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Guias e Dicas
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Manual infraestruturas eletricas e urbanização, Manuais, Projetos, Pesquisas de Engenharia Civil

Manual infraestruturas eletricas e urbanização

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2016

Compartilhado em 20/11/2016

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Baixe Manual infraestruturas eletricas e urbanização e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity! MANUAL ITUR (Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamentos, Urbanizações e Conjunto de Edifícios) 1.ª edição versão 4.1 – 24 Julho 2009 pág. 2 ÍNDICE GERAL 1 GENERALIDADES............................................................................................................. 4 1.1 OBJECTIVO ............................................................................................................... 4 1.2 LINHAS GERAIS ........................................................................................................ 4 1.3 ÂMBITO DE APLICAÇÃO ........................................................................................... 5 1.4 DEFINIÇÕES .............................................................................................................. 5 1.5 SIGLAS E ACRÓNIMOS ............................................................................................. 9 1.6 FRONTEIRAS ITUR ................................................................................................. 13 1.6.1 TUBAGEM ............................................................................................................................ 13 1.6.2 CABLAGEM .......................................................................................................................... 13 1.6.3 ESQUEMAS DOS PONTOS FRONTEIRA ITUR E ITED .................................................... 14 1.7 ATU – REQUISITOS FUNCIONAIS .......................................................................... 15 2 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS MATERIAIS ............................................................ 17 2.1 REDE DE TUBAGENS ............................................................................................. 17 2.1.1 TUBOS E ACESSÓRIOS ..................................................................................................... 18 2.1.2 CÂMARAS DE VISITA (CV) ................................................................................................. 27 2.1.3 ARMÁRIOS E PEDESTAIS .................................................................................................. 35 2.1.4 BASTIDORES ....................................................................................................................... 38 2.1.5 GALERIAS TÉCNICAS ......................................................................................................... 38 2.1.6 SALAS TÉCNICAS ............................................................................................................... 39 2.2 REDES DE CABOS (CABLAGEM) ........................................................................... 40 2.2.1 CABOS DE PARES DE COBRE .......................................................................................... 40 2.2.2 CABOS COAXIAIS ............................................................................................................... 43 2.2.3 CABOS DE FIBRAS ÓPTICAS MONOMODO ..................................................................... 45 3 PROJECTO ...................................................................................................................... 46 3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS .................................................................................... 46 3.2 CONDICIONANTES ................................................................................................. 47 3.2.1 EXEQUIBILIDADE ................................................................................................................ 47 3.2.2 AMBIENTE ............................................................................................................................ 47 3.2.3 CUSTOS ............................................................................................................................... 48 3.3 DADOS E REQUISITOS FUNCIONAIS .................................................................... 48 3.4 METODOLOGIA ....................................................................................................... 48 3.5 INSTRUÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DE PROJECTOS ....................................... 48 3.6 REGRAS TÉCNICAS ................................................................................................ 50 3.6.1 REDE DE TUBAGENS - TOPOLOGIA ................................................................................ 50 3.6.2 VIZINHANÇA COM OUTRAS REDES ................................................................................. 51 3.6.3 ATU - ITUR PRIVADA ......................................................................................................... 53 3.6.4 REDE DE TUBAGEM ........................................................................................................... 53 3.6.5 REDES DE CABOS .............................................................................................................. 59 3.7 DOCUMENTAÇÃO GERAL DO PROJECTO ............................................................ 62 3.7.1 ITUR PÚBLICA ..................................................................................................................... 62 3.7.2 ITUR PRIVADA ..................................................................................................................... 64 3.8 ASPECTOS ADMINISTRATIVOS ............................................................................. 64 3.8.1 PROCEDIMENTO DE ALTERAÇÃO DE PROJECTO ......................................................... 64 4 INSTALAÇÃO .................................................................................................................. 66 4.1 ASPECTOS GENÉRICOS ........................................................................................ 66 4.1.1 CONDIÇÕES DE ESTABELECIMENTO .............................................................................. 66 4.1.2 INACESSIBILIDADE DOS ELEMENTOS ............................................................................ 66 4.1.3 RESPEITO DE OUTROS DIREITOS ................................................................................... 67 4.1.4 ACORDOS COM OUTRAS ENTIDADES ............................................................................ 67 4.2 REDE DE TUBAGENS ............................................................................................. 67 4.2.1 ESQUEMAS DE AGRUPAMENTO DE TUBAGEM ............................................................. 72 4.2.2 CÂMARAS DE VISITA .......................................................................................................... 73 pág. 5 1.3 ÂMBITO DE APLICAÇÃO O presente regulamento aplica-se às Infra-estruturas de telecomunicações com suporte nas tecnologias de cabo de pares de cobre, cabo coaxial e fibra óptica. Em zonas históricas ou outras de protecção patrimonial especial, de acordo com as disposições municipais, poderão ser adoptadas soluções não constantes deste Manual, as quais poderão ser consideradas válidas, desde que devidamente justificadas pelo projectista, através de declaração de responsabilidade de acordo com a lei, assumindo este a inteira responsabilidade pelas soluções preconizadas. 1.4 DEFINIÇÕES “KEVLAR”: Fibra sintética de aramida muito resistente e leve. Trata-se de um polímero resistente ao calor e sete vezes mais resistente que o aço, por unidade de peso. Corresponde a uma marca registada da DuPont. ACIDENTE DE TRABALHO: Acontecimento que ocorre no local e tempo de trabalho, não intencionalmente provocado, de carácter anormal e inesperado, produzindo directa ou indirectamente lesões corporais, perturbações funcionais ou doença que resulte na redução da capacidade de trabalho ou mesmo na morte. AMBIENTE: Conjunto das características específicas do meio envolvente. ÂNCORA: Elemento metálico colocado no fundo e nas paredes das câmaras de visita para permitir que se puxem os cabos por processos mecânicos. ÂNGULO DE CURVATURA DE UM TUBO: Ângulo suplementar do Ângulo de Dobragem. ÂNGULO DE DOBRAGEM DE UM TUBO: Ângulo entre o eixo do tubo antes da dobragem e o eixo do tubo depois da dobragem, medido no sentido da força que a origina. ÂNGULO DE RETORNO: Ângulo que deve ser deduzido ao ângulo de curvatura, devido ao movimento de regressão do eixo no sentido da sua posição inicial, por efeito de mola. ARGOLA: Âncora (ver). ARMÁRIO EXTERIOR: Conjunto de caixa, ou bastidor, estanque, fixada em pedestal e dos dispositivos e equipamentos alojados no seu interior. ARMÁRIO TELECOMUNICAÇÕES DE URBANIZAÇÃO (ATU): Espaço que aloja os dispositivos de repartição (Repartidores Gerais de Urbanização), onde se estabelece a interligação entre a cablagem da ITUR privada e as Redes Públicas de Telecomunicações. ARMÁRIO: Conjunto de uma caixa, com porta e fecho por fechadura ou trinco, ou de um Bastidor, e dos respectivos equipamentos e dispositivos alojados no seu interior. ARO: Elemento metálico que circunda a entrada da câmara de visita, destinado a suportar a tampa da mesma. BARRA DE SUPORTE: Elemento metálico colocado nas paredes das câmaras de visita para apoio dos suportes. BASTIDOR: Caixa metálica ou com estrutura metálica, geralmente com porta e fecho por fechadura ou trinco inviolável, com características modulares normalizadas, que aloja dispositivos passivos ou equipamentos activos de dimensões apropriadas. BLOCO DE TUBAGEM: Bloco com formação de tubagem incluindo a envolvente em cimento ou areia. pág. 6 CAIXA DE ENTRADA DE MORADIA UNIFAMILIAR (CEMU): Caixa de acesso restrito para ligação das tubagens de entrada de cabos em Moradias Unifamiliares, onde estão inseridos os dispositivos de repartição ou transição. CAIXA DE ENTRADA: Caixa de acesso restrito para ligação das tubagens de entrada de cabos nas ITED. Não há lugar a repartição neste tipo de caixas. CAIXA: Elemento integrante das Rede de tubagens, onde se alojam os dispositivos de repartição e transição ou se efectua a distribuição/passagem ou a terminação de cabos. CALEIRA: Espaço para alojamento de cabos, localizado no pavimento ou no solo, ventilado ou fechado, com dimensões que não permitem a circulação de pessoas mas no qual os cabos instalados são acessíveis em todo o seu percurso, durante e após a instalação. CALHA: Conduta para utilização em instalações à vista, podendo ser compartimentada, dispondo de tampa amovível e em que o processo de inserção de cabos não inclui o enfiamento. Nas Calhas compartimentadas, cada compartimento é equivalente a uma sub-conduta. CÂMARA VISITA (CV): Compartimento ou caixa de acesso aos troços de tubagem subterrâneos, geralmente no exterior de edifícios, através da qual é possível instalar, retirar e ligar cabos e proceder a trabalhos de manutenção. CAMINHOS DE CABOS: Elementos abertos para suporte, apoio e/ou protecção de cabos, num sistema de encaminhamento de cabos. COEFICIENTE DE FRICÇÃO: Relação entre o peso de um objecto que desliza sobre outro e a força que os mantém em contacto numa situação de repouso (atrito). CONDUTA: Elemento de uma Rede de Tubagens constituído por um invólucro alongado e contínuo, delimitador de um espaço destinado ao encaminhamento de cabos. Uma Conduta pode albergar várias condutas; nestas circunstâncias, estas últimas designam-se por sub- condutas. COORDENADOR DE PROJECTO: Pessoa que coordena todos os intervenientes no processo de licenciamento de uma obra, nomeadamente o ou os projetistas, auxilia na execução e supervisiona o trabalho de cada um individualmente. COORDENADOR EM MATÉRIA DE SEGURANÇA E SAÚDE: Pessoa, singular ou colectiva, nomeada pelo Dono da Obra, para executar as tarefas de coordenação relativas à Segurança e Saúde. CORETE: Zona oca da construção, vertical ou horizontal, dedicada à passagem dos troços principais das redes colectivas de tubagem. CUSTO: Medida monetária do consumo de recursos necessários à execução de uma infra- estrutura. DEGRAU: Elemento metálico colocado nas paredes laterais das câmaras de visita para facilitar o acesso às mesmas. DIRECTOR DA OBRA: Técnico que assegura a direcção efectiva da Obra, incluindo o estaleiro. DISPOSITIVO DE REPARTIÇÃO: Dispositivo passivo para interligação entre cabos de diferentes redes (mais de uma rede) e os cabos de uma rede determinada. DISPOSITIVO DE TERMINAÇÃO DE REDE: Dispositivo para ligação de um cabo a um equipamento terminal de utilizador. DISPOSITIVO DE TRANSIÇÃO: Dispositivo passivo para a interligação entre cabos de redes distintas. pág. 7 DOCUMENTAÇÃO GERAL DO PROJECTO: Conjunto formal, explícito e completo de documentos necessários à execução de um projecto. DONO DA OBRA: Pessoa, singular ou colectiva, por conta da qual a obra é realizada. ELÉCTRODO DE TERRA: Corpo condutor, ou conjunto de corpos condutores, em contacto íntimo com o solo, garantindo uma ligação eléctrica com este. ELEMENTO DE SINALIZAÇÃO: Elemento que acompanha um traçado de tubagem para sinalizar a existência de infra-estruturas de telecomunicações no subsolo. ENGELHAMENTO: Deformação resultante da alteração do material na parte inferior do tubo, na zona de dobragem. EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL (EPI): Conjunto dos meios e equipamentos destinados ao uso pessoal e individual dos trabalhadores, para protecção contra possíveis riscos que possam colocar em causa a sua segurança ou saúde, no cumprimento de uma determinada tarefa. ESPAÇADEIRA: Elemento para posicionamento dos tubos a colocar na mesma secção do traçado de tubagem. ESPAÇO DE TELECOMUNICAÇÕES DE URBANIZAÇÃO (ETU) – Espaço com acesso restrito para a instalação de equipamentos e estabelecimento de ligações, onde normalmente é instalado o ATU (Armário de Telecomunicações de Urbanização). ESPAÇO DE TELECOMUNICAÇÕES: Sala, compartimento, armário ou caixa de acesso restrito para instalação de equipamentos e estabelecimento de interligações com a Rede Exterior. EXCENTRICIDADE: Deformação num tubo após dobragem, expressa na medida do desvio dos eixos da secção exterior e interior do tubo. EXEQUIBILIDADE: Atributo de um projecto pelo facto de ser passível de realização com os meios (materiais e humanos) disponíveis e de acordo com as regras estabelecidas. FISCAL DE OBRA: Pessoa singular ou colectiva, por conta do dono de obra, encarregada do controlo de execução da obra. FORMAÇÃO DE TUBAGEM: Conjunto de tubos solidarizados entre si, normalmente instalados no subsolo. GALERIA: Compartimento ou corredor, contendo Caminhos de Cabos ou outros espaços fechados apropriados para passagem de cabos e suas ligações, cujas dimensões permitem a livre circulação de pessoas. INCIDENTE: Acontecimento perigoso que ocorre, em circunstâncias semelhantes ao acidente de trabalho, como resultado de uma acção ou inacção, mas que não origina quaisquer danos físicos ou morte. INCLINAÇÃO: Relação, medida em percentagem, entre os pontos de maior e menor cota no eixo do tubo, na vertical, ou entre as projecções dos mesmos pontos, em valor absoluto, na horizontal. INSTALAÇÃO EMBEBIDA: Elementos de uma Rede de Tubagens completamente inserida na construção e cujo o acesso não é possível sem recurso à destruição de material da construção. INSTALAÇÃO EMBUTIDA: Elementos de uma Rede de Tubagens inserida na construção mas acessível, geralmente, através de uma abertura com tampa. INSTALAÇÃO ENTERRADA: Tipo de instalação embebida ao nível do subsolo. pág. 10 CV: Câmara de Visita. DAB: “Digital Audio Broadcasting”. DC: Corrente Contínua. DDC: Dispositivo de Derivação de Cliente. DDE: Dispositivo de Distribuição de Corte e Ensaio. DDS: Dispositivo de Distribuição Simples. DSL: “Digital Subscriber Line”. DST: Descarregador de Sobretensão para cabos coaxiais. DTH: “Direct To Home”. Recepção Satélite Doméstica. DTMF: “Dual-Tone Multi-Frequency”. Marcação multifrequência. DVB-T: Digital Video Broadcasting – Terrestrial DVSS: Domótica, Videoportaria e Sistemas de Segurança. Deriva de CCCB (Commands, Controls and Communications in Buildings). ELFEXT: “Equal Level Far End Crosstalk Loss”. EMC: “Electromagnetic Compatibility”. Compatibilidade Electromagnética. EN: “European Norm”. Norma Europeia. EPI: Equipamento de Protecção Individual. ES: Entrada Subterrânea. ETI: Espaço de Telecomunicações Inferior. ETP: Espaço de Telecomunicações Privado. ETS: Espaço de Telecomunicações Superior. FA: Fracção Autónoma. FI: Frequência Intermédia. FM: “Frequency Modulation”. Modulação em frequência. FO: Fibra Óptica. FTA: “Free To Air”. FTP: “Foiled Twisted Pair”. FTTH: “Fiber To the Home”. FWA: Fixed Wireless Access. ICP-ANACOM – ICP - Autoridade Nacional de Comunicações. IS-LAN: Integrated Services – Local Area Network. ITED: Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios. ITUR: Infra-estruturas de Telecomunicações em Urbanizações. LAN: Local Area Network LC: “Local Connector”. Conector local. MATV: “Master Antenna Television”. pág. 11 MICE: “Mechanical, Ingress, Climatic and chemical, Environmental”.Condições ambientais. MPEG: “Moving Picture Experts Group”. NEXT: “Near-End crosstalk loss”. NICAM: “Near Instantaneous Companded Audio Multiplex”. OM: “Multimode”. Fibra óptica multimodo. ONT: “Optical Network Termination”. Terminação óptica de rede. OS: “Single mode”. Fibra óptica monomodo. OTDR: “Optical Time Domain Reflectometer”. PAL: “Phase Alternating Line”. PAT: Passagem Aérea de Topo. PC: Par de Cobre. PE: Material em polietileno, normalmente de cor preta, para utilização em instalações exteriores PPCA: Posto Privado de Comutação Automática. PSACR: “Power Sum Attenuation to Crosstalk Ratio”. PSELFEXT: “Power Sum Equal Level Far End Crosstalk Loss”. PSK: “Phase Shift Keying”. PSNEXT: “Power Sum Near End Crosstalk Loss”. PVC: Policloreto de vinilo. QAM: “Quadrature Amplitude Modulation”. QE: Quadro Eléctrico. QPSK: “Quadrature Phase Shift Keying”. QSC: Quadro de Serviços Comuns. RC: Repartidor de Cliente. RC-CC: Repartidor de Cliente de Cabo Coaxial. RC-FO: Repartidor de Cliente de Fibra Óptica. RC-PC: Repartidor de Cliente de Par de Cobre. RDC: Redes de Distribuição por Cabo RDIS: Rede Digital de Integração de Serviços REF: Relatório de Ensaios de Funcionalidade. RF: Radio Frequência. RFI: “Radio Frequency Interference”. RG: Repartidor Geral. RG-CC: Repartidor Geral de Cabo Coaxial. RGE: Repartidor Geral do Edifício. RG-FO: Repartidor Geral de Fibra Óptica. RG-PC: Repartidor Geral de Par de Cobre. pág. 12 RG-SCIE: Regulamento Geral de Segurança Contra Incêndio em Edifícios. RITA: Regulamento de Infra-estruturas Telefónicas de Assinante RNG: Redes de Nova Geração. RSICEE: Regulamento de Segurança das Instalações Colectivas de Edifícios e Entradas RSIUEE: Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica RT: Relatório Técnico. RTIEBT: Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão. RU-CC: Repartidor de Urbanização de Cabo Coaxial RU-FO: Repartidor de Urbanização de Fibra Óptica RU-PC: Repartidor de Urbanização de Par de Cobre SC/APC: “Subscriber Connector” / “Angled Physical Contact”. SCIE: Segurança Contra Incêndio em Edifícios. SFT: – Serviço Fixo de Telefone SFTP: “Screened Foiled Twisted Pair”. SIC: Sistema de Informação Centralizado. SIG: Sistema de Informação Geográfica. SMATV: “Satellite Master Antenna Television”. SSTP: “Shielded Twisted Pair”. STP: “Screened Shielded Twisted Pair”. TAP: Terminal Access Point TC: Tap de Cliente TCD: Tecnologias de Comunicação por Difusão. Deriva de BCT (Broadcast and Communication Technologies). TCD-C: Tecnologias de Comunicação por Difusão, em cabo coaxial. Deriva de BCT-C (coaxial). TCD-PC: Tecnologias de Comunicação por Difusão, em cabo de par de cobre. Deriva de BCT-B (balanced). TDT: Televisão Digital Terrestre. TIC: Tecnologias de Informação e Comunicação. Deriva de ICT (Information and Communication Technologies). TP-PMD: Twisted Pair Physical Layer Medium Dependent. TPT: Terminal Principal de Terra. TR: “Technical Reports”. Relatório técnico. TT: Tomada de Telecomunicações. TV: Televisão. UHF: “Ultra High Frequency”. UTP: “Unshielded Twisted Pair”. VHF: “Very High Frequency”. pág. 15 1.7 ATU – REQUISITOS FUNCIONAIS O ATU deve compreender as seguintes funções:  De interligação das redes públicas de comunicações electrónicas com as redes de cabos da ITUR privada;  De interligação com a rede colectiva dos edifícios no ATE ou CEMU, no caso de moradias. O ATU está apto às três tecnologias previstas, designadamente:  Par de cobre;  Cabo coaxial;  Fibra óptica. Para cada uma das tecnologias referidas existirá um Repartidor de Urbanização (RU), com as seguintes designações:  RU-PC – Repartidor de Urbanização de Par de Cobre, composto por:  Primário, cujo dimensionamento e instalação é da responsabilidade da entidade que ligar a rede de cabos da ITUR à rede pública de comunicações electrónicas. Poderá ser constituído, por exemplo, por régua de derivação de cravamento simples;  Secundário, onde se termina a rede de cabos da ITUR. Será constituído por réguas de cravamento simples de categoria 3, como mínimo. Sempre que o RU-PC for instalado em bastidores ou mini-bastidores deve ser apresentado desenho de pormenor.  RU-CC – Repartidor de Urbanização de Cabo Coaxial:  Primário, cujo dimensionamento e instalação é da responsabilidade da entidade que ligar a rede de cabos da ITUR à rede pública de comunicações electrónicas. Poderá ser constituído, por exemplo, por conversor electro-óptico e/ou um amplificador;  Secundário, onde se inicia a rede de cabos coaxiais CATV da ITUR, com a topologia em estrela ou em árvore, a definir pelo projectista. Poderá existir um segundo RU-CC associado ao sistema de recepção de MATV ou SMATV.  RU-FO – Repartidor de Urbanização de Fibra Óptica:  Primário, cujo dimensionamento e instalação é da responsabilidade da entidade que ligar a rede de cabos da ITUR à rede pública de comunicações electrónicas. Poderá ser constituído, por exemplo, por um painel de adaptadores do tipo SC/APC;  Secundário, onde se inicia a rede de cabos de fibras ópticas da ITUR. A rede deve obedecer à topologia em estrela com recurso, nomeadamente, a cabos multi-fibras. As fibras são terminadas em conectores SC/APC ligados em painéis de adaptadores. No ATU devem existir 2 circuitos de energia 230VAC, para fazer face às necessidades de alimentação dos equipamentos activos, com 3 tomadas cada, ligadas ao circuito de terra. O referido circuito deve estar protegido com disjuntor e diferencial de sensibilidade não superior a 300mA. A instalação do ATU incluirá sempre um BGT com capacidade para a ligação, no mínimo, de 10 condutores de terra. pág. 16 O ATU deve estar dotado de condições de arrefecimento, preferencialmente por convecção ou por ventilação forçada. O ATU deve providenciar o espaço necessário para a instalação dos vários dispositivos de modo a garantir a sua funcionalidade pág. 17 2 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS MATERIAIS Todos os materiais a instalar nas ITUR devem estar de acordo com as normas em vigor, no que toca à qualidade e tipo de materiais usados no seu fabrico, devendo ser considerada a norma ROHS (Restrictons Of certain Hazardous Substances). Os materiais e acessórios específicos a utilizar nas ITUR devem ter e conservar, de forma durável, características mecânicas físicas e químicas adequadas às condições ambientais a que estarão submetidos quando instalados e não devem provocar perturbações em outras instalações. Para isso devem respeitar as especificações e normas nacionais e internacionais aplicáveis. 2.1 REDE DE TUBAGENS A rede de tubagem de uma ITUR é constituída por:  TUBAGENS DE ACESSO: tubos de entrada na Câmara de Entrada de Cabos (opcional) e tubos de ligação entre esta e o ATU;  REDE DE TUBAGEM PRINCIPAL;  REDE DE TUBAGEM DE DISTRIBUIÇÃO. Os elementos constituintes das Rede de tubagens de uma ITUR são:  Tubos e Acessórios;  Câmaras de Visita;  Bastidores e Armários;  Salas Técnicas;  Galerias. A sua finalidade é a de assegurar a passagem dos cabos e o alojamento de equipamentos de telecomunicações, facultando a sua protecção. Entre as vantagens da sua construção, destaca-se a facilidade de instalação e ampliação da rede de cabos, evitando obras posteriores, a melhoria da qualidade pela facilidade de manutenção e a estética da urbanização. A segurança das telecomunicações e a facilidade de acesso dos diversos operadores são, igualmente, uma mais valia para os utentes da urbanização. Na figura seguinte, para além da tubagem das ITUR, visualiza-se também a rede de tubagens dos edifícios constituintes da urbanização. Qualquer edifício, independentemente do seu local de construção, está abrangido pelas Prescrições e Especificações Técnicas das Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios – Manual ITED. pág. 20 TUBO PEAD – tubo rígido com paredes exteriores lisas. TRITUBO PEAD – Conjunto de três tubos com o mesmo diâmetro, unidos solidariamente entre si, com paredes exteriores lisas e interiores caneladas. É geralmente utilizado para instalação de cabo de fibra óptica. As dimensões da figura seguinte são dadas em mm. 33,5 D = 4 0 126 e Figura 5 – Tritubo PEAD TUBO PET – Tubo maleável com paredes lisas. É um material de recurso, que deve ser utilizado apenas em situações especiais, tais como a ligação entre câmara de visita e caixa ou pedestais e quando existam obstáculos que aconselhem a utilização do tubo PET, para a sua transposição. d e Figura 6 – Tubo PET Outras características dos tubos devem ser consideradas, tal como consta da tabela seguinte: Tipos de TUBOS Grau de Protecção Classificação Instalação Típica Obs. PEAD (tubo) Penetração de corpos sólidos inferiores a 1 mm 4431 Em Betão Verde PEAD tritubo 5531 Em Pó de Pedra Preto PET 4431 Em Betão FRP 5531 Em Pó de Pedra PVC 4431 Em Betão PVC reforçado 5531 Em Betão Tabela 3– Outros tipos de tubos pág. 21 2.1.1.2 PROCESSOS DE UNIÃO DE TUBOS As uniões a utilizar na rede de tubagem podem ser de dois tipos:  Abocardamento macho/fêmea;  Abraço exterior, por meio de acessórios, podendo a fixação ser por: - Aperto; - Electro-soldadura; - Colagem. NOTA: Em qualquer das soluções apontadas deve ser garantida a estanquicidade das uniões, através de colagem ou de outros processos adequados. Os acessórios destinados a promover a união variam com o tipo de tubos: TUBO PVC – A união dos tubos PVC é efectuada por abocardamento macho/fêmea, como mostra a figura seguinte: 7 a 8 cm Arestas a bolear à lima Figura 7 – União num Tubo PVC TUBO FRP – A união destes tubos pode ser efectuada por dois processos: - Abocardamento macho/fêmea, se os tubos estiverem providos de uma extremidade alargada, como mostra a figura seguinte: 20 mm85 +- Figura 8 - União de um Tubo FRP pág. 22 - União própria, em FRP, que abraçará exteriormente as duas extremidades dos tubos, como indica a figura: 124 mm Figura 9 – Dimensões da união de um Tubo FRP TUBO PEAD – Os tubos de polietileno de alta densidade devem ser ligados através de acessórios electro-soldáveis. As ligações electro-soldáveis são caracterizadas pelo facto dos acessórios, também em PEAD, possuírem resistências incorporadas que, por efeito de Joule, fundem as camadas de material do acessório e dos tubos. e Dd i L Figura 10 – União dos Tubos PEAD Braçadeira de união (sistemas de fusão) Fusíveis indicadores da fusão Bornes de ligação à corrente Figura 11 – Metodologia associada à electro-soldadura das uniões dos Tubos PEAD TRITUBO PEAD – No caso do tritubo deve evitar-se o mais possível a criação de uniões. No entanto, caso sejam necessárias, devem fazer-se recorrendo a:  Acessórios electro-soldáveis, como referido para tubo PEAD;  Uniões de aperto mecânico, como o indicado na figura seguinte: pág. 25 O material constituinte é à base de resinas polipropileno e as dimensões são as a seguir referidas: L H Figura 15 - Dimensionamentos das espaçadeiras para colocação de tritubos PEAD ESPAÇADEIRA para tritubo PEAD H (mm) L (mm) Profundidade (mm) 70 127 35 Tabela 5 – Dimensionamento das espaçadeiras para tritubos 2.1.1.4 TAMPÕES São elementos destinados a vedar os tubos, garantindo a sua estanquicidade. TUBOS PEAD - As medidas do tampão a utilizar devem estar em conformidade com o diâmetro do tubo. a b c 12 2 0 5 1 0 Figura 16 - Desenho geométrico dos dimensionamentos dos Tampões para Tubos PEAD pág. 26 Por exemplo: para um tubo PEAD Ø63, as dimensões do tampão devem ser:  a = 63mm;  b = 88mm;  c = 40mm. TUBOS FRP – Os tubos serão vedados com tampão próprio para o efeito, podendo ser de aplicação interior ou exterior na extremidade do tubo. TUBO PVC – A vedação dos tubos pode ser efectuada com tampões de polietileno de média densidade, usados em tubos PEAD. TRITUBO PEAD – Todos os tubos devem ser vedados com tampão. Para tal deve deixar-se a extremidade do tritubo saliente pelo menos 30cm. Utilizam-se dois tipos de tampões: Tampão tipo “macho”, tal como a figura seguinte: 40 44 Ø 4 2 M 6 x 5 5 Ø 2 7 Figura 17 - Dimensionamento dos Tampões tipo “macho” para tritubo PEAD pág. 27 Tampão tipo “fêmea”, tal como a figura seguinte: 4 2 57 Figura 18 - Dimensionamento dos Tampões tipo “fêmea” para tritubo PEAD O Tampão, uma vez aplicado, deve tornar o tubo estanque. Deve ainda apresentar as seguintes características:  Protecção contra a corrosão;  Ter gravado o diâmetro nominal dos tubos a que se destina;  Suportar uma temperatura de serviço -150C a +600C e uma humidade relativa entre 15% e 95%; NOTA: Poderão ser autorizados outros tipos de tampões, desde que obedeçam a estas condições e garantam a estanquicidade à tubagem. 2.1.1.5 LOCALIZAÇÃO DAS TUBAGENS A localização das tubagens deve ser feita de acordo com respectivo projecto, o qual será elaborado tendo em conta os afastamentos mínimos exigidos pela legislação em vigor e condicionados por outras infra-estruturas existentes no local. 2.1.1.6 FITAS DE SINALIZAÇÃO Todas as tubagens da infra-estrutura ITUR devem ser sinalizadas por meio de uma fita de sinalização de cor verde, 25 cm acima do bloco da formação. 2.1.2 CÂMARAS DE VISITA (CV) As câmaras de visita classificam-se em CVCx (câmaras circulares), CVRx (câmaras de secção recta), CVIx (câmaras em I), CVLx (câmaras em L) e CVTx (câmaras em T). As câmaras de visita podem ser construídas no próprio local, ou pré-fabricadas, mas terão de apresentar características iguais ou superiores aos mínimos definidos no presente Manual ITUR. pág. 30 Figura 19 – Câmara de visita do tipo CVR1, pré-fabricada CÂMARAS TIPO CVC Este tipo de câmaras é construído a partir dos seguintes elementos:  Elemento tronco-cónico, pré-fabricado em betão, diâmetro superior 60 cm, inferior 100 cm, altura 50 cm;  Elemento cilíndrico pré-fabricado em betão, de diâmetro 100 cm, altura 50cm. Deve ser pré perfurado tendo em conta a configuração da infra-estrutura;  Base drenante pré-fabricada em betão, com diâmetro 100 cm e altura 20 cm. Topo Chaminé Corpo Base Topo Chaminé Corpo Base Câmara tipo CVC0 Câmara Visita CVC1 Figura 20 – Câmaras CVC pág. 31 CÂMARAS TIPO CVR A face superior do corpo deve permitir a montagem de aros e tampas rectangulares. Figura 21 - Câmara CVR As paredes podem ser em tijolo maciço, em betão ou em bloco de betão maciço ou amaciçado. Se as câmaras forem construídas em betão, deve utilizar-se o betão da classe C20/25 e aço A400, quando fabricadas no local. Se forem pré-fabricadas deve utilizar-se um betão, no mínimo, de classe C20/C25. A espessura das paredes para câmaras pré-fabricadas deve estar compreendida entre 10cm e 15cm. Nas câmaras construídas a espessura mínima das paredes deve ser de 20 cm. CÂMARAS TIPO CVI O corpo é composto por 4 faces, constituindo um rectângulo, cortado junto aos vértices, formando outras 4 faces. A configuração possibilita o acompanhamento das curvaturas dos cabos, tal como se mostra na figura seguinte: Figura 22 - Câmara CVI A figura seguinte mostra vista lateral e corte de câmara CVI: pág. 32 VISTA LATERAL Figura 23 – Vista lateral e corte das Câmaras CVI CÂMARAS TIPO CVL O corpo tem a forma semelhante ao das câmaras CVI, tendo incluído um funil lateral. Este permite a interligação de um terceiro troço de tubagem, perpendicular aos outros dois troços de tubagem. Figura 24 – Câmara do tipo CVL CÂMARAS TIPO CVT O corpo tem a forma semelhante à das câmaras CVI, tendo incluídos dois funis laterais no mesmo extremo da câmara de visita. Esta câmara permite a interligação de quatro troços de tubagens, que sejam perpendiculares dois a dois: pág. 35 A15 1,5 B125 12,5 C250 25 D400 40 EN 124 CLASSE CARGA DE RUPTURA [kg x 10 3 ] Tabela 9 – Cargas de ruptura das tampas das CV Ligação dos tubos às paredes de betão – Tendo em vista a melhoria da estanquicidade das CV, na ligação dos tubos às paredes de betão, deve ser utilizada a fita "Ultra - Seal 20 x 10 mm", ou equivalente, envolvendo os tubos na espessura das paredes. Esta fita, em presença de humidade, expande, garantido a estanquicidade. 2.1.3 ARMÁRIOS E PEDESTAIS 2.1.3.1 ARMÁRIOS Os armários são compartimentos onde são instalados os equipamentos activos e não activos de telecomunicações, recomendando-se que sejam construídos em material metálico ou polyester, reforçado a fibra de vidro, tendo as seguintes características:  Auto-extinguível: resistente às chamas;  Grau de protecção: contra a penetração de corpos sólidos inferiores a 1 mm e contra a penetração de líquidos por jactos de água;  O painel superior deve ser plano e os painéis posterior e laterais lisos de forma a permitir que sejam encostados por trás ou lado a lado;  Recomenda-se que as dimensões exteriores do corpo do armário não excedam: 140cm x 85cm x 45cm (altura x largura x profundidade).  De forma a minorar a influência das condições externas no interior do armário, o tecto, as portas e as paredes exteriores devem ser duplas, ou seja, entre a face exterior e a face interior deve existir uma caixa-de-ar;  Devem existir grelhas ou respiradouros de ventilação nas paredes laterais exteriores, bem como furação nas paredes laterais interiores, utilizando a técnica "labirinto", permitindo desta forma as trocas de calor com o exterior;  Devem ter o índice de protecção mínimo de IP65 e IK09, resistência à corrosão, dotados de fechadura normalizada, ser da classe II de isolamento quando metálicos, ou de material não condutor.  Cada armário deve ser dotado, no seu interior, de um ligador amovível, o qual se interligará ao eléctrodo de terra de protecção, por meio de um condutor com características mínimas de H07V-U G16 mm2, na cor verde/vermelho, ou em qualquer outra, desde que não exista pág. 36 possibilidade de confusão com qualquer outro tipo de cabo e desde que devidamente identificado.  O topo do eléctrodo de terra deve ficar a um mínimo de 80 cm de profundidade. Deve ter-se em conta as disposições regulamentares, as normas nacionais e europeias, relativas à utilização e ocupação de espaços públicos com mobiliário urbano.  O armário deve permitir um bom acesso ao seu interior, para operação, manutenção e instalação de equipamentos, devendo a porta ser provida de fechadura com chave, com um sistema de trinco em três pontos, e de dispositivo (s) de bloqueio que impeça o seu fecho pela acção do vento. Perante questões de instalação na via pública de equipamentos (espaço ocupado e estética) têm de se considerar, como alternativa, armários embutidos. 2.1.3.1.1 LOCALIZAÇÃO DOS ARMÁRIOS Os armários devem ser localizados e dimensionados de forma a facilitar a distribuição das redes de pares de cobre, de cabos coaxiais e de fibra óptica. A sua instalação depende das características de cada tipo e das indicações do fabricante. pág. 37 2.1.3.2 PEDESTAIS 480 40 150 Implantação do Armário VISTA FRONTAL Profundidade = 350 1 5 0 2 3 0 Ø 16 4 0 9 0 CORTE A-A 3 0 585 2 7 0 2 0 Ø 11 5 60 705 4 0 3 5 0 Ø 35 A A PLANTA ( Furações normalizadas a vermelho) 390 2 4 0 Figura 27 – Exemplos de Pedestais Nas ITUR privadas, os pedestais devem ser dimensionados para suportar os armários projectados, tendo em atenção os dispositivos que se prevêem instalar. pág. 40 Se na urbanização existirem mais de 64 fracções autónomas (FA), sem contar com aqueles que eventualmente já estejam abrangidos por sala técnica a nível do edifício, é obrigatório que exista uma sala técnica. Nas urbanizações privativas é aconselhável que as salas técnicas dos diversos edifícios possam localizar-se numa sala técnica da urbanização, se os projectos da cablagem e equipamentos assim o permitirem. Sempre que por imperativos de dimensão ou de tipo de topologia seja necessário, poderá existir mais de uma sala técnica numa urbanização, mas cada fracção autónoma e cada unidade apenas pertencerão a uma delas. Deve ter-se sempre em atenção o isolamento ao frio e ao calor e a necessidade de possuir diversas formas de ventilação mecânica ou eléctrica, com auxílio de um sistema de energia autónoma, dentro do possível. A opção pela construção de Salas Técnicas numa urbanização, obriga a que o ATU seja instalado numa delas, passando a designar-se por Sala Técnica Principal da Urbanização. 2.2 REDES DE CABOS (CABLAGEM) 2.2.1 CABOS DE PARES DE COBRE Devem sempre ser utilizados cabos isolados a polietileno dos tipos TE1HE, T1EG1HE ou com características técnicas similares às indicadas nas tabelas seguintes, para utilização em redes telefónicas exteriores, em ligações locais, como as ligações entre os assinantes e central. Como características técnicas gerais, ambos os cabos possuem condutor em cobre nu e macio; cinta; fio de rasgar; blindagem estanque em fita de alumínio/polietileno e bainha de polietileno. O cabo do tipo T1EG1HE possui, ainda, bainha de polietileno celular (Foam-Skin) e enchimento de geleia. A titulo exemplificativo e explicativo refere-se a nomenclatura/designação dos cabos, que utilizam as seguintes referências: • Cabo de telecomunicações: TVHV; • Condutor: TVHV; • Isolamento: TVHV, TE1HE e T1EG1HE; • Cabos paralelos: TE1SE; • Enchimento: T1EG1HE; • Blindagem: TVHV, TE1HE e T1EG2HE; • Bainhas: TVHV e TE1HES; • Armadura: TE1HEAE e TE1HE2AES; NOTA: As fichas de características técnicas dos diferentes cabos, fornecidos pelos diversos fabricantes, devem ser sempre verificadas pelo projectista ITUR. 2.2.1.1 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS Cabos de pares de cobre do tipo TE1HE e T1EG1HE. pág. 41 No caso especifico das ITUR privadas, as ligações entre o ATU e os ATE ou CEMU dos vários edifícios poderão ser efectuadas por cabos de categoria superior. TE1HE T1EG1HE Número de pares Diâmetro exterior aproximado em mm Diâmetro do condutor (mm) 0,6 0,9 10 20 30 50 100 150 200 300 400 600 800 1000 10,5 / 12,0 13,0 / 14,5 15,0 / 16,5 18,0 / 19,5 24,5 / 26,0 29,0 / 30,5 33,0 / 34,5 39,0 / 41,5 45,0 / 47,5 54,0 / 56,5 62,0 / 64,5 68,5 / 71,0 14,0 / 15,5 17,5 / 19,0 21,0 / 22,5 25,5 / 27,0 34,5 / 36,0 42,0 / 43,5 48,0 / 49,5 56,5 / 59,0 - - - - Tabela 11 – Características dimensionais dos cabos de pares de cobre TE1HE e T1EG1HE pág. 42 Número do par Cor do isolamento Cor da identificação Condutor A Condutor B Subunidade Nº Cor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Branco Branco Branco Branco Branco Vermelho Vermelho Vermelho Vermelho Vermelho Azul Laranja Verde Castanho Cinzento Azul Laranja Verde Castanho Cinzento 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Azul Laranja Verde Castanho Cinzento Branco Vermelho Preto Amarelo Violeta As unidades de 50 e 100 pares são formadas respectivamente por 5 e por 10 subunidades de 10 pares. Tabela 12 – Código de cores dos pares de cobre do tipo TE1HE e T1EG1HE Tipo de Cabo TE1HE T1EG1HE Diâmetro do condutor mm 0,6 0,9 Resistência máxima do condutor a 20 /km 66,6 29 Capacidade efectiva máxima nF/km Média* 55 55 Individual 64 64 Desequilíbrio capacitivo máximo entre dois quaisquer pares, pF/km 400 270 (*) Não aplicável a cabos até 20 pares. Resistência de isolamento mínima: 5 000 M.km Tabela 13 – Características eléctricas dos cabos de pares de cobre do tipo TE1HE e T1EG1HE Tipo de Cabo TE1HE T1EG1HE Diâmetro do condutor mm 0,6 0,9 Impedância característica a 800 Hz  600 400 Atenuação a 800 Hz dB/km 1,3 0,84 Tabela 14 – Características eléctricas dos cabos de pares de cobre do tipo TE1HE e T1EG1HE pág. 45 2.2.3 CABOS DE FIBRAS ÓPTICAS MONOMODO Os cabos de fibras ópticas são definidos em termos da sua construção física (diâmetros de núcleo/bainha) e categoria. As fibras ópticas utilizadas em determinado canal de transmissão devem ter a mesma especificação técnica de construção e pertencerem à mesma categoria. Todos os cabos de fibras ópticas a serem utilizados nas redes de cablagem das ITUR devem cumprir os requisitos das normas EN60793-2-50 e EN60794-1-1. Para além destas poderão, ainda, ser consideradas as recomendações da ITU-T G.652 D, G.655 C e G.657. Principais características dos cabos de fibras ópticas a instalar em condutas:  Protecção anti-roedores;  Protecção anti-humidade;  Totalmente dieléctricos;  Instalação pelo método de tracção ou sopragem;  Boa resistência mecânica à tracção. Figura 30 – Cabo de fibras ópticas para conduta 1. Bainha exterior 2. Fio de rasgar 3. Protecção contra roedores 4. Bainha interior 5. Cableamento 6. Tubo Loose 7. Fibra óptica 8. Tensor central (dieléctrico) 9. Geleia 10. Enchimento pág. 46 3 PROJECTO 3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS As regras a seguir referidas têm por objectivo estabelecer procedimentos normalizados no que diz respeito aos projectos das redes ITUR. Estes procedimentos devem estar de acordo com a legislação (Decreto-Lei n.º 123/2009, de 21 de Maio) e com as normas europeias aplicáveis. A elaboração de um projecto é apoiada num conjunto de metodologias e regras, com o objectivo de concretizar a satisfação de necessidades funcionais específicas. Na figura seguinte está representado o diagrama do processo associado à elaboração de um projecto. PROJECTODados e Requisitos Funcionais Documentação Geral do Projecto E x e q u ib ili d a d e A m b ie n te C u s to s R e g ra s M é to d o Condicionantes Figura 31 – Diagrama de um processo associado à elaboração de um projecto LEGENDA: DADOS E REQUISITOS FUNCIONAIS: Aspectos particulares a que uma infra-estrutura deve obedecer, de modo a possibilitar a realização das funções desejadas, definidas em reunião prévia com o dono de obra. EXEQUIBILIDADE: Atributo de um projecto que se traduz em ser passível de realização com os meios (materiais e humanos) disponíveis e de acordo com as regras estabelecidas. AMBIENTE: Conjunto das características específicas do meio envolvente, de acordo com as Classificações Ambientais MICE. PREÇO: Valor do consumo de recursos técnicos e materiais, incluindo a mão-de-obra, necessários à execução de uma infra-estrutura. REGRAS TÉCNICAS: Conjunto de princípios reguladores de um processo, destinado à obtenção de resultados considerados úteis para uma decisão ou acção de carácter técnico. MÉTODO: Princípios de boas práticas de engenharia, com vista à simplificação dos processos e eficácia funcional. pág. 47 DOCUMENTAÇÃO GERAL DO PROJECTO: conjunto formal, explícito e completo de documentos necessários à execução de um projecto. 3.2 CONDICIONANTES Um projecto ITUR é desenvolvido a partir da avaliação dos requisitos funcionais e dos seguintes tipos de condicionalismos: - Exequibilidade técnica (meios, tecnologias, etc.); - Classe ambiental associada à utilização dos materiais e equipamentos; - Custo dos materiais e da execução. 3.2.1 EXEQUIBILIDADE Os principais factores (lista não exaustiva) que podem ter implicações em termos de exequibilidade de um projecto são: - Disponibilidade de materiais e ferramentas; - Âmbito do Projecto; - Posicionamento (Principal, Distribuição); - Tecnologias disponíveis; - Protecção (Sigilo, Segurança, etc.); - Restrições Regulamentares; - Necessidade de prever alimentação em energia; - Durabilidade; - Tempo e facilidade de execução; - Rastreabilidade; - Facilidade de Verificação e Ensaio; - Existência de obstáculos no subsolo. Estes factores devem ser considerados nas diferentes fases de uma ITUR: - Projecto, instalação e utilização/manutenção Todas as restrições em termos de „exequibilidade‟ devem constar da Memória Descritiva, bem como as soluções encontradas para as ultrapassar. 3.2.2 AMBIENTE No que se refere às condicionantes ambientais, ver: ponto 10.5 (classes ambientais). Especial atenção deve ser dada no caso de solos sulfurosos, especificando o emprego de materiais resistentes a este tipo de ambientes. A rede de tubagens deve ser subterrânea, procurando evitar-se a construção de tubagens em zonas de nível freático elevado. pág. 50 3.6 REGRAS TÉCNICAS 3.6.1 REDE DE TUBAGENS - TOPOLOGIA ESTRUTURA A estrutura da rede de tubagens principal pode ser de um dos seguintes tipos: - “■“; - “L”; - “Y”; - “X”; - “Q”. O tipo “■” significa que a rede de tubagens principal é apenas constituída por um ponto de entrada/saída e é utilizada para urbanizações de pequena dimensão, que embora possam ser constituídas por diversas parcelas, para efeitos de rede de telecomunicações, podem assemelhar-se a um edifício. Quanto à estrutura tipo “L” aplica-se a urbanizações onde se identificam dois pontos de entrada/saída das redes de telecomunicações, podendo o traçado assumir diversas formas, entre as quais a de um percurso recto entre os referidos pontos. É em geral aplicada a urbanizações de média dimensão. Os tipos “Y”, “X” aplicam-se a urbanizações onde se identificam 3 ou 4 pontos de entrada/saída, respectivamente, e são geralmente aplicadas a urbanizações de grande dimensão, inseridas em zonas com grande desenvolvimento urbano. O tipo “Q” aplica-se a urbanizações de dimensão normalmente superior aos tipos “Y” e “X”, anteriormente considerados. A estrutura da rede de distribuição deve ser, preferencialmente, em estrela, a partir do ponto de interligação ao ramal proveniente da rede principal, o qual é parte integrante da rede de distribuição. A estrutura das Rede de tubagens deve poder suportar as diversas topologias das redes dos vários operadores, assegurando, igualmente, a manutenção da operacionalidade dos equipamentos activos e as operações na rede, com o mínimo de intrusão nos edifícios e urbanização, beneficiando, assim, quer os operadores, quer os utilizadores. O projectista deve tomar em consideração o que ficou definido no ponto correspondente aos materiais e dispositivos que compõem a Rede de Tubagens. As Regras Básicas do projecto das ITUR são as seguintes: REGRAS GERAIS A Rede de Tubagens numa ITUR deve ser concebida de modo a permitir uma topologia de distribuição, preferencialmente, em estrela para todas as tecnologias a utilizar nos Sistemas de Cablagem. Os tubos de acesso aos edifícios devem respeitar as regras técnicas estabelecidas na 2.ª edição do Manual ITED, designadamente quanto ao diâmetro nominal, à profundidade e à inclinação. Os materiais a utilizar nas Redes Principal e de Distribuição devem estar em conformidade com o exposto no presente Manual. pág. 51 A capacidade dos tubos deve ser calculada com base nas fórmulas constantes do ponto 3.6.4.2.1. 3.6.2 VIZINHANÇA COM OUTRAS REDES A localização das tubagens no subsolo deve ter em conta as outras infra-estruturas instaladas no subsolo, bem como os eventuais obstáculos existentes. A tabela seguinte fixa as distâncias e profundidades a que se devem estabelecer as diversas infra-estruturas, salvo a existência de determinações municipais ou outras que se sobreponham, caso em que devem fazer parte do projecto como justificativo. As figuras seguintes indicam os afastamentos a respeitar: Limite da propriedade (limite interior do passeio) Limite exterior do passeio L A PGeratriz exterior superior da conduta Largura do passeio(L) [m ](3) Afastamento (A) [m] Profundidade (P) [m] < 1,60 de 1,60 a 1,80 (2) 1,40 1,60 (2) 0,80 0,80 > 1,80 a 2,10 > 2,10 1,80 0,80 Eixo da via Bloco da Formação Rede de sinalização (verde) 0 ,2 5 LOCALIZAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS DE SUBSOLO (1) (1) – Salvo regulamentação camarária ou de outra entidade (2) - Não há lugar a instalações subterrâneas de telecomunicações no passeio (3) – Na via de circulação rodoviária , a profundidade (P) é de 1,00 m Figura 32 – Esquema de localização das infra-estruturas no subsolo pág. 52 PASSEIOS - LOCALIZAÇÃO DE TUBAGENS BT - Baixa Tensão AT - Alta Tensão A - Água G - Gás T - Telecomunicações LARGURA DOS PASSEIOS (m) 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 1,10 1,20 1,30 1,40 1,50 1,60 1,70 1,80 1,90 2,00 2,10 2,20 2,30 2,40 A F A S T A M E N T O A 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 B 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 C 1,10 1,10 1,10 1,10 1,10 1,10 1,30 1,30 1,30 1,40 1,40 1,40 D 1,40 1,40 1,40 1,60 1,60 1,60 1,80 1,80 1,80 C O T A S BT 0,40 0,40 0,40 0,40 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 AT 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 A 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 G 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 T 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 NOTAS: A profundidade mínima refere-se à geratriz exterior superior da tubagem. Para largura de passeios superior a 2,4 m, devem ser utilizados os parâmetros correspondentes a 2,4 m. Estes procedimentos são sempre aplicáveis, salvo eventuais disposições camarárias. pág. 55 Em cada formação deve prever-se, para além do considerado no tritubo, dois tubos, sendo um para servir as zonas de futura expansão e outro para manobras de alteração e/ou manutenção. Para determinar a capacidade em função do diâmetro dos tubos, tubagens ou sub-condutas, deve considerar-se o diâmetro nominal/1,33 como diâmetro mínimo interior, considerar-se uma folga de 10%, devido à deformação do cabo decorrente do seu enrolamento, e mais 10% para facilitar o seu enfiamento: Assim teremos: Diâmetro do cabo x 1,33 x 1,10 x 1,10 = diâmetro nominal mínimo do tubo Deve adoptar-se o diâmetro nominal imediatamente superior ao valor anterior. Quando se projecta o enfiamento de mais do que um cabo num tubo, deve prever-se a utilização de sub-condutas, mesmo para os espaços inicialmente não ocupados. Na tabela seguinte estão indicados os valores dos diâmetros interiores mínimos a que devem obedecer os tubos normalizados, de acordo com a EN50086-2-4: Diâmetro Nominal dos Tubos [mm] Diâmetro Interior (Di) mínimo [mm] 40 30 50 37 63 47 75 56 90 67 110 82 Tabela 15 – Dimensões mínimas interiores dos tubos O n.º de ligações previstas deve ser calculado adicionando o n.º de ligações destinadas à urbanização ao n.º de ligações estimado para as zonas de expansão adjacentes, a jusante da ligação às redes dos operadores. O n.º total de ligações deve ser maior ou igual às estimadas para os edifícios que compõem a urbanização, incluindo as destinadas a eventuais postos públicos, praças de táxis, bombeiros e outras, previstas para o espaço da urbanização. Para dimensionar os tubos, tal como na rede principal, calcula-se o diâmetro nominal mínimo DN pela fórmula: DN = 1,33 x 1,10 x 1,10 x de em que de é o diâmetro exterior do cabo. Para a distribuição em estrela, correspondente ao troço final da rede, em que será necessário enfiar um elevado número de cabos em cada tubo, deve calcular-se o dimensionamento tendo como mínimo os valores indicados no ponto anterior ou, conhecendo os diâmetros das cablagens a estabelecer, ser calculados os seus diâmetros interiores, usando a seguinte fórmula geral para o cálculo das tubagens: pág. 56 𝐷𝑁 ≥ 2 × 𝑑1 2 + 𝑑2 2 +⋯+ 𝑑𝑛 2 DN: diâmetro nominal do tubo d1 a dn: diâmetros exteriores dos cabos 1 a n. Em ambos os casos utiliza-se o diâmetro nominal, igual ou imediatamente superior ao calculado, ou considera-se mais de um tubo, alterando em conformidade o tipo de formação. Considerando os valores mínimos para os elementos da rede e com base nos diâmetros das rede de cabos a utilizar, calculam-se as tubagens, CV, armários e outros equipamentos. Cálculo das tubagens Valores mínimos e condicionantes: o Para as habitações unifamiliares e edifícios com um fracção autónoma, sempre que isoladamente, utilizar-se-ão como mínimo as câmaras de visita CVR1; o Para as situações restantes, utilizar-se-ão como mínimo as câmaras de visita CVR2; o A instalação das câmaras de visita é feita preferencialmente no passeio e em frente do respectivo lote. As tampas serão adequadas ao local de instalação, de acordo com a NPEN 124; o No caso de moradias em banda, as CV devem ser partilhadas, tendo como mínimo as CV tipo CVR2; o As entradas de cabos para os lotes partem directamente das CV; o A distância máxima em linha recta entre CV não pode exceder os 120m. Devem ser tomados em conta os seguintes dados:  Número e tipo de fracções autónomas de cada lote;  Permitir o alojamento de redes de pares de cobre, cabos coaxiais e fibra óptica, bem como equipamentos passivos e activos, indispensáveis para o seu funcionamento;  Garantir reserva de espaço, para operações no caso de reparações e/ou ampliação;  Garantir o acesso a vários operadores, em igualdade de circunstâncias;  Garantir a compatibilidade com o ITED, no que toca à entrada de cabos para os diferentes tipos de edifícios, bem como a ligação às redes públicas. Nas ITUR, o dimensionamento da rede de tubagens terá como mínimo o indicado na tabela seguinte e, como base, o n.º de fracções autónomas. Os diâmetros indicados são nominais. Nº de fracções autónomas PC CC FO 1 a 50 1110 1110 1T40 51 a 125 2110 2110 1T40 >125 3110 3110 1T40 Tabela 16 – Dimensionamento da rede de tubagens É obrigatório o envolvimento em betão da tubagem em zonas sujeitas a cargas intensas, como sejam itinerários Principais e Complementares, zonas onde o terreno circundante se situa junto de valetas, muros de suporte ou susceptível a abatimentos. pág. 57 3.6.4.3 CÂMARAS DE VISITA CÂMARAS DE VISITA DO TIPO: Dimensões mínimas interiores (cm) CV tipo Pé direito mínimo Largura Comprimento Tubos por face Capacidade indicativa CVR1b 100/150/175 60 75 2 tubos D110+1 tritubo D40 Duas juntas de cabos de cobre. Não adequada para juntas de FO CVR2 100/150/175 75 120 4 tubos D110 + 2 tritubos Duas juntas de cabos de cobre e duas juntas de FO CVR3 175 75 150 6 tubos D110 + 2 tritubos Três juntas de cabos de cobre e duas juntas de FO Tabela 17 – Tipos de CV Câmara CVR1b  Câmara paralelepipédica, construída no local ou pré-fabricada em betão armado, sendo utilizada como: o Câmara de passagem de cabos; o Interligação da rede de distribuição do edifício com a rede ITUR; o Capacidade Indicativa – Duas juntas de cabos de cobre. Não adequada para juntas de FO. Câmara CVR2  Câmara paralelepipédica, construída no local ou pré-fabricada em betão armado, sendo utilizada como: o Câmara de distribuição e passagem de cabos; o Câmara de acesso a armários de telecomunicações de maior dimensão, mas sempre de formato paralelepipédico o Capacidade Indicativa – Duas juntas de cabos de cobre e duas juntas de FO. Câmara CVR3  Câmara paralelepipédica, construída no local ou pré-fabricada em betão armado, sendo utilizada como: o Câmara de distribuição e passagem de cabos: o Câmara de acesso a armários de telecomunicações maior dimensão, mas sempre de formato paralelepipédico o Capacidade Indicativa – Três juntas de cabos de cobre e duas juntas de FO. Em situações específicas poderão ser utilizados outros tipos de câmaras de visita, nomeadamente de maior dimensão e de formato rectangular. A localização das CV deve respeitar o projecto da urbanização, dando preferência, na sua localização, às bermas, passeios, em locais onde o raio de curvatura das tubagens assim o obrigue, cruzamentos de ruas e em locais estratégicos, como entradas de lotes e acessos a pág. 60 Existindo ou estando previstos, para estes lotes, habitações unifamiliares ou edifícios colectivos, devem ser servidos nas respectivas CEMU ou ATE, segundo corresponda, com os seguintes níveis mínimos de sinal às frequências assinaladas:  75 dBV a 750 MHz;  70 dBV a 2150 MHz. Do ponto de vista de chegada ao ATI, esta rede exterior deve ser considerada como a correspondente à rede de CATV. Várias soluções de desenho e implementação da rede Coaxial ou Híbrida poderão ser consideradas, dependendo das particularidades da ITUR privada, tais como:  Finalidade comercial dos lotes: habitação permanente ou habitação de aluguer sazonal;  Perfil do cliente de aluguer (idioma, preferências de serviços, etc.);  Serviços associados ao lote: Hotelaria, “Resort”, “Bungalows”, etc.;  Exclusividade do lote: Individual ou Multi-familiar. Obrigatoriamente, esta rede coaxial (híbrida se necessário) servirá todos os lotes do empreendimento, sejam eles de índole Individual ou Colectiva, conseguindo-se desta forma:  Poupança no investimento quanto ao equipamento de recepção a colocar na Cabeça de Rede de Grau1 (CR1), uma vez que apenas se adquire um conjunto;  Optimização das condições de recepção dos sinais de difusão terrestre, que em muitos casos obriga a uma criteriosa escolha do melhor local, que nem sempre é o que inicialmente se previu. Conseguida esta optimização da recepção, automaticamente estará disponível para todos os lotes com igual qualidade;  Que qualquer utilizador possa aceder a um serviço de um operador de cabo sem que para tal seja necessário algum tipo de investimento suplementar. De forma a permitir a óptima entrega de serviços, por parte dos operadores de cabo, aos seus potenciais clientes, deve a rede coaxial cumprir os seguintes pressupostos, para além de outros já referidos:  A rede coaxial não deve servir mais do que 256 fogos, podendo ter uma variação superior a 10%. Acima deste valor deve ser dividida em células de 256 fogos, estando estas células ligadas por fibra óptica até ao ATU;  O plano de frequências da rede deve ter reservada uma banda de 100MHz na via directa, possibilitando a um operador colocar os seus serviços DTH na rede, com recurso à Transmodulação Digital. pág. 61 3.6.5.3 CABOS DE FIBRAS ÓPTICAS o 2 Fibras ópticas por fracção autónoma; o Cálculo da quantidade de fibras ópticas, em função do número de fracções autónomas por lote, por aplicação da obrigatoriedade anterior; o Uso de cabos normalizados de capacidade igual ou imediatamente superior. Calculadas as redes, determinam-se os diâmetros exteriores dos cabos a utilizar, os quais vão ser usados no cálculo das tubagens e dos outros elementos da rede. Estas características referem-se a mínimos obrigatórios, podendo o projectista, se assim o entender, em consonância com o dono da obra, com os condóminos ou seus legais representantes, desenvolver soluções mais avançadas nomeadamente de rede local interna ao condomínio. Na figura seguinte apresenta-se uma das possíveis soluções, em que existe uma rede de distribuição em FO a partir de uma sala técnica. Figura 37 – Diagrama esquemático de uma solução para distribuição em FO numa ITUR privada pág. 62 Figura 38 – Fotografia exemplo da instalação de uma junta de fibras ópticas do tipo torpedo, no interior de uma caixa do tipo CVR1 3.7 DOCUMENTAÇÃO GERAL DO PROJECTO 3.7.1 ITUR PÚBLICA O projecto da Rede de tubagens deve conter uma memória descritiva e justificativa, cálculos, peças desenhadas, listagem de materiais e termo de responsabilidade do técnico do projecto. As peças desenhadas devem incluir plantas da urbanização, onde se indiquem os traçados de tubagens, localização dos lotes, edifícios e rede viária, e devem possuir escala tecnicamente adequada. A escala deve estar de acordo com a NP717 e ser de 1:500, ou de definição superior. O projecto deve ser explícito de modo a permitir a instalação da rede de tubagens, evitando diferentes interpretações e sem suscitar dúvidas ao instalador. O projecto deve incluir sempre uma estimativa orçamental da rede de tubagens de telecomunicações. O projecto dever ser elaborado tendo em conta os condicionantes impostos na operação de loteamento da urbanização e os Regulamentos do Município em que se insere, de acordo com o preceituado no Decreto-Lei n.º 123/2009, de 21 de Maio, e no presente Manual Técnico. pág. 65 Quando detectados os casos acima referidos deve o instalador promover a consulta ao projectista, em estreita colaboração com o dono da obra. Compete ao projectista encontrar a solução para o problema detectado, emitindo ele próprio a alteração ao projecto. A alteração ao projecto deve implicar a realização de um documento (Aditamento ao Projecto) passando este a ser obrigatoriamente parte integrante da documentação geral do projecto. O referido aditamento poderá ser realizado pelo projectista inicial ou por outro projectista habilitado para o efeito, nos termos do Decreto-Lei n.º 123/2009, de 21 de Maio, sob sua autorização, por forma a acautelar a violação às regras de autoria do projecto, nos termos do código de direitos de autor. Deve, ainda, ser alertado o director técnico da obra de modo a que a alteração ao projecto inicial seja referenciada no livro de obra, nos termos da alínea c), do artigo 38.º, do Decreto-Lei n.º 123/2009, de 21 de Maio. As alterações adoptadas devem estar de acordo com o estipulado no presente Manual. Em qualquer situação o dono de obra poderá contratar um outro projectista, para a elaboração de um projecto completamente novo. pág. 66 4 INSTALAÇÃO 4.1 ASPECTOS GENÉRICOS As Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamentos, Urbanizações e Conjunto de edifícios (ITUR) devem ser concebidas de forma a permitir o desempenho, com eficiência e em boas condições de segurança, e os fins a que se destinam, devendo estas regras ser sempre consideradas mínimas, permitindo uma fácil evolução para soluções tecnicamente mais elaboradas. Garante-se o acesso aberto às infra-estruturas a mais do que um operador. Consideram-se dois tipos de ITUR: as ITUR públicas e as ITUR privadas.  ITUR públicas: Infra-estruturas de Telecomunicações em Urbanizações e loteamentos, utilizando as estruturas de tubagem das redes de comunicações electrónicas dentro do domínio público. Estas redes de comunicações electrónicas serão utilizadas, total ou parcialmente, para o fornecimento de serviços de comunicações electrónicas acessíveis ao público, a todos os condóminos, dentro dos pressupostos destas regras técnicas.  ITUR privadas: Infra-estruturas de Telecomunicações em conjuntos de edifícios, utilizando as estruturas de tubagem e cablagem das redes de comunicações electrónicas dentro de um domínio privado. As ITUR que integram as partes comuns dos conjunto de edifícios são detidas em compropriedade por todos os condóminos, cabendo à respectiva administração de condomínio a sua gestão e conservação, em conformidade com o regime jurídico da propriedade horizontal e com o Decreto-Lei n.º 123/2009, de 21 de Maio. As instalações terão de ser efectuadas seguindo rigorosamente o projectado. Devem também respeitar todos os regulamentos e disposições camarárias relativos à execução das intervenções na urbanização. As boas regras de execução são uma exigência para que a instalação possa ser aceite e seja possível dar garantias ao dono da obra, e posteriormente à autarquia, no caso das urbanizações públicas. Os materiais terão de estar de acordo com a listagem apresentada no projecto, só podendo ser substituídos mediante justificação escrita que ficará apensa à restante documentação da instalação. 4.1.1 CONDIÇÕES DE ESTABELECIMENTO As ITUR devem ser estabelecidas de forma a não causar perturbações a outras infra-estruturas existentes, ter os seus elementos convenientemente identificados, facilitando a sua pesquisa e a reparação de avarias. No seu estabelecimento, as ITUR devem eliminar todos os perigos previsíveis para pessoas e bens. 4.1.2 INACESSIBILIDADE DOS ELEMENTOS Todos os elementos das ITUR devem ser apenas acessíveis a pessoas qualificadas, dotada de conhecimentos técnicos ou experiência suficiente, que lhe permitam evitar os possíveis perigos que possam advir das telecomunicações. Durante a execução, ampliação, alteração e exploração das ITUR, deve ser salvaguardado o sigilo das comunicações. pág. 67 4.1.3 RESPEITO DE OUTROS DIREITOS Na execução, ampliação, alteração e exploração das ITUR deve respeitar-se o património cultural, estético e científico, em especial quando tiverem valor histórico, ecológico, paisagístico ou arquitectónico. As perturbações causadas aos diversos serviços de interesse público ou particular devem ser eliminadas. 4.1.4 ACORDOS COM OUTRAS ENTIDADES Sempre que a situação o justifique, poderão ser feitos acordos com outras entidades intervenientes no local do estabelecimento das ITUR, de forma a garantir a boa execução dos trabalhos e evitar os perigos que possam advir dos trabalhos em execução. 4.2 REDE DE TUBAGENS A rede de tubagens a estabelecer será constituída pelos diversos elementos previstos, tendo como base as redes de cabos a instalar, no caso das ITUR privadas, e a prever, no caso das ITUR públicas, devendo ser utilizados os passeios, como locais de preferência, para o seu estabelecimento. O traçado da rede será condicionado pelas redes de cabos integrantes das ITUR e pelos elementos que lhe dão funcionalidade, equipamentos activos e passivos, de repartição, de protecção, sistemas de antenas e interfaces de rede. A execução das ITUR terá obrigatoriamente, como base, um projecto de execução, que cumpra o definido na legislação em vigor. O responsável pela sua execução deve apresentar, junto da entidade licenciadora, o respectivo termo de responsabilidade de execução, aquando do licenciamento. Dever-se-á evitar, sempre que possivel, a colocação de infra-estruturas de telecomunicações em locais com risco de explosão, locais de estacionamento público ou privado, junto a paragens de autocarro, táxis, etc. Terão de ser cumpridas todas as exigências legais e regulamentares em vigor, no início dos trabalhos, bem como a sua compatibilização e coordenação com outras entidades, que desenvolvam obras de subsolo, que estejam ou venham a decorrer em tempo considerado útil, no local. Devem ser aplicadas as boas regras de construção, boa utilização dos equipamentos e materiais, dado cumprimento às disposições regulamentares em vigor, nomeadamente às emanadas pelas entidades intervenientes. Se no decorrer das obras for necessário proceder à alteração do projecto, que implique alterações da capacidade ou modificação da estrutura e arquitectura da rede, deve ser apresentado aditamento, pelo projectista ou por um outro projectista, nomeado por si para o efeito e para o acto já referido anteriormente. Sempre que se pretenda executar trabalhos nas ITUR em serviço, devem ser notificados previamente, todos os operadores com redes instaladas na zona. Após conclusão, as ITUR devem ser registadas num sistema de georreferenciação, nomeadamente a posição e traçado das redes de tubagens e cablagem, a anexar à documentação geral do projecto. Os donos de obra ou operadores (proprietários das infra- estruturas instaladas) devem identificar as suas infra-estruturas de forma clara, para que sejam contactados no caso de obras de intervenção na mesma. pág. 70 Implantação/Piquetagem Após a preparação do terreno deve ser feita a implantação da rede, de acordo com o projecto. Escavação Os trabalhos de escavação devem ser precedidos de todos os procedimentos de segurança, dando cumprimento ao respectivo plano. A abertura da vala que vai albergar a rede de tubagens, e/ou outros elementos da rede, deve ser executada tendo em conta o respectivo projecto e de acordo com todas as regras da segurança e da construção, constantes da legislação em vigor. O posicionamento das tubagens deve ser feito através de elementos adequados e indicados pelos fabricantes, garantindo assim uma boa execução e funcionalidade da rede a estabelecer. A existência de obstáculos ou de outras infra-estruturas, que condicionem o estabelecimento da rede, poderá obrigar ao seu desvio, ou aprofundamento e passagem pela parte inferior dos mesmos. Nunca o seu estabelecimento poderá ser feito acima da cota mínima definida neste Manual. De forma garantir a integridade de outras infra-estruturas existentes no local, devem ser tomadas todas medidas consideradas necessárias, sendo estas da responsabilidade da entidade executora da obra, assumindo qualquer dano que venha a ocorrer. Todos os materiais resultantes da escavação das valas e dos outros elementos da rede, que venham a ser utilizados para o seu aterro, devem ficar acondicionados ao longo das valas, a uma distância estipulada na legislação em vigor. Os materiais sobrantes devem ser removidos para local previamente definido. Assentamento das tubagens As tubagens e materiais a instalar estão indicados no respectivo projecto, devendo este ser escrupulosamente executado. A vala que vai albergar as tubagens deve ter o seu leito previamente regularizado com a utilização de pó de pedra, saibro ou terra cirandada, com pelo menos 5cm de espessura. Os tubos a instalar serão envolvidos também em pó de pedra, de acordo com o indicado na figura seguinte: Figura 36 – Fotografia de uma vala técnica com a interligação de tubagens numa câmara de visita pág. 71 Sempre que seja necessário efectuar a união entre tubos, esta deve ser executada através de dispositivos de abocardamento macho-fêmea e utilizadas colas adequadas, garantindo assim uma união perfeita e uma boa estanquicidade das tubagens a estabelecer. As tubagens devem ser posicionadas com auxílio de pentes de guia ou espaçadeiras adequadas, de forma garantir uma boa execução do trabalho. Todas as tubagens vazias devem ser devidamente tamponadas. Aterro, compactação e pavimentação Todos os produtos resultantes da escavação dos solos poderão ser repostos, desde que devidamente cirandados e com garantia de uma boa compactação; caso contrário, devem ser removidos e substituídos por pó de pedra ou saibro. Qualquer tipo de trabalhos a executar na via pública carece de autorização das entidades competentes. Tubos PEAD Todos os tubos da rede, após a instalação, devem ser cobertos de pó de pedra ou saibro, com uma camada de 15 cm de espessura. O aterro da vala que alberga os tubos da rede deve ser executado em camadas de 15cm de espessura, regadas e compactadas mecanicamente, ou por outro tipo de processo adequado. Tritubo O tritubo deve ficar acima dos outros tubos, usando, para seu leito, uma camada de pó de pedra ou saibro, com 5 cm de espessura, devidamente compactado. O seu alinhamento deve ser recto e sem emendas ou uniões. Será coberto, por camada de pó de pedra ou saibro, com 15 cm de espessura, regado e batido. Ligação de tubos para entrada de edifício e outros equipamentos De modo a garantir um bom funcionamento da ligação à rede, deve eliminar-se a possibilidade de infiltração de água nos edifícios. Para tal, a entrada dos tubos nos edifícios deve ser sempre feita de forma ascendente e com inclinação igual ou superior a 10%. Todos os tubos não utilizados devem estar devidamente tamponados com dispositivos adequados e indicados pelo fabricante. Reposição de pavimentos Toda a reposição de pavimento e enchimento das tampas das CV, deve respeitar a estrutura do já existente no local, devendo os trabalhos executados ter em observância as boas regras da técnica, da segurança, normas de execução e toda a regulamentação em vigor. pág. 72 4.2.1 ESQUEMAS DE AGRUPAMENTO DE TUBAGEM Os quadros seguintes apresentam os agrupamentos, ou formações, possíveis de se constituir na instalação de uma infra-estrutura ITUR. FORMAÇÕES COM ENVOLVIMENTO EM PÓ DE PEDRA OU AREIA E UM TRITUBO Dtubos=110 mm Bloco de tubagens Dtubos=90 mm Bloco de tubagens Dtubos=50 mm Bloco de tubagens Tipo Formação N.º Tubos H [m] L [m] H [m] L [m] H [m] L [m] F2 2 + 1 T 0,380 0,350 0,360 0,310 0,320 0,280 F2A 2 + 1 T 0,310 0,560 0,290 0,520 0,250 0,440 F3 3 + 1 T 0,380 0,490 0,360 0,430 0,320 0,310 F4 4 + 1 T 0,520 0,350 0,480 0,310 0,400 0,280 F4A 4 + 1 T 0,380 0,630 0,360 0,550 0,320 0,390 F6 6 + 1 T 0,520 0,490 0,480 0,430 0,400 0,310 F8 8 + 1 T 0,520 0,630 0,480 0,550 0,400 0,390 F9 9 + 1 T 0,660 0,490 0,600 0,430 0,480 0,310 F10 10 + 1 T 0,520 0,770 0,480 0,670 0,400 0,470 F12 12 + 1 T 0,520 0,910 0,480 0,790 0,400 0,550 Tabela 18 – Esquema de agrupamento de tubagem com envolvimento em pó de pedra ou areia pág. 75 As directrizes das Redes de Distribuição serão consideradas sequencialmente a partir das câmaras da Rede Principal de numeração baixa, até às de numeração mais elevada. As câmaras devem ter o n.º gravado no reboco e pintado com tinta preta indelével à entrada, no lado oposto à da colocação dos degraus. Em expansões para novas urbanizações, a rede de tubagens a ser projectada terá que ser interligada à rede principal de tubagens existente. Aqui, caso surja um projecto de uma nova urbanização, deve possuir nova numeração. N OPERADOR P3 P4 P5 P6 P7 P8 D9 D10 D11 D12 P2 D13 D15 D14 D16 ATU P1 Figura 37 – Diagrama topológico a evidenciar a numeração das caixas de visita 4.2.4 INSTALAÇÃO DE PEDESTAIS, ARMÁRIOS, NICHOS OU OUTROS ELEMENTOS DA ITUR Os pedestais devem ser construídos de acordo com o estabelecido no projecto, devendo os tubos ser devidamente tamponados. As ligações de terra e a ligação à rede eléctrica devem ficar asseguradas, quando tal for previsto no projecto. A instalação destes elementos de rede deve ser feita usando como base um maciço adequado, que pode ser pré-fabricado ou construído no local de implantação, em betão da classe C20/25. pág. 76 4.2.5 CABLAGEM A INSTALAR NAS ITUR PRIVADAS Devem ser instaladas as Redes de Cabos previstas no projecto, por técnicos devidamente habilitados para o efeito, nos termos do Decreto-lei n.º 123/2009, de 21 de Maio. pág. 77 5 PROTECÇÃO DE PESSOAS E BENS 5.1 TERRAS DE PROTECÇÃO De forma a garantir a segurança de pessoas e bens e qualidade de serviço, as redes de telecomunicações devem garantir um escoamento fácil de todas as perturbações a nível eléctrico e radioeléctrico. De uma forma abrangente devem ser seguidas as indicações constantes das Normas Europeias aplicáveis, nomeadamente as constantes da EN50310 (aplicação de terras equipotenciais com equipamentos de tecnologia de informação) e as previstas nas Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão (RTIEBT), aprovadas pela Portaria nº 949-A/2006 de 11 de Setembro, as quais estabelecem alguns conceitos e critérios para a definição das redes de terras de protecção e de equipotencialização das instalações eléctricas em edifícios, com vista à protecção das pessoas contra contactos indirectos. As condições a seguir referidas devem ser consideradas como recomendações mínimas, sem prejuízo da adopção de outras soluções tecnicamente mais evoluídas. Nessas Regras são estabelecidas condições que conduzem à definição de critérios para ligação à terra de outro tipo de instalações, como é o caso das instalações de equipamentos informáticos. Indirectamente, podem estabelecer-se critérios para a ligação à terra das Instalações de Telecomunicações. As ITUR devem estar protegidas contra perturbações provocadas por descargas eléctricas atmosféricas, assim como contra a influência electromagnética das linhas de transporte de energia de alta e baixa tensão, que podem provocar o aparecimento de potenciais estranhos, quer por contacto directo, quer por indução. A protecção é conseguida com a colocação de órgãos de protecção, também objecto de referência nas RTIEBT, e o modo de ligação à terra dos descarregadores de sobretensão das Instalações Telefónicas, que têm como objectivo interromper o circuito e escoar para a terra as correntes provocadas pelas descargas eléctricas. De acordo com a secção 413 das RTIEBT, a protecção de pessoas contra contactos indirectos é assegurada pela ligação à terra de todas as massas metálicas normalmente sem tensão, embora associada à utilização de aparelhos de corte automático sensíveis à corrente diferencial – residual, instalados nos quadros. A ligação das massas à terra deve ser efectuada pelo condutor de protecção incluído em todas as canalizações e ligado ao circuito geral de terras através dos quadros. Os condutores de protecção serão sempre de cor verde/amarelo, do tipo dos condutores activos e de secção igual à dos condutores de neutro. Será ainda de evidenciar as Regras Técnicas, na secção 707, também apresentam critérios para a ligação à terra dos equipamentos de tratamento da informação com as instalações fixas dos edifícios. De algum modo estes critérios podem ser condicionantes para a ligação à terra dos equipamentos de Telecomunicações. Estas regras aplicam-se às instalações situadas a jusante do ponto de ligação do equipamento, podendo, também, aplicar-se a instalações que não sejam de tratamento da informação desde que tenham correntes de fuga de valor elevado (estas, ao circularem nos condutores de protecção e nos eléctrodos de terra, podem ocasionar aquecimentos excessivos, degradações locais ou perturbações) em consequência do cumprimento das regras de antiparasitagem (por exemplo, os equipamentos de telecomunicações). pág. 80 6 ENSAIOS Os ensaios a realizar destinam-se a verificar a conformidade entre o projecto e a obra. A seguir caracterizam-se ensaios cuja finalidade é verificar as características das infra- estruturas, nomeadamente no respeitante às redes de tubagens, terras de protecção e aos diversos sistemas de cablagem, no caso das ITUR privadas. Os ensaios aqui referidos devem ser efectuados durante e após a instalação das ITUR, pelo técnico responsável pela sua execução. O técnico responsável pela execução das ITUR constituirá um Relatório de Ensaios de Funcionalidade (REF), baseado nos ensaios aqui referenciados e nos critérios definidos. 6.1 REDE DE TUBAGENS Os ensaios a realizar devem de ser efectuados por técnicos com as qualificações nos termos do Decreto-lei n.º 123/2009 de 21 de Maio, baseados nos seguintes requisitos:  Rede de tubagens:  Número de tubos instalados de acordo com o projecto;  Diâmetros dos tubos;  Os 2 pontos anteriores devem ser verificados e registados no REF, assim como na ficha técnica de instalação, observando todas as tubagens no interior da vala técnica antes do fecho da mesma, por parte do instalador ITUR;  Troços de tubos ensaiados com mandril (rato) e escovilhão - utilização para ensaios de desobstrução;  Cotas e distâncias;  Profundidade de instalação dos diversos elementos da rede;  Aterro das valas com os materiais exigidos;  Rede de sinalização instalada à profundidade adequada;  Grau de compactação de acordo com o regulamento;  Interligação entre diversos elementos da rede;  Ligação aos lotes;  Ligação à rede pública;  Guias de reboque. Tubo Diâmetro (mm) Comprimento (mm) PEAD 110 90 250 a 1000 PEAD 90 50 650 PEAD 75 e 63 40 650 Tritubo 40 29 650 Tabela 20 - Características do mandril (vulgarmente conhecido por rato ou escovilhão)  Câmaras de visita  Número de CV, de acordo com o projecto; pág. 81  Dimensões normalizadas das CV;  Existência de sifão de escoamento;  Execução de espelhos, de acordo com o exigido;  Tubos vazios devidamente tamponados;  Assentamento de aros e tampas;  CV niveladas face ao pavimento final;  CV rebocadas e pintadas com tinta de cor branca, com interior limpo e seco;  CV numeradas;  CV com as bases de espessura regulamentar e em boas condições;  Tampas tipo Norma EN 124.  Armários  Instalação de acordo com o projecto;  Ligação aos outros elementos da rede de tubagens;  Instalação dos elementos activos e/ou passivos;  Energia eléctrica, quando prevista;  Terra de protecção;  Ventilação. 6.2 MEDIDAS MÉTRICAS Este tipo de ensaio destina-se às redes de tubagens das ITUR. Devem ser verificados comprimentos, alturas, espaçamentos, raios de curvatura, diâmetros e outras medidas consideradas necessárias, de modo a cumprir o projecto e as prescrições técnicas. Utilizar-se-ão equipamentos para aferição de medidas métricas, tais como fitas métricas e paquímetros, que não estão sujeitos a calibração. 6.3 ENSAIOS DE REDES DE PARES DE COBRE (ITUR PRIVADA) Os ensaios obrigatórios, a realizar pelo instalador, são os constantes da tabela seguinte. Os pontos de ensaio devem ser definidos pelo projectista, de forma a garantir o correcto funcionamento das redes PC: Rede de Cabos Pontos de ensaio Parâmetro a medir Par de Cobre Secundário do RU-PC ao primário RG-PC (ou CEMU) Continuidade Tabela 21 – Ensaios obrigatórios nas redes PC pág. 82 6.4 ENSAIOS EM REDES DE CABOS COAXIAIS (ITUR PRIVADA) Os ensaios obrigatórios a realizar pelo instalador, nas redes de CATV e S/MATV, são os seguintes: Rede de Cabos Pontos de ensaio Classe a garantir CATV Secundário do RU-CC (CATV) ao primário do RG-CC ou primário RC-CC (moradia unifamiliar) TCD-C-H S/MATV Secundário do RU-CC (S/MATV) ao primário RG-CC ou primário RC-CC (moradia unifamiliar) TCD-C-H Tabela 22 – Ensaios obrigatórios nas redes de CATV e S/MATV Para a garantia da classe da ligação devem ser realizados obrigatoriamente os seguintes ensaios: Classe a garantir Ensaios a realizar Rede de cabos Tipo de ensaio TCD-C-H CATV Atenuação MATV/SMATV (caso se utilize esta rede como opção à rede CATV) Nível de sinal Relação Portadora/Ruído (C/N) BER (“Bit Error Rate”) para sinais digitais Tabela 23 – Ensaios obrigatórios de CATV e S/MATV 6.4.1 REDE DE CATV Deve ser cumprida a Classe de ligação TCD-C-H para as frequências teste de 60, 90 e 750MHz. Desta forma não devem ser excedidos os valores das atenuações máximas previstas pelo projectista. Para avaliar se os valores das atenuações são, ou não, cumpridos deve efectuar-se o ensaio de atenuação desde o secundário do RU-CC/CATV, até às terminações a jusante, podendo efectuar-se medidas troço a troço. Para a realização deste ensaio deve ser utilizado o seguinte método, com um Gerador de Sinal e um Analisador/Medidor de nível: 1 - O Gerador de frequências piloto deve ser ligado directamente ao medidor de nível. Para esta ligação devem ser utilizados dois chicotes coaxiais, com o mínimo de 0,5m de comprimento cada. A medida será registada. Os chicotes não devem ser substituídos durante todo o processo de medida. pág. 85 Categoria dos cabos de fibra Comprimento de onda (nm) Coeficientes de atenuação - Pfibra (dB/km) OS1 1310 1 1550 1 OS2 1310 0,4 1550 0,4 Tabela 24 – Coeficientes de atenuação Os ensaios de perdas totais devem ser executados nos dois sentidos, sendo o valor real a média aritmética das duas medições. Estes valores devem ser registados na tabela de perdas totais, constante do REF. 6.5.2 ENSAIOS DE REFLECTOMETRIA (OTDR) Os ensaios de reflectometria são executados com recurso a um aparelho denominado “OTDR” (Optical Time Domain Reflectometer). Os ensaios de reflectometria permitem caracterizar os seguintes pontos:  A atenuação numa junta/conector;  A atenuação total em distâncias específicas (troços de fibra);  Perdas de retorno de eventos reflectivos;  Perdas de retorno do Link;  Distância dos eventos;  O comprimento da fibra em teste;  A regularidade da ligação. As unidades e respectivos valores conhecidos pelo OTDR são:  O tempo em que o pulso é enviado na fibra;  A largura de pulso;  A velocidade com que o pulso se desloca na fibra óptica. O tempo que o pulso de luz gasta a percorrer a fibra, reflectir-se e voltar para o detector do próprio OTDR, pode ser medido com precisão por este equipamento. Conhecendo-se este tempo, o equipamento calcula o comprimento de fibra (em metros). Num ensaio de OTDR devem fazer-se as seguintes acções: 1. Configuração do equipamento Preenchimentos dos campos de identificação do ensaio a efectuar: o Identificação da ligação ou troço de fibra em ensaio. Indicação dos parâmetros ópticos do OTDR: o IOR – Índice óptico de refracção – Este valor é dado pelo fabricante do cabo; pág. 86 o Pulse Width - Largura de Pulso – Quanto menor for o comprimento de cabo a ensaiar menor deve ser o valor deste parâmetro. Em caso de dúvida deve-se colocar este parâmetro no modo automático; o Distance Range – Comprimento da fibra a ensaiar – O valor deste parâmetro deve ser o mais próximo possível do total de fibra a ensaiar; o Tempo de medida – Quanto maior for este valor, melhor será a precisão do ensaio. Em caso normal utiliza-se um tempo médio de 10s; o Threshold (Splice Loss) – Colocar o menor valor de atenuação possível (- 0,01dB); o Threshold (Return Loss) – 25 dB (o limiar de detecção de Perdas de Retorno deve ser um valor maior que 60dB. Note-se que quanto maior for o valor, menor será o sinal de retorno; o Threshold (fiber end) – 10 dB. 2. Conectar uma bobine de carga entre o OTDR e o conector da ODF a ensaiar, e iniciar o ensaio. 3. Os ensaios devem ser executados nos seguintes comprimentos de onda: o Cabos Monomodo:  1310nm  1550nm 4. Analisar os resultados obtidos e guardar o ensaio. 5. Em caso de se detectar algum valor diferente do esperado, deve-se analisar pormenorizadamente o ensaio e corrigir a anomalia detectada. Se esta anomalia não for de fácil resolução, deve-se anotar a mesma para posteriormente se tomarem medidas correctivas. 6. Deve verificar-se se todos os ensaios foram gravados. 6.6 EQUIPAMENTOS DE MEDIDA E ENSAIO Na tabela seguinte são indicados, a título de referência, os equipamentos necessários ao ensaio das ITUR, de acordo com os tipos de cablagem definidas. De notar que poderão existir equipamentos análogos aos indicados e que podem cumprir as mesmas funções. pág. 87 TIPO DE CABLAGEM ENSAIOS E RESPECTIVOS EQUIPAMENTOS – Requisitos Mínimos Pares de cobre Para todos os ensaios:  Equipamento para medição de continuidade Coaxial Níveis de sinal das portadoras, BER, C/N e Atenuação:  Analisador/Medidor de nível, com capacidade para efectuar medidas das grandezas em causa, para frequências dos 5 aos 2150 MHz;  Gerador de frequências piloto, com capacidade de gerar sinal em frequências compreendidas 5 aos 2150MHz. Fibra óptica Para todos os ensaios:  Equipamento para a certificação de cablagens estruturadas, com a capacidade de ensaio dos vários parâmetros da cablagem em fibra óptica Em alternativa: Atenuação:  Medidor de potência óptica Comprimento e atraso na propagação:  Reflectómetro (OTDR) Tabela 25 – Equipamentos de ensaio Todos os equipamentos indicados, excepto os de medidas métricas, estão sujeitos à calibração especificada pelo fabricante. As calibrações devem ser efectuadas de acordo com um plano de calibrações, baseado na aptidão ao uso e nas recomendações do fabricante. A calibração do equipamento, pela aptidão ao uso, é entendida como a calibração das funções que são utilizadas no uso normal do equipamento. Não se torna assim necessário calibrar as funções que não são utilizadas nos ensaios das ITUR. pág. 90 8 EXEMPLOS DE TOPOLOGIAS DAS REDE DE TUBAGENS A estrutura da rede de tubagens principal pode seguir as seguintes topologias: - “■” N OPERADOR P3 P4 P5 P6 P7 P8 D9 D10 D11 D12 P2 D13 D15 D14 D16 ATU P1 TOPOLOGIA “■” pág. 91 - “L”; 0 N OPERADOR P3 D11 P2 D14 P1 D15 D13 D12 D10 D9 ATU TOPOLOGIA “L” P4 P5 P7 P6 D8 OPERADOR - “Y”; N OPERADOR P4 P5 P6 P7 P8 D11 P2 D14 D16 ATU P1 D15 D13 D12 P3 pág. 92 - “X”; N OPERADOR P3 P4 P5 P6 P7 P8 ATU P1 P2 TOPOLOGIA “X” OPERADOR OPERADOR OPERADOR P9 P12 P10 P11 D13 D14 D15 D16 D17 - “Q”. N OPERADOR P4 P5 P6 P7 P8 D11 P2 D14 D16 ATU P1 D15 D13 D12 P3 P9 TOPOLOGIA “Y” OPERADOR OPERADOR P10 pág. 95 OPERAÇÃO RISCOS PREVISÍVEIS MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO ARMAZENAGEM - Deterioração; - Contaminação; - Queda de objectos; - Incêndio ou explosão; - Delimitação das zonas destinadas à armazenagem; - Correcta organização do interior do armazém; - Garantir um fácil acesso a todas as zonas de armazenamento; - Armazenar os materiais de acordo com as normas e recomendações estabelecidas pelos fabricantes; - Cumprimento das regras de armazenamento de materiais em altura; - Evitar uma possível contaminação entre os diversos materiais; - Substâncias ou preparações perigosas armazenadas somente em locais próprios com as respectivas Fichas de Segurança a serem devidamente arquivadas e de fácil acesso / consulta; - O EPI deve ser armazenado em locais protegidos, sem exposição a ultravioletas; - Devem ser instalados extintores adequados aos materiais e carga de incêndio existente; - Acesso fácil a contacto telefónico com equipas de emergência de socorrro (112, polícia, bombeiros, ambulâncias) ou sistema/central de segurança adequado. VIAS DE ACESSO E CIRCULAÇÃO - Colisão; - Atropelamento; - Queda. - Sinalização adequada; - Manutenção das distâncias de segurança entre as zonas de circulação de veículos com as zonas de circulação de peões ou trabalho; - Colocar protecções adequadas em as zonas de circulação de veículos e os portões, portas, ou escadas; - Desobstrução de vias de acesso e circulação; - Iluminação e sinalização dos caminhos de evacuação e saídas de emergência; - Delimitar as zonas de estacionamento; - Prevenir a necessidade de acesso a veículos de socorro. OPERAÇÃO RISCOS PREVISÍVEIS MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO TRABALHOS EM VALAS - Soterramento; - Quedas de pessoas e materiais. - Escoramento adequado; - Sinalização da vala; - Manobras das máquinas por pessoas habilitadas. pág. 96 OPERAÇÃO RISCOS PREVISÍVEIS MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO TRABALHOS NA PROXIMIDADE DE LINHAS DE TENSÃO - Electrocussão: por contacto directo ou indirecto; - Arco eléctrico; - Electricidade estática. - Manutenção das distâncias de Segurança relativamente aos condutores em tensão. DEMOLIÇÕES - Queda de objectos; - Queda em altura; - Soterramento; - Esmagamento; - Acumulação de entulhos; - Ruído; - Vibrações; - Inalação de poeiras; - Projecção de partículas. - Prever e garantir uma correcta planificação, sequência e métodos de trabalho; - Os trabalhos só podem ser realizados com a supervisão de um responsável; - Delimitação e sinalização das zonas de trabalho; - Utilização de andaimes com as adequadas condições de segurança; - Instalação do sistema de Protecção Colectiva contra quedas; - Utilização de cintos do tipo arnês de segurança, quando necessários; - Limpeza e remoção de entulhos frequentemente; - Utilização de EPI (luvas, protectores auriculares, óculos protectores); - Utilização de EPI das vias respiratórias; pág. 97 OPERAÇÃO RISCOS PREVISÍVEIS MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO ATERRO E COMPACTAÇÃO - Queda em altura; - Soterramento; - Esmagamento. - Garantir uma correcta sequência dos trabalhos; - Garantir as distâncias de segurança; - Proibição da permanência de trabalhadores no fundo das valas, aquando de operações de descarga; - Se existirem riscos de desmoronamento no fundo da vala, garantir a existência de caminhos de fuga; - Na compactação devem ser utilizadas máquinas com protecção da cabine para prevenção dos casos de capotamento; - Deve ser cuidadosamente observado o comportamento do talude em caso de utilização de compactadores. TRABALHOS EM ALTURA - Riscos de queda de pessoas ou de materiais. - Esmagamento; - Entalamento; - Electrocussão (contacto com linhas eléctricas). - Aprovação prévia do Chefe de Equipa; - Utilização de andaimes com adequadas condições de segurança; - Escadas com igualmente boas condições de segurança e vistoriadas periodicamente. - Instalação de linhas de vida; - Utilização de cinto de segurança do tipo arnês; - Instalação de redes anti-queda; - Obrigatoriedade de Certificado de Aptidão Médica para Trabalhos em Altura; - Não exceder o limite de carga/lotação (no caso de plataformas elevatórias); - Garantir boa visibilidade nas zonas de trabalho;
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