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A tv e a nossa familia, Notas de estudo de Teologia

A tv e a nossa familia

Tipologia: Notas de estudo

2015

Compartilhado em 21/02/2015

Ubirata78
Ubirata78 🇧🇷

4.4

(56)

173 documentos

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Baixe A tv e a nossa familia e outras Notas de estudo em PDF para Teologia, somente na Docsity! Rev. J. Lewis A rt ig o s D ig it a is TVA E NOSSA FAMÍLIA A Televisão e Nossa Família © 2013, Editora os Puritanos/Clire Artigo de autoria do Rev. J. Lewis, pastor da Igreja Reformada Livre de Lacombe, Alber- ta, Canadá. 1ª Edição em Português – Fevereiro 2013 - Edição Digital É permitido baixar e compartilhar esta publicação digitalmente, sendo vedada a repro- dução total ou parcial desta publicação por meio impresso, sem autorização por escrito dos editores, exceto citações em resenhas. EDITADO POR Manoel Canuto EDIÇÃO GRÁFICA Heraldo F. de Almeida A Televisão e Nossa Família Nos idos de 1930 David Saronoff, o presidente da RCA, teve a perspicácia empresarial de investir dinheiro num projeto louco e extravagante chamado televisão. Para dirigir este empenho, a RCA contratou um cientista natural da Rússia chamado Vladimir Kos- ma Zrvorykin e investiu 50 milhões de dólares de modo que em 1939 a RCA pode televisionar a abertura da feira mundial de Nova York. Mais tarde naquele ano, a RCA adquiriu a licença para pa- tentear a televisão e começou a vendendo aparelhos de televisão aos que eram muito ricos. Antes de 1947 o número de lares com TV poderia ser medido em milhares. Por volta do final do século XX, 98% dos lares dos Estados Uni- dos tinham, pelo menos, um aparelho da televisão (Gordman, p. 2). A televisão está aqui para ficar. Qual então deveria ser e reação dos cristãos à televisão? Ela é inerentemente má? É um pecado assistir até mesmo os noticiários da TV? Quanto tempo deve um cristão gastar assistindo televisão? Estas são algumas das pergun- tas que deveriam levantar-se na mente de qualquer cristão cons- ciencioso e piedoso. Meu ponto de vista não é que a TV está com- pletamente errada, como também o rádio e a internet. Contudo, parece-me que estar no mundo, mas não ser do mundo, perdeu sua distinção em muitos lares cristãos de hoje por relaxar a oposi- ção com o mundo (1 Jo. 2:15). “Não ameis o mundo, nem as coisas que estão no mundo. Se algum homem ama o mundo, a amor do Pai não está nele”. 6 Rev. J. Lewis Portão – Olho, Portão – Ouvido No livro–alegórico, Guerra Santa, de Bunyan, somos ensina- dos que a cidade da alma do Homem (que simboliza o coração do homem) ficou mais vulnerável pelas entradas do Portão-Olho e Portão-Ouvido (sentidos da vista e do som) (p.10). A alma do homem foi eventualmente penetrada pelo diabo e seus comparsas através destes dois portões. Assim é conosco. Para salientar isto não é necessário olhar mais longe do que as indústrias de bilhões de dólares de Hollywood e MTV, onde tudo é de uma certa qua- lidade visual nos acenando para “vir e comprar”. Mas o que eles estão vendendo? É moralidade e castidade e os frutos do Espírito? Ou são as mercadorias deste mundo? Isto, então, presenteia o Cristão com um dilema interessante à medida em que ele vive na cultura vigente. Quando a TV é muito? Não acho que exista um número sagrado ou uma respos- ta precisa que não viole a liberdade do Cristão. Contudo, Jacques Ellul aponta corretamente que “televisão age menos pela criação de noções claras e opiniões precisas e mais por nos envolver em uma neblina” (pg. 336). David F. Wells diz com respeito aos peri- gos da televisão que “A televisão abre para nós o mundo inteiro, legando-nos uma onisciência virtual” (pg. 230). Através da mídia da televisão nós somos encorajados a ter uma espécie de coloni- zação de experiência onde os pecados e virtudes dos outros são incorporadas dentro de nós. Por meio dos nossos olhos e ouvidos somos incitados a partilhar do pecado dos outros, uma vez remo- vido nosso senso de realidade. O que nós próprios jamais faría- mos, prontamente vemos com os nossos olhos e ouvimos com os nossos ouvidos. A. W. Tozer disse certa vez com relação ao Cristão e à cultura mundial: Por séculos a Igreja permaneceu solidamente contra toda forma de en- tretenimento mundano, reconhecendo-o pelo que ele era — um artifício para gastar o tempo, um refúgio contra a perturbadora voz da consciência, 7 A Televisão e Nossa Família um esquema para desviar a atenção da responsabilidade moral. Por isto ela tornou-se redondamente insultada pelos filhos deste mundo. Mas, ulti- mamente, ela tornou-se cansada do abuso e desistiu do esforço. Ela parece ter decidido que se não pode conquistar o grande deus Diversão, ela pode igualmente juntar forças com ele e fazer dele o uso que puder dos seus poderes (pg. 84). É bem possível que tenhamos nos tornado acostumados a pe- car vicariamente através daquelas coisas que vemos e ouvimos. Porque o homem é corrupto por natureza, nós naturalmente que- remos ver quão perto podemos chegar do pecado sem realmente tomar parte nele. Dr. Joel Beeke colocou desta maneira: “Por na- tureza nossa pergunta é: ‘Até onde eu posso ir sem pecar?’ ao invés de ‘Até onde eu posso fugir do pecado e evitar a própria presença do mal?’. No nosso coração mesmo e no centro do nosso espírito de passatempo, fica a TELEVISÃO. Este é um fato óbvio. Os apa- relhos de televisão estão nos lares de 97% dos Americanos hoje e 91% de todo o tempo de televisão é dedicado unicamente ao pro- pósito de entretenimento”. Enquanto o mundo acena ao Cristão para juntar-se ao mal, e Escritura nos diz para “Abstermo-nos de toda aparência do mal” (1 Ts. 5:22). Dr. Joel Beeke dá algumas estatísticas surpreendentes em seu ensaio literário, É a TV Realmente Tão Má?, mostrando como a TV em geral encoraja o telespectador a ver atentamente as pessoas quebrarem cada um dos Dez Mandamentos. Dr. Beeke diz: “Um estudo chegou à conclusão que durante o tempo transcorrido até uma criança chegar aos 14 anos, pelo menos 18.000 assaltos e assassinatos vio- lentos acontecem diante dos seus olhos. Um outro estudo confirmou que a criança média entre cinco e treze anos de idade embebedam-se em 1.300 assassinatos cada ano, de modo que violência, assaltos e assassinatos não mais falam a mensagem do pecado ou as suas consequências. Assassina- tos, ódios, ações e palavras violentas assumem o papel de comportamento 10 Rev. J. Lewis do que a liberdade que temos para usufruí-las é comprada com o sangue de Cristo. Como Davi que quando teve sede das águas de Bethlehem e disse que não as beberia, porque significava o sangue dos três valentes, assim também, embora tenhamos o livre uso das coisas criadas, contudo devemos ser cuidadosos para usá-las com moderação e reverência e tudo para a Glória de Deus. Conclusão “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdade, tudo o que é respei- tável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é da boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Fp. 4:8). Dr. Martin Lloyd-Jones comenta este verso e diz: O problema que é proposto a nós por este particular texto é todo o pro- blema de relacionamento entre o cristianismo e a cultura. Agora eu tenho certeza que muitos, senão a maioria do povo cristão, está interessada nessa questão, porque ela é de real significado e importância... Em vista de tudo isto, eu sugeriria a você, o que Paulo estava dizendo aos filipenses: Todo o seu pensamento e todas as suas ações devem ser controlados pelo evange- lho... Todo pensamento deve ser trazido em sujeição a ele. Que toda a nossa vida seja um tributo e um testemunho ao louvor do nosso Redentor (págs. 181-189). Isto seria nossa motivação em cada área da cultura. O Senhor está nos dizendo que nós somos os guarda-portões das nossas pró- prias almas. Existe então alguma vantagem em assistir TV? Talvez exista. Programas informativos, documentários e alguns (embora poucos) programas de passatempo podem ser de benefício e uti- lizados para o avanço do reino (muitos como a internet). Mas, o tempo é curto. Como cristãos reformados estamos obedecendo ao Senhor e remindo o tempo (Ef.5:16)? As palavras de Samuel Rutherford são boas para concluir, quando ele diz: “Quando a corrida terminar e o jogo estiver ganho 11 ou perdido e você estiver na última volta e no limite do tempo, e colocar seu pé dentro da marca da eternidade, todas as boas coisas do seu curto sonho noturno lhe parecerão como cinzas de uma fogueira de espinhos e palha” (L. D. E. Thomas). “Remindo o tempo porque os dias são maus”. Ef. 5:16. _______________ Trabalhos citados: • Beeke. Joel. “Fair Dinkum.” Free Australians Magazine. issue 52. File retrieved on Friday June 12. 20m from www.thedinkum.comliss.htm. • Bunyan. John. The Holv War. Choteau: Old Paths Gospel Press. 1999. • Jacques Ellul. The Technological Bluff Grand Rapids: Eerdmans, 1990. • Grodman. Tom. Television: Glorious Past, Uncertain Future. Analyti- cal Paper Series. 1996. PDF file retrieved on Friday June 12. 203 from www.statcan.caJcgi-bin/downpub/listpub.cgi?catno=63FD002XIB 1995006. • Marshall McL.uhan, Understanding Media: The Extensions of Man. Cambridge: MIT Press, reprint 1994. • Myers, Kenneth. AI! God’s Children and Blue Suede Shoes. Christians and Popular Cu1ture. Westchester: Crossway, 1989. • Thomas. I.D.E. A Puritan Golden Treasury. Banner of Truth. 1989. • Tozer. AW The Root of the Righteous. Harrisburg. PA: Christian Pu- blications, 1955. • Sibbes, Richard. Works of Richard Sibbes. Banner of Truth, 1990. • 10. Wells. David F. The Present Evangelical Crisis. Wheaton: Crossway Books, 1998 Edição Digital – ospuritanos.org Facebook/ospuritanos.org A rt ig o s D ig it a is Nos idos de 1930 David Saronoff, o presidente da RCA, teve a perspicácia empresarial de investir dinheiro num projeto louco e extravagante chamado televisão. Para dirigir este empenho, a RCA contratou um cientista natural da Rússia chamado Vladimir Kosma Zrvorykin e investiu 50 milhões de dólares de modo que em 1939 a RCA pode televisionar a abertura da feira mundial de Nova York. Mais tarde naquele ano, a RCA adquiriu a licença para patentear a televisão e começou a vendendo aparelhos de televisão aos que eram muito ricos. Antes de 1947 o número de lares com TV poderia ser medido em milhares. Por volta do final do século XX, 98% dos lares dos Estados Unidos tinham, pelo menos, um aparelho da televisão (Gord- man, p. 2). A televisão está aqui para ficar. Qual então deveria ser e reação dos cristãos à televisão? Ela é inerentemente má? É um pecado assistir até mesmo os noticiários da TV? Quanto tempo deve um cristão gastar assistindo televisão? Estas são algumas das perguntas que deveriam levantar-se na mente de qualquer cristão consciencioso e piedoso. Meu ponto de vista não é que a TV está completamente errada, como também o rádio e a internet. Contudo, parece-me que estar no mundo, mas não ser do mundo, perdeu sua distinção em muitos lares cristãos de hoje por relaxar a oposição com o mundo (1 Jo. 2:15). “Não ameis o mundo, nem as coisas que estão no mundo. Se algum homem ama o mundo, a amor do Pai não está nele”. O Rev. J. Lewis é o pastor da Igreja Reformada Livre de Lacombe, Alberta, Canadá. TVA E NOSSA FAMÍLIA
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