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IC Lucas Relato...s do creem 2012 - creem 2012 art comp 14770315708 doc, Provas de Engenharia Mecânica

IC Lucas Relatorio Final 12 meses e docs do creem 2012

Tipologia: Provas

2014

Compartilhado em 29/09/2014

prof-bac014-2
prof-bac014-2 🇧🇷

4.5

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Baixe IC Lucas Relato...s do creem 2012 - creem 2012 art comp 14770315708 doc e outras Provas em PDF para Engenharia Mecânica, somente na Docsity! ESTUDO NUMÉRICO PARA A OBTENÇÃO DO CAMPO DE TEMPERATURA NO CONJUNTO FERRAMENTA, CALÇO, PORTA-FERRAMENTA EM PROCESSO DE USINAGEM Lucas Guedes de Oliveira¹ UNIFEI, Universidade Federal de Itajubá, Curso de Engenharia de Produção lucas.guedesoliveira@hotmail.com Solidônio Rodrigues de Carvalho² ²UFU, Universidade Federal de Uberlândia - FEMEC, Faculdade de Engenharia Mecânica Campus Santa Mônica - Av. João Naves de Ávila, 2160. Bairro Santa Mônica - CEP 38400-902 – Uberlândia – Minas Gerais srcarvalho@mecanica.ufu.br Sandro Metrevelle Marcondes de Lima e Silva³ metrevel@unifei.edu.br João Roberto Ferreira³ jorofe@unifei.edu.br ³UNIFEI, Universidade Federal de Itajubá - IEM, Instituto de Engenharia Mecânica Campus Prof. José Rodrigues Seabra - Av. BPS,1303. Bairro Pinheirinho - CEP 37500-903 – Itajubá – Minas Gerais Rogério Fernandes Brito¹ ¹UNIFEI, Universidade Federal de Itajubá Campus Avançado de Itabira - Rua Irmã Ivone Drumond, 200. Bairro Distrito Industrial II - CEP 35903-087 – Itabira – Minas Gerais rogbrito@unifei.edu.br Introdução As ferramentas de corte, apesar de serem fabricadas com inúmeros diferenciais, são, na maioria das vezes, agrupadas de acordo com a necessidade do cliente para a usinagem de peças. Desse modo, a presença ou ausência de revestimento exibe peculiaridades dentro da classificação mencionada, uma vez que acrescentam propriedades importantes à ferramenta e garantem a produtividade exigida para o processo de usinagem. Sob esse aspecto, o estudo sobre os revestimentos é muito útil na análise do fluxo de calor gerado em ferramentas de corte, visto que o comportamento da ferramenta ao ser submetida ao processo para o qual é destinada na usinagem de materiais difere, em muito, nos dois casos apresentados: necessidade de revestimentos e casos em que estes ainda não são utilizados. Isso porque, analítica e praticamente, um revestimento em uma ferramenta de corte pode melhorar significativamente seus desempenho e durabilidade. Para casos como esse que envolvem o uso e a aplicação de revestimentos em ferramentas de corte e outros em que tal técnica não é utilizada (como referido anteriormente), muitos estudos são apresentados no âmbito científico na análise da transferência de calor. Carvalho et. al. (2006) analisou as altas temperaturas geradas na interface de “cavaco-ferramenta” durante o processo de usinagem. Em seu trabalho, assim, o autor contemplou o desenvolvimento de um modelo térmico tridimensional transiente com vista para o conjunto “ferramenta, calço e porta-ferramenta”. E, ao contrário de muitos pesquisadores, Carvalho et. al. (2006) desenvolveu um código computacional próprio. Huang et. al. (2007) realizaram experimentos utilizando-se de ferramenta de corte de titânio. Dada a impossibilidade de se mensurar a temperatura na interface de corte da ferramenta, foram aplicadas técnicas para estimação do fluxo de calor ao longo da superfície de corte, considerando-se as temperaturas medidas na ferramenta em estudo. Huang e Chaing (2008), semelhantemente aos autores supracitados, utilizaram-se do Steepest Descend Method na formulação do problema inverso aplicado a geometrias em três dimensões de análise. No entanto, como subprograma para solução do problema estabelecido, os pesquisadores empregaram o pacote comercial CFD-RC®. O objetivo do trabalho, sob esses termos, foi definido para a determinação das variáveis desconhecidas por meio da simulação da temperatura medida na superfície da geometria. Brito et. al. (2009) estudaram a influência do calor em ferramentas de corte em vista da variação de espessura do revestimento e do fluxo de calor. Como conseqüência da análise da influência do fluxo de calor e da variação de espessura dos revestimentos no campo de temperatura na interface “cavaco-ferramenta”, enfim, os autores perceberam que tais revestimentos não influenciam na diminuição de temperatura. Samadi et. al. (2011), estimaram o fluxo de calor para ferramentas modeladas em três dimensões. Por meio do método da função especificada sequencial (sequential function specification method), os autores puderam realizar o estudo partindo do tempo em que os valores do fluxo de calor eram implementados sequencialmente na superfície definida como “superfície ativa”. O objetivo do presente trabalho é fazer um estudo numérico para obtenção do campo de temperatura em ferramentas de corte na região do conjunto “ferramenta, calço e porta-ferramenta” durante o processo de usinagem. No processo de análise dos dados, assim, são utilizados os pacotes comerciais AutoCAD® e SolidWorks®. Além disso, para a obtenção do campo de temperatura na ferramenta, utiliza-se o pacote comercial ANSYS® Academic Research, v. 14. Na simulação do presente trabalho, então, é tomada, primeiramente, uma ferramenta de corte sem revestimento e conduzido um estudo voltado para a solução de um problema direto estabelecido, considerando-se uma geometria tridimensional com dimensões caracterizadas por sua proximidade com as observadas no caso real. Em continuidade ao presente trabalho, serão realizados estudos futuros voltados para técnicas de problema inverso; sendo este primeiro, uma introdução ao estudo numérico proposto. Metodologia Inicialmente, foram adotados dados experimentais obtidos do trabalho realizado por Carvalho (2005) – e, Carvalho et. al. (2006). Na ocasião dos experimentos, o autor utilizou-se de ferramenta de corte de metal duro de dimensões (1,27 x 1,27 x 0,47).10-2 m para a validação numérica de seu trabalho (isto é, experimento controlado em laboratório com a ferramenta citada seguido da simulação numérica considerando o conjunto ferramenta, calço e porta-ferramenta). A partir disso, então, foram utilizadas tais dimensões no presente trabalho com o objetivo de se fazer a análise computacional proposta e a validação numérica da metodologia utilizada com vista para a maior proximidade possível com o caso real. A ferramenta considerada, submetida, assim, à usinagem no trabalho do autor supracitado, apresentou, na ocasião mencionada, uma região de desgaste evidenciada por uma modificação na sua aparência. Essa região, como descrita, é mostrada na Fig. 1. Nela, são exibidas parte da ferramenta e a região desgastada sob um ângulo fotográfico escolhido pelo pesquisador (a). Uma vez obtida a imagem apresentada na Fig. 1(a), então, esta foi inserida por Carvalho (2005) em um pacote comercial capaz de evidenciar a região de desgaste da ferramenta, estabelecer seus limites e medir um de seus segmentos (LabView®). Dessa maneira, estes dados foram também computados para aplicações futuras no presente trabalho. A Figura 1(b), além de conter os elementos gráficos citados (preenchimento da região e limitações da ferramenta no trecho considerado), disporia (no pacote comercial citado), em milímetros, do valor do referido segmento (realçado em vermelho), expresso por (0,520819). (10-3m). Em virtude das vantagens operacionais e dos recursos proporcionados pelo pacote comercial AutoCAD®, a Fig. 1(b) foi utilizada como subsídio para delimitação gráfica da região desgastada na ferramenta de corte. Assim, a geometria foi inserida na plataforma ICEM CFD da ANSYS®. Através dela, então, foi possível gerar a malha (isto é, discretizar a geometria ou, dividir o desenho em vários elementos tetraédricos) e com auxílio do ANSYS CFX® realizar a simulação numérica. (a) (b) Figura 1 – Região de desgaste da ferramenta de corte: (a) Imagem de parte da ferramenta usada (b) Destaque da região de desgaste por meio de um pacote comercial empregado. Fonte: Carvalho, 2005. Descrição do Problema Para o caso em estudo, foram assumidas as propriedades do conjunto analisado conforme o trabalho de Carvalho (2005). Essas propriedades são: para ferramenta e calço de metal duro (Classe K10) - massa específica ρ = 14.900 kg m-3; calor específico Cp = 332,45 J kg-1 K-1; condutividade térmica k = 43,1 W m-1 K-1; para porta-ferramenta de metal duro (ISO CSBNR 20K12) - ρ = 7.850 kg m-3; Cp = 486,126 J kg-1 K-1; k = 49,8 W m-1 K-1 [Carvalho et. al. (2006)]. Assim, conhecidos esses valores, avalia-se, também, a geometria utilizada. Essa geometria, desse modo, é mostrada na Fig. 2. Por meio dela, pode-se observar a interface de contato ferramenta-peça-de-trabalho evidenciada por um desenho característico que representa essa área de desgaste. A Figura 3 mostra a malha computacional desenvolvida na simulação numérica do presente trabalho. Constituída de 1.645.401 elementos tetraédricos e 271.628 pontos nodais, pode-se visualizar, através dela, detalhes da interface cavaco-ferramenta (ou, interface de contato), onde se fez o refinamento da malha a fim de se garantir melhores resultados visto que se trata da região de maior gradiente de temperatura [Carvalho et. al., 2006]. A área correspondente a essa região foi obtida para as seguintes condições de corte (segundo dados experimentais de usinagem de Carvalho, 2005): avanço de 0,132 mm/rot; rotação de 360 rpm; profundidade de corte de 3,0 mm; comprimento usinado de 77 mm; diâmetro inicial de 77 mm; e velocidade de corte de 135,47 m/min. (a) (b) (a) (b) (c) Figura 4 – Conjunto ferramenta, calço e porta-ferramenta: (a) imagem real do conjunto (Carvalho, 2005), (b) distribuição do campo de temperatura, (c) detalhe da distribuição na ferramenta de corte. Figura 5 – Gráfico comparativo entre as temperaturas experimental e numérica Figura 6 – Gráfico do Fluxo de calor adotado (Carvalho, 2005) Figura 7 – Ponto de monitoramento de temperatura. Conclusão Em vista da metodologia adotada, dos resultados analisados e dos argumentos apresentados no presente trabalho, pode-se notar que: 1) Os maiores gradientes de temperatura podem ser observados na região onde ocorre o contato mais próximo entre a ferramenta de corte e a peça de trabalho (região de corte), bem como na região do calço do conjunto (Carvalho et. al., 2006); 2) Com relação ao trabalho de Carvalho et. al. (2006), pode-se dizer que o modelamento realizado no presente trabalho, utilizando-se de pacotes comerciais, apresenta um resultado mais próximo do caso real de usinagem. Isso pode ser exemplificado para a área de contato entre a ferramenta de corte e a peça de trabalho, cujo dimensionamento foi realizado por meio do pacote AutoCAD®. 3) Uma das contribuições do presente trabalho relaciona-se ao estudo da geometria de todo o conjunto envolvido no processo, à saber: ferramenta, calço e porta-ferramenta; em relação ao trabalho de Brito et. al. (2009). 4) Quanto aos desvios, estes podem ser justificados pela modelagem numérica do conjunto ser distinta da modelagem realizada por Carvalho (2005); além das incorrespondências entre as propriedades termofísicas e as condições iniciais e de contorno adotadas no presente trabalho com os parâmetros considerados pelo autor supracitado. 5) Uma investigação mais completa será realizada em trabalhos futuros a fim de se verificar a influência térmica da variação dos tipos de materiais do conjunto “ferramenta, calço e porta-ferramenta”; bem como o estudo numérico da influência térmica da variação dos tipos de revestimentos nesse conjunto; além de cosideradas técnicas de problema inverso no estudo numérico da distribuição de temperatura no conjunto analisado. 6) Além disso, este trabalho vislumbra conceitos iniciais da distribuição de temperatura, atentando para o fato de que o custo operacional de experimentos é, por vezes, inviável; e, o emprego de pacotes comerciais de simulação, ao contrário, simplifica o processo de análise, bem como proporciona resultados de cunho prático e funcional. Agradecimentos Os autores agradecem à FAPEMIG pela bolsa de Iniciação Científica concedida à Lucas Guedes de Oliveira. Referências Bibliográficas Barth, T., and Ohlberger, M., “Finite Volume Methods: Foundation and Analysis”, Encyclopedia of Computational Mechanics, John Wiley & Sons, Ltd, 2004. Brito, R. F. et. al., “Thermal analysis in coated cutting tools”, International Communications in Heat and Mass Transfer, Vol.36, pp.314-321, 2009. Carvalho, S. R., “Determinação do Campo de Temperatura em Ferramentas de Corte durante um Processo de Usinagem por Torneamento”, Tese de Doutorado, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Brasil, 2005, 123p. Carvalho, S. R. et. al. “Temperature determination at the chip-tool interface using an inverse thermal model considering the tool and tool holder”, Journal of Materials Processing Technology, Vol.179, pp. 97-104, 2006. 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Samadi, F., Kowsary, F., Sarchami, A. “Estimation of heat flux imposed on the rake face of a cutting tool: A nonlinear, complex geometry inverse heat conduction case study”. International Communications in Heat and Mass Transfer, 2011. Yen, Y. C., et. al., “Computer Simulation of Orthogonal Cutting using a Tool with Multiple Coatings”, Proceedings of the Sixth CIRP International Workshop on Modeling of Machining Operation, McMaster University, Canada, 2003, pp. 119-130.
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