Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Estratégia e Competitividade, Notas de estudo de Gestão de Recursos Humanos

Autor: Sergio Alfredo Macore / Helldriver Rapper

Tipologia: Notas de estudo

2016

Compartilhado em 01/04/2016

helldriver-rapper-7
helldriver-rapper-7 🇧🇷

4.3

(111)

130 documentos

1 / 14

Documentos relacionados


Pré-visualização parcial do texto

Baixe Estratégia e Competitividade e outras Notas de estudo em PDF para Gestão de Recursos Humanos, somente na Docsity! 1.Estratégia e Competitividade 1.1.Estratégia Empresarial A estratégia empresarial constitui um dos aspectos mais sofisticados e complicados de toda a literatura administrativa, compõe o elemento integrador de direcionador de todas as acções de empresa. Segundo CHIAVENATO (2004) o conceito de estratégia baseasse em quatro aspectos básicos: ✓ A estratégia e definida e formulada na cúpula da organização: em geral, é o executivo maior da empresa que assume o papel de responsável pela gestão estratégica e sua maior peculiaridade é a acção conjunta bem integrada da empresa. ✓ A estratégia esta centrada no futuro: ou seja, no longo prazo. A estratégia é um comportamento de mudança em direcção ao futuro, pois determina as linhas mestras da acção futura da organização e define as decisões globais de hoje que afectarão o futuro curso da empresa. ✓ A estratégia envolve a organização como um todo integrado: esta relacionada a acção empresarial global. Constitui uma holística da empresa, dai o seu efeito sinergético: integra todos os esforços de tal maneira que a reciprocidade entre eles provoca um resultado sistémico ou multiplicador, ou seja, o resultado da acção conjunta, integrada e recíproca de todas as partes da empresa conduz a um resultado muito maior do que a soma das partes. MINTZBERG, AHLSTRAND e LAMPEL (2000) definem estratégia como um conjunto de cinco conceitos: ✓ A estratégia é um plano que indica uma direcção, um guia ou um curso de acção para o futuro; ✓ A estratégia é um padrão que é uma função da consistência em comportamento ao longo do tempo; ✓ A estratégia é uma manobra específica para enganar um concorrente. Considera-se que é muito difícil definir a estratégia com fundamentos tão abrangentes e complementares, tendo cada um tem sua importância maior em diferentes mercados. 15 Por isso, não se pretende aqui esgotar nem revisitar vários autores e obras para a definição de estratégia, pois, como alertado pelos autores mencionados, sua definição é muito complexa. A estratégia reflecte a participação da firma no mercado através de seu posicionamento e participação, pois define como a organização pretende se diferenciar dos concorrentes no mercado. A estratégia competitiva ocupa um espaço importante e decisivo no sucesso da firma, equivalendo ao sucesso empresarial de construir ou renovar os seus potenciais competitivos. 1.2.Pensamento estratégico de PORTER A partir dos anos 80, um método para análise da competitividade da empresa como base para definição de sua estratégia foi sugerida por PORTER (1989), que desenvolveu um trabalho pioneiro ao buscar a integração entre a economia sectorial e a estratégia corporativa para o estudo das arenas competitivas e propor dois caminhos competitivos básicos: custo ou diferenciação. O primeiro busca o mercado de massa através do baixo preço, enquanto o segundo busca um mercado selecto e de menor volume daqueles que são atraídos por alto desempenho ou por outras características diferenciadas do produto. Essa análise enfoca cinco forças competitivas: rivalidade entre os competidores, ameaça de novos entrantes, ameaça de substitutos, o poder dos compradores, e poder de negociação dos fornecedores. A importância dessas cinco forças competitivas pode variar ao longo do tempo, de sector para sector e de empresa para empresa. O vigor de cada uma é função da estrutura industrial, incluindo-se aí seu grau de concentração, seu nível de maturidade e suas características técnicas e económicas e ainda do porte das empresas que compõem o sector. 1.3.Características da estratégia empresarial Segundo CHIAVENATO (2006) as principais características da estratégia são: ✓ A estratégia é um comportamento global e sistémico da empresa: em outras palavras a estratégia não é exactamente a soma das partes de um sistema, mais o comportamento global do próprio sistema, que condiciona e integra as partes que o constituem. 15 mercado escolhido. Existem três tipos de estratégias competitivas: defensiva, ofensiva e analítica. Há um quarto tipo, a estratégia reactiva, que é considerada instável. 1.5.5.Estratégia competitiva ofensiva A empresa bisca ampliar seu domínio, por meio de novas oportunidades de mercado e aproveitar tendências emergentes. É uma estratégia agressiva e de ataque, que utiliza meios ofensivos e agressivos para conquistar novos mercados e faz com que a empresa seja um elemento criador de mudanças e incertezas no meio ambiente. 1.5.6.Estratégia competitiva defensiva É adoptada por empresas que possuem domínios de mercado já definidos, que pretendem manter ou se defender de acções de concorrentes. 1.5.7.Estratégia competitiva analítica É uma estratégia dual e compartimentada, que utiliza simultaneamente uma estratégia ofensiva em um sector e uma defensiva em outro. 1.5.8.Estratégia competitiva reactiva Enquanto as três estratégias anteriores são proactivas (isto é, se antecipam as ocorrências do ambiente), essa é uma estratégia de reacção (reage com atraso as ocorrências do ambiente. É inadequada as demandas ambientais, pois a empresa se apercebe com muito atraso da mudança que ocorre, tornando-se incapaz de articular uma resposta empresarial integrada, pronta e eficaz. 1.6.Opções estratégicas A vantagem competitiva da empresa diante dos seus concorrentes conduz a diferentes políticas de negócio a serem adoptadas e quase sempre a empresa enfrente seis alternativas estratégicas: ✓ Estratégia de desinvestimento (abandonar e sair da competição); ✓ Estratégia de colaboração (colaborar com a concorrência); ✓ Estratégia de complementação (complementar a concorrência); ✓ Estratégia de imitação (imitar a concorrência); ✓ Estratégia de substituição (substituir a si mesma na concorrência); ✓ Estratégia de inovação (inovar as regras da concorrência e inovar a si mesmo); Estratégia de desinvestimento 15 Estratégia de desinvestimento consiste em vender ou liquidar alguns negócios e actividades da empresa para obter recursos financeiros, de forma a pagar dívidas e obter recursos para investir em actividades em que a empresa permaneça. A estratégia de desinvestimento pode ser adoptada por diversos motivos, nomeadamente em casos em que um processo de expansão seja desaconselhado devido a um ambiente pouco favorável, quando a estratégia que a empresa está a seguir apresenta resultados negativos, se os produtos estão numa fase de má rentabilidade e seja difícil recupera- los, etc. Quando as empresas encontram-se em conflito com linhas de produtos que deixam de ser interessantes, portanto, é melhor desinvestir do que comprometer toda a empresa. Estratégia de colaboração Estratégia de complementação 1.7.Estratégia de imitação Quando a empresa se torna imitadora, sinaliza ao mercado que é uma seguidora e não uma empresa líder ou inovadora. Imitar a estratégia de um concorrente significa que a organização esta estimulando as acções, processos e competências de um concorrente. 1.8.Estratégia de substituição Trata-se de uma estratégia directa, ameaçadora e confrontadora. Quando uma empresa escolhe a substituição como estratégia, indica que ira competir em uma frente ampla utilizando vários factores como o preço, qualidade, serviço, distribuição, processo e habilidade em mudança. 1.9.Estratégia de inovação A empresa esforça-se para inovar, mudar as regras de concorrência e reinventar-se. Enquanto muitas empresas estão preocupadas em esforços de racionalização de sua cadeia de suprimentos, tentando expandir suas linhas de produto e serviço por meio de extensões de desenvolvimentos, a empresa de vanguarda focaliza sua atenção na criação de novas categorias de produtos e conceitos. 2.Competitividade 15 A competição existe onde há disputa por algo que dois ou mais competidores desejam. Assim, são vários os tipos de competições que se sucedem no quotidiano. A competição económica existe em um ambiente que se denomina sistema concorrencial, no qual duas ou mais firmas disputam mais pela sobrevivência no mercado que pela própria busca do maior lucro possível. A competitividade é a faculdade de poder disputar algo. É para acompanhar o complexo processo concorrencial, há que ter um olho no passado - para fortalecer as correcções e não repetir erros; os pés firmes no presente - para posicionar-se com segurança diante a instabilidade do mercado; e um olhar atento para o futuro - para promover os ajuste necessários. Portanto, utilizando-se da definição de Marx para concorrência, pode-se abstrair alguns tópicos importantes e inerentes ao capitalismo: ✓ A existência de disputas em um ambiente denominado mercado, no qual se encontram as várias forças e agentes capitalistas; ✓ O conceito de concorrência como algo dinâmico e não inerte ou pacífico; ✓ A concorrência como a forma em que se viabiliza a dinâmica do sistema capitalista a partir de suas leis de movimento. Os instrumentos para competir podem ser qualquer elemento que componha a existência económica da empresa, tal como a sua característica de relação com o ambiente ou a sua forma de organização, podendo ser representada pelo produto, ou pelo preço e o custo, ou pela qualidade, ou pela tecnologia e inovação, ou simplesmente pela capacidade empresarial. 2.1.Competitividade: factores Sistémicos, estruturais e internos A competitividade não pode ser vista como uma característica intrínseca da empresa, pois advém de factores internos e externos, que podem ser controlados ou não por ela. Por definição, a competitividade é intrínseca à concorrência, pois onde há concorrência há competição e, portanto, competitividade, mas a própria competitividade transcende as características peculiares da firma. Alguns estudos avançaram na definição de competitividade, podendo-se destacar a obra. Os factores que constituem a competitividade de uma firma são: sistémicos (não 15 Eficiência empresa; baixa importância dada a elementos como layout, padronização de processos e técnicas de produção enxutas. existe preocupação com a adopção de técnicas de produção que visem à redução de custos e do desperdício. Alto grau de importância para a padronização dos processos, para a redução de custos e em relação à agilidade no processo produtivo. Modernidade Baixo nível tecnológico dos equipamentos. Baixo índice de automação do processo produtivo. Design e estilo ficam em segundo plano. Formas e padrões tendem a se repetir. Médio nível tecnológico dos equipamentos; coexistência de equipamentos de diferentes gerações. Automação apenas dos processos mais complexos. Alto nível tecnológico dos equipamentos. Alto índice de automação do processo produtivo. Produtos acompanham as tendências internacionais de design e estilo. Inovação Baixo/inexistente nível de investimento. Feiras e exposições entendidas como oportunidades para fechar negócios. Investimentos para resolver problemas específicos. Feiras e exposições entendidas como oportunidades para conferir as tendências de estilo e design. Alto nível de investimento. Feiras e exposições entendidas como oportunidades de adquirir novas tecnologias. Qualidade Ausência de normas sistemáticas para o processo produtivo. Baixa preocupação com controlos de qualidade sobre os processos. Baixo grau de exigência quanto à presença de certificações de qualidade, mesmo para os fornecedores. Normalização atrelada a certificações de qualidade. Controle efectuado apenas sobre produtos finais, matéria-prima e materiais. Certificações de qualidade são exigidas apenas para parte dos Alto grau de normalização. Busca por certificações internacionais de qualidade. Controle Efectuado sobre produtos, componentes e processos. 15 fornecedores. Flexibilidade Alto grau de verticalidade das empresas. Alto grau de diversificação produtiva. Padronização de produtos e produção em grande escala. Participação nas principais fases do processo produtivo e terceirização de fases complementares. Baixo grau de diferenciação nos produtos. Especialização em determinada etapa da cadeia produtiva. Alto grau de diferenciação nos produtos. Alta velocidade de resposta a mudanças ambientais. Responsabilidade Ecológica Baixo nível de utilização de matéria- prima e materiais ecologicamente Correctos. Ausência de preocupação com relação ao tratamento de resíduos. Ausência de investimentos para questões ambientais. Preocupação moderada com a utilização de matéria- prima e materiais ecologicamente correctos. Busca de certificações ambientais para obter legitimidade. Baixo nível de preocupação com o tratamento de resíduos. Alto grau de utilização de matéria- prima e materiais ecologicamente Correctos. Alto nível de preocupação com as questões ambientais. Investimentos na busca de soluções para tratamento de resíduos e para outras questões ambientais. Cooperação Fracas relações com empresas concorrentes e correlatas. Relações de natureza basicamente comercial com fornecedores. Relações moderadas com empresas concorrentes e correlatas. Forte colaboração com fornecedores no processo produtivo e nas relações com clientes. Alto grau de entrelaçamento e colaboração com empresas concorrentes e correlatas. Baixo grau de preocupação com as tendências e padrões internacionais. Busca da adequação a padrões de design internacionais, mas fraca adequação às Alto grau de adequação a padrões de design e especificações 15 Inserção Internacional especificações normativas internacionalmente valorizadas. normativas internacionalmente valorizadas. Apoio Institucional Alto grau de dependência a incentivos governamentais. Baixo nível de preocupação com a imagem institucional e com o suporte ambiental. Fraca dependência a incentivos governamentais. Necessidade de suporte ambiental. Preocupação moderada com a imagem institucional. Baixo grau de dependência a incentivos governamentais. Alto nível de preocupação com a imagem institucional. Dependência de suporte ambiental. Relacionamento com clientes Concentração no processo de conquista de clientes. Preocupação com a conquista de clientes e satisfação no pós- venda. Preocupação com a construção de relacionamentos duradouros com os clientes. Preço Final Baixo Produtos com formas simples e funcionais para garantir o preço baixam. Estética e acabamento são mais importantes do que preço baixo. Utilização do design para reduzir preço final. Os valores encontrados e os principais indicadores de caracterização de sua presença em organizações são brevemente descritos a seguir: ✓ Eficiência: Fundamenta as estratégias organizacionais que visam a reduzir custos, agilizar processos e elevar a produtividade dos factores de produção. ✓ Modernidade: Fundamenta as estratégias organizacionais que procuram manter a organização em conformidade com os níveis tecnológicos actuais, com as expectativas dos clientes e com as técnicas mais avançadas de gestão e de produção. ✓ Inovação: Fundamenta as estratégias organizacionais que visam a desenvolver novos caminhos para agir, para solucionar problemas e para elevar o nível dos resultados. ✓ Qualidade: Fundamenta as estratégias organizacionais que procuram atender às expectativas dos clientes com relação a produtos e serviços e às necessidades técnicas da organização: redução de erros e custos relacionados. 15
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved