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Guias e Dicas
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Ultra - son, Notas de estudo de Cultura

Apostila da Abendi de metódos de Ultra-Son

Tipologia: Notas de estudo

2013
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Compartilhado em 28/02/2013

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jair-mateus-oliveira-5 🇧🇷

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Baixe Ultra - son e outras Notas de estudo em PDF para Cultura, somente na Docsity! Ed. Jul./ 2011 E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 1 Prefácio “Este trabalho representa um guia básico para programas de estudos e treinamento de pessoal em Ensaio por Ultrassom, contendo assuntos voltados para as aplicações mais comuns e importantes deste método de Ensaio Não Destrutivo. Trata-se portanto de um material didático de interesse e consulta, para os profissionais e estudantes que se iniciam ou estejam envolvidos com a inspeção de materiais por este método de ensaio." O Autor E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 4 rincípios Básicos do Método Introdução: Sons extremamente graves ou agudos, podem passar desapercebidos pelo aparelho auditivo humano, não por deficiência deste, mas por caracterizarem vibrações com freqüências muito baixas , até 20Hz (infrassom) ou com freqüências muito altas acima de 20 kHz (ultrassom), ambas inaudíveis. Como sabemos, os sons produzidos em um ambiente qualquer, refletem-se ou reverberam nas paredes que consistem o mesmo, podendo ainda ser transmitidos a outros ambientes. Fenômenos como este apesar de simples e serem freqüentes em nossa vida cotidiana, constituem os fundamentos do ensaio ultrassonico de materiais. No passado, testes de eixos ferroviários, ou mesmos sinos, eram executados através de testes com martelo, em que o som produzido pela peça, denunciava a presença de rachaduras ou trincas grosseiras pelo som característico. Assim como uma onda sonora, reflete ao incidir num anteparo qualquer, a vibração ou onda ultrassonica ao percorrer um meio elástico, refletirá da mesma forma, ao incidir num anteparo qualquer, a vibração ou onda ultrassonica ao percorrer um meio elástico, refletirá da mesma forma, ao incidir numa descontinuidade ou falha interna a este meio considerado. Através de aparelhos especiais, detectamos as reflexões provenientes do interior da peça examinada, localizando e interpretando as descontinuidades. Princípio Básico da Inspeção de Materiais por ultrassom P Aparelho de ultrassom E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 5 Finalidade do Ensaio O ensaio por ultrassom, caracteriza-se num método não destrutivo que tem por objetivo a detecção de defeitos ou descontinuidades internas, presentes nos mais variados tipos ou forma de materiais ferrosos ou não ferrosos. Tais defeitos são caracterizados pelo próprio processo de fabricação da peça ou componentes a ser examinada como por exemplo: bolhas de gás em fundidos, dupla laminação em laminados, micro-trincas em forjados, escorias em uniões soldadas e muitos outros. Portanto, o exame ultrassonico, assim como todo exame não destrutivo, visa diminuir o grau de incerteza na utilização de materiais ou peças de responsabilidades. Inspeção por ultrassom da chapa de um tubo Campo de Aplicação Em 1929 o cientista Sokolov, fazia as primeiras aplicações da energia sônica para atravessar materiais metálicos, enquanto que 1942 Firestone, utilizaria o princípio da ecosonda ou ecobatímetro, para exames de materiais. Somente em l945 o ensaio ultrassonico iniciou sua caminhada em escala industrial, impulsionado pelas necessidades e responsabilidades cada vez maiores. Hoje, na moderna indústria, principalmente nas áreas de caldeiraria e estruturas marítimas, o exame ultrassonico, constitui uma ferramenta indispensável para garantia da qualidade de peças de grandes espessuras, geometria complexa de juntas soldadas, chapas. Na maioria dos casos, os ensaios são aplicados em aços-carbonos, em menor porcentagem em aços inoxidáveis. Materiais não ferrosos são difíceis de serem examinados, e requerem procedimentos especiais. E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 6 imitações em Comparação com outros Ensaios Assim como todo ensaio não-destrutivo, o ensaio ultrassonico, possui vantagens e limitações nas aplicações, como segue: Vantagens em relação a outros ensaios: O método ultrassonico possui alta sensibilidade na detectabilidade de pequenas descontinuidades internas, por exemplo: • Trincas devido a tratamento térmico, fissuras e outros de difícil detecção por ensaio de radiações penetrantes (radiografia ou gamagrafia). • Para interpretação das indicações, dispensa processos intermediários, agilizando a inspeção. • No caso de radiografia ou gamagrafia, existe a necessidade do processo de revelação do filme, que via de regra demanda tempo do informe de resultados. • Ao contrário dos ensaios por radiações penetrantes, o ensaio ultrassonico não requer planos especiais de segurança ou quaisquer acessórios para sua aplicação. • A localização, avaliação do tamanho e interpretação das descontinuidades encontradas são fatores intrínsecos ao exame ultrassonico, enquanto que outros exames não definem tais fatores. Por exemplo, um defeito mostrado num filme radiográfico define o tamanho mas não sua profundidade e em muitos casos este é um fator importante para proceder um reparo. Limitações em relação a outros ensaios. • Requer grande conhecimento teórico e experiência por parte do inspetor. • O registro permanente do teste não é facilmente obtido. • Faixas de espessuras muito finas, constituem uma dificuldade para aplicação do método. • Requer o preparo da superfície para sua aplicação. Em alguns casos de inspeção de solda, existe a necessidade da remoção total do reforço da solda, que demanda tempo de fábrica. Nenhum ensaio não destrutivos deve ser considerado o mais sensível ou o mais completo, pois as limitações e as vantagens fazem com que aplicação de cada ensaio seja objeto de análise e estudo da viabilidade de sua utilização, em conjunto com os Códigos e Normas de fabricação. L E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 9 As partículas oscilam na direção transversal a direção de propagação, podendo ser transmitidas somente a sólidos. As ondas transversais são praticamente incapazes de se propagarem nos líquidos e gases, pela características das ligações entre partículas, destes meios . O comprimento de onda é a distância entre dois “vales” ou dois “picos”. Velocidades de Propagação das Ondas Transversais Material Velocidade m/s Ar - Alumínio 3100 Cobre 2300 Acrílico 1100 Alumínio 3100 Ouro 1200 Aço 3200 Aço Inoxidável 3100 Aço Fundido 2400 Nylon 1100 Óleo(SAE30) - Água - Prata 1600 Titânio 3100 Níquel 3000 Magnésio 3000 Fonte: Ultrasonic Testing, Krautkramer Ondas superficiais ou Ondas de Rayleigh. São assim chamadas, pela características de se propagar na superfície dos sólidos. Devido ao complexo movimento oscilatório das partículas da superfície, a velocidade de propagação da onda superficial entre duas fases diferentes é de aproximadamente 10% inferior que a de uma onda transversal. Para o tipo de onda superficial que não possui a componente normal, portanto se propaga em movimento paralelo a superfície e transversal em relação a direção de propagação recebe a denominação de ondas de “Love”. Sua aplicação se restringe ao exame de finas camadas de material que recobrem outros materiais. Para ondas superficiais que se propagam com comprimento de onda próxima a espessura da chapa ensaiada, neste caso a inspeção não se restringe somente a superfície, mas todo o material e para esta particularidade denominamos as ondas de “Lamb”. E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 1 0 As ondas de “Lamb” podem ser geradas a partir das ondas longitudinais incidindo segundo um ângulo de inclinação em relação a chapa. A relação entre o ângulo e velocidade é feita pela relação: O ensaio ultrassonico de materiais com ondas superficiais, são aplicados com severas restrições, pois somente são observados defeitos de superfícies e nestes casos, existem processos mais simples para a detecção destes tipos de descontinuidades, dentro dos ensaios não destrutivos como por exemplo de Líquidos penetrantes e Partículas magnéticas, que em geral são de custo e complexidade inferior ao ensaio ultrassonico. Freqüência , Velocidade e Comprimento de Onda Freqüência: As ondas acústicas ou som propriamente dito, são classificados de acordo com suas freqüências e medidos em ciclos por segundo, ou seja o número de ondas que passam por segundo pelo nossos ouvidos. A unidade “ciclos por segundos” é normalmente conhecido por “Hertz”, abreviatura “Hz”. Assim sendo se tivermos um som com 280 Hz, significa que por segundo passam 280 ciclos ou ondas por nossos ouvidos. Note que freqüências acima de 20.000 Hz são inaudíveis denominadas freqüência ultrassonica. Campo de Audibilidade das Vibrações Mecânicas Considera-se 20 kHz o limite superior audível e denomina-se a partir desta, a denominada freqüência ultrassônica. Infrassom Som Ultrassom E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 1 1 Velocidade de propagação. Existem várias maneiras de uma onda sônica se propagar, e cada uma com características particulares de vibrações diferentes. Definimos “Velocidade de propagação” como sendo a distância percorrida pela onda sônica por unidade de tempo. É importante lembrar que a velocidade de propagação é uma característica do meio, sendo uma constante, independente da freqüência. Comprimento de onda. Quando atiramos uma pedra num lago de águas calmas, imediatamente criamos uma perturbação no ponto atingido e formando assim, ondas superficiais circulares que se propagam sobre a água. Neste simples exemplo, podemos imaginar o que definimos anteriormente de freqüência como sendo o número de ondas que passam por um observador fixo, também podemos imaginar a velocidade de propagação pela simples observação e ainda podemos estabelecer o comprimento entre dois picos de ondas consecutivos. A esta medida denominamos comprimento de onda, e representaremos pela letra grega Lambda “λ“. Relações entre velocidade, comprimento de onda e freqüência. Considerando uma onda sônica se propagando num determinado material com velocidade “V”, freqüência “f”, e comprimento de onda “λ“, podemos relacionar estes três parâmetros como segue: V = λ . f A relação acima, permite calcular o comprimento de onda pois a velocidade é em geral conhecida e depende somente do modo de vibração e o material, por outro lado a freqüência depende somente da fonte emissora, que também é conhecida. Exemplo de aplicação: Uma onda longitudinal ultrassonica, com freqüência 2 MHz é utilizada para examinar uma peça de aço. Qual o comprimento de onda gerado no material ? Solução: Como vimos anteriormente, a faixa de freqüência normal utilizada para aplicações industriais, compreende entre 1 MHz até 5 MHz. No exemplo acima a freqüência de 2 MHz corresponde a 2 milhões de ciclos por segundos ou seja 2 x 106 Hz. E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 1 4 Propagação das Ondas Acústicas no Material Campo Próximo ou Zona de Fresnel Para o entendimento dos fenômenos que iremos descrever a seguir, imaginemos que o cristal piezelétrico gerador de ondas ultrassonicas , seja formado por infinitos pontos oscilantes de forma que cada ponto produz ondas que se propagam no meio. Tal qual uma pedra que caindo num lago de águas calmas produzirá ondas circulares na superfície, cada ponto do cristal também se comportará da mesma forma, ou seja produzirá ondas esféricas no meio de propagação, como mostra a figura seguinte. Propagação de ondas devido à pertubação em um ponto. Não existe inter- ferência ondula- toria Propagação de duas frentes de ondas devido à pertubação em 2 pontos. Note uma pequena interferência ondulatória na zona próxima da pertubação Propagação de 5 frentes de ondas devido à pertubação em 5 pontos. Note a forte interferência ondulatória na zona próxima da pertubação O campo sônico nas proximidades do cristal Note que nas proximidades do cristal existe uma interferência ondulatória muito grande entre as ondas. A medida que nos afastamos do cristal , as interferências vão diminuindo e desaparecendo, tornado uma só frente de onda. À região próxima do cristal onde os fenômenos acima se manifestam denomina-se Campo Próximo com uma extensão N que depende do diâmetro do cristal, e do comprimento de onda λ da vibração, podendo ser calculado pela fórmula: E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 1 5 N = Def 2 / 4. λ ou N = Def 2 . f / 4.v onde: Def = diâmetro efetivo do cristal. É a área acusticamente efetiva do cristal, que depende da sua forma geométrica. Para cristais circulares , Def = 0,97 x diâmetro do cristal. Para cristais retangulares, Def = 0,97 x metade do comprimento do lado maior do cristal. f = frequência ultrassonica λ = comprimento de onda v = velocidade de propagação do som = λ x f Exemplo de aplicação: Calcule o campo próximo de um transdutor normal com diâmetro 10 mm e frequência de 4 MHz, quando inspecionando aço. Solução: Para o cálculo é necessário que as unidades estejam coerentes, ou seja: “D “ em mm , “f” em Hz , “λ” em mm e “v” em mm/s Sendo: v = 5900 m/s ou 5900.000 mm/s , para o aço N = Def.2 / 4.λ ou N = Def.2.f / 4.v = 102 x 4.000.000 / 4 x 5900.000 mm N = 16 mm O campo próximo representa para efeitos práticos, uma dificuldade na avaliação ou detecção de pequenas descontinuidades, isto é, menores que o diâmetro do transdutor, situadas nesta região próximas do transdutor. Portanto o inspetor de ultrassom deve ficar atento a este problema. Campo Longínquo ou Distante ou Zona de Fraunhofer A região que vem a seguir do campo próximo é o campo longínquo também denominado pela literatura especializada de Campo Distante. Nesta região a onda sônica se diverge igual ao facho de luz de uma lanterna em relação ao eixo central e ainda diminui de intensidade quase que com o inverso do quadrado da distância. E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 1 6 Em razão da existência do campo próximo , do campo distante, e do fenômeno da divergência, na literatura o campo sônico tem a forma geral visualizada conforme o desenho abaixo. Classificação teórica das zonas do campo sônico Campo sônico de um transdutor, representado pela região (1) onde pequenas descontinuidades são difíceis de serem detectadas (campo próximo), a região (2) descontinuidades maiores podem ser detectadas e na região (3) onde qualquer descontinuidade compatível com o comprimento de onda pode ser detectada. As linhas limítrofes do campo no desenho são didáticas, e não significa que não existe nenhuma vibração sônica nestas regiões. Atenuação Sônica: A onda sônica ao percorrer um material qualquer sofre, em sua trajetória efeitos de dispersão e absorção, resultando na redução da sua energia ao percorrer um material qualquer. A dispersão deve-se ao fato da matéria não ser totalmente homogênea, contendo interfaces naturais de sua própria estrutura ou processo de fabricação. Por exemplo fundidos, que apresentam grãos de grafite e ferrita com propriedades elásticas distintas. Para esta mudança das características elásticas de ponto num mesmo material denominamos anisotropia, que é mais significativo quando o tamanho de grão for 1/10 do comprimento de onda. O fenômeno da absorção ocorre sempre que uma vibração acústica percorre um meio elástico. É a energia cedida pela onda para que cada partícula do meio execute um movimento de oscilação , transmitindo a vibração às outras partículas do próprio meio. Campo Próximo Campo distante E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 1 9 Geração das Ondas ultrassonicas Efeito Piezelétrico: As ondas ultrassonicas são geradas ou introduzidas no material através de um elemento emissor com uma determinada dimensão e que vibra com uma certa freqüência. Este emissor pode se apresentar com determinadas formas (circular, retangular).Tanto o elemento emissor e receptor, são denominados transdutores, também designados por cabeçotes. Diversos materiais (cristais) apresentam o efeito piezelétrico. Se tomarmos uma lâmina de certo formato (placa) e aplicarmos uma pressão sobre o mesmo, surgem em sua superfície cargas elétricas. O efeito inverso também é verdadeiro: se aplicarmos dois eletrodos sobre as faces opostas de uma placa de cristal piezelétrico, de maneira que possamos carregar as faces eletricamente, a placa comporta-se como se estivesse sobre pressão e diminui de espessura. O cristal piezelétrico pode transformar a energia elétrica alternada em oscilação mecânica e transformar a energia mecânica em elétrica . cristal piezoeléctrico revestido com prata metálica em ambos os lados contatos elétricos ~ 1000 V , AC ~ ~ emissão de um pulso elétrico gerando um sinal no aparelho de ultra-som +++++++++++++++ cargas elétricas geradas na superfície do cristal vibrações mecânicas Figura mostrando a contração e expansão do cristal quando submetido a uma alta tensão alternada na mesma frequência ultrassonica emitida pelo cristal. É um processo de transformação da energia elétrica em energia mecânica e vice-versa Tal fenômeno é obtido aplicando-se eletrodos no cristal piezelétrico com tensão elétrica alternada da ordem de centenas de Volts, de maneira que o mesmo se contrai e se estende ciclicamente. Se tentarmos impedir esse movimento a placa transmite esforços de compressão as zonas adjacentes, emitindo uma onda longitudinal, cuja forma depende da freqüência de excitação e das dimensões do cristal. piezelétrico corrente elétrica desligada corrente elétrica ligada E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 2 0 Tipos de Cristais: Materiais piezelétricos são: o quartzo, o sulfato de lítio, o titanato de bário, o metaniobato de chumbo e o zirconato-titanato de chumbo (PTZ). Quartzo é um material piezelétrico mais antigo, translúcido e duro como o vidro sendo cortado a partir de cristais originários no Brasil. Sulfato de Lítio é um cristal sensível a temperatura e pouco resistente. Titanato de Bário e zirconato-titanato de chumbo são materiais cerâmicos que recebem o efeito piezelétrico através de polarização. Esses dois cristais são os melhores emissores, produzindo impulsos ou ondas de grande energia, se comparadas com aquelas produzidas por cristais de quartzo. Para a inspeção ultrassonica, interessa não só a potência de emissão, mas também a sensibilidade da recepção (resolução). A freqüência ultrassonica gerada pelo cristal dependerá da sua espessura, cerca de 1 mm para 4 MHz e 2 mm para 2 MHz. Os cristais acima mencionados são montados sobre uma base de suporte (bloco amortecedor) e junto com os eletrodos e a carcaça externa constituem o transdutor ou cabeçote propriamente dito. Existem três tipos usuais de transdutores: Reto ou Normal , o angular, o duplo – cristal, e os especiais como phase-array Transdutores Normais ou Retos: São assim chamados os cabeçotes monocristal geradores de ondas longitudinais normal a superfície de acoplamento. Os transdutores normais são construídos a partir de um cristal piezelétrico colado num bloco rígido denominado de amortecedor e sua parte livre protegida ou uma membrana de borracha ou uma resina especial. O bloco amortecedor tem função de servir de apoio para o cristal e absorver as ondas emitidas pela face colada a ele. O transdutor emite um impulso ultrassonico que atravessa o material a inspecionar e reflete nas interfaces, originando o que chamamos ecos. Estes ecos retornam ao transdutor e gera, no mesmo, o sinal elétrico correspondente. A face de contato do transdutor com a peça deve ser protegida contra desgastes mecânico podendo utilizar membranas de borracha finas e resistentes ou camadas fixas de epoxi enriquecido com óxido de alumínio. Em geral os transdutores normais são circulares, com diâmetros de 5 a 24 mm, com freqüência de 0,5 ; 1 ; 2 ; 2,5 ; 5 e 6 MHz. Outros diâmetros e freqüências existem , porém para aplicações especiais. E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 2 1 Transdutor Normal ou Reto Transdutor normal miniatura (foto extraída do catálogo Krautkramer) O diâmetro do transdutor pode variar dependendo da aplicação. A figura acima utiliza-se um transdutor miniatura com 5 mm de diâmetro para estudo de pontos de corrosão de uma peça. O transdutor normal tem sua maior utilização na inspeção de peças com superfícies paralelas ou quando se deseja detectar descontinui- dade na direção perpendicular à superfície da peça. É o exemplo de chapas, fundidos e forjados. E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 2 4 principalmente de materiais piezocompostos para fabricação de novos cristais, desde os anos 90 foi possível o desenvolvimento de uma tecnologia especial em que num mesmo transdutor operam dezenas (de 10 a 256 elementos) de pequenos cristais, cada um ligado à circuitos independentes capazes de controlar o tempo de excitação independentemente um dos outros cristais. O resultado é a modificação do comportamento do feixe sônico emitido pelo conjunto de cristais ou pelo transdutor. Veja a figura abaixo do lado esquerdo, o conjunto de cristais estão operando em fase, isto é, o aparelho de ultrassom executa a excitação dos cristais todos no mesmo tempo, e o resultado é um onda perpendicular ao plano da superfície. A figura do lado direito, mostra que o aparelho de ultrassom executa a excitação dos cristais de forma defasada, isto é, o tempo em que cada cristal é excitado é retardado no tempo, e o resultado é uma frente de onda angular à superfície. cristais com sinal em fase frente de onda resultante cristais com sinal defasado no tempo frente de onda resultante Transdutores típico "Phased Array" (extraído do catálogo Krautkramer") E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 2 5 Devido às particularidades dos transdutores phased-array, é possível numa única varredura deste inspecionar o material com vários ângulos de refração diferentes de uma só vez, já que a mudança do ângulo é feita eletronicamente. Isso significa uma maior velocidade de inspeção, principalmente em soldas, onde no mínimo é recomendado dois ângulos diferentes. Aparelho típico Phased Array da GE - Phasor XS As vantagens principais dos transdutores Phased Array são: • Variedade de pontos focais para um mesmo transdutor • Variedade de ângulos de incidência para um mesmo transdutor • Varredura do material de forma eletrônica do feixe sônico • Variedade dos modos de inspeção • Maior flexibilidade para inspeção de juntas complexas Impedância Acústica, Interface , Acoplantes Ao acoplarmos o transdutor sobre a peça a ser inspecionada, imediatamente estabelece uma camada de ar entre a sapata do transdutor e a superfície da peça. Esta camada ar impede que as vibrações mecânicas produzidas pelo transdutor se propague para a peça em razão das características acústicas (impedância acústica) muito diferente do material a inspecionar. A impedância acústica "Z" é definida como sendo o produto da densidade do meio ( ρ ) pela velocidade de propagação neste meio ( V ) , ( Z = ρ x V ) e representa a quantidade de energia acústica que se reflete e transmite para o meio. E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 2 6 Em geral podemos calcular as frações de energia sônica que é transmitida e refletida pela interface entre dois materiais diferentes usando as seguintes fórmulas: ( Z2 - Z1) 2 R = --------------- (Energia refletida) , T = 1 - R (Energia Transmitida) ( Z2 + Z1) 2 Onde: Z1 e Z2 são as impedâncias dos dois meios que formam a interface. Como exemplo podemos citar que a interface água e aço, apenas transmite 12% e reflete 88% da energia ultrassonica. Por esta razão, deve-se usar um líquido que estabeleça uma redução desta diferença, e permita a passagem das vibrações para a peça. Tais líquidos, denominados líquido acoplante são escolhidos em função do acabamento superficial da peça, condições técnicas, tipo da peça. A tabela abaixo descreve alguns acoplantes mais utilizados. Os acoplantes devem ser selecionados em função da rugosidade da superfície da área de varredura, o tipo de material, forma da peça, dimensões da área de varredura e posição para inspeção. Impedância Acústica de Alguns Materiais e Acoplantes Acoplante Densidade ( g/cm3 ) Velocidade da onda long. (m/s) Impedância Acústica ( g/cm2..s ) Óleo ( SAE 30) 0,9 1700 1,5 x 105 Água 1,0 1480 1,48 x 105 Glicerina 1,26 1920 2,4 x 105 Carbox Metil Celulose (15g/l) 1,20 2300 2,76 x 105 Aço 7,8 5.900 46 x 105 Ar ou gas 0,0013 330 0,00043 x 105 Aço inoxidável 7,8 5.800 45,4 x 105 Alumínio 2,7 6.300 17.1 x 105 Acrílico 1,18 2.700 3,1 x 105 Cobre 8,9 4.700 41,6 x 105 Fonte: SONIC Instruments – catálogo de fórmulas e dados E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 2 9 No diagrama AVG é feita a leitura correspondente a queda da intensidade sônica com a distância percorrida devido à divergência, no diagrama é lido sobre a curva do eco de fundo para 200 mm e 400 mm resultando em -6dB. Portanto a atenuação será igual a 8 dB - 6dB / 200 mm, ou seja 0,01 dB/mm para frequência de 2 MHz. 80% 8 dB 100 mm Determinação do Tamanho do Refletor Equivalente no Diagrama DGS A determinação do tamanho de descontinuidades pelo método AVG ou DGS somente é aplicável a descontinuidades menores que o diâmetro do transdutor. A determinação do tamanho da descontinuidade é feita por comparação ao refletor equivalente no diagrama AVG ou DGS, seguindo as seguintes etapas: A título de exemplo, vamos considerar um transdutor normal B2S e uma peça forjada com superfícies paralelas de espessura 250 mm contendo um pequeno refletor a uma profundidade de 200 mm a ser determinado. a) O eco de fundo deve ser ajustado de forma que sua altura esteja a 80% da altura da tela, numa região da peça isenta de descontinuidades ; b) O transdutor deve ser posicionado sobre a descontinuidade, e o eco correspondente deve ser maximizado; c) Com auxílio do controle de ganho, deve ser feita a leitura em “dB” da diferença entre o eco da descontinuidade e o de fundo a 80% da tela. Vamos considerar a título de exemplo +14 dB; d) No diagrama AVG do transdutor B2S levanta-se uma perpendicular na profundidade de 250 mm até encontrar a curva do eco de fundo no diagrama ; E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 3 0 e) A partir deste ponto, na mesma perpendicular, reduzir 14 dB, e seguir paralelamente ao eixo da profundidade (eixo x) até cruzar com a perpendicular referente à profundidade da descontinuidade ( 200 mm); f) A partir do ponto de cruzamento, fazer a leitura da curva do refletor que estiver mais próxima, que no caso será 8 mm. Este deve ser considerado o tamanho do refletor equivalente encontrado. Outra aplicação é a possibilidade de ser utilizada o diagrama AVG / DGS para inspeção de forjados, fundidos e soldas, onde é requerido um refletor de referencia (furo de fundo plano) estabelecido pela norma ou Código, para calibração do ensaio. Alguns aparelhos de ultrassom digitais já possuem essas curvas AVG na memória, a vantagem é a não necessidade de fabricação de blocos de referencia com furos, e consequente redução de custos. -14 dB E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 3 1 écnicas de Inspeção A inspeção de materiais por ultrassom pode ser efetuada através de dois métodos ou técnicas como segue. Técnica de Impulso-Eco ou Pulso-Eco É a técnica onde somente um transdutor é responsável por emitir e receber as ondas ultrassonicas que se propagam no material. Portanto, o transdutor é acoplado em somente um lado do material, podendo ser verificada a profundidade da descontinuidade , suas dimensões, e localização na peça. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 A B C D E P P Técnica Impulso-Eco T Inspeção de barras pela técnica pulso-eco por contato direto, usando transdutor normal de 12 mm de diâmetro. E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 3 4 Técnica de Imersão: Nesta técnica é empregado um transdutor de imersão à prova d'água, preso a um dispositivo. O transdutor pode se movimentar, tanto na distância até a peça quanto na inclinação do feixe de entrada na superfície da peça. Na técnica de imersão a peça é colocada dentro de um tanque com água, propiciando um acoplamento sempre homogêneo. Transdutor Água como Acoplante Mas como ocorre as indicações na tela do aparelho na técnica de imersão ? Vejamos o ecograma a seguir: 0 2 4 6 8 10 1 2 3 4 1 No ponto "0" da escala calibrada para o aço, temos o pulso inicial do transdutor. A primeira reflexão proveniente da superfície do material (1) aparece na marca 4 da escala. Como a água possui velocidade sônica cerca de 4 vezes menor que a do aço, esse pulso parecerá na marca de 4 vezes a espessura da coluna d'água. O segundo eco de entrada na superfície do material aparece na marca 8 da escala. Após à primeira reflexão na tela, temos uma seqüência de ecos (2), (3) e (4) correspondendo ao eco de fundo da peça. Transdutores para Imersão E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 3 5 parelhagem Basicamente, o aparelho de ultrassom contém circuitos eletrônicos especiais, que permitem transmitir ao cristal piezelétrico, através do cabo coaxial, uma série de pulsos elétricos controlados, transformados pelo mesmo em ondas ultrassônicas. Os sinais captados no cristal são mostrados na tela em forma de pulsos luminosos denominados “ecos”, que podem ser regulados tanto na amplitude, como posição na tela graduada e se constituem no registro das descontinuidades encontradas no interior do material. O aparelho de ultrassom é basicamente um osciloscópio projetado para medir o tempo de percurso do som na peça ensaiada através da relação: S = V x T onde o espaço percorrido (S) é proporcional do tempo (T) e a velocidade de propagação (V), no material. Descrição dos Aparelhos Medidores de Espessura por ultrassom Os medidores de espessura por ultrassom podem se apresentar com circuitos digitais ou analógicos, e são aparelhos simples que medem o tempo do percurso sônico no interior do material , através da espessura, registrando no display o espaço percorrido ou seja a própria espessura. Operam com transdutores duplo- cristal, e possuem exatidão de décimos ou até centésimos dependendo do modelo. Medidor de Espessura Digital Ultrassonico GE Modelo DM4E http://www.geinspectiontechnologies.com São aparelhos bastante úteis para medição de espessuras de chapas, tubos, taxas de corrosão em equipamentos industriais, porém para a obtenção de bons resultados, é necessário sua calibração antes do uso, usando blocos com A E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 3 6 espessuras calibradas e de mesmo material a ser medido, com o ajuste correto da velocidade de propagação do som do aparelho. O instrumento deve ser ajustado para a faixa de espessura a ser medida usando o blocos padrão graduado e calibrado conforme sugerido na figura da página a seguir, construído com material de mesma velocidade e atenuação sônica do material a ser medido. A calibração do instrumento para uso, deve ser feita usando no mínimo duas espessuras no bloco, conforme a faixa de espessura a ser medida. O instrumento deve ser ajustado para indicar a espessura correta das duas graduações selecionadas. Os ajustes devem ser feitos de acordo com as instruções do fabricante. Se ambos os valores indicados estiverem corretos, o instrumento estará apto para uso. Se o instrumento estiver corretamente calibrado a leitura de duas diferentes espessuras não devem variar mais que 0,2 mm. Se não for possível atingir um ou ambos os valores, verificar se o instrumento / transdutor está sendo aplicado na faixa especificada pelo fabricante, assim como se o ajuste da velocidade de propagação sônica no instrumento está corretamente calibrada ou ajustada. A norma ASTM E-797 padroniza os métodos de medição de espessuras. Para medições a altas temperaturas, e maior exatidão das medidas, recomenda-se correções devido à temperatura da peça dos valores lidos no aparelho medidor de espessura. Valor da espessura real aproximada é determinada através da aplicação direta da fórmula indicada abaixo: Er = Emq x (Vsa - K .∆T) Vsa E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 3 9 Geração e recepção do pulso no aparelho de ultrassom Na figura o aparelho de ultrassom produz um pulso (1) através do cristal. Este se propaga pela peça, e neste instante os circuitos do aparelho iniciam a contagem do tempo. descontinuidade ( interface ) Cristal distância ( S ) 1 - pulso ultra-sônico indo em sentido da descontinuidade Tempo Ao incidir numa interface , ou seja na descontinuidade na distância "S", ocorre a reflexão da onda (2) que é detectada pelo cristal, originando um sinal elétrico que é interpretado e amplificado pelo aparelho e representado pelo eco de reflexão (3) na tela do aparelho de ultrassom. A posição do eco na tela é proporcional ao tempo medido de retorno do sinal como também ao caminho percorrido pelo som (S) até a descontinuidade na peça. 2 - reflexão da onda no sentido do cristal 3 - eco de reflexão registrado na tela na marca equivalente à distância S Tempo S descontinuidade ( interface ) O aparelho de ultrassom produz um pulso por meio do cristal. Este se propaga pela peça. inicia-se a contagem do tempo de percurso. Ao incidir numa interface , ou seja na descontinuidade que está na distância “S” , ocorre a reflexão da onda , detectada pelo cristal. origina um sinal elétrico que é interpretado, amplificado, representado pelo eco de reflexão na tela do aparelho de ultrassom. E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 4 0 Descrição do Aparelho Básico de ultrassom Observe a figura abaixo, mostrando um transdutor ultrassonico acoplado numa peça com espessura de 8 mm, e a tela ao lado do aparelho mostrando o eco "E2", proveniente da espessura da peça. Eco de Fundo Vamos analisar o que está ocorrendo: 1 -O cristal piezelétrico do transdutor transmite à peça uma onda ultrassonica perpendicularmente à superfície que percorre a espessura total de 8 mm do metal; 2 - A onda incide na interface no fundo da peça, retorna ao cristal e este produz um sinal elétrico que será amplificado e registrado na tela do aparelho na forma do pulso ou eco, identificado na figura como "E2"; 3 - O caminho do som percorreu a espessura de 8 mm de ida e mais 8 mm na volta - isto sempre ocorre na inspeção por ultrassom os circuitos do aparelho compensam este fenômeno dividindo por 2 os registros na tela. Assim portanto, o eco na tela do aparelho representa o caminho percorrido pelo som, em apenas uma vez a espessura, denominado de "Eco de Fundo", que no caso da figura foi de 8 mm. E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 4 1 É importante mencionar que o som que percorre a espessura do metal se reflete nas interfaces formadas pela fundo da peça e a superfície da peça, de forma contínua, isto é, o ultrassom emitido pelo cristal do transdutor realiza no interior da peça um movimento de zig-zag de ida e volta , se refletindo no fundo da peça e superfície, continuadamente. Cristal piezelétrico Reflexões múltiplas do ultra-som no interior da peça Peça Para cada incidência do ultrassom na superfície oposta de acoplamento do cristal, um sinal será transmitido ao aparelho e um eco correspondente a este sinal será visualizado na tela. Portanto será possível observar vários ecos de reflexão de fundo correspondente à mesma espessura. Basicamente, o aparelho de ultrassom contém circuitos eletrônicos especiais, que permitem transmitir ao cristal piezelétrico, através do cabo coaxial, uma série de pulsos elétricos controlados, transformados pelo mesmo em ondas ultrassônicas. Aparelho de ultrassom marca GE modelo USM GO E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 4 4 • Ganho: Está relacionado com a amplitude do sinal na tela ou amplificação do sinal recebido pelo cristal. Os aparelhos apresentam um ajuste fino e grosseiro, calibrado em “dB”, num mesmo controle ou separados. Nos aparelhos digitais, pode-se ajustar o controle fino em avanços de até 0,5 dB, impossíveis nos aparelhos analógicos. • Escala: As graduações na tela do aparelho podem ser modificadas conforme a necessidade, para tanto a chave vem calibrada em faixas fixas (ex: 10, 50, 250 ou 1000mm). Para os aparelhos digitais, a escala é automática, isto é uma vez, calibrada uma escala qualquer, as outras mantém a proporcionalidade. • Velocidade de propagação: A velocidade de propagação ao ser alterada no aparelho nota-se claramente que o eco de reflexão produzido por uma interface, muda de posição na tela do osciloscópio, permanecendo o eco original em sua posição inicial. O aparelho de ultrassom é basicamente ajustado para medir o tempo de percurso do som na peça ensaiada através da relação: S = v x t onde o espaço percorrido (S) é proporcional do tempo (t) e a velocidade de propagação (n), no material, ajusta-se a leitura para unidade de medida (cm, m, etc.). Nos aparelhos, dependendo do modelo e fabricante, poderá existir um controle da velocidade ou simplesmente um controle que trabalha junto com o da escala do aparelho. No primeiro caso, existe uma graduação de velocidade (m/s) em relação aos diferentes materiais de ensaio ultrassonico. Nos aparelhos digitais o ajuste de velocidade é separado e deve ser ajustado corretamente para uma perfeita calibração da escala. Cuidados Referentes à Calibração: No capítulo a seguir será discutido em detalhes, o significado e importância da calibração do aparelho de ultrassom. No entanto, o operador deverá proceder uma recalibração dos instrumentos e acessórios sempre que: • Houver trocas de transdutores no decorrer de inspeção • O aparelho for desligado • Transcorrer 90 minutos com o aparelho ligado • Houver troca de operadores E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 4 5 Os aparelhos de ultrassom devem ter o ganho e escala calibrados conforme a norma BSI 4331 Part.1 ou ASME* Sec. V. como segue; Na verificação da calibração da linearidade vertical do aparelho de ultrassom, executando no controle de ganho as variações conforme o recomendado pela tabela abaixo, e verificando na tela do aparelho, as amplitudes dos ecos provenientes do furo de diâmetro 1,5 mm do bloco de calibração Tipo 1. Caso a amplitude dos ecos não correspondam ao esperado, deve-se concluir que o aparelho necessita de manutenção, e deve ser enviado à assistência técnica especializada. Verificação da linearidade vertical do aparelho de ultrassom Conforme da norma BS*-4331 Part.1 GANHO (dB) Altura esperada do eco em relação à altura da tela (%) Limites aceitáveis da Altura do eco +2 100 não menor que 90% 0 80 - -6 40 35% a 45% -18 10 8% a 12% -24 5 deve ser visível acima da linha de base Uma outra forma de verificar a linearidade vertical do aparelho de ultrassom é através do Código ASME* Sec. V Art.4 ou 5 que difere da tabela anterior. Um transdutor angular deve ser utilizado num bloco contendo dois furos que produzirão na tela do aparelho os ecos de referência para aplicação das tabela a seguir. Verificação da linearidade em amplitude da tela do aparelho de ultrassom Conforme Código ASME Sec. V Art. 4 e 5 Ajuste da Indicação na Altura Total da Tela ( % ) Ajuste do Controle de Ganho ( dB ) Limites Aceitáveis da Altura da menor Indicação ( % ) 80 -6 32 a 48 80 -12 16 a 24 40 +6 64 a 96 20 +12 64 a 96 Outra verificação que deve ser feita é a linearidade em altura da tela, onde o transdutor angular deve ser posicionado sobre o bloco básico de calibração com o ponto de saída do feixe angular dirigido para ambos os refletores cilindricos do bloco, ajustando a escala do aparelho de modo a obter ecos bem definidos provenientes dos furos ½ e ¾.T. Ajuste o controle de ganho e ao mesmo tempo o posicionamento do transdutor de modo a obter na tela do aparelho os dois ecos numa relação de 2:1em termos de amplitude, sendo o maior com amplitude de 80% da tela. E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 4 6 Sem alterar a posição do transdutor, reduza sucessivamente o controle de ganho, em incrementos de 10% ou "steps" de 2 até que o maior eco esteja a 20% de altura da tela, efetuando a cada decréscimo uma leitura da altura da menor indicação. A leitura da menor indicação deve sempre estar a 50% de altura da maior indicação. o o 80% 40% Bloco de Verificação da Linearidade do aparelho de Ultrassom conforme Código ASME Sec. V * BS = norma Inglesa , British Standard * ASME = código de fabricação de vasos de pressão , American Society of Mechanical Engineer E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 4 9 O leitor deve ficar atento pois os blocos aqui mencionados não devem ser confundidos com os antigos blocos V1 da norma extinta DIN 54109. A norma AWS -American Welding Society, D1.1 requer um bloco de calibração construído conforme os requisitos do IIW -Internationl Institute of Welding , Tipo 1, que se assemelha ao antigo bloco V1. Bloco de Calibração Tipo 1 - Norma EN-12223 Bloco de Calibração conforme IIW -Internationl Institute of Welding Tipo 1 (à esquerda) e Tipo 2 (à direita). A diferença deste bloco com o da norma EN-12223 está no diâmetro do pequeno furo que na norma IIW é de 1,5 mm e na EN-12223 é de 2,4 mm. Os blocos de calibração devem ser apropriadamente calibrados quanto às suas dimensões , furos, entalhes e quanto à velocidade sônica do material que constituí o bloco. 100 mm 300 mm R100 E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 5 0 O Bloco Tipo 1 deve ser utilizado para calibrar as escalas na tela do aparelho usando as dimensões padronizadas, mas também verificar a condição do transdutor angular, com respeito ao ponto de saída do feixe sônico (posição 1 da figura) e a verificação do ângulo de refração do transdutor (posição 2 da figura). Em geral + 2 graus é tolerável. Verificação do ponto de saída do feixe sônico e ângulo do transdutor. Bloco de calibração Tipo 2 (Norma EN-27963). Espessura do bloco 12,5 mm Uma das características do Bloco de calibração Tipo 2 é a sequencia de repetição dos ecos de reflexão nos raios de curvatura de 25 mm e 50 mm, conforme mostrado na figura. Posicionando o transdutor angular em "J" sobre o bloco Tipo 2, como mostrado na figura abaixo, deverão ser obtidos na tela do aparelho de ultrassom ecos múltiplos de reflexão dos raios de 25 mm e 50 mm, ajustados nas distâncias de 25 mm , 100 mm e 175 mm, com auxílio do controle de velocidades. R25 R50 1 2 E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 5 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 A B C D E Escala de 100 mm 25 mm 100 mm O eco correspondente à 100 mm na verdade representa o caminho do som no raio de 25 mm + o raio de 50 mm + o raio de 25 mm novamente Isto ocorre pois o feixe sônico que atinge o transdutor na direção contrária ao de saída do feixe não é captado pelo cristal. O leitor deve ficar atento pois os blocos aqui mencionados não devem ser confundidos com os antigos blocos Tipo 2 da norma extinta DIN 54122. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 A B C D E Escala de 200 mm 50 mm 200 mm 125 mm O eco correspondente à 200 mm na verdade representa o caminho do som no raio de 50 mm + o raio de 25 mm + o raio de 50 mm + o raio de 25 mm + o raio de 50 mm novamente Isto ocorre pois o feixe sônico que atinge o transdutor na direção contrária ao de saída do feixe não é captado pelo cristal. E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 5 4 C-Scan - neste tipo de apresentação a tela do aparelho mostra a peça no sentido "planta" ou seja a vista de cima da peça. A varredura do transdutor, geralmente mecanizada, mostra as indicações na tela do aparelho visualizadas por cima, no entanto o software permite que seja obtido mais informações sobre cada uma das indicações, tal como profundidade, ampli- tude, etc.... Varredura C-Scan com método Phased Array. Mais rápido em razão dos inúmeros cristais no transdutor. Figuras extraídas do web site www.olympus.com E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 5 5 Tela do aparelho GE modelo USIP-40 em C-Scan de uma peça com revestimento. As áreas amarelas mostram falta de aderência do revestimento no metal base. (gentileza da GE Industrial Technologies) Neste tipo de apresentação a tela do aparelho mostra a peça no sentido "planta" ou seja a vista de cima da peça. A representação C-Scan acima foi obtida a partir da varredura automática da superfície de uma peça com revestimento, usando o aparelho de ultrassom USIP-40, onde pode ser vista as áreas amarelas (mais claras) indicando a total falta de aderência do material de revestimento. Na figura abaixo, a palheta colorida do lado direito mostra a variação da amplitude do eco da interface entre revestimento e metal base sobre toda a superfície da peça. A varredura é efetuada conectando um sistema eletrônico de coordenadas X,Y denominado “encoder” fixado na peça, que emite um sinal ao aparelho de ultrassom sempre que um ciclo do ensaio for completado (por exemplo varredura no sentido da largura ou do comprimento da peça) e uma mudança da região de varredura é requerida. E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 5 6 Tela do aparelho USIP-40 em C-Scan (ao centro) e P-Scan (gentileza da GE Industrial Technologies) O mesmo equipamento de ultrassom também pode fornecer na tela outras representações, como a acima mostrada. Podemos ver a representação C-Scan no centro, e acima a representação P-Scan mostrando a altura do eco de interface no ponto de cruzamento das coordenadas x,y do plano da peça. A varredura automática e captação de dados pelo aparelho de ultrassom, representa hoje um avanço significativo no processo de inspeção industrial, pois uma série de informações sobre as indicações detectadas são coletadas e armazenadas somente pelo aparelho, dispensando a participação do inspetor. O mapeamento obtido é gerado pelo software que impossibilita adulterações. • Forma de apresentação para Varredura Setorial Angular por Phased Array (S- Scan) Este tipo de apresentação não é convencional, e somente aparelhos dotados de funções especiais phased array são capazes de mostrar esta forma de apresentação. E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 5 9 Calibração da Sensibilidade do Aparelho A escala do aparelho deve ser calibrada através dos blocos padrões calibrados mencionados. A sensibilidade do aparelho deve ser calibrada através de um bloco com espessuras e furos de referência calibrados e de material acusticamente similar à peça ser ensaiada. Caso a calibração do aparelho seja feita em bloco e peça de materiais dissimilares, isto afetará a precisão das medidas efetuadas. A figura abaixo descreve o bloco de calibração de forma simplificada, recomendado pela norma ASME Boiler and Pressure Vessel Code Sec.V usado para estabelecer a sensibilidade do ensaio pelo ajuste do controle de ganho do aparelho , que deve ser fabricado com mesmo acabamento superficial da área de varredura. Bloco Básico de Calibração da Sensibilidade Simplificado para o Ensaio de Soldas, conforme o Código ASME Sec. V . Seleção do Bloco de Calibração para superfícies planas Espessura da solda “t” (mm) Espessura “T” do bloco (mm) * Diâmetro “D” do furo de referência (mm) 1”(25 ) ou menor ¾”(20 ) ou t 3/32” (2,5) Acima de 1”(25 ) até 2”(50) 1.1/2”(38) ou t 1/8” (3,0) Acima de 2”(50) até 4”(102) 3”(75) ou t 3/16” (5,0) Acima de 4" (102) t + 1 (25) nota 1 Fonte: Código ASME Sec.V Art. 4 e 5 * Bloco de calibração válido para superfícies planas ou com curvaturas maiores que 20 polegadas ( 508 mm ) de diâmetro, Nota 1 : Para cada aumento de 2”(50) ou fração acima de 4"(102 mm) o diâmetro do furo deve ser aumentado em 1/16 da pol.(1,5 mm). E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 6 0 A freqüência e ângulo do transdutor selecionado (ver tabela abaixo) pode ser significativo, dependendo da configuração da junta, material e espessura. Espessura do material base (mm) Ângulo do Transdutor (graus) 8 - 15 60 e 70 16 - 25 45 e 60 ou 60 e 70 26 - 40 45 e 60 ou 45 e 70 Maior que 40 45 e 60 A curva de sensibilidade é estabelecida de acordo com o procedimento descrito, através do posicionamento do transdutor angular (pos.1,2 ,3 e 4) de modo a detectar o furo de referência do bloco nas quatro posições indicadas. O controle de ganho do aparelho deve ser ajustado a partir da pos.1 da figura abaixo, onde o controle é ajustado até que o eco correspondente à reflexão do furo tenha uma altura de 80% da tela do aparelho. Acompanhe o processo abaixo descrito: Preparação da Curva de Correção Distância Amplitude (DAC) e Ajuste a Sensibilidade do Ensaio a) Posicionar o transdutor sobre o bloco padrão de modo a obter resposta do furo que apresentar maior amplitude ; b) Ajustar a amplitude do eco a 80% da altura da tela. Este ganho é denominado “Ganho Primário-Gp” da curva de referência (DAC). c) Para completar a curva de referência e, sem alterar o ganho, posicionar o transdutor de forma a se obter ecos dos furos do bloco padrão a várias distâncias, até o alcance desejado, e traçar a curva unindo os pontos obtidos. d)Traçar as curvas de 50% e 20% da curva de referência (DAC). Traçagem da Curva de Referência ou Curva DAC E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 6 1 A partir deste procedimento deve ser registrado o ganho do aparelho, que deverá ser mantido até o final da inspeção , porem verificado periodicamente ou quando houver troca de operadores. Caso haja uma diferença de acabamento superficial acentuada entre o bloco e a peça a ser inspecionada, um procedimento de transferência de ganho do bloco para a peça deverá ser aplicado, para restabelecer o nível de sensibilidade original, conforme segue: Determinação do Fator de Correção da Perda por Transferência (PT) a) Posicionar dois transdutores iguais sobre o bloco de calibração com percurso sônico como mostrado na figura, usando a técnica de transparência. b) Ajustar o controle de ganho para que a amplitude do eco com os transdutores na pos. a e b esteja em 80% da altura da tela. c) Sem alterar o ganho marcar na tela os picos dos ecos das posições a-c e a-d. d) Unir os pontos para se obter uma curva de referência. a ab ac ad b c d e) Posicionar os transdutores no componente a ser ensaiado, metal base, obrigatoriamente sobre superfícies paralelas, para se obter o eco a-c sem alterar o ganho conforme ítem b. f) Ajustar, se necessário, a altura do eco obtido no componente a ser ensaiado até a curva descrita no ítem f g) Esta diferença (± X dB) deverá ser anotada e usada como correção de transferência (PT). E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 6 4 Repare que na tela do aparelho a região compreendida entre 40 e 80 mm correspondem à borda inferior e a borda superior. Agora, observe a figura abaixo e compare com a anterior. O leitor verá que um eco proveniente da raiz da solda será observado na marca de 40 mm e um eco proveniente do reforço, será observado na marca de 80 mm. Portanto a área da solda estará compreendida entre 40 e 80 mm na tela, e caso apareçam indicações, estas devem estar nesta região da tela. Delimitação da Extensão da descontinuidade A delimitação da extensão da descontinuidade pode ser feita utilizando a técnica da queda do eco em 6 dB , ou seja o transdutor deve ser posicionado no centro geométrico da descontinuidade , de forma a maximizar a altura do eco de reflexão. Este ponto deve ser pesquisado pelo inspetor. Após, o transdutor é deslocado para a esquerda e para a direita até que se observe a altura do eco na tela do aparelho reduzir pela metade da altura que tinha inicialmente (- 6dB). Sobre a superfície da peça, deve ser marcado estes pontos onde o eco diminui em 6 dB, e o tamanho da descontinuidade será a linha que uni os dois pontos (para a esquerda e para a direita) Outros métodos , podem ser utilizados para pequenas indicações (menores que 10 mm) , ou mesmo a técnica da queda do eco em 20dB , que se assemelha à técnica descrita acima. A delimitação ou estimativa de pequenas descontinuidades deve ser feita pelo método do diagrama AVG ou DGS. E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 6 5 Delimitação da extensão do defeito pelo método da queda de 6 dB (à esquerda) e ensaio de solda longitudinal de emenda de um tubo ( à direita) Procedimento para Inspeção de Soldas a Ponto (Spot weld) A solda a ponto ou solda por resistência é um importante método de partes união metálicas, principalmente nas indústrias automotivas e ferroviarias. A característica dessas soldas são a rapidez com que são executadas e a quantidade que se distribuem nos componentes. Delimitação da extensão de uma dupla laminação em uma chapa, usando a técnica da queda do eco em 6 dB , com transdutor normal. Foto extraída do catálogo da Krautkramer E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 6 6 Por essa razão é que a inspeção deve ser realizada de forma ágil, segura e veloz para garantir um bom desempenho das juntas. A seguir mostramos os aspectos das soldas ponto e o correspondente ecograma esperado. Solda Boa • Seqüência curta de ecos devido à atenuação sonica • Nenhum eco intermediário Solda estreita • Seqüência longa de ecos, devido à redução da atenuação sonica Área de solda pequena • Seqüência de ecos intermediários devido à bordas não soldadas E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 6 9 Devido às inúmeras aplicações dos materiais fundidos, desde pequenas peças para indústrias automotivas, de calderaria, de petróleo e petroquímicas, até componentes gigantescos aplicados nas indústrias de geração de energia. Essas inúmeras aplicações também se verifica nas normas, códigos e especificações técnicas para o ensaio por ultrassom em peças fundidas, assim o inspetor deve consultar o procedimento aprovado de sua empresa para o ensaio específico, ou ainda na falta deste, elabora-lo segundo a norma aplicável ao produto a ser ensaiado. Uma das normas mais utilizadas é a ASTM E-609. Essa norma foi elaborada para ensaio por ultrassom em aços fundidos em carbono, baixa liga e martensíticos, com tratamento térmico, usando transdutores normais. É estabelecido dois métodos de ensaio: Método A e o Método B. No Método A, a calibração da sensibilidade do ensaio é realizada usando um bloco cilíndrico (ver figura abaixo) fabricado no mesmo material a ser inspecionado, e que contém um furo de fundo plano, na base do bloco. Bloco de Calibração - Norma ASTM E-609 No Método B, é requerido uma calibração da sensibilidade do ensaio usando o eco de fundo de uma série de blocos. A norma não estabelece critérios de aceitação, mas sugere alguns níveis identificados de 1 a 7 que estão relacionados com a área do defeito e o seu comprimento, avaliados pelo ultrassom. A engenharia do produto deve selecionar o nível ou níveis de aceitação aplicável ao seu produto. E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 7 0 valiação e Critérios de Aceitação: O julgamento da descontinuidade encontrada deve ser feita de acordo com o procedimento escrito , norma aplicável , especificação do cliente , ou por outro documento da Qualidade aplicável. Em geral, as descontinuidades são julgadas pelo seu comprimento, e amplitude do eco de reflexão , que são quantidades mensuráveis pelo inspetor de ultrassom. Entretanto, algumas normas, estabelecem que o tipo da descontinuidade encontrada também deve ser avaliada e decisiva na aceitação ou rejeição da junta soldada. Por exemplo: se o inspetor interpretou uma indicação como trinca, falta de fusão ou falta de penetração, a junta soldada deve ser rejeitada, independente do seu comprimento ou amplitude de eco na tela do aparelho , de acordo com o Código ASME. Mas nem sempre a identificação do tipo da descontinuidade é fácil ou possível de ser avaliada, pois isto dependerá da complexidade da junta , experiência e conhecimento do inspetor. Critério de Aceitação de Juntas Soldadas , conforme Código ASME Sec. VIII Div.1 , Div. 2 e Sec. I. (Tradução livre) Imperfeições as quais produzirem uma resposta maior que 20% do nível de referência deve ser investigada a extensão para que o operador possa determinar a forma, identificar, e localizar tais indicações e avaliar as mesmas em termos do padrão de aceitação dado em (a) e (b) abaixo. (a) Indicações caracterizadas como trincas, falta de fusão ou penetração incompleta são inaceitáveis independente do comprimento ; (b) Outras imperfeições são inaceitáveis se indicações excedem o em amplitude o nível de referência e tenha um comprimento que exceda: ¼ pol. (6,0 mm) para t até ¾ pol. (19 mm); 1/3.t para t de ¾ (19 mm) até 2.1/4 (57,0 mm); ¾ pol. para t acima de 2.1/4 pol. (57,0) onde t é a espessura da solda excluindo qualquer reforço permitido. Para juntas soldadas de topo onde dois membros tendo diferentes espessuras de solda , t é a mais fina dessas duas espessuras. Se uma solda de penetração total inclue uma solda de filete , a espessura da garganta do filete deve ser incluída em t . A E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 7 1 uia para Exercícios Práticos Este guia prático poderá ser usado para auto treinamento ou como conteúdo de aula prática. MÓDULO DE EXERCÍCIO PRÁTICO 1 VERIFICAÇÃO DO PONTO DE SAÍDA DO FEIXE SÔNICO Dados do Transdutor Angular Verificado: Marca:.......................................................... Modelo:....................................................... Frequência:....................... Ângulo Nom....................... MÓDULO DE EXERCÍCIO PRÁTICO 2 VERIFICAÇÃO DO ÂNGULO DE SAÍDA DO FEIXE SÔNICO Dados do Transdutor Angular Verificado: Marca:.......................................................... Modelo:....................................................... Frequência:....................... Ângulo Nom:................ ÂNGULO MEDIDO: ............... Aprov. Reprov. G E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 7 4 MÓDULO DE EXERCÍCIO PRÁTICO 5 ELABORAÇÃO DA CURVA DE REFERÊNCIA (DAC) Objetivo: Estabelecer as curvas de correção distância amplitude (DAC) para um dado bloco de referência. Com auxílio do Bloco de Calibração Tipo 1 (EN12223) ou Tipo 2 (EN27963), estabeleça as escalas na tela do aparelho de ultrassom, conforme necessário. Selecione um transdutor angular e estabeleça a curva DAC para um bloco de calibração ASME com espessura 19mm para escala de 100 mm. Desenhe a curva obtida na tela abaixo, e preencha as informações abaixo. Escala de 100 mm 0 2 4 6 8 10 0 1 2 3 4 5 Transdutor usado: ..................................... Angulo:................... Ganho primário: .................. dB Diâmetro do furo de referência:...................... E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 7 5 uestões para Estudo Nas questões abaixo, marque a alternativa correta 1. Uma onda mecânica produzida por um transdutor ultrassonico com freqüência de 2 MHz , se propagando no aço (V = 5.900 m/s) , terá um comprimento de onda de: a) 2,27 mm b) 2,95 mm c) 29,5 mm d) 36,3 mm 2. Defini-se freqüência de uma onda sonora como sendo: a) o número de ondas acústicas que passam por segundo por um ponto de referência. b) a amplitude máxima que uma onda acústica atinge um ponto de referência c) a potência com que uma onda acústica é emitida d) o comprimento entre dois pontos de mesma fase 3. A faixa de freqüência considerada infra-som é: a) acima de 20 kHz b) abaixo de 45 Hz c) abaixo de 20000 Hz d) Abaixo de 20 Hz 4. Se um som de grande intensidade for produzido na freqüência de 23 kHz , então: a) uma pessoa poderá ficar surda, caso estiver próxima da fonte sonora b) o som produzido não será ouvido por ninguém, pois a freqüência é ultrassonica. c) o som produzido será muito agudo, comparável a um apito d) qualquer pessoa ouvirá normalmente este som 5. Para permitir o acoplamento acústico do transdutor ultrassonico , na peça sob ensaio devemos: a) usinar a superfície de ensaio b) pressionar o transdutor sobre a peça ,para completo acoplamento c) utilizar o líquido acoplante d) preparar adequadamente a superfície de ensaio Q E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 7 6 6. O tipo de onda longitudinal é gerado por transdutores: a) angulares b) normais. c) bi-focais d) de banda larga 7. Qual dos transdutores abaixo possuirá maior divergência: a) de diâmetro 24 mm b) de diâmetro 12 mm c) de diâmetro 5 mm d) de freqüência 1 MHz 8. O cristal responsável pela geração e recepção das ondas ultrassonicas ,possui a propriedade: a) magnética b) magnetoestricção c) piezoeletricidade. d) supercondutora 9. Qual dos materiais abaixo possui maior impedância acústica ( Z = ρ x V ): a) aço inoxidável b) alumínio c) água d) acrílico 10. A velocidade das ondas acústicas longitudinais no aço é aproximadamente: a) o dobro das transversais b) 5900 m/s c) 1500 m/s d) as alternativas (a) e (b) são corretas 11.Quando posicionamos o transdutor ultra-sonico sobre o bloco K2 , com o feixe sônico voltado para o raio de 25 mm, devemos obter na tela do aparelho de ultrassom, ecos múltiplos correspondentes aos percursos sônicos de: a) 25, 100 , 175 mm b) 50 , 125 , 200 mm c) 25 , 125 , 200 mm d) 25, 50 , 75 mm 12.O fenômeno da perda de energia na propagação ondulatória , pelos efeitos de espalhamento, vibração das partículas que formam o meio de propagação , é denominado: E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 7 9 24.Dos cristais abaixo que podem ser utilizados como cristais ultrassonicos: a) metaniobato de chumbo b) titanato de bario c) sulfato de lítio d) todos acima podem ser usados 25.A técnica de inspeção por ultrassom que utiliza dois transdutores separados , um emitindo as ondas sônicas e outro as recebendo é denominada : a) impulso-eco b) transparência c) estereoscópico d) imersão 26.Os transdutores ultrassonicos angulares , geram ondas ultrassonicas com ângulos: a) iguais ao valor gravado no transdutor b) iguais ao valor gravado no transdutor , válidos para o aço c) menores que 90 graus , para qualquer material d) as alternativas (a) e (c) são corretas 27.Transdutores ultrassonicos com pequenos diâmetros geram: a) feixe ultrassonico com pouca divergência b) um campo próximo menor c) feixe sônico com muita divergência d) as alternativas (b) e (c) são corretas 28.Em geral , uma descontinuidade pequena que esteja posicionada no campo próximo: a) é de difícil análise b) não pode ser detectada c) será detectada,porém seu comprimento será menor que o real d) somente será detectada se o seu comprimento for maior que duas vezes o comprimento de onda 29.Quais dos seguintes fatores , poderão produzir falsas indicações , no ensaio por ultrassom em soldas ? a) alta atenuação sônica b) espalhamento c) alta perda por transferência d) mudança do modo de conversão E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 8 0 30.Teoricamente,a menor descontinuidade detectável pelo ensaio ultrassonico deve ter: a) dimensões maiores que metade do comprimento de onda ultrassonica b) dimensões maiores que metade do campo próximo c) no mínimo o diâmetro do furo pequeno do bloco Tipo 1 d) no mínimo 1/4 do comprimento de onda 31.O diagrama AVG ou DGS foi elaborado de modo: a) a analisar o comportamento da onda ultrassonica ,ao refletir em superfícies planas b) a estudar a variação do ganho com a freqüência da onda sônica c) a estudar a variação do ganho na refletividade da onda sônica em pequenas descontinuidades , artificiais efetuadas no aço, a diversas profundidades d) a analisar a variação do diâmetro das descontinuidades em função da freqüência da onda 32.Qual das afirmativas abaixo é verdadeira? a) O bloco de aço com as dimensões calibradas, para ajustar as escalas do aparelho de ultrassom é denominado , bloco de calibração b) A superfície ideal para o ensaio ultrassonico de materiais , é aquela lisa e plana c) A vibração mecânica superficial tem velocidade de propagação bem menor que as vibrações transversais d) todas as alternativas são verdadeiras 33.A razão entre o seno do ângulo de incidência da onda ultrassonica e a sua velocidade de propagação no mesmo meio , defini: a) a lei de Snell , para incidência oblíqua b) o princípio da interferência ondulatória c) a divergência do feixe sônico d) o comprimento do campo próximo 34.Quando posicionamos o transdutor angular sobre o bloco Tipo 2 , com o feixe direcionado para o raio de 50 mm , a leitura na escala da tela do aparelho de ultrassom ,dos ecos de reflexão , deverão ser respectivamente de: a) 50 mm , 75 mm , 100 mm b) 50 mm , 100 mm , 175 mm c) 100 mm , 175 mm, 200 mm d) 50 mm , 125 mm , 200 mm E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 8 1 Figura 1 35.Observe a fig.1 , ao acoplarmos o transdutor na posição "A" , obteremos na tela do aparelho de ultrassom : a) ecos múltiplos referente a 200 mm b) um eco de reflexão correspondente a 100 mm , se a escala estiver ajustada para 100 mm c) dois ecos de reflexão , na posição 100 e 200 mm,se a escala estiver ajustada para 200 mm d) as alternativas (b) e (c) estão corretas 36.Observe a fig.1 , ao posicionar em "B" o transdutor , a intenção do inspetor será provavelmente: a) calibrar a escala do aparelho para 50 mm b) calibrar a escala do aparelho para 25 mm c) verificar o ângulo de saída do feixe sônico do transdutor d) nenhuma das alternativas 37.Ao posicionarmos o transdutor em "C" na fig.1 , será observado um eco de reflexão, proveniente do furo de: a) diâmetro 2,0 mm b) diâmetro 1,5 mm c) diâmetro 3 mm d) diâmetro 3,0 mm 38.A espessura do bloco Tipo 1 mostrado na fig.1 é de: a) 50 mm b) 25 mm c) 15 mm d) 20 mm E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 8 4 51.O fenômeno da divergência que ocorre quando um feixe de ultrassom se propaga num material , é devido: a) à estrutura do material b) ao afastamento da frente de ondas em relação ao transdutor c) à atenuação do som no material d) à variação da freqüência da onda sônica 52. “25 milhões de ciclos por segundo” pode também ser definido como: a) 25 kilohertz b) 2500 kilohertz c) 25 megahertz d) 25 microhertz 53.No ensaio por contato direto em peças com granulação grosseira, em geral aparecem em toda a extensão da tela do aparelho de ultrassom uma série de ecos com baixa amplitude. A estes ecos denominamos: a) ecos de indicações b) ecos espúrios c) descontinuidades d) granulometria 54.Qual das ondas sonoras que podem ser transmitidas através dos líquidos ? a) transversal b) longitudinal. c) de cisalhamento d) nenhuma delas 55.Para permitir o acoplamento acústico do transdutor ultrassonico, na peça sob ensaio devemos: a) usinar a superfície de ensaio b) pressionar o transdutor sobre a peça , para completo acoplamento c) utilizar o líquido acoplante. d) preparar adequadamente a superfície de ensaio 56.Na inspeção ultrassonica, a superfície limite, entre o metal base e uma descontinuidade,forma: a) uma interface b) um eco espúrio c) um eco de reflexão d) as alternativas (a) e (c) são possíveis E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 8 5 57.No ensaio ultrassonico, um líquido acoplante colocado entre o cristal e a superfície da peça é necessário pois: a) um lubrificante é necessário para atenuar o desgaste do transdutor b) o ar existente entre o cristal e a superfície da peça impede completamente a transmissão da vibração ultrassonica c) o cristal não vibrará se colocado diretamente em contato com a peça d) o líquido é necessário para completar o circuito elétrico no transdutor 58.Quando defeitos planares e paralelos à superfície da peça devem ser detectados , que método de ensaio ultrassonico é mais freqüentemente usado? a) feixe angular b) transmissão c) feixe reto ou longitudinal d) transparência 59.A velocidade do som nos materiais é primeiramente dependente: a) do comprimento do pulso sônico b) da freqüência c) do material no qual o som está sendo transmitido e o do modo de vibração d) nenhuma das alternativas 60.O diagrama construído com base na resposta do transdutor de um sinal refletido em um refletor circular de fundo plano, é conhecido com nome de : a) diagrama AVG b) diagrama DGS c) diagrama de Snell d) as alternativas (a) e (b) são corretas 61.Em qual zona do campo sônico a densidade de energia é mais intensa e causa maior interferência ondulatória ? a) campo longínquo b) campo próximo c) zona morta d) zona de Snell 62.O fenômeno da divergência é primeiramente causado por: a) atenuação b) espalhamento c) abertura do feixe sônico d) interface 63.Uma onda sônica com comprimento de onda de 3 mm se propagando no material com velocidade de 6000 m/s , provavelmente foi formada a partir de uma freqüência de: E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 8 6 a) 1 MHz b) 2 MHz c) 4 MHz d) 5 MHz 64.A freqüência de uma vibração mecânica depende: a) do material b) da temperatura c) do modo de vibração d) da fonte emissora da vibração mecânica 65.A presença de uma descontinuidade no material não produzirá nenhuma indicação de descontinuidade na tela do aparelho, quando usado: a) transdutor normal pela técnica pulso-eco b) transdutor angular pela técnica pulso -eco c) ondas superficiais d) método de ensaio por transparência 66.O fenômeno da perda gradual da energia sônica que ocorre quando um feixe de ultrassom se propaga num material , é devido: a) à reflexão b) a refração c) ao líquido acoplante d) a atenuação 67.Um bloco metálico com dimensões conhecidas e calibradas contendo furos ou entalhes que deve ser usado para ajustes do aparelho de ultrassom antes do início do ensaio , é denominado: a) bloco de calibração b) bloco de ajuste c) bloco comparador d) bloco dimensional para inspeção por ultrassom 68.Em geral o controle de ganho dos aparelhos de ultrassom é responsável pela amplificação do sinal ou eco na tela do aparelho , e é calibrado em: a) metros/segundos b) unidades de energia c) decibel d) Angstrons E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 8 9 a) 5 mm b) 2 mm c) 1,5 mm d) 3 mm Usando a figura 2 abaixo , responda as questões 82 a 87 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 A B C D E 8“ 6” Figura 2 82.O que representa a indicação B da figura 2 ? a) pulso inicial b) primeira indicação da descontinuidade c) primeira reflexão de fundo d) nenhuma das alternativas 83.O que representa a indicação C na figura 2 ? a) segunda reflexão de fundo b) primeira indicação da descontinuidade c) segunda indicação da descontinuidade d) primeira reflexão de fundo 84.O que representa a indicação A na figura 2 ? a) pulso inicial b) indicação de descontinuidade na superfície c) primeira indicação da descontinuidade d) nenhuma das alternativas E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 9 0 85.O que representa a indicação D na figura 2 ? a) primeira indicação da descontinuidade b) segunda indicação da descontinuidade c) primeira reflexão de fundo d) segunda reflexão de fundo 86.O que representa a indicação E na figura 2 ? a) primeira indicação da descontinuidade b) segunda indicação da descontinuidade c) primeira reflexão de fundo d) segunda reflexão de fundo 87.Qual a escala na tela do aparelho, utilizada pelo inspetor ? a) 8 pol b) 200 mm c) 20 pol d) 16 pol O ecograma a seguir , é o resultado da inspeção por ultrassom, de uma seção de uma peça com 50 mm de espessura , com superfícies paralelas. Figura 3 88.No ecograma acima , existem descontinuidades detectadas na peça ensaiada ? a) existem 2 descontinuidades b) não existem descontinuidades c) existem 3 descontinuidades d) existem 4 descontinuidades E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 9 1 89.Num processo de medição de espessura, o operador encontrou o resultado mostrado no ecograma abaixo. Qual o resultado da medida encontrada, considerando que a calibração da escala está correta? Figura 4 a) 40 mm b) 10 mm c) 20 mm d) 80 mm 90.O inspetor de ultrassom no processo de medição da velocidade sônica de um material obteve os ecogramas abaixo. Qual a velocidade de propagação encontrada ? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 A B C D E 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 A B C D E Bloco V1 , V = 5920 + 30 m/s peça , diâmetro real = 300 mm Escala= 500 mm Responda a seguir: E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 9 4 99.De acordo com ASME Sec. V Art. 4, qual a espessura do bloco de calibração a ser selecionado para ajuste da sensibilidade do ensaio da solda da Fig.5 ? a) 76 mm b) 19 mm c) 38 mm d) 25 mm 100.De acordo com ASME Sec. V Art. 5, qual das afirmações abaixo é verdadeira? a) Os aparelhos de ultrassom não necessitam de serem verificados quanto ao requisito de aferição periódica b) São permitidos inspetores qualificados como Nível I para inspeção de material prima c) A rugosidade da superfície pode ser qualquer desde que seja usinada. d) nenhuma das alternativas é correta 101.Para inspeção por ultrassom de chapas conforme ASME Sec. V SA 435, a calibração do aparelho deve ser feita: a) usando um furo de referência especificado b) usando um bloco de espessura igual ao da chapa a ser inspecionada c) ajustando o eco de fundo da própria chapa entre 50% a 90% da altura da tela do aparelho d) ajustando o eco de fundo entre 50% a 75 % da altura da tela. 102.A inspeção de soldas conforme o procedimento de ensaio por ultrassom de acordo com ASME Sec. V Art. 4 requer: a) que a espessura do bloco de calibração a ser selecionado quando duas ou mais espessuras do metal base forem envolvidas deve ser definido pela média da espessura da solda b) uso de acoplante tal como metil celulose c) que a calibração da escala do aparelho seja feita através dos blocos Tipo 1 ou Tipo 2 d) todas as alternativas são corretas 103.Uma característica principal que diferencia o transdutor convencional de um phased array é: a) o transdutor convencional pode ser adquirido em vários ângulos e o phased array não. b) o transdutor convencional é conectado ao aparelho por um único cabo coaxial e o phased array são vários cabos interligados no transdutor c) o transdutor convencional é monocristal e o phased array são inúmeros cristais. d) não existe diferenças E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 9 5 Gabarito das Questões 01- b 22- b 43- c 64- d 85- b 02- a 23- d 44- a 65- d 86- d 03- d 24- d 45- c 66- d 87- c 04- b 25- b 46- d 67- a 88- a 05- c 26- b 47- c 68- c 89- c 06- b 27- d 48- d 69- c 90- b 07- c 28- a 49- a 70- a 91- d 08- c 29- d 50- c 71- a 92- c 09- a 30- a 51- b 72- a 93- b 10- d 31- c 52- c 73- a 94- c 11- a 32- d 53- b 74- a 95- d 12- a 33- a 54- b 75- d 96- c 13- d 34- d 55- c 76- b 97- b 14- d 35- d 56- d 77- d 98- b 15- d 36- c 57- b 78- c 99- c 16- c 37- d 58- c 79- b 100- d 17- b 38- b 59- c 80- a 101- d 18- a 39- a 60- d 81- a 102- a 19- d 40- b 61- b 82- b 103 - c 20- a 41- b 62- c 83- d 21- c 42- d 63- b 84- a E N S A I O P O R U L T R A S S O M R i c a r d o A n d r e u c c i E d . J u l . / 2 0 1 1 9 6 bras Consultadas 1. American Society of Mechanical Engineers - ASME Boiler and Pressure Vessel Code , Section V ; 2. Leite, Paulo G.P , “Curso de Ensaios Não Destrutivos”, Associação Brasileira de Metais-ABM , 8a. edição 1966 ; 3. American Society of Mechanical Engineers - ASME Boiler and Pressure Vessel Code , Section VIII Div.1; 4. Mac Master R ; "Non Destructive Testing Handbook, N.York , Ronald Press, 1959 Vol. 1 5. SENAI , "Soldagem" , São Paulo , SP , 1997 6. Krautkramer, "Ultrasonic Testing of Materials", Alemanha, second edition 7. Website – www.olympus.com O
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