manoel Pio Correia com “Dicionário das Plantas úteis do Brasil e das Exóticas cultivadas”, sem esquecer eminentes botânicos de porte internacional, como Alexandre Humbolnt, Von Martins e outros. No capítulo “FANEROGRAMAS OU ESPERMATOFITAS” distingue os caracteres que qualificam as Gimnospermas e as Angiospermas e mostra as diferenças entre Monocotiledôneas e os Dicotiledôneas. Enfoca a família ARAUCARIACEAE, tendo como principal espécie a Araucária brasiliensis, hoje Araucári angustifolia – Pinheiro-do-Paraná – lamentavelmente em vias de extinção, como pude verificar no Estado que lhe dera o nome. Discorre habilmente sobre MONOCOTILEDÔNEAS, enfatizando Subclasses, Ordens e Famílias e se detém na Família GRAMINEAE, hoje POACEAE, dando-lhe a importância econômica que tem merecido por todo esse mundo afora. Fala das palmeiras, Família ARECACEAE, antiga PALMACEAE, de que o Brasil é tão rico. E é tão rico o Brasil em palmáceas que, por isso, é chamado, pelas gentes ando-peruanas e pampianas, de Pindorama, o que quer dizer: “País das palmeiras”. Não esqueceu o mestre de anexar uma “CHAVE PARA IDENTIFICAÇÃO DE FAMÍLIAS DE “GIMNOSPERMAS” e uma “CHAVE PARA IDENTIFICAÇÃO DE FAMÍLIAS MONOCOTILEDONEAS”, além de um “GLOSSÁRIO” que esclarecerá ao estudante os termos de significação mais obscura. O presente trabalho do Prof. Conceição – aluno que foi do eminente Professor Geraldo Carlos Pereira Pinto, nos idos de 1945/46, com alguns complementos, poderá servir de livro texto àqueles que pretendem estudar Botânica Sistemática na língua prática, sem as dúvidas ou percalços que ocorrem em casos semelhantes, pois, a experiências do Mestre é uma das marcas do Autor. Considero-o excelente. Cruz das Almas, julho de 1981 Zinaldo Figueirôa de Sena Prof. Titular do Dept° de Engenharia Agrícola categoria de plantas pode subdividir-se em categorias intermediárias e hierarquia mais baixa, acrescentando-se ao seu nome o prefixo sub, para designá-las. Assim, a divisão Sparmatophyta tem duas Subdivisões: Angiospermar (Magnoliophytina) e Gimnospermae. Os nomes aplicados a todas as categorias taxionômicas (táxons) são latinos. A terminação para o nome classe é ae (Dicotyledoneae) ou atae (Magnoliatae). Cada classe se divide em Sub-classe, com a terminação idae (Rosidae). As sub-classes constituem Ordens, com a terminação em ales (Fabales, Glumiflorales). Há exceção como Tubiflorae, Labiatae, Controtae, etc. Modernamente, adota-se o nome de um dos gêneros mais representativos com a terminação em ales. Uma ordem engloba uma ou mais famílias, com a terminação em aceae (Moraceae, Solanaceae). A família pode ser subdividida em Subfamília, com a terminação em oideae (Panicoideae). A família ou a subfamília pode se subdividir em tribos, com a terminação em eae (Melinidaea, Cloradeae). O nome científico da espécie é escrito com duas palavras (Nomenclatura Binomial de Lineu): A primeira representa o gênero e a segunda a espécie. O nome genérico é um substantivo ou latinizado e escrito com letra inicial maiúscula (Zea). O nome de espécie é escrito com letras inicial minúscula (Zea mays). O nome específico deve ser acompanhado do nome do gênero, isto é: Zea mays e não dizer-se ou escrever-se: O milho é do gênero Zea e pertence à espécie mays. É, portanto, permitido mencionar-se o gênero e nunca a espécie sem gênero. O nome de uma espécie não seria completo sem a abreviação do nome do autor que identificou a espécie pela primeira vez. Muitas espécies foram identificadas por Lineu. Assim, após o nome Binário, aparece L maiúsculo seguido de ponto, por exemplo: Zea mays L. = milho. Quando são dois os autores da espécie, indicam-se os nomes ou as abreviaturas dos dois, por exemplo: Cuphea balsamona Cham. et Schlechtd. Quando uma espécie foi identificada por um autor após um outro, o nome do primeiro é posto entre parêntese e o do segundo, em seguida, por exemplo: Ipomoes batatas ((L.) Lam.). EXEMPLO Milho duro Reino Vegetalia Divisão Spermatophyta Subdivisão Angiospermae (Magnoliophytina) Classe Monocotyledonae (Liliatae) Ordem Glumiflorales (Glimifloraes) (Poales) Família Graminae (Graminaceae) (Poeceae) Subfamília Panicoideae Tribo Maydeae Gênero Zea Espécie Zea mays Variedade Z. mays L. var. indurata 2. SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO Compreende três tipos principais: o artificial, o natural e o filogenético O Sistema Artificial se baseava num único caráter da planta. O Sistema artificial clássico é o chamado sistema sexual de Lineu, fundamentado no número e disposição dos estames. Neste sistema, plantas inteiramente diferentes eram ordenadas na mesma classe, só porque apresentavam o mesmo número de estames. Podia acontecer que espécies do mesmo gênero, com número diferente de estames, fosse enquadradas em classes diferentes. O Sistema Natural está baseado na afinidade natural das plantas. Essas afinidades não podem depender de uma só característica, mas de toda a organização do vegetal, de tal modo que cada planta fique situada ao lado da que com elas se pareça. O primeiro sistema natural foi o de Jussieu. Ele procurou ordenar as plantas levando em consideração o número de cotilédones, a estrutura da semente e uma soma de caracteres vegetativos. O Sistema Filogenético está baseado na variabilidade das espécies; cuida de suas relações genéticas, levando, em consideração tanto os vegetais atuais, como os da outra eras geológicas. Em suma, ele se firma na teoria da evolução. 2.1 HISTÓRICO DOS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO Os Sistemas de classificação comportam quatro períodos, descritos resumidamente a seguir. 2.1.1 Período I. Classificação baseadas no “habitus” das plantas Theophratus (370 a.C) Classificou os vegetais como árvores, arbustos, subarbustos e ervas (anuais, bianuais e perenes), e nos tipos de inflorescências (centrípetas ou indefinidas). Reconheceu diferenças na posição do ovário das flores e nas corolas polipétalas e gamopétalas. Em sua História Plantarum classificou e descreveu cerca de 500 plantas e deu informações sobre suas aplicações medicinais e supostas virtudes. Albertus Magnus (1193-1280) é considerado o primeiro a reconhecer as diferenças entre dicotiledôneas e monocotiledôneas, com base na estrutura do caule. Otto Brunfels (1464-1534) foi um dos primeiros herbaristas a descrever e ilustrar plantas conhecidas na época, com o intuito de reconhecer as propriedades medicinais das espécies, contribuindo assim para a difusão da fase descritiva de vegetais. Andrea Cesalpino (1519-1603) é considerado o primeiro taxionomista vegetal, por seu importante trabalho De plantis, publicado em 1583. A creditava que as folhas se tivessem formado com a finalidade de proteger as gemas, flores e frutos; negou a existência de sexo nas flores; classificou as plantas primeiro na base do hábito e nos tipos de frutos e sementes; depois reconheceu e usou as características da posição do ovário e do número de lóculos, da ausência ou presença de bulbos e de sucos aquosos ou leitosos. Ainda são desse período Jean Bauhin (1541-1631), lembrado como o primeiro botânico a distinguir categorias de gênero e espécie. A primeira nomenclatura binominal fora usada por ele, há cem anos antes de Lineu. John Ray (1628-1705) foi o primeiro a reconhecer a importância do embrião em Sistemática e a presença de 1-2 cotilédoneas nas sementes. Joseph Pitton de Tournefort (1656-1708). Seu sistema de classificação, baseado na forma das corolas, e artificial e inferior as de Ray. Foi um dos primeiros a dar uma definição à categoria de gênero. Muitos dos nomes genéricos por eles criados são usados ainda hoje, como, por exemplo, Salix, Populos, Betua, Lathyrus, Acer, Verbena etc. 2.1.2 Período II. Sistemas artificiais baseados em caracteres numéricos Carolus Linnaeus ou Carl Linné (Lineu) (1707-1778). Considerado o pai da taxionomia vegetal e zoológica, foi o sistema mais extraordinário de todos os tempos. Em 1730 publicou Hortus Uplandicus que constava de uma lista de nomes de plantas do Jardim Botânico de Upsala, A difusão rápida e a pronta aceitação das teorias de Darwin, demonstraram a insatisfação que existia entre os pesquisadores a respeito dos diversos sistemas de classificação. A maioria dos sistemas desses quatro período basea-se na Teorias da Evolução das Espécies, tendo a classificar plantas partindo do simples para o complexo, reconhecendo, porém, que há condições simples que representam reduções de condições ancestrais mais complexas. A maioria desses sistemas tem-se empenhado em estabelecer as relações genéticas entre plantas. Pelo fato de que muitos sistemas tem sido propostos e que um verdadeiro sistema filogenético ainda não apareceu, fica patente que a filogenia de plantas vasculares está ainda nos seus primeiros estágios. Entre os sistemas filogenéticos mais conhecidos, citam-se os seguintes: August Wilhelm Eichler (1839-1887). Propôs, em 1875, o esboço do primeiro sistema baseado em relação genéticas entre as plantas. Não foi um sistema filogenético no sentido moderno, mas Eichler aceitou o conceito de evolução. Dividiu o Reino Vegetal em Phanerogamae e Cryptogame; tratou as algas separadamente dos fungos, dividindo-as em quatro grupos distintos (Cyanophyceae, Chlorophyceae, Pheophyceae e Rhodophyceae) separou as Bryophyta em Musgos e Hepáticas, os Pteridophita em Equissetinae, Lycopodinas e Felicinae, e as Phanerogamae em Angiospermae e Gimnospermae. Adolph Engler (1844-1930). Publicou, em 1892, como parte de uma quia do Jardim Botânico de Breslau, uma classificação baseada na de Eichler, da qual diferiu, porém, mais em detalhes de nomenclatura das categorias maiores que na filosofia básica ou nos conceitos fundamentais. O sistema de classificação de Engler subdivide as Angiospermas em duas classes, baseando-se no embrião dicotoledônar ou monocotiledônar, na persistência da raiz principal, na nervação das folhas, na presença ou ausência de bainha foliar e no número de segmentos do cálice e da corola. Na edição do Syllabus (ultima) as Monocotiledôneas são tratadas depois das Dicotiledôneas. Engler dividiu as Dicotiledôneas em duas subclasses: Archychlamideae e Sympetalae. À primeira subclasse subordinou todas as Dicotiledôneas de perigônio monoclamídio ou diclamídio, de pétalas livres entre si; também considerou, na subclasse, as espécies apétalas, em consequência de uma redução. Na segunda subclasse – Sympetalae – englobou as espécies que têm perianto heteroclamídio. Uma razão para a ampla aceitação do sistema de Engler foi que ele o aplicou as plantas, em geral, no seu trabalho Die Naturlichen der Pflanzenfamilien, publicado em dez volumes. Charles Bessey (1845-1915). Sua classificação foi original, em muitos pontos. Dividiu as Angiospermas em duas classes: Opositifólia e Alternifólia, levando em consideração a posição dos cotiledônes. Considerou as Ranales a ordem mais primitiva, tendo se derivado delas as Monocotiledôneas e Dicotiledôneas. Sua classificação baseou-se em vinte e dois princípios, apresentados a seguir. 1. A evolução tanto pode ser uma progressão como uma regressão dos caracteres. 2. A evolução não abrange todos os órgãos ao mesmo tempo. 3. De um modo geral, árvores e arbustos são mais primitivos que ervas. 4. Árvores e arbustos são mais primitivos que trepadeiras. 5. Ervas perenes são mais antigas que anuais. 6. Plantas aquáticas derivaram-se de ancestrais e as epífitas, saprófitas e parasitas são mais recentes que plantas de hábito normal. 7. Dicotiledôneas são mais primitivas que monocotiledôneas. 8. Folhas simples são mais primitivas que compostas. 9. Flores unissexuadas são mais avançadas que as andróginas; plantas dioicas são mais recentes que monóicas. 10. Disposição espiraladas é mais primitiva que a cíclica. 11. Flores solitárias mais antigas que as inflorescências. 12. Tipos de prefloração de contorcidos a imbricados e valvar. 13. Flores apétalas derivadas derivaram-se de petalíferas. 14. Polipetalia é mais antiga que gamopetalia. 15. Flor actinomorfa é mais primitiva que zigomorfa. 16. Hipoginia é mais antiga que periginina e epiginina a mais avançada. 17. Apocarpia mais primitiva que sincarpia. 18. Gineceu de muitos carpelos procedeu o de poucos carpelos. 19. Sementes com endosperma e embrião pequenos são mais primitivos que sementes sem endosperma, com embrião bem desenvolvido. 20. Numerosos estames indicam maior primitividade que um androceu de poucos estames. 21. Anteras livres indicam mais primitividade que anteras ou filetes concrescidos. 22. Fruto cápsula precede a baga ou a drupa. John Hutchinson (1884-1972), do Royal Botanic Gardens, Kew. Seu sistema traça uma linha de evolução predominantemente lenhosa, a partir das Magnoliales e a outra predominante herbácea, a partir das Ranales. Cronpist, Tahkjan e Zimmermann (1966). Classificaram as Cormófitas em oito divisões, a saber: 1. Rynophite (Psilophyta); 2. Bryophyta; 3. Psylotophyla; 4. Lycopodiophyta; 5. Equisetophyla; 6. Polypodiophyta; 7. Pinophyta; 8. Magnoliophyta. Armen Tahktajan (1961). Apresentou um sistema de classificação para as Magnoliophyta, dividindo-as em duas classes: Magniliatae e Liliatae. Nesse sistema, as classes se subdividem em onze subclasses (7 Magnoliatae e 4 Liliatae) 20 superordens e 94 ordens. Arthur Cronquist (1968). Apresentou um sistema de classificação das Magnoliophyta, tomando por base a de Tahktajan, com leves modificações. Para esse agrupamento, levou em consideração caracteres anatômicos, presença ou ausência de endosperma, composição química, morfologia dos órgãos reprodutores, etc. Procurou comparar e interpretar estruturas, que considerou primitivas e, assim, dividiu as Magnoliphyta em Magnoliatae e Liliatae. Subdividia as Magnoliatae em seis subclasses, a saber: Magnolidae, Hammameliceae, Caryophyllidae, Dilenidae, Rosidae e Asteridae, subordinado à elas 56 ordens e 295 famílias relacionadas, num total aproximado de 165,000 espécie, o as Liliatae, em quatro subclasses: Alismatiidae, Arecidae, Commelinidae e Liliidae, compreendendo 18 ordens, 61 famílias e cerca de 55,000 espécies. Rolf Dahlgren (1975). Apresentou um sistema de classificação das Angiospermas, que serve para demonstrar a distribuição de caracteres. Sistema compreende 34 superordens (27 dicotiledôneas e 7 monocotiledôneas) e 96 ordens. É representando graficamente como uma árvore filética, em seção transversal, cujos ramos constituem as ordens de tal sistema de classificação. A posição relativa dos ordens doi determinada pelo número de características afins dos seus componentes. O sistema está baseado na distribuição de um número considerável de caracteres químicos, embriológicos anatômicos, citológicos, palinológicos, morfológicos, dentro das famílias. 2.1.5 – DESENVOLVIMENTO DA BOTÂNICA NO BRASIL Desde a época do Descobrimento, o novo continente despertou grande interesse entre os europeus, infelizmente, na maioria, comerciantes e aventureiros e não homens de ciência. Já entre os anos de 1501 a 1514, o pau-Brasil foi exportado em proporções tais que passou a figurar em contratos de arrendamentos. Jean Léri, que esteve no Brasil fazendo parte da Expedição de Nicolau Villegagnon, em seu livro intitulado “História da Viagem em Terra do Brasil” – 1578 - , descreveu as exuberantes matas da Costa Atlântica. I° Na época do domínio holandês, sob auspícios de Naurício de Nassau, o naturalista Georg Naregraf e o médico holandês Willem Piso, realizaram a primeira expedição científica, de 1637 a 1640. O primeiro botânico brasileiro, Frei José Mariano da Conceição Veloso, nasceu em 1742, em Rio das Nortes, sua obra monumental “Flora Fluminense” concluída em 1790, consta de 11 volumes de descrição botânica munidas de magníficas ilustrações. Em 1800, Alexandre Humboldt viajou pelo Norte do Brasil. - Isto quer dizer que a planta é Dicotiledônea, diclamídea, arquiclamídea, superovariada, isostêmone. EXEMPLO 2 – K5 C5 A10 G5 – Formula floral -Flor de cálice constituído de 5 sépalas livres, corola de 5 pétalas concrescidas, androceu formado de 10 estames livres e gineceu de ovário ínfero formado de 5 carpelos concrescidos. -Ou Dicotiledônea, metaclamídea, diclamídea, inferovariadas, diplostêmone. No interior do ovário se implantam os óvulos. Da fecundação do óvulo forma-se a célula ovo, que evolui para semente. Pois bem: as plantas que possuem sementes são chamadas Espermatófitas, sinônimo de fanerógamas. As paredes do ovário, após a fecundação, se desenvolvem e constituem o fruto, estrutura que abriga que abriga e protege a semente. As Espermatófitas se dividem em Gimnospermas (plantas que semente nua) e Angiospermas (plantas que têm sementes em fruto). 3.2 – Diferenças entre Gimnospermas e Angiospermas GIMNOSPERMAS ANGIOSPERMAS 1. Flores aperiantadas e unissexuadas. 2. Os megasporófilos (carpelos) não sofrem concrescência, não formando ovário; os óvulos e as sementes são, por isso, nus, donde o nome (gymnos = nu; sperma = semente). 3. Os esporofilos encontram-se eem geral agrupados em estróbilos, uns masculinos outros femininos. 4. Os macrosporângios (óvulos) possuem verdadeiros arquegônios e, alguns representantes do grupo, como Cicadíneas e Ginkgoíneas, possuem microgametos móveis, o que demonstra haver relações filogenéticas com as Pteridófitas. 5. As duas flores são desprovidas de nect´rio, de modo que a polinização é 1. Flores em geral periantadas, umas unissexuadas e outras andróginas. 2. Os megasporófilos sofrem enrolamento (concrescência), formando ovário que se transforma em fruto, onde ficam alojadas as sementes (angios, vaso, urna, sperma, semente). 3. Os estróbilos são representados pela flor. 4. Os macrosporângios não possuem arquegônios, mas apenas vestígios – as sinérgidas e antípodas do saco embrionário, assim como são desprovidas de mocrigametos móveis. 5. As flores em geral possuem nectários, de modo que atraem insetos e pássaros, caindo o grão de pólen no sempre pelo vento, caindo o pólen diretamente no interior do óvulo, numa câmara polínica onde germina e desenvolve os tubos polínicos, que levam os microgametas para os macrogametas. 6. A fecundação é simples, porquanto há apenas uma oosfera no interior do arquegônio. 7. O albumen ou endosperma (parênquima de reserva) origina-se diretamente do protalo. 8. Não possuindo ovário, não dão verdadeiros frutos. estigma do carpelo, onde germina e se desenvolve o tubo polínico, que levou os microgametos para a macrogameto. 6. Verifica-se dupla fecundação, portanto um microgameto une-se com a oosfera e o outro com o mesocisto (núcleos polares). 7. O albumen origina-se do núcleo polar fecundado, isto é, do zigoto triploide. 8. Possuindo ovário, dão verdadeiros frutos. 3.2 Diferenças entre Monocotiledôneas e Dicotiledôneas MONOCOTILEDÔNEAS DICOTILEDÔNEAS 1. Plântula – um único cotilédone. 2. Raiz – numerosas são as espécies portadoras de raízes fasciculadas. 3. Caule – os feixes apresentam-se em disposição difusa (estrutura atactostélica); em geral, não há estrutura secundária – ausência de câmbio. 4. Folha – Inserção oblíqua, são comuns as folhas paralelinérveas. Estruturas simétrica presença de parênquima paliçádico nas duas faces, como também de estômatos. 5. Flor – São do tipo trímero, isto é, possuem 3 sépalas, 3 pétalas, 3 a 6 estames, 3 carpelos concrescidos. 6. Semente – Possuem albumen. 1. Plântula – dois cotilédones. 2. Raiz – Predomina as outras variedades da raiz. 3. Caule – Os feixes apresentam-se em anel, o liber envolvendo o lenho (comumente, estruturas sifonostélica e eutélica); possui estrutura secund- aria-câmbio presente. 4. Inserção as folhas peninérveas. Estrutura geralmente assimétrica, presença de parênquima paliçádico abaixo da epiderme da face ventral e presença de estômatos na face dorsal. 5. Flor – As flores são do tipo tetrâmero ou pentâmero, isto é, possuem 4 ou 5 elementos em cada verticilo. 6. Semente - Comumente são desprovidas de albumen ou endosperma. Observação: Rever exemplo de monocotiledôneas e de dicotiledôneas. 4. GIMNOSPERMAS 4.1 – SUB-DIVISÃO CONIFEROPHYTINA 4.1.1 – CLASSES GINKGOATAE A classe é representada, atualmente, por uma única espécie, Ginkgobiloba, encontrada em estado silvestre nas montanhas da China Ocidental. É cultivada desde a antiguidade na China e Japão, tenho sido introduzida na Europa em 1727, onde é cultivada nos parques e jardins, devido à elegância e porte, além da coloração amarelo-dourada das folhas no outono. É uma árvore majestosa que alcança até 40 metros de altura, com abundante ramificação e de folhagem caduca. 4.1.2 – CLASSE PINATAE 4.1.2.1 – ORDEM PINALES 4.1.2.1.1 – FAMÍLIA ARAUCARIACEAE Apresenta árvores dioicas com folhas sempre verdes. Estão distribuídas, preferentemente, no Hemisfério Sul. Não possuem canais resiníferos. Principais espécies: Araucaria angustifólia – (Araucaria brasiliensis). Pinheiro-do-Paraná. Árvore de grande porte, com ramificação característica umbeliforme no alto do tronco. Ainda, em 1930, grandes maciços de florestas de pinheiro do Paraná se extendiam desde a Serra da Bocaina até fronteiras do Paraguai, é produtora de madeira branca para tábuas, pasta celulósica para papel, palitos de fósforo e etc. Devido à beleza da árvore, é frequentemente usada como ornamental. Araucaria excelsa – Pinheiro-de-Norfolk. Árvore alta e esguia, com ramificação verticilada. Introduzida da Austrália, é frequentemente cultivada no Brasil como ornamental. As plantas jovens são parecidas com árvores de Natal. A copa é cônica da base para o ápice. 4.1.2.1.2 – FAMÍLIA PINACEAE Árvore de porte médio, podendo algumas alcançar até 8 m de altura. Principais espécies: Cycas revoluta – Cica. O tronco estipiforme pode alcançar 5 a 8 m de altura, sustentado uma coroa de folhas. O parênquima da medula do tronco fornece matéria prima para preparação de sagu. Altamente ornamental, é cultivada em larga escala em países de clima tropical e subtropical. Nas raízes, vivem em simbiose algas cianofíceas. Cycas circinalis – Originária da Índia. É mais rara, sendo utilizada para os menos fins da espécie anterior. 4.2.2 – CLASSE GNETATAE 4.2.2.1 – ORDEM GNATALES 4.2.2.1.1 – FAMÍLIA GNATACEAE Apresenta um único gênero – Gnetum. Principais espécies: Gnetum amazonicum – Toá. Trepadeira grande, com folhas longo-elíticas, acuminadas. Dióica. Inflorescência em forma de amentilhos, com envoltóris vermelho. Gnetum gnemon – Árvore pequena procedente das Ilhas Molucas. Fornece sementes comestíveis. 4.2.2.2 – ORDEM EPHEDRALES 4.2.2.2.1 – FAMÍLIA EPHEDRACEAE Apresenta um único gênero – Ephedra. São apreciadas como ornamentais as plantas desse gênero. Das espécies abaixo mencionadas, extrae-se o alcaloide efedrina, usado em medicina sob a forma de gotas e xaropes. Espécies: Ephedra tweediana; E.distachia; E. chennangiana. 5. ANGIOSPERMAS – Monocotiledônes e Dicotiledôneas 5.1 – CLASSE MONOCOTILEDÔNEA (Liliatae) Em geral, são ervas, muito poucos representantes são árvores (palmeiras). Possuem um cotilédone em posição lateral em relação ao embrião. Sistema radicular fasciculado a superficial, não apresentado crescimento secundário em espessura (fasciculado e superficial, não apresentando crescimento secundário em espessura ausência de câmbio e felogênio). Caules dos tipos colmo, estipe, haste, rizoma e bulbo, também sem estrutura secundária. Os vasas são dispostos sem formar cilindro (estrutura atactastélica). Folhas geralmente inteiras, paralelinervérveas ou pinatoparalelinérveas, bordos geralmente inteiras, podendo o limbo apresentar recortes reentrantes até a raquis, principalmente nas palmáceas, estruturas isobilateral, recebendo praticamente a mesma quantidade de luz em ambas as faces, por ser de inserção, por ser de inserção oblíqua. Flores geralmente trímeras: 3 sépalas, 3 pétalas, 3 ou 6 estames e 3 carpelos concrescidos. Ovário súpero, tribocular. Fruto aquênio, cariopse, capsula e baga. Semente geralmente albuminada. Este grupo é relativamente pequeno em relação às Dicotiledôneas. No Brasil existem cerca de 30 famílias de interesse. (BARROSO, 1978) publica que as Liliatae compreendem 18 ordens, 61 famílias e cerca de 55.000 espécies. 5.1.1 – SUB-CLASSE LILIDAE 5.1.1.1 – ORDEM LILIALES (Liliflorae) As famílias de interesse para o Brasil, na ordem Liliales, são as seguintes: Liliaceae, Agavaceae, Amaryllidaceae, Iridaceae, Dioscoreaceae, Pontederiaceae e Velloziaceae. 5.1.1.1.1 – FAMÍLIA LILIACEAE A grande maioria de plantas desta família são ervas, possuindo caule do tipo rizoma (Aspargo) ou bulbo (cebola, alho), perenes. As formas semi-arborescentes ou arbustivas encontram- se no gênero Alce e poucas outras. Folhas simples, lineares ou lanceoladas, muitas vezes carnosas; apenas as espécies trepadeiras (Ron.Smilax) apresentam folhas mais ou menos cordiformes. Flores frequentementes vistosas, homoclamídeas, com perigônio corolino, hermafroditas. Ovário súpero, trilocular, tricarpelar; fruto cápsula, às vezes baciforme (Smilax e Asparagus). (*) Magliaphyta. Principais Espécies Lilium candidum – Lírio. Altamente ornamental. Reproduz-se por meio de bulbos. Tem flores alvas. L. jongiflorum – Há Lírios brancos, como a espécie em questão, vermelhos e híbridos muito apreciados pela beleza de suas flores. L. margaton Allium cepa – Cebola. Plantas nos climas temperados normalmente bienal. É condimentar e nutritiva, possuindo um bulbo tunicado de reserva. É conhecida e cultivada em quase todo o mundo civilizado. Existem muitas variedades diferentes tanto no forma quanto na cor e paladar. As variedades mais comuns entre nós são: ‘pera’ do Rio Grande, ‘Amarela Chata das Canárias’ e ‘Roxa’. A polinização é entomófila, efetuada principalmente por moscas. Fruto cápsula. A pátria da cebola supõe-se ser a Ásia Central. Allium sativum – Alho. Planta anual com bulbo escamoso, escamas chamadas “dentes”, muito carnosas, contendo cada uma, uma gema. É a parte usada como condimento e para a “semeadura”. Além de condimentar, é empregado em medicina caseira. Os países que não o produzem iportam de outros mercados. Allium schcenoparsum – Cebolinha. Planta perene, pequena, não bulbífera. Folhas cilíndricas, finas, são usadas como condimento. Allium porrum – Alho porro. A parte formada pelas bainhas é justamente o produto comercial. Tem cheiro e sabor parecido com o alho comum. Aspargus officinalis – Aspargo ou Espargo. Planta perene de rizoma munido de escamas, emitindo numerosas raízes adventícias fasciculadas e caules que chegam a atingir 150 cm de altura. A parte comestível é cinstituida de caules tenros chamados taviões ou aspargos. Este, obtêm-se plantando o aspargo no fundo de valetas com terra fofa e bem adubada, cobrindo-lhe na altura de aproximadamente 50 cm. Os brotos novos colhem-se antes de emergirem na superfície da terra, para não adquirirem a cor verde por formação de clorofila. Aspargus plumosus – Milindre ou bambu-chinês: ornamental, de caule escandente, muito apreciada pelos floricultores para fazerem arranjos florais, como palmas, coroas, etc. Alce vera – Áloe, babosa. Todas as espécies possuem folhas mais ou menos carnosas, ricas em mucilagens, espinescentes ou não, dispostas em rosetas ou nos caules em nós abreviados. É plantada tida como de origem africana, que vegeta em solos pedregosos, hábito xerófito. É também cultivada como ornamental. A mucilagem é usada como de efeito sabre a caspa e queda de cabelo, é bastante amarga e tem efeitos purgativos e gástricos. Phormium tenax – fórmico, linho ou cânhamo da Nova Zelândia. Planta perene que fornece fobras muito resistentes para cordoalhas e tecidos grosseiros. Smilax médica, S. officinalis, S. áspera – Salsaparrilha. São espécies de porte escandente, folhas mais ou menos cordiformes. Algumas armadas de acúleos. Todas as espécies são consideradas Eucharis grandiflora – Estrela-do-Norte. Flores alvas, suavemente aromáticas. Ornamental. Bomaria sp. – Espécie ornamental dotada de inflorescência em umbela simples. Haemanthus sp. – Bastão do Imperador. Muito ornamental. 5.1.1.1.3 – FAMÍLIA IRIDACEAE Apresenta numerosas espécies de interesse ornamental muito preferidas pelos floricultores, principalmente as do gênero Glandiolus. São ervas, raramente subarbustos, com folhas alternas, sésseis, paralelinérveas, estreitas. /flores trímeras, pronunciadamente zigomorfas, com apenas um verticilo de estames. Inferovariadas, fruto cápsula. Principais Espécies: Iris germânica – Iris. Flores lindamente azuladas protegidas por uma espata. Tem três tépalas e externas recurvadas para baixo; três internas variegadas, recurvadas para cima, formado uma espécie de cúpula em cima do pistilo. Ornamental. Gladiolus spp. – São várias espécies conhecidas como Palmade-Santa-Rita. Ornamentais, flores simples ou dobradas, alcançando bom preço no mercado florífero. Há espécies e variedades de flores brancas, amarelas, vermelhas, brique, rosa, etc. Obtidas por hibridação de espécies sulafricanas. Propagam-se por meio de bulbos. Grocus sativus – Açafrão. Planta européia, de bulbo sólido e uma rede de raízes adventícias brancas. Dos estigmas extrae-se açafrão, cujo princípio ativo é a safranina, corante vermelho usado em microtécnica, confeitaria e laticínios. 5.1.1.1.4 – FAMÍLIA DIOSCOREACEAE Plantas de caules herbáceos, geralmente escandentes, com sistema radicular em geral rizomático, frequentemente provido de turbérculos. Folhas parecidas, na forma, com as de plantas dicotiledôneas. Algumas espécies formam na axila da folha tubérculos, que são gemas axilares hipertrofiadas, contendo substâncias de reserva. Flores trímeras. Fruto cápsula, com sementes aladas. Principais Espécies: Dioscorea batatas, D. cayenensis; D. aculeata – Inhames (N e NE), Cará-do-Pará (Centro Sul e Sul do Brasil). São trepadeiras glabas, com caule aéreo cilíndrico, provido de pequenos acúleos, folhas cordiformes. Tubérculos cilíndricos a ovóides, ricos de fécula e vitamina B. A época de plantio no Nordeste coincide com os meses de novembro/dezembro, plantando-se segmentos capilares do tubérculo em valetas ou em “covas-viradas”, em solo fofo e adubado com esterco, sendo necessário elevar as covas cerca de 50 cm. É importante tutorar as plantas, usando garranchos ou varas. O ciclo é de cerca de 10 meses a um ano. Alcançam bom preço e é produto de exportação, principalmente através o porto de Recife. Dioscorea alata, D. esculenta, D. adenocarpa, D. bulbifera – Também são chamadas de inhames, Iam. As espécies D. alata e D. bulbifera são também conhecidas como ‘cará do ar’ ou ‘inhame fígado’, porque produzem tubérculos aéreos e devido à sua forma parecida com a do fígado. 5.1.1.1.5 – FAMÍLIA PONTEDERIACEAE Pequena família de plantas aquáticas, de folhas pecioladas. Flores com perigônio diferenciado em cálice e corola, trímeras, ovário súpero, trilocular, com 2 carpelos estéreis. Inflorescência em espiga, fruto cápsula ou aquênio. Principais Espécies: Eichoinia crassipes – Baroneza, Aguapé. É muito decorativa, porém tornou-se invasora de açudes e aguadas, infestando também canais de irrigação e pequenos rios, provocando estagnação da água e formação de brejos em locais inadequados, podendo até dificultar a navegação fluvial. Os pecíolos são dotados de estrutura aeroquimática, servindo de bóia. É de difícil controle. São removidas ou controladas com gerbicidas. Eichornia azurea – Aguapé. Caule mais comprido que o da espécie anterior e quase rastejante. As baronezas produzem muitas quantidades de sementes, daí a sua elevada capacidade proliferativa, cobrindo extensas áreas. Atualmente, são utilizadas como matéria para produzir biogás. 5.1.1.1.6 – FAMÍLIA VELLOZIACEAE São plantas perenes e sublenhosas ou arbustivas, de ramificação dicótoma. Apresentam escaras nítidas no caule, cobertas pelas bainhas das folhas. As folhas são reunidas na extremidade dos ramos. As folhas são muito vistosas, inferovariadas. São plantas típicas dos cerrados e de regiões secas. A espécie mais importante é Vellozia compacta, conhecida como canela-de-ema, usada como bracha de caiação, um pedaço de caule com uma das extremidades amassadas, á guisa de pincel. 5.1.1.2 – ORDEM ORCHIDALES (MICROSPERMAE) 5.1.1.2.1 – FAMÍLIA ORCHIDACEAE É constituída de vegetais perenes, de clima tropical e temperado, herbáceos, nunca lenhosos. São frequentemente epífitas, especialmente as espécies tropicais – havendo espécies terrestres, como as de clima temperado, possuidoras de caule bulboso (pseudo-bulbo). As folhas são simples, de bordos lisos, geralmente carnosas. O caule é herbáceo, de pequena grossura. As formas epífitas possuem raízes aéreas, clorofiladas, revestidas de um tecido esbranquiçado, esponjoso – chamado velame – como ainda certas espécies podem apresentar pseudo-bulbos. Tais estruturas são responsáveis pelo acumulo de reservas de água. As flores são trímeras, fortemente zigmorfas, apresentando perigônio corolino, com três sépalas, em algumas espécies de aspecto variegado, e três pétalas, duas iguais chamadas asas, e uma diferenciada, maior, conhecida por labelo, de colorido que contrasta com as demais. O labelo envolve uma coluna chamada ginostêmio, formada pela soldadura de dois ou apenas um estame fértil, cujo filete é concrescido ao estilete. O ginostêmio tem um lóbulo que serve de barreira, impedindo a polinização direta. Tal lódulo é o rostelo e a não observância da autogamia chama-se hercogamia. Este último fenômeno é ainda mais assegurado pelo fato do pólen se apresentar aglutinado e compactado, formando a polínia, característica da família. Cada polínia é, pois, uma bolinha de pólen localizada na extremidade de uma delicada haste bifurcada em Y, denominada caudículo, que se insere por sua extremidade inferior numa base chamada retináculo. A polinização natural é feita por insetos, especialmente formigas (mirmesofilia). Interessante é que a formiga de enxerto do cacaueiro (Azteca paraensis var. bondari) mantém simbiose com orquídeas, semeando-se sobre seus ninhos. As espécies do gênero Catasetum têm as polínias ligadas a uma estrutura, à maneira de catapulta, que, ao toque do inseto, dispara e faz com que a polínia adira a seu corpo, que a transporta até o estigma de outra flor. O ovário é ínfero, trilocular, tricarpelar, retorcido, com inúmeros óvulos, que fecundados, asseguram um grande número de minúsculas sementes. Do ponto de vista biológico, as orquídeas são muito importantes, pois permitem esclarecer estímulos fisiológicos que induzem a frutificação durante todo o ano, permitindo assim a industrialização permanente da fruta. Trata-se da aplicação de fithormônios, do qual o mais usado é o ácido naftalenoacético na segunda concentração: ANA 0,08 %, álcool 40.00 % e água 60,00 % aplicado a partir dos 45 dias do plantio. Ananas bracteatus – Ananás. Produz inflorescência vermelha. Ornamental. Neoglaziovia variegata – Caroá. Planta típica do Nordeste, dotada de rizoma de crescimento contínuo e de folhas carnosas de bordos aculeados. Das folhas extrae-se uma fibra resistente, utilizada na fabricação de cordas, tapetes, redes, tecidos, etc. Da batedura das folhas obtém-se um farelo que poder ser armazenado ou ministrado imediatamente ao gado, dado seu elevado teor em proteínas. Dickia spp. Macambiras. São Bromeliáceas de folhas espinescentes que vegetam sobre lagedos (macambira de lagedo, planta rupícola). Possuem rizoma que podem ser utilizados como forragem e tais plantas são em pregadas na confecção de cercas vivas nas zonas secas. Tillandsia stricta – Barba-de-velho, sambabaia de enrolar ovos. Também é epífita das matas brasileiras, formando cordões anastomosados que ficam pendentes às grandes árvores. É usada na embralagem de ovos, enchimento de mantas de sela, cangalhas, etc. Neste último mister, é necessária ferver a planta, pois, mesmo acondicionando, continua viva. 5.1.1.4 – ORDEM ZINGIBERALES (SCITAMINEAE) 5.1.1.4.1 – FAMÍLIA MUSACEAE Planta herbáceas de grande porte, e, às vezes, de aspecto arbóreo. A maioria das espécies prefere solos férteis e frescos. Frequentemente o verdadeiro caule é abreviado ou transformado em rizoma. A parte aérea é composta de um pseudo-caule formado pela superposição das bainhas das folhas, é fibroso e muito rico de água. AS folhas adultas são geralmente bem desenvolvidas, pinatoparalelinérveas; as jovens têm prefoliação convoluta, isto é, enroladas em cartucho. Flores reunidas em inflorescências protegidas, muitas vezes, por brácteae espatiformes, coloridas. São andróginas ou unissexuadas por aborto, zigomorfa, trímeras. A maioria das espécies pertence às regiões tropicais. Principais Espécies: Musa paradisíaca subspp. normalis – Banana-da-Terra, Maranhão, Sete-Penca. São frutas de elecado valor comercial, produzidas por plantas altas, consumidas geralmente fritas ou cozidas. São muito apreciadas no Nordeste, onde são encontradas nas feiras livres e em centros de abastecimento. Musa paradisíaca subspp. sapientum – Bananas Prata, Maçã, Ouro, São Tomé. São consumidas geralmente cruas, salientando-se a primeira como de maior abundância no Nordeste. Musa nana (M. Gavendishii) – Banana nanica ou banana d’água. As plantas são de pequeno porte, mas produzem cachos com muitos frutos. Estes são consumidos crus, cozidos ou assados. Do cruzamento de M. nana com M. paradisíaca subspp. sapientum, surgiu a banana “hanição”, um híbrido inter-específico. As bananeiras constituem um grande ramo da fruticultura (bananicultura) tropical, sendo o Brasil, por exemplo, um grande país produtor na América do Sul. As nossa exportação são pelo porto de Santos, onde embarcam anualmente grandes pertidas de nanas para o Exterior, principalmente das espécies nanica, nanicão, figurando, no passado, a conhecida por “Gros- Michel”, muito suscetível “Mal do Panamá”, moléstia grave causada por um fungo (Fusarium oxysporum f. e. cubense). Uma outra moléstia que ataca o bananal é o “mal de Sigatoka”, também provocada por fungo (Mycosphaerella musicola) contra o qual foram desenvolvidas as pulverizações à base de óleos minerais apropriados. O cultivo de bananeiras requer boa técnica. Durante as operações de colheita, embalagem, transporte e armazenamento, cuidados especiais devem ser dispensados para não ferir nem amassar o produto. As bananas não se conservam à baixas temperaturas, senão ficam escuras, sem valor comercial. Além de seu consumo “in natura”, são utilizadas como matéria-prima para doces, farinhas, passas, etc. Musa textilis – Abacá ou cânhamo de Manila. A planta é semelhante a uma palmeira. Produz um pseudo-caule, que é cortado antes do florescimento, extraindo-lhe daí a fibra das bainhas das folhas, A fibra das bainhas folhas. A fibra é resistente à ação da água do mar, daí as cordas obtidas com a mesma serem muito usadas em navios e em outras embarcações. O fruto é semelhante a uma banana, dotado de sementes, mas a propagação é comumente efetuada por meio de mudas. Musa violaceus – Bananeira-de-jardim. Originária da Malásia, foi introduzida como ornamental. Alcança até 4 m de altura. Possui brácteas roxo-claras, caducas. Musa ensete. Ehsete ventricosum. Procedente da África e frequentemente ornamental. Não forma rizomas. Folhas verdes com nervura central vermelha e margens purpúrosas. Ravenala madagascariensis – Árvore-dos-viajantes. Estipe alto, esguio, com osearas das folhas caídas. Folhas em disposição dística, pecioladas. A bainha e a nervura principal têm a forma de calha, onde acumula água, que serve para saciar a sede dos viajantes das regiões onde a planta vegeta. Daí seu nome vulgar. As folhas podem alcançar até 4 m de comprimento, formam um leque composto de 20 a 25 unidades sobre o eixo da planta. Inflorescências protegidas por espatas naviformes, axilares. Flores trímeras, brancas. Ornamental. O fruto é seco, com sementes envolvidas por arilo azul. Heliconia brasiliensis – Bananeira-de-jardim. Forma touceiras, apresenta flores dotadas de brácteas coloridas de verde e vermelho. Ornamental. Strelitzia reginae – Bananeira-rainha, Árvore do Paraíso, bico de tucano. Planta herbácea, de folhas longopecioladas. Inflorescências protegidas por espatas de cor vermelha, brilhante. Flores de sépalas amarelo-alaranjadas e pétalas azuis. Variedades S. reginae var. flava com sépalas amarelo- palha, D. reginae var. humilis, de menor porte e sépalas pálidas, esbranquiçadas. 5.1.1.4.2 – FAMÍLIA ZINGIBERACEAE Plantas herbáceae, robustas, frequentemente de folhas grandes, providas de lígula. Flores zigomorfas, andróginas Cálice tubuloso, corola infundibiliforme, trilobada, com lobo mediano maior. O androceu fortemente metamorfoseado: dois estaminódios extrenos, dois internos e um estame fértil. Ovário ínfero, geralmente trilocular, fruto cápsula. Sistema radicular rizomatoso, frequentemente tuberoso. Principais Espécies: Zingiber officinale – Gingibre. Erva de rizoma perene, ramificado, ligeiramente achatado. Caules erectos, folhas dísticas, limbo estreito e ponte-agudo. Flores verde-amareladas dispostas em espiga no ápice de escapo floral emitido pelo rizoma. Os rizomas são o condimento gengibre, utilizados no fabricação de balas, bebidas, em culinárias etc. É originário de Ásia e cultivada no Brasil. Elettaria cardamomum – Cardamomo. É usado como condimento e tem propriedades medicinais, como eupéptico. Curcuma longa – Açafrão de xxxxx. Produz um rizoma fornece um corante amarelo. Contém o agente ativo do papel de tornassol. O rizoma após ser colhido, é seco e pulverizado para dar coloração amarela ao queijo, manteiga, arroz e massas alimentícias. Na Índia constitui o “curry”, condimento muito apreciado. Alpinia officinarum – Fornecedoura da Radix Galangae, de alto valor medicinal como anti- desontérico. 5.1.1.4.3 – FAMÍLIA CANNACEAE Planta herbáceas com folhas de lâmina grande, peninérveas, sem lígula. Flores assimétricas. Sépalas 3, imbircadas pétalas 3, mais ou menos conatas na base, uma sempre menor. Amdroceu de 2 4) Fruto – Aquênio, sendo cariopse nas Gramíneas. As Ciperáceas têm sistema radicular fasciculado, tuberoso ou rizomatoso. Os rizomas possuem nós com escamas espiraladas. Principais Espécies: Cyperus papyrus – Papiro. Planta originária da África Trpical. Faixas coladas da medula sevial do papel na antiguidade. Atualmente é cultivada como ornamental podendo alcançar até 5 m de altura. Cyperus alternifolius – Frequentemente confundida com a espécie anterior. É de tamanho menor, alcançando até 1 m de altura. Ornamental. Cyperus rotundus – Dandá, tiririca. É uma erva daninha de difícil extermínio, havendo herbicidas de ação eficaz contra ela. É indesejável invasora de culturas anuais, pomares, hortas e jardins, propagando-se por sementes, rizoma e por meio de pequenos bulbos que formam rosário nas raízes, podendo estes assegurar a permanência da erva sob a forma de latência. Como as demais espécies, é indicadora do solos ácidos. Cyperus esculentus – Tiririca-mansa. Produz tubérculos comestíveis e nutritivos. Muitas espécies vivem em pântanos. 5.1.1.7 – ORDEM COMMELINALES 5.1.1.7.1 – FAMÍLIA COMMELINACEAE Ervas ou rasteiras, caule noduloso e articulado, com bainhas amplexicaules. Inflorescências protegidas por espata ou não. Flores tanto actinomorfas quanto zigomorfas. Ovário súpero, tricarpelar, com pouca sementes por baga ou cápsula. Principais Espécies: Commelina elegans – Marianinha. Espécie de folhas rasteiras, enraizantes, inflorescência protegida por espata, flores azues. Infesta campos de cultura, principalmente nas épocas de chuvas, havendo necessidade, em casos de culturas anuais, ser retirado da capina. É resistente à ação de herbicidas. Dichorisandra thyrsiflora – Trapoeraba. Tradescância. Subarbusto de cerca de 1,5 m de altura. Folhas oblongas. Flores reunidas em inflorescência paniculadas, de cor azul intenso. Nativa nas matas úmidas e cultivadas como ornamental. Tradescantia virginida – Tradescância. Erva rasteira ou semierecta, folhas oblongo-lanceoladas. Flores de cor rosa-lilás. Ornamental. 5.1.1.8 – ORDEM POALES (GLUMIFLORAE) 5.1.1.8.1 – FAMÍLIA POACEALES (GRAMINEAE) Uma das maiores famílias entre as fanerógamas, e de maior importância econômica. Ervas, raramente lignificadas, caule tipo colmo, na maioria das espécies, ôco. Articulado nos nós, que são sólidos. Pouco acima de cada nó, encontra-se uma pequena zona de células meristemáticas que possibilitam o desenvolvimento de raízes adventícias nos nós. A parte do colmo situada entre dois nós chama-se internódio. A formação de raízes e de brotos aéreos só é possível na zona meristemática. Folhas simples, lineares, lanceoladas, ensiformes ou espatuladas, inseridas em posição alterna dística. Possuem limbo ou lâmina, de nervação paralela; bainha em maior ou menor extensão envolve o colmo; lígula, às vezes ausente, está situada entre a lâmina e a bainha. A inflorescência básica é a espigueta (espícula), que por sua vez pode ser reunidas em inflorescência de segunda ordem, de forma variada. A estrutura da flor é fortemente modificada. O perigônio é reduzido e transformado em duas escamas pequenas – lodículas. A espigueta é também chamada espiguilha. As lodículas protegem 3 estames (raramente 6 – arros, ou mais raramente 1) e gineceu originalmente tricarpelar. Este, da sua estrutura trímera, conserva apenas o estigma, que na maioria das espécies é trífido. Ovário unilocular, uniovular, súpero. Às vezes estigma é bífido ou monófido (milho). Andorceu, gineceu e lodículas estão protegidos por duas brácteas secas, das quais: a superior, a pálea, está situada imediatamente abaixo das lodículas e a inferior, a lema, está situada abaixo da pálea (esta bráctea, em algumas obras, é também chamada pálea inferior). O lema (pálea inferior) frequentemente tem um prolongamento chamado arista. Mais abaixo, protegendo uma ou várias flores, há mais duas brácteas que têm o nome de glumas. Uma ou várias flores protegidas por duas glumas (superiores e inferiores) estão dispostas em um eixo que se chama ráquila e constituem uma espigueta ou espiguilha. As espiguetas estão reunidas em inflorescências de várias formas e tipos – espigas, racemos, panículas, etc. O eixo da inflorescência composta se chama ráquis. O fruto das gramíneas geralmente é cariopse, porém há alguns gêneros que possuem núculas. As gramíneas acusam cerca de 7500 espécies dentro de mais ou menos 500 gêneros. O Brasil possui 3 a 4 mil espécies introduzidas ou nativas. Vegetam nas mais diversas áreas, desde as regiões semi-áridas às regiões super-úmidas. Importância Econômica das Gramíneas As Gramíneas são muito úteis ao homem nos mais diferentes aspectos. 1. Alimentícias: Trigo, Arroz, Milho, Aveia, Cevada, Centeio, Sorgo. Estas espécies são chamadas plantas cerealíferas. O arroz e o milho são consumidos sob a forma de grãos inteiros ou transformados em farinhas. Os demais cereais são consumidos sob a forma de farinha simples ou em misturas industrializadas, chamadas farinhas alimentícias, adquiridas no mercado, enlatadas ou empacotadas. Os subprodutos e resíduos da moagem dos cereais constituem excelentes forragens (farelos), ricas em proteínas, gorduras, além de conduzirem pequena de amido, sais minerais e vitaminas, bem como bom teor de celulose. Com referência ao trigo, é matéria-prima para o fabrico do pão branco; o centeio para a obtenção do pão preto. Deve-se ainda considerar que o pastefício – pontução de massas alimentícias (macarrão etc.) utiliza grandes quantidades de farinha de trigo. 2. Industriais – Os cereais, já citados, constituem matéria-prima para uma série de industrias com base no amido. Assim é que, além de fazerem parte das farinhas alimentícias, o amido pode ser sacarificado e transformado em álcool, ácidos orgânicos etc; pode constituir o xarope de glicose (produto comercial conhecido como Karo), etc, etc. O arroz produz uma aguardente oriental chamada saké; o milho, cevada, etc, germinados, constituem o malte, utilizado no fabrico da cerveja e do uísque; o sorgo, cereal de zonas secas, pode ser utilizado como matéria-prima para obtenção de álcool (sorgo sacarino). A cana-de-açúcar é a fonte de sacarose dos trópicos e eleita como matéria-prima de primeira ordem para a produção de álcool (etanol), colaborando de maneira espetacular para resolver o problema energético brasileiro, condicionado pela crise mundial do petróleo. O bambu tem sua posição de destaque na industria de papel, como fornecedor de celulose. Pode-se ainda lembrar espécies de gramíneas produtoras de óleos essenciais, utilizados na perfumaria de modesto valor, como os capins “sandalo” e “vetiver”. 3. Forrageiras – Sob o aspecto forrageiro, pode-se considerar: 3.1 – Gramíneas destinadas ao pastoreio Constituem as pastagens utilizadas na exploração pecuária extensiva. Infelizmente, ainda não houve entre os criadores a conscientização das vantagens do uso de Dactylotenium aegypticum – Capim-pé-de-periquito. Possue inflorescência digitada, em forma de estrela. É daninha. b) Tribo Phalarideae. A principal espécie é Phalaris canariensis. Alpiste. Utilizado na alimentação de pássaros, estando por preço elevado no mercado. c) Tribo Oryzeae. A espécie mais importante é Oryza sativa. Arroz. Apresenta inflorescência paniculada. Espigueta uniflores, compressas lateralmente. As aristas, quando as há, são retas, não geniculadas. É cultura anual e por excelência tropical e sub-tropical. Há variedades que são cultivadas com irrigação por inundação e variedades de sequeiro, isto é, que são cultivadas nas épocas de chuvas, sem irrigação por inundação, podendo receber, conforme a economia, irrigação por aspersão. O seu grande valor econômico é como planta produtora de grãos alimentícios de muitos povos, principalmente os orientais, sendo também consumidos em todas as Nações do Mundo. É a gramínea mais hidrófila que se conhece. Além dos grãos, a palha é utilizada para chapéus, cestos, esteiras e outros fins. Nas Filipinas há um famoso Instituto de Pesquisas de Arroz, que produz híbridos que trazem o prefixo IR, como IR-22, dotado de boas características de grãos. d) Tribo Hordeae. Apresenta as espiguilhas dispostas em carreira dupla; gluma inferior facilmente aristada. Principais Espécies: Triticum vulgare (T. aestivum) – Trigo. Trigo mole e T. durum Trigo duro. Morfologicamente, trigo mole difere de trigo duro por ter a espiga mais frouxa e as aristas, quando as há, são curtas, enquanto que quase todas as variedades de T. durum possuem aristas mais compridas que as espigas e estas são compactas. As variedades de trigo duro são mais adequadas para climas secos e quentes. Em climas continentais e secos, o grão de trigo contém mais proteína e menos amido que nos climas úmidos. É o cereal mais consumido, sendo a base fundamental de alimentação dos povos, sob a forma de pãos, farinhas e massas alimentícias, sendo, portanto, a gramínea mais cultivada em todo o Mundo. Dentro de uma mesma espécie, encontram-se formas de inverno e de verão, isto é, as que devem ser semeadas no início do outono para passarem no solo pelo período frio e as que devem ser semeadas na primavera. Ultimamente, está em grande expansão a cultura tritícola nas áreas do Centro e Meridional do Brasil. Além de grãos amiláceos, o trigo fornece palha utilizada nas mesmas finalidades que a do arroz. Hordeum sativum, H. vulgare. Cevada – Cultura anual. Nos países de clima temperado deve ser semeada no início da primavera. A estrutura da espiga é caracteristicamente dística, com aristas compridas, que se paralelas. Nos países pobres é usada em panificação, porém, tem grande valor como cevadinha e na industria de cerveja, que é fabricada com grão maltado. Também é largamente usada como forragem para eqüídeos, porcos e aves. Secale cereale – Centeio. É utilizado para fabricação de pão preto, muito apreciado na Europa. É cultivado em regiões que ficam acima do limite de distribuição geográfica do trigo. Difere morfologicamente do trigo pelas glumas mais estreitas e espiguetas bi-floras. Espiga aristada. Há também formas de inverno e primavera. Acredita-se que as formas espontâneas de centeio eram encontradas, inicialmente, como invasoras nas plantações de trigo. e) Tribo Festuceae Não possui espécies de grande importância; geralmente vetam em clima temperado. Dentre as espécies de clima tropical, destaca-se Pappophorum mucronulatum, que é conhecido como capim-branco ou capim rabo-de-raposa. É uma espécie invasora de baixa aceitação pelo gado, constituindo a sua erradicação num problema, sendo indicado a aplicação de herbicidas. É muito prolífera, pois produz muitas sementes. f) Tribo Agrostideae Aristida pallens – Capim barba-de-bode. Ervas cespitosa de colmo erecto, florescência panícula ramificada, vermelho-violácea. Distribuida desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. Nas terras pobres constitui uma praga. Não se apresenta como erva daninha em terras continuamente cultivadas e sim nos prados e pastos. Aristida spp – Capim Parnaso. Vegeta nas Caatingas e chapadas em épocas secas, transformando-se num feno natural, aceitável pelo gado. Entretanto, quando verde, é rejeitado pelos animais. g) Tribo Aveneae Apresenta uma espécie de importância econômica, que é Avena sativa – Aveia, característica pela forma paniculada da inflorescência, composta de espiguetas bi e multifloras. Há variedades de verão, sendo cultivadas no Brasil Meridional. Produz grãos alimentícios e forrageiros. Tem ciclos menores que o milho, é resistente à seca e é de fácil beneficiamento. O grão, de aspecto laminar, é altamente nutritivo, rico em amido e minerais. SUBFAMÍLIA PANICOIDEAE – Divide-se em quatro tribos que são: MELINIDEAE, ANDROPOGONEAE, MAYDEAE E PANICEAE. a) Tribo Melinideae O número de espécies desta tribo é bastante reduzido. Figura como a mais importante Melinis minutiflora, o conhecido Capim Gordura, Capim Catingueiro, Capim Meloso ou Melado. Estolonífera e rizomatosa, chegando os colmos, em certas regiões, a alcançarem a altura de 1 metro ou mais. A parte aérea tem cor verde acinzentada, devido aos pêlos secretores esbranquiçados que contém. Inflorescência em panícula composta, roxo-avermelhada, sendo a planta toda viscosa. Propaga-se por mudas rizomatosas, estelhos e por sementes. É originária da África, alastrando-se por grande parte do território nacional, sendo bastante difundido em São Paulo e Minas Gerais, onde é conhecido por “capim catingueiro roxo”. Não tolera o fogo e é sensível às geadas. Desenvolve-se rapidamente, cobrindo todo o solo e concorrendo com as demais plantas, razão porque não deve ser cultivado com outras forrageiras. É consumido em pastagens, podendo ser fenado ou ensilado. Dotado de cheiro característico, o mesmo pode ser transmitido ao leite e até mesmo à carne. b) Tribo Andropogoneae Importantes sob o ponto de vista alimentício, forrageiro e industrial, apresentando espécies e variedades de elevada utilidades para o homem. Principais Espécies: Saccharum officinarum – Cana-de-açúcar. Inflorescência grande, paniculada, composta. Colmo sólido contendo grande quantidade de sacarose. O início da cultura da cana-de-açúcar deu- se, provavelmente, em Bengália e Cochinchina, sendo introduzida no Brasil Colonial, na Capitania de São Vicente, por Martim Afonso de Souza. Presentemento, é cultivada em todos os países tropicais e subtropicais. A produtividade média em sacarose é de 90 kg por tonelada de colmo frescos. A propagação é feita vegetativamente e a colheita dos colmos para a industria se faz geralmente antes da floração, pois na formação da inflorescência a planta gasta parte da sacarose armazenada, diminuindo assim o rendimento industrial. Quando se deseja obter novas raças por meio de cruzamentos, os Centros de Pesquisas recorrem à reprodução seminífera. É planta exigente de boas terras e de um regime pluviométrico elevado e bem distribuído, por isso, na Bahia, a lavoura se localiza, principalmente, nos massapés do Recôncavo. Responde magnificamente à irrigação. Um sério problema da lavoura canavieira foi o mosaico, moléstia de vírus, que causou prejuízos inestimáveis a todos os países produtores de açúcar e álcool. A Estação Experimental do Oeste de Java – “Proofstation Oest Java” – a partir de cruzamentos entre S. officinarum, S. sinensis, S. spontaneum e outras espécies, consegui os híbridos POJ, como POJ 2878, um dos mais resistentes ao mal. Tempo, a Estação de Coimbatore, na Índia, produziu híbridos, como CO 290 e outros, que vierem resolver o problema do mosaico, por imunização, no Brasil e em outros países canavieiros do mundo. Entre nós, temos a Estação Experimental de Campos, no Estado do Rio de Janeiro, e o Instituto Agronômico de Campinas. Em São Paulo, que produzem material resistentes à esse e outros males da cana-de-açúcar, identificados pelos prefixos CB (Campos Brasil) e I. A. C. Coix lacrima Johi – Contas-de-Nossa-Senhora. Vegeta nas proximidades de cursos d’água, lagos e lagoas, como também em aguadas. Deu origem ao trigo Adley, cultivado em regiões úmidas e superúmidas. Os frutinhos são usados como enfeites de gaiolas de pássaros, cabaças-de-contas dos nossos conjuntos musicais regionais e em outros artesanatos. Tripsacum laxum – Capim-Guatemala. É de grande porte, servindo para corte em estado novo. É de crescimento lento, produzindo grande rendimento de massa verde por unidade de área. Há curtas espécies de menos importância, dentre as quais T. latifolium. d) Tribo Paniceae – É a que possue maior número de espécies forrageiras, destinadas, principalmente, ao pastoreio. Principais Espécies: Panicum maximum – Capim Colonião ou Guiné, com as variedades Guinezi – Sempre verde, Grama-da-Europa, Guinezinho de Tanganica, Murumbu e outras, assim como sub variedades. O capim colonião é perene e introduzido no Brasil na época colonial. O clima matou-as com facilidade, ocorrendo espontaneamente. É um dos capins mais comuns para a formação de pastos artificiais. Proveniente da África, é tipicamente tropical, sendo aualmente uma das espécies mais difundidas no Brasil, sendo também invasor. É de levada palatabilidade, exigente de terras férteis, não necessitando de elevadas precipitações. As suas sementes são de elevado poder germinativo. Todavia, o colonião vem sendo substituído por outros capins de menor valor econômico, devido ao hábito sistemático da queima dos pastos pólos nossos criadores, o que diminui a fertilidade do solo, tornando-o não muito próprio para a vegetação da aludida espécie. A utilização do colonião logo após a semeadura não é conveniente porque apresenta baixa palatabilidade e alto teor de fibras, sendo a época adequada ao pastoreio quando as plantas atingem 40 a 60 cm de altura ou quando já sementearam, para garantir a propagação seminífera. Panicum purpiracens – Capim-Angolinha. Vegeta em terras baixas, encharcadas, suportando a inundação, o pastoreio e o pisoteio. É invasora, encontrando-se, por exemplo, em vegetações, na zona canavieira no Recôncavo Baiano, constituindo um problema nas limpas da cultura da cana-de- açúcar. Adapta-se bem em solos pobres de cálcio. Entretanto, acerreta ao animal sintomas de uma doença chamada osteomalácia, osso-porosos ou mal-de-bengo, de carater progressivo, que pode conduzir o animal à morte, iniciando-se com o aparecimento de animais de “cara-inchada”. Por isso, essa espécie de capim é também conhecida como Capim-bengo. Outras espécies deste gênero são os Capins Angola, Capim Planta, Capim Para. Cita-se ainda o Capim-Patuá (P. aquaticum) que vegeta em terras inundadas, embora resista ao pisoteio. Paspalum maritimum – Capim-Gengibre. Vegeta tanto em terras férteis como em terras francas. É invasor, de pouco valor forrageiro e de difícil erradicação. Uma opção para controlá-lo é a competição com outras espécies de maior resistência, como o Capim-Gordura e/ou calagem no solo. Paspalum notatum é a Grama-batatais, utilizada parar a formação de gramados. Paspalum conjugatum – Capim – Papuão. Vegeta na zona cacaueira, não tem valor forrageiro é invasor, sendo considerado uma praga por competir com a unidade do solo. È também conhecido como Capim-Forquilha. Paspalum vaginatum – Capim-de-salgado. Ocorre em solos salinizados e até mesmo as proximidades das praias, porque tolera o cloreto de sódio (espécie halófila e pasmófila). É aceitável pelo gado, porém produz pouca massa. Ponnisetum purpureum – Capim-Elefante. Perene, colmo altos, inflorescência em espiga cilínndirca, espiguetas verticiladas. Originária da África Tropical e introduzida no Brasil em 1921. É também chamada de Capim-Nepier. É de touceira, de grande porte, até 3 m de altura, produzindo boa forragem quando cortado a 60-80 cm de altura. Pode ser fenado ou ensilado, produzindo, com grande poder de regeneração, até trezentas toneladas de massa verde por hectare, sob condições edáficas e climáticas ótimas. Em pastos normais, seu rendimento é de 30 a 40 t/ha. Pennisetum clandestinum – Capim-Kikuio. Erva de colmos rastejantes, estoloníferos, de crescimento limitado, com internódios curtos. Foi introduzido no Brasil oriundo da África do Sul. Excelente forrageira, vegetando em terras montanhosas e vulcânicas, é o capim considerado mais rico em proteínas. É também usado para vegetar canais de irrigação e de terraços, para controlar a erosão em culturas em faixas. Pennisetum setosum – Capim-elefante brasileiro ou Nhambiquare. Tem relativa importância agrostológica. Brachiaria plantaginea – Capim-marmelada. Anual e termina seu ciclo quando começa a estação seca nos trópicos. Fonte de produção de forragem espontânea, constituindo-se uma silagem de primeira ordem, embora para feno não seja dos melhores, pois é muito rico de umidade. É sensível ao pisoteio e torna-se daninho em terras cultivadas. Brachiaria decumbens – Perene. Folhas lanceoladas, acuminadas, truncadas na base. Inflorescência com 3-4 espigas. Rizomatoso e estolonífero. Resistente ao pisoteio e ao fogo. É invasor e de difícil erradicação. Vegetal em solos pobres, sendo uma boa forrageira. Foi introduzido da África. Brachiaria brysantha – É um capim de origem africana, dotado de pêlos na bainha das folhas, sendo está a grande diferença com relação ao marmelada. É estolhoso e engrama por todo o solo. É resistente e serve à manutenção de búfalos. Brachiaria mutica, B. rugulosa, B. radicans – Têm sido chamada “Tunner grase”. São espécies de origem africana. B. rugulosa ocorre em campos úmidos, em solos pesados. É está espécie que mais frequentemente é reputada como tóxica; B. radicans é perene, de bainha glaba. Ocorre em terras alagadas. Digitaria decumbens – Capim-pangola. De origem africana, é estolhoso, altamente invasor e dominante sobre as outras espécies, inclusive sobre espécies de maior porte, como o colonião e o sempre verde. Foi introduzido há cerca de 20 anos em Costa Rica e há mais ou menos 15 no Brasil, mais precisamente na Bahia, onde, de modo geral, encontrou um bom habitat. Todavia, em certasas áreas não se comportou bem, devido a fatores climáticos, edáficos e á incidência de pragas. Existe uma variedade de pangola, o Pangolão, mais robusto que o primeiro, porém menos dominante e de menor poder de regeneração. Ao gênero Digitaria ainda pertence outras espécies, como D. horizontales e D. sanguinales, vulgarmente conhecidas como Capim-Tinga. Setaria sphacelata – Capim-marangá. Pouco conhecido entre nós. Setaria pairetiana – Capim-canoão. Sem valor agroestologico; pelo contrário, se constitui numa séria pragas dos cacauais. É de difícil erradicação, a não ser por controle biológico. Vegeta nas clareiras, é concorrente de água. O aumento do sombreamento seria o recurso de erradicação a ser adotado, mas essa prática implicaria em outras desvantagens, inclusive não permitindo melhor circulação de ar no cacaul, de modo que a capina e destoca é o caminho a seguir. Echinochloa polystachia – Capim-canarana, também conhecido por capim-caiana, Capim Amazonas, Capim mandante. Nas ocasiões de enchente no Rio Amazonas, formam-se ilhas flutuantes onde os búfalos pastam esta espécie. Outras espécies são: E. cruz galli, E. cruz pavonis, que invadem os campos de arroz irrigado, por isso também conhecidas como arroz bravo, constituindo-se em pragas indesejáveis. A solução é inundar a área e depois aplicar herbicidas, depois da brotação. Trinchachne insularis – Capim-Açu Amargodo. É espontâneo, nascendo em solos empobrecidos em touceiras esparsas. Não é aproeitado pelo gado em estado verde, porque amarga; porém, quando fenado naturalmente é aceito. Rhynchelytrum roseum (Trichlaena roses) – Capim-mimoso ou Favorito. Fornece forragem de qualidade inferior. É ornamental, devido a coloração rósea de sua panículas. Vegeta em solos bastante pobres, é invasor e não é fácil a sua erradicação. Stenotaphrum secundatus – Grama-de-jardim, Grama-da-praia. É halofila e psamófila. Encontra-se em solos franco-arenosos, nas duna e restingas. É usada para estabelecimento de gramados em parques e jardins. A propagação é predominantemente vegetativa. Tem como centro de origem a América do Norte, sendo muito comum em muitos países. Há uma variedade chamada S. secundatum variegatum, com folhas de bordos amarelados, muito apreciada como ornamental. Em virtude de seu sistema radicular bastante desenvolvido e a presença de estolhos, a grama-de- laterais, sendo cilíndrico na quase totalidade das espécies, verificando-a a emissão de ramos florígenos de origem axilar. Todavia, há espécies, como a tamareira e a plameirinha-de-jardim (Chrysalidocarpus) que pode emitir ramos auxiliares vegetativos. Outras, como a Licurioba, têm caule subterrâneo rizomatoso, de crescimento horizontal, propiciando a formação de touceiras: ainda, há aquelas em que o caule não se desenvolve e são chamadas “acaules”, de pequeno porte e de ciclo biótico relativamente curto relativamente curto; finalmente, há palmeiras de caule escandentes, que crescem fixando-se à outras plantas, como as “Titaras”. As espécies da Malásia têm o nome de “Rotang” (Calamus spp.), que produzem uma fibra para a confecção de encostos e assentos de cadeiras, sendo, no Brasil, substituída pela titaras (Desmonchus spp.). Sistema Foliar – As folhas tem disposição espiralada, em nós abreviados, implantando-se no ápice, formando uma coroa. São persistentes por cerca de um ano. São simples, em muitas espécies fendidass profundamente até a nervura principal, que funciona como ráquis nas formas penadas. O limbo pode ser inteiro ou fendido, daí as folhas apresentarem-se em forma de leque ou de penas, sendo, por isso, denominadas digitinérveas (palminérveas) e peninérveas, respectivamente. É devido à essa diversidade de aspectos de suas folhas, que as palmeiras têm importância como plantas ornamentais. Com a queda, a folha deixando estipe uma cicatriz em seu ponto inserção, que é chamada escara foliar. Em certas espécies, como no coqueiro, por exemplo, há um tecido tramado, envolvendo a bainha da folha, responsável por uma melhor fixação foliar à planta. Tal tecido é denominado indúvia. A bainha é bastante desenvolvida e amplixicaule, muito típico na palmeira Imperial. A gema terminal, que é responsável pelo crescimento em alongamento da planta, é, quando nova, fonte de palmito de alto valor comercial, como é o caso da espécie conhecida por Jussara. Sistema Reprodutivo – A inflorescência é axilar e protegida por uma bráctea chamada espata, que é, em alguns casos, guarnecida por outra brácteas menor, denominadas espatela. A inflorescêndia é multiflora e as flores têm disposição compacta ou não. Segundo a distribuição das flores na planta, pode-se observar: a) Plantas Monóicas Quando as flores masculinas e femininas estão numa mesma inflorescência (coqueiro) ou quando as flores masculinas e femininas estão em inflorescências diferentes, mas numa mesma planta (dendezeiro). b) Plantas Dióicas Quando as flores masculinas ou femininas se dispõem em plantas distintas (Tamareira, Borassus). As flores são trímeras, superovariadas, actinomorfas, unissexuadas por aborto, possuindo, de início, os dois verticilos reprodutores. Os verticilos protetores, quando existem, constituem o perigônio, com pétalas e sépalas morfologicamente semelhantes. O perigônio é coreaceo, sendo assim de pouca aceitação como atrativo aos polinizadores. A polinização é tipicamente anemórfila, havendo grande produção de grãos de pólen. Contudo, pode-se verificar a visita de abelhas, principalmente da arapuá. O fruto apresenta características definidas, com algumas variações. No coqueiro, por exemplo, é dotado de ectocarpo ceroso, mesocarpo fibroso e endocarpo lignificado, que abriga a semente. Esta é albuminada, exibindo reserva de óleo e a chamada água-de-coco, que é considerada um albume líquido. No dendê, o mesocarpo é fibroso e rico de polpa oleaginosa, da qual se extrai o óleo de dendê, também conhecido como azeite de dendê. Na tâmara, o mesocarpo é mucilaginoso e rico em açúcares. O número de sementes é de cinco no Babaçu, três na Piaçava e uma no Coco-da- baía. Pelo exposto, pode-se dizer que as Palmáceas apresentam três tipos de frutos: a) Baga – como a tamareira, cujo fruto não possui endocarpo lignificado, achando-se a semente na polpa; b) Noz – como no coqueiro (planta nucífera) em que o mesocarpo é fibroso e seco; c) Drupa – como no dendezeiro, com mesocarpo oleaginoso e endocarpo lignificado. Os principais gêneros da família Arecaceae (Palmae) são: Cocos, Elaeis, Poenix, Syagrus, Euterpe, Attalea, Leepoldinia, Orbygnia, Phytelephas, Borassus, Chrysalidocarpus, Guillielma, Roystonia, Mauritia, Astrocaryum e Cariota. Principais Espécies: Cocos nucifera – Coqueiro-da-Bahia. É considerada como originária da Oceania ou da Polinésia, vindo ter ao litoral do Nordeste brasileiro pelas correntes oceânicas, tornando-se subespontânea. Apresenta estipe de 30 m de altura ou mais, geralmente mais volumoso na base, sendo uma árvore de longa longevidade. Tem folhas simples profundamente lobadas, pinadas, inflorescência em cacho, com flores geralmente unissexuadas: as masculinas com seis estames rudimentares; as femininas com ovário trilocular, porém, na fecundação, um só carpelo é geralmente fecundado. O fruto é ovóide, ligeiramente trigonal, com até 30 cm de comprimento. É hidrócoro (disseminado pela água), apresentando um epicarpo de natureza cerosa, envolvendo o mesocarpo fibroso e seco, que cobre inteiramente o endocarpo lignificado, bastante resistente e duro. No interior desses três envoltórios, está localizada a semente, dotada de embrião e um albume oleaginoso, banhado pela água-de-coco, uma reserva líquida, adocicada. Para muitos, o coqueiro limita-se apenas às zonas litorâneas, onde haja grande quantidade de cloreto de sódio (planta halófila) e solos tipicamente arenosos (plantas psamófila). O que acontece é que, além do NaCl, a água do mar é rica em outros sais, como de cálcio, magnésio, etc. Acresce ainda que vivendo da preamar máxima à meia encosta, o coqueiro ainda desfruta de água do lençol freático que se dirige para o mar, levando nutrientes percolados e água-doce. Outros sim, pode ser cultivados em outras áreas onde haja disponibilidade de água, sem se estagnada, isto é, de lençol freático mais superficial, com chuvas abundantes e bem distribuídas. O consumo de água por um coqueiro é calculado em 1100 L/ano. É uma planta de elevado valor econômico: do mesocarpo, extrae-se uma fibra usada na confecção de cordas, escovas, capachos, redes e outros objetos de artesanato; os restos do beneficiamento do coco são utilizados como combustível; o endocarpo, chamado casco-de-coco, serva para a confecção de objetos artesanais, como cinzeiros, quadros, botões, enfeites, etc.; o albume não maduro é a água-de-coco, que além de refrigerante, possui propriedades diuréticas e vermífugas, sendo bastante consumida nas praias e, atualmente, já industrializada; quando maduro, o albume é comestível e largamente empregado na confeitaria e culinária; a compra, é o albume desidratado, rico em óleo de alto valor industrial, para processamento de sabonetes, margarinas, sabões, etc. A planta é também apreciada como ornamental. Existem variedades de frutos verdes outras de frutos vermelhados (coco caboclo), como também as de porte alto e as anãs, estas de frutificação precoce. O coqueiro é atacado do nematóide Rhadinaphelenchus cocophilus, agente da moléstia chamada “anel vermelho” e de diversas coleobrocas que atacam o estipe, os pedúnculos florais, etc. Elaeis guineensis – Dendezeiro. Espécies de origem americana, com estipe anelado, folhas de até 5 m de comprimento, pinátífidas, com pecíolo serreado, munido de espinhos. Planta monóica, apresentando a inflorescência masculina loga acima da feminina, prostrando-se esta como um cacho compacto e armado. A disseminação dos frutos é feita pelo urubu. O fruto é uma drupa ovóide, angulosa. Do mesocarpo (polpa) extrai-se o óleo-de-dendê ou azeite, amarelo-avermelhado, de largo emprego na culinária regional do Nordeste, e na laminação do aço; da amêndoa, extrae-se o óleo-de-palmiste, empregado em saboaria, fabrico da velas, margarinas, etc. O endocarpo é de elevado poder calorífico, devido à lignina, sendo empregado como combustível; a fibra é aproveitada em estofaria. A torta de palmiste é usada como ração, da mesma forma que a torta de coco, podendo ser, ambas, empregadas como adubo. O dendezeiro apresenta três variedades: Dura – com frutos de endocarpo espesso e polpa pouco espessa; Pisífera – com endocarpo delicado e muita polpa; Tenera – oriunda do cruzamento das duas variedades anteriores, apresentando caroço delicado e mesocarpo espesso (tipo intermediário). As sementes de Tenera originam plantas dissociáveis na como também a lâmina foliar. Inflorescência protegida por espata túbulos. Planta nativa do Ceará, gragária, que vegeta em terras baixas, que se alagam nas épocas chuvosas. Fornece cera das folhas. Estas, são colhidas deixadas a secar e depois são batidas para deixar desprender o produto comercial. A cera é de elevado valor industrial, servindo à manipulação de cera para pisos, discos fonográficos, isolante, sabões, batons, etc. A planta é também apreciada como ornamental, sendo uma raridade em certas regiões. A madeira do caule serve para construções no Nordeste do Brasil. Guillielma crassipes – Pupunha. É palmeira da Amazônia. Produz frutos comestíveis ao natural, cozidos. Roystonea oleracea (Oreodoxa oleracéa) – Palmeira Imperial. Originaria das Caraibas e da América Central. O primeiro exemplar da “Palma Mater” foi plantado por D. João VI no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em 1809, tendo sido vitimada por uma faísca elétrica, num temporal que desabou sobre a cidade no dia 25 de outubro de 1972. Tinha 163 anos. A administração do Jardim Botânico a tudo recorreu no afã de ver conseguida sua salvação, mas foi inútil. No local, onde ela viveu, a Presidência do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal a Diretoria do Jardim Botânico, decidiram fosse plantado outro exemplar que foi batizado como “Palma-Filha”, cabendo ao Dr. Leonam de Azeredo Penna, tão nobre incumbência, realizada a 21 de setembro de 1973, da “Festa Nacional das Árvores”, como homenagem à todos os Botânicos brasileiros. Admite- se que da “Palma-Mater” descendem, direta e indiretamente, todas as palmeiras existentes no Brasil. Tem estipe cilíndrico, alto, podendo alcançar 30 m de porte, ou mais. Folhas com folíolos opostos. Inflorescência ondulada nas ramificações, fruto alongado, cor de vinho, tipo drupa. É árvore muito apreciada como ornamental, devido à sua imponência. Cultiva-se em parques, praças e corredores, constituindo nestes, aléias, como as do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Mauritia vinifera – Burití, Murití. Estipe alto, folhas em forma de leque, inflorescência de 2 a 4 m de comprimento. Fruto drupa, escamoso-embircado, com amêndoas comestíveis preferencialmente em solos pantanosos e úmidos. Tanto o estipe como as espatas, antes do desbrochamento das flores, quando incisos, fornece líquido docicado, consumido em estado natural como vinho, depois de fermentado. Dos frutos se prepara o famoso doce de buritá, tradicional no Nordeste. Do mesmo gênero é M. flexuosa, conhecida como Burití-do-brejo, que apresenta espatas menores bebidas de inferior qualidade que a espécie precedente. O estipe é usado pelos borígenes para a fabricação de canoas. Astrocaryum vulgare – Tucum ou ticum. Palmeira de nossas matas, apresentando estipe armado de espinhos, como também as folhas. Produz fibra foliar resistente à ação da água do mar, por isso utilizada na confecção de linhas e redes de pescar. As plameiras do gênero Bactris (B. cetosa) são também conhecidas como tucuns. Ambas as espécies e outras produzem frutos arroxeados, quando maduros, conhecidos como “Mané-velho”, muito apreciados por crianças e adultos, devido à polpa adocicada e relativamente ácida do mesocarpo. As sementes são oleaginosas. Caryota urens – Coça-coça. Palmeira asiática, frequentemente cultivada nos parques brasileiros. As folhas penadas apresentam folíolos em forma de cauda de peixe. A polpa dos frutos coça a pele e a boca, daí seu nome vulgar. Finalmente, há o gênero de uma palmeira grimpante e espinhosa, Desmonchus, com a espécie D. polyacanthus, conhecida como titara, que substitue o Calamus no Brasil. A fibra da titara é usada em confecção de urubemas, abanos e outros objetos de artezanato. 5.1.2.2 – ORDEM ARALES (SPATIFLORAE OU SPADICIFLORALES) 5.1.2.2.1 – FAMÍLIA ARACEAE Plantas dotadas de caule geralmente herbáceo ou, se lenhoso, mole e rico de água. Encontram-se formas acaules e as de caule abreviado. As folhas, nas formas herbáceas, frequentemente, formam roseta (folhas rosuladas). Nas formas epífitas, soa de filotaxia alternas ou dística. Flores pequenas, sésseis, unissexuadas, raramente andróginas, frequentemente sem perigônio, dispostas num eixo engrossado, constituindo a inflorescência denominada espádico (variedade de espiga de eixo floral carnoso), protegida por uma bráctea vistosa – espata – que pode ser branca ou colorida. No espádice, as flores masculinas estão na extremidade do eixo floral e as femininas na base. Fruto baga. Um grande número de espécies são cultivadas como ornamentais. Principais Espécies: Calladium – Tinhorão, Taioba de caco, Caládio. Erva acaule, folhas com pecíolo e bainha desenvolvidos, limbo sagito-ovado, ovado-triangulado ou ovado arredondado, verso opaco, glaucante. Nervura marginal sinuosa, nela terminando as nervuras laterais. A variegação das folhas é que se torna bastante apreciada nos tinhorões. Quanto à inflorescência, o pendúnculo é curto; espata com tubo ovóide, apresentando, na parte mediana, um estrangulamento, de modo que quando os insetos penetram na inflorescência, ficam presos, só sendo permitido sua liberdade depois da polinização. Propagam-se por tubérculos. O gênero apresenta muitas espécies e híbridos apreciados por jardinocultores e floricultores de todo o mundo. As principais são: C. humboldtii, com folhas verdes salpicadas de branco; C. candium, com folha inteiramente branca co nervuras coloridas; C. bicolor, com folhas verde salpicada de branco e vermelho. Prefere solos frescos, ricos de matéria orgânica e suprimento freqüente de água. Podem ser cultivadas diretamente em canteiros ou em culturas em vasos. Anthuium – Antúrio. Genero que fornece centenas de espécies e variedades ornamentais. Caule suculento, mole, escandente ou grispante, quando novo, abreviado, com flohas em roseta. Espádice cilíndrico, protegido por espata, que é frequentemente de cor viva. Destacam-se as seguintes espécies: Anthurium cristallinum – Antúrio. Folhas mais ou menos cordiformes, acuminadas, lobos de sinu arredondado; Cor verde carregada, aveludadas, vistosas, nervuras branco-prateadas. Ornamental; A. andreanum – Antúrio. Folhas cordiformes, com lobos de sinus arredondados. Espata arredondada, de cor vermelho-vivo, com espádices cilíndricos, esbranquiçados. Ornamental. Monstera deliciosa – Costela-de-Adão (Banana do mato para certos autores). Caule grosso, omitido de cada nó raízes adventícias, fixadoras. Gripante ou rasteira, neste último caso ao não encontra suporte adequado. Folhas arredondadas e elíticas, fortemente incisas, perfuradas (folhas fenestradas). Espata branco-creme, hemisférica. Muito ornamental. Deste mesmo gênero há M. pertusa – Inbé manso, Costela-de-Eva. Folha não incisas, só perfuradas, elíticas, muito vistosas. Grimpante, ornamental. Schindapus aureus – jibóia. Porte grande, caule trepador ou rastejante. Folhas arredondadas, quando velhas, facilmente rasgadas pelo vento. Cor verde brilhante, com manchas amareladas. Philodendron – Imbé. Há centenas de espécies e variedades, entre elas formas variegadas largamente usadas em jardinocultura e floricultura. Quase todas de caule grimpante, com raízes adventícias fixadoras e escoras. Os índios usavam suas raízes como corda para seus arcos. Algumas espécies são: P. giganteum – Imbé. As folhas ultrapassam, em comprimento, o tamanho de um homem de estatura média. Ornamental; P. ornatum – Imbé. Pecíolo curto, invaginante, face aplainada. Lâmina verde, cordado-ovada. Nervuras depresas na face, salientes no verso. Ornamental; P. andreanum – Imbé. Folhas ablongas ovadas, arredondadas, nervuras brancas, poucas. Margem branca. Ornamental. Dieffenbachia picta – Comigo-niguem-pode, Aninga-Pará. Caule não trepador. Folhas oblongo-clíticas, verdes com salpicos irregulares brancacentos. Espata oblongo-lanceoada. Frutos vermelhos. Suco caústico, considerado venenoso, altamente alérgico. Em contacto com a mucosa bucal, pode causar a morte por sufocamento. Ornamental e ligado ao sincretismo do candomblé. Pistia stratiotis – Golfo, Golfo-de-Rosa, Repolho d’água. Pequena planta aquática com folhas de tonalidade verde-clara, longitudinalmente estriadas. Espécie usada para cobertura de aguadas, favorecendo a reprodução dos peixes e amenizando a temperatura da água. É encontrada em regiões tropicais. Cultivadas também em aquários. Alocasia macrorriza – Inhame-açu. Folhas longo-pecioladas. Lâmina foliar sagitando- cordada, verde. Tubérculos pequenos, forrageiros. 5. Plantas arbustivas ou arbóreas.............................................................Pandanáceas Plantas herbáceas.................................................................................6 6. Caule angular.......................................................................................Cyperáceas Caule não angular................................................................................Gramíneas 7. Inflorescência sempre espádice...........................................................Aráceas Inflorescência nunca espádice.............................................................Gramíneas 8. Plantas de 1 a 3 milímetros................................................................Lemnáceas Plantas de mais de 3 milímetro..........................................................9 9. Inflorescência sempre espádice..........................................................Aráceas Inflorescência nunca espádice............................................................10 10. Folhas alternas ou espiraladas............................................................11 Folhas opostas ou verticiladas............................................................Najadáceas 11. Plantas de folhas aéreas......................................................................12 Plantas de folhas submersas...............................................................Potamogetonáceas 12. Caule angular.....................................................................................Cyperáceas Caule não angular..............................................................................Typháceas 13. Folhas não pinatífidas, nem pinatiséctas, nem flabeliformes, nem opostas...14 Folhas pinatífidas, pinatiséctas, flabeliformes ou opostas................Palmáceas 14. Flores em espigas ou racimos............................................................15 Flores nunca em espigas nem em racimos.........................................16 15. Plantas grossas, carnosas....................................................................46 Plantas não grossas nem carnosas......................................................48 16. Um estigma inteiro ou lobado............................................................52 Três estigmas......................................................................................17 17. Inflorescência com algumas brácteas de mais de 10 cm de comprimento..Thurniáceas Inflorescência sem brácteas ou com todas as brácteas de menos de comprimento...49 18. Flores em glomérulos ou espigas.......................................................19 Flores em capítulos.............................................................................50 Flores isoladas, cacho, cimeira ou umbela.........................................20 19. Inflorescência com duas longas brácteas opostas ou uma só espatácea....53 Inflorescência com mais de duas brácteas longas, de mais de 10 cm de comprimento.......................................................................................Thurniáceas Inflorescência sem essas brácteas longas............................................Xyridáceas 20. Folhas normais com pecíolo...............................................................21 Folhas normais sem pecíolo................................................................27 Folhas reduzidas a escamas amareladas alvacentas ou faltam...........Triuridáceas 21. Folhas de bainha inteira......................................................................47 Folhas de bainha fendida ou sem bainha............................................22 22. Gineceu de três carpelos......................................................................23 Gineceu de seis ou mais carpelos........................................................26 23. Todas as pétalas iguais.........................................................................24 Uma pétala diferente das outras...........................................................Pontederiáceas 24. Plantas terrestres, seis estames............................................................25 Plantas aquáticas, mais de seis estames..............................................Butomáceas 25. Inflorescência dentro de uma bráctea lenhosa....................................Palmáceas Inflorescência sem bráctea lenhosa....................................................Liliáceas 26. Carpelos unidos biovulados................................................................Alimatáceas Carpelos pluriovulados.......................................................................Butomáceas 27. Plantas pequeninas com aspecto de musgo........................................Nayacáceas Plantas sem aspecto de musgo...........................................................28 28. Três estames.......................................................................................Haemodoráceas Seis estames.......................................................................................29 29. Flor homoclamídea............................................................................Liliáceas Flor heteroclamídea...........................................................................45 30. Flores unissexuadas...........................................................................31 Flores andróginas...............................................................................34 31. Plantas aquáticas submersas...............................................................Hidrocharitáceas Plantas terrestres ou epífitas...............................................................32 32. Plantas sarmentosas............................................................................Dioscoreáceas Plantas não sarmentosas.....................................................................33 33. Pólen pulverulento..............................................................................Musáceas Presença de polínias............................................................................Orchidáceas 34. Polínias...............................................................................................Orchidáceas Nunca polínias....................................................................................35 35. Um estame ou só meio estame............................................................43 Três estames........................................................................................41 Cinco estames férteis, as vezes mais um estaminódio........................Musáceas Seis estames férteis ou mais de seis.....................................................36 36. Folhas com pecíolo...............................................................................37 Folhas sem pecíolo...............................................................................39 Folhas reduzidas a escamas ou faltam..................................................Burmanniáceas 37. Flores em umbelas................................................................................38 Flores nunca em umbelas......................................................................55 ADELFO – reunião de feixes. Androce Monadelfo, Diadelfo, Triadelfo, Poliadelfo, se os estames estão dispostos em um só, em dois, em três, e em muitos feixes ou verticilos. ÁFILA – Diz-se das plantas desprovidas de folhas ou cujas se reduzem a escamas, tão insignificantes, que parecem não existir (Ex. Cactus) ALADO – Provido de alas em forma de asas. ALFOBRE – Canteiro coberto (às vezes com vidro) preparado parar sementeiras de plantas ornamentais ou hortaliças. ANDROGINIA – Diz-se da flor que possue os dois verticilos reprodutores (Hermafrodita). ANDROGINÓFORO – Prolongamento do receptáculo floral que eleva o gineceu e o androceu sobre o nível da corola (Ex. Flor de maracujá). ANEMOCORIA – Dispersão de fruto e sementes com auxílio do vento. ANÔMOLO – Que apresenta anomalia, irregular, anormal. APERIANTADO – Que não tem perianto aclamídeo. ARQUICLAMÍDEO – Vegetal cujas flores na têm pétalas ou que tem pétalas livres. O mesmo que dialipétalo. AXILA – Ângulo formado por dois ramos; por uma folha e um ramo, ou pelo ramo e o caule. BACIFORME – Em forma de baga. BIACUMINADO (A) – Acuminado dos dois lados; se é folha, então no ápice e de lado de pecíclo. BÍFIDO – Diz-se de um órgão qualquer partido até abaixo de metade por duas fendas. BULBO – Caule subterrâneo formado por escamas, carnudo, tunicado ou maciço, capaz de reproduzir-se. CADUCA (A) – Órgão que sem destaca, que cai, que não permanece por longo tempo sobre a planta ou sobre outra órgão. CADUCIFÓLIA – Planta de folhas caducas (as que caem normalmente numa determinada época) CALCARADA (O) – Munido de esporão (calcário). Diz-se da flor que apresenta uma ou várias sépalas ou pétalas transformadas em esporão (Ex. Beijo-de-frade) CAPITADO (A) – Com flores agrupadas em capítulos. De cabeça. CIÁTIO – Inflorescência peculiar às euforbiáceas do gênero Euphobia, a qual apresenta apenas uma flor feminina e pares de numerosas masculinas. (Ex.: Flor-de-papagaio ou Parece-mas-não-é). CIMEIRA – Tipo de inflorescência, na qual à ramificação é sempre terminal e com o número definido em ramos. CLEISTÓGAMAS (Flores) – cuja fecundação ocorre estando a flor fechada. CLONE – Conjunto ou população de indivíduos procedentes de um organismo pelo processo de propagação vegetativa, isto é, sem divisão redutiva. CONATO (A) – Intimamente unidos desde a origem. CONE – Fruto composto de escamas persistentes, geralmente disposta em forma cônica. (Ex. Coníferas). O mesmo que estróbilo. CONCEPTÁCULO – Em Hepáticas talosas, o lugar onde se desenvolve o propágulo. Em Algas, cripta onde se encontram órgãos reprodutores. CONDIMENTO – Substância adicionada ao alimento para melhorar o paladar e o aroma. Plantas condimentais, as que contêm substâncias aromáticas ou outras que servem para esse fim. CONECTIVO ROSTRADO – É o que passa além da antera. CONVOLUTA – Diz-se das folhas, em prefoliação, enroladas em espiral longitudinalmente ou em cartucho. CORNEO – De consistência semelhante à de chifres; muito rijo. CUCULADA – Com sépalas e pétalas em forma de capacete. Em concha. CULTIVAR – Diz-se de uma variedade de planta que é bastante cultivada. DECURRENTE – Folha cujo limbo continua pelo ramo ou caule; tornando-o alado. O mesmo que decorrente. DIADELFO – União dos estames da flor, formando dois feixes. DIALICARPELAR – Que tem carpelos separados, independentes. DIALIPÉTALO – Diz-se da corola que tem pétalas livres. O mesmo que Arquiclamídea. DICLAMÍDEA (o) – Diz-se da flor ou vegetal que possue cálice e corola. DICLÍNEA – Diz-se da planta que possue os órgãos masculinos e femininos em flores separadas (unissexuais). Se na mesma planta existem flores masculinas e femininas, diz-se monóica; se, porém, os sexos são distribuídos em plantas diversas, elas são dióicas. DICOTOMIA – Duas partes, divisão, bifurcação; divisão em dois ramos ou pedúnculos na parte terminal da planta. DIDÍNAMO – Diz-se da planta que tem androceu com dois estames maiores e dois menores. DIÓICA – Plantas que possuem as flores masculinas e as femininas em indivíduos separados. V. diclínea. DIPLOSTÊMONE – Diz-se do androceu cujos estames são em número duplo o de pétalas. DISCO – Concrescência geralmente nectarífera que fica em redor do ovário de uma flor. soldadas, unidas ou concescidas. Aí deve ser usado simpétala, onde o prefixo sim expressa soldadura. GAMOPÉTALA –Simpétala ou monopétala. Corola de pétalas soldadas; pétalas fundidas, concrescidas. GAMOSSEPALA – De sépalas concrescidas, fundidas. Sinsépalo. GAMOSTÊMONE – Androceu formado de estames soldados ou concrecidos em feixes. GAVINHA – Órgão de fixação das plantas sarmentosas, escandentes ou trepadeiras. GEMINADO – Duplicada. Que nasce ou se insere aos pares; folhas geminadas, flores geminadas. Que nasce unido um ao outro sobre o mesmo sustentáculo. GENICULADO – Dobrado em forma de joelhos; colmo geniculado. CIBOSO – Pequena saliência em forma de giba ou corcunda. (Ex. na flor boca-de-leão, nota-se nitidamente a giba) GINÓFORO – (foro – portador de). Do grego gyne, fêmea. Parte de receptáculo ficral o suporta o avario. Coluna que suporta o ovário. Opõe-se a andróforo. GINOSTÊMIO – Em orquídeas, órgão resultante da fusão do estilete com o estame. GLABO – Órgão desporvido de pêlos ou rugosidade. Liso. GLACO – De cor verde-azulada. GLOMERULOS – Inflorescência anômala, na qual, por falta de desenvolvimento do pedúnculos, as flores agrupam-se reunidas umas às outras. GLOQUIDIFORMES – Diz-se dos pêlos em forma de gancho que recobrem certas sementes e facilitam a disseminação, prendendo-se ao pêlo dos animais que o tocam. HABITAT – Pátria de uma planta ou animal; compreende o clima e o solo local onde vive a planta seu estudo é de grande importância pelas modificações que o habitat pode trazer ao individuo. Ambiente natural. Termo muito usado em Ecologia. HERMAFRODITA – Andrógina, polígama ou monoclínica. Flor que possue os dois verticilos reprodutivos. HELIÓFITA – Planta cujo habitat natural são lugares ensolarados. Heliófila. O oposto a Umbrofila. HOMOCLAMÍDEA – Elo cujas pétalas se parecem com as sépalas, podendo até se confundir. Neste caso, os verticilos prometores chaman-se perigônio e as pétalas e sépalas chamam-se tépalas. HETEROCLAMIDEAS (A) – Quando o cálice e a corola são perfeitamente distintos um do outro. HIPOCRATERIFORME – Diz-se da corola cuja forma se assemelha a uma pia ou pires. Tem forma de taça. HIPÓFILO – Diz-se da inflorescência anômala em que as flores nascem por baixo da bráctea. Folhas em forma de escamas (aspargo). HISPIDO – Provido de pêlos asperos IMBRICADA – Quando as pétalas de um botão floral se protegem à maneira de telhas. Folhas imbricadas, pétalas imbricadas. Disposto à maneira de telhas ou de escamas, o mesmo que imbricativo. INCLUSO – Encerrado, fechado. Diz-se dos estames ou estiletes que não ultrapassam fora da corola; estão dentro do tubo da corola. Em Apocináceas. INDÍGENA – São as plantas nativas no Brasil. INFUNDIBULIFORME – Em forma de funil. Afunilada (o). INERMES – Desarmado. Planta desprovida de espinhos ou acúleos. INSERIDO – Introduzidos; cravado, fixado. Modos porque diversos órgãos vegetais estão fixados aos outros. INVAGINANTE – Qualifica a folha cuja bainha, muito desenvolvida, envolve o entrenó. INVOLUTO – Com os bordos enrolados para dentro. JUGO – (sin. Canga) – Diz-se de órgãos da planta; 3-jugos, 4-jugos, 4-jugos, 5-jugos, etc., quando reunidos em 3,4,5 etc. pares. Geralmente se refere aos folíolos dispostos na raquis aos pares. LACÍNIA – Segmento de qualquer órgão foliáceo, profundo, estreito e agudo no ápice. Aplica-se à folha, ao cálice e à corola. O mesmo que lacínio. LANÍCULA – Pequena ponta e pétalas ou estigma quando é estreita e dobrada. LATENTE – Oculto, não aparente. Órgão (vegetal) em vida latente, que embora vivo, não se nutre nem se reproduz. LÍGUIA – Pequena língua, órgão em forma de fita que se encontra nas famílias das Compostas (Ex.: Margarida, Gérbera) e nas Gramíneas. Nesta, em forma de pêlo na base do limbo, na axila da bainha, pela parte ventral da folha. LIGULADA – Corola simpétala, irregular, quando o tubo é cilíndrico e o limbo expande-se para um só lado, em forma de lâmina. LOBADA – Quando o limbo tem fendas em fendas em forma de lobos não muito profundos e aredondados. LOBULO – Divisão profunda e geralmente arredondada dos órgãos foliáceos ou florais. Parte saliente e arredondada de qualquer órgão. LOCULO – Pequena loja, pequena cavidade. MERO – (do grego: meros-parte): trímero – composto de 3 partes; pentâmero – composto de cinco partes, etc. Geralmente para designar o número de elementos florais por verticilo. METACLAMÍDEA – Grupo de espécies vegetais angiospermas de corola simpétala. número par de folíolos; bi, tri ou tetrapinado ao possuir duas, três ou quatro ordens de pecíolos secundários. Alternopinada, se os pecíolos são alternos; Opostopinada se os pecíolos são opostos. PINATÍFIDA – Diz-se das folhas que são fendidas até a metade, como as penas. PINATISSÉCTA – Pinada, com os lobos quase alcançando a nervura mediana. PÍNULA – Último folíolo de uma folha bi ou tri pinatissécta. PIXÍNIO – Fruto seco deiscente que se abre transversalmente por uma tampa (opérculo) oposta ao pedúnculo. Ex.: Sapucaia, biriba, castanha-do-Pará). PLICADA – Diz-se da folha quando se apresenta dobrada em várias pregas. Pregueada, plissada. PLUMA – Pena, com tufos plumosos. PURIOVULADO – Com muitos óvulos. POLÍNIA – Massa de grãos de pólen aglutinada, que se encontra nas anteras das Orquidáceas e que os insetos e pássaros transportam, de uma flor a outra, operando a polinização cruzada. O mesmo que políneo. PORÍCIDA – Deiscência poricida é aquela que se opera por poros ou fungos, podendo ser nas anteras, para deixar cair o pólen, ou pode ser no fruto, para deixar cair as sementes. PROTALO – Órgão transitório proveniente da germinação de esporos de passagem dos criptógamos; já nascimento à uma gêmula que se desenvolvem em indivíduos perreitos. Tem ainda os nomes de proembrião, esporofilo (nas Ginospermas), gametófito (nas Felicíneas), pseudocotilédones e protonema (nos Briáfitos). PSEUDO-CAULE – Falso caule, constituído pela junção ou superposição das bainhas das folhas. Na bananeira, o verdadeiro caule é rizoma (subterrâneo). PURESCENTE – Órgão recoberto de pêlos finos. PROPÁGULO – Estrutura de reprodução vegetativa, em miniatura. PUNCTATA (O), PONTUADO (A) – Diz-se da superfície dos órgãos da planta, que apresentam maior ou menor número de pontinhos de cor diferente da superfície, ou se evidenciam pela transparência. Podem ser gotículas de óleo essencial, resinas, etc. QUINCUNCIAL – Diz-se da prefloração em que as peças do perianto estão dispostas em espiral. RACIMO, RACEMO – Tipo de inflorescência na qual, do pedúnculo principal, saem os secundários (pedicelos) que suportam flores. Sinônimo de cacho. RÁQUIS – Diz-se do pecíolo comum das flores de uma inflorescência recimosa. É o eixo principal da inflorescência. Obs: onde se lê pecíolo, Leia-se pedúnculo. Diz-se do pecíolo comum das folhas compostas do tipo pinado. O mesmo que raque. No caso da folha do coqueiro, que é uma folha simples, ao eixo que sustenta os lobos dá-se o nome de ráquis, também. REPTANTE – O mesmo que rastejante. RIMOSA – Que tem fenda, greta, pequena abertura. Deiscência longitudinal. RIPÍDIO – Cimeira helicóide, inflorescência na qual os ramos laterais nascem alternadamente em duas direções opostas. RIZOMÁTICO – Transformação de uma raiz em rizoma. RIZOMATOSA – Em forma de rizoma. RIZOMA – Caule subterrâneo de crescimento indefinido, provido de folhas escamosas e gemas. POSTRADO – Que é parecido com esporão, pontiagudo. ROSTRO – Semelhante a bico de ave. Prolongamento pontiagudo de diversos órgãos vegetais. V. rostrado. ROSULA – Conjunto de pequenas folhas dispostas em forma de roseta. ROSULADO – V. rosula. ROTÁCEA – Diz-se da corola gamopétala que tem forma de roda. RUDERAL – (lat. Rudus – ruína, restos de habitação humana). Em Botânica, aplica-se às plantas que ocorrem espontaneamente, acompanhando habitações e atividades humanas; em largo sentido, plantas daninhas. Plantas antropofilas. RUPTIL – Diz-se do órgão que se abre expontaneamente, rasgando-se irregularmente. Ex: romãs. SALPINGOMORFA – Diz-se da corola gamopétala zigomorfa, levemente torcida, dilatada na abertura, semelhante a uma trombeta, própria das Bigniáceae. O mesmo que salpingue. SAMARÓIDE – Fruto semelhante à sâmara, como também sementes, geralmente providas de alas e contendo em óvulo fecundado. SARMENTOSO (a) – Plantas que produz ramos longos e flexíveis, muitas vezes providos de gavinhas. Ex.: videira, chuchuzoaro, bucha etc. SAPOPEMA – Raízes tabulares características de árvores das matas tropicais. Assumem forma aproximada de uma tábua, devido ao crescimento no sentido vertical ser mais intenso que o em sentido lateral. Com isso, aumenta o abastecimento de oxigênio é escasso nos solos desse habitat. Raízes tabulares. SICÔNIO (Sicone) – Pseudofruto. Os verdadeiros frutos são pequenos aquênios que se acham no interior de uma urna fechada, formada pelo receptáculo carnoso e suculento. É considerado fruto múltiplo do gênero Ficus. Diz-se da inflorescência que antecede a frutificação. Ex.: fruto da figueira, figo. SIMBIOSE – Associação harmônica, convivência, união de organismos, com uma recíproca vantagem, de modo que nenhum venha a sofrer. Pode ser entre plantas (liquens e micorrizas); entre uma planta e um animal (YUuc e Pronuba); entre dois animais (cupins e flagelados). Desse modo, a simbiose chama-se fitofítica, fitozóica e zoozóica, respectivamente. SIMPÉTALA – Corola de pétalas soldadas ou concrescidas. A mesma coisa que gamopétalas e metaclamídea. VALVULAR – Que tem forma de válvula. Deiscência valvular. VASCULAR – Relativo a vaso ou integrado por eles. Planta vascular, a que tem vasos. Vascularizado. VERNALIZAÇÃO – (Yovisação) – Processo por meio do qual pode ser abreviado o período de germinação à floração. Uma planta bienal pode ser transformada em anual. Vernalização do trigo ocorre sob a influência de temperaturas baixas nos estágios iniciais de desenvolvimento. VERTICILADO – Diz-se do órgão vegetal em verticilos. Consticido de verticilos. VERTICILO – Conjunto de peças em torno de um eixo e na mesma altura: Assim, pode ser verticilo de brácteas, de folhas, de estames etc. VEXILO – Estandarte. Chama-se à pétala maior das corolas papilionéceas. VIVAZ – Plantas que cresce desenvolvendo um caule aéreo, o qual fonece após a frutificação, porém, que de um caule subterrâneo, bota novamente, e assim consecutivamente, por muitos anos. VOLÚVEL – Caule que se enrola em torno de um arrimo, qual se sustente com o auxílio de suas espiras, podendo ser dextrógiro ou sinistrógiro. XERÓFITA (do grego xeros-seco) – Planta que está adaptada às regiões de clima seco, isto é, com períodos longos de seca. ZIGOMORFA – Tipo de simetria floral irregular, em que o órgão só admite um plano de simetria. É, pois, uma simetria bilateral. 12. AGRADECIMENTOS Consignamos nossos sinceros agradecimentos ao CPNMF (Centro Nacional de Pesquisas de Mandioca e Fruticultura), especialmente ao Professor Alino Matta Santana, operoso e idealista chefe dessa instituição, pelo apoio e incentivo oferecidos à tiragem desta edição. Ao Setor de Divulgação do CNPMF, particulamente à Dra. Sônia Cezimbra, como ainda aos seus auxiliares, pela dedicação e boa vontade com que desempenharam os trabalhos de impressão e encadernação destas Apostilas. O Autor. 13. BIBLIOGRAFIA 1. BARROSO, Graziela Maciel. Sistemática de angiospermas do Brasil. Rio de Janeiro. Livros Técnicos e Científicos. Editora de Universidade de São Paulo. 1978. 255 p. 2. GENTCHUJNICOV, Irina Delanova. Manual de Taxionomia Vegetal: plantas de interesse econômico agrícolas, ornamentais e medicinais. São Paulo. Editora Agronômica Ceres. 1976. 368 p. 3. JOLY, Aylthon Brandão. Botânica: introdução à taxionomia vegetal. 4° Ed. São Paulo. Editora Nacional. 1977. 777 p. 4. MENEZES, Antônio Inácio. Flora da Bahia. São Paulo. Editora Nacional. Ed. Brasiliana Série 5°, Vme. 264. 1949. 265 p. 5. PEREIRA, Césio & AGARES, Fernando Viera. Botânica, taxionomia e organografia dos angiospermae, chaves para identificação de famílias. Rio de Janeiro. Editora Interamericana Ltda. 1980. 190 p. 6. RIZZINI, Carlos Toledo & MORS, Walter Baptiste. Botânica econômica brasileira. São Paulo. EPU. Editora da Universidade de São Paulo. 1976. 207 p. Il. 7. SCHULTZ, Alarich R. Introdução ao estudo da botânica sistemática. Porto Alegre. Globo. 1939. 559 p. 8. THAMES, Alfreda William. Botânica Sistemática. São Paulo. Gráfica Editora Andrade. 1977. 218 p. AJC/ajc, 1986.
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