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As Parábolas de Jesus, Notas de estudo de Teologia

As Parábolas de Jesus

Tipologia: Notas de estudo

2015

Compartilhado em 24/03/2015

edson-nobre-6
edson-nobre-6 🇧🇷

4.8

(212)

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Baixe As Parábolas de Jesus e outras Notas de estudo em PDF para Teologia, somente na Docsity! As Parábolas de Jesus” Simon J. Kistemaker Com muita frequência, os jornais trazem, junto aos editoriais, com destaque, uma caricatura. Com poucas linhas, o artista traça o esboço humorístico de um fato político, social ou econômico, atual. Através do desenho ele transmite uma mensagem contundente e direta, cuja eloquência um redator dificilmente poderia alcançar. Contando parábolas, Jesus desenhava quadros verbais que retratavam o mundo ao seu redor. Ensinando através das parábolas, ele descrevia aquilo que acontecia na vida real. Isto é, ele usava uma história tirada do cotidiano, para, através de um fato já aceito e conhecido, ensinar uma nova lição. Essa lição, na maior parte das vezes, vinha no final da história e provocava um impacto que precisava de tempo para ser entendido e assimilado. Quando ouvimos uma parábola, acenamos com a cabeça, concordando, porque a história é como a vida real e fácil de ser entendida. No entanto, mesmo que se ouça a aplicação da parábola, ela nem sempre é compreendida. Vemos a história se desenrolar diante de nossos olhos, mas nem sempre percebemos seu significado.! A verdade permanece escondida até que nossos olhos se abram e possamos vê-la mais claramente. Então, a nova lição da parábola se torna significativa. Como Jesus disse a seus discípulos: “A vós outros vos é dado o mistério do reino de Deus, mas aos de fora tudo se ensina por meio de parábolas” (Mc 4.11). Formas A palavra parábola, no Novo Testamento, tem uma conotação ampla que inclui formas de parábolas que são, geralmente, divididas em três categorias. ? Há as autênticas parábolas, histórias em forma de parábolas e ilustrações. As Parábolas de Je 1. PARÁBOLAS AUTÊNTICAS. Essas usam como ilustração um fato comum do dia-a-dia, e são facilmente compreendidas por qualquer um que as ouça. Qualquer pessoa entende a verdade transmitida; não há motivo para objeção ou crítica. Todos já viram uma semente germinar * Introdução do livro de mesmo nome. !R. Schippers, “The Mashal-character of the Parable of the Peari”, em Studia Evangelica, ed. F. L. Cross (Berlin: Akademie-Verlag, 1964), 2:237. 2 F. Haucck, TDNT, V:752. Monergismo.com — “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com (Mc 4.26-29); o fermento levedando a massa (Mt 13.33); crianças brincando numa praça (Mt 11.16-19; Lc 7.31,32); uma ovelha desgarrada do rebanho (Mt 18.12-14); uma mulher que perde uma moeda em sua própria casa (Lc 15.8-10). Essas e muitas outras parábolas começam retratando verdades evidentes a respeito da natureza do homem. São contadas, usualmente, no presente. 2. HISTÓRIAS EM FORMA DE PARÁBOLAS. Diferindo das parábolas autênticas, a história em forma de parábola não se relaciona com uma verdade óbvia ou com um costume geralmente aceito. A verdadeira parábola é contada como um fato, com o verbo no presente. A história em forma de parábola, por outro lado, se refere a um acontecimento em particular, que teve lugar no passado — geralmente a experiência de uma pessoa. É, por exemplo, a experiência de um fazendeiro que semeou trigo e, mais tarde, percebeu que seu inimigo semeara o joio no mesmo pedaço de chão (Mt 13.24-30). É a história de um homem rico, cujo administrador defraudou os seus bens (Lc 16.1-9): ou, é o relato a respeito de um juiz que julgou a causa de uma viúva atendendo a seus inúmeros pedidos (Lc 18.1-8). O interesse dessas histórias não está na narrativa, porque o que é significativo nelas não é o fato, mas a verdade transmitida. 3. ILUSTRAÇÕES. As histórias ilustrativas registradas no Evangelho de Lucas são, geralmente, classificadas como histórias que servem de modelo, de exemplo. Incluem a parábola do bom samaritano (Lc 10.30- 37); a parábola do rico insensato (Lc 12.16-21); a parábola do rico e Lázaro (Lc 16.19-31); e a parábola do fariseu e o publicano (Lc 18.9-14). Essas ilustrações diferem das histórias em forma de parábolas pelo seu propósito. Enquanto a história em forma de parábola é uma analogia, as ilustrações contêm exemplos a serem imitados ou evitados. Elas focalizam, diretamente, o caráter e a conduta de um indivíduo; a história em forma de parábola faz isso apenas indiretamente. Nem sempre é simples classificar uma parábola. Algumas delas apresentam características dos dois grupos — da autêntica parábola e da história em forma de parábola — e podem ser classificadas de um modo ou de outro. Os Evangelhos registram, também, numerosas afirmações em forma de parábola. É, muitas vezes, difícil determinar quando uma declaração de Jesus constitui uma autêntica parábola, ou quando é uma declaração em forma de parábola. O ensinamento de Jesus a respeito do fermento (Lc 13.20,21) é classificado como uma verdadeira parábola, mas sua mensagem sobre o sal (Lc 14.34,35) é considerada uma afirmação em forma de parábola. No entanto, algumas declarações de Jesus são apresentadas como parábolas. Por exemplo: “Propôs-lhe também uma parábola: Pode porventura um cego guiar a outro cego? Não cairão ambos no barranco?” (Lc 6.39). No que uma parábola difere de uma alegoria? O Peregrino de John Bunyan é uma representação alegórica do caminhar de um cristão pela Monergismo.com — “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com Propósito As parábolas mostram que Jesus estava perfeitamente familiarizado com a vida humana em seus múltiplos aspectos e significados. Ele tinha conhecimento de como cultivar a terra, lançar a semente, extirpar as ervas daninhas e colher os frutos. Ele se sentia em casa, em uma vinha; sabia a época da colheita dos frutos da videira e da figueira, e estava a par do quanto se pagava por um dia de trabalho. Ele não apenas estava familiarizado com a rotina do fazendeiro, do pescador, do construtor e do mercador, mas se encontrava igualmente à vontade entre os chefes de Estado, os ministros das finanças de uma corte real, os juízes das cortes de justiça, os fariseus e os coletores de impostos. Ele compreendeu a pobreza de Lázaro, embora fosse convidado para jantar com os ricos. Suas parábolas retratam a vida de homens, mulheres e crianças; o pobre e o rico; os que são marginalizados e os que são exaltados. Pelo seu conhecimento da amplitude da vida humana, ele era capaz de ministrar a todas as camadas sociais. Ele falava a linguagem do povo e seus ensinamentos eram adequados ao nível daqueles que o ouviam. Jesus usava parábolas para tornar sua linguagem acessível ao povo, para ensinar às multidões a Palavra de Deus, para chamar seus ouvintes ao arrependimento e à fé, para desafiar os que criam a transformar palavras em atos e para exortar seus seguidores a permanecerem atentos. Jesus usou as parábolas para comunicar a mensagem de salvação de um modo claro e simples. Seus ouvintes podiam, prontamente, entender a história do filho pródigo, dos dois devedores, da grande ceia e do fariseu e o publicano. Através das parábolas, eles identificavam Jesus com o Cristo que ensina com autoridade a mensagem redentora do amor de Deus. Dos relatos do Evangelho, todavia, tomamos conhecimento que a interpretação das parábolas era feita em particular, no círculo dos discípulos. Jesus lhes disse: “A vós outros é dado o mistério do reino de Deus, mas aos de fora tudo se ensina por meio de parábolas, para que vendo, vejam, e não percebam; e ouvindo, ouçam, e não entendam, para que não venham a converter-se e haja perdão para eles.” (Mc 4.11,12). Isso significa que Jesus, que foi enviado por Deus para proclamar a redenção dos homens caídos e pecadores, esconde essa mensagem através de parábolas incompreensíveis? As parábolas são, então, um tipo de enigma compreendido apenas pelos iniciados? As palavras de Marcos 4.11,12 devem ser entendidas no contexto mais amplo, no qual escritor as colocou.º No capítulo anterior, Marcos relata $ J. Jeremias. The Parables of Jesus (NewYork: Scribner, 1063), pp. 13-18, sustenta que essas palavras de Jesus foram deslocadas e pertencem a outro escrito; devem ser interpretadas sem relação com o contexto de Marcos 4. De acordo com Jeremias, o escritor inseriu passagem proveniente de outra tradição, por causa do sentido comum da palavra parábola, que ele afirma Monergismo.com — “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com que Jesus encontrara descrença, blasfêmia e oposição direta. Ele foi acusado de estar possuído por Belzebu e de expelir demônios, pelo príncipe dos demônios (Mc 3.22). O contraste que Jesus apresenta, consegiientemente, é entre aqueles que acreditavam e os que não acreditavam, entre seguidores e oponentes, entre os que aceitavam e os que rejeitavam a revelação de Deus. Os que fazem a vontade de Deus recebem a mensagem das parábolas, porque pertencem à família de Jesus (Mc 3.35). Os que tentam destruir Jesus (Mc 3.6) não conhecem a salvação, por causa da dureza de seus corações. É uma questão de fé e descrença. Os que acreditam ouvem as parábolas e as recebem com fé e entendimento, mesmo que a completa compreensão venha, apenas, gradualmente. Os incrédulos rejeitam as parábolas porque elas são estranhas à sua maneira de pensar. 7 Recusam-se a perceber e entender a verdade de Deus. Assim, por causa de seus olhos cegos e seus ouvidos surdos, privam a si mesmos da salvação proclamada por Jesus, e trazem sobre si mesmos o julgamento de Deus. Não nos surpreende que os discípulos de Jesus não tenham entendido completamente a parábola do semeador (Mc 4.13). Os seguidores mais próximos estavam perplexos com os ensinamentos da parábola porque não tinham visto ainda a importância da pessoa e do ministério de Jesus, em relação à verdade de Deus revelada na parábola. Somente pela fé foram capazes de ver aquela verdade da qual as parábolas davam testemunho. Jesus explicou de modo mais pormenorizado a parábola do semeador e a do trigo e do joio (em outras, ele, de quando em quando, acrescentava esclarecimentos às conclusões). Aos discípulos foi dado ver a relação entre os acontecimentos que Jesus descrevia na parábola do semeador e o reino dos céus, iniciado na pessoa de Jesus, o Messias.” Na igreja primitiva, os Pais da igreja começaram a procurar nas Escrituras do Velho Testamento vários significados ocultos relacionados com a vinda de Jesus. Como conseqgiiência natural dessa tendência, os Pais começaram a encontrar significados ocultos nas parábolas de Jesus. Influenciados, talvez, pela apologética judaica, substituíram a simplicidade das Escrituras pela especulação sutil. O resultado foram as interpretações alegóricas das parábolas. Por isso, desde o tempo dos Pais da igreja, até meados do século XIX, muitos exegetas interpretaram as parábolas alegoricamente. significar, originalmente, enigma. Jeremias atribui, assim, dois sentidos à palavra parábola, em Marcos 4. O primeiro significando parábola autêntica, e o segundo, enigma. As regras da exegese, no entanto, não apóiam a interpretação de Jeremias, pois, a menos que o evangelista revele um significado diferente para uma palavra do texto, essa deve conservar o mesmo sentido através de toda a passagem. 7 W. Lane, The Gospel According to Mark (Grande Rapids: Eerdmans, 1974), p. 158; W. Hendriksen, Gospel of Mark (Grand Rapids: Baker Book House, 1975), p. 145; H. N. Ridderbos, The Coming ofthe Kingdom (Philadelphia: Presbyterian & Reformed, 1962), p. 124. 8 CE.B. Cranfield, “St. Mark 4.1-34”, Scot JT 4(1951): 407. º Lane, Mark, p. 160. Monergismo.com — “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com Orígenes, por exemplo, acreditava que a parábola das dez virgens estava cheia de símbolos ocultos. As virgens, disse Orígenes, são todos aqueles que receberam a Palavra de Deus. As prudentes acreditam e levam uma vida de justiça; as tolas acreditam, mas falham no agir. As cinco lâmpadas das prudentes representam os cinco sentidos, que são todos preparados para o seu uso apropriado. As cinco lâmpadas das tolas deixaram de fornecer luz e se encaminharam para a noite do mundo. O óleo é o ensinamento da Palavra e os vendedores de óleo são os mestres. O preço que eles cobram pelo óleo é a perseverança. A meia-noite é a hora do descuido imprudente. O grande clamor ouvido vem dos anjos que despertam todos os homens. O noivo é Cristo que vem para encontrar a noiva, a igreja. Assim Orígenes interpretou a parábola. Entre os comentaristas do século XIX, era comum identificar os pormenores da parábola. Na parábola das dez virgens, a lâmpada acesa representava as boas obras; e o óleo, a fé daquele que crê. Outros viram o óleo como uma representação simbólica do Espírito Santo. Ainda assim, nem todos os intérpretes das parábolas tomaram o caminho da alegoria. Por ocasião da Reforma, Martinho Lutero tentou mudar a maneira de interpretar as Escrituras. Ele preferiu um método de exegese bíblica que levava em consideração a localização histórica e a estrutura gramatical da parábola. João Calvino foi ainda mais direto. Ele evitou totalmente as interpretações alegóricas das parábolas e procurou estabelecer o ponto principal de seu ensinamento. Quando ele constatava o significado de uma parábola, não se preocupava com os seus pormenores. Em sua opinião, os detalhes não tinham nada a ver com aquilo que Jesus pretendia ensinar através da parábola. Durante a segunda metade do século XIX, C.E. van Koetsveld, um estudioso alemão, deu novo impulso ao modo de abordar o assunto, iniciado pelos Reformadores. Ele mostrou que as extravagantes interpretações alegóricas das parábolas, feitas por numerosos comentaristas, obscureciam mais que esclareciam o ensino de Jesus.!º Para interpretar uma parábola apropriadamente, o exegeta precisa apreender seu significado básico e distinguir o que é, ou não, essencial. Van Koetsveld foi seguido, em sua maneira de abordar as parábolas, pelo teólogo alemão A. Jilicher, que observou que, embora o termo parábola seja usado fregiientemente pelos evangelistas, a palavra alegoria jamais é encontrada nos relatos dos Evangelhos.!! No final do século passado, as amarras que atavam a exegese das parábolas foram cortadas e uma nova era de pesquisa teve início.!? 10 C.E. van Koetsveld, De Gelykenissen van den Zaligmaker (Schoonhoven, 1869), vols. 1,2. IA, Jiilicher, Die Gleichnisreden Jesu (Túbingen: Buchgesellschaft, 1963), vols. 1,2. 2 Consulte os interessantes estudos de M. Black, “The Parables as Alegory”, BJRL 42 (1960): 273-87;R. E. Brown, “Parable and Allegory Reconsidered”, NTS 5(1962): 3645. Monergismo.com — “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com 10 a instrução do clero daqueles dias, O intérprete da lei, procurando Jesus e perguntando-lhe o que fazer para herdar a vida eterna, deu início à conversação que levou à história do bom samaritano. Em relação à parábola do bom samaritano, o exegeta deveria se familiarizar com a origem, a classe social e a religião dos samaritanos, com as funções, ofício e residência do sacerdote levita; com a topografia da área entre Jerusalém e Jericó; e com o conceito judaico de boa vizinhança. Observando o contexto histórico da parábola, o intérprete apreende a razão por que Jesus contou essa história e compreende a lição que Jesus procurou transmitir através da parábola. A seguir, o exegeta deve atentar para a estrutura literária e gramatical da parábola. Os modos e tempos de verbos empregados pelo evangelista em relação à parábola são muito significativos e lançam luz sobre o principal ensinamento da história. As palavras estudadas em seu contexto bíblico, assim como em escritos extracanônicos são parte essencial do processo de interpretação de uma parábola. Assim, o estudo da palavra próximo no contexto do comando “Ama o teu próximo como a ti mesmo”, como foi dado no Velho e Novo Testamentos, resulta num exercício gratificante. O intérprete precisa, também, levar em consideração a introdução e a conclusão de uma parábola, pois podem conter um artifício literário como uma questão de retórica, uma exortação ou uma ordem. A parábola do bom samaritano é concluída com o comando direto: “Vai, e procede tu de igual modo” (Lc 10.37). O intérprete da lei, que tinha perguntado a Jesus a respeito do que fazer para herdar a vida eterna, não teve como deixar de se envolver no cumprimento da ordem de amar a seu próximo como a si mesmo. As introduções, e especialmente as conclusões, contêm as diretrizes que ajudam o intérprete a encontrar os pontos principais das parábolas. Ainda, o ponto principal de uma parábola deve ser comparado teologicamente com os ensinamentos de Jesus e com o resto das Escrituras. 2º Quando o ensino básico de uma parábola foi completamente explorado e está corretamente entendido, a unidade das Escrituras se manifestará e o sentido apropriado da passagem poderá ser visto em toda a sua simplicidade e limpidez. Por último, o intérprete da parábola deve traduzir seu significado em termos apropriados às necessidades de hoje. Sua tarefa é aplicar o ensinamento central da parábola à situação de vida da pessoa que está ouvindo sua interpretação. Na parábola do bom samaritano, a ordem para amar o próximo se torna cheia de significado quando a pessoa que foi roubada e ferida na estrada de Jericó não é mais uma figura de um º L. Berkhof, Principles of Biblical Interpretation (Grand Rapids: Baker Book House, 1952), p. 100. 20 A. B. Mickelsen, Interpreting the Bible (Grand Rapids: Eerdmans 1963), p. 229. Monergismo.com — “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com q passado distante. Ao contrário, o próximo que clama pelo nosso amor é o sem-teto, carente e oprimido. Ele vem ao nosso encontro na estrada de Jericó das páginas diárias dos jornais e do noticiário colorido da televisão. Classificação As parábolas de Jesus podem ser agrupadas e classificadas de várias formas. As do semeador, da semente germinando secretamente, do trigo e do joio, da figueira estéril, e a da figueira brotando são, todas, parábolas naturais. Várias parábolas de Jesus dizem respeito ao trabalho e ao salário. Algumas delas são a respeito dos trabalhadores da vinha, do arrendatário e do administrador infiel. O tema de outras são as bodas e festas ou ocasiões solenes. Essas incluem a parábola das crianças brincando na praça, a das dez virgens, a da grande ceia e a do banquete das bodas. Outras, ainda, têm como motivo geral o achado e o perdido. Essas incluem as parábolas da ovelha perdida, da moeda perdida e a do filho perdido. Nem sempre, no entanto, é fácil classificar uma parábola. A parábola da rede é uma parábola natural, ou deve ser agrupada com as que falam de trabalho e salário? Onde colocar a parábola do bom samaritano? Fica claro que a classificação das parábolas pode ser, de certo modo, arbitrária, e, em alguns casos, forçada. [..] Extraído de As Parábolas de Jesus Simon J. Kistemaker Casa Editora Presbiteriana, 1992 Monergismo.com — “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com
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