Baixe Aula de granulação I e outras Notas de aula em PDF para Farmácia, somente na Docsity! CONCEITO A granulação é o processo no qual se faz GRANULAÇÃO 1 com que partículas pulvéreas primárias se aglomerem, de modo a formar os grânulos. Principais razões para granular 1. Melhorar as propriedades de fluxo da mistura e favorecer a uniformidade de dose. 2 2. Prevenir a segregação de partículas na mistura. 3. Melhorar as características de compactação da mistura. GRANULAÇÃO POR VIA ÚMIDA Neste processo o pó (fármaco + excipiente) é misturado na presença de um líquido. 5 Este líquido constitui-se de aglutinante + solvente. Dentre os solventes utilizados destacam- se a água, o etanol e o isopropanol. Mesmo empregando equipamentos distintos a seqüência de produção é comum. São elas: 1. Rompimento de aglomerados presentes nos pós por tamisação. 2. Mistura dos pós. 6 3. Preparação da massa úmida. Adição do líquido de aglutinação e incorporação deste líquido (umectação). 4. Transformação da massa úmida em grânulos (granulação). 5. Secagem dos grânulos. 6. Calibração ou normalização do granulado seco para obtenção da partícula idealizada.
GRANULAÇÃO ÚMIDA |
Umectação Adição de solvente
Tamisação
Secagem
o ou Normalização
O oas ia nu.
Da mo q
densas fancarrs deram
10
2. Mistura • Para que os pós possam ser misturados é necessário que as suas partículas movimentem-se livremente, umas ao redor das outras. 11 MISTURADORES DE VOLTEADURA 12 UMECTAÇÃO Os aglutinantes podem ser adicionados a um material particulado de diversas maneiras: -como um pó seco, que é misturado aos demais 15 componentes antes da granulação por via úmida. Durante o procedimento de umectação, o aglutinante pode dissolver-se parcial ou completamente no líquido de granulação. Exemplo: amido pré-gelatinizado. UMECTAÇÃO - Como uma solução, que é empregada como líquido de aglomeração durante a granulação úmida. O aglutinante é chamado de aglutinante úmido. 16 Exemplos: amido de milho, gelatina, polivinilpirrolidona, hidroxipropilmetilcelulose. Concentração usual: 2% a 10%. Masseira ou amassadeira EQUIPAMENTOS 17
Misturadores/granuladores de alta
velocidade (High Shear Mixer)
Liquid addition a Air filter
. Je
A t— )
Chopper
dm |
Discharge Impeller 0
P/VAC
in 50 |-Vacuum
drying design
Mixing bow! with temperature probe
in the lid
21
Misturadores granuladores de alta velocidade Granulador Collete-Gral 22
Saída de ar
Filtro de
exaustão
-0---—->
ESDElIos
.0->-——
tllc-=-a,
Bocal de aspersão
r do produto
Líquido de
granulação
Figura 25.8 Granulador de leito fluidizado.
25
Câmara de expansão
Recipiente do produto
A. Método de aspersão por cima
Fluxo controlado |
de partículas
Partição do
revestimento
Aspersão do
revestimento
Bocal hidráulico
ou pneumático
Fluxo de ar
Placa de
distribuição de ar |
B. Método do aspersão por baixo (Wur
26
4 - Granulação
Granulador rotatório
Pó úmido
Contêiner de
alimentação
Barras do rotor
oscilatório
Cano de
Seleção por tamises
27
5 - Secagem Após a obtenção dos granulados úmidos estes são submetidos ao processo de secagem. 30 Operação unitária que tem como objetivo remover toda ou a maior parte do líquido mediante fornecimento de calor, provocando a evaporação térmica, ou seja, o líquido é convertido em vapor. A forma de secagem de um determinado material deve levar em consideração os seguintes pontos: sensibilidade ao calor; 31 características físicas do material; necessidade de assepsia; natureza do líquido a ser removido; escala da operação; fontes disponíveis de calor. Os equipamentos utilizados na secagem de produtos em escala industrial pertencem a dois grandes grupos: - Secadores adiabáticos: o meio desidratador é o 32 ar quente e seco. - Secadores por transferência de calor em superfície sólida: a transferência de calor se dá através do contato do produto com uma superfície metálica aquecida. 35 Desvantagens da Secagem Convectiva em Leito Fixo - Tempo de secagem prolongado. - Riscos de secagem excessiva. 36 - Dificuldade de secagem uniforme. - Possibilidade de migração do soluto durante a secagem. - Pode ocorrer a formação de agregados devido à formação de pontes de contato entre os grânulos. Secadores por convecção dinâmica • Leito fluidizado 37 Vantagens da secagem em leito fluidizado - A maior parte da secagem ocorrerá a velocidade constante, sendo assim, a possibilidade de um sobreaquecimento é menor. 40 - Tempos de secagem curtos proporcionam um elevado rendimento de produção. - Os contêineres podem ser móveis, o que torna o manuseio e o transporte dentro da área de produção mais simples, reduzindo custos de trabalho. - A temperatura do leito fluidizado é uniforme em todos os pontos do equipamento e pode ser controlada de modo preciso. Vantagens da secagem em leito fluidizado 41 - A turbulência dentro do leito fluidizado provoca atrito sobre a superfície dos grânulos, o que propicia a obtenção de produtos mais esféricos e de fluxo livre. - O movimento livre das partículas individuais elimina o risco de substâncias solúveis migrarem, como pode acontecer nos leitos estáticos. Desvantagens da secagem em leito fluidizado - A turbulência pode ocasionar um atrito excessivo em algumas substâncias, provocando danos em 42 determinados tipos de grânulos, assim como a produção de poeira em demasia. - As partículas finas podem ser carregadas pelo ar fluidizado, devendo ser coletadas por um tecido filtrante, tomando o cuidado de evitar a segregação e a perda da fração de pó fino. VANTAGENS 45 - A secagem é realizada em baixas temperaturas e, como a quantidade de ar presente é pequena, existe um risco mínimo de oxidação. 6-Normalização ou calibração do granulado Como a granulação não é uma operação bem controlável, e durante a secagem pode ocorrer a formação de agregados, 46 é necessária uma operação de tamisação para normalização ou calibração do granulado.