Relatorio estagio de estagio

Manual Estágios para Auxiliar e Técnico de Enfermagem
(Parte 1 de 3)
Guia Prático de Enfermagem - 1
Ana Maria Silva Rodrigues Luciana Silva Rodrigues
Guia Prático de ENFERMAGEM
Orientado Para Estágio de Auxiliares, Técnicos e Acadêmicos de Enfermagem
1ª Edição EPUB 2004



Guia Prático de Enfermagem - 2
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução ou duplicação fotomecânica de todo o volume ou parte dele sem a permissão expressa dos autores e do editor.
Direitos desta edição exclusivos da
Rio: Rua Gen. Rondon, 1000 – 1º and. – C/D
São Paulo: Rua Afonso Celso, 170 – Vila Mariana
Diretor de Arte: Mauro Rafael Torres
Auxiliar de Diagramação: Mariangela N. B. de Paula Revisão: Claudia Santos Gouvêa
R611g Rodrigues, Ana Maria Silva.
Guia prático de enfermagem: orientado para estágio de auxiliares, técnicos e acadêmicos de enferma- gem / Ana Maria Silva Rodrigues, Luciana Silva Rodrigues. – Rio de Janeiro: EPUB, 2003. 80p.; 1,5 x 17,5cm
1.Enfermagem – Manuais, guiais, etc. I. Rodrigues, Luciana Silva. I. Título.
Guia Prático de Enfermagem - 3
Ana Maria Silva Rodrigues
Enfermeira formada pela Universidade Bandeirante de São Paulo.
Especialista em Enfermagem em Reabilitação pela Escola de
Enfermagem da Universidade de São Paulo.
Docente responsável pelo acompanhamento teórico-prático dos alunos de cursos profissionalizantes de Auxiliares Técnicos de Enfermagem.
Luciana Silva Rodrigues
Formada pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo.
Atualmente exerce sua profissão como enfermeira da Unidade Neonatal do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo e da Unidade de UTI Neonatal do Hospital Municipal Prof. Mário Degni.
Docente responsável pelo acompanhamento teórico dos alunos de cursos profissionalizantes de Auxiliares Técnicos de Enfermagem das Escolas São Bernardo e Villa Lobos.
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“É a ciência e a arte de assistir o ser humano (indivíduo, família, comunidade) no atendimento de suas ne- cessidades básicas; de torna-lo independente desta assistência, quando possível, pelo ensino do autocuidado, de recuperar, manter e promover sua saúde em colaboração com os outros profissionais.”
Wanda de Aguiar Horta
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caiba no bolso do nosso avental? Adivinhem | Deus nos |
É com grande satisfação que entregamos este Guia Prático, a você, estudante de enfermagem. Durante nossa vida acadêmica, o material que mais utilizávamos nos estágios era uma caderneta de espiral com alguns lembretes que julgávamos importantes e, mesmo assim, não eram suficientes. Na verdade, tínhamos vontade de carregar um livro que suprisse nossas necessidades, mas pelo fato de serem extensos e volumosos, era um pouco complicado. A partir daí, começamos a pensar: por que não construir um livro que tenha um pouco de tudo e que ainda iluminou e nos deu essa grande vitória...: a construção e publicação do nosso amigo inseparável, este que está em suas mãos. Este Guia Prático Orientado Para Estágio foi criado com embasamento científico, experiências profissional e pessoal, com o objetivo de proporcionar a você, aluno de enfermagem, um meio seguro, fácil e rápido de consulta ao assunto desejado, numa linguagem prática, objetiva e de fácil entendimento e, além disso, num ambiente hospitalar. Parabéns a você que acabou de adquirir nosso “mascotinho”! Esperamos que seja de grande valia durante seus estudos e sua vida profissional.
As autoras
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Guia Prático de Enfermagem - 9
1 – Dicas para um bom desempenho nos estágios | 13 |
2 – Etapas do Processo de Enfermagem | 15 |
SUMÁRIO - Histórico de enfermagem
- Entrevista
- Exame físico passo a passo
- Diagnóstico de enfermagem
- Plano de cuidados
- Implementação
qualquer procedimento técnico | 19 |
4 – Controles | 21 |
- Avaliação 3 – Passos básicos a serem seguidos antes e após a realização de - Temperatura
- Respiração
- Pulso
- Pressão arterial
5 – Peso e altura | 23 |
6 – Higienização do paciente | 25 |
- Dicas e observações importantes - Higiene oral
- Materiais
- Procedimento
- Paciente com prótese
- Paciente com pouca limitação
- Paciente com muita limitação
- Banho no leito
- Materiais
7 – Curativo | 29 |
- Procedimento - Materiais
- Procedimento
- Observações importantes
- Avaliação da lesão
- Como descrever o tipo de secreção?
- Retirada de pontas
- Materiais
8 – Medidas de Conforto | 3 |
- Procedimento - Mudança de decúbito
9 – Restrição mecânica | 35 |
- Massagem de conforto - Materiais
- Procedimento
- Observações importantes
10 – Sondagem nasogástrica | 37 |
Guia Prático de Enfermagem - 10 - Finalidade
- Materiais
- Procedimento
1 – Sondagem nasoenteral | 39 |
- Observações importantes - Finalidade
- Materiais
- Procedimento
12 – Cateter nasal | 41 |
- Observações importantes - Materiais
13 – Cânula nasal (óculos) | 43 |
- Procedimento - Materiais
14 – Nebulização | 45 |
- Procedimento - Materiais
15 – Inalação | 47 |
- Procedimento - Finalidade
- Materiais
- Procedimento
17 – Sondagem vesical | 51 |
- Observações importantes - Finalidade
- Materiais
- Procedimento
- Retirada da sonda
- Materiais
18 – Irrigação contínua | 5 |
- Procedimento - Finalidade
- Materiais
19 – Noções de farmacologia | 57 |
- Procedimento - Dicas importantes em farmacologia
- Fórmulas de gotejamento de soro
- Regra dos cinco certos
- Principais vias de administração de medicamentos
- Intramuscular
- Deltóide
- Glútea
- Ventroglútea
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- Ântero-lateral da coxa - Materiais
- Procedimento
- Tabela sugestiva para escolha do calibre de agulhas
- Intradérmica
- Materiais
- Procedimento
- Subcutânea
- Materiais
- Procedimento
- Endovenosa
- Materiais
- Procedimento
- Venóclise
- Materiais
- Procedimento
- Exemplo de rótulo e escala de soro
- Observações importantes
- Riscos da terapêutica endovenosa
- Via oral
20 – Cuidados de enfermagem com o corpo pós-morte | 71 |
- Via Tópica - Materiais
21 – Termos Técnicos | 73 |
2 – Posições anatômicas | 7 |
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Guia Prático de Enfermagem - 13
1-DICAS PARA UM BOM
Procure ser pontual e assíduo.
Em caso de faltas, comunique ao professor com antecedência ou, em casos de emergências, peça a um colega que o faça.
Procure estar uniformizado conforme determinação da es- cola.
Evite utilizar roupas transparentes, curtas, demasiadamen- te decotadas que possam vir a denegrir nossa imagem pro- fissional.
Utilize maquiagem, esmaltes, batons e brincos discretos, ca- belos sempre presos; por questão de higiene, evite o uso de anéis e pulseiras no período em que estiver prestando assis- tência.
Comunique-se com baixo tom de voz.
Respeite o paciente e sua família em seus estados social, físico e psíquico.
Seja ouvinte, atencioso e prestativo às queixas do paciente e de sua família.
Evite comentários sobre o paciente, a família e a equipe den- tro e fora do ambiente hospitalar.
Respeite a equipe multiprofissional. Enriqueça cada dia sua bagagem teórica.
Em caso de dúvida, não se acanhe em esclarecê-la junto ao professor; não leve dúvidas para casa!
Evite realizar procedimentos técnicos sem o consentimento de seu professor.
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Se cometer algum erro que venha ou não ao prejudicar o paciente, comunique imediatamente ao seu professor.
Faça-se conhecedor e respeite os princípios éticos e legais do exercício profissional da enfermagem.
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2 – ETAPAS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
Histórico de enfermagem
Composto por entrevista e exame físico, é realizado no ato da admissão a fim de levantar dados que possibilitem o conhecimen- to do estado geral do paciente. As informações devem ser coletadas de forma que sejam garantidas informações corretas, completas e organizadas.
Entrevista
Utilize o instrumento fornecido pelo professor. Abaixo, se- guem-se algumas dicas que podem ser válidas durante sua em- trevista com o paciente:
- antes de iniciar a entrevista, apresente-se e relate o objetivo de tal atividade; - tente inspirar segurança e confiança;
- mantenha boa postura;
- saiba ouvir o paciente e deixa-lo se expressar;
- faça perguntas com linguagem objetiva, clara e de fácil en- tendimento; - utilize um tom de voz compatível com a acuidade auditiva do paciente; - procure não utilizar termos técnicos específicos durante as orientações ministradas.
Qualquer dúvida.... peça ajuda ao professor!
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Exame físico passo a passo
O exame físico é feito através de uma análise física detalhada, a fim de identificar possíveis problemas de enfermagem. É feito no sentido cefalopodálico, ou seja, da cabeça aos pés.
O exame físico é dividido em quatro fases.
1. Observação: observar o estado geral do paciente: físico e psíquico.
2. Ausculta: é feita utilizando-se o estetoscópio, a fim de verificar a presença de sons, normais ou anormais, produzidos pelos pulmões [murmúrios vesiculares (MV)] e intestino [ruídos hidroaéreos (RHA)];
3. Palpação: manualmente, através de leves compressões em determinadas áreas, como, por exemplo, o abdômen, pode-se identificar a possível existência de massas palpáveis anormais.
4. Percussão: através de leves toques/batidas na base das unhas das mãos que estão sobre o local a ser percutido, podemos perceber sons com diferentes vibrações que nos ajudam a identificar possíveis anormalidades.
O roteiro abaixo poderá ajuda-lo durante a realização do exame físico.
1. Sinais vitais – caracterizado pela verificação e análise de alguns parâmetros como: temperatura (T), pulso (P), respiração (R), pressão arterial (PA).
2. Peso e altura – estado nutricional, relação peso/altura, ganhos e perdas.
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3. Nível de consciência – consciente, inconsciente, orientado, desorientado.
4. Cabeça
Cabelos e couro cabeludo – quebradiços, ressecados, seborreia, sujidades, piolhos, lêndeas, alopecia, lesões;
ouvido – sujidades, acuidade auditiva, dor, lesões, deformidades;
olhos – secreção, edema, avaliação pupilar, ptose palpebral;
nariz – secreção, sujidade, deformidade, obstrução;
boca – língua saburrosa, sangramento gengival, dificuldade de mastigação e deglutição, condições de dentição, hálito e fala;
pescoço – nódulos, gânglios.
5. Membros superiores
Tórax – simetria, expansibilidade, dor, deformidades; mamas – flácidas, túrgidas, deformidades, nódulos, dor;
mamilos – planos, fissuras, secreções;
rede venosa – visível, palpável, processo inflamatório, esclerose;
unhas – curtas, compridas, sujidade, quebradiças;
abdômen – globoso, flácido, tenso, distendido, escavado.
6. Membros inferiores
Genitália e região perianal – edema, deformidade, sujidade, secreção, hemorroida, prolapso;
regiões sacra e glútea – hiperemia, ulcerações, musculatura;
marcha – deambula com ou sem auxílio, senta, não senta.
7. Pele
Pálida, cianótica, hiperemiada, corada, íntegra, lesões, prurido, deformidades, ressecamento, fissuras, manchas, equimoses, hematomas, turgor, sensibilidade.
8. Eliminações Vesicais, intestinais, vômitos, regurgitações.
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9. Outras anormalidades encontradas Traumatismos, malformações.
Diagnóstico de enfermagem
O diagnóstico é determinado após análise e avaliação dos dados coletados no histórico de enfermagem. Desta forma, é imprescindível uma boa coleta de infomações enfocando as preocupações mais importantes.
Plano de cuidados
Estabelecido o diagnóstico, deve-se fazer um plano de cuidados que prescreva intervenções para a obtenção dos resultados esperados.
Implementação Colocar o plano de cuidados em ação.
Avaliação
Avaliação do plano de cuidados e progresso do paciente. A esta fase reservam-se possíveis modificações nas prescrições dos cuidados.
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3 – PASSOS BÁSICOS A SEREM SEGUIDOS ANTES E APÓS A REALIZAÇÃO DE QUALQUER PROCEDIMENTO TÉCNICO
Lavar as mãos. Reunir os materiais em uma bandeja. Dirigir-se até o leito do paciente. Escolher o local adequado para a colocação da bandeja. Explicar o procedimento ao paciente. Na presença de acompanhantes, verificar com o paciente se deseja que os mesmos presenciem o procedimento, ou se prefere que se retirem por alguns instantes. Realizar o procedimento com cuidado, respeitando o estado físico e psíquico do paciente. Ao término do procedimento, colocar o paciente em posição confortável. Deixar a unidade em ordem. Fazer as anotações de enfermagem. Checar as prescrições médica e de enfermagem, se necessário.
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4 – CONTROLES
Os controles englobam a verificação dos sinais vitais (SV). São feitos diariamente nos períodos da manhã, tarde e noite, em horários e impressos específicos, conforme estabelecido na unidade. Abaixo, alguns valores que podem ajuda-lo na interpretação dos valores obtidos durante a verificação dos SV.
Temperatura (T)
Hipotermia: T<36°C Normotermia: T entre 36 e 36,8°C
Febrícula: T entre 36,9 e 37,4°C
Estado febril: T entre 37,5 e 38°C
Febre: T entre 38 e 39°C
Pirexia: T entre 39 e 40°C
Fazer assepsia do termômetro, com álcool a 70% ou sabão antisséptico e água corrente, antes e após sua utilização em cada paciente.
Respiração (R) 16 a 22rpm*
Verificada através de observação direta do número de ciclos respiratórios (uma expiração + uma inspiração = um ciclo respiratório).
Pulso (P) 60 a 80bpm*
Pode ser verificado através de leve compressão dos dedos indicador e médio sobre a artéria radial, que está localizada na face lateral externa do punho, na mesma direção do polegar. Com a outra mão segura-se o relógio para acompanhar a frequência das pulsações.
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Pressão arterial (PA)
Sistólica: de 90 a 140mmHg* Diastólica: de 60 a 90mmHg*
A PA é verificada com auxílio do esfignomanômetro e do estetoscópio. A medida do manguito deve corresponder a dois terços do braço, devendo ser colocado aproximadamente dois dedos acima da fossa cubital. Insuflar o manguito com a válvula fechada, abrir a válvula lentamente, observando no manômetro os valores da PA sistólica (som mais forte) e da PA diastólica (som mais fraco).
*Valores considerados dentro dos padrões de normalidade para adultos, porém podem sofrer variações de acordo com o tipo de literatura consultada.
Dicas e observações importantes.
Não deixe o paciente perceber que está contando as respirações; para isso, após o término da contagem do pulso, permaneça com os dedos no pulso olhando para o tórax. Pode facilitar se você utilizar o estetoscópio para a contagem da frequência respiratória. Tanto a frequência respiratória (FR) como a frequência cardíaca (FC) devem ser contadas por um minuto. O termômetro deve permanecer na axila por aproximadamente cinco minutos. Procure colocar o manguito diretamente sobre o braço descoberto. O ideal é que não seja verificada a PA mais do que três vezes seguidas no mesmo braço, pois pode haver alteração dos valores. Não verifique a PA no braço que possuir acesso venoso, cateterismo cardíaco*, edema, grandes lesões ou outras contra-indicações.
*No membro em que for realizado o cateterismo cardíaco, a pulsação fica diminuída, dificultando a ausculta.
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5 – PESO E ALTURA
São verificados na admissão e diariamente (em jejum), conforme necessidade ou rotina da unidade.
Como verificar o peso e a altura?
1. Encaminhar o paciente até a balança. 2. Forrar a base com papel-toalha. 3. Tarar a balança. 4. Solicitar ao paciente que suba e fique de frente para você. 5. Verificar o peso. 6. Solicitar ao paciente que fique ereto/alinhado, com os olhos voltados para o horizonte. 7. Verificar a altura. 8. Anotar os valores em impressos próprios.
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6 – HIGIENIZAÇÃO DO PACIENTE
Higiene oral
Materiais
Escova de dentes ou espátula envolvida em gaze; copo descartável;
toalha de rosto;
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