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Guias e Dicas
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Apostila MPU completa, Notas de estudo de Ciências Sociais

Apostila para o concurso MPU

Tipologia: Notas de estudo

2017

Compartilhado em 26/11/2017

ednei-santos-13
ednei-santos-13 🇧🇷

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Baixe Apostila MPU completa e outras Notas de estudo em PDF para Ciências Sociais, somente na Docsity! Didatismo e Conhecimento Índice ARTIGO DO WILLIAM DOUGLAS LÍNGUA PORTUGUESA 1 Compreensão e interpretaçãode textos. ........................................................................................................... 69 2 Tipologia textual. ............................................................................................................................................. 21 3 Ortografia oficial. ............................................................................................................................................. 87 5 Emprego das classes de palavras. .................................................................................................................... 34 6 Emprego do sinal indicativo de crase. ............................................................................................................. 14 7 Sintaxe da oração e do período. ....................................................................................................................... 77 8 Pontuação. ........................................................................................................................................................ 17 9 Concordância nominal e verbal. ...................................................................................................................... 04 10 Regência nominal e verbal. ............................................................................................................................ 09 11 Significação das palavras. ............................................................................................................................... 18 INFORMÁTICA 1 Ambientes Windows XP e Windows 7. ..................................................................................................... 01 2 Internet e Intranet. 3 Utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimentos associados a Internet/Intranet. ..................................................................................................................................................... 06 4 Ferramentas e aplicativos de navegação, de correio eletrônico, de grupos de discussão, de busca e pesquisa. .................................................................................................................................................................. 10 5 Principais aplicativos comerciais para: edição de textos e planilhas, geração de material escrito e multimídia (Br.Office e Microsoft Office). ......................................................................................................... 18 6 Conceitos básicos de segurança da informação. ........................................................................................ 44 LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU 1 Ministério Público da União. 1.1 Lei Orgânica do Ministério Público da União (Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 1993). 1.2 Perfil constitucional. 1.3 Conceito. 1.4 Princípios institucionais. 1.5 A autonomia funcional e administrativa. 1.6 A iniciativa legislativa. 1.7 A elaboração da proposta orçamentária. 1.8 Os vários Ministérios Públicos. 1.9 O Procurador-Geral da República: requisitos para a investidura e procedimento de destituição. 1.10 Os demais Procuradores-Gerais. 1.11 Funções institucionais. 1.12 Funções exclusivas e concorrentes. 1.13 Membros: ingresso na carreira, promoção, aposentadoria, garantias, prerrogativas e vedação. .................................................................................................................................. 01 / 48 M i n i s t é r i o P ú b l i c o d a U n i ã o TÉCNICO ADMINISTRATIVO DE ACORDO COM EDITAL DE ABERTURA Didatismo e Conhecimento Índice NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 1 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, Emendas Constitucionais e Emendas Constitucionais de Revisão: princípios fundamentais. ....................................................................................................................... 01 2 Da aplicabilidade das normas constitucionais: normas de eficácia plena, contida e limitada; normas programáticas. ............................................................................................................................................................ 02 3 Dos direitos e garantias fundamentais: dos direitos e deveres individuais e coletivos; dos direitos sociais; dos direitos de nacionalidade; dos direitos políticos. ...................................................................................................... 03 4 Da organização político-administrativa: das competências da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. ... 29 5 Da Administração Pública: disposições gerais; dos servidores públicos. ........................................................ 36 6 Do Poder Executivo: das atribuições e responsabilidades do presidente da república. ................................... 47 7 Do Poder Legislativo: do processo legislativo; da fiscalização contábil, financeira e orçamentária. .............. 50 8 Do Poder Judiciário: disposições gerais; do Supremo Tribunal Federal; do Conselho Nacional de Justiça; do Superior Tribunal de Justiça; dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais; dos Tribunais e Juízes do Trabalho; dos Tribunais e Juízes Eleitorais; dos Tribunais e Juízes Militares; dos Tribunais e Juízes dos Estados. 56 9 Das funções essenciais à Justiça: do Ministério Público; da Advocacia Pública; da Advocacia e da Defensoria Públicas. ..................................................................................................................................................................... 68 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO 1 Administração pública: princípios básicos. ..................................................................................................... 01 2 Poderes administrativos: poder vinculado; poder discricionário; poder hierárquico; poder disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia; uso e abuso do poder. ............................................................................................. 02 3 Serviços Públicos: conceito e princípios. ........................................................................................................ 04 4 Ato administrativo: conceito, requisitos e atributos; anulação, revogação e convalidação; discricionariedade e vinculação. ................................................................................................................................................................ 05 5 Contratos administrativos: conceito e características. ..................................................................................... 09 6 Lei nº 8.666/93 e alterações. ............................................................................................................................ 09 7 Servidores públicos: cargo, emprego e função públicos. ................................................................................. 44 8 Lei nº 8.112/90 (regime jurídico dos servidores públicos civis da União) e alterações: Das disposições preliminares; Do provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição. Dos direitos e vantagens: do vencimento e da remuneração; das vantagens; das férias; das licenças; dos afastamentos; das concessões de tempo de serviço; do direito de petição. Do regime disciplinar: dos deveres e proibições; da acumulação; das responsabilidades; das penalidades; do processo administrativo disciplinar. ......................................................................................... 45 9 Processo administrativo (Lei nº 9.784/99). ...................................................................................................... 67 10 Lei nº 8.429/92: das disposições gerais; dos atos de improbidade administrativa. ........................................ 73 ( ) coco o 0 o ooo O O Ooo o O ooo o 0 0 ooo co 0 0 0 0 0 0 04 LÍNGUA PORTUGUESA NONA, Didatismo e Conhecimento NOVA APOSTILAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS 1 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA ACENTUAÇÃO GRÁFICA Tonicidade Num vocábulo de duas ou mais sílabas, há, em geral, uma que se destaca por ser proferida com mais intensidade que as outras: é a sílaba tônica. Nela recai o acento tônico, também chamado acento de intensidade ou prosódico. Exemplos: café, janela, médico, estômago, colecionador. O acento tônico é um fato fonético e não deve ser confundido com o acento gráfico (agudo ou circunflexo) que às vezes o assinala. A sílaba tônica nem sempre é acentuada graficamente. Exemplo: cedo, flores, bote, pessoa, senhor, caju, tatus, siri, abacaxis. As sílabas que não são tônicas chamam-se átonas (=fracas), e podem ser pretônicas ou postônicas, conforme estejam antes ou depois da sílaba tônica. Exemplo: montanha, facilmente, heroizinho. De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos com mais de uma sílaba classificam-se em: • Oxítonos: quando a sílaba tônica é a última: café, rapaz, escritor, maracujá. • Paroxítonos: quando a sílaba tônica é a penúltima: mesa, lápis, montanha, imensidade. • Proparoxítonos: quando a sílaba tônica é a antepenúltima: árvore, quilômetro, méxico. Os monossílabos, conforme a intensidade com que se proferem, podem ser tônicos ou átonos. • Monossílabos tônicos são os que têm autonomia fonética, sendo proferidos fortemente na frase em que aparecem: é, má, si, dó, nó, eu, tu, nós, ré, pôr, etc. • Monossílabos átonos são os que não têm autonomia fonética, sendo proferidos fracamente, como se fossem sílabas átonas do vocábulo a que se apóiam. São palavras vazias de sentido como artigos, pronomes oblíquos, elementos de ligação, preposições, conjunções: o, a, os, as, um, uns, me, te, se, lhe, nos, de, em, e, que. Acentuação dos Vocábulos Proparoxítonos Todos os vocábulos proparoxítonos são acentuados na vogal tônica: • Com acento agudo se a vogal tônica for i, u ou a, e, o abertos: xícara, úmido, queríamos, lágrima, término, déssemos, lógico, binóculo, colocássemos, inúmeros, polígono, etc. • Com acento circunflexo se a vogal tônica for fechada ou nasal: lâmpada, pêssego, esplêndido, pêndulo, lêssemos, estômago, sôfrego, fôssemos, quilômetro, sonâmbulo etc. • Acentuam-se também os vocábulos que terminam por encontro vocálico e que podem ser pronunciados como proparoxítonos: área, conterrâneo, errôneo, enxáguam, etc. Acentuação dos Vocábulos Paroxítonos Acentuam-se com acento adequado os vocábulos paroxítonos terminados em: • ditongo crescente, seguido, ou não, de s: sábio, róseo, planície, nódua, Márcio, régua, árdua, espontâneo, etc. • i, is, us, um, uns: táxi, lápis, bônus, álbum, álbuns, jóquei, vôlei, fáceis, etc. • l, n, r, x, ons, ps: fácil, hífen, dólar, látex, elétrons, fórceps, etc. • ã, ãs, ão, ãos, guam, güem: ímã, ímãs, órgão, bênçãos, enxáguam, enxágüem, etc. Não se acentuam os vocábulos paroxítonos terminados em ens: imagens, edens, itens, jovens, nuvens, etc. Não se acentuam os prefixos anti, semi e super, por serem considerados elementos átonos: semi-selvagem, super-homem, anti-rábico. Não se acentuam um paroxítono só porque sua vogal tônica é aberta ou fechada. Descabido seria o acento gráfico, por exemplo, em cedo, este, espelho, aparelho, cela, janela, socorro, pessoa, dores, flores, solo, esforços. Acentuação dos Vocábulos Oxítonos Acentuam-se com acento adequado os vocábulos oxítonos terminados em: • a, e, o,seguidos ou não de s: xará, serás, pajé, freguês, vovô, avós, etc. Seguem esta regra os infinitivos seguidos de pronome: cortá-los, vendê-los, compô-lo, etc. • em, ens: ninguém, armazéns, ele contém, tu conténs, ele convém, ele mantém, eles mantêm, ele intervém, eles intervêm, etc. • a 3ª pessoa do presente do indicativo dos verbos derivados de ter e vir leva acento circunflexo: eles contêm, detêm, obtêm, sobrevêm, etc • éis, éu(s), ói(s): fiéis, chapéu, herói. Não devem ser acentuados os oxítonos terminados em i(s), u(s): aqui, juriti, juritis, saci, bambu, zebu, puni-los, reduzi-los, etc. Acentuação dos Monossílabos Acentuam-se os monossílabos tônicos: • a, e, o, seguidos ou não de s: há, pá, pé, mês, nó, pôs, etc. • que encerram os ditongos abertos éi, éu, ói: véu, véus, dói, réis, sóis, etc. • acentuam-se os verbos pôr, têm (plural) e vêm (plural) porque existem os homógrafos por (preposição átona), tem (singular) e vem (singular): Eles têm autoridade: vêm pôr ordem na cidade. Não se acentuam os monossílabos tônicos com outras terminações: ri, bis, ver, sol, pus, mau, Zeus, dor, flor, etc. 2 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Acentuação dos Ditongos Acentuam-se a vogal dos ditongos abertos éi, éu, ói, quando tônicos: papéis, idéia, estréio, estréiam, chapéu, céus, herói, Niterói, jibóia, sóis, anzóis, tireóide, destrói, eu apóio, eles apóiam, etc. Estes ditongos não se acentuam quando fechados: areia, ateu, joio, tamoio, o apoio, etc; e quando subtônicos: ideiazinha, chapeuzinho, heroizinho, tireodite, heroicamente, etc. Não se acentua a vogal tônica dos ditongos iu e ui, quando precedida de vogal: saiu, atraiu, contraiu, contribuiu, distribuiu, pauis, etc. Desde o dia 01/01/2009 já estão em vigor as novas regras ortográficas da língua portuguesa, por isso temos até 2012 para se “habituar” com as novas regras, pois somente em 2013 que a antiga será abolida. Segunda ela os ditongos abertos “éi” e “ói” não serão mais acentuados em palavras paroxítonas: assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, Coréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranóico, etc. Ficando: Assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, Coreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico, etc. Nos ditongos abertos de palavras oxítonas terminadas em éi, éu e ói e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis, troféu, céu, chapéu. Acentuação dos Hiatos A razão do acento gráfico é indicar hiato, impedir a ditongação. Compare: caí e cai, doído e doido, fluído e fluido. Acentuam-se em regra, o /i/ e o /u/ tônicos em hiato com vogal ou ditongo anterior, formando sílaba sozinhos ou com s: saída (sa-í-da), saúde (sa-ú-de), feiúra (fei-ú-ra), faísca, caíra, saíra, egoísta, heroína, caí, Xuí, Luís, uísque, balaústre, juízo, país, cafeína, baú, baús, Grajaú, saímos, eletroímã, reúne, construía, proíbem, Bocaiúva, influí, destruí-lo, instruí-la, etc. Não acentua-se o /i/ e o /u/ seguidos de nh: rainha, fuinha, moinho, lagoinha, etc; e quando formam sílaba com letra que não seja s: cair (ca-ir), sairmos, saindo, juiz, ainda, diurno, Raul, ruim, cauim, amendoim, saiu, contribuiu, instruiu, etc. Coloca-se acento circunflexo na primeira vogal dos hiatos ôo e êe, quando tônica: vôo, vôos, enjôo, abençôo, abotôo, crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, prevêem, provêem, etc. Escreveremos sem acento: Saara, caolho, aorta, semeemos, semeeis, mandriice, vadiice, lagoa, boa, abotoa, Mooca, moeda, poeta, meeiro, voe, perdoe, abençoe, etc. Segundo as novas regras da Língua Portuguesa de 01/01/2009 não se acentuarão mais o “i” e “u” tônicos formando hiato quando vierem depois de ditongo: baiúca, boiúna, feiúra, feiúme, bocaiúva, etc. Ficarão: baiuca, boiuna, feiura, feiume, bocaiuva, etc. Se a palavra for oxítona e o “i” ou “u” estiverem em posição final o acento permanece: tuiuiú, Piauí. Nos demais “i” e “u” tônicos, formando hiato, o acento continua. Exemplo: saúde, saída, gaúcho. Os hiatos “ôo” e “êe” não serão mais acentuados: enjôo, vôo, perdôo, abençôo, povôo, crêem, dêem, lêem, vêem, relêem. Ficarão: enjoo, voo, perdoo, abençoo, povoo, creem, deem, leem, veem, releem. Acentuação dos Grupos gue, gui, que, qui Coloca-se acento agudo sobre o “u” desses grupos, quando é proferido e tônico: averigúe, averigúeis, averigúem, apazigúe, apazigúem, obliqúe, obliqúes, argúis, argúi, argúem, etc. Quando átono, o referido “u” receberá trema: agüentar, argüir, argüia, freqüente, delinqüência, tranqüilo, cinqüenta, enxagüei, pingüim, seqüestro, etc. Segundo o decreto de modificação e regulação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, não existe mais o trema em língua portuguesa, apenas em casos de nomes próprios e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano, etc. Ficarão: aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim, tranquilo, linguiça. Acento Diferencial Emprega-se o acento diferencial (que pode ser circunflexo ou agudo) como sinal distintivo de vocábulos homógrafos, nos seguintes casos: • pôde (pretérito perfeito do indicativo) para diferenciá-la de pode (presente do indicativo); • côa(s) (do verbo coar) - para diferenciar de coa, coas (com + a, com + as); • pára (3ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo parar) - para diferenciar de para (preposição); • péla, pélas (do verbo pelar) e em péla (jogo) - para diferenciar de pela, pelas (combinação da antiga preposição per com os artigos ou pronomes a, as); • pêlo, pêlos (substantivo) e pélo (v. pelar) - para diferenciar de pelo, pelos (combinação da antiga preposisão per com os artigos o, os); • péra (substantivo - pedra) - para diferenciar de pera (forma arcaica de para - preposição); • pêra (substantivo) para diferenciar de pera (forma arcaica de para - preposição); • pólo, pólos (substantivo) - para diferenciar de polo, polos (combinação popular regional de por com os artigos o, os); • pôlo, pôlos (substantivo - gavião ou falcão com menos de um ano) - para diferenciar de polo, polos (combinação popular regional de por com os artigos o, os); • pôr (verbo) - para diferenciar de por (preposição). Segundo as novas regras da Língua Portuguesa de 01/01/2009 não existirá mais o acento diferencial em palavras homônimas (grafia igual, som e sentido diferentes) como: pára/para, péla/pela, pêlo/pelo, pêra/pera, pólo/polo, etc. Ficarão: para, pela, pelo, pera, polo, etc. O acento diferencial ainda permanece no verbo poder (pôde, quando usado no passado) e no verbo pôr (para diferenciar da preposição por). É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo? 5 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA 2- Só a)substituído por sozinho é invariável: Ex: Estava só na sala de espera. (sozinho) b)substituído por somente é invariável: Ex: Falou só sobre o assunto. (somente) c)substituído por sozinhos é variável: Ex: Estavam sós na sala. (sozinhos) d)a expressão A Sós é invariável: Ex: Estavam a sós na sala. 3- Meio a)Meio é advérbio no sentido de um pouco. Ex: Estou meio cansada. (um pouco cansada) b)Meio no sentido de metade. Ex: Comi meio chocolate (metade do chocolate) Comi meia maçã. (metade da maçã) Meio-dia e meia(metade do dia e metade da hora) Meia-noite e meia (metade da noite e metade da hora) 4-Um e outro, nem um nem outro, um ou outro Não flexiona o substantivo, só flexiona o adjetivo. Ex: Foi ao cinema e assistiu uma e outra sessão divertidas. Foi à loja e comprou uma e outra camisa novas. 5- o mais, o menos, o pior, o melhor .... possível Os mais, os menos, os piores, os melhores ... possíveis Quem comanda a concordância é o artigo. Ex: Eram alunas a mais divertidas possível. Eram alunas as mais divertidas possíveis. 6- Obrigado, quite, mesmo, próprio, anexo, incluso 6.1-Obrigado Ele = obrigado Ela = obrigada Eles = obrigados Elas = obrigadas 6.2-Quite Concorda em gênero e número com o termo a que se refere. Eu quite Tu quite Ele quite Nós quites Vós quites Eles quites 6.3-Mesmo Eu mesmo (homem) Eu mesma (mulher) 6.4-Próprio Ele próprio Ela própria Nós próprios Elas próprias 6.5-Anexo A carta foi anexa. As cartas foram anexas. O documento foi anexo. Os documentos foram anexos. Os documentos foram em anexo. (invariável) 6.6-Incluso A taxa está inclusa no boleto. As taxas estão inclusas no boleto. O juro está incluso no boleto. Os juros estão inclusos no boleto 6.7-Alerta, pseudo, menos, monstro, infravermelho, ultravioleta, azul-celeste, azul-turquesa. Os bombeiros estão alerta! Os policiais estavam alerta. Ele é um pseudo-escritor. Há menos crianças no jardim. Há menos cabelos na minha cabeça. Foi uma greve monstro. Raios infravermelho. Raios X. Raios ultravioleta Comprei blusas azul-celeste e calças azul-marinho. 6.8- Com as expressões:é proibido, é necessário, é bom, etc Se vierem acompanhados de determinantes sofrem flexão, caso contrário não. Ex: A água é boa. Água é bom. A cerveja é boa. Cerveja é bom. É proibida a entrada. É proibido entrada. É necessária a paz. É necessário paz. Silepse ou Concordância Ideológica Concorda com o sentido e não com a palavra escrita. Há três tipos: Gênero, número e pessoa. Ex: Vossa Majestade ficou cansada? (gênero) Feminino VL feminino Vossa Excelência está assustado? Feminino VL masculino O quarteto cantaram no festival. (número) Singular plural As pessoas gostamos de dias quentes. (pessoa) 3ª pessoa plural 1ª pessoa plural ExERCíCIOS 1. (FMU) Vão ............ à carta várias fotografias. Paisagens as mais belas ............. . Ela estava ............. narcotizada. a) anexas - possíveis - meio d) anexo - possível - meio b) anexas - possível - meio e) anexo - possível - meia c) anexo - possíveis - meia 6 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA 2. (FMU) Vai ............ à carta minha fotografia. Essas pessoas cometeram crime de ............-patriotismo. Elas ............. não quiseram colaborar. a) incluso - leso - mesmo d) incluso - leso - mesmas b) inclusa - leso - mesmas e) inclusas - lesa - mesmo c) inclusa - lesa - mesmas 3. (OBJETIVO) “Envio-lhe ............ os planos ainda em estudo e ........... explicações dadas pelo candidato e secretária ............ .” a) anexo - bastantes - atenciosos b) anexos - bastante - atenciosos c) anexos - bastantes - atenciosas d) anexos - bastantes - atenciosos e) anexo - bastante - atenciosa 4. (CARLOS CHAGAS) Ainda .......... furiosa, mas com ............ violência, proferia injúrias ............ para escandalizar os mais arrojados. a) meia - menas - bastantes d) meio - menos - bastantes b) meia - menos - bastante e) meio - menas - bastantes c) meio - menos - bastante 5. (CESCEA) I - Correm ............ aos processos vários documentos. II - Paisagens as mais belas ............ . III - É ............ entrada às pessoas estranhas. a) anexo, possíveis, proibida b) anexos, possíveis, proibido c) anexos, possível, proibida d) anexos, possível, proibido e) anexo, possível, proibida 6. (CARLOS CHAGAS-RJ) Elas ............ providenciaram os atestados, que enviaram ............ às procurações, como instrumentos ............ para o fins colimados. a) mesmas, anexos, bastantes b) mesmo, anexo, bastante c) mesmas, anexo, bastante d) mesmo, anexos, bastante e) mesmas, anexos, bastante 7. (BANESPA) Assinale a alternativa em que a concordância nominal é incorreta: a) Gostava de usar roupas meio desbotadas. b) Ele já está quites com o serviço. c) Estejam alerta, pois os ladrões são perigosos. d) Todos foram aprovados, salvo João e Maria. e) Ela mesma datilografou o requerimento. 8. (TRE-MT) De acordo com a norma culta, só está incorreta a concordância do termo sublinhado em: a) Remeto-lhe anexo as certidões. b) No Shopping ela comprou vestidos e roupas caras. c) Na reunião foi discutida a política latino-americana. d) É meio-dia e meia. e) Bons argumentos foram apresentados na exposição do conferencista. 9. (CESGRANRIO) Há erro de concordância em: a) atos e coisas más b) dificuldades e obstáculo intransponível c) cercas e trilhos abandonados d) fazendas e engenho prósperas e) serraria e estábulo conservados 10. (UF-PR) Enumere a segunda coluna pela primeira (adjetivo posposto): (1) velhos ( ) camisa e calça ............ (2) velhas ( ) chapéu e calça ............ ( ) calça e chapéu ............ ( ) chapéu e paletó ........... ( ) chapéu e camisa .......... a) 1 - 2 - 1 - 1 - 2 d) 1 - 2 - 2 - 2 - 2 b) 2 - 2 - 1 - 1 - 2 e) 2 - 1 - 1 - 1 - 2 c) 2 - 1 - 1 - 1 - 1 RESPOSTAS 1-A 2-B 3-B 4-D 5-B 6-A 7-B 8-E 9-D 10-C Concordância Verbal Regra Geral: O verbo concorda com o sujeito em gênero e número. Ex: O juiz condenou o réu. Sujeito simples verbo 3ª pessoa singular Homens e mulheres conversaram sobre a discussão. Sujeito composto verbo 3ª pessoa plural Atenção! Com sujeito composto depois do verbo (posposto) o verbo concorda com o mais próximo ou no geral. São saudáveis o menino e a menina. (com o todo) É saudável o menino e a menina. (mais próximo) Casos Especiais 1- Com coletivos: o verbo na 3ª pessoa do singular e se for acompanhado de adjunto adnominal no plural o verbo pode ficar no singular ou no plural. Ex:Observava a constelação fascinada. Um bando de araras voou. Um bando de araras voaram. 2- Com a expressão Mais de um, menos de, cerca de, perto de: o verbo fica no singular. Ex: Mais de um aluno faltou na aula. Mais de dois alunos faltaram. (concorda com o numeral) Menos de dez pessoas compareceram ao evento. Cerca de vinte pessoas assistiram ao desfile. Perto de oito pessoas viram o acidente. 7 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA 3- Com as expressões: não só..., mas também..., tanto...quanto, não só...como: o verbo vai para o plural. Ex: Não só o professor, mas também a coordenadora reclamaram dos alunos. “Não só meus amigos, mas também eu apanhamos.” (Sacconi) 4- Sujeito Composto por pessoas diferentes: 1ª, 2ª, 3ª. A 1ª pessoa prevalece sobre a 2ª e a 3ª. Ex: Eu, Thiago e Mayara iremos ao jantar. A 2ª pessoa prevalece sobre a 3ª. Ex: Tu e ele ireis ao jantar? 5- Com as expressões: a maioria de, a maior parte de, uma porção de, a metade de. O verbo concorda no singular ou no plural. Ex: A maioria dos alunos chegou. A maioria dos alunos chegaram. A maior parte dos alunos faltou. A maior parte dos alunos faltaram. 6- Sujeito ligado por “COM” COM na indicação de companhia fica no singular; nos demais casos o verbo pluraliza. Ex: Renata, com Júlia e Aline, tem uma sociedade. (companhia) Renata com Júlia administram a empresa. (Renata e Júlia) 7- Um ou outro (indica exclusão); nem um, nem outro: o verbo fica no singular. Ex: Um ou outro professor assumirá o cargo de diretor. Nem um, nem outro professor soube explicar o motivo da evasão escolar. 7.1- o conectivo ou pode deixar o verbo no singular quando indica exclusão ou pode concordar com o mais próximo se o núcleo indicar pessoas diferentes (1ª, 2ª e 3ª) e vai para o plural nas demais situações. Ex: Renata ou Angélica ficará na administração. Os alunos ou Júlia fará a palestra. Muito silêncio ou muito barulho me irritam absurdamente. 8- QUE e QUEM Que: o verbo concorda com o antecedente , seja pessoa ou coisa. Ex: A pessoa a que me referi não está na sala. O cachorro que me mordeu é vacinado. Quem: o verbo fica somente na 3ª pessoa do singular; só é utilizado para pessoa. Ex: A pessoa a quem me referi não veio ao congresso. 9- Com as expressões algum, alguns de nós, alguns de vós, qual quais de vós, quais de nós, etc, o verbo concorda com o primeiro pronome ou com o segundo pronome (reto). Ex: Qual de vós fará a apresentação? (3ª pessoa do singular) Quais de vós farão a apresentação? (3ª pessoa do plural) Quais de vós fareis a apresentação? (2ª pessoa do plural) 10- Um e outro: verbo no singular ou no plural. Ex: Um e outro doce não farão mal a ninguém. Um e outro doce não fará mal à saúde. 11- Com a expressão: Um dos que, o verbo fica tanto no singular quanto no plural. Ex: Ele é um dos que mais estuda. Ele é um dos que mais estudam. 12- Sujeito composto + aposto resumidor: o verbo só fica na 3ª pessoa do singular. Ex: Festas, mulheres bonitas, sucesso, nada o interessava. 13-Se: Pronome Apassivador e índice de indeterminação do Sujeito. 13.1-Pronome Apassivador: verbo transitivo direto ou verbo transitivo direto e indireto na 3ª pessoa, concorda com o sujeito passivo ou paciente em gênero e número. Ex: Vende-se casa. (casa é vendida) Vendem- se casas. (casa são vendidas) 13.2-índice de Indeterminação do sujeito: verbo fica na 3ª pessoa do singular + se (VTI ou VI) ou na 3ª pessoa do plural. Ex: Precisa-se de ajudantes. Roubaram minha caneta de ouro. 14- Com verbos impessoais ou de fenômenos da natureza: na 3ª pessoa do singular. 14.1- Haver no sentido de existir: Há duas pessoas chorando. (Existem duas pessoas) 14.2- Haver no sentido de tempo passado: Há muito tempo que não chove. (faz muito tempo) 14.3- Fazer no sentido de tempo passado: Faz dois anos que não estudo matemática. 14.4- Fenômenos da natureza: choveu, nevou, trovejou, amanhecia, etc. 14.5- Com o verbo Ser: a)Predicativo do sujeito: o verbo ser concorda com o predicativo e “esquece a concordância com o sujeito”, mas se o sujeito for um ser, o verbo fica no singular. Ex: Tudo são flores. “Aquilo parecem estrelas, mas são planetas.” (Sacconi) Mayara era as atenções da mãe. 10 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Erudito em: Escasso de: Essencial a, de, em, para: Estranho a, de: Fácil a, em, para, de: Falha de, em Falta de Favorável a: Fiel a, em, para com: Firme em: Generoso em, com, para com: Grato a, para, por: Hábil em, para: Habituado a, com, em Horror a, de, diante de, por Hostil a, contra, para com Idêntico a, em Imbuído de, em Inclinação a, para, por: Incompatível com Inconseqüente com, em Indeciso a, em, entre, quanto a, sobre Impossível a, de, para Impróprio a, de, para Imune a, de Independente de Indiferente a, com, em, diante de, para, para com, perante, respeito a, sobre Indigno de Inerente a, em Insaciável de Junto a, de, com Leal a, com, em, para com Lento de, em Liberal com, de, em, para com Medo a, de Natural a, de, em Necessário a, em, para Negligente em Nocivo a Ojeriza a, com, contra, por Paralelo a, com, de, entre Passível de Perito em Permissível a Perpendicular a Pertinaz em Possível a, de Possuído de, por Posterior a Preferível a Prejudicial a Presente a Prestes a, em, para Propenso a, para Propício a, para Próximo a, de Relacionado com Residente em Responsável a, de, por Rico de, em Seguro com, contra, de, em, para, por Semelhante a, em Sensível a, para Sito em, entre Situado a, em, entre Suspeito a, de Transversal a Útil a, em, para Versado em Vinculado a Vizinho a, de, co Exemplos: O lugar era acessível a todos. Estou acostumada com as mordomias da casa. As crianças estão adaptadas à nova escola. A mãe era afável com os filhos. Os transeuntes ficaram aflitos com o acidente. O jantar foi agradável para todos. ExERCíCIOS 1. (CESCEM) Embora pobre e falto ..... recursos, foi fiel ..... ele, que ..... queria bem com igual constância. a) em - a - o d) de - a - lhe b) em - para - o e) de - para - lhe c) de - para - o 2. (CESCEA) As palavras ansioso, contemporâneo e misericordioso regem, respectivamente, as preposições: a) em - de - para d) de - com - para com b) de - a - de e) com - a - a c) por - com - de 3. (MACK) Indique a alternativa que completa corretamente as lacunas do seguinte período: “Era um tique peculiar ..... cavalariço o de deixar caído, ..... canto da boca, o cachimbo vazio ..... fumo, enquanto alheio ..... tudo e solícito apenas ..... animais, prosseguia ..... seu serviço.” a) ao - ao - de - a - com os - em b) do - no - em - de - dos - para c) para o - no - de - com - pelos - a d) ao - pelo - do - por - sobre - em e) do - para o - no - para - para com os - no 4. (FESP) Sua avidez ............ lucros, ............ riquezas, não era compatível ............ seus sentimentos de amor ............ próximo. a) por, por, em, do d) para, para, de, pelo b) de, de, com, para o e) por, por, com, ao c) de, de, por, para com o 11 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA 5. (ESAF) Observe as palavras sublinhadas e indique a frase que apresenta regência nominal correta: a) Por ser muito estudioso, ele tinha grande amor a seus livros. b) Havia muitos anos que não via o filho, por isso estava ansioso em vê-lo. c) Alheio para com o julgamento, o réu permanecia calado. d) Coitado! Foi preso porque era suspeito por um crime que não cometeu. e) Tínhamos o propósito em dizer toda a verdade, mas nos impediram de fazê-lo. 6. (ESAF) Observe, nos períodos abaixo, a regência dos verbos e dos nomes: I. As constantes faltas ao trabalho implicaram a sua demissão. II. Procederemos à abertura do inquérito. III. O cargo a que aspiramos é disputado por todos. IV. Prefiro mais estudar do que trabalhar. V. Sua atitude é incompatível ao ambiente. Assinale a seqüência que corresponde aos períodos corretos: a) I, II e IV d) I, II e III b) II, III e IV e) I, III e IV c) II, IV e V 7. (FATEC) Aponte a alternativa incorreta quanto à regência nominal: a) Este caso é análogo ao que foi discutido ontem. b) É preferível remodelar o antigo projeto a contratar um novo projeto. c) Foi reintegrado no Ministério que ocupava. d) Pretendemos estar presentes na reunião. e) Sua situação profissional é caracterizada pelo interesse de projetar-se a qualquer custo. 8. (IBGE) Assinale a opção correta quanto à regência: a) Os autores fazem referências desabonadoras as características do brasileiro. b) A atenção à modernidade é indispensável àqueles comentários. c) As pessoas são críticas no tocante as virtudes que possuem. d) Os entrevistados se põem a responder as perguntas feitas. e) Será pedida à entrevistada àquela resposta relativa a profissão. 9. (TRE-RO) I - Pé-de-Meia é cabo eleitoral ....... mostra serviço; II - O homem ....... te referiste é alistador de gente. III - Eis os documentos ....... necessitamos para o registro do candidato. A opção que completa corretamente as frases é: a) que / o qual / os quais d) a que / a que / que b) que / o qual / de que e) cujo / a que / que c) que / a que / de que 10. (TRE-RJ) A desigualdade jurídica do feudalismo ..... alude o autor se faz presente ainda hoje nos países ..... terras existe visível descompasso entre a riqueza e a pobreza. Tendo em vista o emprego dos pronomes relativos, completam-se corretamente as lacunas da sentença acima com: a) a qual / cujas d) o qual / por cujas b) a que / em cujas e) ao qual / cuja as c) à qual / em cuja as RESPOSTA 1-D 2-C 3-A 4-E 5-A 6-E 7-D 8-B 9-C 10-A Regencia Verbal É a relação do verbo com seus complementos verbais (objetos). Exemplos: Eu gosto de você. Eu moro em Salvador. Atenção: Existem verbos que possuem mais de uma regência; às vezes a mudança da transitividade verbal (de verbo transitivo direto para verbo transitivo indireto) não altera ou não o significado verbal. Observe os exemplos abaixo: Sem alteração de sentido. Esqueci o horário das aulas. (verbo transitivo direto – VTD) Esqueci-me do horário das aulas. (verbo transitivo indireto – VTI) Com alteração de sentido. As crianças assistiam à televisão tranquilamente. (VTI no sentido de ver) As crianças assistem em Tupã. (VI no sentido de morar) Veja abaixo a relação dos verbos mais solicitados: Agradar: VTD (sentido de fazer carinho): O pai agradava o filho e a mãe agradava a filha. VTI + preposição A (sentido de ser agradável ou desagradável) O final da novela não agradou ao público. O diretor da escola desagradou aos alunos. Agradecer VTD: Agradeceu as flores. VTI + preposição A: Agradeceu ao namorado. VTDI: Agradeceu as flores ao namorado. 12 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Amar: VTD: Fabrício ama crianças educadas. / Fabrício ama Renata. VI: Amava demais. VTD com objeto direto preposicionado: Amo a Deus. Ansiar: VTD (sentido de angustiar, ansiedade): A data da festa ansiava as crianças. VTI + preposição Por (sentido de desejar muito, demais): Ansiava pelo cargo de oficial de justiça. Antipatizar e Simpatizar - VTI + preposição Com: Cuidado! Estes verbos não aceitam pronomes: Antipatizo com a professora de química. Antipatizo-me com a professora. (errada, ocorreu a presença do pronome) Simpatizamos com a nova secretária da empresa. Simpatizamo-nos com a nova secretária da empresa. (errada, ocorreu a presença do pronome) Aspirar: VTD (sentido de respirar): Sempre aspiramos o ar puro do campo. VTI + preposição A (sentido de almejar a): Aspiramos ao cargo de oficial de justiça. Assistir: VTI + preposição A (sentido de ver/ presenciar): Assistíamos aZVTI + predicativo do objeto com preposição: Chamava – lhe de pateta. Cuidado! Apesar das quatro formas existentes não há alteração no sentido do verbo. Chegar VI + preposição A + Adjunto Adverbial de Lugar: Chegamos tarde à escola. As crianças chegaram cansadas à festa do Rafael. Custar: VTI no sentido de ser custoso, difícil: Cuidado! Tem como sujeito uma oração com o verbo na 3ª pessoa do singular e a presença dos pronomes oblíquos. Custava- lhe acreditar na morte do filho. Custava-me crer no desaparecimento do recém-nascido. VTDI: (sentido de acarretar, ocasionar): A aprovação no concurso custou dedicação ao aluno. Desobedecer e Obedecer: VTI + preposição A: Os motoristas desobedecem às leis de trânsito. Os alunos obedecem aos regulamentos do colégio. Ensinar: VTD: O professor ensina matemática aos alunos. VTI: O professor ensina aos alunos. VTDI: O professor ensina matemática aos alunos. Esquecer e Lembrar: VTD: Esqueci o horário da aula. Lembrei o aniversário de Aline. VTI: Esqueci-me do horário da aula. Lembrei-me do aniversário de Aline. VTI no sentido de cair no esquecimento, fugir da memória: Esqueceu-me o horário da aula. (o termo grifado é sujeito da oração) VTI no sentido de vir à memória, à lembrança: Lembrou-me o aniversário de Aline. Gostar: VTI + preposição de: Nós gostamos de sorvete de creme. Thiago gosta de Renata. Ir VI + preposição A + Adjunto Adverbial de lugar: Fomos ao parque. Iremos ao sítio amanhã cedo. Namorar: VI: Já namorei várias meninas de Campinas. VTD: João namora mariana. Pagar e Perdoar (PAPER) VTD: Pagamos o IPTU Jesus perdoou os pecados. VTI: Pagamos ao caixa. Jesus perdoou aos pecadores. VTDI: Pagamos o IPTU ao caixa. Jesus perdoou os pecados aos pecadores. Preferir: VTD: Prefiro bolo de chocolate. VTDI + preposição A: Prefiro bolo de chocolate a bolo de morango. Cuidado! são incorretas as orações abaixo: Prefiro mais bolo de chocolate do que bolo de morango ou Prefiro muito mais bolo de chocolate que bolo de morango. O verbo preferir não aceita os adjuntos adverbiais de intensidade (muito mais, mais, mil vezes). Prevenir, Informar, Avisar (PIA) VTDI: Previna as crianças do perigo. Previna o perigo às crianças. VTDI: Informe os alunos da data da prova. Informe a data da prova aos alunos. VTDI: Avise os pais da reunião. Avise a reunião aos pais. 15 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA • Pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: quando a preposição “a” surge diante desses demonstrativos, devemos sobrepor essa preposição à primeira letra dos demonstrativos e indicar o fenômeno mediante um acento grave: Enviei convites àquela sociedade (= a + aquela); A solução não se relaciona àqueles problemas (= a + aqueles); Não dei atenção àquilo (= a + aquilo). A simples interpretação da frase já nos faz concluir se o “a” inicial do demonstrativo é simples ou duplo. Entretanto, para maior segurança, podemos usar o seguinte artifício: Substituir os demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo pelos demonstrativos este(s), esta(s), isto, respectivamente. Se, antes destes últimos, surgir a preposição “a”, estará comprovada a hipótese do acento de crase sobre o “a” inicial dos pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo. Se não surgir a preposição “a”, estará negada a hipótese de crase. Enviei cartas àquela empresa./ Enviei cartas a esta empresa. A solução não se relaciona àqueles problemas./ A solução não se relaciona a estes problemas. Não dei atenção àquilo./ Não dei atenção a isto. A solução era aquela apresentada ontem./ A solução era esta apresentada ontem. • Palavra “casa”: quando a expressão casa significa “lar”, “domicílio” e não vem acompanhada de adjetivo ou locução adjetiva, não há crase: Chegamos alegres a casa; Assim que saiu do escritório, dirigiu-se a casa; Iremos a casa à noitinha. Mas, se a palavra casa estiver modificada por adjetivo ou locução adjetiva, então haverá crase: Levaram- me à casa de Lúcia; Dirigiram-se à casa das máquinas; Iremos à encantadora casa de campo da família Sousa. • Palavra “terra”: Não há crase, quando a palavra terra significa o oposto a “mar”, “ar” ou “bordo”: Os marinheiros ficaram felizes, pois resolveram ir a terra; Os astronautas desceram a terra na hora prevista. Há crase, quando a palavra significa “solo”, “planeta” ou “lugar onde a pessoa nasceu”: O colono dedicou à terra os melhores anos de sua vida; Voltei à terra onde nasci; Viriam à Terra os marcianos? • Palavra “distância”: Não se usa crase diante da palavra distância, a menos que se trate de distância determinada: Via-se um monstro marinho à distância de quinhentos metros; Estávamos à distância de dois quilômetros do sítio, quando aconteceu o acidente. Mas: A distância, via- se um barco pesqueiro; Olhava-nos a distância. • Pronome Relativo: Todo pronome relativo tem um substantivo (expresso ou implícito) como antecedente. Para saber se existe crase ou não diante de um pronome relativo, deve-se substituir esse antecedente por um substantivo masculino. Se o “a” se transforma em “ao”, há crase diante do relativo. Mas, se o “a” permanece inalterado ou se transforma em “o”, então não há crase: é preposição pura ou pronome demonstrativo: A fábrica a que me refiro precisa de empregados. (O escritório a que me refiro precisa de empregados.); A carreira à qual aspiro é almejada por muitos. (O trabalho ao qual aspiro é almejado por muitos.). Na passagem do antecedente para o masculino, o pronome relativo não pode ser substituído, sob pena de falsear o resultado: A festa a que compareci estava linda (no masculino = o baile a que compareci estava lindo). Como se viu, substituímos festa por baile, mas o pronome relativo que não foi substituído por nenhum outro (o qual etc.). A Crase é Obrigatória • Sempre haverá crase em locuções prepositivas, locuções adverbiais ou locuções conjuntivas que tenham como núcleo um substantivo feminino: à queima-roupa, à maneira de, às cegas, à noite, às tontas, à força de, às vezes, às escuras, à medida que, às pressas, à custa de, à vontade (de), à moda de, às mil maravilhas, à tarde, às oito horas, às dezesseis horas, etc. É bom não confundir a locução adverbial às vezes com a expressão fazer as vezes de, em que não há crase porque o “as” é artigo definido puro: Ele se aborrece às vezes (= ele se aborrece de vez em quando); Quando o maestro falta ao ensaio, o violinista faz as vezes de regente (= o violinista substitui o maestro). Sempre haverá crase em locuções que exprimem hora determinada: Ele saiu às treze horas e trinta minutos; Chegamos à uma hora. Cuidado para não confundir a, à e há com a expressão uma hora: Disseram- me que, daqui a uma hora, Teresa telefonará de São Paulo (= faltam 60 minutos para o telefonema de Teresa); Paula saiu daqui à uma hora; duas horas depois, já tinha mudado todos os seus planos (= quando ela saiu, o relógio marcava 1 hora); Pedro saiu daqui há uma hora (= faz 60 minutos que ele saiu). • Quando a expressão “à moda de” (ou “à maneira de”) estiver subentendida: Nesse caso, mesmo que a palavra subseqüente seja masculina, haverá crase: No banquete, serviram lagosta à Termidor; Nos anos 60, as mulheres se apaixonavam por homens que tinham olhos à Alain Delon. • Quando as expressões “rua”, “loja”, “estação de rádio”, etc. estiverem subentendidas: Dirigiu-se à Marechal Floriano (= dirigiu-se à Rua Marechal Floriano); Fomos à Renner (fomos à loja Renner); Telefonem à Guaíba (= telefonem à rádio Guaíba). • Quando está implícita uma palavra feminina: Esta religião é semelhante à dos hindus (= à religião dos hindus). Excluída a hipótese de se tratar de qualquer um dos casos anteriores, devemos substituir a palavra feminina por outra masculina da mesma função sintática. Se ocorrer “ao” no masculino, haverá crase no “a” do feminino. Se ocorrer “a” ou “o” no masculino, não haverá crase no “a” do feminino. O problema, para muitos, consiste em descobrir o masculino de certas palavras como “conclusão”, “vezes”, “certeza”, “morte”, etc. É necessário então frisar que não há necessidade alguma de que a palavra masculina tenha qualquer relação de sentido com a palavra feminina: deve apenas ter a mesma função sintática: Fomos a cidade comprar carne. (ao supermercado); Pedimos um favor à diretora. (ao diretor); Muitos são incensíveis à dor alheia. (ao sofrimento); Os empregados deixam a fábrica. (o escritório); O perfume cheira a rosa. (a cravo); O professor chamou a aluna. (o aluno). • Não confundir devido com dado (a, os, as): a primeira expressão pede preposição “a”, havendo crase antes de palavra feminina determinada pelo artigo definido: Devido à discussão de ontem, houve um mal-estar no ambiente (= devido ao barulho de ontem, houve...); A segunda expressão não aceita preposição “a” (o “a” que aparece é artigo definido, não havendo, pois, crase): Dada a questão primordial envolvendo tal fato (= dado o problema primordial...); Dadas as respostas, o aluno conferiu a prova (= dados os resultados...). 16 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA • Antes de pronome interrogativo, não ocorre crase: A que artista te referes? • Na expressão valer a pena ( no sentido de valer o sacrifício, o esforço), não ocorre crase, pois o “a” é artigo definido: Parodiando Fernando Pessoa, tudo vale a pena quando a alma não é pequena... ExERCICíOS 01 – A crase não é admissível em: a) Comprou a crédito. b) Vou a casa de Maria. c) Fui a Bahia. d) Cheguei as doze horas. e) A sentença foi favorável a ré. 02 - (PRF/N.M./ANP) Assinale a opção em que falta o acento de crase: a) O ônibus vai chegar as cinco horas. b) Os policiais chegarão a qualquer momento. c) Não sei como responder a essa pergunta. d) Não cheguei a nenhuma conclusão. 03 - (ALCL-DF/N.S./IDR) Assinale a alternativa correta: a) O ministro não se prendia à nenhuma dificuldade burocrática. b) O presidente ia a pé, mas a guarda oficial ia à cavalo. c) Ouviu-se uma voz igual à que nos chamara anteriormente. d) Solicito à V. Exa. Que reconheça os obstáculos que estamos enfrentando. 04 - (ATCL-DF/N.S./IDR) Marque a alternativa correta quanto ao acento indicativo da crase: a) A cidade à que me refiro situa-se em plena floresta, a algumas horas de Manaus. b) De hoje à duas semanas estaremos longe, a muitos quilômetros daqui, a gozar nossas merecidas férias. c) As amostras que servirão de base a nossa pesquisa estão há muito tempo à disposição de todos. d) À qualquer distância percebia-se que, à falta de cuidados, a lavoura amarelecia e murchava. 05 - Em qual das alternativas o uso do acento indicativo de crase é facultativo? a) Minhas idéias são semelhantes às suas. b) Ele tem um estilo à Eça de Queiroz c) Dei um presente à Mariana. d) Fizemos alusão à mesma teoria. e) Cortou o cabelo à Gal Costa. 06 - “O pobre fica ___ meditar, ___ tarde, indiferente ___ que acontece ao seu redor”. a) à - a - aquilo b) a - a - àquilo c) a - à - àquilo d) à - à - aquilo e) à - à - àquilo 07 - “A casa fica ___ direita de quem sobe a rua, __- duas quadras da Avenida Central”. a) à - há b) a - à c) a - há d) à - a e) à - à 08 - “O grupo obedece ___ comando de um pernambucano, radicado ___ tempos em São Paulo, e se exibe diariamente ___ hora do almoço”. a) o - à - a b) ao - há - à c) ao - a - a d) o - há - a e) o - a - a 09 - “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”. a) à - àqueles - a - há b) a - àqueles - a - há c) a - aqueles - à - a d) à - àqueles - a - a e) a - aqueles - à - há 10 - Assinale a frase gramaticalmente correta: a) O Papa caminhava à passo firme. b) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz. c) Chegou à noite, precisamente as dez horas. d) Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas. e) Ora aspirava a isto, ora aquilo, ora a nada. 11 - O Ministro informou que iria resistir _____ pressões contrárias _____ modificações relativas _____ aquisição da casa própria. a) às - àquelas _ à b) as - aquelas - a c) às àquelas - a d) às - aquelas - à e) as - àquelas - à 12 - A alusão _____ lembranças da casa materna trazia _____ tona uma vivência _____ qual já havia renunciado. a) às - a - a b) as - à - há c) as - a - à d) às - à - à e) às - a - há 13 - Use a chave ao sair ou entrar __________ 20 horas. a) após às b) após as c) após das d) após a e) após à 17 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA 14 - _____ dias não se consegue chegar _____ nenhuma das localidades _____ que os socorros se destinam. a) Há - à - a b) A - a - a c) À - à - a d) Há - a - a e) À - a - a 15 - Fique _____ vontade; estou _____ seu inteiro dispor para ouvir o que tem _____ dizer. a) a - à - a b) à - a - a c) à - à - a d) à - à - à e) a - a - a RESPOSTAS 01 02 03 04 05 06 07 A A C C C C D 08 09 10 11 12 13 14 15 B B D A D B D B PONTUAÇÃO Pontuação é o conjunto de sinais gráficos que indica na escrita as pausas da linguagem oral. PONTO O ponto é empregado em geral para indicar o final de uma frase declarativa. Ao término de um texto, o ponto é conhecido como final. Nos casos comuns ele é chamado de simples. Também é usado nas abreviaturas: Sr. (Senhor), d.C. (depois de Cristo), a.C. (antes de Cristo), E.V. (Érico Veríssimo). PONTO DE INTERROGAÇÃO É usado para indicar pergunta direta. Onde está seu irmão? Às vezes, pode combinar-se com o ponto de exclamação. A mim ?! Que idéia! PONTO DE ExCLAMAÇÃO É usado depois das interjeições, locuções ou frases exclamativas. Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória! Ó jovens! Lutemos! VíRGULA A vírgula deve ser empregada toda vez que houver uma pequena pausa na fala. Emprega-se a vírgula: • Nas datas e nos endereços: São Paulo, 17 de setembro de 1989. Largo do Paissandu, 128. • No vocativo e no aposto: Meninos, prestem atenção! Termópilas, o meu amigo, é escritor. • Nos termos independentes entre si: O cinema, o teatro, a praia e a música são as suas diversões. • Com certas expressões explicativas como: isto é, por exemplo. Neste caso é usado o duplo emprego da vírgula: Ontem teve início a maior festa da minha cidade, isto é, a festa da padroeira. • Após alguns adjuntos adverbiais: No dia seguinte, viajamos para o litoral. • Com certas conjunções. Neste caso também é usado o duplo emprego da vírgula: Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar o diretor. • Após a primeira parte de um provérbio. O que os olhos não vêem, o coração não sente. • Em alguns casos de termos oclusos: Eu gostava de maçã, de pêra e de abacate. RETICÊNCIAS • São usadas para indicar suspensão ou interrupção do pensamento. Não me disseste que era teu pai que ... • Para realçar uma palavra ou expressão. Hoje em dia, mulher casa com “pão” e passa fome... • Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro sentimento. Aqui jaz minha mulher. Agora ela repousa, e eu também... PONTO E VíRGULA • Separar orações coordenadas de certa extensão ou que mantém alguma simetria entre si. “Depois, lracema quebrou a flecha homicida; deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada. “ • Para separar orações coordenadas já marcadas por vírgula ou no seu interior. Eu, apressadamente, queria chamar Socorro; o motorista, porém, mais calmo, resolveu o problema sozinho. DOIS PONTOS • Enunciar a fala dos personagens: Ele retrucou: Não vês por onde pisas? • Para indicar uma citação alheia: Ouvia-se, no meio da confusão, a voz da central de informações de passageiros do vôo das nove: “queiram dirigir-se ao portão de embarque”. • Para explicar ou desenvolver melhor uma palavra ou expressão anterior: Desastre em Roma: dois trens colidiram frontalmente. • Enumeração após os apostos: Como três tipos de alimento: vegetais, carnes e amido. 20 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA ExERCíCIOS 1. (FUVEST) Estava ....... a ....... da guerra, pois os homens ....... nos erros do passado. a) eminente, deflagração, incidiram b) iminente, deflagração, reincidiram c) eminente, conflagração, reincidiram d) preste, conflaglação, incidiram e) prestes, flagração, recindiram 2. (PUC-MG) “Durante a .......... solene era .......... o desinteresse do mestre diante da .......... demonstrada pelo político.” a) seção - fragrante - incipiência b) sessão - flagrante - insipiência c) sessão - fragrante - incipiência d) cessão - flagrante - incipiência e) seção - flagrante - insipiência 3. (CESCEM) Na ...... plenária estudou-se a ...... de direitos territoriais a ..... . a) sessão - cessão - estrangeiros b) seção - cessão - estrangeiros c) secção - sessão - extrangeiros d) sessão - seção - estrangeiros e) seção - sessão - estrangeiros 4. (BAURU) Há uma alternativa errada. Assinale-a: a) A eminente autoridade acaba de concluir uma viagem política. b) A catástrofe torna-se iminente. c) Sua ascensão foi rápida. d) Ascenderam o fogo rapidamente. e) Reacendeu o fogo do entusiasmo. 5. (FEB) Há uma alternativa errada. Assinale-a: a) cozer = cozinhar; coser = costurar b) imigrar = sair do país; emigrar = entrar no país c) comprimento = medida; cumprimento = saudação d) consertar = arrumar; concertar = harmonizar e) chácara = sítio; xácara = verso 6. (FCMPA-MG) Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamente aplicada: a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes. b) A justiça infligiu a pena merecida aos desordeiros. c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche. d) Devemos ser fiéis ao cumprimento do dever. e) A cessão de terras compete ao Estado. 7. (TRT) O ..................... do prefeito foi ......................... ontem. a) mandado - caçado b) mandato - cassado c) mandato - caçado d) mandado - casçado e) mandado - cassado 8. (ESAF) Marque a alternativa cujas palavras preenchem corretamente as respectivas lacunas, na frase seguinte: “Necessitando ..................... o número do cartão do PIS, ............... a data de meu nascimento.” a) ratificar, proscrevi b) prescrever, discriminei c) descriminar, retifiquei d) proscrever, prescrevi e) retificar, ratifiquei 9. (FUVEST) “A ............... científica do povo levou-o a ............... de feiticeiros os ............... em astronomia.” a) insipiência tachar expertos b) insipiência taxar expertos c) incipiência taxar espertos d) incipiência tachar espertos e) insipiência taxar espertos 10. (MACK) Na oração: Em sua vida, nunca teve muito .........., apresentava-se sempre .......... no .......... de tarefas .......... . As palavras adequadas para preenchimento das lacunas são: a) censo - lasso - cumprimento - eminentes b) senso - lasso - cumprimento - iminentes c) senso - laço - comprimento - iminentes d) senso - laço - cumprimento - eminentes e) censo - lasso - comprimento - iminentes 11. (TFC) Indique a letra na qual as palavras complementam, corretamente, os espaços das frases abaixo: 1.Quem possui deficiência auditiva não consegue .......... os sons com nitidez. 2.Hoje são muitos os governos que passaram a combater o .......... de entorpecentes com rigor. 3.O Diretor do presídio .......... pesado castigo aos prisioneiros revoltosos. a) discriminar - tráfico - infligiu b) discriminar - tráfico - infringiu c) descriminar - tráfego - infringiu d) descriminar - tráfego - infligiu e) descriminar - tráfico - infringiu 21 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA 12. (TRE-MG) A palavra nos parênteses não preenche adequadamente a lacuna do enunciado em: a) O crime foi bárbaro. Somente após a .............. do assunto é que foi possível prendê-lo. (descrição) b) Só seria possível .............. o acusado, se conseguíssemos mais provas que o inocentassem. (descriminar) c) As negociações só vão ............... os resultados esperados, caso todos compareçam. (sortir) d) O corpo estava .............., apenas a cabeça estava fora da água, que subia cada vez mais. (imerso) e) Como a mercadoria estava muito pesada, o recurso foi .............. o cofre ali mesmo, na escada (arriar) RESPOSTAS 1-B 2-B 3-A 4-D 5-B 6-C 7-B 8-E 9-A 10-B 11-A 12-C TIPOLOGIA TExTUAL RESUMO A Redação tem o objetivo de avaliar a capacidade de expressão na modalidade escrita da Língua Portuguesa. O candidato deverá produzir texto (observando o mínimo e o máximo de linhas permitidas), legível, caracterizado pela coerência e coesão, com base em um tema formulado pela banca examinadora. Com a função de motivar o candidato para a redação, despertando idéias e propiciando o enriquecimento de informações, poderá haver na prova, textos e outros elementos correlacionados ao assunto em questão. Os critérios de avaliação mais abrangentes referem-se ao desenvolvimento do tema, à observância da apresentação e da estrutura textual e ao domínio da expressão escrita. Em termos restritos, estabelecem-se critérios específicos ligados a cada item. Dissertar é um ato praticado pelas pessoas todos os dias. Elas procuram justificativas para a elevação dos preços, para o aumento da violência nas cidades, para a repressão dos pais. É mundial a preocupação com o aquecimento global, o câncer, a poluição. Muitas vezes, em casos de divergência de opiniões, cada um defende seus pontos de vista em relação ao futebol, ao cinema, à música. A vida cotidiana traz constantemente a necessidade de exposição de idéias pessoais, opiniões e pontos de vista. Em alguns casos, é preciso persuadir os outros a adotarem ou aceitarem uma forma de pensar diferente. Em todas essas situações e em muitas outras, utiliza-se a linguagem para dissertar, ou seja, organizam-se palavras, frases, textos, a fim de, por meio da apresentação de idéias, dados e conceitos, chegar-se a conclusões. Em suma, dissertação implica discussão de idéias, argumentação, organização do pensamento, defesa de pontos de vista, descoberta de soluções. É, entretanto, necessário conhecimento do assunto que se vai abordar, aliado a uma tomada de posição diante desse assunto. Dicas Exceto se for solicitado, o candidato jamais deve colocar título na redação, pois o título serve para analisar criatividade, e esse não é o objetivo do concurso. É importante que o candidato tenha cuidado com a caligrafia, pois se o examinador não entender a letra, com certeza a redação nem será corrigida. Deve-se também cuidar para não cometer vícios comuns, tais como: • Prolongar o Til para fazer a cedilha em palavras como ação; • Utilizar o mesmo corte para dois tt, em palavras como tatu; • Utilizar bolinhas ao invés de pontos em cima dos is e jotas, tais como igreja; Outra observação importante é quanto ao erro. Se ocorrer do concursando errar uma palavra ou um parágrafo, deve-se fazer apenas um risco sobre o erro, exemplo: quando íamos à praia. Jamais risque várias vezes, ou coloque entre parênteses, muito menos escreva em cima da palavra riscada, exemplo; amo vocêele. Se o erro for consideravelmente grande, ou seja, se tiver várias linhas, deve-se decidir se compensa riscar tudo ou deixar errado. A margem deve ser obrigatoriamente obedecida. Iniciar o parágrafo e seguir o mesmo padrão em todos os outros, as demais linhas devem ser preenchidas por completo, separando as sílabas corretamente sempre que necessário. Exemplo: “Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.” (Clarice Lispector) Tipos de redação Há três tipos de redação; descrição, narração e dissertação. É muito provável que o concurso peça o tipo dissertação. Como anteriormente dito, a dissertação consiste na exposição de uma idéia. A redação que o examinador espera do candidato, não é uma dissertação subjetiva, que leva em consideração apenas sua visão pessoal, mas com certeza uma dissertação objetiva, que procura convencer o examinador acerca da idéia apresentada, Por esse motivo, a dissertação é sempre persuasiva. Deve conter introdução, desenvolvimento e conclusão, portanto, toda dissertação deve conter ao menos três parágrafos. 22 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA A Introdução deve ser a apresentação clara e objetiva do tema e o seu posicionamento frente a ele. Por exemplo, se o concurso der o tema: “Maioridade penal”, o examinador deverá ler o texto todo sabendo previamente qual o meu posicionamento. O desenvolvimento servirá para argumentar e comprovar o posicionamento assumido frente ao tema. Nessa etapa podemos exemplificar, dar posições favoráveis e desfavoráveis ao nosso posicionamento, mas é importante não terminarmos o desenvolvimento com posicionamento contrario. A base de uma dissertação é a fundamentação de seu ponto de vista, sua opinião sobre o assunto. Para tanto, deve- se atentar para as relações de causa-conseqüência e pontos favoráveis e desfavoráveis, muito usadas nesse processo. Algumas expressões indicadoras de causa e conseqüência • causa: por causa de, graças a, em virtude de, em vista de, devido a, por motivo de • conseqüência : conseqüentemente, em decorrência, como resultado, efeito de Exemplo de argumentação para a tese de que a menoridade penal não deve ser reduzida: • porque os jovens são imaturos; • porque os jovens precisam de formação e educação de qualidade; • porque adultos utilizariam jovens ainda menores como co-autores. Mesmo quando se destacam características positivas, é bom utilizar ponto negativo. Neste caso, destaca-se que a importância dos pontos positivos minimizam a negatividade do outro argumento. Quanto ao tamanho dos parágrafos, cuidado com períodos longos, eles prejudicam a clareza e a fluência. O problema não é exatamente o tamanho do período e sim a organização das idéias. Se estiverem intercaladas em excesso, o texto pode se tornar cansativo, mas não será, necessariamente, obscuro. Porém, não é bom redigir períodos muito longos. A conclusão é muito parecida com a introdução, não devemos acrescentar nada novo na conclusão, muito menos terminar com uma pergunta do tipo: Será que diminuir a menoridade penal resolveria o problema? Cuidados especiais Ao terminar o texto, não coloque qualquer coisa escrita ou riscos de qualquer natureza. Detalhe: não precisa autografar no final. Prefira usar palavras de língua portuguesa a estrangeirismos. Não use chavões, provérbios, ditos populares ou frases feitas. Não use questionamentos em seu texto, sobretudo em sua conclusão. Jamais usar a primeira pessoa do singular, a menos que haja solicitação do tema (Ex.: O que você acha sobre o aborto - ainda assim, pode-se usar a 3ª pessoa) Evite usar palavras como “coisa” e “algo”, por terem sentido vago. Prefira: elemento, fator, tópico, índice, item etc. Repetir muitas vezes as mesmas palavras empobrece o texto. Lance mão de sinônimos e expressões que representem a idéia em questão. Só cite exemplos de domínio público, sem narrar seu desenrolar. Faça somente uma breve menção. A emoção não pode perpassar nem mesmo num adjetivo empregado no texto. Atenção à imparcialidade. Evite o uso de etc. e jamais abrevie palavras Não analisar assuntos polêmicos sob apenas um dos lados da questão. Coesão e Coerência Vamos lembrar o significado de coesão com uma imagem bem simples. Imagine que o seu texto seja uma parede. Nessa situação, cada tijolo seria uma frase, pois o conjunto das frases forma o texto, assim como o conjunto dos tijolos forma a parede. Sabemos, porém, que os tijolos não podem ficar apenas uns sobre os outros ou ao lado dos outros: isso levaria a uma parte frágil e nem um pouco segura. Sendo assim, é necessário que se coloque alguma coisa entre eles para que se fixem e se unam de forma segura: a argamassa. No caso do texto, ocorre o mesmo processo: se as frases ficarem soltas, o texto será facilmente desmontável. É preciso unir as frases, da mesma forma como se unem os tijolos. E a argamassa usada no texto são os elementos de coesão. Alguns cuidados são necessários na colocação dessa argamassa na parede: ela tem que ser adequada, na medida certa e no local certo. A mesma coisa deve acontecer com os elementos de coesão: eles têm que ser adequados à idéia que se deseja transmitir, no local e na forma exata que o raciocínio exige. Se a idéia a ser transmitida for a idéia de causa, o elemento que deve ser usado são as conjunções causais: porque, visto que, já que, pois, etc. Qualquer outra que seja utilizada modifica toda a idéia, gerando, muitas vezes, até incoerência. E o que seria incoerência? Seria exatamente a inadequação, o erro de contextualização de algum fato, evento ou termo. Se alguém disser que percebia “a palidez do Sol sobre as águas do Amazonas”, o que se vê é uma incoerência no uso da imagem: o sol tropical pode ser acusado de muitas coisas, mas de palidez, jamais. Num contexto de morte, por exemplo, em que se vela alguém, é impertinente e sintoma de incoerência contextual alguém contar uma piada de papagaio, provocando risos e quebrando o tom lutuoso do momento. Na vida diária, são inúmeras as situações em que se percebe a incoerência. E é a partir do entendimento de incoerência que se chega ao que é coerência: coerência é adequação, harmonia, seja com o contexto, seja com os falantes ou leitores, seja com a forma de linguagem, etc. Pode-se afirmar também que o que é incoerente num dado contexto não o é em outro. Se uma mulher se veste de longo e vai á praia, isso é incoerente. Numa noite de gala, não o é. Nessa noite de gala, o incoerente seria usar o biquíni. A coerência resulta da relação harmoniosa entre os pensamentos ou idéias apresentadas num texto sobre um determinado assunto. Refere-se, dessa forma, ao conteúdo, ou seja, à seqüência ordenada das opiniões ou fatos expostos. Não havendo o emprego dos elementos de ligação (conectivos), faltará a coesão e, logicamente, a coerência ao texto. 25 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Bilateralidade Abordar um outro aspecto de uma discussão é um recurso que permite a comparação de dois lados de uma mesma questão, caracterizando-se aí a bilateralidade. Dessa forma, não se corre o risco de radicalizar um único ponto de vista. O recurso da bilateralidade geralmente é utilizado quando o tema proposto apresenta pontos favoráveis e desfavoráveis. Oposição O uso desse tipo de técnica prova a capacidade de acordar um assunto de forma dialética, ou seja, explorando com o mesmo interesse dois pólos da discussão. Nesse caso, para chegar a um posicionamento, mais um parágrafo ou simplesmente a conclusão fecharia o texto de forma completa, com a confirmação ou a refutação de um dos pontos de vista apresentados. Ilustração Narrativa e Descritiva A narração de um fato ou a descrição de uma cena, relacionados à discussão do tema, é um procedimento exemplificativo bastante eficaz, desde que o aluno não se exceda nesse tipo de passagem, comprometendo o desenvolvimento do texto dissertativo. Exemplificação É a melhor estratégia argumentativa para tornar o texto dissertativo convincente, pois ilustra e fundamenta as idéias apresentadas. Cifras e Dados Estatísticos Cifras e dados próximos do real ou reais são um bom recurso persuasivo, sendo de fundamental importância a garantia da fonte, ainda que citada aproximadamente. Nenhuma das formas exclui a outra. Podem-se mesclar diferentes tipos numa mesma estrutura dissertativa, desde que o tema permita e que não se confunda o desenvolvimento dele com excesso de técnicas. Desenvolvimento/Conclusão Relembrando os pilares teóricos do que seja dissertação, sabe-se que: • Dissertação é exposição, discussão ou interpretação de uma determinada idéia; • Dissertação pressupõe exame crítico do assunto, lógica, raciocínio, clareza, coerência, objetividade na exposição; • Dissertação não permite progressão temporal, como na narração, nem abordagem de caracterização, como na descrição; • Toda dissertação tem como regra de ouro a coerência, fundada no raciocínio lógico e na linguagem clara e concisa; • Toda dissertação é formada de unidades mínimas chamadas parágrafos, contendo o desenvolvimento do tema dado. ABORDAGEM MAIS DETALHADA Causa e conseqüência Observe os três conjuntos abaixo. a) É cada vez menor o número de pessoas que lêem de modo livre e crítico. b) Os meios de comunicação de massa estão substituindo o espaço da leitura na vida das pessoas. c) As pessoas têm tido sérias dificuldades em produzir textos inteligentes e bem escritos. Nesse conjunto dado, há um fato, uma causa e uma conseqüência. Pela leitura dos três enunciados, percebe-se que o fato, o elemento em pauta, é o item a. Por quê? Porque é a constatação de um fato, a constatação de uma realidade. O fato é este: É cada vez menor o número de pessoas que lêem de modo livre e crítico. Tendo isso claro, busca-se a causa desse fato. Para tanto, basta que se pergunte o porquê da sua ocorrência. Assim: Porque é cada vez menor o número de pessoas que lêem de modo livre e crítico? A resposta é: Porque os meios de comunicação de massa estão substituindo o espaço da leitura na vida das pessoas. Esse é o motivo, a razão, a causa que leva as pessoas a lerem cada vez menos criticamente e livremente. Estabelecida a causa, busca-se a conseqüência, já que tudo o que ocorre no mundo traz conseqüências, boas ou más. O raciocínio a ser feito é o seguinte: se tal fato ocorre, o que acontece, então, com as pessoas? Lendo os enunciados dados, seria assim o processo: Se é cada vez menor o número de pessoas que lêem de modo livre e crítico, então o que acontece com as pessoas? A resposta imediata é: As pessoas têm tido sérias dificuldades em produzir texto inteligentes e bem escritos. Colocando o conjunto em harmonia, com a relação de causa e conseqüência bem clara, pode ficar assim, por exemplo: É cada vez menor o número de pessoas que lêem de modo livre e crítico, porque os meios de comunicação de massa estão substituindo o espaço da leitura na vida das pessoas. Em decorrência disso (ou por isso, em conseqüência disso etc.) as pessoas têm tido sérias dificuldades em produzir textos inteligentes e bem escritos. No texto sugerido, o porque é o elemento que introduz a idéia de causa, e a expressão em decorrência disso introduz a idéia de conseqüência. Exemplificação Este processo contribui para dar clareza e intensidade ao texto argumentativo. O exemplo concretiza as idéias, materializa os conceitos, vivifica os valores diante do leitor. Apresentando tudo isso de modo claro e conciso, leva quem lê a uma compreensão imediata do que se pretende. Sob esse aspecto, o processo de exemplificação assume dupla função: acrescenta elementos de persuasão e esclarece o raciocínio, resolvendo possíveis problemas de clareza que possam acontecer na apresentação puramente teórica das idéias. Observe como os dois textos a seguir ficam mais ricos, claros e fortes com o uso dos exemplos. Texto 1 - Como amar uma criança – Janusz Korczak O espírito democrático da criança não conhece hierarquia: 1º ponto de vista ela sofre da mesma forma diante da fadiga do trabalhador, da fome de um camarada, da miséria de um burro de carga, do suplício de uma galinha sendo degolada. O cachorro e o pássaro são seus próximos, a borboleta e a flor seus iguais. Exemplo Ela descobre um irmão numa pedra ou numa concha. Ela se dessolidariza de nós em seu orgulho de novo-rico: ignora que só o homem possui alma. 1º conclusão Nós não respeitamos a criança porque ela tem muitas horas de vida pela frente. 2º ponto de vista Enquanto nossos passos se tornam pesados nossos gestos interesseiros, nossa percepção e nossos sentimentos empobrecem, a criança corre, salta, olha em volta, se maravilha e interroga em pura gratuidade. Ela desperdiça suas lágrimas e prodigaliza seu riso generosamente (...). Exemplos comparativos Corremos atrás do tempo (...), enquanto a criança tem todo o seu tempo, não arrisca faltar ao encontro com a vida. 2º conclusão 26 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Texto 2 - Fragmento da carta do chefe Seatle, distribuído pela ONU, em resposta à proposta feita pelo presidente dos Estados Unidos à tribo indígena, em 1854, para comprar grande parte de suas terras, oferecendo, em contrapartida, a concessão de uma outra “reserva”. O texto tem sido considerado, através dos tempos, como um dos mais belos e profundos pronunciamentos já feitos sobre a defesa do meio ambiente. Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa idéia nos parece estranha. Se não possuímos frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los? Cada pedaço dessa terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória experiência de meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho. Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta terra, pois ela e a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs: o cervo, o cavalo, a grande águia são nossos irmãos. Os picos radiosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o homem - todos pertencem à mesma família. Portanto, quando o Grande chefe em Washington dizei’ que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós. O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos, considerar sua oferta de comprar nossas terras. Mas isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós. Obs- Leia, se quiser, a carta do Chefe Seatle, na íntegra, em uma de suas inúmera traduções. Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz já 144 anos. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade. Como podeis comprar ou vender o céu, a tepidez do chão? A idéia não tem sentido para nós. Se não possuírmos o frescor do ar ou o brilho da água, como podeis querer comprá-los? Qualquer parte desta terra é sagrada para meu povo. Qualquer folha de pinheiro, qualquer praia, a neblina dos bosques sombrios, o brilhante e zumbidor inseto, tudo é sagrado na memória e na experiência de meu povo. A seiva que percorre o interior das árvores há em si as memórias do homem vermelho. Os mortos do homem branco esquecem a terra de seu nascimento, quando vão pervagar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta terra maravilhosa, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs, os gamos, os cavalos a majestosa águia, todos nossos irmãos. Os picos rochosos, a fragância dos bosques, a energia vital do pônei e do tudo pertence a uma só família. Assim quando o grande chefe em dizer que deseja comprar nossas terras, ele está pedindo muito de nós. O grande Chefe manda dizer que nos reservará um sítio onde possamos viver confortavelmente por nós mesmos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Se é assim, vamos considerar a sua proposta sobre a compra de nossa terra. Mas tal compra não será fácil, já que esta terra é sagrada para nós. A límpida água que percorre os regatos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos ancestrais. Sevos vendermos a terra, tereis de lembrar a vossos filhos que ela é sagrada, e que qualquer reflexo espectral sobre a superfície dos lagos evoca eventos e fase da vida do meu povo. O marulhar das águas e a voz dos nossos ancestrais. Os rios são nossos irmãos, eles nos saciam a sede Levam as nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se vendermos nossa terra a vós, deveis vos lembrar e ensinar a vossas crianças que os irmãos, vossos irmãos também, e então dispensar aos rios a mesma espécie que dispensais a um irmão. Nós mesmos sabemos que o homem branco não entende nosso modo de ser. Para ele um pedaço de terra não se distingue de outra quaisquer, pois é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo de que precisa. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, depois que a submete a si, que a conquista, ele vai embora, à procura de outro lugar. Deixa atrás de si a sepultura de seus pais e não se importa. A cova de seus pais é a herança de seus filhos, ele os esquece. Trata a sua mãe, a terra, e seus irmãos, o céu, como coisas a serem compradas ou roubadas, como se fossem peles de carneiro ou brilhantes contas sem valor. Seu apetite vai exaurir a terra, deixando atrás de si só desertos. Isso eu não compreendo. Nosso modo de ser é completamente diferente do vosso. A visão de vossas cidades faz doer aos olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e como tal, nada possa compreender. Nas cidades do homem branco não há um só lugar onde haja silêncio, paz. Um só lugar onde ouvir o farfalhar das folhas na primavera, o zunir das asas de um inseto. Talvez seja porque sou um selvagem e não possa compreender. O barulho serve apenas para insultar os ouvidos. E que vida é essa onde o homem não pode ouvir o pio solitário da coruja ou o coaxar das rãs à margem dos charcos à noite? O índio prefere o suave sussurrar do vento esfrolando a superfície das águas do lago, ou a fragrância da brisa, purificada pela chuva do meio-dia ou aromatizada pelo perfume dos pinhos. O ar é precioso para o homem vermelho, pois dele todos se alimentam. Os animais, as árvores, o homem, todos respiram o mesmo ar. O homem branco parece não se importar com o ar que respira. Como um cadáver em decomposição, ele é insensível ao mau cheiro. Mas se vos vendermos nossa terra, deveis vos lembrar de que o ar é precioso para nós, que o ar insufla seu espírito em todas as coisas que dele vivem. O ar que vossos avós inspiraram ao primeiro vagido foi o mesmo que lhes recebeu o último suspiro. 27 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Se vendermos nossa terra a vós, deveis conservá-la à parte, como sagrada, como um lugar onde mesmo um homem branco possa ir sorver a brisa aromatizada pelas flores dos bosques. Assim consideraremos vossa proposta de comprar nossa terra. Se nós decidimos aceitá-la, farei uma condição: o homem branco terá que tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo de outro modo. Tenho visto milhares de búfalos apodrecerem nas pradarias, deixados pelo homem branco que neles atira de um trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante que o búfalo, que nós caçamos apenas para nos mantermos vivos. Que será dos homens sem os animais? Se todos os animais desaparecem, o homem morrerá de solidão espiritual. Porque tudo isso pode cada vez mais afetar os homens. Tudo está encaminhado. Deveis ensinar a vossos filhos que o chão onde pisam simboliza as cinzas de nossos ancestrais. Para que eles respeitem a terra, ensinai a eles que ela é rica pela vida dos seres de todas as espécies. Ensinai a eles o que ensinamos aos nossos: que a terra é a nossa mãe. Quando o homem cospe sobre a terra, está cuspindo sobre si mesmo. De uma coisa nós temos certeza: a terra não pertence ao homem branco. O homem branco é que pertence à terra. Disso nós temos certeza. Todas as coisas estão relacionadas como o sangue que une uma família. Tudo está associado. O que fere a terra fere também aos filhos da terra. O homem não tece a teia da vida. É antes um dos seus fios. O que quer que faça essa teia, faz a si próprio. Mesmo o homem branco, a quem Deus acompanha e com quem conversa como um amigo, não pode fugir a esse destino comum. Talvez, apesar de tudo, sejamos todos irmãos. Nós o veremos. De uma coisa sabemos, e que talvez o homem branco venha a descobrir um dia: Nosso Deus é o mesmo deus. Podeis pensar hoje que somente vós o possuís, como desejais possuir a terra, mas não podeis. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual tanto para o homem branco, quanto para o homem vermelho. Essa terra é querida dele, e ofender a terra é insultar o seu criador. Os brancos também passarão talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminai a vossa cama, e vos sufocareis numa noite no meio de vossos próprios excrementos. Mas no nosso parecer, brilhareis alto, iluminados pela força do Deus que vos trouxe a esta terra e por algum favor especial vos outorgou domínio sobre ela e sobre o homem vermelho. Este destino é um mistério para nós, pois não compreendemos como será no dia em que o último búfalo for dizimado, os cavalos selvagens domesticados, os secretos recantos das florestas invadidos pelo odor do suor de muitos homens e a visão das brilhantes colinas bloqueada por fios falantes. Onde está o matagal? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. O fim do viver e o início do sobreviver. Obs. 2 - Leia, a seguir, um texto atual sobre meio ambiente, que circulou na Internet. Carta ao inquilino Senhor morador, Gostaríamos de informar que o contrato de aluguel que acordamos há bilhões de anos atrás está vencendo. Precisamos renová-lo, porém temos que acertar alguns pontos fundamentais: 1 - Você precisa pagar a conta de energia. Está muito alta! Como você gasta tanto? 2 - Antes eu fornecia água em abundância, hoje não disponho mais desta quantidade. Precisamos renegociar o uso. 3 – Por que alguns na casa comem o suficiente e outros estão morrendo de fome, se o quintal é tão grande? Se cuidar da terra, vai ter alimento para todos. 4- Você cortou as árvores que dão sombra, ar e equilíbrio. O sol está quente e o calor aumentou. Você precisa replantar novamente! 5- Todos os bichos e as plantas do imenso jardim devem ser cuidados e preservados. Procurei alguns animais e não os encontrei. Sei que quando aluguei a casa eles existiam... 6- Precisam verificar que cores estranhas estão no céu! Não vejo o azul! 7- Por falar em lixo, que sujeira, hein??? Encontrei objetos estranhos pelo caminho! Isopor, pneus, plásticos... 8 - Não vi os peixes que moram nos rios e lagos. Vocês pescaram todos? Onde estão? Bom, é hora de conversarmos. Preciso saber se você ainda quer morar aqui. Caso afirmativo, o que você pode fazer para cumprir o contrato? Gostaria de ter você sempre comigo, mas tudo tem um limite. Você pode mudar? Aguardo resposta e atitudes. Sua casa – A Terra. 22/04/2001 O Texto Dissertativo – Conclusão A conclusão é a parte final do texto. Para ela convergem todas as idéias anteriormente desenvolvidas, constituindo-se numa espécie de síntese da introdução e do desenvolvimento. É o último parágrafo, tendo como função principal encerrar a discussão ou a exposição desenvolvida, sendo considerada o fecho do assunto abordado. Pode ser elaborada uma síntese do que foi discutido, pode ser sugerida uma perspectiva de solução, pode ser retomado o posicionamento da tese, ou, ainda, podem ser misturadas todas essas possibilidades. Há casos em que a conclusão recupera a idéia da tese: é a chamada conclusão fechada. Outras ocasiões, a conclusão levanta uma hipótese, projeta um pensamento ou faz uma proposta, incentivando a reflexão de quem lê: é a chamada conclusão aberta. 30 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA E o que seria incoerência? Seria exatamente a inadequação, o erro de contextualização de algum fato, evento ou termo. Se alguém disser que percebia “a palidez do Sol sobre as águas do Amazonas”, o que se vê é uma incoerência no uso da imagem: o sol tropical pode ser acusado de muitas coisas, mas de palidez, jamais. Num contexto de morte, por exemplo, em que se vela alguém, impertinente e sintoma de incoerência contextual alguém contar uma piada de papagaio, provocando risos e quebrando o tom lutuoso do momento. Na vida diária, são inúmeras as situações em que se percebe a incoerência. E é a partir do entendimento de incoerência que se chega ao que é coerência: coerência é adequação, harmonia, seja com o contexto, seja com os falantes ou leitores, seja com a forma de lin¬guagem etc. Pode-se afirmar também que o que é incoerente num dado contexto não o é em outro. Se uma mulher se veste de longo e vai à praia, isso é incoerente. Numa noite de gala, não o é. Nessa noite de gala, o incoerente seria usar o biquíni. Elementos de coesão mais usuais, segundo a área semântica (Compilação de Othon M. Garcia) Prioridade, relevância - em primeiro lugar, antes de mais nada, primeiramente, acima de tudo, precipuamente, mormente, principalmente, primordialmente, sobretudo. Tempo (freqüência, duração, ordem, su¬cessão, anterioridade, posterioridade) - então, enfim, logo, depois, imediatamente, logo após, a prin¬cípio, pouco antes, pouco depois, anteriormente, pos¬teriormente, em seguida, afinal, por fim, finalmente, agora, atualmente, hoje, freqüentemente, constante¬mente, às vezes, eventualmente, por vezes, ocasio¬nalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tem¬po, simultaneamente, nesse ínterim, nesse meio tem¬po, enquanto isso e as conjunções temporais. Semelhança, comparação, conformidade – igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo modo, similarmente, semelhantemente, analogamente, por analogia, de maneira idêntica, de conformidade com, de acordo com, segundo, confor¬me, sob o mesmo ponto de vista e as conjunções comparativas. Adição, continuação - além disso, (a)demais, outrossim, ainda mais, ainda por cima, por outro lado, também e as conjunções aditivas (e, nem, não só... mas também etc.). Dúvida - talvez, provavelmente, possivelmen¬te, quiçá, quem sabe, é provável, não é certo, se é que. Certeza, ênfase - decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza. Surpresa, imprevisto - inesperadamente, inopinadamente, de súbito, imprevistamente, surpreendentemente. Ilustração, esclarecimento - por exemplo, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber. Propósito, intenção, finalidade - com o fim de, afim de, com o propósito de. Lugar, proximidade, distância - perto de, próximo a ou de, junto a ou de, dentro, fora, mais adiante, além, acolá, outros advérbios de lugar, algumas outras preposições e os pronomes demonstrativos. Resumo, recapitulação, conclusão – em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto. Causa e conseqüência - daí, por conseqüência, por conseguinte, como resultado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com efeito e as conjunções causais, conclusivas e explicativas. Contraste, oposição, restrição, ressalva – pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto, menos e as conjunções adversativas e concessivas. Referência em geral - os pronomes demonstrativos este (o mais próximo), aquele (o mais distante), esse (posição intermediária: o que está perto da pessoa com quem se fala); os pronomes pessoais; repetições da mesma palavra, de um sinônimo, perífrase ou variante sua; os pronomes adjetivos último, penúltimo, antepenúltimo, anterior, posterior; os numerais ordinais (primeiro, segundo etc.). Textos variados, retirados da Internet, sobre coesão e coerência Sobre coesão e coerência Thaís Nicoleti de Camargo, especial para a Folha de S. Paulo Os vestibulares têm exigido em suas provas de português o domínio dos recursos de sintático-semânticos, isto é, dos operadores responsáveis pela articulação do texto (conjunções, preposições, pronomes relativos, pronomes demonstrativos, enfim, de tudo o que leve a correta leitura e a clareza da expressão escrita). Em certa prova da Unicamp, foi transcrito trecho de matéria publicada em jornal, na qual o redator tentou, sem sucesso, construir um círculo vicioso. Dizia o texto: “Gera-se assim, o círculo vicioso do pessimismo. As coisas não andam porque ninguém confia no governo. E porque ninguém confia no governo as coisas não andam”. O vestibulando deveria identificar o equívoco da construção, fazer a sua correção e explicar o motivo da confusão. A estrutura circular pressupõe uma inversão das relações de causa e efeito. Se a causa é o que provoca uma ação, o efeito é o que decorre dela, motivo pelo qual a causa sempre antecede o efeito. A conjunção “porque” indica idéia de causa; introduz, portanto, uma oração subordinada adverbial causal. Quando a causa aparece na oração subordinada, o efeito está na oração principal do período (e vice-versa). “As coisas não andam [oração principal/ efeito] porque ninguém confia no governo [oração subordinada/causa]”. 31 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Um círculo se fecharia se a conjunção causal “porque” passasse para a outra oração. Assim: E, porque as coisas não andam, ninguém confia no governo. Facilmente cometemos o engano de que foi vítima o jornalista. Ele inverteu a ordem das orações, mas não inverteu a relação de causa e efeito. Há muitos anos, uma conhecida marca de biscoitos lançou campanha publicitária cujo mote era um círculo vicioso. O biscoito “vendia mais” porque estava sempre “fresquinho” e estava sempre “fresquinho” porque “vendia mais”. O que era a causa de “vender mais” passava a ser o efeito. Basta transportar a conjunção causal para a outra oração, e está composto o círculo vicioso. Outra questão envolvendo coerência trazia a transcrição do seguinte trecho, também jornalístico: “As Forças Armadas brasileiras já estão treinando 3.000 soldados para atuar no Haiti (...). A ONU solicitou envio de tropas ao Brasil e a mais quatro países, disse o presidente (...)”. A expressão “ao Brasil e a mais países” pode ser lida como complemento nominal de “envio”, o que provoca a incoerência, ou como objeto indireto de “solicitou”, certamente o sentido pretendido (solicitou ao Brasil e a mais... o envio...). Nesse caso, a ordem dos termos era o fator responsável pela coerência. Thaís Nicoleti de Camargo é consultora de língua portuguesa da Folha de S. Paulo e apresentadora das aulas de gramática do programa “Vestibulando”, da TV Cultura (Folha On-line – Educação) ExERCíCIOS (ITA) Texto para as questões de 1 a 3 Antes de responder às questões de números de 1 a 3 leia com atenção o texto abaixo: VANDALISMO 1 Meu coração tem catedrais imensas, Templos de priscas e longínquas datas, Onde um nume de amor, em serenatas, Canta a aleluia virginal das crenças. 2 Na ogiva fúlgida e nas colunatas Vertem lustrais irradiações intensas Cintilações de lâmpadas suspensas E as ametistas e os florões e as pratas. 3 Como os velhos Templários medievais Entrei um dia nessas catedrais E nesses templos claros e risonhos... E erguendo os gládios e brandindo as hastas, No desespero dos iconoclastas Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos! (Eu, 30.ed. Rio de Janeiro, Livr. São José, 1963, p. 145) 1. Com relação às duas estrofes iniciais, pode-se afirmar que nelas permanece respectivamente a idéia de: a) saudosismo e brilho b) plasticidade e musicalidade c) otimismo e suntuosidade d) antiguidade e claridade e) exaltação e riqueza 2. Dadas as afirmações: I - Já na estrofe inicial, as imagens visuais e auditivas antecipam-nos, de forma plástica e viva, a desilusão e desencanto final do “eu” poemático. II - Opera-se no primeiro terceto, além de retomada das idéias básicas dos quartetos, uma mudança de ordem temporal a partir da qual se inicia o processo de disssolução e destruição do “eu” poemático. III - Ao longo do poema, ocorre um processo gradativo de rebeldia devassadora, cujo início, prosseguimento e clímax correspondem respectivamente às formas verbais de presente, gerúndio e pretérito. Inferimos, de acordo com texto, que: a) Todas estão corretas b) Todas estão incorretas c) Apenas a I está correta d) Apenas a II está correta e) Apenas a III está correta 3. Qual das expressões abaixo melhor se relaciona com o título do poema? a) “Templos de priscas...” b) “...ogiva fúlgida...” c) “...velhos Templários medievais” d) “...as hastas” e) “...iconoclastas” (ITA) Texto para as questões 4 e 5 As perguntas 4 e 5 referem-se ao texto abaixo: Psicologia de um Vencido Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênesis da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundissimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância... Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. Já o verme - este operário das ruínas - Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há de deixar-me apenas os cabelos Na frialdade inorgânica da terra! 32 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA 4. Dadas as afirmações: I - Coerente com a visão determinista das Ciências Naturais, o poeta, ao longo do poema, revela-se conformado e indiferente com o fatalismo da morte. II - Evidencia-se no poema um dos elementos de renovação poética do autor: dessacralização da palavra, desvinculando-a do seu compromisso com o belo. III - Não obstante o poeta seja um cultor da arte pela arte, percebem-se no poema alguns procedimentos caracterizadores da transformação poética desencadeada pelo Modernismo. De acordo com o texto, podemos dizer que: a) Todas estão corretas. b) Todas estão incorretas. c) Apenas a I e II estão corretas. d) Apenas a II e III estão corretas. e) Apenas a I e III estão corretas. 5. Todos os elementos abaixo são caracterizadores da poesia do autor e estão presentes no poema, exceto: a) Linguagem exótica. b) Resignação enternecida. c) Crueza do tema. d) Agudo pessimismo. e) Temática da decomposição. (FUVEST/GV) Texto para as questões 6 a 8 AH, UM SONETO... Meu coração é um almirante louco que abandonou a profissão do mar e que a vai relembrando pouco a pouco em casa passear, a passear... No movimento (eu mesmo me desloco nesta cadeira, só de o imaginar) o mar abandonado fica em foco nos músculos cansados de parar. Há saudades nas pernas e nos braços. Há saudades no cérebro por fora. Há grandes raivas feitas de cansaços. Mas - esta é boa! era do coração que eu falava...e onde diabo estou eu agora com almirante em vez de sensação?... 6. As frases “eu mesmo me desloco nesta cadeira, só de o imaginar” e “esta é boa” representam a) comentários extemporâneos e inadequados sobre o soneto. b) uma recordância do tempo em que o autor foi almirante. c) uma impropriedade estilística. d) a interferência do eu-poético no próprio texto. e) uma prova da loucura do poeta que se imagina navegando. 7. O desenvolvimento figurativo do texto tem seu ponto de partida numa a) interrogação. b) metonímia. c) oposição. d) reiteração. e) metáfora. 8. Sobre o texto, é correto afirmar que a) o poeta tentou escrever um soneto, mas a sua imaginação o desviou do objetivo. b) não pode ser considerado um soneto, porque não segue as normas da poética clássica. c) é um soneto que ironiza seu próprio processo de composição. d) é um soneto composto em verso livres, mas distribuídos em estrofes regulares. e) é um soneto composto em versos alexandrinos, obedecendo ao esquema rímico. (FUVEST/GV) Texto para as questões de 9 a 11 Além de parecer não ter rotação, a Terra parece também estar imóvel no meio dos céus. Ptolomeu dá argumentos astronômicos para tentar mostrar isso. Para entender esses argumentos, é necessário lembrar que, na antigüidade, imaginava-se que todas as estrelas (mas não os planetas) estavam distribuídos sobre uma superfície esférica, cujo raio não parecia ser muito superior à distância da Terra aos planetas. Suponhamos agora que a a Terra esteja no centro da esfera das estrelas. Neste caso, o céu visível à noite deve abranger, de cada vez, exatamente a metade da esfera das estrelas. E assim parece realmente ocorrer: em qualquer noite, de horizonte a horizonte, é possível contemplar, a cada instante, a metade do zodíaco. Se, no entanto, a Terra estivesse longe do centro da esfera estelar, então o campo de visão à noite não seria, em geral, a metade da esfera: algumas vezes poderíamos ver mais da metade, outras vezes poderíamos ver menos da metade do zodìaco, de horizonte a horizonte. Portanto, a evidência astronômica parece indicar que a Terra está no centro da esfera de estrelas. E se ela está sempre nesse centro, ela não se move em relação às estrelas. (Roberto de A. Martins, Introdução geral ao Commentariolus de Nicolau Copérnico) 9. O terceiro período (“Para entender esses...da Terra aos planetas.”) representa, no texto, a) o principal argumento de Ptolomeu. b) o pressuposto da teoria de Ptolomeu. c) a base para as teorias posteriores à de Ptolomeu. d) a hipótese suficiente para Ptolomeu retomar as teorias anteriores. e) o fundamento para o desmentido da teoria de Ptolomeu. 10. Os termos além de, no entanto, então, portanto estabelecem, no texto, relações, respectivamente, de a) distanciamento - objeção - tempo - efeito. b) adição - abjeção - tempo - conclusão. c) distanciamento - conseqüência - conclusão - efeito. d) distanciamento - oposição - tempo - conseqüência. e) adição - oposição - conseqüência - conclusão. 35 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA • assistente - assistência • astro - (quando reunidos a outros do mesmo grupo) constelação • ator - elenco • autógrafo - (quando em lista especial de coleção) álbum • ave - (quando em grande quantidade) bando, nuvem • avião - esquadrão, esquadria, flotilha • bala - saraiva, saraivada • bandoleiro - caterva, corja, horda, malta, súcia, turba • bêbado - corja, súcia, farândola • boi - boiada, abesana, armento, cingel, jugada, jugo, junta, manada, rebanho, tropa • bomba - bateria • borboleta - boana, panapaná • botão - de qualquer peça de vestuário = abotoadura; quando em fileira = carreira • burro - em geral = lote, manada, récua, tropa; quando carregado = comboio • cabelo - em geral = chumaço, guedelha, madeixa; conforme a separação = marrafa, trança • cabo - cordame, cordoalha, enxárcia • cabra - fato, malhada, rebanho • cadeira - (quando dispostas em linha) carreira, fileira, linha, renque • cálice - baixela • camelo - (quando em comboio) cáfila • caminhão - frota • canção - quando reunidas em livro = cancioneiro; quando populares de uma região = folclore • canhão - bateria • cantilena - salsada • cão - adua, cainçalha, canzoada, chusma, matilha • capim - feixe, braçada, paveia • cardeal - (em geral) sacro colégio, (quando reunidos para a eleição do papa) conclave, (quando reunidos sob a direção do papa) consistório • carneiro - chafardel, grei, malhada, oviário, rebanho • carro - quando unidos para o mesmo destino = comboio, composição; quando em desfile = corso • carta - em geral = correspondência; quando manuscritas em forma de livro = cartapácio; quando geográficas = atlas • casa - (quando unidas em forma de quadrados) quarteirão, quadra. • cavaleiro - cavalgada, cavalhada, tropel • cavalgadura - cáfila, manada, piara, récova, récua, tropa, tropilha • cavalo - manada, tropa • cebola - (quando entrelaçadas pelas hastes) cambada, enfiada, réstia • chave - (quando num cordel ou argola) molho (mó), penca • célula - (quando diferenciadas igualmente) tecido • cereal - em geral = fartadela, fartão, fartura; quando em feixes = meda, moréia • cigano - bando, cabilda, pandilha • cliente - clientela, freguesia • coisa - em geral = coisada, coisarada, ajuntamento, chusma, coleção, cópia, enfiada; quando antigas e em coleção ordenada = museu; quando em lista de anotação = rol, relação; em quantidade que se pode abranger com os braços = braçada; quando em série = seqüência, série, seqüela, coleção; quando reunidas e sobrepostas = monte, montão, cúmulo • copo - baixela • corda - (em geral) cordoalha, (quando no mesmo liame) maço, (de navio) enxárcia, cordame, massame, cordagem • correia - (em geral) correame, (de montaria) apeiragem • credor - junta, assembléia • crença - (quando populares) folclore • crente - grei, rebanho • depredador - horda • deputado - (quando oficialmente reunidos) câmara, assembléia • desordeiro - caterva, corja, malta, pandilha, súcia, troça, turba • diabo - legião • dinheiro - bolada, bolaço, disparate • disco - discoteca • disparate - apontoado • doze - (coisas ou animais) dúzia • elefante - manada • empregado - (quando de firma ou repartição) pessoal • escola - (quando de curso superior) universidade • escravo - (quando da mesma morada) senzala, (quando para o mesmo destino) comboio, (quando aglomerados) bando • escrito - (quando em homenagem a homem ilustre) poliantéia, (quando literários) analectos, antologia, coletânea, crestomatia, espicilégio, florilégio, seleta • espectador - (em geral) assistência, auditório, concorrência, (quando contratados para aplaudir) claque • espiga - (quando atadas) amarrilho, arregaçada, atado, atilho, braçada, fascal, feixe, gavela, lio, molho, paveia • estaca - (quando fincadas em forma de cerca) paliçada • estado - (quando unidos em nação) federação, confederação, república • estampa - (quando selecionadas) iconoteca, (quando explicativas) atlas • estrela - (quando cientificamente agrupadas) constelação, (quando em quantidade) acervo, (quando em grande quantidade) miríade • estudante - (quando da mesma escola) classe, turma, (quando em grupo cantam ou tocam) estudantina, (quando em excursão dão concertos) tuna, (quando vivem na mesma casa) república • facínora - caterva, horda, leva, súcia • feijão - (quando comerciáveis) batelada, partida • feiticeiro - (quando em assembléia secreta) conciliábulo 36 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA • feno - braçada, braçado • filhote - (quando nascidos de uma só vez) ninhada • filme - filmoteca, cinemoteca • fio - (quando dobrado) meada, mecha, (quando metálicos e reunidos em feixe) cabo • flecha - (quando caem do ar, em porção) saraiva, saraivada • flor - (quando atadas) antologia, arregaçada, braçada, fascículo, feixe, festão, capela, grinalda, ramalhete, buquê, (quando no mesmo pedúnculo) cacho • foguete - (quando agrupados em roda ou num travessão) girândola • força naval - armada • força terrestre - exército • formiga - cordão, correição, formigueiro • frade - (quando ao local em que moram) comunidade, convento, (quanto ao fundador ou quanto às regras que obedecem) ordem • frase - (quando desconexas) apontoado • freguês - clientela, freguesia • fruta - (quando ligadas ao mesmo pedúnculo) cacho, (quanto à totalidade das colhidas num ano) colheita, safra • fumo - malhada • gafanhoto - nuvem, praga • garoto - cambada, bando, chusma • gato - cambada, gatarrada, gataria • gente - (em geral) chusma, grupo, multidão, (quando indivíduos reles) magote, patuléia, poviléu • grão - manípulo, manelo, manhuço, manojo, manolho, maunça, mão, punhado • graveto - (quando amarrados) feixe • gravura - (quando selecionadas) iconoteca • habitante - (em geral) povo, população, (quando de aldeia, de lugarejo) povoação • herói - falange • hiena - alcatéia • hino - hinário • ilha - arquipélago • imigrante - (quando em trânsito) leva, (quando radicados) colônia • índio - (quando formam bando) maloca, (quando em nação) tribo • instrumento - (quando em coleção ou série) jogo, ( quando cirúrgicos) aparelho, (quando de artes e ofícios) ferramenta, (quando de trabalho grosseiro, modesto) tralha • inseto - (quando nocivos) praga, (quando em grande quantidade) miríade, nuvem, (quando se deslocam em sucessão) correição • javali - alcatéia, malhada, vara • jornal - hemeroteca • jumento - récova, récua • jurado - júri, conselho de sentença, corpo de jurados • ladrão - bando, cáfila, malta, quadrilha, tropa, pandilha • lâmpada - (quando em fileira) carreira, (quando dispostas numa espécie de lustre) lampadário • leão - alcatéia • lei - (quando reunidas cientificamente) código, consolidação, corpo, (quando colhidas aqui e ali) compilação • leitão - (quando nascidos de um só parto) leitegada • livro - (quando amontoados) chusma, pilha, ruma, (quando heterogêneos) choldraboldra, salgalhada, (quando reunidos para consulta) biblioteca, (quando reunidos para venda) livraria, (quando em lista metódica) catálogo • lobo - alcatéia, caterva • macaco - bando, capela • malfeitor - (em geral) bando, canalha, choldra, corja, hoste, joldra, malta, matilha, matula, pandilha, (quando organizados) quadrilha, seqüela, súcia, tropa • maltrapilho - farândola, grupo • mantimento - (em geral) sortimento, provisão, (quando em saco, em alforge) matula, farnel, (quando em cômodo especial) despensa • mapa - (quando ordenados num volume) atlas, (quando selecionados) mapoteca • máquina - maquinaria, maquinismo • marinheiro - maruja, marinhagem, companha, equipagem, tripulação, chusma • médico - (quando em conferência sobre o estado de um enfermo) junta • menino - (em geral) grupo, bando, (depreciativamente) chusma, cambada • mentira - (quando em seqüência) enfiada • mercadoria - sortimento, provisão • mercenário - mesnada • metal - (quando entra na construção de uma obra ou artefato) ferragem • ministro - (quando de um mesmo governo) ministério, (quando reunidos oficialmente) conselho • montanha - cordilheira, serra, serrania • mosca - moscaria, mosquedo • móvel - mobília, aparelho, trem • música - (quanto a quem a conhece) repertório • músico - (quando com instrumento) banda, charanga, filarmônica, orquestra • nação - (quando unidas para o mesmo fim) aliança, coligação, confederação, federação, liga, união • navio - (em geral) frota, (quando de guerra) frota, flotilha, esquadra, armada, marinha, (quando reunidos para o mesmo destino) comboio • nome - lista, rol • nota - (na acepção de dinheiro) bolada, bolaço, maço, pacote, (na acepção de produção literária, científica) comentário • objeto - V coisa • onda - (quando grandes e encapeladas) marouço • órgão - (quando concorrem para uma mesma função) aparelho, sistema • orquídea - (quando em viveiro) orquidário • osso - (em geral) ossada, ossaria, ossama, (quando de um cadáver) esqueleto 37 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA • ouvinte - auditório • ovelha - (em geral) rebanho, grei, chafardel, malhada, oviário, (quando ainda não deram cria e nem estão prenhes) alfeire • ovo - (os postos por uma ave durante certo tempo) postura, (quando no ninho) ninhada • padre - clero, clerezia • palavra - (em geral) vocabulário, (quando em ordem alfabética e seguida de significação) dicionário, léxico, (quando proferidas sem nexo) palavrório • pancada - data • pantera - alcatéia • papel - (quando no mesmo liame) bloco, maço, (em sentido lato, de folhas ligadas e em sentido estrito, de 5 folhas) caderno, (5 cadernos) mão, (20 mãos) resma, (10 resmas) bala • parente - (em geral) família, (em reunião) tertúlia • partidário - facção, partido, torcida • partido (político) - (quando unidos para um mesmo fim) coligação, aliança, coalização, liga • pássaro - passaredo, passarada • passarinho - nuvem, bando • pau - (quando amarrados) feixe, (quando amontoados) pilha, (quando fincados ou unidos em cerca) bastida, paliçada • peça - (quando devem aparecer juntas na mesa) baixela, serviço, (quando artigos comerciáveis, em volume para transporte) fardo, (em grande quantidade) magote, (quando pertencentes à artilharia) bateria, (de roupas, quando enroladas) trouxa, (quando pequenas e cosidas umas às outras para não se extraviarem na lavagem) apontoado, (quando literárias) antologia, florilégio, seleta, silva, crestomatia, coletânea, miscelânea. • peixe - (em geral e quando na água) cardume, (quando miúdos) boana, (quando em viveiro) aquário, (quando em fileira) cambada, espicha, enfiada, (quando à tona) banco, manta • pena - (quando de ave) plumagem • peregrino - caravana, romaria, romagem • pérola - (quando enfiadas em série) colar, ramal • pessoa - (em geral) aglomeração, banda, bando, chusma, colméia, gente, legião, leva, maré, massa, mó, mole, multidão, pessoal, roda, rolo, troço, tropel, turba, turma, (quando reles) corja, caterva, choldra, farândola, récua, súcia, (quando em serviço, em navio ou avião) tripulação, (quando em acompanhamento solene) comitiva, cortejo, préstito, procissão, séqüito, teoria, (quando ilustres) plêiade, pugilo, punhado, (quando em promiscuidade) cortiço, (quando em passeio) caravana, (quando em assembléia popular) comício, (quando reunidas para tratar de um assunto) comissão, conselho, congresso, conclave, convênio, corporação, seminário, (quando sujeitas ao mesmo estatuto) agremiação, associação, centro, clube, grêmio, liga, sindicato, sociedade • pilha - (quando elétricas) bateria • pinto - (quando nascidos de uma só vez) ninhada • planta - (quando frutíferas) pomar, (quando hortaliças, legumes) horta, (quando novas, para replanta) viveiro, alfobre, tabuleiro, (quando de uma região) flora, (quando secas, para classificação) herbário. • ponto - (de costura) apontoado • porco - (em geral) manada, persigal, piara, vara, (quando do pasto) vezeira • povo - (nação) aliança, coligação, confederação, liga • prato - baixela, serviço, prataria • prelado - (quando em reunião oficial) sínodo • prisioneiro - (quando em conjunto) leva, (quando a caminho para o mesmo destino) comboio • professor - (quando de estabelecimento primário ou secundário) corpo docente, (quando de faculdade) congregação • quadro - (quando em exposição) pinacoteca, galeria • querubim - coro, falange, legião • recipiente - vasilhame • recruta - leva, magote • religioso- clero regular • roupa - (quando de cama, mesa e uso pessoal) enxoval, (quando envoltas para lavagem) trouxa • salteador - caterva, corja, horda, quadrilha • saudade - arregaçada • selo - coleção • serra - (acidente geográfico) cordilheira • servical - queira • soldado - tropa, legião • trabalhador - (quando reunidos para um trabalho braçal) rancho, (quando em trânsito) leva • tripulante - equipagem, guarnição, tripulação • utensílio - (quando de cozinha) bateria, trem, (quando de mesa) aparelho, baixela • vadio - cambada, caterva, corja, mamparra, matula, súcia • vara - (quando amarradas) feixe, ruma • velhaco - súcia, velhacada ARTIGO Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-los, indicando, ao mesmo tempo, gênero e número. Dividem-se os artigos em: definidos: o, a, os, as e indefinidos: um, uma, uns, umas. Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular: Viajei com o médico. Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, geral: Viajei com um médico. Observações Sobre o Emprego do Artigo 1ª) Ambas as mãos. Usa-se o artigo entre o numeral ambas e o substantivo. Ambas as mãos são perfeitas. 2ª) Estou em Paris / Estou na famosa Paris. Não se usa artigo antes dos nomes de cidades, a menos que venham determinados por adjetivos ou locuçõesadjetivas. Vim de Paris Vim da luminosa Paris. 40 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA 1.3- Pronome Pessoal do Caso Oblíquo Exerce função de objeto da oração. Os oblíquos O, A, OS, AS desempenham sempre função de objeto direto e os oblíquos LHE e LHES desempenham função de objeto indireto. ME, MIM, COMIGO TE, TI, CONTIGO SE, SI, CONSIGO, O, A, LHE NOS, CONOSCO VOS, CONVOSCO SE, SI, CONSIGO, OS, AS, LHES Ex: Espero que sempre se lembre de mim. A briga ocorreu entre mim e ti. Atenção! Os pronomes pessoais retos eu, tu, não funcionam como objetos e depois de preposição (contra, de, entre, perante, sem, sobre) devem ser substituídos por mim e ti. Ex: A discussão ocorreu entre mim e ti. (e não entre eu e tu) Não há mais nada entre ele e mim. Você não sairá sem mim. Eles discutiram perante mim e ti. Os diretores forma contra mim e ti. Atenção2! Com os pronomes oblíquos o(s), a(s) serão sempre utilizados como objetos diretos e depois das terminações verbais R, Z, S substitui-se por -lo(s), -la(s). Ex: Amar ele = amá-lo, vender o carro = vendê-lo, pôr o anel = pô-lo Partir o bolo = parti-lo Os pronomes oblíquos lhe e lhes serão sempre empregados com OI e substitui-se por a ele(s), a ela(s), dele(s), dela(s), nele(s), nela(s). Ofereci o convite a ele./ Ofereci – lhe o convite. Atenção3! Para MiM ou Para EU São utilizadas as formas retas, mesmo depois de preposição, quando esses pronomes forem sujeitos de um verbo no infinitivo. Ex: Trouxe os exercícios para eu corrigir. (indica ação) Renata entregou os documentos para eu guardar. Júlia entregou os documentos para mim. (indica recebimento) A professora Thaís pediu para eu acalmar os alunos. 2- Pronome de Tratamento: É utilizado no tratamento formal ou informal com as pessoas. Dependendo da pessoa a quem nos dirigimos será utilizado um tipo específico de pronome. Vossa é utilizado quando falamos com a pessoa. Sua é utilizado quando falamos da pessoa Ex: Vossa excelência está cansada? Sua excelência está doente e não participará da reunião hoje. Pronome de Tratamento Abreviatura A quem é dirigido Vossa Alteza V. A. Príncipes, duques Vossa Eminência V. Emª. Cardeais Vossa Excelência V. Exª Altas autoridades, presidente, oficiais Vossa Magnificência V. Magª. Reitores de Universidades Vossa Majestade V.M. Reis, Imperadores Vossa Reverendíssima V.Rever ª. Sacerdotes Vossa Santidade V.S. Papa Vossa Senhoria V.Sª. Tratamento Cerimonioso Você V. Tratamento familiar, informal Senhor Sr. Tratamento de respeito Senhora Sra. Tratamento de respeito 3- Pronome Indefinido: é aquele que se refere à 3ª pessoa do discurso, de modo impreciso, vago. Variáveis: muito, pouco, certo, vários, tanto, quanto, um, outro. Invariáveis: alguém, ninguém, tudo, nada, cada e algo. Ex: Alguém gritou meu nome na rua. Tudo me preocupa. Ninguém compareceu na reunião de pais. Depois daquela noite fatídica, nada me alegra. 4- Pronome Demonstrativo: indica a posição de uma pessoa, objeto, animal no tempo e no espaço, tendo como referência as pessoas do discurso. Situação no espaço Pronome demonstrativo Proximidade da pessoa que fala Este(s), esta(s), isto Proximidade da pessoa com quem se fala ou pouco distante Esse(s), essa(s), isso Proximidade da pessoa de quem se fala ou muito distante Aquele(s), aquela(s), aquilo 41 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Ex: Este é o meu irmão Thiago. Esse é o meu marido Fabrício e aquele é meu o pai Anézio. Situação no espaço Pronome demonstrativo Presente Este(s), esta(s), isto Passado ou futuros próximos Esse(s), essa(s), isso Passado ou futuro remotos Aquele(s), aquela(s), aquilo Aquele relógio que está na parede da casa da vó Cida era do Vô João. Aquele ano de 2004 ficará guardado em nosso coração: o ano de nosso casamento. Esse final de semana está sendo aguardado com ansiedade. Essa blusa que você está usando é nova? Este inverno está muito seco e rigoroso. Neste exato momento como um delicioso chocolate. No interior do discurso: este(s), esta(s), isto 1-refere-se ao que último termo de uma enumeração: Thiago e Fabrício jogam futebol amador; este (João) há mais de dez anos. 2-refere-se ao que não foi dito: Minha ambição é esta: comprar um prédio comercial. Ex. 2- Pergunta: Mayara, Fabiani e Angélica foram ao clube. Esta levou o protetor solar, essa levou óculos de sol e aquela esqueceu o biquíni. Quem são elas? Resposta: Esta: Angélica Essa: Fabiani Aquela: Mayara No interior do discurso: esse(s), essa(s), isso 1-refere-se ao penúltimo termo de uma enumeração: Foram ao restaurante Aline, Júlia e Renata, essa só bebeu água com gás. 2- refere-se ao que foi dito: Comprar um prédio comercial: essa é minha ambição. No interior do discurso: aquele(s), aquela(s), aquilo 1- refere-se ao 1º elemento de uma enumeração: Gramática e Literatura são matérias que eu amo; esta me leva aos mundos encantados e aquela me auxilia no cotidiano. 5- Pronome Relativo: é aquele que retoma um termo citado anteriormente (chamado também de antecedente) utilizando-o em outra oração. No período composto por subordinação introduz orações subordinadas adjetivas. Classificam-se em: quem, que, cujo, onde, quanto, o qual, etc. Que: usa-se para pessoas ou objetos. O documentário O Segredo a que assisti é excelente. Esta é a moça a que se referiu. Fabrício é a pessoa que pedi a Deus. Quem: usa-se somente com pessoas. Esta é Adriana de quem lhe falei. Angélica é a advogada a quem me referi. Cujo(s), cuja(s) indica posse, vem sempre entre dois substantivos e não aceita artigo. Esta é a pessoa em cuja casa me hospedou. Feliz o Homem cujos objetivos são a honestidade e a honra Onde: substitui-se por em que, no qual e variações. Esta é a rua onde moro. (em que) Este é o restaurante onde venho. (no qual) Conheço o bazar onde vende tudo a preço de custo. 6- Pronome Possessivo: é aquele que indica idéia de posse às pessoas do discurso. Meu(s), minha(s) Teu(s), tua(s) Seu(s), sua(s) Nosso(s), nossa(s) Vosso(s), vossa(s) Seu(s), sua(s). Os possessivos concordam em gênero e número com a coisa possuída; e em pessoa com o possuidor: Ex: Eu financiei meus(possessivo) bens. Possuidor(1ª singular) coisa possuída masculino, plural. Eu escutei seus segredos. Dê lembranças a todos os seus parentes. 7- Pronome Interrogativo: É utilizado em frase interrogativa direta ou indireta. Classificam-se em: quem, que, qual e quanto. Que importa absolvição? (direta) O que eu vejo é só corrupção no Brasil. (indireta) Quem foi o engraçadinho? Quantos corruptos já foram absolvidos? 42 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA ExERCíCIOS 1. (IBGE) Assinale a opção em que houve erro no emprego do pronome pessoal em relação ao uso culto da língua: a) Ele entregou um texto para mim corrigir. b) Para mim, a leitura está fácil. c) Isto é para eu fazer agora. d) Não saia sem mim. e) Entre mim e ele há uma grande diferença. 2. (UBERLÂNDIA) Assinale o tratamento dado ao reitor de uma Universidade: a) Vossa Senhoria d) Vossa Magnificência b) Vossa Santidade e) Vossa Paternidade c) Vossa Excelência 3. (EPCAR) O que é pronome interrogativo na frase: a) Os que chegaram atrasados farão a prova? b) Se não precisas de nós, que vieste fazer aqui? c) Quem pode afiançar que seja ele o criminoso? d) Teria sido o livro que me prometeste? e) Conseguirias tudo que desejas? 4. (BB) Pronome empregado incorretamente: a) Nada existe entre eu e você. b) Deixaram-me fazer o serviço. c) Fez tudo para eu viajar. d) Hoje, Maria irá sem mim. e) Meus conselhos fizeram-no refletir. 5. (UC-MG) Encontramos pronome indefinido em: a) “Muitas horas depois, ela ainda permanecia esperando o resultado.” b) “Foram amargos aqueles minutos, desde que resolveu abandoná-las.” c) “A nós, provavelmente, enganariam, pois nossa participação foi ativa.” d) “Havia necessidade de que tais idéias ficassem sepultadas.” e) “Sabíamos o que você deveria dizer-lhe ao chegar da festa.” 6. (UF-RJ) Numa das frases, está usado indevidamente um pronome de tratamento. Assinale-a: a)Os Reitores das Universidades recebem o título de Vossa Magnificência. b)Sua Excelência, o Senhor Ministro, não compareceu à reunião. c)Senhor Deputado, peço a Vossa Excelência que conclua a sua oração. d)Sua Eminência, o Papa Paulo VI, assistiu à solenidade. e)Procurei o chefe da repartição, mas Sua Senhoria se recusou a ouvir as minhas explicações. 7. (CARLOS CHAGAS) “Se é para ....... dizer o que penso, creio que a escolha se dará entre ....... .” a) mim, eu e tu d) eu, mim e tu b) mim, mim e ti e) eu, eu e ti c) eu, mim e ti 8. (MACK) A única frase em que há erro no emprego do pronome oblíquo é: a) Eu o conheço muito bem. b) Devemos preveni-lo do perigo. c) Faltava-lhe experiência. d) A mãe amava-a muito. e) Farei tudo para livrar-lhe desta situação. 9. (BRÁS CUBAS) “Alguém, antes que Pedro o fizesse, teve vontade de falar o que foi dito.” Os pronomes assinalados dispõem-se nesta ordem: a) de tratamento, pessoal, oblíquo, demonstrativo b) indefinido, relativo, pessoal, relativo c) demonstrativo, relativo, pessoal, indefinido d) indefinido, relativo, demonstrativo, relativo e) indefinido, demonstrativo, demonstrativo, relativo 10. (PUC) Na frase: “Chegou Pedro, Maria e o seu filho dela”, o pronome possessivo está reforçado para: a) ênfase d) clareza b) elegância e estilo e) n.d.a c) figura de harmonia 11. (FUVEST) Assinale a alternativa onde o pronome pessoal está empregado corretamente: a) Este é um problema para mim resolver. b) Entre eu e tu não há mais nada. c) A questão deve ser resolvida por eu e você. d) Para mim, viajar de avião é um suplício. e) Quanto voltei a si, não sabia onde me encontrava. 12. (FGV) Assinale o item em que há erro quanto ao emprego dos pronomes se, si ou consigo: a) Feriu-se quando brincava com o revólver e o virou para si. b) Ele só cuidava de si. c) Quando V. Sa vier, traga consigo a informação pedida. d) Ele se arroga o direito de vetar tais artigos. e) Espere um momento, pois tenho de falar consigo. 13. (UM-SP) Ninguém atinge a perfeição alicerçado na busca de valores materiais, nem mesmo os que consideram tal atitude um privilégio dado pela existência. Os pronomes destacados no período acima classificam-se, respectivamente, como: a) indefinido - demonstrativo - relativo - demonstrativo b) indefinido - pessoal oblíquo - relativo - indefinido c) de tratamento - demonstrativo - indefinido - demonstrativo d) de tratamento - pessoal oblíquo - indefinido - demonstrativo e) demonstrativo - demonstrativo - relativo - demonstrativo 45 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA 7. Com os verbos sensitivos “ver”, “ouvir”, “sentir” e sinônimos, deve-se também deixar o infinitivo sem flexão. Por exemplo: • Vi-os entrar atrasados. • Ouvi-as dizer que não iriam à festa. Observações: a) É inadequado o emprego da preposição “para” antes dos objetos diretos de verbos como “pedir”, “dizer”, “falar” e sinônimos; • Pediu para Carlos entrar (errado), • Pediu para que Carlos entrasse (errado). • Pediu que Carlos entrasse (correto). b) Quando a preposição “para” estiver regendo um verbo, como na oração “Este trabalho é para eu fazer”, pede- se o emprego do pronome pessoal “eu”, que se revela, neste caso, como sujeito. Outros exemplos: • Aquele exercício era para eu corrigir. • Esta salada é para eu comer? • Ela me deu um relógio para eu consertar. Atenção: Em orações como “Esta carta é para mim!”, a preposição está ligada somente ao pronome, que deve se apresentar oblíquo tônico. Infinitivo Pessoal Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso significa que ele atribui um agente ao processo verbal, flexionando-se. O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos: 1. Quando o sujeito da oração estiver claramente expresso; Por exemplo: • Se tu não perceberes isto... • Convém vocês irem primeiro. • O bom é sempre lembrarmos desta regra (sujeito desinencial, sujeito implícito = nós). 2. Quando tiver sujeito diferente daquele da oração principal; Por exemplo: • O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos estudarem bastante para a prova. • Perdôo-te por me traíres. • O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade. • O guarda fez sinal para os motoristas pararem. 3. Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na terceira pessoa do plural); Por exemplo: • Faço isso para não me acharem inútil. • Temos de agir assim para nos promoverem. • Ela não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da sua conduta. 4. Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade de ação; Por exemplo: • Vi os alunos abraçarem-se alegremente. • Fizemos os adversários cumprimentarem-se com gentileza. • Mandei as meninas olharem-se no espelho. Nota: Como se pode observar, a escolha do Infinitivo Flexionado é feita sempre que se quer enfatizar o agente (sujeito) da ação expressa pelo verbo. DICAS: a) Se o infinitivo de um verbo for escrito com “j”, esse “j” aparecerá em todas as outras formas. Por exemplo: • Enferrujar: enferrujou, enferrujaria, enferrujem, enferrujarão, enferrujassem, etc. (Lembre, contudo, que o substantivo ferrugem é grafado com “g”.). • Viajar: viajou, viajaria, viajem (3ª pessoa do plural do presente do subjuntivo, não confundir com o substantivo viagem) viajarão, viajasses, etc. b) Quando o verbo tem o infinitivo com “g”, como em “dirigir” e “agir” este “g” deverá ser trocado por um “j” apenas na primeira pessoa do presente do indicativo. Por exemplo: • eu dirijo/ eu ajo c) O verbo “parecer” pode relacionar-se de duas maneiras distintas com o infinitivo. - Quando “parecer” é verbo auxiliar de um outro verbo: Elas parecem mentir. - Elas parece mentirem - Neste exemplo ocorre, na verdade, um período composto. “Parece” é o verbo de uma oração principal cujo sujeito é a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo “elas mentirem”. Como desdobramento dessa reduzida, podemos ter a oração “Parece que elas mentem.” MODO INDICATIVO: É o modo verbal que expressa um fato real, uma certeza. Apresenta presente, pretérito perfeito, imperfeito e mais que perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito. 1ª conjugação: -AR Presente: danço, danças, dança, dançamos, dançais, dançam. Pretérito perfeito: dancei, dançaste, dançou, dançamos, dançastes, dançaram. Pretérito imperfeito: dançava, dançavas, dançava, dançávamos, dançáveis, dançavam. Pretérito mais que perfeito: dançara, dançaras, dançara, dançáramos, dançáreis, dançaram. 46 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Futuro do presente: dançarei, dançarás, dançará, dançaremos, dançareis, dançaram. Futuro do Pretérito: dançaria, dançarias, dançaria, dançaríamos, dançaríeis, dançariam. Formas Nominais Gerúndio: dançando. Particípio: dançando. Infinitivo Impessoal: dançar. Infinitivo Pessoal: dançar eu, dançares tu; dançar ele, dançarmos, nós, dançardes vós, dançarem eles. 2ª Conjugação: -ER Presente: como, comes, come, comemos, comeis, comem. Pretérito perfeito: comi, comeste, comeu, comemos, comestes, comeram. Pretérito imperfeito: comia, comias, comia, comíamos, comíeis, comiam. Pretérito mais que perfeito: comera, comeras, comera, comêramos, comêreis, comeram. Futuro do presente: comerei, comerás, comerá, comeremos, comereis, comerão. Futuro do pretérito: comeria, comerias, comeria, comeríamos, comeríeis, comeriam. Formas Nominais Gerúndio: comendo. Particípio: comido. Infinitivo impessoal: comer. Infinitivo pessoal: comer eu, comeres tu, comer ele, comermos nós, comerdes vós, comerem eles. 3ª Conjugação: -IR Presente: parto, partes, parte, partimos, partis, partem. Pretérito perfeito: parti, partiste, partiu, partimos, partistes, partiram. Pretérito imperfeito: partia, partias, partia, partíamos, partíeis, partiam. Pretérito mais que perfeito: partira, partiras, partira, partíramos, partíreis, partiram. Futuro do presente: partirei, partirás, partirá, partiremos, partireis, partirão. Futuro do pretérito: partiria, partirias, partiria, partiríamos, partiríeis. Formas Nominais Gerúndio: partindo. Particípio: partido. Infinitivo impessoal: partir. Infinitivo pessoal: partir eu, partires tu, partir ele, partirmos nós, partirdes vós, partirem eles. PRESENTE DO INDICATIVO • Para enunciar um fato momentâneo. Ex: Estou feliz hoje • Para expressar um fato que ocorre com freqüência. Ex: Eu almoço todos os dias na casa de minha mãe. • Na indicação de ações ou estados permanentes, verdades universais. Ex: A água é incolor, inodora, insípida. PRETÉRITO IMPERFEITO Para expressar um fato passado, não concluído. Ex: • Nós comíamos pastel na feira. • Eu cantava muito bem. PRETÉRITO PERFEITO É usado na indicação de um fato passado concluído.Ex: Cantei, dancei, pulei, chorei, dormi... PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO Expressa um fato passado anterior a outro acontecimento passado. Ex: Nós cantáramos no congresso de música. FUTURO DO PRESENTE Na indicação de um fato realizado num instante posterior ao que se fala. Ex: Cantarei domingo no coro da igreja matriz. FUTURO DO PRETÉRITO Para expressar um acontecimento posterior a um outro acontecimento passado. Ex: Compraria um carro se tivesse dinheiro MODO SUBJUNTIVO: O subjuntivo expressa uma incerteza, dúvida, possibilidade, hipótese. Apresenta presente, pretérito imperfeito e futuro. Ex: • Tenha paciência, Lourdes. • Se tivesse dinheiro compraria um carro zero. • Quando o vir, dê lembranças minhas. Emprego dos Tempos do Subjuntivo 1ª conjugação –AR Presente: que eu dance, que tu dances, que ele dance, que nós dancemos, que vós danceis, que eles dancem. Pretérito perfeito: se eu dançasse, se tu dançasses, se ele dançasse, se nós dançássemos, se vós dançásseis, se eles dançassem. Futuro: quando eu dançar, quando tu dançares, quando ele dançar, quando nós dançarmos, quando vós dançardes, quando eles dançarem. 47 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA 2ª conjugação -ER Presente: que eu coma, que tu comas, que ele coma, que nós comamos, que vós comais, que eles comam. Pretérito perfeito: se eu comesse, se tu comesses, se lê comesse, se nós comêssemos, se vós comêsseis, se eles comessem. Futuro: quando eu comer, quando tu comeres, quando ele comer, quando nós comermos, quando vós comerdes, quando eles comerem. 3ª conjugação – IR Presente: que eu parta, que tu partas, que ele parta, que nós partamos, que vós partais, que eles partam. Pretérito perfeito: se eu partisse, se tu partisses, se ele partisse, se nós partíssemos, se vós partísseis, se eles partissem. Futuro: quando eu partir, quando tu partires, quando ele partir, quando nós partirmos, quando vós partirdes, quando eles partirem. Emprego do Imperativo Imperativo: Indica uma ordem, um pedido, uma súplica. • Apresenta imperativo afirmativo e imperativo negativo 1- Imperativo Afirmativo: a. Não apresenta a primeira pessoa do singular. b. É formado pelo presente do indicativo e pelo presente do subjuntivo. c. O Tu e o Vós saem do presente do indicativo sem o –s. d. O Restante é cópia fiel do presente do subjuntivo. Presente do indicativo: eu amo, tu amas, ele ama, nós amamos, vós amais, eles amam. Imperativo afirmativo: (X), ama tu, ame você, amemos nós, amai vós, amem vocês. Presente do subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem. 2- Imperativo Negativo: • É formado através do presente do subjuntivo sem a primeira pessoa do singular. • Não retira os –s do tu e do vós. Presente do subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem. Imperativo negativo: (X), não ames tu, não ame você, não amemos nós, não ameis vós, não amem vocês. Verbos Auxiliares: Ser, estar, ter, haver SER Indicativo: Presente: eu sou, tu és, ele é, nós somos, vós sois, eles são. Pretérito Imperfeito: eu era, tu eras, ele era, nós éramos, vós éreis, eles eram. Pretérito Perfeito Simples: eu fui, tu foste, ele foi, nós fomos, vós fostes, eles foram. Pretérito Perfeito Composto: tenho sido. Mais-que-perfeito simples: eu fora, tu foras, ele fora, nós fôramos, vós fôreis, eles foram. Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha sido. Futuro do Pretérito simples: eu seria, tu serias, ele seria, nós seríamos, vós seríeis, eles seriam. Futuro do Pretérito Composto: terei sido. Futuro do Presente: eu serei, tu serás, ele será, nós seremos, vós sereis, eles serão. Futuro do Pretérito Composto: Teria sido. Subjuntivo: Presente do Subjuntivo: que eu seja, que tu sejas, que ele seja, que nós sejamos, que vós sejais, que eles sejam. Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: se eu fosse, se tu fosses, se ele fosse, se nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem. Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: Tivesse sido. Futuro do Subjuntivo simples: quando eu for, quando tu fores, quando ele for, quando nós formos, quando vós fordes, quando eles forem. Futuro do Subjuntivo Composto: Tiver sido. Imperativo: Imperativo Afirmativo: sê tu, seja ele, sejamos nós, sede vós, sejam eles. Imperativo Negativo: não sejas tu, não seja ele, não sejamos nós, não sejais vós, não sejam eles. Infinitivo Pessoal: por ser eu, por seres tu, por ser ele, por sermos nós, por serdes vós, por serem eles. Formas Nominais: • infinitivo: ser • gerúndio: sendo • particípio: sido ESTAR Indicativo: Presente: eu estou, tu estás, ele está, nós estamos, vós estais, eles estão. Pretérito Imperfeito: eu estava, tu estavas, ele estava, nós estávamos, vós estáveis, eles estavam. Pretérito Perfeito Simples: eu estive, tu estiveste, ele esteve, nós estivemos, vós estivestes, eles estiveram. 50 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA ABENÇOAR Os verbos magoar, voar e perdoar seguem a conjugação de abençoar. Indicativo: Presente: eu abençôo, tu abençoas, ele abençoa, nós abençoamos, vós abençoais, eles abençoam. Pretérito Imperfeito: eu abençoava, tu abençoavas, ele abençoava, nós abençoávamos, vós abençoáveis, eles abençoavam. Pretérito Perfeito: eu abençoei, tu abençoaste, ele abençoou, nós abençoamos, vós abençoastes, eles abençoaram. Pretérito Mais-que-perfeito: eu abençoara, tu abençoaras, ele abençoara, nós abençoáramos, vós abençoáreis, eles abençoaram. Futuro do Presente: eu abençoarei, tu abençoarás, ele abençoará, nós abençoaremos, vós abençoareis, eles abençoarão. Futuro do Pretérito: eu abençoaria, tu abençoarias, ele abençoaria, nós abençoaríamos, vós abençoaríeis, eles abençoariam. Subjuntivo: Presente: que eu abençoe, que tu abençoes, que ele abençoe, que nós abençoemos, que vós abençoeis, que eles abençoem. Pretérito Imperfeito: se eu abençoasse, se tu abençoasses, se ele abençoasse, se nós abençoássemos, se vós abençoásseis, se eles abençoassem. Futuro: quando eu abençoar, quando tu abençoares, quando ele abençoar, quando nós abençoarmos, quando vós abençoardes, quando eles abençoarem. Imperativo Afirmativo: abençoa tu, abençoe ele, abençoemos nós, abençoai vós, abençoem eles. Imperativo Negativo: não abençoes tu, não abençoe ele, não abençoemos nós, não abençoeis vós, não abençoem eles. Infinitivo Pessoal: por abençoar eu, por abençoares tu, por abençoar ele, por abençoarmos nós, por abençoardes vós, por abençoarem eles. Formas Nominais: Infinitivo: abençoar Gerúndio: abençoando Particípio: abençoado PASSEAR Todos os verbos terminados em –ear seguem o paradigma do verbo passear. E os verbos em Mario (mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar). Indicativo: Presente: eu passeio, tu passeias, ele passeia, nós passeamos, vós passeais, eles passeiam. Pretérito Imperfeito: eu passeava, tu passeavas, ele passeava, nós passeávamos, vós passeáveis, eles passeavam. Pretérito Perfeito: eu passeei, tu passeaste, ele passeou, nós passeamos, vós passeastes, eles passearam. Pretérito Mais-que-perfeito: eu passeara, tu passearas, ele passeara, nós passeáramos, vós passeáreis, eles passearam. Futuro do Pretérito: eu passearia, tu passearias, ele passearia, nós passearíamos, vós passearíeis, eles passeariam. Futuro do Presente: eu passearei, tu passearás, ele passeará, nós passearemos, vós passeareis, eles passearão. Subjuntivo: Presente: que eu passeie, que tu passeies, que ele passeie, que nós passeemos, que vós passeeis, que eles passeiem. Pretérito Imperfeito: se eu passeasse, se tu passeasses, se ele passeasse, se nós passeássemos, se vós passeásseis, se eles passeassem. Futuro: quando eu passear, quando tu passeares, quando ele passear, quando nós passearmos, quando vós passeardes, quando eles passearem. Imperativo Afirmativo: passeia tu, passeie ele, passeemos nós, passeai vós, passeiem eles. Imperativo Negativo: não passeies tu, não passeie ele, não passeemos nós, não passeeis vós, não passeiem eles. Infinitivo Pessoal: por passear eu, por passeares tu, por passear ele, por passearmos nós, por passeardes vós, por passearem eles. Formas Nominais: Infinitivo: passear. Gerúndio: passeando. Particípio: passeado. NEGOCIAR Indicativo: Presente: eu negocio, tu negocias, ele negocia, nós negociamos, vós negociais, eles negociam. Pretérito Imperfeito: eu negociava, tu negociavas, ele negociava, nós negociávamos, vós negociáveis, eles negociavam. Pretérito Perfeito: eu negociei, tu negociaste, ele negociou, nós negociamos, vós negociastes, eles negociaram. Pretérito Mais-que-perfeito: eu negociara, tu negociaras, ele negociara, nós negociáramos, vós negociáreis, eles negociaram. Futuro do Presente: eu negociarei, tu negociarás, ele negociará, nós negociaremos, vós negociareis, eles negociarão. Futuro do Pretérito: eu negociaria, tu negociarias, ele negociaria, nós negociaríamos, vós negociaríeis, eles negociariam. Subjuntivo: Presente: que eu negocie, que tu negocies, que ele negocie, que nós negociemos, que vós negocieis, que eles negociem. Pretérito Imperfeito: se eu negociasse, se tu negociasses, se ele negociasse, se nós negociássemos, se vós negociásseis, se eles negociassem. Futuro: quando eu negociar, quando tu negociares, quando ele negociar, quando nós negociarmos, quando vós negociardes, quando eles negociarem. Imperativo Afirmativo: negocia tu, negocie ele, negociemos nós, negociai vós, negociem eles. Imperativo Negativo: não negocies tu, não negocie ele, não negociemos nós, não negocieis vós, não negociem eles. Infinitivo Pessoal: por negociar eu, por negociares tu, por negociar ele, por negociarmos nós, por negociardes vós, por negociarem eles. 51 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Formas Nominais: Infinitivo: negociar. Gerúndio: negociando. Particípio: negociado. AGUAR Indicativo: Presente: eu águo, tu águas, ele água, nós aguamos, vós aguais, eles águam. Pretérito Imperfeito: eu aguava, tu aguavas, ele aguava, nós aguávamos, vós aguáveis, eles aguavam. Pretérito Perfeito: eu agüei, tu aguaste, ele aguou, nós aguamos, vós aguastes, eles aguaram. Pretérito Mais-que-perfeito: eu aguara, tu aguaras, ele aguara, nós aguáramos, vós aguáreis, eles aguaram. Futuro do Presente: eu aguarei, tu aguarás, ele aguará, nós aguaremos, vós aguareis, eles aguarão. Futuro do Pretérito: eu aguaria, tu aguarias, ele aguaria, nós aguaríamos, vós aguaríeis, eles aguariam. Subjuntivo: Presente: que eu ágüe, que tu ágües, que ele ágüe, que nós agüemos, que vós agüeis, que eles ágüem. Pretérito Imperfeito: se eu aguasse, se tu aguasses, se ele aguasse, se nós aguássemos, se vós aguásseis, se eles aguassem. Futuro: quando eu aguar, quando tu aguares, quando ele aguar, quando nós aguarmos, quando vós aguardes, quando eles aguarem. Imperativo Afirmativo: agua tu, ague ele, aguemos nós, aguai vós, aguem eles. Imperativo Negativo: não agues tu, não ague ele, não aguemos nós, não agueis vós, não aguem eles. Infinitivo Pessoal: por aguar eu, por aguares tu, por aguar ele, por aguarmos nós, por aguardes vós, por aguarem eles. Formas Nominais: Infinitivo: aguar. Gerúndio: aguando. Particípio: aguado. ABENÇOAR Os verbos magoar, voar e perdoar, seguem a conjugação de abençoar. Indicativo: Presente: eu abençôo, tu abençoas, ele abençoa, nós abençoamos, vós abençoais, eles abençoam. Pretérito Imperfeito: eu abençoava, tu abençoavas, ele abençoava, nós abençoávamos, vós abençoáveis, eles abençoavam. Pretérito Perfeito: eu abençoei, tu abençoaste, ele abençoou, nós abençoamos, vós abençoastes, eles abençoaram. Pretérito Mais-que-perfeito: eu abençoara, tu abençoaras, ele abençoara, nós abençoáramos vós abençoáreis, eles abençoaram. Futuro do Presente: eu abençoarei, tu abençoarás, ele abençoará, nós abençoaremos, vós abençoareis, eles abençoarão. Futuro do Pretérito: eu abençoaria, tu abençoarias, ele abençoaria, nós abençoaríamos, vós abençoaríeis, eles abençoariam. Subjuntivo: Presente: que eu abençoe, que tu abençoes, que ele abençoe, que nós abençoemos, que vós abençoeis, que eles abençoem. Pretérito Imperfeito: se eu abençoasse, se tu abençoasses, se ele abençoasse, se nós abençoássemos, se vós abençoásseis, se eles abençoassem. Futuro: quando eu abençoar , quando tu abençoares, quando ele abençoar , quando nós abençoarmos, quando vós abençoardes, quando eles abençoarem. Imperativo Afirmativo: abençoa tu, abençoe ele, abençoemos nós, abençoai vós, abençoem eles. Imperativo Negativo: não abençoes tu, não abençoe ele, não abençoemos nós, não abençoeis vós, não abençoem eles. Infinitivo Pessoal: por abençoar eu, por abençoares tu, por abençoar ele, por abençoarmos nós , por abençoardes vós, por abençoarem eles. Formas Nominais: Infinitivo: abençoar Gerúndio: abençoando Particípio: abençoado 2ª Conjugação CABER Indicativo: Presente: eu caibo, tu cabes, ele cabe, nós cabemos, vós cabeis, eles cabem. Pretérito Imperfeito: eu cabia, tu cabias, ele cabia, nós cabíamos, vós cabíeis, eles cabiam. Pretérito Perfeito: eu coube, tu coubeste, ele coube, nós coubemos, vós coubestes, eles couberam. Pretérito Mais-que-perfeito: eu coubera, tu couberas, ele coubera, nós coubéramos, vós coubéreis, eles couberam. Futuro do Presente: eu caberei, tu caberás, ele caberá, nós caberemos, vós cabereis, eles caberão. Futuro do Pretérito: eu caberia, tu caberias, ele caberia, nós caberíamos, vós caberíeis, eles caberiam. Subjuntivo: Presente: que eu caiba, que tu caibas, que ele caiba, que nós caibamos, que vós caibais, que eles caibam. Pretérito Imperfeito: se eu coubesse, se tu coubesses, se ele coubesse, se nós coubéssemos, se vós coubésseis, se eles coubessem. Futuro: quando eu couber , quando tu couberes, quando ele couber , quando nós coubermos, quando vós couberdes, quando eles couberem. Imperativo Afirmativo: cabe tu, caiba ele, caibamos nós, cabei vós, caibam eles. Imperativo Negativo: não caibas tu, não caiba ele, não caibamos nós, não caibais vós, não caibam eles. Infinitivo Pessoal: por caber eu, por caberes tu, por caber ele, por cabermos nós, por caberdes vós, por caberem eles. 52 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Formas Nominais: Infinitivo: caber. Gerúndio: cabendo. Particípio: cabido. CRER Indicativo: Presente: eu creio, tu crês, ele crê, nós cremos, vós credes, eles crêem. Pretérito Imperfeito: eu cria, tu crias, ele cria, nós críamos, vós críeis, eles criam. Pretérito Perfeito: eu cri, tu creste, ele creu, nós cremos, vós crestes, eles creram. Pretérito Mais-que-perfeito: eu crera, tu creras, ele crera, nós crêramos, vós crêreis, eles creram. Futuro do Presente: eu crerei, tu crerás, ele crerá,nós creremos, vós crereis, eles crerão. Futuro do Pretérito: eu creria, tu crerias, ele creria, nós creríamos, vós creríeis, eles creriam. Subjuntivo: Presente: que eu creia, que tu creias, que ele creia, que nós creiamos, que vós creiais, que eles creiam. Pretérito Imperfeito: se eu cresse, se tu cresses, se ele cresse, se nós crêssemos, se vós crêsseis, se eles cressem. Futuro: quando eu crer, quando tu creres, quando ele crer, quando nós crermos, quando vós crerdes, quando eles crerem. Imperativo Afirmativo: crê tu, creia ele, creiamos nós, crede vós, creiam eles. Imperativo Negativo: não creias tu, não creia ele, não creiamos nós, não creiais vós, não creiam eles. Infinitivo Pessoal: por crer eu, por creres tu, por crer ele, por crermos nós, por crerdes vós, por crerem eles. Formas Nominais: Infinitivo: crer Gerúndio: crendo Particípio: crido DIZER Indicativo: Presente: eu digo, tu dizes, ele diz, nós dizemos, vós dizeis, eles dizem. Pretérito Imperfeito: eu dizia, tu dizias, ele dizia, nós dizíamos, vós dizíeis, eles diziam. Pretérito Perfeito: eu disse, tu disseste, ele disse, nós dissemos, vós dissestes, eles disseram. Pretérito Mais-que-perfeito: eu dissera, tu disseras, ele dissera, nós disséramos, vós disséreis, eles disseram. Futuro do Presente: eu direi, tu dirás, ele dirá, nós diremos, vós direis, eles dirão. Futuro do Pretérito: eu diria, tu dirias, ele diria, nós diríamos, vós diríeis, eles diriam. Subjuntivo: Presente: que eu diga, que tu digas, que ele diga, que nós digamos, que vós digais, que eles digam. Pretérito Imperfeito: se eu dissesse, se tu dissesses, se ele dissesse, se nós disséssemos, se vós dissésseis, se eles dissessem. Futuro: quando eu disser , quando tu disseres, quando ele disser, quando nós dissermos, quando vós disserdes, quando eles disserem. Imperativo Afirmativo: diz tu, diga ele, digamos nós, dizei vós, digam eles. Imperativo Negativo: não digas tu, não diga ele, não digamos nós, não digais vós, não digam eles. Infinitivo Pessoal: por dizer eu, por dizeres tu, por dizer ele, por dizermos nós, por dizerdes vós, por dizerem eles. Formas Nominais: Infinitivo: dizer. Gerúndio: dizendo. Particípio: dito. FAZER Seguem o mesmo paradigma: desfazer, satisfazer, refazer Indicativo: Presente: eu faço, tu fazes, ele faz, nós fazemos, vós fazeis, eles fazem. Pretérito Imperfeito: eu fazia, tu fazias, ele fazia, nós fazíamos, vós fazíeis, eles faziam. Pretérito Perfeito: eu fiz, tu fizeste, ele fez, nós fizemos, vós fizestes, eles fizeram. Pretérito Mais-que-perfeito: eu fizera, tu fizeras, ele fizera, nós fizéramos, vós fizéreis, eles fizeram. Futuro do Presente: eu farei, tu farás, ele fará, nós faremos, vós fareis, eles farão. Futuro do Pretérito: eu faria, tu farias, ele faria, nós faríamos, vós faríeis, eles fariam. Subjuntivo: Presente: que eu faça, que tu faças, que ele faça, que nós façamos, que vós façais, que eles façam. Pretérito Imperfeito: se eu fizesse, se tu fizesses, se ele fizesse, se nós fizéssemos, se vós fizésseis, se eles fizessem. Futuro: quando eu fizer, quando tu fizeres, quando ele fizer, quando nós fizermos, quando vós fizerdes, quando eles fizerem. Imperativo Afirmativo: faze tu, faça ele, façamos nós, azei vós, façam eles. Imperativo Negativo: não faças tu, não faça ele, não façamos nós, não façais vós, não façam eles. Infinitivo Pessoal: por fazer eu, por fazeres tu, por fazer ele, por fazermos nós, por fazerdes vós, por fazerem eles. Formas Nominais: Infinitivo: fazer. Gerúndio: fazendo. Particípio: feito. 55 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA 3ª CONJUGAÇÃO AGREDIR Indicativo: Presente: eu agrido, tu agrides, ele agride, nós agredimos, vós agredis, eles agridem. Pretérito Imperfeito: eu agredia, tu agredias, ele agredia, nós agredíamos, vós agredíeis, eles agrediam. Pretérito Perfeito: eu agredi, tu agrediste, ele agrediu, nós agredimos, vós agredistes, eles agrediram. Pretérito Mais-que-perfeito: eu agredira, tu agrediras, ele agredira, nós agredíramos, vós agredíreis, eles agrediram. Futuro do Presente: eu agredirei, tu agredirás, ele agredirá, nós agrediremos, vós agredireis, eles agredirão. Futuro do Pretérito: eu agrediria, tu agredirias, ele agrediria, nós agrediríamos, vós agrediríeis, eles agrediriam. Subjuntivo: Presente: que eu agrida, que tu agridas, que ele agrida, que nós agridamos, que vós agridais, que eles agridam. Pretérito Imperfeito: se eu agredisse, se tu agredisses, se ele agredisse, se nós agredíssemos, se vós agredísseis, se eles agredissem. Futuro: quando eu agredir, quando tu agredires, quando ele agredir, quando nós agredirmos, quando vós agredirdes, quando eles agredirem. Imperativo Afirmativo: agride tu, agrida ele, agridamos nós, agredi vós, agridam eles. Imperativo Negativo: não agridas tu, não agrida ele, não agridamos nós, não agridais vós, não agridam eles. Infinitivo Pessoal: agredir eu, agredires tu, agredir ele, agredirmos nós, agredirdes vós, agredirem eles. Formas Nominais: Infinitivo: agredir. Gerúndio: agredindo. Particípio: agredido. ABOLIR Indicativo: Presente: tu aboles, ele abole, nós abolimos, vós abolis, eles abolem. Pretérito Imperfeito: eu abolia, tu abolias, ele abolia, nós abolíamos, vós abolíeis eles aboliam. Pretérito Perfeito: eu aboli, tu aboliste, ele aboliu, nós abolimos, vós abolistes, eles aboliram. Pretérito Mais-que-perfeito: eu abolira, tu aboliras, ele abolira, nós abolíramos, vós abolíreis, eles aboliram. Futuro do Presente: eu abolirei, tu abolirás, ele abolirá, nós aboliremos, vós abolireis, eles abolirão. Futuro do Pretérito: eu aboliria, tu abolirias, ele aboliria, nós aboliríamos, vós aboliríeis, eles aboliriam. Subjuntivo: Presente: (X). Pretérito Imperfeito: se eu abolisse, se tu abolisses, se ele abolisse, se nós abolíssemos, se vós abolísseis, se eles abolissem. Futuro: quando eu abolir, quando tu abolires, quando ele abolir, quando nós abolirmos, quando vós abolirdes, quando eles abolirem. Imperativo Afirmativo: abole tu, aboli vós. Imperativo Negativo: (X). Infinitivo Pessoal: abolir eu, abolires tu, abolir ele, abolirmos nós, abolirdes vós, abolirem eles. Formas Nominais: Infinitivo: abolir Gerúndio: abolindo Particípio: abolido CAIR Indicativo: Presente: eu caio, tu cais, ele cai, nós caímos, vós caís, eles caem. Pretérito Imperfeito: eu caía, tu caías, ele caía, nós caíamos, vós caíeis, eles caíam. Pretérito Perfeito: eu caí, tu caíste, ele caiu, nós caímos, vós caístes, eles caíram. Pretérito Mais-que-perfeito: eu caíra, tu caíras, ele caíra, nós caíramos, vós caíreis, eles caíram. Futuro do Presente: eu cairei, tu cairás, ele cairá, nós cairemos, vós caireis, eles cairão. Futuro do Pretérito: eu cairia, tu cairias, ele cairia, nós cairíamos, vós cairíeis, eles cairiam. Subjuntivo: Presente: que eu caia, que tu caias, que ele caia, que nós caiamos, que vós caiais, que eles caiam. Pretérito Imperfeito: se eu caísse, se tu caísses, se ele caísse, se nós caíssemos, se vós caísseis, se eles caíssem. Futuro: quando eu cair, quando tu caíres, quando ele cair, quando nós cairmos, quando vós cairdes, quando eles caírem. Imperativo Afirmativo: cai tu, caia ele, caiamos nós, caí vós, caiam eles. Imperativo Negativo: não caias tu, não caia ele, não caiamos nós, não caiais vós, não caiam eles. Infinitivo Pessoal: cair eu, caíres tu, cair ele, cairmos nós, cairdes vós, caírem eles. Formas Nominais: Infinitivo: cair Gerúndio: caindo Particípio: caído COBRIR Indicativo: Presente: eu cubro, tu cobres, ele cobre, nós cobrimos, vós cobris, eles cobrem. Pretérito Imperfeito: eu cobria, tu cobrias, ele cobria, nós cobríamos, vós cobríeis, eles cobriam. Pretérito Perfeito: eu cobri, tu cobriste, ele cobriu, nós cobrimos, vós cobristes, eles cobriram. Pretérito Mais-que-perfeito: eu cobrira, tu cobriras, ele cobrira, nós cobríramos, vós cobríreis, eles cobriram. Futuro do Presente: eu cobrirei, tu cobrirás, ele cobrirá, nós cobriremos, vós cobrireis, eles cobrirão. Futuro do Pretérito: eu cobriria, tu cobririas, ele cobriria, nós cobriríamos, vós cobriríeis, eles cobririam. Subjuntivo: Presente: que eu cubra, que tu cubras, que ele cubra, que nós cubramos, que vós cubrais, que eles cubram. Pretérito Imperfeito: se eu cobrisse, se tu cobrisses, se ele cobrisse, se nós cobríssemos, se vós cobrísseis, se eles cobrissem. 56 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Futuro: quando eu cobrir, quando tu cobrires, quando ele cobrir, quando nós cobrirmos, quando vós cobrirdes, quando eles cobrirem. Imperativo Afirmativo: cobre tu, cubra ele, cubramos nós, cobri vós, cubram eles. Imperativo Negativo: não cubras tu, não cubra ele, não cubramos nós, não cubrais vós, não cubram eles. Infinitivo Pessoal: cobrir eu, cobrires tu, cobrir ele, cobrirmos nós, cobrirdes vós, cobrirem eles. Formas Nominais: infinitivo: cobrir gerúndio: cobrindo particípio: cobrido FERIR Indicativo: Presente: eu firo, tu feres, ele fere, nós ferimos, vós feris, eles ferem. Pretérito Imperfeito: eu feria, tu férias, ele feria, nós feríamos, vós feríeis, eles feriam. Pretérito Perfeito: eu feri, tu feriste, ele feriu, nós ferimos, vós feristes, eles feriram. Pretérito Mais-que-perfeito: eu ferira, tu feriras, ele ferira, nós feríramos, vós feríreis, eles feriram. Futuro do Pretérito: eu feriria, tu feririas, ele feriria, nós feriríamos, vós feriríeis, eles feririam. Futuro do Presente: eu ferirei, tu ferirás, ele ferirá, nós feriremos, vós ferireis, eles ferirão. Subjuntivo: Presente: que eu fira, que tu firas, que ele fira, que nós firamos, que vós firais, que eles firam. Pretérito Imperfeito: se eu ferisse, se tu ferisses, se ele ferisse, se nós feríssemos, se vós ferísseis, se eles ferissem. Futuro: quando eu ferir, quando tu ferires, quando ele ferir, quando nós ferirmos, quando vós ferirdes, quando eles ferirem. Imperativo Afirmativo: fere tu, fira ele, firamos nós, feri vós, firam eles. Imperativo Negativo: não firas tu, não fira ele, não firamos nós, não firais vós, não firam eles. Infinitivo Pessoal: ferir eu, ferires tu, ferir ele, ferirmos nós, ferirdes vós, ferirem eles. Formas Nominais: Infinitivo: ferir. Gerúndio: ferindo. Particípio: ferido. FUGIR Indicativo: Presente: eu fujo, tu foges, ele foge, nós fugimos, vós fugis, eles fogem. Pretérito Imperfeito: eu fugia, tu fugias, ele fugia, nós fugíamos, vós fugíeis, eles fugiam. Pretérito Perfeito: eu fugi, tu fugiste, ele fugiu, nós fugimos, vós fugistes, eles fugiram. Pretérito Mais-que-perfeito: eu fugira, tu fugiras, ele fugira, nós fugíramos, vós fugíreis, eles fugiram. Futuro do Pretérito: eu fugiria, tu fugirias, ele fugiria, nós fugiríamos, vós fugiríeis, eles fugiriam. Futuro do Presente: eu fugirei, tu fugirás, ele fugirá, nós fugiremos, vós fugireis, eles fugirão. Subjuntivo: Presente: que eu fuja, que tu fujas, que ele fuja, que nós fujamos, que vós fujais, que eles fujam. Pretérito Imperfeito: se eu fugisse, se tu fugisses, se ele fugisse, se nós fugíssemos, se vós fugísseis, se eles fugissem. Futuro: quando eu fugir, quando tu fugires, quando ele fugir, quando nós fugirmos, quando vós fugirdes, quando eles fugirem. Imperativo Afirmativo: foge tu, fuja ele, fujamos nós, fugi vós, fujam eles. Imperativo Negativo: não fujas tu, não fuja ele, não fujamos nós, não fujais vós, não fujam eles. Infinitivo Pessoal: fugir eu, fugires tu, fugir ele, fugirmos nós, fugirdes vós, fugirem eles. Formas Nominais Infinitivo: fugir. Gerúndio: fugindo. Particípio: fugido. VIR Indicativo: Presente: eu venho, tu vens, ele vem, nós vimos, vós vindes, eles vêm. Pretérito Imperfeito: eu vinha, tu vinhas, ele vinha, nós vínhamos, vós vínheis, eles vinham. Pretérito Perfeito: eu vim, tu vieste, ele veio, nós viemos, vós viestes, eles vieram. Pretérito Mais-que-perfeito: eu viera, tu vieras, ele viera, nós viéramos, vós viéreis, eles vieram. Futuro do Presente: eu virei, tu virás, ele virá, nós viremos, vós vireis, eles virão. Futuro do Pretérito: eu viria, tu virias, ele viria, nós viríamos, vós viríeis, eles viriam. Subjuntivo: Presente: que eu venha, que tu venham, que ele venha, que nós venhamos, que vós venhais, que eles venham. Pretérito Imperfeito: se eu viesse, se tu viesses, se ele viesse, se nós viéssemos, se vós viésseis, se eles viessem. Futuro: quando eu vier, quando tu vieres, quando ele vier, quando nós viermos, quando vós vierdes, quando eles vierem. Imperativo Afirmativo: vem tu, venha ele, venhamos nós, vinde vós, venham eles. Imperativo Negativo: não venhas tu, não venha ele, não venhamos nós, não venhais vós, não venham eles. Infinitivo Pessoal: vir eu, vires tu, vir ele, virmos nós, virdes vós, virem eles. Formas Nominais: Infinitivo: vir. Gerúndio: vindo. Particípio: vindo. 57 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA ATRIBUIR Conjugam-se pelo paradigma de atribuir: fruir, usufruir, anuir, argüir, concluir, contribuir, constituir, destituir, diluir, distribuir, diminuir, evoluir, excluir, imbuir, instituir, instruir, obstruir, poluir, possuir, restituir, substituir, possuir. Indicativo: Presente: eu atribuo, tu atribuis, ele atribui, nós atribuímos, vós atribuís, eles atribuem. Pretérito Imperfeito: eu atribuía tu atribuías, ele atribuía, nós atribuíamos, vós atribuíeis, eles atribuíam. Pretérito Perfeito: eu atribuí, tu atribuíste, ele atribuiu, nós atribuímos, vós atribuístes, eles atribuíram. Pretérito Mais-que-perfeito: eu atribuíra , tu atribuíras, ele atribuíra, nós atribuíramos, vós atribuíreis , eles atribuíram. Futuro do Presente: eu atribuirei, tu atribuirás, ele atribuirá, nós atribuiremos, vós atribuireis eles atribuirão. Futuro do Pretérito: eu atribuiria, tu atribuirias, ele atribuiria, nós atribuiríamos, vós atribuiríeis, eles atribuiriam. Subjuntivo: Presente: que eu atribua, que tu atribuas, que ele atribua, que nós atribuamos, que vós atribuais, que eles atribuam. Pretérito Imperfeito: se eu atribuísse, se tu atribuísses, se ele atribuísse, se nós atribuíssemos, se vós atribuísseis, se eles atribuíssem. Futuro: quando eu atribuir, quando tu atribuíres, quando ele atribuir, quando nós atribuirmos, quando vós atribuirdes, quando eles atribuírem. Imperativo Afirmativo: atribui tu, atribua ele, atribuamos nós, atribuí vós, atribuam eles. Imperativo Negativo: não atribuas tu, não atribua ele, não atribuamos nós, não atribuais vós, não atribuam eles. Infinitivo Pessoal: atribuir eu, atribuíres tu, atribuir ele, atribuirmos nós, atribuirdes vós, atribuírem eles. Formas Nominais: Infinitivo: atribuir. Gerúndio: atribuindo. Particípio: atribuído. FRIGIR Indicativo: Presente: eu frijo, tu freges, ele frege, nós frigimos, vós frigis, eles fregem. Subjuntivo: Presente: que eu frija, que tu frijas, que ele frija, que nós frijamos, que vis frijais, que eles frijam. OUVIR Indicativo: Presente: eu ouço, tu ouves, ele ouve, nós ouvimos, vós ouvis, eles ouvem. Pretérito Perfeito: eu ouvi, tu ouviste, ele ouviu, nós ouvimos, vós ouvistes, eles ouviram. Subjuntivo: Presente: que eu ouça, que tu ouças, que ele ouça, que nós ouçamos, que vós ouçais, que eles ouçam. Imperativo Afirmativo: ouve tu, ouça ele, ouçamos nós, ouçais vós, ouçam eles. POLIR Sortir segue o mesmo paradigma. Indicativo: Presente: eu pulo, tu pules, ele pule, nós polimos, vós polis, eles pulem. Subjuntivo: Presente: que eu pula, que tu pulas, que ele pula, que nós pulamos, que vós pulais, que eles pulam. PEDIR Seguem o mesmo paradigma: desimpedir, despedir, expedir, impedir e medir. Indicativo: Presente: eu peço, tu pedes, ele pede, nós pedimos, vós pedis, eles pedem. Pretérito Imperfeito: eu pedia, tu pedias, ele pedia, nós pedíamos, vós pedíeis, eles pediam. Pretérito Perfeito: eu pedi, tu pediste, ele pediu, nós pedimos, vós pedistes, eles pediram. Pretérito Mais-que-perfeito: eu pedira, tu pediras, ele pedira, nós pedíramos, vós pedíreis, eles pediram. Futuro do Presente: eu pedirei, tu pedirás, ele pedirá, nós pediremos, vós pedireis, eles pedirão. Futuro do Pretérito: eu pediria, tu pedirias, ele pediria, nós pediríamos, vós pediríeis, eles pediriam. Subjuntivo: Presente: que eu peça, que tu peças, que ele peça, que nós peçamos, que vós peçais, que eles peçam. Pretérito Imperfeito: se eu pedisse, se tu pedisses, se ele pedisse, se nós pedíssemos, se vós pedísseis, se eles pedissem. Futuro: quando eu pedir, quando tu pedires, quando ele pedir, quando nós pedirmos, quando vós pedirdes, quando eles pedirem. Imperativo Afirmativo: pede tu, peça ele, peçamos nós, pedi vós, peçam eles. Imperativo Negativo: não peças tu, não peça ele, não peçamos nós, não peçais vós, não peçam eles. Infinitivo Pessoal: pedir eu, pedires tu, pedir ele, pedirmos nós, pedirdes vós, por pedirem eles. 60 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA 07) Futuro Composto do Subjuntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Subjuntivo simples e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Subjuntivo simples. Por exemplo: Quando você tiver terminado sua série de exercícios, eu caminharei 6 Km. Veja os exemplos: • Quando você chegar à minha casa, telefonarei a Manuel. • Quando você chegar à minha casa, já terei telefonado a Manuel. Perceba que o significado é totalmente diferente em ambas as frases apresentadas. No primeiro caso, esperarei “você” praticar a sua ação para, depois, praticar a minha; no segundo, primeiro praticarei a minha. Por isso o uso do advérbio “já”. Assim, observe que o mesmo ocorre nas frases a seguir:: Quando você tiver terminado o trabalho, telefonarei a Manuel. Quando você tiver terminado o trabalho, já terei telefonado a Manuel. 08) Infinitivo Pessoal Composto: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoal simples e o principal no particípio, indicando ação passada em relação ao momento da fala. Por exemplo: Para você ter comprado esse carro, necessitou de muito dinheiro ExERCíCIOS 1 (CESGRANRIO) Assinale o período em que aparece forma verbal incorretamente empregada em relação à norma culta da língua: a) Se o compadre trouxesse a rabeca, a gente do ofício ficaria exultante. b) Quando verem o Leonardo, ficarão surpresos com os trajes que usava. c) Leonardo propusera que se dançasse o minuete da corte. d) Se o Leonardo quiser, a festa terá ares aristocráticos. e) O Leonardo não interveio na decisão da escolha do padrinho do filho. 2 (FUVEST) ....... em ti; mas nem sempre ....... dos outros. a) Creias – duvidas c) Creias – duvida b) Crê – duvidas d) Creia – duvide e) Crê - duvides 3. (CESGRANRIO) Assinale a frase em que há erro de conjugação verbal: a) Os esportes entretêm a quem os pratica. b) Ele antevira o desastre. c) Só ficarei tranqüilo, quando vir o resultado. d) Eles se desavinham freqüentemente. e) Ainda hoje requero o atestado de bons antecedentes. 4. (PUC) Dê, na ordem em que aparecem nesta questão, as seguintes formas verbais: advertir - no imperativo afirmativo, segunda pessoa do plural compor - no futuro do subjuntivo, segunda pessoa do plural rever - no perfeito do indicativo, segunda pessoa do plural prover - no perfeito do indicativo, segunda pessoa do singular a) adverti, componhais, revês, provistes b) adverti, compordes, revestes, provistes c) adverte, compondes, reveis, proviste d) adverti, compuserdes, revistes, proveste e) n.d.a 5 (FUVEST) “Eu não sou o homem que tu procuras, mas desejava ver-te, ou, quando menos, possuir o teu retrato.” Se o pronome tu fosse substituído por Vossa Excelência, em lugar das palavras destacadas no texto acima transcrito teríamos, respectivamente, as seguintes formas: a) procurais, ver-vos, vosso b) procura, vê-la, seu c) procura, vê-lo, vosso d) procurais, vê-la, vosso e) procurais, ver-vos, seu 6 (UNESP) “Explicou que aprendera aquilo de ouvido.” Transpondo para a voz passiva, o verbo assume a seguinte forma: a) tinha sido aprendido c) fora aprendido b) era aprendido d) tinha aprendido e) aprenderia 7 (DASP) Assinale a única alternativa que contém erro na passagem da forma verbal, do imperativo afirmativo para o imperativo negativo: a) parti vós - não partais vós b) amai vós - não ameis vós c) sede vós - não sejais vós d) ide vós - não vais vós e) perdei vós - não percais vós 8 (ITA) Vi, mas não ............; o policial viu, e também não ............, dois agentes secretos viram, e não ............ Se todos nós ............ , talvez .......... tantas mortes. a)intervir - interviu - tivéssemos intervido - teríamos evitado b)me precavi - se precaveio - se precaveram - nos precavíssemos - não teria havido c)me contive - se conteve - contiveram - houvéssemos contido - tivéssemos impedido d)me precavi - se precaveu - precaviram - precavêssemo-nos não houvesse e)intervim - interveio - intervieram - tivéssemos intervindo - houvéssemos evitado 61 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA 9. (FUVEST) Assinale a alternativa em que uma forma verbal foi empregada incorretamente: a) O superior interveio na discussão, evitando a briga. b) Se a testemunha depor favoravelmente, o réu será absolvido. c) Quando eu reouver o dinheiro, pagarei a dívida. d) Quando você vir Campinas, ficará extasiado. e) Ele trará o filho, se vier a São Paulo. 10 (FUVEST) Assinale a frase que não está na voz passiva: a) O atleta foi estrondosamente aclamado. b) Que exercício tão fácil de resolver! c) Fizeram-se apenas os reparos mais urgentes. d) Escolheu-se, infelizmente, o homem errado. e) Entreolharam-se agressivamente os dois competidores. 11 (TRT) Assinale a alternativa incorreta quanto à forma verbal: a) Ele reouve os objetos apreendidos pelo fiscal. b) Se advierem dificuldades, confia em Deus. c) Se você o vir, diga-lhe que o advogado reteve os documentos. d) Eu não intervi na contenda porque não pude. e) Por não se cumprirem as cláusulas propostas, as partes desavieram-se e requereram rescisão do contrato. 12 (TRT) Indique a incorreta: a)Estão isentados das sanções legais os citados no artigo 6º. b)Estão suspensas as decisões relativas ao parágrafo 3º do artigo 2º. c)Fica revogado o ato que havia extinguido a obrigatoriedade de apresentação dos documentos mencionados. d)Os pareceres que forem incursos na Resolução anterior são de responsabilidade do Governo Federal. e)Todas estão incorretas. 13 (FUVEST) Assinale a frase em que aparece o pretérito-mais-que-perfeito do verbo ser: a) Não seria o caso de você se acusar? b) Quando cheguei, ele já se fora, muito zangado. c) Se não fosses ele, tudo estaria perdido. d) Bem depois se soube que não fora ele o culpado. e) Embora não tenha sido divulgado, soube-se do caso. RESPOSTA 1-B 2-E 3-E 4-D 5-B 6-C 7-D 8-E 9-B 10-E 11-D 12-A 13-D 1) Voz do verbo é a forma que este assume para indicar que a ação verbal é praticada ou sofrida pelo sujeito. Três são as vozes dos verbos: a ativa, a passiva e a reflexiva. 2) Um verbo está na voz ativa quando o sujeito é agente, isto é, faz a ação expressa pelo verbo. Exemplos: • O caçador abateu a ave. • O vento agitava as águas. • Os pais educam os filhos. 3) Um verbo está na voz passiva quando o sujeito é paciente, isto é, sofre ou desfruta a ação expressa pelo verbo. Exemplos: • A ave foi abatida pelo caçador. • As águas eram agitadas pelo vento. • Os filhos são educados pelos pais. Obs: Só verbos transitivos podem ser usados na voz passiva. Formação da voz passiva: 4) A voz passiva, mais freqüentemente, é formada: a) Pelo verbo auxiliar /ser/ seguido do particípio do verbo principal. Nesse caso, a voz é passiva analítica. Exemplos:  O homem é afligido pelas doenças.  A criança era conduzida pelo pai.  As ruas serão enfeitadas.  Seriam abertas novas escolas. Na voz passiva analítica, o verbo pode vir acompanhado de um agente, como nos dois primeiros exemplos deste parágrafo. Menos freqüentemente, pode-se exprimir a passiva analítica com outros verbos auxiliares. Exemplos:  A aldeia estava isolada pelas águas.  A presa estava sendo devorada pelo leão.  O cachorro ficou esmagado pela roda do ônibus.  A noiva vinha acompanhada pelo pai.  O preso ia escoltado pelos guardas. b) Com o pronome apassivador /se/ associado a um verbo ativo da 3º pessoa. Nesse caso, temos voz passiva pronominal. Exemplos:  Regam-se plantas de manhã cedo.  Organizou-se o campeonato.  Abrir-se-ão novas escolas de artes e ofícios.  Ainda não se lançaram as redes.  Já se têm feito muitas experiências. Por amor da careza, preferir-se-á a passiva analítica toda vez que o sujeito for uma pessoa ou animal que possa ser o agente da ação verbal. Exemplo:  Foi retirada a guarda.  “Retirou-se a guarda”: tanto pode ser voz passiva como reflexiva. 62 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Voz reflexiva: 5) Na voz reflexiva o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente: faz uma ação cujos efeitos ele mesmo sofre ou recebe. Exemplos:  O caçador feriu-se.  A menina penteou-se e saiu com as colegas.  Sacrifiquei-me por ele.  Os pais contemplam-se nos filhos. 6) O verbo reflexivo é conjugado com os pronomes reflexivos me, te, se, nos, vos, se. Esses pronomes são reflexivos quando se lhes pode acrescentar a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo, a nós mesmos, a vós mesmos, a si mesmos, respectivamente. Exemplos:  Consideras-te aprovado? (a ti mesmo)  Classes sociais arrogam-se (a si mesmas) direitos que a lei lhes nega.  Às vezes nos intoxicamos com alimentos deteriorados.  Errando, prejudicamo-nos a nós mesmos.  Aquele escritor fez-se por si mesmo.  Por que vos atribuís tanta importância? Observações: a) Não se deve atribuir sentido reflexivo a verbos que designam sentimentos, como queixar-se, alegrar-se, arrepender-se, zangar-se, indignar-se e outros meramente pronominais. O pronome átono como que se dilui nesses verbos, dos quais é parte integrante. A prova de que não são reflexivos é que não se pode dizer, por exemplo, zango-me a mim mesmo. b) Observe-se também que em frases como “João fala de si” há reflexividade, mas não há voz reflexiva, porque o verbo não é reflexivo. 7) Uma variante da voz reflexiva é a que denota reciprocidade, ação mútua ou correspondida. Os verbos dessa voz, por alguns chamados recíprocos, usam- se, geralmente, no plural e podem ser reforçados pelas expressões um ao outro, reciprocamente, mutuamente. Exemplos:  Amam-se como irmãos. (amam um ao outro).  Os dois pretendentes insultam-se.  Ó povos, porque vos guerreais tão barbaramente?  Os dois escritores carteavam-se assiduamente. Observação: Em muitos verbos reflexivos a idéia de reciprocidade é reforçada pelo prefixo entre: entreamar-se, entrechocar-se, entrebater-se, entredevorar-se, entrecruzar- se, entredilacerar-se, entrematar-se, entremorder-se, entreolhar-se, entrequerer-se, entrevistar-se. Conversão da voz ativa na passiva 8) Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase. Exemplo:  Gutenberg inventou a imprensa (voz ativa).  A imprensa foi inventada por Gutemberg (voz passiva). Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. Outros exemplos:  Os calores intensos provocam as chuvas. / As chuvas são provocadas pelos calores intensos.  Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos. / Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres.  Eu o acompanharei. / Ele será acompanhado por mim. Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, como nos dois últimos exemplos, não haverá complemento agente da passiva. Importante: a) Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos alguns gramáticos chamam neutros: • O vinho é bom. • Aqui chove muito. b) Há formas passivas com sentido ativo: É chegada a hora (= chegou a hora). Eu ainda não era nascido (= eu ainda não tinha nascido). c) Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos por alguns autores, por isso que o sujeito é paciente: Chamo-me Luís. Operou-se de hérnia. Batizei-me na Igreja São Judas. Vacinaram-se contra A1N1. ADVÉRBIO Advérbio é a palavra invariável que exprime circunstância e modifica o verbo, o adjetivo e até mesmo o próprio advérbio. Os atletas correram muito. correram: verbo muito: advérbio Maria estava muito feliz. muito: advérbio feliz: adjetivo Classificação dos advérbios Os advérbios são classificados, de acordo com a circunstância que exprimem. 65 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Exemplo: Acertamos apenas dois números. Explicação: isto é, por exemplo. Exemplo: Mereço um bom presente, por exemplo um carro. Inclusão: até, ainda, também, inclusive. Exemplo: Consegui boas notas nas provas, inclusive em matemática. Você também não foi trabalhar. Limitação: só, somente, unicamente, apenas. Exemplo: Apenas você optou pela carreira acadêmica. Só o comercial conseguiu atingir as metas. Retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes. Exemplo: O dia está quente, aliás, muito quente. O Brasil jogou bem, ou melhor, deu aula de futebol. CONCLUSÃO Nesse tutorial estudamos a classe gramatical ADVÉRBIO que é a palavra que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio. De acordo com as circunstâncias que exprimem o advérbio pode ser classificado como: tempo, lugar, modo, afirmação, negação, dúvida e intensidade. Mesmo sendo uma palavra invariável em número e gênero, o advérbio flexiona-se em grau. Igualmente aos substantivos admite em dois graus: comparativo e superlativo. Espero ter alcançado o meu o objetivo que foi passar algum conhecimento dessa classe gramatical chamada advérbio. PREPOSIÇÃO Preposição é a palavra invariável que liga dois termos da oração, subordinando um ao outro. Sintaticamente, as preposições não exercem propriamente uma função: são consideradas conectivos, ou seja, elementos de ligação entre termos oracionais. As preposições podem introduzir: • Complementos verbais • Complementos nominais • Locuções adjetivas • Locuções adverbiais • Orações reduzidas As preposições classificam-se em essenciais e acidentais: 1. Preposição essencial: sempre funciona como preposição. Exemplo: a, ante, de, por, com, em, sob, até... 2. Preposição acidental: palavra que, além de preposição, pode assumir outras funções morfológicas. Exemplo: consoante, segundo, mediante, tirante, fora, malgrado... Locução prepositiva Chamamos de locução prepositiva ao conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra dessas locuções é sempre uma preposição. Exemplos: por causa de, ao lado de, em virtude de, apesar de, acima de, junto de, a respeito de... As preposições podem combinar-se com outras classes gramaticais. Exemplos: do (de + artigo o) no (em + artigo o) daqui (de + advérbio aqui) daquele (de + o pronome demonstrativo aquele) Emprego das preposições - as preposições podem estabelecer variadas relações entre os termos que ligam. Ex.: Viajou de carro (relação de meio) Saiu com os amigos. (relação de companhia) Morreu de tuberculose. (relação de causa) O carro de Joaquim é novo. (relação de posse) - algumas preposições podem vir unidas a outras palavras. Temos combinação quando na junção da preposição com outra palavra não houver perda de elemento fonético. Temos contração quando na junção da preposição com outra palavra houver perda fonética. contração combinação Do (de+o) Ao (a+o) Dum (de+um) Aos (a+os) Desta (de+esta) Aonde (a+onde) No (em+o) Neste (em+este) - a preposição a pode se fundir com outro a, essa fusão é indicada pelo acento grave ( `), recebe o nome de crase. Ex.: Fui à feira. (a+a) - Na linguagem culta, não se deve fazer a contração da preposição de com o artigo que encabeça o sujeito de um verbo. Está na hora de a criança dormir. (a criança é o sujeito do verbo dormir, por isso não podemos contrair a preposição de com o artigo a que encabeça o sujeito. Essa regra vale também para construções com pronomes pessoais: Está na hora de ele sair. (ele é sujeito do verbo sair, por isso não se pode contrair a preposição com o sujeito). CONJUNÇÃO As conjunções são vocábulos de função estritamente gramatical utilizados para o estabelecimento da relação entre duas orações, ou ainda a relação dois termos que se assemelham gramaticalmente dentro da mesma oração. As conjunções podem ser de dois tipos principais: conjunções coordenativas ou conjunções subordinativas. 66 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA CONJUNÇÕES COORDENATIVAS Conjunções coordenativas são os vocábulos gramaticais que estabelecem relações entre dois termos ou duas orações independentes entre si, que possuem as mesmas funções gramaticais. As conjunções coordenativas podem ser dos seguintes tipos: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas. Conjunções Coordenativas Aditivas As conjunções coordenativas aditivas possuem a função de adicionar um termo a outro de mesma função gramatical, ou ainda adicionar uma oração à outra de mesma função gramatical. As conjunções coordenativas gramaticais são: e, nem. Exemplos: Todos aqui estão contentes e despreocupados; João apeou e deu bons-dias a todos; O acontecimento não foi bom nem ruim. Conjunções Coordenativas Adversativas As conjunções coordenativas adversativas possuem a função de estabelecer uma relação de contraste entre os sentidos de dois termos ou duas orações de mesma função gramatical. As conjunções coordenativas adversativas são: mas, contudo, no entanto, entretanto, porém, todavia. Exemplos: Não negou nada, mas também não afirmou coisa nenhuma; A moça deu a ele o dinheiro: porém, o fez receosa. Conjunções Coordenativas Alternativas Conjunções coordenativas alternativas são as conjunções coordenativas que unem orações independentes, indicando sucessão de fatos que se negam entre si ou ainda indicando que, com a ocorrência de um dos fatos de uma oração, a exclusão do fato da outra oração. As conjunções coordenativas alternativas são: ou (repetido ou não), ora, nem, quer, seja, etc. Exemplos: Tudo para ele era vencer ou perder; Ou namoro a garota ou me vou para longe; Ora filosofava, ora contava piadas. Conjunções Coordenativas Conclusivas As conjunções coordenativas conclusivas são utilizadas para unir, a uma oração anterior, outra oração que exprime conclusão o conseqüência. As conjunções coordenativas são: assim, logo, portanto, por isso etc... Exemplos: Estudou muito, portanto irá bem no exame; O rapaz é bastante inteligente e, logo, será um privilegiado na entrevista. Conjunções Coordenativas Explicativas Conjunções coordenativas explicativas são aquelas que unem duas orações, das quais a segunda explica o conteúdo da primeira. As conjunções coordenativas explicativas são: porque, que, pois, porquanto. Exemplos: Não entrou no teatro porque esqueceu os bilhetes; Entre, que está muito frio. CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS As conjunções subordinativas possuem a função de estabelecer uma relação entre duas orações, relação esta que se caracteriza pela dependência do sentido de uma oração com relação a outra. Uma das orações completa ou determina o sentido da outra. As conjunções subordinativas são classificadas em: causais, concessivas, condicionais, comparativas, conformativas, consecutivas, proporcionais, finais e integrantes. Conjunções Subordinativas Causais Conjunções subordinativas causais são as conjunções que subordinam uma oração a outra, iniciando uma oração que exprime causa de outra oração, a qual se subordina. As conjunções subordinativas causais são: porque, pois, que, uma vez que, já que, como, desde que, visto que, por isso que, etc. Exemplo: Os balões sobem porque são mais leves que o ar. Conjunções Subordinativas Comparativas Conjunções subordinativas comparativas são as conjunções que, iniciando uma oração, subordinam-na a outra por meio da comparação ou confronto de idéias de uma oração com relação a outra. As conjunções subordinativas comparativas são: que, do que (quando iniciadas ou antecedidas por noções comparativas como menos, mais, maior, menor, melhor, pior), qual (quando iniciada ou antecedida por tal), como (também apresentada nas formas assim como, bem como). Exemplos: Aquilo é pior que isso; Tudo passou como as nuvens do céu; Existem deveres mais urgentes que outros. Conjunções Subordinativas Concessivas Conjunções subordinativas concessivas são as conjunções que, iniciando uma oração subordinada, se referem a uma ocorrência oposta à ocorrência da oração principal, não implicando essa oposição em impedimento de uma das ocorrências (expressão das oposições coexistentes). As conjunções subordinativas concessivas são: embora, mesmo que, ainda que, posto que, por mais que, apesar de, mesmo quando, etc. Exemplos: Acompanhou a multidão, embora o tenha feito contra sua vontade; A harmonia do ambiente daquela sala, de súbito, rompeu-se, ainda que havia silêncio. Conjunções Subordinativas Condicionais Conjunções subordinativas condicionais são as conjunções que, iniciando uma oração subordinada a outra, exprimem uma condição sem a qual o fato da oração principal se realiza (ou exprimem hipótese com a qual o fato principal não se realiza). As conjunções subordinativas condicionais são: se, caso, contanto que, a não ser que, desde que, salvo se, etc. Exemplos: Se você não vier, a reunião não se realizará; Caso ocorra um imprevisto, a viagem será cancelada; Chegaremos a tempo, contanto que nos apressemos. 67 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Conjunções Subordinativas Conformativas Conjunções subordinativas conformativas são as conjunções que, iniciando uma oração subordinada a outra, expressam sua conformidade em relação ao fato da oração principal. As conjunções subordinativas conformativas são: conforme, segundo, consoante, como (utilizada no mesmo sentido da conjunção conforme). Exemplos: O debate se desenrolou conforme foi planejado; Segundo o que disseram, não haverá aulas. Conjunções Subordinativas Finais Conjunções subordinativas finais são as conjunções que, iniciando uma oração subordinada a outra, expressam a finalidade dos atos contidos na oração principal. As conjunções subordinativas finais são: a fim de que, para que, porque (com mesmo sentido da conjunção para que), que. Exemplos: Tudo foi planejado para que não houvesse falhas; Cheguei cedo a fim de adiantar o serviço; Fez sinal que todos se aproximassem em silêncio. Conjunções Subordinativas Integrantes Conjunções subordinativas integrantes são as conjunções que, iniciando orações subordinadas, introduzem essas orações como termos da oração principal (sujeitos, objetos diretos ou indiretos, complementos nominais, predicativos ou apostos). As conjunções integrantes são que e se (empregado esta última em caso de dúvida). Exemplos: João disse que não havia o que temer (a oração subordinada funciona, neste caso, como objeto direto da oração principal); A criança perguntou ao pai se Deus existia de verdade (a oração subordinada funciona, neste caso, como objeto direto da oração principal). Conjunções Subordinativas Proporcionais Conjunções subordinativas proporcionais são as conjunções que expressam a simultaneidade e a proporcionalidade da evolução dos fatos contidos na oração subordinada com relação aos fatos da oração principal. As conjunções subordinativas proporcionais são: à proporção que, à medida que, quanto mais... (tanto) mais, quanto mais... (tanto) menos, quanto menos... (tanto) menos, quanto menos... (tanto) mais etc. Exemplos: Seu espírito se elevava à medida que compunha o poema; Quanto mais correres, mais cansado ficarás; Quanto menos as pessoas nos incomodam, tanto mais realizamos nossas tarefas. Conjunções Subordinativas Temporais Conjunções subordinativas temporais são as conjunções que, iniciando uma oração subordinada, tornam essa oração um índice da circunstância do tempo em que o fato da oração principal ocorre. As conjunções subordinativas temporais são: quando, enquanto, logo que, agora que, tão logo, apenas (com mesmo sentido da conjunção tão logo), toda vez que, mal (equivalente a tão logo), sempre que, etc. Exemplos: Quando chegar de viagem, me avise; Enquanto todos estavam fora, nada fez de útil. ExERCíCIOS 1. A alternativa que apresenta classes de palavras cujos sentidos podem ser modificados pelo advérbio são: a) adjetivo - advérbio - verbo. b) verbo - interjeição - conjunção. c) conjunção - numeral - adjetivo. d) adjetivo - verbo - interjeição. e) interjeição - advérbio - verbo. 2. Na oração “Ninguém está perdido se der amor...”, a palavra grifada pode ser classificada como: a) advérbio de modo. b) conjunção adversativa. c) advérbio de condição. d) conjunção condicional. e) preposição essencial. 3 . A flexão do número incorreta é: a) tabelião - tabeliães. b) melão - melões c) ermitão - ermitões. d) chão - chãos. e) catalão - catalões. 4. A classe de palavras que é empregada para exprimir estados emotivos: a) adjetivo. b) interjeição. c) preposição. d) conjunção. e) advérbio. 5. Em “Tem bocas que murmuram preces...”, a seqüência morfológica é: a) verbo-substantivo-pronome relativo-verbo- substantivo. b) verbo-substantivo-conjunção integrante-verbo- substantivo. c) verbo-substantivo-conjunção coordenativa-verbo- adjetivo. d) verbo-adjetivo-pronome indefinido-verbo-substantivo. e) verbo-advérbio-pronome relativo-verbo-substantivo. 6. A alternativa que possui todos os substantivos corretamente colocados no plural é: a) couve-flores / amores-perfeitos / boas-vidas. b) tico-ticos / bem-te-vis / joões-de-barro. c) terças-feiras / mãos-de-obras / guarda-roupas. d) arco-íris / portas-bandeiras / sacas-rolhas. e) dias-a-dia / lufa-lufas / capitães-mor. 7. “...os cipós que se emaranhavam...” . A palavra sublinhada é: a) conjunção explicativa. b) conjunção integrante. c) pronome relativo. d) advérbio interrogativo. e) preposição acidental. 70 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA OS TIPOS DE TExTO Basicamente existem três tipos de texto: Texto narrativo; Texto descritivo; Texto dissertativo. Cada um desses textos possui características próprias de construção. DESCRIÇÃO Descrever é explicar com palavras o que se viu e se observou. A descrição é estática, sem movimento, desprovida de ação. Na descrição o ser, o objeto ou ambiente são importantes, ocupando lugar de destaque na frase o substantivo e o adjetivo. O emissor capta e transmite a realidade através de seus sentidos, fazendo uso de recursos lingüísticos, tal que o receptor a identifique. A caracterização é indispensável, por isso existe uma grande quantidade de adjetivos no texto. Há duas descrições: Descrição denotativa Descrição conotativa. DESCRIÇÃO DENOTATIVA Quando a linguagem representativa do objeto é objetiva, direta sem metáforas ou outras figuras literárias, chamamos de descrição denotativa. Na descrição denotativa as palavras são utilizadas no seu sentido real, único de acordo com a definição do dicionário. Exemplo: Saímos do campus universitário às 14 horas com destino ao agreste pernambucano. À esquerda fica a reitoria e alguns pontos comerciais. À direita o término da construção de um novo centro tecnológico. Seguiremos pela BR-232 onde encontraremos várias formas de relevo e vegetação. No início da viagem observamos uma típica agricultura de subsistência bem à margem da BR-232. Isso provavelmente facilitará o transporte desse cultivo a um grande centro de distribuição de alimentos a CEAGEPE. DESCRIÇÃO CONOTATIVA Em tal descrição as palavras são tomadas em sentido figurado, ricas em polivalência. Exemplo: João estava tão gordo que as pernas da cadeira estavam bambas do peso que carregava. Era notório o sofrimento daquele pobre objeto. Hoje o sol amanheceu sorridente; brilhava incansável, no céu alegre, leve e repleto de nuvens brancas. Os pássaros felizes cantarolavam pelo ar. NARRAÇÃO Narrar é falar sobre os fatos. É contar. Consiste na elaboração de um texto inserindo episódios, acontecimentos. A narração difere da descrição. A primeira é totalmente dinâmica, enquanto a segunda é estática e sem movimento. Os verbos são predominantes num texto narrativo. O indispensável da ficção é a narrativa, respondendo os seus elementos a uma série de perguntas: Quem participa nos acontecimentos? (personagens); O que acontece? (enredo); Onde e como acontece? (ambiente e situação dos fatos). Fazemos um texto narrativo com base em alguns elementos: O quê? - Fato narrado; Quem? – personagem principal e o anti-herói; Como? – o modo que os fatos aconteceram; Quando? – o tempo dos acontecimentos; Onde? – local onde se desenrolou o acontecimento; Por quê? – a razão, motivo do fato; Por isso: – a conseqüência dos fatos. No texto narrativo, o fato é o ponto central da ação, sendo o verbo o elemento principal. É importante só uma ação centralizadora para envolver as personagens. Deve haver um centro de conflito, um núcleo do enredo. A seguir um exemplo de texto narrativo: Toda a gente tinha achado estranha a maneira como o Capitão Rodrigo Camborá entrara na vida de Santa Fé. Um dia chegou a cavalo, vindo ninguém sabia de onde, com o chapéu de barbicacho puxado para a nuca, a bela cabeça de macho altivamente erguida e aquele seu olhar de gavião que irritava e ao mesmo tempo fascinava as pessoas. Devia andar lá pelo meio da casa dos trinta, montava num alazão, trazia bombachas claras, botas com chilenas de prata e o busto musculoso apertado num dólmã militar azul, com gola vermelha e botões de metal. (Um certo capitão Rodrigo – Érico Veríssimo) A relação verbal emissor – receptor efetiva-se por intermédio do que chamamos discurso. A narrativa se vale de tal recurso, efetivando o ponto de vista ou foco narrativo. Quando o narrador participa dos acontecimentos diz-se que é narrador-personagem. Isto constitui o foco narrativo da 1ª pessoa. Exemplo: Parei para conversar com o meu compadre que há muito não falava. Eu notei uma tristeza no seu olhar e perguntei: - Compadre por que tanta tristeza? Ele me respondeu: - Compadre minha senhora morreu há pouco tempo. Por isso, estou tão triste. 71 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Há tanto tempo sem nos falarmos e justamente num momento tão triste nos encontramos. Terá sido o destino? Já o narrador-observador é aquele que serve de intermediário entre o fato e o leitor. É o foco narrativo de 3ª pessoa. Exemplo: O jogo estava empatado e os torcedores pulavam e torciam sem parar. Os minutos finais eram decisivos, ambos precisavam da vitória, quando de repente o juiz apitou uma penalidade máxima. O técnico chamou Neco para bater o pênalti, já que ele era considerado o melhor batedor do time. Neco dirigiu-se até a marca do pênalti e bateu com grande perfeição. O goleiro não teve chance. O estádio quase veio abaixo de tanta alegria da torcida. Aos quarenta e sete minutos do segundo tempo o juiz finalmente apontou para o centro do campo e encerrou a partida. FORMAS DE DISCURSO Discurso direto; Discurso indireto; Discurso indireto livre. DISCURSO DIRETO É aquele que reproduz exatamente o que escutou ou leu de outra pessoa. Podemos enumerar algumas características do discurso direto: - Emprego de verbos do tipo: afirmar, negar, perguntar, responder, entre outros; - Usam-se os seguintes sinais de pontuação: dois-pontos, travessão e vírgula. Exemplo: O juiz disse: - O réu é inocente. DISCURSO INDIRETO É aquele reproduzido pelo narrador com suas próprias palavras, aquilo que escutou ou leu de outra pessoa. No discurso indireto eliminamos os sinais de pontuação e usamos conjunções: que, se, como, etc. Exemplo: O juiz disse que o réu era inocente. DISCURSO INDIRETO LIVRE É aquele em que o narrador reconstitui o que ouviu ou leu por conta própria, servindo-se de orações absolutas ou coordenadas sindéticas e assindéticas. Exemplo: Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano franziu a testa, achando a frase extravagante. Aves matarem bois e cavalos, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela estivesse tresvariando”. (Graciliano Ramos) ExERCíCIOS (ITA) Texto para as questões de 1 a 3 Antes de responder às questões de números de 1 a 3 leia com atenção o texto abaixo: VANDALISMO 1 Meu coração tem catedrais imensas, Templos de priscas e longínquas datas, Onde um nume de amor, em serenatas, Canta a aleluia virginal das crenças. 2 Na ogiva fúlgida e nas colunatas Vertem lustrais irradiações intensas Cintilações de lâmpadas suspensas E as ametistas e os florões e as pratas. 3 Como os velhos Templários medievais Entrei um dia nessas catedrais E nesses templos claros e risonhos... E erguendo os gládios e brandindo as hastas, No desespero dos iconoclastas Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos! (Eu, 30.ed. Rio de Janeiro, Livr. São José, 1963, p. 145) 1. Com relação às duas estrofes iniciais, pode-se afirmar que nelas permanece respectivamente a idéia de: a) saudosismo e brilho b) plasticidade e musicalidade c) otimismo e suntuosidade d) antiguidade e claridade e) exaltação e riqueza 2. Dadas as afirmações: I - Já na estrofe inicial, as imagens visuais e auditivas antecipam-nos, de forma plástica e viva, a desilusão e desencanto final do “eu” poemático. II - Opera-se no primeiro terceto, além de retomada das idéias básicas dos quartetos, uma mudança de ordem temporal a partir da qual se inicia o processo de disssolução e destruição do “eu” poemático. III - Ao longo do poema, ocorre um processo gradativo de rebeldia devassadora, cujo início, prosseguimento e clímax correspondem respectivamente às formas verbais de presente, gerúndio e pretérito. Inferimos, de acordo com texto, que: a) Todas estão corretas b) Todas estão incorretas c) Apenas a I está correta d) Apenas II está correta e) Apenas a III está correta 72 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA 3. Qual das expressões abaixo melhor se relaciona com o título do poema? a) “Templos de priscas...” b) “...ogiva fúlgida...” c) “...velhos Templários medievais” d) “...as hastas” e) “...iconoclastas” (ITA) Texto para as questões 4 e 5 As perguntas 4 e 5 referem-se ao texto abaixo: Psicologia de um Vencido Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênesis da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundissimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância... Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. Já o verme - este operário das ruínas - Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há de deixar-me apenas os cabelos Na frialdade inorgânica da terra! 4. Dadas as afirmações: I - Coerente com a visão determinista das Ciências Naturais, o poeta, ao longo do poema, revela-se conformado e indiferente com o fatalismo da morte. II - Evidencia-se no poema um dos elementos de renovação poética do autor: dessacralização da palavra, desvinculando-a do seu compromisso com o belo. III - Não obstante o poeta seja um cultor da arte pela arte, percebem-se no poema alguns procedimentos caracterizadores da transformação poética desencadeada pelo Modernismo. De acordo com o texto, podemos dizer que: a) Todas estão corretas. b) Todas estão incorretas. c) Apenas a I e II estão corretas. d) Apenas a II e III estão corretas. e) Apenas a I e III estão corretas. 5. Todos os elementos abaixo são caracterizadores da poesia do autor e estão presentes no poema, exceto: a) Linguagem exótica. b) Resignação enternecida. c) Crueza do tema. d) Agudo pessimismo. e) Temática da decomposição. (FUVEST/GV) Texto para as questões 6 a 8 AH, UM SONETO... Meu coração é um almirante louco que abandonou a profissão do mar e que a vai relembrando pouco a pouco em casa passear, a passear... No movimento (eu mesmo me desloco nesta cadeira, só de o imaginar) o mar abandonado fica em foco nos músculos cansados de parar. Há saudades nas pernas e nos braços. Há saudades no cérebro por fora. Há grandes raivas feitas de cansaços. Mas - esta é boa! era do coração que eu falava...e onde diabo estou eu agora com almirante em vez de sensação?... 6. As frases “eu mesmo me desloco nesta cadeira, só de o imaginar” e “esta é boa” representam a) comentários extemporâneos e inadequados sobre o soneto. b) uma recordância do tempo em que o autor foi almirante. c) uma impropriedade estilística. d) a interferência do eu-poético no próprio texto. e) uma prova da loucura do poeta que se imagina navegando. 7. O desenvolvimento figurativo do texto tem seu ponto de partida numa a) interrogação. b) metonímia. c) oposição. d) reiteração. e) metáfora. 8. Sobre o texto, é correto afirmar que a) o poeta tentou escrever um soneto, mas a sua imaginação o desviou do objetivo. b) não pode ser considerado um soneto, porque não segue as normas da poética clássica. c) é um soneto que ironiza seu próprio processo de composição. d) é um soneto composto em verso livres, mas distribuídos em estrofes regulares. e) é um soneto composto em versos alexandrinos, obedecendo ao esquema rímico. ABAB/ABAB/CDC/EDE. 75 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA (FUVEST) Texto para as questões 22 a 25 “Podemos gostar de Castro Alves ou Gonçalves Dias, poetas superiores a ele, mas a ele só nos é dado amar ou repelir. Sentiu e concebeu demais, escreveu em tumulto, sem exercer devidamente o senso crítico, que possuía não obstante mais vivo do que qualquer poeta romântico, excetuado Gonçalves Dias. Mareiam a sua obra poemas sem relevo nem músculo, versalhada que escorre desprovida da necessidade artística. O que resta, porém, basta não só para lhe dar categoria, mas, ainda, revelar a personalidade mais rica da geração.” (Antonio Cândido, Formação da Literatura Brasileira) 22. Com relação a gostar e amar ou repelir, podemos depreender que: a) gostar de não pressupõe, no testo, nenhuma diferença quanto a amar. b) é possível gostar de Castro Alves ou Gonçalves Dias, mas não se pode apreciar o autor não nomeado. c) amor ou rupulsa implicam envolvimento mais afetivo que racional. d) se gosta de Castro Alves ou Gonçalves Dias porque são superiores ao autor em questão. e) se ama ou se repele ao autor não citado, por ele ser inferior aos dois citados. 23. Assinale a expressão que melhor denota o juízo pejorativo de Antonio Cândido acerca de boa parte da poesia do autor não nomeado. a) “a ele só nos é dado (...) repelir” b) “sentiu e concedeu demais” c) “escreveu em tumulto” d) “versalhada” e) “ o que resta” 24. Com respeito ao senso crítico de que fala o texto, pode-se dizer que: a) o poeta não citado não possuía o menor senso crítico, a julgar pelas suas poesias. b) Castro Alves possuía senso crítico. c) o poeta não nomeado não exercia na realização de suas poesias o senso crítico manifestando fora delas. d) entre Gonçalves Dias, Castro Alves e o autor subentendido, o que possuiria maior senso crítico é esse último. e) dos três poetas referidos é Gonçalves Dias quem possui o senso crítico mais vivo. 25. Podemos concluir que o poeta subentendido: a) é também um pota romântico. b) é um autor secundário, sem qualidades relevantes. c) é um escritor desciplinado, a despeito do tumulto interior. d) escreveu maior quantidade de bons que de maus poemas. e) deve ser posterior ao movimento romântico. (FUVEST) Texto para as questões 26 a 29 “Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinho e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, guardava- se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se agüentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. Às vezes utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos - exclamações, onomatopéias. Na verdade falava pouco. Admirava as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas, em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas.” (Graciliano Ramos, Vidas Secas) 26. O texto, no seu conjunto, enfatiza: a) a pobreza física de Fabiano. b) a falta de escolaridade de Fabiano. c) a identificação de Fabiano com o mundo animal. d) a miséria moral de Fabiano. e) a brutalidade e grossura de Fabiano. 27. No texto, a referência aos pés: a) destoa completamente da frase seguinte. b) justifica-se como preparação para o fato de que (Fabiano) “a pé, não se agüenta bem”. c) acentua a rudeza da personagem, a nível físico. d) constitui um jogo de contrastes entre o mundo cultural e o mundo físico da personagem. e) serve para demonstrar a capacidade de ação da personagem, através da metáfora “quebrar espinhos”. 28. A tentativa de reproduzir algumas palavras difíceis pode entender-se como: a) respeito à cultura literária e à alfabetização. b) busca da expressão de idéias. c) dificuldade de expressão dos valores de seu mundo cultural. d) consiência do valor da palavra como meio de comunicação. e) atração por formas alheias a seu universo cultural. 29. Pode-se dizer que, na linguagem da personagem, as exclamações e onomatopéias funcionam como : a) conteúdo. b) código. c) causa. d) vocabulário. e) ênfase. 76 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA 30. (CARLOS CHAGAS) Por acaso estamos fazendo o que é preciso para evitar a catástrofe ecológica que se prepara neste planeta? A proliferação de armas atômicas é uma prova alarmante de que o que estamos fazendo é insuficiente. Por isso oriente uma parte maior de suas atividades diárias para a solução desses problemas globais que interessam a todos os seres vivos do planeta: produção de armamentos, guerra, fome e destruição do ambiente natural. Há alternativas históricas mais felizes do que a morte. E saber como as pôr em prática é hoje uma questão de vida ou de morte para toda a humanidade. O texto permite-nos afirmar que: a) a catástrofe ecológica vem se tornando um mal inevitável. b) a proliferação de armas atômicas é índice de poderio das grandes nações. c) todos os seres vivos do planeta solidarizam-se na luta em favor da ecologia. d) é imprescindível para a humanidade o empenho do homem em salvaguardar a natureza. e) a produção de armamentos é uma das alternativas históricas mais felizes do que a morte. 31. (CARLOS CHAGAS) O modo de pensar o “homem primitivo” está profundamente marcado pela vida coletiva. Nesse tipo de organização social o indivíduo pouco se distingue do conjunto dos membros do grupo. Essa maneira de viver cria hábitos mentais. “Contar”, por exemplo, no sentido aritmético da palavra, não tem para o “homem primitivo” a mesma importância que tem para nós. Assim, sua memória guarda aimagem de conjuntos numéricos (que não são confundidos entre si), mas as unidades não são isoladas. Ele usa termos gernéricos, tais como “muitos”, “uma multidão”, “um colosso”, ou então imagens do tipo “tantos quantos os dedo da mão”, para expressar quantidades maiores ou menores, cujo número exato jamais é conhecido. De acordo com o texto, pode-se afirmar, sobre o homem primitivo, que a) não sabe contar como nós, porque não dá importância a conjuntos numéricos relativos a grandes quantidades. b) não isola as unidades de um conjunto porque sua memória ainda não se desenvolveu plenamente. c) seus hábitos mentais revelam a predominância do coletivo sobre o individual. d) não consegue desenvolver a imagem de quantidades maiores ou menores, embora não confunda diferentes conjuntos numéricos. e) não conhece números exatos porque, para ele, só existem quantidades que podem ser contadas pelos dedos da mão ou pelas estrelas do céu. 32. (CARLOS CHAGAS) A palavra bíblica que afirma: “Na Casa do Pai há muitas moradas” aplica-se também, de variadas maneiras, ao universo da arte. A cada artista a sua morada, conforme sua natureza original ou transfigurada, conforme suas aptidões, conforme seu amor, seus erros e suas paixões, seus ímpetos, sua ideologia, sua inclinação, seu silêncio. De acordo com o texto, a) os erros, as paixões, os ímpetos são obstáculos à plena realização da arte. b) no universo da arte, há sempre um processo de transfiguração do real. c) a diversidade de talentos explica a diferença de posições ocupadas pelos artistas. d) até mesmo o silêncio é fator importante no processo de formação do artista. e) a humanidade se destina a optar por uma das moradas da Casa do Pai. 33. (CARLOS CHAGAS) A proteção contra todas as formas de violência no âmbito das relações familiares advém do direito ao respeito, dignidade e liberdade de que são titulares as crianças e adolescentes, sendo obrigação da família colocá-los a salvo de toda a forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Respeitar a criança e o adolescente significa, “grosso modo”, tratá-los com a consideração e a importância exigidas pela condição peculiar de seres em desenvolvimento, e advindas da própria condição humana. De acordo com o texto, a) sem o sentimento da dignidade do adolescente e da criança, é impossível o combate à violência. b) entre as pessoas que merecem ser respeitadas, as crianças e os adolescentes estão em primeiro plano. c) a discriminação é a pior forma de violência no âmbito das relações familiares. c) o respeito a crianças e adolescentes não se deve apenas ao fato de se tratar de seres em desenvolvimento. d) o respeito a crianças e adolescentes não se deve apenas ao fato de se tratar de seres em desenvolvimento. e) a crueldade em relação a crianças e adolescentes é um fato comum nos dias atuais. (CARLOS CHAGAS) Texto para as questões 34 e 35 Na escrita escolar estão em jogo necessariamente três pólos: alunos, professores e texto. O aluno com seus antecedentes culturais e lingüisticos, o professor com sua concepção de linguagem, atitudes e práticas pedagógicas, ea atividade problemática de produção textual conhecida como redação. Na medida em que se avalia essa produção escrito como muito problemática, a busca de soluções deveria abarcar os três elementos em jogo. O que tem ocorrido, no entanto, é tão somente a penalização do aluno. Afinal é ele que escreve mal, a despeito dos esforços do mestre para sanar as deficiências. De maneira geral, resistimos em admitir que o fracasso dos alunos atesta o fracasso de nosso ensino e, portanto, da instituição escolar. 34. De acordo com o texto, a) o domínio da escrita resulta da prática efetiva da linguagem. b) o sucesso do professor em sala de aula condiciona-se à sua experiência pedagógica. c) no universal escolar da escrita, é consensual a idéia de que os alunos não gostam de escrever. d) a despeito dos esforços do mestre para sanar as deficiências do aluno, a queda do nível de ensino continua palpável. e) a produção textual representa um tipo de exercício cuja realização implica dificuldade. 77 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA 35. Infere-se ainda do texto que a) os antecedentes culturais e lingüísticos do aluno são fatores irrelevantes no processo de ensino/aprendizagem. b) a produção de texto é atividade vista como artificial, por isso secundária na prática escolar. c) a concepção de linguagem do professor impõe-se como parâmetro de sua autoridade em sala de aula. d) a penalização do aluno é medida insuficiente para sanar as deficiências da escrita escolar. e) alunos, professor e texto perfazem o quadro necessário ao prestígio da instituição escolar. (UFRN) INTRODUÇÃO: Leia atentamente o texto e, com base exclusivamente nele, responda às questões de 36 a 39. “Pelas estatísticas, cinco bilhões de habitantes do mund já estiveram pelo menos uma vez navegando entre as nuvens. E um deles, chamado Edward Long, andou por lá durante cerca de seis anos. Segundo o livro de bordo, o piloto americano tem mais de 53.290 horas de vôo. Hoje se nasce e se morre nos ares. Tudo é transportado nas nuvens hoje em dia: cartas e couro, Miguelângelo e medicamentos, cadáveres e cavalos. Até 40 milhôes de moscas estéreis, que estão sendo levadas à Líbia para combater uma praga de insetos. Nos céus, tudo é possível. Do ar se perseguem os poluidores do ambiente. Declarações de amor são feitas no firmamento: mediante um modesto honorário, um piloto de Hamburgo,dono de um teco-teco, escreve nomes de namoradas e namorados em dimensões quilométricas. Os pássaros mecânicos anularm as distâncias. Nos tempos de Lilienthal uma viagem de Hamburgo à Nova Iorque durava uma semana. Hoje não passa de um pulinho, que é feito entre o desjejum e o almoço. O concorde atravessa o Atlântico Norte em três horas e meia. O Big Ben e as Pirãmides estão logo ali, na esquina.” (MANCHETE, 12/10/91, p. 31) 36. Observe as afirmações: I - Um piloto americano, chamado Edward Long, ficou perdido no espaço durante seis anos, segundo consta. II - Os aviões a jato em Hamburgo, na Alemanha, combram preços baixos para produzirem nos céus mensagens de amor. III - O narrador faz referências a alguns países cujas distâncias se encurtam graças aos modernos aviões. Dentre esses países, citam-se: Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra e Egito. IV - Dentre os objetos que hoje se transportam por avião, incluem-se até obras de arte. Estão CORRETAS: a) I e IV b) I e II c) II e III d) II e IV e) III e IV 37. “40 milhões de moscas estéreis estão sendo levadas à Líbia para combater uma praga de insetos.” Isto quer dizer que as moscas são: a) esterilizadas b) improdutivas c) isentas de germens d) imunizadas e) sonoras 38. No texto as palavras “ares”, “nuvens”, “céus” e “firmamento” são: a) sinônimas b) parônimas c) antônimas d) cognatas e) homônimas 39. “Os pássaros mecânicos anularam as distâncias.” Na expressão grifada termos: a) metáfora b) pleonasmo c) onomatopéia d) hipérbole e) eufemismo RESPOSTAS 1 - A 9 - B 17 - E 25 - A 33 - D 2 - D 10 - E 18 - B 26 - C 34 - E 3 - E 11 - D 19 - A 27 - C 35 - D 4 - D 12 - C 20 - E 28 - E 36 - E 5 - B 13 - C 21 - D 29 - D 37 - A 6 - D 14 - D 22 - C 30 - D 38 - A 7 - E 15 - A 23 - D 31 - C 39 - A 8 - C 16 - A 24 - E 32 - C SINTAxE DA ORAÇÃO E DO PERíODO Frase, oração e período são fatores constituintes de qualquer texto escrito em prosa, pois o mesmo compõe-se de uma sequencia lógica de ideias, todas organizadas e dispostas em parágrafos minuciosamente construídos. FRASE Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por uma só palavra ou por várias, podendo ter verbos ou não. A frase exprime, através da fala ou da escrita: idéias, emoções, ordens e apelos. A frase se define pelo seu propósito comunicativo, ou seja, pela sua capacidade de, num intercâmbio linguístico, transmitir um conteúdo satisfatório para a situação em que é utilizada. 80 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Termos integrantes da oração: Complemento Nominal e Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto indireto, Predicativo do Objeto e Agente da Passiva. Termos acessórios da oração: Adjunto Adnominal, Adjunto Adverbial, Aposto e Vocativo. SUJEITO Sujeito é um dos temos essenciais da oração. Tem por características básicas: • estabelecer concordância com o núcleo • apresentar-se como elemento determinante em relação ao predicado • constituir-se de um substantivo, ou pronome substantivo ou, ainda, qualquer palavra substantivada O sujeito só é considerado no âmbito da análise sintática, isto é, somente na organização da sentença é que uma palavra (ou um conjunto de palavras) pode constituir aquilo que chamamos sujeito. Nesse sentido, é equivocado dizer que o sujeito é aquele que pratica uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz alguma coisa. Ao fazer tal afirmação estamos considerando o aspecto semântico do sujeito (agente de uma ação) ou o seu aspecto estilístico (o tópico da sentença). Já que o sujeito é depreendido de uma análise sintática, vamos restringir a definição apenas ao seu papel sintático na sentença: aquele que estabelece concordância com o núcleo do predicado. Quando se trata de predicado verbal, o núcleo é sempre um verbo; sendo um predicado nominal, o núcleo é sempre um nome. Exemplos: 1. A padaria está fechada hoje. ...[está fechada hoje: predicado nominal] ...[fechada: nome adjetivo = núcleo do predicado] ...[fechada: nome feminino singular] ...[a padaria: sujeito] ...[núcleo do sujeito: nome feminino singular] 2. Nós mentimos sobre nossa idade para você. ...[mentimos sobre nossa idade para você: predicado verbal] ...[mentimos: verbo = núcleo do predicado] ...[mentimos: primeira pessoa do plural] ...[nós: sujeito] ...[sujeito: primeira pessoa do plural] A relação de concordância é, por excelência, uma relação de dependência, na qual dois (ou mais) elementos se harmonizam. Um desses elementos é chamado determinado (ou principal) e o outro, determinante (subordinado). No interior de uma sentença, o sujeito é o termo determinante, ao passo que o predicado é o termo determinado. Essa posição de determinante do sujeito em relação ao predicado adquire sentido com o fato de ser possível, na língua portuguesa, uma sentença sem sujeito, mas nunca uma sentença sem predicado. Exemplos: 1. As formigas invadiram minha casa. ...[as formigas: sujeito = termo determinante] ...[invadiram minha casa: predicado = termo determinado] 2. Há formigas na minha casa. ...[há formigas na minha casa: predicado = termo determinado] ...[sujeito: inexistente] O sujeito sempre se manifesta em termos de sintagma nominal , isto é, seu núcleo é sempre um nome. Quando esse nome se refere a objetos das primeira e segunda pessoas, o sujeito é representado por um pronome pessoal do caso reto (eu, tu, ele, etc.). Se o sujeito se refere a um objeto da terceira pessoa, sua representação pode ser feita através de um substantivo, de um pronome substantivo ou de qualquer conjunto de palavras, cujo núcleo funcione, na sentença, como um substantivo. Exemplos: 1. Eu acompanho você até o guichê. ...[eu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoa] 2. Vocês disseram alguma coisa? ...[vocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoa] 3. Marcos tem um fã-clube no seu bairro. ...[Marcos: sujeito = substantivo próprio] 4. Ninguém entra na sala agora. ...[ninguém: sujeito = pronome substantivo] 5. O andar deve ser uma atividade diária. ...[o andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa oração] Além dessas formas, o sujeito também pode se constituir de uma oração inteira. Nesse caso, a oração recebe o nome de oração substantiva subjetiva: É difícil optar por esse ou aquele doce... ...[É difícil: oração principal] ...[optar por esse ou aquele doce: oração subjetiva = sujeito oracional] PREDICADO Predicado é um dos termos essenciais da oração. Tem por características básicas: • apresentar-se como elemento determinado em relação ao sujeito • apontar um atributo ou acrescentar nova informação ao sujeito 81 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Assim como o sujeito, o predicado é um segmento extraído da estrutura interna das orações ou das frases, sendo, por isso, fruto de uma análise sintática. Isso implica dizer que a noção de predicado só é importante para a caracterização das palavras em termos sintáticos. Nesse sentido, o predicado é sintaticamente o segmento lingüístico que estabelece concordância com outro termo essencial da oração – o sujeito -, sendo este o termo determinante (ou subordinado) e o predicado o termo determinado (ou principal). Não se trata, portanto, de definir o predicado como “aquilo que se diz do sujeito” como fazem certas gramáticas da língua portuguesa, mas sim estabelecer a importância do fenômeno da concordância entre esses dois termos essenciais da oração. Exemplos: 1. Carolina conhece os índios da Amazônia. ...[sujeito: Carolina = termo determinante] ...[predicado: conhece os índios da Amazônia = termo determinado] ...[Carolina: 3ª pessoa do singular = conhece: 3ª pessoa do singular] 2. Todos nós fazemos parte da quadrilha de São João. ...[sujeito: todos nós = termo determinante] ...[predicado: fazemos parte da quadrilha de São João = termo determinado] ...[Todos nós: 1ª pessoa do plural = fazemos parte: 1ª pessoa do plural] Nesses exemplos podemos observar que a concordância é estabelecida entre algumas poucas palavras dos dois termos essenciais. Na frase (1), entre “Carolina” e “conhece”; na frase (2), entre “nós” e “fazemos”. Isso se dá porque a concordância é centrada nas palavras que são núcleos, isto é, que são responsáveis pela principal informação naquele segmento. No predicado o núcleo pode ser de dois tipos: um nome, quase sempre um atributo que se refere ao sujeito da oração, ou um verbo (ou locução verbal). No primeiro caso, temos um predicado nominal e no segundo um predicado verbal. Quando, num mesmo segmento o nome e o verbo são de igual importância, ambos constituem o núcleo do predicado e resultam no tipo de predicado verbo-nominal. Exemplos: 1. Minha empregada é desastrada. ...[predicado: é desastrada] ...[núcleo do predicado: desastrada = atributo do sujeito] ...[tipo de predicado: nominal] 2. A empreiteira demoliu nosso antigo prédio. ...[predicado: demoliu nosso antigo prédio] ...[núcleo do predicado: demoliu = nova informação sobre o sujeito] ...[tipo de predicado: verbal] 3. Os manifestantes desciam a rua desesperados. ...[predicado: desciam a rua desesperados] ...[núcleos do predicado: 1. desciam = nova informação sobre o sujeito; 2. desesperados = atributo do sujeito] ...[tipo de predicado: verbo-nominal] Nos predicados verbais e verbo-nominais o verbo é responsável também por definir os tipos de elementos que aparecerão no segmento. Em alguns casos o verbo sozinho basta para compor o predicado (verbo intransitivo). Em outros casos é necessário um complemento que, juntamente com o verbo, constituem a nova informação sobre o sujeito. De qualquer forma, esses complementos do verbo não interferem na tipologia do predicado. São elementos que constituem os chamados termos integrantes da oração. COMPLEMENTO NOMINAL Dá-se o nome de complemento nominal ao termo que complementa o sentido de um nome ou um advérbio, conferindo-lhe uma significação completa ou, ao menos, mais específica. Como o complemento nominal vem integrar-se ao nome em busca de uma significação extensa para nome ao qual se liga, ele compõe os chamados termos integrantes da oração. São duas as principais características do complemento nominal: • sempre seguem um nome, em geral abstrato; • ligam-se ao nome por meio de preposição, sempre obrigatória. Os complementos nominais podem ser formados por substantivo, pronome, numeral ou oração subordinada completiva nominal. Exemplos: 1. Meus filhos têm loucura por futebol. ...[substantivo] 2. O sonho dele era saltar de pára-quedas. ...[pronome] 3. A vitória de um é a conquista de todos. ...[numeral] 4. O medo de que lhe furtassem as jóias a mantinha afastada daqui. ...[oração subordinada completiva nominal] Em geral os nomes que exigem complementos nominais possuem formas correspondentes a verbos transitivos, pois ambos completam o sentido de outro termo. São exemplos dessa correlação: • obedecer aos pais - obediência aos pais • chegar em casa - chegada em casa • entregar a revista à amiga - entrega da revista à amiga • protestar contra a opressão - protesto contra a opressão 82 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA COMPLEMENTOS VERBAIS OBJETO DIRETO Do ponto de vista da sintaxe, objeto direto é o termo que completa o sentido de um verbo transitivo direto, por isso, é complemento verbal, na grande maioria dos casos, não preposicionado. Do ponto de vista da semântica, o objeto direto é: • o resultado da ação verbal, ou • o ser ao qual se dirige a ação verbal, ou • o conteúdo da ação verbal. O objeto direto pode ser formado por um substantivo, pronome substantivo, ou mesmo qualquer palavra substantivada. Além disso, o objeto direto pode ser constituído por uma oração inteira que complemente o verbo transitivo direto da oração dita principal. Nesse caso, a oração recebe o nome de oração subordinada substantiva objetiva direta. Exemplos: 1. O amor de Mariana transformava a minha vida. ...[transformava: verbo transitivo direto] ...[a minha vida: objeto direto] ...[núcleo: vida = substantivo] 2. Conserve isto na tua memória: vou partir em breve. ...[conserve: verbo transitivo direto] ...[isso: objeto direto = pronome substantivo] 3. Não prometa mais do que possa cumprir depois. ...[prometa: verbo transitivo direto] ...[mais do que possa cumprir depois: oração subordinada substantiva objetiva direta] Os objetos diretos são constituídos por nomes como núcleos do segmento. A noção de núcleo torna-se importante porque, num processo de substituição de um nome por um pronome deve-se procurar por um pronome de igual função gramatical do núcleo. No exemplo (1) acima verificamos um conjunto de palavras formando o objeto direto (a minha vida), dentre as quais apenas uma é núcleo (vida = substantivo). Podemos transformar esse núcleo substantivo em objeto direto formado por pronome oblíquo, que é um tipo de pronome substantivo. Além disso, nesse processo de substituição, devemos ter claro que o pronome ocupará o lugar de todo o objeto direto e não só do núcleo do objeto. Vejamos um exemplo dessa representação: O amor de Mariana transformava a minha vida. O amor de Mariana a transformava. Os pronomes oblíquos átonos (me, te, o, a, se, etc.) funcionam sintaticamente como objetos diretos. Isso implica dizer que somente podem figurar nessa função de objeto e não na função de sujeito, por exemplo. Porém algumas vezes os pronomes pessoais retos (eu, tu, ele, etc.) ou pronome oblíquo tônico (mim, ti, ele, etc.) são chamados a constituir o núcleo dos objetos diretos. Nesse caso, o uso da preposição se torna obrigatório e, por conseqüência, tem-se um objeto direto especial: objeto direto preposicionado. Exemplos: 1. Ame ele que é teu irmão. [Inadequado] Ame-o que é teu irmão. [Adequado] 2. Você chamou eu ao teu encontro? [Inadequado] Você me chamou ao teu encontro? [Adequado] ...[me: pronome oblíquo átono = sem preposição] Você chamou a mim ao teu encontro? [Adequado] ...[a mim: pronome oblíquo tônico = com preposição] OBJETO INDIRETO Do ponto de vista da sintaxe, objeto indireto é o termo que completa o sentido de um verbo transitivo indireto e vem sempre acompanhado de preposição. Do ponto de vista da semântica, o objeto indireto é o ser ao qual se destina a ação verbal. O objeto indireto pode ser formado por substantivo, ou pronome substantivo, ou numeral, ou ainda, uma oração substantiva objetiva indireta. Em qualquer um desses casos, o traço mais importante e característico do objeto indireto é a presença da preposição. Exemplo: 1. A cigana pedia dinheiro a moça. [Inadequado] A cigana pedia dinheiro à moça. [Adequado] ...[pedia = verbo transitivo direto e indireto] ...[dinheiro = objeto direto] ...[à moça = destinatário da ação verbal = objeto indireto] O objeto indireto pode ser representado por um pronome. Como o núcleo do objeto é sempre um nome, é possível substituí-lo por um pronome. Nesse caso, um pronome oblíquo, já que se trata de uma posição de complemento verbal e não de sujeito da oração. O único pronome que representa o objeto indireto é o pronome oblíquo átono lhe(s) – pronome de terceira pessoa. Os pronomes indicativos das demais pessoas verbais são sempre acompanhados de preposição. Exemplos: 1. Ela contava a seu pai como fora o seu dia na escola. 2. Ela lhe contava como fora o seu dia na escola. 3. Todos dariam ao padre a palavra final. 4. Todos dar-lhe-iam a palavra final. 5. Responderam a Fátima com delicadeza. 6. Responderam a mim com delicadeza. 85 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Observe que “de fome” é a causa pela qual “estou morrendo”, mas pode ser confundido com o modo pelo qual estou morrendo. Trata-se de um adjunto adverbial de causa e não de modo. APOSTO Manoel, português casado com minha prima, é um ótimo engenheiro. Veja que o trecho “português casado com minha prima” está explicando quem é o sujeito da oração “Manoel”. Esse trecho é o aposto da oração. Foram eles, os meninos, que jogaram a bola no seu quintal ontem. Mais uma vez temos um trecho (aposto) “os meninos” explicando um termo anterior: Foram eles... Eles quem? Os meninos. Podemos concluir que o aposto é uma palavra ou expressão que explica ou que se relaciona com um termo anterior com a finalidade de esclarecer, explicar ou detalhar melhor esse termo. Há alguns tipos de apostos: • Explicativo: usado para explicar o termo anterior: Gregório de Matos, autor do movimento barroco, é considerado o primeiro poeta brasileiro. • Especificador: individualiza, coloca à parte um substantivo de sentido genérico: Cláudio Manuel da Costa nasceu nas proximidades de Mariana, situada no estado de Minas Gerais. • Enumerador: sequência de termos usados para desenvolver ou especificar um termo anterior: O aluno dever ir à escola munido de todo material escolar: borracha, lápis, caderno, cola, tesoura, apontador e régua. • Resumidor: resume termos anteriores: Funcionários da limpeza, auxiliares, coordenadores, professores, todos devem comparecer à reunião. VOCATIVO Observe as orações: 1. Amigos, vamos ao cinema hoje? 2. Lindos, nada de bagunça no refeitório! Os termos “amigos” e “lindos” são vocativos, usados para se dirigir a quem escuta de formas ou intenções diferentes, como nos períodos anteriores: a utilização de um substantivo na primeira frase e de um adjetivo na segunda. Podemos concluir que: Vocativo: é a palavra, termo, expressão utilizada pelo falante para se dirigir ao interlocutor por meio do próprio nome, de um substantivo, adjetivo (característica) ou apelido. Período Composto Constituído de duas ou mais orações. Para a formação do período composto podemos usar dois processos sintáticos: a coordenação e/ou a subordinação. 1. Na coordenação, as orações se sucedem igualitariamente, sem que umas dependam sintaticamente das outras. Exemplos: • “Assinei as cartas / e meti-as nos envelopes.” (Graciliano Ramos) • “Adaptou-se à aspereza da vida, / enfrentou a adversidade, / desafiou o destino.” (Vivaldo Coaraci) 2. Na subordinação, pelo contrário, há orações que dependem sintaticamente de outras, isto é, que são termos (sujeito, objeto, complemento, etc.) de outras. O período seguinte, por exemplo, está estruturado por subordinação, porque a oração em destaque é objeto direto da precedente, ou seja, completa o sentido da outra oração: • Sílvia esperou / que o marido voltasse. (Sílvia esperou a volta do marido.) O Período Composto por coordenação é constituído de orações independentes. Estas ou vêm ligadas pelas conjunções coordenativas ou estão simplesmente justapostas, isto é, sem conectivo que as enlace. Exemplos: “ O guerreiro cristão atravessou a cabana / e sumiu-se na treva.” (José de Alencar) “Agachou-se, / apanhou uma pedra / e atirou-a” (fernando Sabino) “A música se aviva, / o ritmo torna-se irresistível, frenético, alucinante. 86 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA O Período Composto por subordinação consta de uma ou mais de uma oração principal e de uma ou mais orações dependentes ou subordinadas. Exemplos: Malha-se o ferro / enquanto está quente. (Malha-se o ferro: oração principal; enquanto está quente: oração subordinada) Peço-te / que procedas / como convém. (Peço-te: oração principal; que procedas: oração subordinada; como convém: oração subordinada.) Combinando os dois processos, teremos um período composto por coordenação e subordinação, simultaneamente, ou período misto, no qual encontramos orações coordenadas independentes, orações principais e orações subordinadas. Exemplo: Examinei a árvore / e constatei / que nos seus galhos havia parasitas. (Examinei a árvore: oração coordenada; e constatei: oração coordenada e principal; que nos seus galhos havia parasitas: oração subordinada.) COORDENAÇÃO Os meus pais saíram. Eu fiquei em casa a ler. (Frase simples) + (Frase simples ) Estas duas frases simples e independentes podem ser transformadas numa frase complexa, estabelecendo-se entre elas uma relação de coordenação através de uma conjunção coordenativa. Ex.: Os meus pais foram ao cinema, mas eu fiquei em casa a ler. (oração coordenada) + (oração coordenada) mas = conjunção coordenativa Como verificas, as orações coordenadas não dependem umas das outras; podem, por isso, separar-se e constituir orações independentes. Nas orações coordenadas, cada uma das orações tem um sentido próprio e independente da outra oração. As orações coordenadas podem ser copulativas, adversativas, disjuntivas e conclusivas, conforme a conjunção coordenativa que as liga. SUBORDINAÇÃO Ex.: Os meus pais foram ao cinema quando acabaram de jantar. (oração subordinante) + (oração subordinada temporal) quando = conjunção subordinativa temporal Ex.Os meus pais foram ao cinema porque queriam distrair-se (oração subordinante) + (oração subordinada causal) porque = conjunção subordinativa temporal Como verificas, as orações quando acabaram de jantar e porque queriam distrair-se apenas podem ocorrer em articulação com a oração principal ou subordinante Nas orações subordinadas há uma oração que tem sentido próprio (oração subordinante) e outra (ou mais) que não tem sentido próprio (oração subordinada) e que, para ter sentido, está dependente da outra, está subordinada à outra. As orações subordinadas podem ser temporais, causais, finais, consecutivas, condicionais, comparativas conforme a conjunção subordinativa que as introduz. ORAÇÕES COORDENADAS 1- Orações coordenadas copulativas Exprimem a simples adição de orações. Podem ser introduzidas por: - Conjunções: e; nem, também. - Locuções: não só...mas também; tanto...como; não só... como também. Ex: Chove e troveja. 2- Orações coordenadas adversativas Indicam oposição ao que se disse anteriormente. Podem ser introduzidas por: - Conjunções: mas; porém; todavia; contudo. - Locuções: no entanto; apesar disso; ainda assim; não obstante. Ex: A avestruz tem asas, mas não voa. 3- Orações coordenadas conclusivas Indicam uma conclusão tirada do que se disse anteriormente. Podem ser introduzidas por: - Conjunções: pois; portanto; logo. - Locuções: por consequência; por conseguinte; pelo que, por isso Ex: A terra está molhada, logo choveu. 4- Orações coordenadas disjuntivas Exprimem alternância, distinção ou contraste. Podem ser introduzidas por: - Conjunções: ou (repetido ou não). - Locuções: ora...ora; quer...quer; seja...seja; seja...ou; já... já; nem...nem. Ex: Ora chove ora faz sol. ORAÇÕES SUBORDINADAS 1- Orações subordinadas temporais Expressam a ideia de tempo. Podem ser introduzidas por: - Conjunções: quando; enquanto; - Locuções: logo que; depois que; desde que; Ex.: Ele chamou o elevador quando eu fechei a porta. 87 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA 2- Orações subordinadas causais Expressam a ideia de causa ou o motivo. Podem ser introduzidas por: - Conjunções: porque; pois; como; - Locuções: visto que; pois que; por causa de; Ex.: Não vou sair, porque está a chover. 3- Orações subordinadas finais Expressam ideia de fim (objectivo). Podem ser introduzidas por: - Conjunções: para (= para que); - Locuções: para que; a fim de que; Ex.: Estudem, para que passem de ano. 4- Orações subordinadas condicionais Expressam uma condição ou hipótese. Podem ser introduzidas por: - Conjunções: se; - Locuções: salvo se; excepto se; a não ser que; Ex.: Se estudares tens o teu futuro garantido. 5- Orações subordinadas consecutivas Expressam uma consequência. Podem ser introduzidas por: - Conjunções: que (antecedida por “tanto, de tal modo”); - Locuções: de maneira que; de forma que; de modo que; Ex.: Aindei à chuva, de modo que fiquei constipado. 6- Orações subordinadas comparativas Expressam uma comparação. Podem ser introduzidas por: - Conjunções: como, conforme; - Locuções: assim como... assim também; tão... como; Ex.: Aquele animal é forte como um elefante. ORTOGRAFIA OFICIAL A ortografia é formada pelos elementos gregos: orto “correto” e grafia “ escrita” sendo a escrita correta das palavras da língua portuguesa, obedecendo a uma combinação de critérios etimológicos (refere-se à origem das palavras) e fonológicos (refere-se aos fonemas representados). Somente a intimidade com a palavra escrita, a consulta a bons dicionários e a utilização falada correta é que será memorizada a palavra com a escrita correta. O alfabeto será formado por 26 letras Como é As letras “k”, “w” e “y” não são consideradas integrantes do alfabeto (agora serão) Como será Essas letras serão usadas em unidades de medida, nomes próprios, palavras estrangeiras e outras palavras em geral. Exemplos: km, kg, watt, playground, William, Kafka, kafkiano. 1- Emprego das letras K, W e Y Usam-se apenas: a) Em abreviaturas e como símbolos de termos científicos de uso internacional: km (quilômetro), kg (quilograma), K (potássio), w (watt), W (oeste), Y (ítrio), yd (jarda), etc. b) Na transcrição de palavras estrangeiras não aportuguesadas: kart, kibutz, smoking, show, watt, playground, playboy, hobby, etc. c) Em nomes próprios estrangeiros não aportuguesados e seus derivados: Kant, Franklin, Shakespeare, Wagner, Kennedy, Mickey, Newton, Darwin, Hollywood, byroniano, etc. 2- Emprego da letra H Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético; conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e da tradição escrita. Grafa-se, por exemplo, hoje, porque esta palavra vem do latim hodie. Emprega-se o H: a) Inicial, quando etimológico: hábito, hélice, herói, hérnia, hesitar, haurir, etc. b) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh e nh: chave, boliche, telha, flecha companhia, etc. c) Final e inicial, em certas interjeições: ah!, ih!, hem?, hum!, etc. d) Em compostos unidos por hífem, no início do segundo elemento, se etimológico: sobre-humano, anti- higiênico, super-homem, etc. OBS: Sem h, porém, os derivados baiano, baianinha, baião, baianada, etc. Não se usa H: a) No início ou no fim de certos vocábulos, no passado escritos com essa letra, embora sem fundamento etimológico: ontem, úmido, iate, ombro, etc. b) No início de alguns vocábulos em que o h, embora etimológico, foi eliminado por se tratar de palavras que entraram na língua por via popular, como é o caso de erva, inverno, e Espanha, respectivamente do latim, herba, hibernus e Hispania. Os derivados eruditos, entretanto, grafam-se com h: herbívoro, herbicida, hispânico, hibernal, hibernar, etc. c) Em palavras derivadas e em compostos sem hífen: reaver (re + haver), reabilitar, inábil, desonesto, desonra, exaurir, etc. 3- Emprego das letras E, I, O e U Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i/, /o/ e /u/ nem sempre é nítida. É principalmente desse fato que nascem as dúvidas quando se escrevem palavras como quase, intitular, mágoa, bulir, etc., em que ocorrem aquelas vogais. 90 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Homônimos .sismo = terremoto .cismo = pensão russo = natural da Rússiasírio = natural da Síria ruço = pardacentocírio = grande vela de cera interseção = ponto em que duas linhas se cruzam sexta = ordinal referente a seis intercessão = ato de interceder cesta = utensílio de vime ou outro material insipiente = ignorante ascético = referente ao ascetismo, místico incipiente = principiante acético = referente ao ácido acético (vinagre) empossar = dar posse a assento = lugar para sentar-se empoçar = formar poça acento = inflexão da voz, sinal gráfico 6- Emprego de S com valor de Z Escrevem-se com S com som de Z: a) Adjetivos com os sufixos –oso, -osa: gostoso, gostosa, gracioso, graciosa, teimoso, teimosa, etc. b) Adjetivos pátrios com os sufixos –ês, -esa: português, portuguesa, inglês, inglesa, milanês, milanesa, etc. c) Substantivos e adjetivos terminados em –ês, feminino –esa: burguês, burguesa, burgueses, camponês, camponesa, camponeses, freguês, freguesa, fregueses, etc. d) Verbos derivados de palavras cujo radical termina em –s: analisar (de análise), apresar (de presa), atrasar ( de atrás), extasiar (de êxtase), extravas (de vaso), alisar (de liso), etc. e) Formas dos verbos pôr e querer e de seus derivados: pus, pusemos, compôs, impuser, quis, quiseram, etc. f) Os seguintes nomes próprios de pessoas: .TeresinhaQueirósIsabelEliseu .TeresaLuísaInêsBrás ValdêsSousaLuísHeloísaBaltasar TomásResendeIsauraGarcêsAvis g) Os seguintes vocábulos e seus cognatos: visitarequisitoobusfraseconvés vigésimorepresaobséquiofasecolisão vaselinaraposamesadaevasivabesouro vasilhaquerosenemêsespontâneoaviso usinapresídiomanganêsesplendoravisar trêspresépiohesitaresplêndidoatravés tesouropresaheresiaempresaatrás tesourapesquisagroselhadespesaás, ases surpresapêsamesGoiásdescortesiaarnês revés, revesesparaísogásdefesaanis retróspaísfusívelcortesiaanálise rês, resespaisagemfreguesiacortêsaliás 7- Emprego da letra Z Grafam-se com Z: a) Os derivados em –zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita: cafezal, cafezeiro, cafezinho, avezinha, cãozito, avezita, etc. b) Os derivados de palavras cujo radical termina em –z: cruzeiro (de cruz), enraizar (de raiz), esvaziar (de vazio), etc. c) Os verbos formados com o sufixo –izar e palavras cognatas: fertilizar, fertilizante, civilizar, civilização, etc. d) Substantivos abstratos em –eza, derivados de adjetivos e denotando qualidade física ou moral: pobreza (de pobre), limpeza (de limpo), frieza (de frio), etc. e) As seguintes palavras: .vazanteprezadobazaramizade .vazãoprezarbuzinarazedo .vazamentoojerizabuzinaazáfama xadrezvazarcicatrizbalizaazeite vizinhoproezachafarizaprazívelazar 8- S ou Z? Sufixo –ÊS e –EZ a) O sufixo –ês (latim –ense) forma adjetivos (às vezes substantivos) derivados de substantivos concretos: montês (de monte), cortês (de corte), burguês (de burgo), montanhês (de montanha), francês (de França), chinês (de China), etc. b) O sufixo –ez forma substantivos abstratos femininos derivados de adjetivos: aridez (de árido), acidez (de ácido), rapidez (de rápido), estupidez (de estúpido), mudez (de mudo) avidez (de ávido) palidez (de pálido) lucidez (de lúcido), etc. 91 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Sufixo –ESA e –EZA Usa-se –esa (com s): a) Nos seguintes substantivos cognatos de verbos terminados em –ender: defesa (defender), presa (prender), despesa (despender), represa (prender), empresa (empreender), surpresa (surpreender), etc. b) Nos substantivos femininos designativos de títulos nobiliárquicos: baronesa, dogesa, duquesa, marquesa, princesa, consulesa, prioresa, etc. c) Nas formas femininas dos adjetivos terminados em –ês: burguesa (de burguês), francesa (de francês), camponesa (de camponês), milanesa (de milanês), holandesa (de holandês), etc. d) Nas seguintes palavras femininas: framboesa, indefesa, lesa, mesa, sobremesa, obesa, Teresa, tesa, toesa, turquesa, etc. Usa-se –eza: a) Usa se –eza (com z) nos substantivos femininos abstratos derivados de adjetivos e denotado qualidades, estado, condição: beleza (de belo), franqueza (de franco), pobreza (de pobre), leveza (de leve), etc. Verbos terminados em –ISAR e -IZAR Escreve-se –isar (com s) quando o radical dos nomes correspondentes termina em –s. Se o radical não terminar em –s, grafa-se –izar (com z): matizar (matiz + izar)canalizar (canal + izar) deslizar (deslize + izar)civilizar (civil + izar) cicatrizar (cicatriz + izar)anarquizar (anarquia + izar) escravizar (escravo + izar)grisar (gris + ar) motorizar (motor + izar)frisar (friso + ar) vulgarizar (vulgar + izar)pisar, repisar (piso + ar) colonizar (colono + izar)pesquisar (pesquisa + ar) amenizar (ameno + izar)paralisar (paralisia + ar) improvisar (improviso + ar)alisar (a + liso + ar) catalisar (catálise + ar)analisar (análise + ar) bisar (bis + ar)avisar (aviso + ar) 9- Emprego do x a) Esta letra representa os seguintes fonemas: Ch – xarope, enxofre, vexame, etc. CS – sexo, látex, léxico, tóxico, etc. Z – exame, exílio, êxodo, etc. SS – auxílio, máximo, próximo, etc. S – sexto, texto, expectativa, extensão, etc. b) Não soa nos grupos internos –xce- e –xci-: exceção, exceder, excelente, excelso, excêntrico, excessivo, excitar, inexcedível, etc. c) Grafam-se com x e não com s: expectativa, experiente, expiar, expirar, expoente, êxtase, extasiado, extrair, fênix, texto, etc. d) Escreve-se x e não ch: • Em geral, depois de ditongo: caixa, baixo, faixa, feixe, frouxo, ameixa, rouxinol, seixo, etc. Excetuam-se caucho e os derivados cauchal, recauchutar e recauchutagem. • Geralmente, depois da sílaba inicial en-: enxada, enxame, enxamear, enxagar, enxaqueca, enxergar, enxerto, enxoval, enxugar, enxurrada, enxuto, etc. Excepcionalmente, grafam-se com ch: encharcar (de charco), encher e seus derivados (enchente, preencher), enchova, enchumaçar (de chumaço), enfim, toda vez que se trata do prefixo en- + palavra iniciada por ch. • Em vocábulos de origem indígena ou africana: abacaxi, xavante, caxambu, caxinguelê, orixá, maxixe, etc. • Nas seguintes palavras: bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, mexer, mexerico, puxar, rixa, oxalá, praxe, vexame, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, xampu. 10- Emprego do dígrafo CH Escreve-se com ch, entre outros os seguintes vocábulos: bucha, charque, charrua, chavena, chimarrão, chuchu, cochilo, cochilar, fachada, ficha, flecha, mecha, mochila, pechincha, tocha. Homônimos Bucho = estômago Buxo = espécie de arbusto Cocha = recipiente de madeira Coxa = capenga, manco Tacha = mancha, defeito; pequeno prego prego de cabeça larga e chata, caldeira. Taxa = imposto, preço de serviço público, conta, tarifa Chá = planta da família das teáceas; infusão de folhas do chá ou de outras plantas Xá = título do soberano da Pérsia (atual Irã) Cheque = ordem de pagamento Xeque = no jogo de xadrez, lance em que o rei é atacado por uma peça adversária 11- Consoantes dobradas a) Nas palavras portuguesas só se duplicam as consoantes C, R, S. b) Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes soam distintamente: convicção, occipital, cocção, fricção, friccionar, facção, sucção, etc. c) Duplicam-se o R e o S em dois casos: 92 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA • Quando, intervocálicos, representam os fonemas /r/ forte e /s/ sibilante, respectivamente: carro, ferro, pêssego, missão, etc. • Quando a um elemento de composição terminado em vogal seguir, sem interposição do hífen, palavra começada com /r/ ou /s/: arroxeado, correlação, pressupor, bissemanal, girassol, minissaia, etc. 12- Emprego das iniciais maiúsculas escrevem-se com letra iNicial maiúscula: a) A primeira palavra de período ou citação. Diz um provérbio árabe: “A agulha veste os outros e vive nua”. No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da letra maiúscula. b) Substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, topônimos, nomes sagrados, mitológicos, astronômicos): José, Tiradentes, Brasil, Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã, Minerva, Via-Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc. O deus pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno. c) Nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da Independência do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc. d) Nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da República, etc. e) Nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação, Estado, Pátria, União, República, etc. f) Nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, agremiações, órgãos públicos, etc.: Rua do 0uvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, etc. g) Nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, literárias e científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina, Arquitetura, Os Lusíadas, 0 Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro, Correio da Manhã, Manchete, etc. h) Expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente, Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc. i) Nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos do Oriente, o falar do Norte. Mas: Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste. j) Nomes comuns, quando personificados ou individuados: o Amor, o Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc. escrevem-se com letra iNicial miNúscula: a) Nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos, nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval, ingleses, ave-maria, um havana, etc. b) Os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando empregados em sentido geral: São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria. c) Nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc. d) Palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação direta: “Qual deles: o hortelão ou o advogado?” (Machado de Assis) “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra.” (Manuel Bandeira) ExERCíCIOS 1. ( TRE-SP) Este meu amigo .......... vai ..........-se para ter direito ao título de eleitor. a) extrangeiro - naturalizar b) estrangeiro - naturalisar c) extranjeiro – naturalizar d) estrangeiro - naturalizar e) estranjeiro - naturalisar 2. (FUVEST) “A ............... de uma guerra nuclear provoca uma grande .............. na humanidade e a deixa ............... quanto ao futuro.” a) espectativa - tensão - exitante b) espectativa - tenção - hesitante c) expectativa - tensão - hesitante d) expectativa - tenção - hezitante e) espectativa - tenção – exitante 3. (UF-PR) Assinale a alternativa correspondente à grafia correta dos vocábulos: 1. desli...e 2. vi...inho 3. atravé... 4. empre...a a) z - z - s - s b) z - s - z - z c) s - z - s - s d) s - s - z - s e) z - z - s - z 4. (MACK) A única série de palavras corretamente grafadas é: a) cortume, gorgeio, picina, piche b) tribo, tabuada, bueiro, defeza c) êmbulo, florescer, figadal, quiz d) xadrez, pílula, exceção, invés e) abrazar, pagé, páteo, desliza 5. (CARLOS CHAGAS) A ....... a ser desenvolvida visava à ....... de objetivos bastante ....... . a) pesquisa, consecução, pretensiosos b) pesquisa, consecussão, pretenciosos c) pesquisa, consecução, pretenciosos d) pesquiza, consecução, pretenciosos e) pesquiza, consecução, pretensiosos
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