Baixe Físico Química metalúrgica - Álvaro Lúcio Vol 1 e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity! FÍSICO
QUÍMICA
METALÚRGICA
PRIMEIRA PARTE
"TM TIA TT [TOmnTE
a ———— to
10
ho cu %o
103
04
10º gq? 10" ? 10
ÁLVARO LÚCIO
PROF, DR, ALVARO LUCIO
FÍSICO QUÍMICA METALÚRGICA
1a Parte
Publicado por Prof. José Martins de Godoy, com auxilio financeiro
do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico
— CNPq (Processo nº 40.2472/79)
BELO HORIZONTE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA METALÚRGICA
1981
6.5 - A energia livre de Helmoltz .isicecaaenanencanea
6.6 - Relações termodinâmicas. Equações de Maxwvel ..
6.7 - Equações termodinâômicas de estado ...cceraseerenrencorrenncnmasas 128
6.8 - Exemplo do uso das relações termodinâmicas ...cerassanciererercos 129
6.9 - Variação de G com a temperatura e apressão. A equação de Gibbs-
Helmholtz ,ecereccernecasconranarcercerensere rca caceroroanaarsaro 131
6.10- Exemplos numéricos ..ccccreerserersnecconanerrercererrencarencaos 132
6.11- Exercícios .ecicesmentensecermenareneacocensoncrarsesssersenoona 136
Referências bibliográficas ...eseccrenonasarccrrsorronccce cercar 141
: f
Capítulo.7 - - Áritêrios de equilíbrio. O potencial químico. A termodinã
”
mica dos sistemas gasosos e dos sistemas condensados.
7.1 - Introdução ..cececseseessenceranrearos 142
7.2 - Critérios de equilíbrio ..cccecarearoranaccasenenenonerececereas 142
7.3 - Introdução à termodinâmica dos sistemas abertos .recerceserecresa 145
7.4 - Termodinâmica dos sistemas gasosos .ececrcenteracerenantanseadea
7.5 - O tratamento termodinâmico de gases reais .esecusesea
7.6 - Sistemas condensados. Conceito de atividade ...
2... 166
7.7 - Bxercícios ...cuserescencansiaroraceancanceesenseninentõos
Referências bibliográficas ...esececercrereariorenaecorrreeerese LTO
Capítulo 8 - Equilíbrio entre fases em sistemas de um componentes. Sis
A temas de mais de um componente. A regra das fases.
8.1-=Tondições de equilíbrio em termos de funções intensivas ......... 170
8.2 Sistemas de um componente ...cccecsercrercencorsorrorccrasrorsaso 175
8.5 - O equilibrio na vaporização .. 178
8.4 - A regra das fases de Gibbs .ececcssercesrerccasarorcccerrservesao 1B1
8.5 - Exemplos numéricos ....cescenscracanerrrcororrcesmaroracrcre creo. 184
8.6 - Exercícios ..cesecccsasencecarorcaresesencncecanorererce corso re oe 190
Referências bibliográficas .esesencresmnamaonenccrrerasararcaos 193
ra É
N
“ Capítulo 9 - A energia livre e as reações químicas. Estudo do equili
A brio químico.
9.1--Introdução censo rarnaaacacrrnsanernasoroncranerasecnenteconas 194
9.2 - A variação de energia livre nas reações químicas ..cexicvecarereo 194
9.3 - O equilíbrio químico ...c..seceasesereadentarmencencencrecacasros 197
A constante de equilíbrio ...ceserecacersersercenaaaseaerenttatão
Variação da constante de equilíbrio com a pressão ....csceiiiooos
Variação de ACº e da constante de equilíbrio com a temperatura...
Deteminação da encrgia iivre padrão das reações .....eccemeieroo 256
Cálculos de equilibrio, Técnica de resolução de problemas rela
tivos ao equilíbrio químico ....ccereecurescantarocarrenesareceio
Exemplos numéricos .rececuenmenaerrerecareraracranisicacasarecrso 235
drenecoaaanacan sen tuve nc rr rr erro a seca nao reverso,» ZÁS
Exercícios ...
Referências bibliográficas ..cecrsesreruerecensrererssacaseresers 255
Capítulo 10 - Teoria das soluções .
10.1-
10,2-
10.3-
10.4-
10.5-
10.6-
10.7-
-10.8-
10.9-
11.1-
11.2-
Introdução ..cesescenerrerencasaarireacaearsserana casa rericseraso
Composição das SQlUÇÕES ..cersrerrererensanencrarrateasarirastãa
Equações fundamentais .esecenesacarmarercerararesarerasccerisaros
Soluções ideais ...
Soluções reais ...
Soluções regulares
Determinação de atividades ..........
Exemplos numéricos ...eccccceserereserreraos
Exercícios ...creranacsecererecarrerarra crer crase escanear
Referências bibliográficas ...isareeaereccerrereerrrescesresiss 313
TON,
N
Capítulo VA Diagrama energia livre-composição e diagramas de fase de
sistemas binários.
Í
Introdução Cenvasencr rare ce sapeca soca cacravas
ceverersascrariaras SIÍ
Representação gráfica da função AG. Tangentes
NA” de No TO eeracreananiserresasss
curva nos ponentes
cemccrrarreros 315
Energia livre e estabilidade de uma solução ..
Sólido e líquido como estado padrão .....cccmemeeestrraaesiao
ecrerora 3i6
as de fase e curvas de energia livre, atividade-composi
Exemplos IMMÉTICOS «esserenerearerassearasaes
cerarcasasera
Reações envolvendo componentes em soluções
Reações envolvendo componentes em soluções di ão
Solubilidade dos gases nos metais srzscececcoerocerorrosanercerroo 361
Exemplos de aplicação .secsecrtoneneceraarerenaerarmaacaneacanrca 555
Exercícios ..ccsseronssrencaransocencaatacaceracnecnerusearecasias 576
Referências bibliográficas ..cecerensensercarrareneenncara carecia 58
Capítulo 13. -. Fundamentos termodinâmicos da redução dos óxidos metáli
13.1-
13.2-
13,3-
13.4-
13.5-
13.6-
13.7-
cos
383
383
Introdução .ecerecreesesreeaseracaszns
Noção de potencial de oxigênio ..e....e
Diagrama sGxT, ou diagrama de potencia
de Ellingham e,.cecrrecrenenansecenassasacacaons 386
A redução dos Óxidos metálicos ceseemaaeeserarasorencenranniccaro 505
Rofino por exidação seletiva .ssesuzcconcrreceroecararcoorcermroo ANO
Exemplos de aplicação ...cseccenmenearenenancecranenanaccrnacarcaa 413
Exercícios .ecemeneereeeeerarnerenenocenenseranererccarcasierasas 428
crenrreaeros 433
Referências bibliográficas ...ececercrscercrareo
. Capítulo 14 - Fundamentos termodinâmicos da redução dos ôxidos de ferro,
O diagrama oxidação-redução,
14,1- Introdução ..cesancecunasenarsacaooncsccncccecescesenencesceccsvas 454
14.2-
14.3=
14,4-
14.5-
14.6-
14.7-
14,8-
14.9-
O sistema CO ..ccrcereroccenecoraecccarenrcasacerareraanaraaeaca 434
O sistema Fe-O ..cessecererescerenaoserasanananasanantana crraaeas 43
O sistema Fe-C ..sciiceserenaarencanececarierearaseosrercanorrcãs 44
O diagrama oxidação-redução ..
O sistema FomhO ceccsscorreeroecccerassca
O sistema FO-H-C-O «orcreseeenenavonmacenanccánia cerersraanertoso 450
Exemplos de aplicação do diagrama exi 5
EXGICÍCIOS cescecccnaerzaracaneseocaasananaeeaansacccnanaro rece 46]
$
gão-podução .cssseccerares 4
cercacacardesoreca É
Referências bibliográficas ......
eapratasau
Capítulo 15 - Introdução à cinótica das reações metalúrgicas.
15.d-
15.2-
15.3-
Introdução ..cerenarerenrranesnenancnancacicrc dna sars rea sana ren ca
Reações homogêneas e heterogêneas .cacronceneresanoonrazenarecias
Velocidade de reação ..cescecrvorsraarparacerananecezertassesaass
1.2 - PRIMEIRAS DEFINIÇÕES.
Visando padronizar a linguagem atravês da qual a termodinâmica será estuda-
da, deve-se inicialmente estabelecer alguinas definições.
Define-se sistema como sendo a região particular do universo cujo cusporta-
mento deve ser analisado à luz da Termodinâmica; ele se separa do restante
do universo (meio externo) através de uma superfície real ou imaginária que
se denomina fronteira.
. Denomina-se estado termodinâmico ou simplesmente estado à condição particu-
, jar em que se encontra um dado sistema, condição esta que é revelada pelo
conjunto de valores particulares assumidos por variáveis tais como pressão,
volume, densidade, tensão superficial, viscosidade, Índice de refração etc.
Estas variáveis recebem o nome de funções termodinâmicas ou funções de esta
dô, e seus valores são determinados direta ou indiretamente por meio da ex-
periência (isto É, empiricamente).
A noção de estado assim colocada estabelece o início do desenvolvimento da
Termodinâmica Clássica, que se diferencia da Termodinâmica Estatística por
levar em consideração apenas os aspectos macroscópicos do comportamento dos
sistemas e que são revelados experimentalmente. A Termodinâmica Estatística,
por sua vez parte do pressuposto que as configurações microscópicas de um
sistema (micro-estados) se correlacionam com o comportamento macroscópico o
procura estabelecer esta correlação a partir de alguns modelos. Este texto
se restringe apenas à Termodinâmica Clássica. ,
. Diz-se que um sistema sofre uma transformação quando o seu estado termodinã
mico É alterado; denomina-se processo ao modo particular através do qual se
verifica esta alteração.
"Uma idéia central em Termodinâmica é a noção de equilibrio. Qualquer siste-
ma submetido a solicitações externas constantes tende a evoluir espontanea-
mente para um estado Final e bem definido; um vez atingido este estalo, o
sistuma sô pode ter o seu estado alterado por modificução das solicitaç
externas, isto é, por modificação das condições do meio externo ao sistema.
Esta condição final recebe o nome de estado de equilíbrio e apresenta sem-
pre um caráter essencialmente dinâmico.
Pode-se dizer então que odinâmica É
ese d <
erno, at
condições de equilíbrio
são de estal
an
a fronteira € impe sistema «
Por último, quando o s t * quai tro
1.4 - TIPOS DE FUN
As funções termodinâmicas se subdividem em
a) Funções
intens
b
Muitos sistemas fechados c em equilíbrio, têm
va Ij qualquer, determinad
€
bitrariamente:
tra
aa
Para sistemas abertos, contendo n component
rada por trocas de matéria com O meio exterm
modifica para:
tel
se
y
já que sempre is i=n-1
ja a P C. = 100% e portanto Cs 1005- = Cc.
É
As funções extensivas Yj, por sua vez, podem ser expressas por:
Yyj Fm f Cy). para sistemas fechados
“ Yj=m. £ G-1,5€,5€, encera Cio) para sis
abertos
onde m = massa total do sistema.
Às grandezas:
são chamadas específicas.
1.5 - EQUAÇÃO DE ESTADO.
O mais importante conceito em Termodinâmica Clássica é aquele de e
Se fosse possível conhecer as massas, posições e todos os tipos de
to de todas as partículas constituintes de um sistema, disporíamos
junto de dados que serviria para descrever o estado microscônico do
estado meroscopico
que por sua vez determinaria todas as propriedades do sist:
dos conhecimentos detalhados necessários para determinar o estado
co de um sistema, a termodinâmica clássica começa por considerar
dades do sistema que, quando determinadas, determinam o estado ma:
do mesmo; isto É, quando todas as propriedades do sistema estão £
tão o estado macroscópico do sistema estã definido. Poderia parecer
termo:
a finalidade de definir precisamente o estado macroscópic
rmações seria
. un número enorme de 1
ropriedades do sistema deveriam scr conhecidas. Mas
verificou-se que basta a fixaç
es, para que todas
e, quando se cor
de uma subst,
dentre
sos na superficie P-Vor, quais asbe
ura 1.1.
onde a+b ocorre à temperatura constante e b+c.' ocorre a pressão constante.
(V. - V.) = taxa da variação de volume com a pressão &
temperatura constante multiplicada pela variaç
pressão
(Voo Yi) = taxa da variação de volume com a temperatura à pressão
c
constante multiplicada pela variação da temperatura
- (gr
Então
av = (aee G.9
Considere-se o percurso a>d+c
e portanto, de novo
As equações (1.9) e (1.10) são idênticas, e nada mais são do
cação física do que é obtido quando a at .6) É diferenciada em relação a
ret.
Isto é, a diferenciação de
v
“
V(P,D)
= fov av
ae gr ly
O valor da variação de volume de a a c depende pois somente dos valores do
volume em à e c, e é independente do percurso escolhido pelo sistema entre
os estados a e c. Isto é uma conseqllência do fato de que o volume é uma
função de estado ou função termodinâmica, e a equação acima é uma diferenr
cial exata ou uma diferencial perfeita do volume V.
1.7 - TEMPERATURA - PRINCÍPIO ZERO- DA TERMODINÂMICA.
A primeira finção termodinâmica definida empiricamente é a temperatura. Es-
ta grandeza fundamental, que torna a Termodinâmica distinta de outros ramos
da Física, permite definir a Termodinâmica como o ramo da Física que estuda
a dependência entre qualquer propriedade de equilíbrio e a temperatura.
A temperatura é uma característica do sistema que decorre empiricamente da
sensação de quente ou de frio que se experimenta ao tocar um corpo qualquer.
A tarefa da Termodinâmica é analisar esta propriedade, estabelecendo crivé-
rios objetivos para a sua medida.
dois tipos de fronteira: adiabática e diatêmica.
ima fronteira de um sistema Sa inicialmente em equilíbrio é adi,
estado deste sistema não é alterado pela simples aproximação de um outro 5
tema Sp “O sistema Sa sô pode ter o seu estado alterado por movimentação da
fronteira (expansão ou compressão) ou pela ação de forças de campo.
Quando a simples aproximação de algum sistema Sa 1
ção em Sp a parede & dita diatêrmica.
Dois sitemas Se Sa estarão em contato térmico se estiverem em contato
sico direto ou separados por uma fronteira diatérmica.
De
Por outro lado, dois sistemas Sa e Sg estarão em cu uilíbrio, cmico se, uma
voz postos em contato térmico, os seus estados termodinâmicos permanecerem
inuúlterados. .
O Princípio Zero da Termodinâmica estabelece que:
Se, de três sistemas S,, Sp € Ses 8, € Sp estiverem separadamente em equili-
brio térmico com Sç, então S, € Sp estarão em equilíbrio térmico entre si.
Considere-se dois sistemas S, € Sp constituídos por dois corpos: cujos estar
dos sejam determinados pelo par de valores pressão e volume, e que estejam en
equilíbrio entre si. Se £or retirado o sistema S A da presença de Sa verifica-
-se experimentalmente que sempre é possível rearranjar os valores da pressão
e volume de S A de tal modo que, voltando a colocâ-lo em contato têrmico: .com
S., subsista a condição de equilíbrio térmico.
3º
Os estados Prova) e PPA) do sistema Sa apresentam uma propriedade comum,
que é ressaltada considerando não dois estados de um mesmo sistema, mas um is
tema Sa, € sua réplica perfeita Sj: pela aplicação do princípio zero, se SA €
EN estão separadamente em equilíbrio têrmico com Sp, então estarão em equili-
vrio têmico entre si se forem colocados em contato térmico entre si. Existe
então uma função f tal que
£ (Pa) = f PV) = constante. (1,11)
que se denomina temperatura empírica: a função £ se denomina isoterma e O sis
tema Sg termômetro, figura 1.2
Ve
VOLUME VOLUME
Figura 1.2
O valor 6 dessa constante, também pode ser determinado para o sistema Sp de
terminando a função F Po Vg) em relação a Sa
p Ps
dP= = e dV + Tr dr
Pa
P a T
imP + InV = InT + al
oudu 1 É à constante de integração.
Portanto:
PV =TI G.15)
se a massa do gás considerado & uta molêcula-grama, 1 é imiversalmente desig
nado por R a constante dos gases perfeitos, e, resulta a seguinte equação dos
gases ideais:
PV=RT (1.16)
Avogrado observou em ; 1811 que volumes iguais de gases diferentes contêm o
mesmo número de moléculas sob condições determinadas de temperatura e pressão.
Logo a constante R tem o mesmo valor, independente da natureza do gás. Desde
que à temperatura e pressão constantes o volume é proporcional à quantidade de
gás em consideração, a equação assume a forma geral
Pv = nRT (1.17)
onde n é o nimero de moles.
Desde que 1 mol de gãs ideal a 0Ce 1 atmosfera de pressão ocupa o volume de
22.414 litros, vê-se que
PV 1x 22,414
R=7" Tx 275,16
0,082055
». atm. por ok, por mol ou
= 0,082055 1t. atm. 0,1 mol.)
O vaior de R, depende das unidades usadas e, é preciso sempre certificar-se
de que se estã utilizando o valor adequado para R.
Vorificou-se experimentaimente que. Os gases reais se afastam mais ou menos
do comportamento ideal, dependendo da natureza de cada gás, a pressões ele-
vadas e baixas temperaturas. Em muitas operações metalúrgicas, envolvendo ga
ses à pressão próxima de uma atmosfera e temperaturas elevadas, a equação
dos gases ideais & perfeitamente aplicável. Por este motivo, nas aplicações
em engenharia metalúrgica se emprega sistematicamente a equação dos gases
ideais. O leitor interessado nas várias equações propostas para os gases
reais deve consuitar qualquer livro de engenharia química.
1.8.1 - Misturas gasosas,
Nuina mistura de gases ideais, cada gás se comporta independentemente dos ou
tros. Pressão parciai do gás 6 a pressão que o gás exerceria se ocupasse so
zinho todo u volume.
Então:
PV nro (1.18)
A pressão total é
PeP+P,4P, tos P (1.19)
PV = a; FM + rent no) RT : (1.20)
Combinando as equações (1.18) é (1.20):
n,P
h.
A fração = & denominada "fração molar" do constituinte i,e,éa relação
do nímero de moles do constituinte i para o nímero total de moles de qualquer
mistura, sólida, líquida ou gasossa, É representada pelo símbolo N;.
[
A
!
Fração molar
Logo:
P;=N.P (1.21)
i i
1.8.2 - Densidade dos gases.
Como a densidade dos gases é um parâmetro importante no dimensionamento das
máquinas soprantes utilizadas nos reatores metalúrgicos, expõe-se a seguir
o método de cálculo desta densidade. Consideré-se inicialmente um gas puro.
Sendo .
5 = + (1.22)
e PV =nRT = YR (1.23)
resulta
6 = E (1.24)
Para uma mistura gasosa, tem-se:
PiMi .25
= (1.25)
e 6 = E; (1.26)
i
1.9 - TRABALHO
À noção de trabalho é estabelecida em mecânica, como resultado do produto de
uma força por um deslocamento; uma quantidade infinitesimal ôw de trabalho
sempre pode ser expressa por
Sw = ydx
onde y e x são as forças e deslocamentos generalizados.
À utilização do símbolo 6 se deve ao fato de Sw não se constituir numa di-
ferencial exata, isto é, da integral
cfr
depender do caminho €C, conforme se pode verificar pela Figura 1.3.
lixemplos:
a) O trabalho de expansão ou de compressão é dado por
= (1.29)
ôw = Poxt
vel, o meio extemo tambêm retoma a seu estado primitivo, não ficando no lá
verso nenhum vestígio de que o ciclo foi realizado.
11 — EXEMPLOS Ntiã;
Eid
1.1- Uma quantidade de 36,45 coulombs de elotricidade se escoa através de um
condutor sob a diferença de potencial de 3,106 volts. Calcule O trabalho fei
to em joules internacional cv em ergs.
Solução.
O trabalho elétrico feito, é igual ao produto da quantidade de eletricidade
pela diferença de potencial aplicada. Sendo a primeira dada em coulombs int.,
e a segunda em volts int. o resultado serã em joules int. Então:
W= 36,25 x 3,106 = 112,59 joules int.
O joule int. é igual a 1,0002 jouies abs., e portanto a 10” x 1,0002 ergs.de
modo que
W = 12,815 x 10 ergs.
1.2 - Uma substância se expande por um litro contra uma pressão constante de
t atm. Calcule o trabalho feito (a) em litro.atm, (b) em ergs,(c) em joules
int. e (d) em calorias.
Solução.
a) Sendo P = 1 atme AV = 1 litro, o trabalho de expansão & 1 litro.atm.
n) Para se obter o valor em ergs, a pressão deve ser expressa em dinesem? e
o volume em mê, de modo que o produto & em dines.cm.i.&. ergs. A pres-
são de latm é equivalente a exatamente 76cm de mercúrio, cuja densidade é
13,595 a 6ºC; logo
16 .000x15,595x980,66 dines cn?
1,0132x10º dines.em?
u
1 atm
1
onde o fator 980,66 cm. seg”? & a aceleração devida à gravidade, no nível
do mar e na latitude de 45º.
O trabalho de expansão. dado pelo produto PAV, será pois
«18.
= 1,0132x10º x 10º
1,0132x10º ergs.
=
'
c) O joule int. é igual a 1,0002 joules absolutos , e portanto iguala 1,0002
x 107 ergs,
Resulta que 1,0132x10º ergs é equivalente a
1.0131x102 joules int.
d) A caloria definida é igual à 4,1833 joules int., de modo que o trabalho
de expansão é 1,0131xi0O ZA, 1833
24,218 calorias.
Resumindo: 1 litro.atm = 1,0132x100ergs =
= 1,013] joules int. = 24,218 cal.
1.3 - A pressão sobre 100 g de prata é aumentada isotérmica e quase estatica
mente de O a 400 atm. Calcule o trabalho de compressão em joules int. Dados:
Densidade da prata 10,5g.en”?
Coeficiente de compressibilidade:
1 av
8B=-— (GB) 9,9x107 "eeg/e 3
Solução:
E = 9,9x107 (kg/en?) 1 = 9,57x1077 arm!
Sendo B== + (8) » resulta
. Tt
dv -7 100 -6 -l
dp so Bv = - 9,57x10 10,5 — -9,14x10 CC.atm
v = - 9,134x10 É ap
v, Pp
W fe = ounngaçtó [ pap
Bos 2 ?
- 0,7291 CC.atm.
=
“
Sendo 1 lt.atm = 1,0131 joules inte, W = - 0,7387 joules.
=... 90%
1.4 - À solubilidadç do nitrogênio gasoso no ferro liquido é 0,046% em |
a 1540ºC. Calcule os volumes dissolvidos em 1,0 kg de ferro metálico a
ea as,
solução.
py = nRT
n = 2308 « 0,0014 moles/100g = 0,014 moles/kg E
voo a DaOIA x 0,082 x 1813
io ST Io
Visao E 205 dt
Vo = 031 1t
1.5 - Aquitindo-se que o ar sêco contenha 79% de N, e 21% de 0, (em volume),
calcule a densidade do ar úmido a 25ºC e 1 atm, quando a unidade relativa E
60%. A pressão de vapor dágua a 25ºC é 23,76 nau fig.
no iução:
P= Po; + Pxg" Pro = 760 mm
Pon = 23,76x0,6 = 14,25 mm = 0,019 atm
H,0
Po, * Pxp 7 760 = 14,25 = 745,75 mm lig
Px = 0,79x 745,75 = 589,15 mm Hg = 0,775 atm
Po, = 0,205 atm
2
Do = MP
A RT
, 18x0,019 001
emo = ousmiss 05014 8/1
pus 28x 0,775
xp O topo E Tom E 0.888 8/1
«22,
1.2 - Qual o aumento de pressão necessário para fazer um bloco de magnésio
conservar seu volune original enquanto É aquecido de O a 50%? Dados:
a'= 2541078 ecl
8 = 27,5x107 atm + 3a
sendo a! o coeficiente de dilatação linear (a = 38")
Lã
e = Grp
efocoeficiente de compressibilidade, igual a
LM
8=- Cor
Resposta: + 1389 atm
1.3 - Um tubo capilar é cheio de mercúrio a 0º e então aquecido a 10ºC. Su
pondo que seu volume permaneça constante, calcule a pressão resultante no
capilar. Para o Hg:
Sercl 7 1
o = 18x10 “Cl, e 8 =37x10 am.
Resposta: - 486,5 atm.
1.4 - Um resistência de 10 ohms estã ligada a uma linha de corrente contínua
com 110 volts durante duas horas. Quantas calorias são liberadas?
é cal.
Resposta: -2,08x10
1.5 - Uma instalação de laboratório para o refino de cobre consiste de 4 cê
lulas eletrolíticas em série. Após 7,33 horas, com uma corrente de 34,2 am-
peres, o acrêscimo no peso do catodo foi de 1089 gramas. Qual é a eficiência
do processo?
Cuservação: 96500 coulombs de eletricidade liberarão 63,57/2=31,785 g de cobre .
Resposta: & 91,6%
à - Quantos kwh são necessários para 0 refino eletrolítico de uma toneladz
cobre, sc a voltagem É 0,4 volts, e na hipótese de 100% de eficiência.Quan-
.23.
tas calorias são Jibcravas?
113
Resposta: - 337,33 kwh, 2,9x10” kcal.
1.7 - Calcule a densidade do gãs Ur; ai atm e no seu ponto de ebulição,
9
56 €.
Resposta:- p= 13,04 Em
1.8 - Quais as massas de H, 3, e N que existem em 10 litros de uma mistu-
ra gasosa medidos a 18ºC e 750mm Hg e cuja composição volumétrica & 103 de
Ho, 15% de 0, e 75% de N,?
Resposta: - “o = 0,0827g, "o, = 1,984g "y, = 8,673g.
1.9 - A relação entre pressão, volume e temperatura de um mol de 5, gasoso,
pode ser expressa pela equação
RT
P= ts
onde b é uma constante.
a) Calcule
2) v
(7 Te (
b) Diferenciando a primeira em relação a Pea segunda em relação
a T, demonstre que
T
W) LR MR.
Resposta a) Gr > Do (E 71
2.10 - im bulbo de vidro no qual se faz o vácuo pesa 37,9365 g. Cheio de
er seco a 1'atm de pressão e a 25%, pesa 38,07539 g. Cheio de uma mistura é
metano (CHy) e etano (CH), pesa 38,0347 g. Calcule a porcentagem volumétri
ca de metano na mistura gasosa.
Resposta: - RGiy= 66,24
«24,
1.11 - À composição do ar seco 6: N, - 75,584, 0, - 23,08% argonio - 1,284,
o, - 0,063, porcentagem em peso, com traços desprezíveis de outros gases.
Calcule a pressão parcial de cada um desses gases no ar, para uma pressão to
tal de 1 atm.
Resposta: PN, = 0,7823 atm, Po; = 0,209 atm, = 0,0004 atm,
Parg
= 0,0084 atm.
2
1.12 - Calcule a densidade do seguinte gás a 177ºC: N, 504, co, 30% e CO 204,
porcentagem volumétrica, numa pressão total de 1,3 atm.
Po
Resposta: P = 1,1552 8/1
1.13 - Deduza uma equação para o coeficiente de dilatação têmica de um gãs
que segue a equação de Van der Waals. A equação de Van der Waals &
(PAGO W-b=RT .
onde a eb são constantes.
-1
2ab
Resposta: a(ew- + + z
ta Cu base do conceito de "equivalente mecânico do calor", isto é, uma
!
relação constante c definida entre o número de ergs de trabalho mecânico fei
toco número de calorias produzidas pela conversão deste trabalho em calor.
. qu . o -
De acordo com as mais recentes experiencias, uma caloria standard (15 C) é
equivalente a 4,1858 joules absolutos de trabalho, ou seja, 4
internacional. É mais frequente contudo, conforme já menciona
da caloria definida, igual a 4,1833 jcules internacional, e at
quantidades térmicas são usualmente determinadas pela comparação com o ca-
lor produzido pelo trabalho elétrico.
2.3 - ENERGIA INTERNA E À PRIMBIRA LEI DA TERMODINÂMICA.
As experiências de Joule conduziram à formulação preliminar da Primeira Lei
da Termodinâmica: “Se o estado de um sistema contido em fronteiras adiabáti
cas é alterado pela realização de trabalho, a quantidade de trabalho envol-
vida depende somente dos estados inicial e final do sistema e não do proces
so particular mediante o qual o trabalho é introduzido ou retirado". En DAT,
Hi. Von Helmholtz mostrou que os sucessivos fracassos para se conseguir o
“moto perpétuo de primeira espécie” (isto é, a produção de encrgia de um ti
po particular sem o desaparecimento de uma quantidade equivalente de ener -
gia sob outra forma), e a equivalência mecânica do calor eram aspectos de
ampla generalização que se tornou conhecida como Lei da Conservação da Ener
sia, ou Primeira Lei da Termodinâmica. Esta lei diz simplesmente o seguinte:
“qualquer porção ou quantidade de energia pode mudar de forma, porêm nunca
aumenta cu diminue"
Tendo vista a formilação preliminar da Primeira Lei, é necessário cefinir
uma função que dependa sorente do estado do sistema. Tal função é a energia
interna U. A energia interna U pode ser comparada com a energia potencial ce
- Um corpo no campo gravitacional. Quando un corpo de massa m é elevado en um
campo gravitacional da altura hj para a altura hz , o trabalho W feito sobre
o corpo é dado por
W = força x distância
= mg, - mgh,
= energia potencial na posição h, menos energia potencii
na posição hy.
Como a energia potencial do corpo de massa dada m depende somente da posição
“o mesmo no campo gravitacional, vê-se que o trabalho feito sobre o corpo de
ie somente das posições inicial e final, e independe do percurso efetuado
per
peio corpo entre as duas posições, isto &, entre os dois estados. Analogamen
te, quando uma partícula carregada de carga 2 é deslocada em um campo elêtri
co do potencial E, para o potencial E,, O trabalho feito sobre a partícula É
dadu por
W=2Z (E,-Ey)
ZE, - ZE
2 1
= energia elétrica no ponto 2 menos energia elétri-
no ponto 1.
De novo, o trabalho feito sobre o corpo é a diferença entre os valores dewma
função do estado de um corpo, e independente do percurso efetuado pelo cor-
po entre os estados.
No caso de sistemas de energia cinética e potencial constantes, contidos em
fronteiras adiabáticas, a função pertinente que descreve o estado do siste-
ma, ou a variação de estados do mesmo, é a energia intema U. Assim, o traba
lho feito sobre ou pelo sistema contido em frônteiras adiabáticas, É igual à
variação da energia intema do sistema, isto &, & igual à diferença entre o
valor de U no estado final e o valor no estado inicial do sistema, Viu-se que
por convenção, trabalho feito sobre o sistema é negativo, e trabalho feito
pelo sistema é positivo. Logo, quando o sistema se desloca do estado A para
o estado B como consegliência de um trabalho adiabático executado sobre 6 mes
no,
W=- (WU -U)
Se trabalho W é executado sobre o corpo, então Ur > Uy e se o sistema execu
ta «-abalho, então Us <U,.
Nas experiências de Joule, a mudança no estado do sistema contido em frontci
a
ras adia: icas, foi medida atravês da elevação de temperatura da àgua. Esta
mesma variação de teme ma, 2 portunto a mesma mudança de estado poderia
CORRETO
ter sido produzida mediante o co da água com uma fonte de ca
.29.
lot, e permitindo o escoamento da quantidade de calor q para à água. Na des
crição de transformações têmicas, por convenção, associa-se um sinal negati
vo para o calor que se transfere do corpo para o meio externo (un processo
exotêrmico), e o sinal positivo quando o calor & transferido do meio exter-
no para o sistema (um processo endotêrmico). Logo,
1 4"
q= (Us
B
Então, quando calor & fornecido ao sistema, q é uma quantidade positiva e
Us : enquanto que se calor & transferido do sistema para o exterior,
Ss
Uj< U
e q seria una quantidade negativa.
Considere-se agora a variação na energia interna de um sistema que, simulta-
ncamente executa trabalho e absorve calor. Considere-se um sistema, inicial-
mente no estado A, que executa O trabalho W, ebsorve O calor q, e em conse -
quência se desloca para o estado B. Seja q O calor absorvido do reservatório
de calor colocado em contacto têrmico com o sistema. Como um resultado do es,
coamento de calor da fonte térmica, o reservatório de calor muda do estado A!
pura o estado B' . Então, como o reservatório perdeu calor,
-q = (Us Up)
Se o sistema e o reservatório de calor forem considerados como um sistema ú=
nico, adiabaticamente isolado, êntão o trabalho feito pelo sistema combinado,
é igual à variação de energia intemma do mesmo, 1.8,
Porêm, como
W=- [Us - Up) -a]
e vortanto para um sistema que executou o trabalho W, absorveu calor'q, e asm
sim procedendo se deslocou do estado A para O estado B, a relação entre calor,
<rabalho e a variação de energia intema é dada por
(U -UD=a-R (2.3)
32.
te (processos isobáricos); a temperatura é mantida constante (processos iso-
têrmicos), e os processos adiabáticos nos quais q = 0.
2.4 - PROCESSOS A VOLUME CONSTANTE.
O termo 8W da Eq. (2.2) pode ser decomposto em duas parcelas: o trabalho fei-
to contra uma pressão externa, Pagto e todas as outras formas de trabalho,
SW.
Isto €
Wa Po AV ONO (2.3)
Resulta:
u
- du
sq - Pre AV = SW! (2.4)
Em muitos casos o sistema realiza apenas trabalho contra uma pressão externa,
e à não ser que seja estabelecido o contrário, 8W' = 0. Então
aU =sg- Pç : | (2.5)
Se o volume de um sistema é mantido constante durante um processo, então o
sistema não executa trabalho ( PdV = 0) resultando da Primeira Lei ,Eq. (2.2)
dU = q, (2.6)
onde o Índice V indica volume constante. A integração da Eq.(2.6) dã
au = q; (2.0)
para tal processo, que indica que o calor absorvido ou desprendido pelo sis-
- tema durante este processo, iguala, respectivamente o acrescimo ou o decrôs-
cimo na energia interna do sistema.
2.5 - PROCESSOS À PRESSÃO CONSTANTE E A ENTALPIA H.
Salvo menção em contrário, as considerações a seguir se referem sempre a pro
cessos reversíveis. Neste caso, como vimos, (1.10) são excluídos quaisquer
parâmetros do meio extemo, e a pressão a considerar é a própria pressão do
sistema e não a pressão externa.
Se a pressão é mantida constante duxante um processo no qual o sistema evolue
cap F
do estado 1 ao estado 2, então o trabalho feito pelo sistema É dado por
2 2
W - [Pav = P fav- PY)
1 1
e resulta da Primeira Lei
m- = —Yy Z
L -U % PY) (2.8)
onge o índice P indicã pressão constante. Reagrupando,
(4, + PY) - (U, + PV) = % (2.9)
Como a expressão U + PV contém somente funções termodinômicas, segue-se que
esta quantidade, tal como a energia interna U, depende apenas do estado tor-
modinômico do sistema, e não de sua história. A propriedade extensiva, função
termodinâmica U + PV foi denominada entalpia símbolo H. Então, por definição
H=U + PV - (2.10)
Logo, para um processo à pressão constante,
, / TON
Ho - = = ' 1
H, H AH % , (2.17)
Então, a variação da entalpia durante um processo à pressão constante, simples
mente iguala o calor absorvido ou desprendido pelo sistema durante o processo.
Diferenciando a Eq. (2.10)
SH = dU + PdV + VaP (2.12)
2.6 — CAPACIDADE TERMICA.
“Antes de discutir os processos isotêmico e adisbático, é conveniente introdu-
zir o conceito de capacidade têrmica. A capacidade térmica c de um sistema É
a relação do calor absorvido ou desprendido pelo sistema para a variação de
temperatura do mesmo, Então
34.
ou, para uma variação de temperatura infinitamente pequena
eg
O conceito de capacidade térmica somente & usado quando à adição ouodes
brendimento de calor do sistema produz uma variação de temperatura; o concei
to não pode ser usado quando uma transformação de fase é envolvida. Por exem
Plo, se o sistema é uma mistura de gelo e vapor a 1 atm de pressão e 0ºC, en
tão a adição de calor, simplesmente funde parte do gelo, e nenhuma variação
de temperatura resulta. Em tal caso, a capacidade térmica, tal como definida,
seria infinita.
Note-se que se o sistema estã no estado-1 e a admissão de certa quantidade de
calor eleva sua temperatura de z a L, então o conhecimento da temperatura
final T & insuficiente para determinar o estado final do sistema. Sendo ne
cessário fixar duas variáveis independentes para definir o estado de um si iste
ma, É preciso fixar o valor de outra variável além da temperatura. Esta se-
gunda variável independente pode ser alterada Segundo um modo especificado ,ou
pode ser mantida constante durante a transformação. Esta última possibilidade
é mais prática, de modo que. a adição de calor para o sistema é normalmente cn
siderada à pressão 'constante ou a volume constante. Neste caso, o percurso do
“processo é e especificado, eo estado final do sistema & conhecido.
Então, podemos definir a capacidade têrmica a volume constante Cy ea capaci
dade témica a pressão constante c
P
SE (my
Cp * (Hp
Então, resulta das equações (2.6) e (2.11)
ye (5, = En ou dU = cydr (2.13)
Cp = (8), = (mp ou di = cydT (2.14)
A capacidade térmica & uma propriedade extensiva, pois depende do tamanho do
Entretanto, se
então, da Eq. (2.16),
av
Gr ly> Pt
e como para um mol de gãs ideal, PV = RF, resulta
C- a R xPs=R (2.18)
pos
A razão para Joule não ter observado elevação de temperatura na experiência
original foi a capacidade têrmica dos recipientes e da água muito superior à
do gãs; então pequenas variações térmicas que ocorressem no gãs, seriam axsor
vidas pelos recipientes de cobre e pela água. Este decrêscimo de temperatura
era inferior aos limites dos instrumêntos de medição de temperatura então dis
poníveis.
Na Eq. (2.16) o termo
av
(gr
representa o trabalho feito pelo sitema por grau de elevação na temperatura,
na expansão contra a pressão extema P atuando sobre o sistemã. O outro ter-
mo da Eg. (2.16)
(ir (re
resenta o trabalho feito por grau de elevação de temperatura na expansão
contra as forças internas de coesão entre as partículas constituintes do sis
toma. Como o gás ideal foi definido como consistindo de partículas entre as
quais não existe nenhuma interação, nenhum trabalho é feito contra as forças
internas de coesão. Então, para um gás ideal o termo acima, e portanto o ter
mo
su) =
(7
é igual a zero. Ou seja, para um gás ideal, a energia intema é função apenas
da temperatura.
Nos gasés reais, a contribuição da pressão intema É consideraveimente menor
.38,
do que a da pressão externa; mas nos sólidos e líquidos, nos quais as for-
ças interatômicas são consideráveis, O trabaiho feito na expansão do siste-
Fa contra a pressão externa, E insignificante em comparação com o trabalho
feito contra a pressão interna. Então, para sólidos e líquidos o termo
tur
é muito grande,
Serã demonstrado mais tarde, que a entalpia de um pás Jdcal 6 função Lumtn-
dh «
aP'T 1
gases ideais moncatômicos, Cy = 3 calmo leg » aproximadamente conste tie
Tt,
te da terperatura, i. ê., G =0. E conveniente observar ainda que, para
. com a temperatura, e para gases ideais di-atômicos, € 5 cal.mol
'SS0S ISOTÉRMICOS REVERSTVEIS.
Da Primeira Lei
dU =5q - 6W
e como dT = 0 (processo isotérmico), então, nara um ideal, dU = 0, Por-
tanto
6W = dq = PdV = RTdV/V por mól de gás ideal.
integrando entre os estados 1 e 2, resulta
PEN
W=Q=1 tiro) « ario!) (2.19)
ntão, para us gás ideal, un processo isotêr
|
so do energia in |
:
Ê
terna constante, durante o qual o trabalho fei
istema iguala o calor
absorvico pelo sistema, sendo ambos dados pela Eg. (2.19).
exemplo de apiicação & no cáleulo do trabalho executado Gurante a vapo
especificada, mantida constante durante o processo. Sendo P
o
rização isotêrmica de um líquido, onde Pêa pressão do varor à temperatura
c
te, resul
W= PAy e POW - vp
Ui iuto notável relacionado com a expânsão reversível & que 0 trabalho Seito
tm
9.
pelo sistema é o máximo que se pode ovter para.0 aumento de volume dado. Con
ar
te menor do que a pressão do gãs, o trabalho feito pelo gãs em expansão,
o
efeito, se a pressão externa fosse muito menor, ao invéz de infinite
8W = Paxt dV, seria menor do que o produto PdV, onde Péa pressão do siste-
ma. O único meio possível de aumentar 0 trabalho seria fazer a pressão iguai
ou maior do que a pressão do gás. Mas, neste caso, o trabalho de expansão se
ria impossível. Conclui-se portanto que o trabalho da expansão reversível &
imo trabalho que pode ser obtido para a variação dada no estado termodi
nâmico.
2.8 - PROCESSOS ADIABÁTICOS REVERSÍVEIS.
N
um sitena consistindo de un mol de gãs ideal. Da Eq. (2.13).
processo adiabático q = 0, e então, da Primeira Lei, dU=- 4H, Considere-se
dU = Cdr
SW = =- Car. CeW=- Gl, . (2,20)
Coro o sistema é un mol de gãs ideal, P = R7/V, e portanto
em : RTEV
Cdr = - Pav o SSL
Integrando entre os estados 1 e 2
cado e am ) ' (2.21)
Y
Beam
RG,
(68) = (qu)
Sendo Cy/Cy = yo tendo en vista a Ia. (2.17), Cpo Qy=R, resulta
Ou
R
—- = y el
4
To= 472 K
W=-AU= "Cl - Ton = - 30011 kcai
W=- 30011 kcal.
2.2 - Deduza uma expressão do trabalho da adiabática em função do volue
inicial e final.
Solução: Considere-se um moi de gás ideal.
W= GT)
Ty OD. constante
V-D. (y -:1)
Ty, = Tv,
- A
Te e
v. jo
2
2.3 - Dez litros de um gás ideal monoatômico.a 25ºC s 10 atm são expandi-
dos para uma pressão final de-1 atm. O calor específico molar do gãs mono,
atômico a volume constante, Cy eigual a 3R/2 6. é independente da tempera
tura. Calcule'o trabalho feito, o'cálor absorvido, e & variação em Uek
para O gãs, se.o processo for conduzido (a). -isotefmica e reversivelmente ,
e o adiabatica 'e reversivelmente. Tendo determinado: o estado final do gãs
vos à expansão adiabátita, certifique-se de que a variação em U para o pro
cesso é independente do Percurso seguido entre os estados ascial e final ,
considerando a trans formação efetuada segundo
i-um processo isotêrmico seguido por um processo isométrico,
ii - um processo isométrico seguido por um processo isotéêrmico,
iii'- um processo 'isotêrmico seguido por um processo isobárico,
iyv. processo 'isométrico seguido por. um processo isobárico,
v- ut Precesso iscbárico seguido Por tm processo isom
xempio extraído de Gaskell (2).
& Ponto representativo do estado inicial do sistema,
ISOTÉRMICA
i esa ISoTÉRMICA 191
Í a 1 g
Wimmenal
N
É '
| ISoTÉRMICA o
“SA, q
2. N
2 q
5 | x
&ú á "
É isorémica
VOLUME —— sm
Figura 2. 2
O tamanho do sistema deve ser inicialmente calculado.
PV=nRT ne Pv =30x10/0,08205x298-4,99 moles.
=
a)
Expansão :isotêrmica e reversível. O estado
”
do gês se desloca do
ao longo da isotêrmica 298, Com
duto Pv & constante,
& o ponto b O, em qualquer iset
v = PaVa = terão
b E = 100 litros.
Para um gãs ideal num processo isotêrmico, 4U = 0, e portanto, da Primeira
Lei,
b b .S
q=W= /Pay =nrr/av = kr 5576,4 cal
a ay
intao, quando o gás evolui do estado a ao esto segm isotérmica de
298K, o sistema executa 5576,4 calorias de t e absorve 5576,4 cato-
.44,
rias do meio extemo que se mantém à temperatura constante.
Como para um gãs ideal H é função somente da temperatura, então a 4H (ab)
=0, isto é,
. = - = Pp
ras) * Uasb) * Cop o Pav) = Ch o Palo)
nRL,
-nRI, = nRI(, = T)=0.
b) Expansão adiabática e reversível. Se a expansão adiabática é efetuada
reversivelmente, então a equação PV" = constante é válida, e o estado
final é o ponto € no diagrama da Figura 2.2. O volume Ve é obtido de
Y = Y:
Pa PY :
Ve = 40 litros
A temperatura Eua pode ser obtida da equação
y-1
T (5) Y :
Cia Cc :
T Pai
Resulta : E = 119%.
O ponto c estã então situado na isotêrmica de 119%K: Como o processo
é adiabâtiço, q = O, e portanto
AU (a0c) ="W= ne) = 4,09x1,5xR(119-298)
*- 2182 cal
G trabalho feito em decorrência do processo, & igual ao decréscimo de
energia intema do sistema,
(i)- Um processo isotêrmico seguido por um processo isométrico.Cor-
responde ao trajeto a-ésc na figura 2.2, de a à g isotérmico, c de e a
e isométrico.
MU are) = O (isotêrmico)
A =4 - - o 1
Ucang) * 4+09X2,5x1,987(1191-298)- 10(40-10)24,2
= 18143 - 7263 = 10880 cal
ge) Tay T POylTç = To) = - 15067 cat
Então
AU = A + =» 2187 1
(ave) * MU asg) * AUçgaç)? — 2187 ca
O valor de BU asc) é então independente do percurso escolhido pelo sis
tema entre ae EC ”
Em cada um dos trajetos (i) a (v) o calor e o trabalho são diferentes ,
contudo em cada caso, a diferença q-W & igual a 2183 calorias. Se os pro
cessos (i) a (v) são efetuados reversivelmente, entao
em (1) q = 2183 + ârea aeih
em (ii) q = - 2183 + área deih
em (iii) q =- 2183 + rea abjh - área cbji
em (iv) q = - 2183 + ârea fcih
em (v) q.=- 2183 + área agih
EXERCÍCIOS
-.1 - Mostre que o trabalho molar da expansão isotêrmica de um gás que segue
- couação de Van der Waals é dado pela expressão
= Vo-b a .a
W Rin vês + TT
- Um mol de um gás diatômico é comprimido reversível e adiabaticamente
ic il atme 27ºC a 10 atm. Calcule:
a) A elevação de temperatura.
b) O volume final.
c) O trabalho de compressão,
“Resp. a) To = 580%; b) V, = 4,76. 1:
|
2.3“ Em mol de um gás ideal monoat:
Cialmente a
+ = ÁTK e P = 5 atm, c ocupa um volumo V,. O estudo final do
i
do por uma próssio » = 2 atm, tm ito E & um volumo Vc À
pansão É feita pelos sepuintos processos
a) Isotermicemente, contra uma pressão externa P = 2 atm,
ext
b) Isctermicamente, contra uma pressão externa nula.
c) Isotermica e reversivelmento,
dj Adiabática e reversivo
Calculo para cada caso:
i
itens 7a € q Ta) Í AHi(cal) !
fa [15,5] 375 0 |
t
Db iIs,3) 373 9
c [353 375 (.300 309 0 6
id jl3,05/ 518 1 0 | 165 -165 =275
2.4 - Um mol de oxigênio se expande adiabati.
externa de 1 atm até que a pressão interna
litenção: o processo não & reversível
Calcule o trabalho executado pelo si
“Resp. W= 323 cal
Una tonclada de ar a 25% & comprimida isote ermicamente de 1 a 2 atm.
E
2.5 -
necessário.
2.6 - Uma quantidade de um pãs
atm e 100ºX. O gãs se
xpande a
à) Uma expansão isotêrmica é 'reversivel.
Db) Uma expansão adiabática e reversível.
Calcule para cada caso, Vos q W, AU Am.
esp. a) V, = 100 litros; W= 23,34 kilojoules; q=23,74 kilcjoules;
SU = 0; ati= 0.
b) Va, = 30,82 litros; W= 9
1à5 kilojoules; qu0;
AU «- 9,15 kijojoules; AH = =15,25 kilojoules.
2.7 - Um sistema consiste de 10 gramas de N, a 9Celaim. Quando 454 calo
rias
us são fornecidas ao sistema à pressão constante, O sistema executa
r
Y3,6 calorias de trabalho. Calcule (a) o estado inicial; &) o estado Li-
núis c) AU e Al para o processo, e(d) E e Cp-
Resp.
8 litros; T= 275ºK.(b) P-1 atm; V=ló 1i
) AU= 192,6 cal, AH = 484 cal. (0)
- a .O- -1
dticosa 978 cai.%G] mor h.
Pp
--à — Deduzir a expressão
[au fa
QU) a -p(Zl
SP Gr Pia),
D) Mostre que para um gãs ideal,
; (ay)
(E) =0 e o) -o
aa
>
- vemonstrar que
52.
guintes mudanças de estado termodinâmico, todas à pressão constante.
a) Variações de temperatura nas substâncias puras.
b) Mudanças no estado físico das substâncias puras (inclusive trans
foimações alotrópicas).
c) Reações químicas.
Será estudada em outro capítulo a variação da entalpia na formação das
soluções.
3.2 - REPRESENTAÇÃO EMPÍRICA DA CAPACIDADE TÉRMICA.
A capacidade têrmica molar de wa substância varia com a temperatura.Es-
ta variação é medida experimentalmente c normalmente se ajusta à uma ex-
pressão da fonna
Cras zr-cr? (3.6)
Note-se que esta expressão analítica somente se aplica no intervalo de
temperatura no qual os valores de Cp foram medidos.
Às equações de Cp e os respectivos intervalos de temperatura, para as
principais substâncias de interesse em metalurgia extr. ativa, se encont rum
listados nas tabelas termoquímicas.
3.3 - CALOR DE TRANSFORMAÇÃO DE FASE.
Duas fases de uma substância pura ou elemento puro (estados físicos, for
mas alotrópicas, etc), podem coexistir em equilíbrio a 1 atm de pressão
em temperaturas denominadas pontos normais de transformação. Assim, Fe, )
e Fe, 1) podem coexistir em equilíbrio a 1 atm de pressão e a 910%. A
transformação
Fo) * Peg)
realizada nesta temperatura e nesta pressão, é acompanhada por wa va-
viação de entalpia que É denominada calor de transformação, e €& indica-
do por Mi = entalpia de 1 átomo-prama de Foç (q) à 910ºC e 1 atm - ental,
tia de 1 átono-grana de Po, q? 910% e 1 atm.
53,
Portanto:
“Calor de transformação é a variação de entaipia que acompanha
umá transformação de fase de 1 mol do substância (ou 1 áremo-
grama de elemento), a 1 atm de pressão no seu ponto normal de
transformação".
Isto significa que una transformação de fase qualquer sempre exige, pa-
ra à sua realização, de um absorção ou de uma Tiberação de calor.
Uia transformação sólido-líquido, tem e seu calor de transformação des ig
nado por Ali, c denominado calor de Tusão, ao passo que na transformação
F tator de itisao P ç
liquido-vapor cle é designado por am, e chamido calor de vaporização ou
de ebulição ,
Às tabelas termoquímicas indicam as temperaturas de transformação de fa-
Se, e Os respectivos calores de transformação para as principais substân
Cias de interesse em metalurgia extrativa. É de se notar que as entalp
de transformação de fase que se encontram nestas tabeias, são válidas pa
ra a temperatura de transformação de fase, nelas indicadas. Serã visto
mais adiante como se calcular a entalpia de transformação de fase numa
temperatura diferente da temperatura de equilíbrio entre as fases.
Quando se consideram as transformações de fase, deve-se tomar cuidado qui
os sinais das entalpias de transformação de fase. Os sinais podem ser
obtidos a partir da consideração do princípio de Le Chatelier, que diz
que "quando um sistema em equilíbrio é submetido aos efeitos de uma in-
fluência externa, o sistema se desloca na direção que tende a anular os
efeitos da influência externa". Então, se o sistema € uma fase de baixa
temperatura, em equilíbrio com uma fase de alta temperatura no ponto de
transformação de fase, por exemplo, sólido e líquido coexistindo no pon-
to de fusão, então a introdução de calor neste sistema (au influência ex-
terna) acarreta un processo no sistema que tende a anular o efeito da im
trodução de calor. Este processo é a fusão do sólido com uma absorção de
calor, e a absorção de calor (a entalpia de transformação de fase) anu-
la o efeito da adição de calor (que seria elevar a temperatura do siste-
ma), e a transformação de fase ocorre isotermicamente. Uma transformação
de fase de uma fase de baixa para uma fase de elevada temperatura é seu-
pre endotêmica, e portanto AH & sempre wa quantidade positiva:por exes-
plo, o calor de fusão MH & sempre positivo.
3.4 -VARIAÇÃO DA ENTALPIA COM A TEMPERATURA.
Da equação
dH = Codr (63.7)
resulta
2
1. = = Codr (3.8)
mo
ãi
Em geral, o que interessa ê& a variação de entalpia em relação a uma tem-
peratura de referência, pois não interessam valores absolutos da entai -
pia. A temperatura de referência é universalmente açeita como sendo 25º,
+ - .
ou seja 298K. Levando-se em consideração a Eq.(3,6), resulta que o acres
cimo de entalpia no aquecimento de uma substância da temperatura ambien-
te à temperatura T, será igual a
Damme? ;
Hyros = (a+2bT-cr Sar (3.9
298
A integração desta equação dã a variação da entalpia em relação a 298K
como referência
HEr-HBogcatebr- sd (3.10)
À Eg. (3.10) somente pode ser aplicada no intervalo da equação
empírica do Cp» Eq. (3.6).
Quando no intervalo 298K - T ocorre uma transformação de fase, é necessã
rio adicionar o calor envolvido nesta transforma:
ções de uma fase de baixa para uma de cievada temperatura são sempre en-
dotérmicas. Além disto, Sempre que ocorre uma mudança de fase, & necessã
rio considerar a equação do ea da nova fase, Assim, por exemplo, se. umã
» pois às transforma-
3.6 - CALOR DE REAÇÃO.
Define-se como calor de Teação
ja que acompanha uma
reação química o constantes. Esta
a
variação de entalpia é igual à difer xe 2 entalpia total dos pro-
dutos e a dos reagentes. Então, por de
(3.145
tempera
tura especificada, geraimente 288K. O sã Ç as en-
tulpias totais, inclusive a que for d ro de mold
se avaliar o
culas envolvidas na reação seia
calor de reação, supõe-se que a reação é compl + Ou seja, 05 reagentes
são completamente transformados nos produtos. Como exempio, seja a seguin
te reação química ocorrendo a Z08K e 1 aim
A variação de entalpia ou o calor de reação, seria
Em decorrência da convenção fimidament
calor de form
temos
das substâncias em
ima equação termoquímica é aquela que
iogo, e a variação de entaipia. Exemplo:
de os simbolos s, leg, ii
respectivamente, Quando a subst:
stalina, é necessário
É diamante), são
Z(quartzo)*
«5h
Dado o caráter extensivo da função entalpia, os calores de reação normal
mente se referem às reações tais como são escritas ou representadas este
quiometricamento.
Assim, se para a reação
Fe(a) + 1/20, + Feoç
tg) Ss
dE = Hero)" Nerey * Hoy]
Para a reação
4
Ss;
“Fe (a) + Uzcg) + 2Pe0,
se terá:
AR' = 2 AH
A unidade usada em termoquímica é a quiio-caloria, podendo também ser
usada a caloria. Contudo, o uso da tatoria, poderia sugerir um grau de
precisão que não existe.
- Na pisa -1
As tabelas termoquímicas indicam os calores de formação em kcal.mol *.
Sendo a entalpia uma função termodinâmica, resulta que o calor de uma
reação química que se processa isobaricamente é o mesmo quer a reação se
processe em vários ou em um único estágio (lgi de Hess). Disto resulta
que as equações termoquímicas podem ser adicionadas ou subtraídas, tal
como as equações algébricas. Uma aplicação prática deste resultado É o
cálculo do calor de reação para reações que não podem ser estudados
tamente. Exemplo: calcular o calor da transformação de fase!
Ctgratita) ” Cldiamante)
As tabelas termoquímicas fornecem:
o :
c : +0 > To Aq = -94,05 kcal (3.15)
fit: 2 2 298 ?
(rafito) 2 (8) 9
o Ê - Pã
Ca: +9 + 0 à = «94,50 kcal (3.16)
x 258 ? *
(diamante) 2 (tg) 2 tg)
+59,
Subtraindo (3.16) de (3.15),
Ar = 0,45 kcal
Cepragita) * Craiamante) 258
3.7 - VARIAÇÃO DO CALOR DE REAÇÃO COM A TEMPERATURA.
EQUAÇÃO DE KIRCHOFF.
As tabelas indicam o calor de formação a 25%. Como as reações se proces
sam em geral em temperatura diferente de 25%, E necessário o estabeleci
mento de uma equação que relacione a variação do calor de reação com a
temperatura.
Sendo Hº a entalpia totai dos reagentes e Hg a des produtos, à mesma
temperatura e pressão, 4Hº E dado por
O emo .uo (3.17
a en G.17)
todas as quantidades referindo-se à mesma temperatura e pressão.
Diferenciando (2.1) em relação à temperatura:
(88), + (8, (8) Ga
sendo
fy = 6 ao
Resuita
(3), * Coy - (Cola (3.20)
ende Cop e (Cp) A são a soma dos cajores específicos molares dos produ
tos e dos reagentes respectivamente, sempre à pressão constante.
Designando (Cop - (Co) Aº acréscimo dos calores específicos molares do
sistema por Ap, à equação (3.20) toma a forma
.62.
mação de fase nima temperatura diferente do ponto normal de transformação.
Apenas neste caso, o limite inferior de integração da Eq.(3.22) 6 a tempo
ratura de transformação de fase. Seja por exemplo o cálculo do calor de
fusão de um metal na temperatura T, diferente de T
Fer
Ma + M
5 i
és) O rt At
fP ue
at e MH +/ po de= MH :/ SE (pis dr
tg 4 te
Se a temperatura T não for muito dif
de supor AH constante com-T, ou seja, dC, * g
em
da a aproximação
EXEMPLOS NUMBRICOS
3.1 - Qual a quantidade de calor contida em 1 tonsiada de ferro puro a
1027ºc? :
Solução:
T= 1027 + 273 = 1300K
Moles de fo
Nas tabelas de dados termodinâmicos (4), ou (5), encêmtra-se
(y) « 9260 cal/mol
Hsgg 298) Fely) = 9250 cal/ao
6
Calor contido = 9759 19º
-8LOF CORTido F49U RX 55,85
Calor contido = 165901,25 kcal/t de ferro.
y 3.2
- Ta de 1 tonelada de ferro puro da temperatura ambiente até 180002
- Qual a quantidade de calor necessária para se Elevar :
Solução:
tabelas de dados termodinâmicos (4) ou (5), enc
«63.
Os dados das tabelas já inciuem a entalpia de fusão, e portanto uma sim-
ples interpolação fornece
2200 - 2000 2073 - 2000 . x = 776
Z1790-19665 x te
Cos Hog) = 19665 + x = 20441 cal/mol
E, para uma tonelada de ferro
. na 106 . . o
- : ELo73 Log) pe” Mad le-srêge— = 565998,21 kcai/t
L - quai a quantidade de calor contida em 1 Nm” de TO a 927º€?
Solução:
Nas tabelas de dados termodinâmicos (4) cu (5). encontra-se
(H 6795 cal/mol
2200 Fzgglco ”
1 Nmê de CO tem
Reg * tia ímoles de CO)?
22,4x107
Cator contido = 6795x— LJ caiimo
22,4410
%
Calor contido = 303,35 Kcai/Nm
K4 -
— Qual a quantidade de calor contida em 1 Nm” de gas com 30% de CO,
de O e 29% de N, (porcentagem volumétrica), a 1023 K?
Solução:
T = 1023. É necessário pois fazer interpolação,
à Na” de gãs tem
0,30
22,410"
3 moles de CO
0,50
= moles de €0,
22,4x10
164.
0,20
22,410"
moles de N,
Por intermédio das tabelas termodinômicas, e interpolando, tal como no
exercício £.2, encontramos,
2
>
Hrozs roda” 5369 cal/mol
GhozsHzoglco, = 8286,3 cal/mol
E923H298)n, = 531,7 cal/mol
(EH
h023-Hz9g) gás * (5369x0,30 + 8286,3x0,50+5311,7x0,20)
1
— meg
22,4x10
( = 304,294 kcal /Nmº
1023 Hoog) gãs
3.5 - Calcule o acréscimo de entalpia Hr-Hog do Zn como uma função da
temperatura. Dado: Cp = Ni 7141,22x107%7 - 2,18x10º7 2
5,
T
. º e -3.2 -
TO ese f Cp dT = 11,717- 0,61x10"212+2,85x10517+4167
298
Calcule o valor de dog para a reação
Cro0s65) * Ercg > Cro) * ErOeg
a partir dos seguintes dados: entalpia de vaporização da água 10500
cal/mol, para o Cr0;, ame - 269,7 kcal/mol, e para a água líquida,
404) mp - 68,317 kcal/mol
Solução:
. O 4 O nº
366)! Borg * Cry * May Djs (8,0), Gr ,04764,7Skcal
a í O . = = a
3R,0 13 > E) (2) M *Myap. 3x10,5= 31,5 kcal
A 2.
: “ o
3.5 - Calcule a economia de energia resultante do carregamento gireto de
ferro esponja a 827% em forno elétrico de aciaria. Composição do ferro
esponja:
Fe = 85,90%, Fe0= 11,01%, C= 0,144, S= 0,0274, P= 0,021%,41,0,=0,94%,
Mg0 = 0,565, SiO,= 1,404.
Resp. 155,15 KWh/t de Fe esponja.
3.6 - Em um processo de redução direta de minério de ferro, o gás refor-
mado sai do reformador a 1227ºC e é resfriado a 927% antes de ser inje-
tado no reator de redução. Qual a quantidade de calor perdida nesta ope-
ração? Composição do gãs reformado: H, = 72,44, 00 = 16,25. 0; = 7,8%,
Gi, = 3,45, N, = 0,2%.
Resp. 114,83 kcai/Na)
3.7 - Expresse AHº como uma função de T para a reação
Cego * oem” Poçy)
Re: O É q 32 candanl
SP. AH = «23999 - O,7iT + 0,07x10 + 0,46x10'T
3.8 - Calcule a variação de entalpia, AH a 1000ºX para a reação
Pace * Cy” Pg * Hg
* Resp. - 185,94 kcal.
“o
- Faz-se reagir óxido de zinco e carbono intimamente misturados em
retorta aquecida. A reação é total e desprendem-se da retorta vapores
nco (monoatômico) e CO a 13009C. Calcule 2
= : 500
F ' + 2z
ansformação do sistema 20) Erg) a 25 €
á variação de entalpia na
O
q
+€0,, a 1300,
e)
rá Zn,
tg)
Pesp. 104,134 kcai.
.8B.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
pa
= CAVALLANTE, Fabio L., & LÚCIO, A.
2 - GASKELL, David R. Introduction tó E
York, McGraw-Hill, 1973. 52fp,
sor
- GLASSTONE, Samiel, Thermod mics inceton, N.d., D.
Van Nostrand Company 1
4 - KELLEY, Kenneth, K. Lou
By. Washington, D.C., imited St
232p.
a on theoretical metallur
s Govermment Printing Office, 1960,
5 - CARVALHO, J.L.R.
Pelo H
a
à
& - MOORE, Walter J.
LÚCIO, A. -
da UM.
4
4
CAPÍTULO 4 - APLICAÇÕES DA PRIMEIRA LEI EM METALURGIA:
O BALANÇO TÉRMICO.
4.1 - A PRIMBIRA LEI E O BALANÇO TÉRMICO
Todos os processos metalúrgicos envolvem várias formas de trocas de ener
gia com o meio externo. Na maioria dos processos unitários para a extra-
ção e o refino dos metais, a energia térmica & a principal formade ener-
gia intercambiada entre o sistema e o meio externo. Q fornecimento e. a
imento e utiliza-
utilização do calor são tão importantes quanto e. fo
ção das matérias.primas na determinação dos custos de um processo. Por
esta razão, um método de contabilizar a energia, ou im balanço de ener -
or e outras formas de
gia, mostrando o fornecimento e o consumo de
energia, tal como o bajanço de massas e o balar
uma das ferramentas indispens, nsá -ag metalurgist sta.
ço eco; representa
Assim como o princípio da conservação da matéria constitui a base do ba-
asendo no princípio da conservação
s, um baian
do
que entra para o sistema e do que sai do. mesio, sem m necessidade de consi
lanço de massas, q balanço térmi
derar as complexidades e mecanismos dos processos do sistema.
O balanço térmico é baseado na Primeira Lei através da ções (3
(3.5). A importância dessas equações reside no fato de que » elas relacio-
1 de um modo simples uma quantidade de grande significado prático tal
omo o efeito têmico de um processo, a uma propriedade termodinâmica do
stema, a entalpia,
mos no capítulo anterior como se calcula a variação da entalpia com a.
ratura e com a comosição. O presente cap
ar a aplicação desses cálculos na execução dos balanços térmicos,
ulo tem por objetivo mos
:.2 - O BALANÇO TÉRMICO.
balanço têrmico de um processo é um enunciado. do balanço de energia
uma forma que É muito conveniente praticamente, e que tem para fins
R 72,
da 15. PRODUTOS
,
r
TEMPERATURA REAÇÕES EXDTÉRMICAS AHy i
mma
BASE ! | AH REAÇÕES ENDOTÉRMICAS GH -
MATERIAIS QUE ENTRAM FRIOS
CALOR INDUZIDO CALOR CONSUMIDO
1. Calor sensível dos mate- | 4. Calor sensível dos materiais que
riais alimentados-4H, saem -AE
2. Calor desprendido nas re 5. Calor absorvido nas reações endo
ações exotêmicas-AH, | térmicas AHjy .
5. Calor fornecido eletrica 6. Calor absorvido para levar mate
mente (W') riais alimentados ao estado pa-
dão Ary
7. Calor perdido para o exterior(Q)
Figura 4,1
' =
My + My + W My * My + My + Q
Calor induzido Calor consumido
O balanço têmico, tal como o balanço de materiais, fornece para um pro-
cesso unitário informações que são essenciais para uma operação econômi -
ca e eficiente.
halanço térmico mostra de maneira clara e concisa quais são as fontes
«mportantes de énergia térmica é quais suas contribuições relativas para
o total. Nos processos autógenos, O calor desprendido nas reações metalúr
gicas mais o calor sênsível dos materiais alimentados, são responsáveis
“elo calor que entra, Nos processos não sutôgenos o calor é fornecido to»
73,
talmente ou em parte pelo calor desprendido na combustão de im combusti-
vel, ou calor fornecido eletricamente, enfim, calor fornecido pelo exte-
rior. Então, o balanço térmico apresentado no quadro 4.1 para um forno de
fusão a matte de cobre é um exemplo de um processo não autógeno, enquan-
to que o quadro 4.2, apresenta wm exemplo de processo autógeno, a ustula
ção de um minério de zinco. O quadro 4.1 mostra que o carregamento do mi
nério ustulado ainda quente da operação precedente contribui com 5,4% do
calor que entra, Se o minério ustulado fosse resfriado antes do carregar
mento no forno de revérbero, esta parcela do calor que entra teria que
ser fornecida pela queima de combustível adicional.
Analogamente um balanço: térmico mostra de maneira simples e clara como o
calor é utilizado. Alguns itens do calor consumido são inerentes aos pro
cessos metaliirgicos e então devem ser considerados como aplicações essen
ciais é úteis da energia. Assim, o forno de fusão a matte deve fornecer
produtos líquidos (matte e escória) suficientemente quentes para se esco
arem livremente, de modo que o calor sensível neste produtos & essencial.
O mesmo pode 'ser dito para o gusa e a escória do alto forno.
As perdas de calor para o exterior constituem wm item inevitável em to-
dos os balanços térmicos para os processos de temperatura elevada, pois
o calor sempre se escoa para regiões de temperatura inferior. Contudo o
balanço térmico revela se as perdas de calor para o exterior são excessi
vas, e portanto, se é necessário o isolamento do forno.
Um estudo cuidadoso do balanço térmico muitas vezes indica possíveis li
nhas de melhoramento no processo especialmente no sentido de se economi-
zar combustível. De outro lado, o balanço têmico também orienta eventu-
ais modificações no processo.
O balanço térmico pode indicar a eficiência térmica de um processo meta-
lúrgico. De modo geral, esta eficiência & dada pelo quociente:
Calor útil consumido , 100
Calor total fornecido
Quadro nº 4.1 - Balanço térmico de im forno de revê
a matte de cobre ustulado.
rbero para a fusão
Calor fomecido kcal por dia 5
Calor da combustão do carvão 460 574 94,6
Calor sensível no minério us
tulado 26 127 5,4
TOTAL 486 701 100,0
Calor consumido
Calor sensível na escória 84 626 17,4
Calor sensível na matte 24 192 5,0
Calor absorvido na deconposição
do calcário 24 335 5,0
Calor sensível nos gases da cha
miné 223 617 47,9
Calor perdido para o exterior 129 93 26,7
TOTAL 486 701 : 100,0
Quadro nº 4,2 - Balanço têmico da ustula
rio do zinco.
ção de concentrados de ming
Calor fornecido
kcal por hora
a
Calor desprendido na oxidação dos
sulífetos
(2nS + 3/,0, + nO + S0,) 6 097 178 100,0
Calor consumido
Calor sensível no produto ustula-
do 639 768 10,5
Calor sensível nos gases do ustu-
Tador 4 004 880 67,1
Calor perdido para o exterior 1 362 530 22.4
TOTAL, 6 097 178 100,0
+74,
TT
longo e árduo, e com possibilidades de erro. Por isto, a seguinte se
qliência & sugerida:
1) Estabelecer a completa estequeometria do sistema e o
balanço de materiais.
2) Adicionar aos dados estequeométricos as temperaturas .
nas quais os materiais entram e saem do sistema.
3) Fixar e especificar as bases do balanço térmico: produ-
ção, período de tempo, temperatura de referência (usualmente 259C) e es-
tado padrão para as substâncias.
4) Calcular o calor sensível para cada material que entra
e sai.
5) Calcular os calores de reação para as quantidades de to
das as reações químicas necessárias para a produção base escolhida.
6) Calcular os calores necessários para trazer todos mate-
riais que entram aos respectivos estados padrões (se for o caso).
7) Calaular o calor fornecido eletricamente ou por quaiqer
outro meio do exterior. *
8) Relacionar e somar os dois itens: calor induzido e ca-
lor consumido. encontrando as perdas de calor por diferença, de modo que
as duas somas sejam iguais. As perdas de calor podem ser calculadas inde
pendentemente segundo os princípios da transmissão de calor.
9) Verificar os cálculos.
4.4 - ESCOLHA DE REAÇÕES E DA TEMPERATURA DE REFERÊNCIA.
Frequentemente surge o problema de escolher o conjunto de equações qui-
micas que devem ser usadas para expressar a mudança na composição quimi-
ca do sistema. Assim, a redução do Fe,0, a Fe pelo C pode ser descrita
por um dos seguintes três métodos:
'a) Fe,0, +30 + 2 Fe + 300
amo ; . ,
298%K = 117,24 kcal/mol Fe)
(78.
3
D) Fe,0s + 2Fe+ 7-0,
o
Mogk = 196,5 k kcal/mol Fe,0;
5 445º
5>0,+ 3 + 30 meo
o Vas
8HoggOk = - 79,26 kcal/mol Fe),
O Fe, +30 + 2h +30,
ço
MHpog%k = - 6,39 kcal/mol Fe,0s
= XD,+3C + 600 o
f 43063
o - 6,39
*Bags9%k = 123,63 kcal/mol Fe,0, 12 À
Desde que todos os três métodos representam a mesma mudança de estado, o
4H total para a transformação química descrita É 117,24 kcal. Portanto ,
a contribuição resultante desta transformação, a um balanço térmico se-
ria 117,24 kcal/mol Feç0s, no lado do calor consumido. Representando a
mudança química pelo método a), este valor apareceria como um item sim
Pples no calor consumido. Pelo método b), 196,5 kcal apareceriam na colu-
na do calor consumido, e 79,26 kcal apareceriam na coluna do calor forne
cido, e o total de calor fornecido e consumido seria 79,26 kcal maior do
que pelo método a). Pelo método c) 123,63 kcal apareceriam como calor en
sumido, e 6,39 kcal com calor fornecido. É claro que o calor perdido pa
ra O exterior calculado pelos três métodos seria o mesmo, pois em todos
Os três mêtodos a contribuição resultante para o balanço é a mesma: con-
sumo de 117,24 kcai/mol Fe,0,.
Termodinamicamente, todos os três métodos são corretos, pois a entalpia
É uma função termodinâmica, e não é afetada pelo mecanismo da transforma
+79.
se refere aos calores de reação. O uso do conjunto de reações que forne-
ce os maiores totais para o calor fornecido e consumido exagera a impor-
tância dos calores de reação em comparação com os outros itens. Por exem
plo, a combinação que dã os maiores totais faz com que as perdas de ca -
lor apareçam em menor proporção do calor total fornecido e aparentemente
(mas não na realidade) apresenta uma eficiência térmica maior para o pro
cesso.
A técnica de escrever as reações de formação dos compostos envolvidos a
partir de seus elementos corresponderia ao método (b) do exemplo acima.
Desde que a maioria dos calores de formação são negativos, este procedi-
mento equivale a incluir no calor fornecido os itens correspondentes aos
calores de formação de todos os compostos formados no processo. Embora,
termodinâmicamente não haja objeções para isto, este método não deve ser
usado, pois ele fornece uma concepção irreal dos efeitos têrmicos atuais
do processo. Em particular, ele tem o efeito de fazer com que os calores
de reação apareçam mais importantes do que realmente são, e de fazer com
que itens tais como as perdas térmicas apareçam pequenos.
/
Recomenda-se que o conjunto escolhido seja o mais próximo possível do
jque realmente se passa no processo, No exemplo dado, corresponderá ao ter
Ii ceiro mêtodo. -
Além da escolha das equações, a escolha da temperatura base e dos esta -
dos padrões também afeta o balanço. A temperatura 2596 é a mais conveni-
ente como temperatura de referência.
Para alguns processos é de interesse o cálculo de um balanço térmico
usando-se como temperatura de referência, a temperatura característica :
do processo. Assim, a fabricação do aço pode ser referida a 1600ºC, ou a
conversão do cobre a 1200 ou 1300%C. Isto resulta numa descrição do pro-
cesso sob um ponto de vista completamente diforente.
Para ilustrar esta diferença, o processo simples da conversão do cobrepo
de ser considerado, Cu;S líquido a 1300% é carregado em um conversor, e
ar é soprado atravês do líquido, passando-se a reação:
.Bã.
reações de combustão, e nestes casos se denomina temperatura máxima de
combustão, de grande interesse para o metalurgista.
O processo mais simples para o cálculo da temperatura máxima de combustão,
é imaginar a reação tendo lugar à temperatura de 25ºC supondo que esta E
a temperatura inicial dos reagentes, e então determinar a que temperatura
os produtos podem ser elevados pelo calor desprendido na reação.
Se T é a temperatura máxima atingida pela combustão, então o calor neces-
sário para elevar a temperatura dos produtos de 298%k a T, deve ser igual,
porém de sinal oposto ao calor de reação. À soma do calor de combustão
amº, e do calor Q necessário para a elevação de temperatura deve ser nu
1a, pois se trata de um processo adiabático.
Se HC pr é o calor específico molar total dos produtos, temos:
T
o -
AM (reação) HCp) pçdT . (4.1)
298 '
Calcula-se portanto, dos dados tabelados a parcela Hc, ) pr » leva-se na
equação (4.1) e integra-se de 298 a E. Resulta uma equação “em T, geralmen
te do 3º grau.
€ um recurso freqlentemente empregado para elevação da temperatura de com
| bustão.
i
o preaquecimento dos reagentes eleva a temperatura de combustão, e este
Seja j a temperatura de preaquecimento dos reagentes. O calor da reação
at, é dado pela equação
'
q
o = o
Mr * Moog * | Ap dr (4.2).
298
SC, pode ser substituido por
Mp = Hp” E Proag. (4.3)
sd adam it
.83.
, To T
o o
sr, = Nigg [rtp o [ra (4.4)
298 298
“De outro lado, tem-sé para expressão do calor de aquecimento dos produtos
da reação da temperatura t a T, sendo Ta temperatura teórica de combus-
tão .
T
Q [ Cp) prt (4.5)
T .
T T
Qp [const [oe (4.6)
j 298 298
Sendo MH + Q =0, Pesulta
“as
T Ty , :
o 1 .
8H; 08 [cant “ficas =0 (4.7)
298 298
A equação (4.7) € a equação geral que permite o cálculo da temperatura teô
rica de combustão. Note-se que para Ye 298%, isto é, na ausência de pre
aquecimento dos reagentes, a equação (4.7) se torna igual & equação (4.1).
Note-se ainda que a equação (4.7) é baseado no valor de Mica que pode
ser encontrado nas tabelas termoquímicas. O cálculo dos demais termos da
equação (4.7) é muito facilitado pelas tabelas do Bul1.584 (4).
Então
4.6 - EXEMPLOS NUMÉRICOS.
4.1 - Um banho de aço líquido a 1627%, deve receber a adição de 0,431
kg/100 kg de uma Liga Fe-Mn com 70% de Mn, a fim de atender a especifica-
ção quanto ao teor deste elemento.
Calcule o abaixamento de temperatura do banho pará a adição da liga sóli-
da à temperatura ambiente.
84,
Solução.
Te 1627 + 273 = 1900K
0,431x0,7
ot”
,
Nº de moles de Mn adicionados: Pa é x 10º = 5,5 /100kg de aço
z
Nº de moles de Fe adicionados: np. é 9,431X0,3 jo = 2,3 /100kg de aço
55,85
O aço deverã esfriar para fornecer calor para aquecer o Mn e o Fe adicio
nados. Pode-se então estabelecer o seguinte balanço térmico
Calor fornecido Calor consumido
1. Resfriamento do aço de 2. Aquecimento do Mn de 298 até 1900K
1900K a T 3. Aquecimento do Fe de 298 até 1900K
Igualando o calor fornecido com o calor retirado, e considerando o aço
antes da adição.como ferro puro, tem-se uma equação em T, temperatura fi
nal do banho.
2
Nº de moles de Fe no aço: np, = oo dos Las?
3 . . .
1,79x10 Uirbaos aço 5,5Hhoggos)mm * 2430909 Hzog) pe
69
p T
(o
(CrHyooo aço” DopreayT = (9,740 ,40x10 mar
O
$
= 9,777 + 0,20x107 812 — goze CO
mo É 12
go LE tos
o) = (17,497 +3,58x10 272. 36520) 10º
1,79x10*(H Ho
As tabelas de Kelley fomecem as equações de (HHogg) parao FeeoM
líquidos.
-4
ar ert 4 o9397 — Podocérs
EUT)= 4999,085 T + GOSTA Ut bt0aa É — 20 .
A Aa T+ E moso 2 g osgxioÓrel... 2070262
A temperatura de combustão serã obtida igualando f(T) a zero. Resulta
FO) Teaser
To fa6s
EXERCÍCIOS,
4.1 - Calcule a variação adiabática de temperatura de um banho metálico
contendo 10 kg de chumbo líquido a 400% quando se adiciona 0,5kg de
chumbo sólido a 25%.
Resp: 26º€
*.2 - Uma amostra de 0,05 moles de cobre 5 25ºC & colocada em um banho
de 500 gramas de Sn líquido a 327%, A capacidade calorífica do banho
de Sn, inclusive o recipiente é de 30 cal, 1 Após a dissolução adiabã
tica do Cu no Sn líquido, uma queda de temperatura de 7,23 PC é observa-
da. Calcule o valor de AH para a dissolução do cobre no estanho líquido
a 320º C.
Resp. 2540 cal/at.g.
4.3 - 14 kg de coque contendo -86% de carbono são queimados completamen-
te em um forno com a quantidade de ar estequiometricamente necessária.
Os gases deixam o forno a 1200ºC, Calcule a quantidade de calor forneci
da ao forno.
Resp. 49100 cal.
4.4 - A reação Erg 1 * 1/2 0, + CO é exotêmica, enquanto que Crgr)
HO > Dre) * Ertg ) é endotêmica; teoricamente contudo, devia ser
possível passar uma mistura de vapor e ar sobre coque aquecido de modo
que sua temperatura se mantenha constante. Admitindo-se reação completa
em cada caso, estimar as proporções de vapor e de ar, ambos preaqueci -
dos a 400K, capaz de manter a temperatura do coque a 1000K.
Resp. 84,9% de ar, 15,1% de vapor.
188.
4.5 - Vapor na temperatura de 150% é passado sobre coque a 1000% de mo
do que a renção Cryr + H,0 > 00 + H, tonha Jugar com um oficiôência do
BO$, Os gases cuergom a 700%€, Calcule a quantidade do calor quo dovo ser
fornecida por quilo de vapor passando sobre o coque.
Resp. 1675 kcal/kg de coque.
4.6 - Um processo de redução direta produzindo 250 toneladas/dia conso-
me 3,15 Gcal/tonelada de ferro esponja. O balanço térmico do processo mos
trou que 104 deste valor correspondiam a perdas térmicas através das pa-
redes dos reatores. Qual deveria ser, O consumo energético caso a produ -
ção fosse acrescida para 400 toneladas/dia? :
Resp. 3,031 Gcal/t
t
4.7 - Um gás pobre de gasogênio tem a seguinte composição volumétrica:
O = 318, co, =, H,0 =4,3, 0, =18, H, “3,753 e N, = 58,94, restan
te não determinado. O gás sai do gasogênio a 450%, e em seguida é feita
a combustão com 10% de excesso de ar, que estã preaquecido a 860%, Cal-
cule a temperatura teórica de combustão.
Resp. 2373kK «
,
4.8 - Um forno metalírgico usa como combustível coque pulverizado, estan
do o coque e qar à temperatura ambiente, Os produtos da combustão devem
agir como redutores do material do forno, de modo que a combustão do co
que É efetuada com uma quantidade inferior à estequiométrica. Calcule a
temperatura adiabática de chama para a relação combustível/ar igual a 2
moles de ar para um mol de carbono, supondo que o coque tem 100% de car-
bono.
Resp. 1460k.
4.9 - Calcule à temperatura máxima da reação de redução aluminotêrmica
do óxido. de titânio para a produção de titânio metálico, segundo a rea-
ção
3 23 1
do Doe) * Ag ço) * TD MOses)
.89.
b) Idem para a redução da hematita pelo Al, segundo a reação
+ 241
Fe,0; (s) (s) + Fe) + AL030)
Em ambos os casos os reagentes estão na temperatura ambiente.
O, o
Resp. a) 1540 C.b) 2645 €
4.10 - Im recipiente adiabático contêm 1000 gramas de alumínio líquido a
700ºC. Calcule o peso de Cr,0, tal que, quando adicionado ao alumínio
líquido (com o qual ele reage para formar Cr e AÍ 29) eleva a temperatu-
ra da mistura resultante de ALOss 3 Cr,0. 3(s) à 1000, A temperatura
inicial do Cr,0s é as%c,
Resp. 12,68 kg.