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Relatório de Geologia Estrutural, Notas de estudo de Geologia

Relatório de campo de geologia estrutural

Tipologia: Notas de estudo

2013
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Compartilhado em 25/10/2013

jose-de-macedo-12
jose-de-macedo-12 🇧🇷

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Baixe Relatório de Geologia Estrutural e outras Notas de estudo em PDF para Geologia, somente na Docsity! UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA IGEO – INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA RELATÓRIO DE CAMPO GEOLOGIA ESTRUTURAL Boa Vista – RR Agosto 2013 JOSÉ LOPES DE MACÊDO NETO VINICIUS DE OLIVEIRA YGOR STHEFAN DE SOUSA RELATÓRIO DE CAMPO GEOLOGIA ESTRUTURAL Relatório de campo apresentado para obtenção de crédito na disciplina COD. GEO 302 – Geologia Estrutural do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Roraima. Profº. Dr. Cristovão da Silva Valério Boa Vista – RR Agosto 2013 SUMÁRIO 2. OBJETIVOS O objetivo desse presente relatório é primeiramente a ampliação do conhecimento em geologia estrutural, praticando conhecimentos teóricos que foram adquiridos em sala de aula, ensinados ao longo da disciplina de Geologia Estrutural. Com essa intenção, juntamente com o Professor Cristovão da Silva Valério, estivemos em campo durante os dias de 23 e 24 de agosto do ano que se segue, detalhando pontos de afloramentos de rochas, fotografando, discutindo, compreendendo os aspectos geológicos e coletando amostras para análises mais criteriosas. 3. CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL Segundo Reis et al. (2003), a área estudada neste trabalho de campo, faz parte do Domínio Guiana Central, domínio este que ocupa a porção centro-norte de Roraima, com prolongamentos até a Guiana e Suriname. Apresenta lineamentos fortemente estruturados para NE-SW, predominantemente em unidades Paleo e Mesoproterozóicas. Seus limites, tanto o norte quanto o sul, estão em grande parte encobertos por sedimentos cenozóicos ou obliterados por intrusões graníticas. A Suíte Metamórfica Rio Urubu reúne biotita gnaisses, biotita-hornblenda gnaisses, (meta)monzogranitos e (meta)granodioritos. Ocorrem subordinados hiperstênio gnaisses e leucognaisses. Fraga et al. (1997c) e Fraga & Araújo (1999c) reuniram acervo de charnockitos na Suíte Intrusiva Serra da Prata, previamente descritos como granulitos (e.g. Santos & Olsewsky, 1988; Gaudette et al., 1997). Com base em uma única idade de 1.564 ± 21 Ma obtida para um quartzo mangerito, Fraga et al. (1997c) estabeleceram para os demais charnockitos da porção brasileira do DGC, um posicionamento ao Mesoproterozóico, caracterizando ainda na região do rio Mucajaí, uma associação do tipo AMCG (Anortosito – Mangerito – Charnockito – Granito Rapakivi). 3.1 COMPARTIMENTAÇÃO DO CRÁTON AMAZÔNICO Província Tapajós-Parima Tem sido subdividida em quatro domínios geográficos: Matupá, Tapajós, Uaimiri e Parima. A presença dessa província no extremo sul (Domínio Matupá), no norte de Mato Grosso foi atestado pela presença de granitóides Parauari. No Domínio Uaimiri parte dos 5 granitos tipo Mapuera (± 1870 Ma) é reagrupada na Suite Moderna (1810-1800 Ma; Santos et al., 1996) da qual faz parte o Granito Madeira mineralizado em estanho (Mina Pitinga). Houve o registro de importantes milonitos (preferencialemente N-S) com a mesma idade de 1810 Ma obtida em titanita metamórfica. Província Rio Negro Está muito afetada por metamorfismo de alto grau K’Mudku (1490-1145 Ma; Santos et al., 2006, este simpósio) e possui uma geração de granitos Mesoproterozóicos (Granito Jauari, 1470 Ma). O Granito Tiquié, que era tido como correlato com a Suite Surucucus (1550 Ma; Pinheiro et al., 1976), tem 1780 Ma e faz parte do Complexo Cauaburi. O Grupo Tunuí representa as formações Aracá e Neblina (Santos et al., 2003) com maior grau de deformação em direção a oeste, sendo que as três unidades foram depositadas no intervalo entre 1710 Ma (idade mais jovem para o embasamento) e 1337 Ma (idade de deformação K’Mudku em quartzitos Aracá. Província Rondônia-Juruena Apesar de possuir embasamento com idade semelhante ao embasamento da Província Rio Negro, desta se distingue por apresentar a presença de granitos rapakivi (Providência), charnockitóides (Ouro Preto), unidades vulcanossedimentares (Mutum-Paraná, Roosevelt), vulcânicas (Colíder), que são ausentes no noroeste do cráton. O Domínio Jamari, ocidental, formado desde ± 1760 Ma, é 40-60 Ma mais jovem que o Domínio Juruena, oriental, formado desde ± 1820 Ma. Orogênese colisional ocorreu em toda província por volta de 1650 Ma, identificada em paragnaisses tipo Quatro Cachoeiras ou Machadinho. Província Sunsás Quatro orogêneses principais formam a Província Sunsás: Santa Helena, Candeias, San Javier e Nova Brasilândia. Uma quarta orogênese (San Javier, 1280-1230 Ma), pré-Nova Brasilândia e pós-Candeias é agora identificada na Bolívia. A maioria das rochas de embasamento (complexos Chiquitania e Lomas Manechi; Litherland et al., 1989) foi metamorfisada durante a orogênese Candeias (1370-1320 Ma). O Granito Refúgio, tido como mais jovem que 1350 Ma, está entre as rochas mais antigas da Bolívia (1656 Ma). Isso indica que orógeno Sunsás não é alóctone (Boger et al., 2005; Tohver et al., 2004), mas sim autóctone, tendo sido construído em uma margem continental formada pela Província Juruena. Elas são associadas à evolução da orogênese Nova Brasilândia e formam uma faixa quase contínua com 1800 km de extensão, compreendendo as seguintes unidades: Iata, Migrantinópolis, Colorado, Aguapeí, Sunsás e Vibosi. 3.2 LITOESTRATIGRAFIA 6 A unidade litoestratigráfica predominante na área do presente relatório é a Suíte Intrusiva Mucajaí, onde se situam os pontos 2, 3, 4 e 5, classificada de acordo com CPRM (2004) como pertencente ao mesoproterozóico com idade de 1.544 Ma com litologia de sieno a monzogranitos, quartzo monzonitos e quartzo sienitos. Já a Suíte Metamórfica Rio Urubu que fazem parte os pontos 1, 6 e 7 é descrita também segundo CPRM (2004) como com idade de 1.800 Ma e litoligia predominante de ortognaisse. Com menor expressão, mas também presente neste relatório está a Suíte Intrusiva Serra da Prata ( CPRM 2004), pertencente ao paleoproterozóico com idade máxima de 2.050 Ma e prodominância de rochas charnockiticas em sua formação. 7 Ponto 3 - Localização: Zona: 20N Long: 681903,506 Lat: 283246,343 Afloramento localizado a margem direita da RR-325 cerca de oito quilômetros depois de Vila Apiaú. Pequena elevação cercada por serras e morros com pouca vegetação nas proximidades além de pasto, encontrado na forma de blocos, possuindo blocos rolados e in situ. Apresenta rochas com texturas piterlítica com presença de viborgitos, compostos principalmente por Plagioclásio, quartzo e minerais máficos, como biotita e piroxênio. Figura SEQ Figura \* ARABIC 5 - Textura piterlítica. Foto: Magno Almeida Ponto 4 - Localização: Zona: 20N Long: 664948,681 Lat: 291219,672 O quarto ponto está localizado em um lajedo cercado por depressões e serras ao lado esquerdo na RR-325 cerca de dez quilômetros após a Vila do Apiaú no sentido contrário a Mucajaí em uma altura de 154 metros em relação ao nível do mar. Trata-se de uma rocha milonitica apresentando veios de quartzo dobrados altamente intemperisados. As amostras coletadas mostram que a rocha apresenta foliação milonitica com predominância de minerais félsicos e textura granular fina. Além disso, nessas amostras podemos determinar com 10 precisão a clivagem de crenulação, identificando os domínios da clivagem e os domínios dos micrólitos. Figura SEQ Figura \* ARABIC 6 - Foliações. Foto: Ricardo Marvao Ponto 5 - Localização: Zona: 20N Long: 673687,161 Lat: 284755,816 O afloramento está localizado no lado direito da RR-325 depois da Vila do Apiaú próximo a um açude cercado por serras, pasto e pouca vegetação. Nesse afloramento que se encontra exposto em decorrência de um corte de estrada conseguimos notar o contato entre tipos diferentes magmas. Em nossa primeira rocha notamos a presença de uma granulação faneriíica com grande presença de k-feldspato. Intrudindo a rocha citada por meio de um enxame de diques, existe outro tipo de rocha, sendo esta de granulação muito fina e textura afanítica, provavelmente basalto. A estrutura como um todo é formada por falhas em dominó. Podemos notar também o contato entre granitoide e o diorito. 11 Figura SEQ Figura \* ARABIC 7 - Diques intrusivos de basalto. Foto: Ricardo Marvao 12 Vila do Roxinho. Nesse afloramento notamos a presença de blocos rolados e também de blocos in situ, formados por milonitos com foliação milonítica bem definida apresentando porfiroclástos com um alto grau de simetria. Os pórfiros são do tipo sigma formados por um núcleo de plagioclásio bordejado por k-feldspato e minerais máficos. Na rocha predomina a coloração félsica com cerca de 25% de minerais máficos. Figura SEQ Figura \* ARABIC 11 - Foliação milonítica. Foto: Vinicius Oliveira Ponto 8 - Localização: Zona: 20N Long: 712829,160 Lat: 213347,299 Nosso ultimo afloramento visitado foi uma pequena elevação cercada por pasto e vegetação parcialmente densa no lado esquero da BR-174 sentido Boa Vista - Manaus, a cerca de 10 kilômetros da cidade de Caracaraí. O afloramento apresenta blocos in situ e rolados extremamente intemperisados com a predominância de minerais felsicos. A rocha encontrada é um meta granitoide foliado de granulação fanerítica com cerca de 15% de minerais máficos. Em sua composição podemos notar a presença de plagioclásio, mica biotita, minerais máficos e quartzo. Foi encontrado também nesse afloramento veios de quartzo dobrados de forma assimétrica. 15 Figura SEQ Figura \* ARABIC 12 - Veio de quartzo dobrado. 4.2 GEOLOGIA ESTRUTURAL Ponto 2: Localização: Zona: 20N Long: 687475,539 Lat: 282315,290 Pode-se observar nesse afloramento familia de juntas, onde apresentam aberturas milimétricas e não possui preenchimento nas mesmas (figura 4). 16 Figura SEQ Figura \* ARABIC 13 - estereograma de juntas mostrando a orientação das mesmas. Ponto 4: Localização: Zona: 20N Long: 664948,681 Lat: 291219,672 Nesse ponto mostra uma rocha milonitica onde apresenta veios de quartzo dobrados altamente intemperisados, além disso, a rocha apresenta foliação milonitica com predominância de minerais félsicos. Figura SEQ Figura \* ARABIC 14 - Estereograma mostrando foliações miloniticas de alto grau, onde apresentam orientação para o sentido SW e lineação de estiramento orientada para SE. 17 7. AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Universidade Federal de Roraima por disponibilizar a infraestrutura necessária para realização deste trabalho de campo; Ao Professor Doutor Cristóvão da Silva Valério que ministrou a disciplina de Geologia Estrutural dando-nos embasamento técnico para tal trabalho; A Professora Doutora Lena Barata pelo auxílio em campo e discussões proveitosas com os alunos desta disciplina; Ao formando Pedro Hahn e ao acadêmico Rômulo Veloso pelo auxílio prático em campo; Ao Janderson, da Pedreira Pedra Norte que nos permitiu conhecer e estudar sua propriedade, deixando inclusive as portas abertas para visitas futuras; E também aos amigos parceiros de curso pelo companheirismo demonstrado durante o campo. 8. REFERÊNCIAS Reis N.J., Fraga L.M.B., Faria M.S.G. de, Almeida M.E. (2003) – Geologia do Estado de Roraima, Brasil. Géologie de la France, 2003, n° 2-3-4, 121-134, 3 fig. 1 tabl. Santos, J.O.S., Silva, L.C., Faria, M.S.G., Macambira, M.B., 1997b. Pb-Pb single crystal evaporation isotopic study of the post-tectonic, sub-alkalic, A-type Moderna Granite (Mapuera Intrusive Suite), State of Roraima, northern Brazil. In: Ferreira, V.P., Sial, A.N., (eds.), International Symposium on Granites and Associated Mineralizations, 2, Salvador, Brazil, Superintendência de Geologia e Recursos Minerais, Governo do estado da Bahia, Extended Abstracts and program, 273-275. CPRM (2002) - Geologia e Recursos Minerais da Amazônia Brasileira, Região Cratônica. Sistema de Informações Geográficas - SIG. Mapa na escala de 1:1.750.000. CD- Rom. Santos, J.O.S., Hartman, L.A., Farias, M.S., Riker, S.R., Souza, M.M., Almeida M.E., McNaughton, N.J. (2006) - A COMPARTIMENTAÇÃO DO CRÁTON AMAZONAS EM PROVÍNCIAS: AVANÇOS OCORRIDOS NO PERÍODO 2000-2006 20 Tassinari, C.C.G., 1996. O mapa geocronológico do Cráton Amazônico no Brasil: Revisão dos dados isotópicos. Instituto deGeociências, Universidade de São Paulo, São Paulo. Tese de livre docência. 21
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