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EQÜINOS - controle de verminoses, Notas de estudo de Agronomia

EQÜINOS - controle de verminoses

Tipologia: Notas de estudo

2015

Compartilhado em 04/01/2015

mateus-valdir-muller-6
mateus-valdir-muller-6 🇧🇷

4.6

(177)

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Baixe EQÜINOS - controle de verminoses e outras Notas de estudo em PDF para Agronomia, somente na Docsity! Prof. Fernandes Meira Bovinocultura de Leite EEPROCAR – Carazinho – RS Os cavalos, tanto os de trabalho como os utilizados para recreação, mesmo estabulados, estão constantemente suscetíveis ao parasitismo. Por menor que seja o período que passem em uma pastagem, a infecção por vermes e a infestação por ectoparasitas podem ocorrer. Assim, o tratamento antiparasitário deve ser parte do manejo. O controle dos parasitas internos em eqüinos também passa pela prevenção, com um pouco mais de rigor do que o verificado em bovinos. Ao contrário destes, o eqüino não adquire resistência à verminose com o passar dos anos, devendo o tratamento ser sistemático e contínuo. De maneira geral, o eqüino inicia sua vida parasitado por Strongyloides westeri e o declínio parasitário deste verme ocorre por volta do sétimo mês de idade. Aos três meses, inicia o parasitismo por Parascaris equorum, decrescendo por volta dos nove meses de idade. Aos quatro meses, inicia o parasitismo pelos pequenos estrongilídeos, chamados de Cyathostominae, compostos por mais de 30 espécies de pequenos nema-tódeos, e aos seis meses o parasitismo pelos grandes estrongilídeos, como Strongylus vulgaris e S. edentatus, não havendo declínio parasitário natural destes vermes, o que torna necessário controle a partir da administração de anti- helmínticos. Raramente é encontrado um eqüino que não esteja parasitado por pequenos estrongilídeos. E a característica destas espécies é o grande número de parasitas encontrado nos intestinos grosso e ceco. Alguns sugam sangue e outros causam nódulos e destruição das paredes intestinais. Esses pequenos nematódeos não migram pelo organismo, fazendo seu ciclo todo na mucosa intestinal. Já o Strongylus spp., devido à fase de migração das larvas através dos vasos mesentéricos, causa fortes cólicas nos eqüinos chegando, inclusive, a causar a morte dos animais. Princípios ativos mais usados - Há no mercado várias opções para combater os parasitas em eqüinos. Os principais são: Ivermectina - possui amplo espectro com grande eficácia sobre vermes redondos e atua também sobre os causadores de Gasterofilose e Habronemose. Uma grande vantagem é o longo poder residual, que evita a reinfecção, principalmente por larvas de nematódeos, por 30 a 40 dias. Organofosforados - atuam principalmente em larvas de Habronema spp, além de ser capazes de atingir também larvas de moscas de Gasterophilus spp (em grande quantidade, causam irritações e até obstrução do estômago). Possuem ação sistêmica, ou seja, são absorvidos e distribuídos por todo o organismo pela corrente sanguínea. Febendazole - atua sobre vermes redondos (nematódeos), sobre vermes chatos (tênia) e, inclusive, sobre os ovos dos vermes eliminados nas fezes. Piperazina - possui ação sobre os nematódeos, principalmente sobre Ascaris e Oxyuris equi (verme que provoca irritação no ânus do eqüino, o que o leva a se coçar em cercas e arvores). Esquemas de tratamento - Os procedimentos 0 0 1 Fvariam, de acordo com a ida de dos animais. Veja: Adultos: o eqüino não desenvolve resistência com a idade, o que faz com que haja necessidade de tratamento contínuo e freqüente. Deve-se ter cuidado especial com as éguas prenhes, já que há evidências de que, na época do parto, a contagem de OPG aumenta, o que póde contaminar ainda mais as pastagens. No entanto, muito cuidado com alguns princípios ativos, como os organofosforados, que não devem ser aplicados em éguas prenhes no terço final de gestação. Potros - deve-se iniciar o tratamento a partir dos 2 0 0 1 Fmeses de idade. Em segui da, continuar o mesmo esquema de tratamento junto com os animais adultos. Os animais devem ser vermifugados 6 vezes ao ano, isto é, a cada 2 meses, sendo aconselhável fazer a vermifugação de toda a tropa a cada vez. Cuidado especial deve ser tomado quanto à alternância de princípios ativos, com o objetivo de prevenir a resistência dos vermes. Portanto, atenção ao escolher o produto para que haja real variação dos princípios ativos, já que há inúmeros produtos com a mesma formulação, principalmente, ivermectina. Outros cuidados - Para o controle das moscas de Gasterophilus-, o organofostorado deverá ser administrado pelo menos 2 vezes ao ano, principalmente antes e depois dos períodos chuvosos (outubro e abril . Os animais novos, ou aqueles que estão de retorno à propriedade, devem ser vermifugados antes de entrar na pastagem e ser misturados aos demais. Em casos de rotação de pastagem, deve-se vermifugar os animais antes de eles entrarem no novo piquete. Manter as cocheiras, estábulos e currais sempre muito limpos, fazendo remoção freqüente das fezes. Sempre que for possível, realizar com freqüência exame de fezes para a contagem de ovos.
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